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SUMÁRIO PRODUTOS E SERVIÇOS Auxiliadora Predial começa a operar no Paraná. abr/mai/jun 2012 Edição Nº 195 CONSELHO EDITORIAL Ingo Voelcker, Christian Voelcker, Antônio Azmus, Jalcedir Novello, Marjorie Albuquerque, Luís Maffini e Luciene Machado COORDENAÇÃO Luís Maffini (supervisor de Marketing) Edifício Eólis conquista certificação internacional em sustentabilidade. Praticidade e modernidade no novo site da Auxiliadora Predial. Encartada: pesquisa de opinião da Revista Síndico. Participe! 6 10 12 PANORAMA 8 ENTREVISTA 14 gestão 20 Notícias envolvendo o universo condominial. EDITORA EXECUTIVA Luciene Machado jornalista responsável - MTb 4480 [email protected] PRODUÇÃO EDITORIAL Palavra-Prima - 51 9808.7497 [email protected] Fabiano Ibias, síndico do Edifício Porto Belo, em Porto Alegre. reportagem e fotografia Luciene Machado - MTb 4480 Raquel Schneider - MTb 13.234 Tatiana Gappmayer - MTb 8888 capa Fátima Rama (Marketing) COMERCIALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS Artesul - 51 3228.0787 - 9981.3176 [email protected] PROJETO gráfico E EDIÇÃO GRÁFICA geral Nome do condomínio e número do prédio devem estar claros e bem iluminados. 18 Reservatórios de água necessitam ser perfeitamente vedados. 34 Paica Estúdio Gráfico - Tiba DISTRIBUIÇÃO Faster Mail Logística em Postagem A Revista Síndico não se responsabiliza pela qualidade dos serviços prestados e pelos produtos oferecidos pelos anunciantes, sendo os mesmos de inteira responsabilidade das empresas anunciantes. Não é permitida a reprodução de textos desta publicação sem autorização da editora, por escrito. Demissão: como realizar o processo com tranquilidade. capa Edificar áreas novas ou reformar o prédio exige conhecimento da lei e cautela. manutenção Retrofit transforma Condomínio Formac em referência moderna no centro da Capital. sustentabilidade 22 27 Luminárias de jardim alimentadas pela energia solar. 30 jurídico 32 O que fazer para evitar e combater a inadimplência. segurança As exigências da legislação relativas às centrais de gás dos condomínios. 36 Abril-Maio-Junho/2012 3 produtos & serviços Auxiliadora Predial iniciará operações no Paraná Imobiliária consolida presença no eixo São Paulo – Porto Alegre E m uma ação que evidencia o crescimento da Auxiliadora Predial na área de franquias em âmbito nacional, o Paraná figura como novo foco dos negócios da Imobiliária. A inauguração de uma loja no estado (cuja localização exata ainda aguarda definições) trata-se de um passo importante para consolidar a ampliação da rede, conforme aponta o diretor de Vendas, Franquias e Marketing da Imobiliária, Antônio Azmus. “Com presença neste importante mercado, que vem apresentando forte crescimento, fechamos o eixo São Paulo – Porto Alegre, praças em que já atuamos há algum Agências inauguradas Balneário Camboriú / SC Responsável: Edson Ronaldo Drews Bento Gonçalves / RS Responsáveis: Mauricio Mozart Vargas Lisboa, Jair Dessanti e Andre Henz Passo Fundo / RS Responsáveis: Daniel Witeck, Guilherme Witeck e Antonio Wommer Medianeira – Porto Alegre / RS Responsável: Juelci Raimundo Machado João Wallig – Porto Alegre / RS Responsáveis: Vicente Amato e Carmem Amato Carlos Gomes – Porto Alegre / RS Responsáveis: Antonio Alvaro Wierzbicki Filho e Silvana Ferraro Novo Hamburgo / RS Responsáveis: Alvacir Domingues Louzada, Fabrício Osorio Bernardes e Lucas Eduardo Ramos 6 síndico 195 tempo. Também é um local estratégico para otimizarmos a nossa rota de prospecção na região”, diz. Os diferenciais apresentados pelas oportunidades de negócios presentes no território paranaense são um ponto de destaque na avaliação do supervisor de Vendas e Franquias, Daniel Graebin. Ele ressalta que as expectativas são muito positivas em relação ao desempenho na região, que tem apresentado índices representativos de desenvolvimento. “ O mercado imobiliário paranaense está muito aquecido, desde a capital Curitiba e região metropolitana, até cidades do interior. Isso nos abre um grande leque de oportunidades em termos de expansão da rede e esperamos repetir o sucesso já consagrado no Rio Grande do Sul”, aponta. Ritmo acelerado Com a unidade no Paraná, a Imobiliária dá sequência a sua segunda inauguração em um novo estado da Federação somente neste ano: 2012 começou com operações em Santa Catarina, na Agência Balneário Camboriú, do franqueado Edson Ronaldo Drews. A avaliação do começo das atividades indica boas perspectivas, segundo aponta Graebin. “Iniciamos a operação em uma região privilegiada em relação ao mercado imobiliário de Santa Catarina, devido à grande quantidade de empreendimentos em andamento e ao alto valor agregado dos imóveis. ” Diante dos resultados, o futuro é de possibilidades promissoras, de acordo com Azmus. “A unidade já conta com vendas realizadas e também estamos prospec- Agência Medianeira Agência Balneário Camboriú tando novas franquias no mercado catarinense”, adianta ele. São Paulo, que atualmente conta com cinco agências da Auxiliadora Predial em operação, também figura como um cenário promissor. “Temos uma série de candidatos em avaliação e, certamente, contaremos com novas lojas em breve”, relata Azmus, destacando, ainda, a ampliação da Imobiliária no Rio Grande do Sul, com perspectivas em diferentes bairros de Porto Alegre, além do foco em cidades como Santa Maria e Lajeado. Agências com abertura confirmada São Bernardo do Campo / SP Santo André / SP Xangri-Lá / RS panorama Está na lei: garagens são apenas para os condôminos A insegurança e o incômodo provocados, muitas vezes, pela venda ou aluguel das garagens dos condomínios residenciais e comerciais para estranhos está com os dias contados. O projeto de lei do Senado (PL 7.803/10) que proíbe essa ação, aguarda somente a sanção presidencial para ser posto em prática. A legislação, aprovada em dezembro de 2011 pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, altera o Código Civil (Lei 10.406/02) que, hoje, indica apenas que os condôminos devem ter prioridade no negócio. Contudo, o texto da nova regulamentação abre a possibilidade de manter essa alternativa, desde que ela conste na convenção. Íntegra do PL 7.803/10 O projeto de lei modifica a redação do artigo 1.331 do Código Civil para: “Art. 1.331. § 1º As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se à propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio”. Fonte: Agência Câmara Mudanças iluminadas Os gastos com energia elétrica representam uma fatia significativa dos custos de um condomínio e, por isso mesmo, precisam ser constantemente analisados. Uma verificação das dependências e das soluções empregadas na edificação é um bom começo para avaliar o que pode ser melhorado para reduzir o consumo e, consequentemente, a conta de luz. Ações simples como dar preferência para o uso da iluminação natural no hall, salão de festas e outras áreas comuns e reforçar com os colaboradores para que desliguem as lâmpadas dos ambientes desocupados também trazem economia. Outra dica é limpar periodicamente as luminárias e lâmpadas, permitindo a sua reflexão máxima. O Grupo CEEE recomenda ainda a substituição das lâmpadas incandescentes por fluorescentes com o selo Procel. Para se ter uma ideia da vantagem dessa medida, uma fluorescente de 20 watts ilumina melhor do que uma incandescente de 60 watts e pode durar até dez vezes mais. 8 síndico 195 Ideias brilhantes Usar luminárias abertas, sem a proteção de acrílico, pode diminuir em até 50% o número de lâmpadas empregadas. Nos espaços externos, examinar a possibilidade de colocar células fotoelétricas junto com as lâmpadas. Em locais onde houver muitas lâmpadas acesas, analisar a viabilidade de contar com o desligamento alternado. Nas garagens, iluminar apenas os ambientes de circulação de veículos e não diretamente os boxes. Ao desativar uma ou mais lâmpadas fluorescentes, desligar o reator. Do contrário, ele continuará consumindo energia elétrica, reduzindo a sua vida útil. Limpar regularmente paredes, janelas, pisos e forros melhora a reflexão da luz. Evitar cores escuras para a pintura das paredes do hall, escadas e corredores, pois elas demandam lâmpadas mais fortes para oferecer uma boa iluminação. Nos prédios que não têm interruptores temporizados para as lâmpadas dos corredores e garagens, uma opção é a utilização de minuteria, dispositivo que mantém acesas temporariamente as lâmpadas desses lugares. Fonte: Eletrobras e Grupo CEEE Quem deve pintar os meio-fios? Quem circula pelo Centro Histórico e pela Cidade Baixa, em Porto Alegre, percebe diversas obras em andamento para Setembro ou a conquista de grandes títulos pelos times de futebol locais. deixar as calçadas em condições de uso para todos. Além da economia proporcionada, a padronização com o Desenvolvida pela Secretaria Municipal de Obras e Viação meio-fio de calçamentos da região central, que não podem (Smov) e lançada em 2011, a campanha “Cuidar da calçada é ser pintados devido ao tipo de revestimento utilizado, são os legal!” teve início por esses dois bairros e deve ser estendida motivos apontados pelo DMLU para essa medida. Sobre a gradualmente aos demais. A melhoria dos passeios, que é demarcação de garagens e espaços de farmácias e táxis, por responsabilidade dos proprietários, conforme o artigo 28 da exemplo, a assessoria de imprensa da Empresa Pública de Lei Complementar 12/75, pode gerar dúvidas sobre de quem Transporte e Circulação (EPTC) esclarece que o meio-fio não é a obrigação de cuidar dos meio-fios. Diferente dos é sinalização definida pelo Código de Trânsito Brasileiro pavimentos públicos, a pintura do meio-fio não é função dos (CTB), Lei 9.503/97, e não pode ser pintado pelos condomínios. Na Capital gaúcha, até a posse do prefeito José condomínios ou estabelecimentos comerciais. Pelo CTB, os Fortunati (em 30 de março de 2010), a manutenção dessas instrumentos previstos são as placas e as pinturas no asfalto, estruturas era executada pelo Departamento Municipal de e a sua instalação é competência dos órgãos e Limpeza Urbana (DMLU). De acordo com a assessoria de departamentos de trânsito dos municípios. Uma ressalva imprensa do órgão, o serviço foi suspenso pela atual gestão, feita pela EPTC é que, em alguns casos, os meio-fios das com exceções para datas e eventos especiais, como o 20 de Áreas Azuis são marcados para reforçar sua abrangência. Óleo de cozinha com destino certo Apenas um litro de óleo de fritura pode contaminar cerca de 20 mil litros de água. Por isso, o descarte correto do produto é essencial para auxiliar na redução da poluição. O Secovi/RS e a Agademi firmaram parceria com a empresa Coleto Óleo Vegetal Saturado para fornecer aos condomínios recipientes para o depósito do material, sem custos. As edificações participantes recebem dez pontos no Programa Excelência na Gestão Condominial e, a cada 100 litros acumulados, a companhia entregará dez litros de água sanitária, cinco litros de desinfetante e mais cinco pontos. Para aderir é preciso entrar em contato com a Coleto pelo fone: (51) 3266-8107 ou pelo e-mail: [email protected]. Em Porto Alegre, há 143 postos de coletas espalhados pela cidade. O produto é recolhido e encaminhado para as companhias Faros e Ecológica, conveniadas com o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), e é utilizado, respectivamente, para a produção de ração animal e biodiesel. Os locais podem ser acessados no link: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dmlu/default. php?p_secao=94 ou pelos fones: (51) 3289-6987 e 3289-6904. Abril-Maio-Junho/2012 9 produtos & serviços O Edifício Eólis recebe certificação internacional Aqua Processo avalia o desempenho de ecoconstrução, ecogestão, conforto e saúde de edificações Os diferenciais do Eólis Uso de energia eólica. Projeto arquitetônico que valoriza o uso da iluminação natural. Conforto térmico proporcionado pelo telhado ecológico instalado. Ventilação natural nas garagens. Separação dos resíduos recicláveis. Coleta e reaproveitamento das águas pluviais. Monitoramento do consumo de água e energia. 10 síndico 195 Confira os quesitos nos quais o Eólis ganhou excelência Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos. Gestão dos resíduos de uso e operação do edifício. Na área de manutenção, a permanência do desempenho ambiental. Eólis, empreendimento comercial da Auxiliadora Predial em Porto Alegre, recebeu em 23 de janeiro deste ano, o Certificado Aqua – Alta Qualidade Ambiental. O prédio destaca-se por ser pioneiro no uso de energia eólica em construções urbanas no Brasil. Dentre os 14 aspectos analisados pelos auditores, o prédio obteve excelência nos quesitos: escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos, gestão dos resíduos de uso e operação do edifício e, na parte de manutenção, a permanência do desempenho ambiental. O Aqua é o primeiro selo internacional de edificações sustentáveis adaptado às características brasileiras. Desenvolvida na França, a certificação foi adequada e é concedida no Brasil pela Fundação Vanzolini, da Universidade de São Paulo (USP), desde 2008. Conforme o diretor de Operações da Imobiliária, Christian Voelcker, um dos principais diferenciais do Eólis apontado durante o processo foi a qualidade da estrutura. “Comprova-se, mais uma vez, que um bom projeto é o melhor investimento”, reforça. Ele acrescenta ainda que, a partir da análise dos profissionais (que realizaram vistorias presenciais), estão sendo implantadas práticas de manejo do Edifício. Sobre a relevância dessa conquista, Voelcker salienta que ela é importante não apenas com relação à consciência ambiental, mas também no que se refere aos resultados econômicos, com eficiência na utilização da energia e da água e oferecendo conforto e qualidade em todos os aspectos. “A Auxiliadora Predial, atendendo a essas exigências, absorveu expertise e tecnologias de padrão internacional”, ressalta. Recepção conta com sistema de identificação biométrica Cata-vento é responsável pela geração de 20% da necessidade energética das áreas comuns Telhado ecológico Garagens têm ventilação natural Coleta seletiva de resíduos, inclusive para lâmpadas fluorescentes (abaixo) Experiência compartilhada O conhecimento adquirido está sendo repassado, através de workshops e palestras, aos gestores e assessores de condomínios da Companhia. O diretor observa também que, para os inquilinos empresariais, já é um fato a necessidade de estarem situados em locais que cumpram os requisitos de programas de qualidade. Inovando mais uma vez, a empresa adianta-se à obrigatoriedade de certificação ambiental das construções, que deve ser uma realidade no País nos próximos dez anos, seguindo os passos dos Estados Unidos e nações europeias, onde esse procedimento é tendência. Desde que foi estabelecido no Brasil, o Aqua já conta com 32 processos iniciados, 28 documentos emitidos e 17 empreendimentos certificados, totalizando 200 mil metros quadrados, segundo dados de novembro de 2010 da Inovatech Engenharia, consultoria parceira da Fundação Vanzolini nas avaliações. Coleta e reuso da água da chuva Abril-Maio-Junho/2012 11 produtos & serviços Novo portal da Auxiliadora Predial alia modernidade à praticidade Ferramentas especializadas facilitam a busca por imóveis e a tomada de decisões dos usuários D esde fevereiro, o site da Auxiliadora Predial está de cara nova – e as reformulações apresentam ferramentas inéditas que aliam praticidade e eficiência para quem procura imóveis. Construído com tecnologia de ponta, ele foi elaborado para oferecer rapidez e agilidade. “O layout mais moderno e amigável visa entregar para o usuário conteú do de maior relevância para as suas pesquisas. Com foco bastante comercial, o grande destaque está na otimização da busca de imóveis”, observa o supervisor de Marketing da Imobiliária, Luís Maffini. Ele relata que o projeto se consolidou a partir da pesquisa aprofundada sobre as melhores práticas e experiências dos principais portais de varejo e de e-commerce dos cenários nacional e internacional. A busca por imóveis e o refinamento da pesquisa foram pensados para otimi- 12 síndico 195 zar o tempo do cliente, de modo que ele encontre com agilidade os imóveis disponíveis de acordo com o perfil desejado, por meio de filtros que permitem a segmentação das características desejadas. Na avaliação da gerente de Marketing, Marjorie Albuquerque, as mudanças estão em sintonia com a realidade do cotidiano atual. “Nós sabemos que hoje em dia o tempo é escasso e valioso. Por isto, o intuito foi fazer com que, em um único local, o cliente pudesse encontrar com rapidez as ofertas que lhe interessam.” Os serviços para os usuários do site também foram otimizados, como o Favoritos e o Avise-me, em que é possível salvar a lista de imóveis preferidos e registrar o perfil de imóvel que busca para ser avisado, automaticamente, e com exclusividade sobre as novas ofertas cadastradas. Marjorie reforça que o site facilita o primeiro contato do cliente com o universo de possibilidades oferecidas pela Imobiliária. “Tra ta-se de uma vitrine, a partir da qual o usuário conhece as opções e, então, passa a contar com todo o suporte das lojas e dos corretores para concretizar suas intenções”, complementa. O projeto contou com a participação da equipe de Marketing e da alta administração da Imobiliária em suas diversas etapas. “Além disso, uma equipe interna multidisciplinar participou de todas as fases do projeto, para garantir que o mercado fosse atendido com uma ferramenta alinhada às necessidades dos nossos clientes e regiões de atuação”, destaca Maffini. Fornecedores especialistas em desenvolvimento, programação, planejamento, estratégia digital e otimização de sites para buscadores participaram desde o início da execução da ação, somando esforços e conhecimentos para garantir o sucesso da ferramenta. Recorde de acessos Já no início de suas atividades, o novo site registrou grande procura: entrou no ar no dia 1º de fevereiro e, logo na primeira semana, foi atingido recorde de acessos diários. A expectativa é de crescimento, com estimativa de 150% de aumento até o final deste ano. O objetivo, segundo o supervisor de Marketing da Imobiliária, Luís Maffini, é incluir o site da Auxiliadora Predial na lista dos mais acessados para busca de imóveis nas regiões em que a empresa atua – liderança já conquistada em alguns mercados, como, por exemplo, Porto Alegre. “O projeto tem como ambição posicionar a Auxiliadora Predial, uma empresa já sólida, com mais de 80 anos no mercado, mas ao mesmo tempo moderna e conectada às tendências tecnológicas”, pondera. Na avaliação de Maffini, o grande diferencial do projeto está na dedicação que as equipes comerciais empregam em seus processos e atendimentos. “Hoje, possuímos mais de 20 mil ofertas de vendas e locações, com informações completas dos imóveis e fotos de qualidade para facilitar e apoiar a decisão de compra do nosso usuário”, resume. Além disso, há uma equipe de consultores imobiliários a postos para atender clientes que chegam por meio deste canal. A Revista Síndico quer a sua opinião! Pesquisa vai embasar melhorias na publicação Pesquisa identifica perfil dos condomínios comerciais de alto padrão A Revista Síndico realiza, desde novembro de 2011, em Porto Alegre, um levantamento com os gestores de empreendimentos comerciais de alto padrão para entender melhor as necessidades em comum das edificações e o perfil mais adequado de profissional para atuar nesse mercado em ascensão, que já soma mais de 40 prédios com esse conceito na cidade. Com uma perspectiva positiva para o setor da construção civil no Brasil em 2012, dados do Sinduscon-SP projetam um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do segmento de 5,2%, crescimento no número de edifícios corporativos no País, além dos investimentos a serem efetuados para os eventos da Copa de 2014. Segundo o setor de Marketing da Auxiliadora Predial, o objetivo da iniciativa é compreender as especificidades desse nicho e, assim, aperfeiçoar a preparação das pessoas que trabalham nesses locais. As regiões identificadas como preferenciais para a construção de edificações comerciais do tipo Triplo A e alto padrão foram a Terceira Perimetral, Moinhos de Vento, Centro, Zonas Norte e Sul e entorno dos shoppings Iguatemi e Praia de Belas. A pesquisa continua neste ano. Presente há décadas na vida de quem vive e trabalha em condomínios, a Revista Síndico procura sempre a melhor forma de prestar informações. Através de uma pesquisa encartada nesta edição, a publicação convida seus leitores a auxiliar na melhoria contínua deste serviço, respondendo ao questionário. A ideia é que, a partir dos dados coletados, possam ser pensadas ações com foco na qualidade, conforme aponta o diretor de Condomínios da Auxiliadora Predial, Jalcedir Zanclei Novello. “Queremos descobrir o que o leitor realmente pensa. Saber quais benefícios efetivos a Revista apresenta às pessoas, se acham úteis e interessantes as pautas e soluções apresentadas”, aponta. As perguntas, simples e objetivas, vão contribuir para novos direcionamentos e melhorias. Novello reforça a importância da participação do maior número possível de pessoas. “Atualmente, a tiragem da publicação é de 7 mil exemplares. Desejamos que as pessoas sintam-se à vontade para opinar e sugerir, nos dizendo o que pensam, por exemplo, de uma edição apenas no formato digital para o futuro”, complementa o diretor. Abril-Maio-Junho/2012 13 entrevista “O síndico deve possuir grande poder de negociação e ser bom ouvinte” A ligação com o bairro Boa Vista, em Porto Alegre, é forte pa- do playground, um dos vários projetos que pretende colocar ra o contador Fabiano Ibias. Mesmo quando tentou morar em em prática como síndico. Pela primeira vez no cargo – o man- outra região, era por ali que fazia suas compras e buscava os dato teve início em novembro do ano passado – Ibias tem a serviços com os quais estava acostumado, do supermercado à missão de continuar as melhorias da estrutura e a gestão com- lavagem do carro. A infraestrutura disponível e a proximidade partilhada do edifício. Esta maneira diferenciada de adminis- com a família – sua esposa, Luciana, já havia vivido na locali- tração facilita o trabalho de cuidar do Porto Belo. “Ao incluir dade – foram decisivas no momento de escolher o Condomínio mais pessoas no processo, além do síndico e do subsíndico, as Edifício Porto Belo como residência, em 2009. “O Boa Vista é tarefas relacionadas ao Condomínio não pesam para nenhum quase uma tradição familiar”, brinca ele, que agora mantém o dos cinco integrantes da equipe”, explica ele. O modelo foi ado- costume ao criar a filha Martina nessa área. E é para ela e para tado no ano em que ele se mudou para o prédio e tem trazido as outras crianças do prédio que ele quer qualificar o espaço resultados positivos. Saiba mais na entrevista a seguir. Qual é a configuração do Condomínio Edifício Porto Belo? O prédio, que está prestes a completar uma década de construção, possui 28 apartamentos (com duas vagas na garagem para cada unidade, exceto para as coberturas que contam com quatro), playground, salão de festas, academia, portaria 24 horas e um hall decorado com peças de arte emprestadas por um dos moradores, como uma escultura do artista plástico gaúcho Vasco Prado. Fabiano Ibias, síndico do Edifício Porto Belo, ocupa o cargo pela primeira vez 14 síndico 195 Quantos funcionários têm o Condomínio e quais suas funções? Os serviços de limpeza e de portaria são todos terceirizados, o que facilita a administração e garante que sempre haja pessoas para realizar as atividades, uma vez que a empresa contratada pode substituir o funcionário que falte ou entre em férias. Temos ainda um contrato fixo de manutenção geral do edifício com outra companhia. A cada 15 dias, ou quando precisamos, eles visitam as dependências e fazem um check list pa- ra verificar itens como portões, caixa d’água, hidrantes, lâmpadas. Assim não ficamos sem atendimento. Quais os diferenciais da administração no Porto Belo? Há cerca de três anos, com a gestão do Marcelo Beghetto (ex-síndico) e do Ney Cobucci (ex-subsíndico), começamos uma administração compartilhada entre síndico, subsíndico e os três conselheiros, em que cada um contribui com sua experiência profissional para melhorar o Condomínio. Dessa forma, distribuímos as atividades para que ninguém fique sobrecarregado e há espaço para trazer sugestões e novas ideias. Existe também um pró-labore estabelecido para o gestor que, desde essa iniciativa, é dividido entre os cinco integrantes, que muitas vezes usam o recurso para investir no prédio, valorizando o patrimônio de todos. Quem são os integrantes da atual administração, além do síndico? Marcelo Beghetto é o subsíndico e os três integrantes do Conselho Administrativo são: Ney Cobucci, Michel Bitencourt de Mello – os três são administradores de empresas – e Bárbara Serafim, que é advogada. Como é o dia a dia do síndico e da equipe no Condomínio? No fim do dia, quando chego ao edifício, checo se há alguma ocorrência registrada no livro, converso com o porteiro para verificar se está tudo ok, se não aconteceu nada fora da normalidade, e dou uma volta pelas dependências para conferir se existe algum problema. O Marcelo e o Ney também fazem uma ronda diária e, eventualmente, marcamos uma reunião do grupo para tratar de algum assunto pontual, como, por exemplo, uma reclamação por causa de animais domésticos. Que iniciativas foram implementadas desde que foi adotado esse modelo de gestão? Concluímos a academia, que foi cons- No hall de entrada do Edifício Porto Belo, há peças de arte emprestadas por um morador, com destaque para uma escultura do Vasco Prado (à direita) truída na área destinada para a moradia do zelador. Investimos cerca de R$ 20 mil na obra e compra dos equipamentos. Apenas essa medida valorizou cada unidade em cerca de R$ 30 mil, conforme o corretor que chamamos para avaliar o prédio. Aplicamos aproximadamente R$ 80 mil na padronização e instalação dos protetores de ar condicionado de todo o Condomínio e em torno de R$ 130 mil na pintura externa e interna. Aproveitamos ainda uma área acima da garagem para criar uma vaga para visitantes e, recentemente, trocamos a empresa de segurança. Que projetos devem ser realizados pela nova administração? Vamos fazer um upgrade no play- ground. Com uma nova geração crescendo no edifício, queremos trocar o revestimento desse espaço e também adquirir novos brinquedos de plástico, que são mais resistentes às intempéries. Revitalizar o piso da entrada, me lhorar o pavimento das garagens e começar a coletar água da chuva para regar o jardim e para a limpeza fazem parte dos nossos planos, assim como, aperfeiçoar a coleta de lixo seco do Condomínio. Qual a principal meta em seu mandato? Cumprir com os projetos que estamos propondo e atingir um bom nível de satisfação dos condôminos em relação à gestão. Abril-Maio-Junho/2012 15 entrevista Foi necessária alguma ação para reduzir os gastos ou equilibrar as contas? Não tínhamos déficit no caixa, então, não foi necessária nenhuma iniciativa nesse sentido. O que fizemos foram alguns ajustes que resultaram em economia para o edifício e mais segurança, como a troca da companhia que cuida da portaria e limpeza, e da empresa que fornece o gás para o Condomínio. Essa última medida resultou em uma redução de 22,14% no custo do GLP. O condomínio possui inadimplência? Além de situações eventuais, não temos problemas com inadimplência. Fazer um upgrade no playground do Condomínio Porto Belo está no planejamento do síndico Fabiano Ibias Como é a participação dos moradores? É discreta. Cerca de 40% a 50% dos condôminos participam das reuniões e decisões sobre o Edifício Porto Belo. Temos sempre o mesmo grupo de pessoas que se interessam e trazem suas críticas e sugestões. mínio, Michele Abreu, é bem participativa e sempre contribui nos assuntos tratados nas reuniões. Que características um síndico deve ter? O síndico deve possuir um grande poder de negociação, ser um bom ouvinte e, principalmente, não pode personalizar as reclamações. O Condomínio conta com que serviços da Auxiliadora Predial? Utilizamos o Telecompras para adquirir produtos de limpeza para o prédio. Sempre que precisamos, entramos em contato com a assessoria jurídica da empresa e usamos os serviços de administração e cobrança necessários para a gestão, como a emissão dos docs das taxas condominiais. Que conselhos daria àquelas pessoas que serão síndicas pela primeira vez? O primeiro seria conhecer o perfil dos condôminos. Depois disso, estar sempre aberto às novas ideias – não é porque algo sempre foi executado de uma forma que não pode ser mudado e aperfeiçoa do –, buscar exemplos de outros condomínios que estão trazendo resultados positivos e procurar constantemente por soluções que reduzam os custos. E, dessa maneira, tentar atender às expectativas dos moradores. Como avalia o atendimento da Auxiliadora Predial? Muito bom. A nossa assessora de condo- Perfil Um lugar especial? Minha casa. Viagem que gostaria de fazer? Um sonho? Que meus sonhos se realizem. Uma personalidade? Meus O vizinho ideal? A administração compartilhada é uma das medidas acertadas na opinião do síndico, Fabiano Ibias. Na foto, ao lado de Marcelo Beghetto, subsíndico do Porto Belo 16 síndico 195 Bora Bora (Polinésia Francesa). Aquele que colabora e participa. Uma alegria? Minha O futuro? A pais, Carlos e Marilu. filha Martina. Deus pertence. Ser síndico é? Colaborar. geral O número de seu prédio é bem visível? Investir na instalação adequada e visível da numeração dos condomínios garante segurança e evita transtornos D e um lado, as residências de número par; de outro, as ímpares. O sistema auxilia, mas não basta para garantir orientação quando as indicações não estão devidamente à mostra. O cenário urbano pode se tornar um verdadeiro labirinto quando a numeração das casas e prédios fica, por algum motivo, escondida. Por este motivo, destacam-se os exemplos que primam pela colocação adequada da indicação, com letreiros grandes, visíveis e bem posicionados. Os casos positivos, contudo, ainda não são a maioria na avaliação do diretor da Rádio Táxi e diretor administrativo do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre, Adão Ferreira de Campos. Ele aponta esta como uma das maiores dificuldades da profissão. “Acredito que a capital gaúcha não seja uma exceção – colegas de outras cidades encontram o mesmo problema em relação a locais com indicação precária”, afirma, destacando que a situação se agrava em dias de chuva e durante a noite: “Eu já passei por casos em que precisei sair do carro e usar uma lanterna para encontrar a numeração de um prédio”. Muitas vezes, encontrar um endereço é tarefa tão complicada que é preciso contar com a ajuda de quem está pagando pela corrida. “Certa vez aconteceu de o passageiro ter o endereço em mãos e ser tão difícil de achar o local que ele desceu do carro para procurar a pé, enquanto eu dirigia devagar ao lado, para o caso de ser em um ponto mais distante e ele precisar voltar ao veículo”. O taxista comenta que, além de um tamanho compatível (que ele estima em pelo menos 10 cm) e de uma cor de destaque em relação ao fundo, a posição também é um item que deve ser observado na numeração de prédios. “O local ideal é na entrada do prédio, próximo à 18 síndico 195 O Condomínio Fridman, embora situado numa das vias movimentadas da Capital, a Mariante, não enfrenta problemas para ser localizado. A numeração está presente em dois pontos e é reforçada pela placa de rua, que também traz o número do prédio (no detalhe) porta”, aponta. Além disso, a iluminação é fundamental. Campos lembra que, ainda que os problemas dificultem especificamente o trabalho do taxista, o principal prejudicado é o próprio morador do local. “Quando não encontramos a numeração, muitas vezes, acabamos apertando a campainha nos edifícios para descobrir se foi ali que nos chamaram – e isto acontece inclusive durante a madrugada. Imagine o transtorno de ser acordado por engano simplesmente por não haver uma indica ção precisa no prédio”, pondera. Os transtornos vão além: atrapalham o trânsito nos casos onde não é possível estacionar para procurar o número e causam atrasos até que se encontre o local da chamada. Entregas podem ser prejudicadas Outra categoria que também sente na pele os efeitos da orientação precária nas Edifício Piemonte, no bairro Auxiliadora, identifica corretamente o nome do condomínio e a numeração do prédio residências é a dos entregadores. Atuando há cinco anos na área, o administrador da Moto Boy Porto Alegre, Luis Fernando Haucke, diz que as situações complicadas são muito frequentes. “Diariamente enfrentamos problemas: são números incompletos, escondidos atrás de árvores, de pilares”, conta. Segundo ele, a entrega acontece, mas quando surgem problemas para a localização do ponto, a demora é inevitável. “Se temos esta dificuldade, devemos ligar para a Central da empresa, avisar que não estamos localizando o endereço e a partir daí é feito um contato com o cliente para que, somente então, possamos receber novas orientações. Ou seja, o cliente perde tempo”, explica, assinalando que a numeração adequada faz toda a diferença para a eficiência do trabalho. Endereço claro, tranquilidade garantida Entre os bons exemplos que podem ser encontrados no que se refere à colocação da numeração de prédios na Capital gaúcha está o edifício Morada do Caracol, localizado na rua Cabral. O síndico Algan Costa Pires, microempresário que trabalha com a administração de condomínios, sabe bem o que significa lidar com os problemas que ocorrem quando os endereços não são localizados. “Muitos documentos importantes são enviados pelo correio; além disso, existem as entregas e, se o local não está bem indicado, acontecem extravios e transtornos”, ressalta. Ele conta que, desde que o prédio foi construído, há mais de dez anos, já houve cuidado com este aspecto. “Temos um pequeno jardim em frente, mas a colocação do número fica bem acima da altura das plantas e ao lado da porta”, define, destacando, ainda, o papel da iluminação específica na direção do número durante a noite. “Esta deve ser uma preocupação de todo o síndico, pois uma boa sinalização significa a garantia de segurança con- O síndico Algan Pires, do Condomínio Morada do Caracol, destaca o correto posicionamento do número e a iluminação direcionada tra uma série de transtornos”, resume. A síndica do Condomínio Fridman, situado na rua Mariante, Marcela Beatriz Prendergast acredita que a boa indicação do endereço sempre facilita, mas se torna essencial em locais onde o trânsito é intenso. “Nunca tivemos problemas de entrega no prédio, mesmo sendo esta uma rua bem movimentada. Acredito que a numeração clara contribua muito para isto”, afirma. Morar em um prédio bem sinalizado é motivo de tranquilidade na perspectiva de Holanda Diello Bacin, síndica do Edifício Piemont, na rua Felipe Neri. O prédio, que já contabiliza mais de três décadas de existência, teve desde o início a sua atual configuração. Por ser uma rua pequena e que conta com uma série de conjuntos comerciais, a indicação adequada é importante, pois evita equívocos de clientes em busca de serviços e facilita a localização de quem chega. “O que acontece algumas vezes é as pessoas não conhecerem a rua em si, mas, uma vez que chegam aqui, fica muito fácil encontrar o prédio”, conta ela, enfatizando, ainda, que a manutenção é importante para garantir esta condição. “Temos uma planta de grande porte em frente ao prédio e procuro sempre mantê-la aparada, de modo a não atrapalhar a visibilidade da numeração”, salienta. Letras e números em aço escovado e espelhado são opções disponíveis no mercado Abril-Maio-Junho/2012 19 gestão Demissão requer cuidados Transparência é fundamental no momento do desligamento de um funcionário A demissão certamente está entre os momentos mais tensos de qualquer relação de trabalho. Encontrar o equilíbrio entre ver a situação com naturalidade dentro do âmbito profissional e ter delicadeza para conduzir este processo com tranquilidade é o principal desafio para as partes envolvidas. De acordo com o advogado Pedro Guilherme Becker, “na demissão de funcionário, o condomínio deve tratar o fato como normal nas relações trabalhistas, cuidando, entretanto, de não ferir suscetibilidades do empregado que, nesse momento, encontra-se fragilizado”. A gerente de Recursos Humanos, Teresa Cristina Barbará aponta que a comunicação transparente e a descrição clara do que se espera do funcionário são cruciais nas relações de trabalho deste o início – o que facilita também em possíveis momentos de demissão. “Entre os erros mais comuns está o fato de o gestor sinalizar através de motivos genéricos as causas da demissão, não expondo as razões reais. Já da parte do funcionário que está sendo demitido, muitas vezes, não há uma atitude mais proativa no sentido de buscar esclarecimento sobre os motivos de sua saída, que lhe possibilitem oportunidade de melhoria futura.” Acompanhamento para Condomínios No caso dos condomínios, é indicado que a administradora seja envolvida no processo de avaliação e acompanhamento do desempenho dos funcionários, assim como na hora do desligamento. Segundo explica a supervisora do Departamento Pessoal de Condomínios da Auxiliadora Predial, Margarete Quevedo, na contratação de serviços pela Imobiliária, os contratos são emitidos por um período de 30 dias, podendo ser prorrogados por mais 60 dias. Após a 20 síndico 195 Margarete Quevedo, supervisora do Departamento Pessoal de Condomínios da Auxiliadora Predial, ao lado de Denise Brum, analista de administração do mesmo departamento contratação, o Departamento Pessoal de Condomínios faz o primeiro contato antes de vencer os 30 dias, para possível prorrogação. “Caso o contrato seja prorrogado, ao fim dos 90 dias, é feito novo contato para possível efetivação ou desligamento”, afirma. Para evitar que mal entendidos ocorram, a recomendação é que o síndico se mantenha próximo aos profissionais. Margarete pontua atitudes práticas importantes para uma relação saudável. “Assinar folha-ponto conforme horário acordado no contrato de trabalho, não permitir o acúmulo de funções e fornecer orientações sobre faltas, folgas e atestados médicos e cumprimento de horário de almoço, por exemplo.” No caso de ser necessário o desligamento do funcionário, conforme Margarete, após a autorização do síndico, o funcionário comparece ao Departamento Pessoal de Condomínios para assinar carta de desligamento e fazer o encaminhamento de exame demissional, bem como definição de data e local para o recebimento das verbas rescisórias. Abril-Maio-Junho/2012 21 capa Reformas não devem comprometer a estrutura do prédio Contratar um profissional para executar o projeto, exigir o laudo técnico e comunicar o síndico são ações que aumentam a eficiência das obras e evitam transtornos D esde o desabamento de dois prédios e um sobrado no Rio de Janeiro, além de um edifício em São Bernardo do Campo (SP), ocorridos em janeiro e fevereiro deste ano, respectivamente, o número de denúncias ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) sobre a realização de reformas sem responsáveis técnicos aumentou 30%, em comparação com períodos anteriores. As tragédias reacenderam o debate sobre os riscos de obras mal feitas e a preocupação de quem enfrenta essa situação em seu condomínio. Até o fechamento da reportagem, a causa para a queda das construções ainda não era conhecida, mas as primeiras avaliações indicavam imperícia nos trabalhos. Na capital fluminense, o mais provável é que a ruptura de um pilar tenha provocado o desmoronamento. O presidente do Crea-RS, engenheiro civil Luiz Alcides Capoani, comenta que, segundo o Conselho do Rio de Janeiro, a companhia contratada não tinha um profissional habilitado e não adotou os cuidados necessários durante o serviço. Para evitar ocorrências como essas, algumas medidas preventivas podem ser postas em prática nas edificações. Conforme Capoani, a primeira delas é procurar uma pessoa capacitada para executar qualquer mudança. É ela que irá emitir o laudo técnico e indicará a viabilidade da alteração. Cada laudo precisa ter a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) registrada no Crea ou o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). Os documentos devem ser exigidos da empresa ou profissional escolhido. Isso porque, de acordo 22 síndico 195 O Solar Mostardeiro, em Porto Alegre, está sendo revitalizado na gestão do síndico Pedro Guilherme Luce. O playground (detalhe) é um dos espaços que será reformado com o item II do artigo 1.336, do Código Civil, é dever dos condôminos não efetuar reformas que comprometam a segurança do prédio. Sem um técnico que responda pelas obras, moradores e gestores podem ser responsabilizados em casos de danos. Outra recomendação do dirigente é fazer, periodicamente, um laudo de inspeção e manutenção das construções. “Mesmo que não exista uma legislação que obrigue a tomar essa atitude, as edificações são como os seres humanos e precisam de um check-up”, compara. Imóveis com até duas décadas, podem realizá-lo a cada cinco anos. Para os de 21 a 30 anos, de três em três anos, os de 31 a 50 anos, a cada dois anos, e os com mais de 51 anos, anualmente. O Crea- RS defende a aprovação de proposta nesse sentido pela Câmara de Vereadores em Porto Alegre. Com relação aos gastos que isso representaria para os condomínios, Capoani argumenta que eles seriam diluídos entre os proprietários. “Perto dos custos das vidas que se pode perder em circunstâncias como a do Rio de Janeiro eles são irrisórios”, enfatiza. Ele explica que o laudo diz também quais são as condições do prédio e o que precisa ser melhorado para sua conservação. De olho nos sinais Deve ser solicitada também uma licença nas prefeituras antes das intervenções. Para isso, é preciso apresentar o projeto no órgão competente. Na capital gaúcha, a Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) é a responsável por essa tarefa. O Decreto Municipal 16.708/ 2010 (vide box) dispõe sobre o processo de aprovação e licenciamento de edificações, obras, vistorias prediais e numeração e determina que nenhuma construção, ampliação ou reforma pode ser feita sem a autorização prévia. A fiscalização e o embargo, informa o diretor substituto da Divisão de Controle da Smov, arquiteto Vitor Hugo Pochmann, são efetuados pela Secretaria através de vistoria e reclamações. Já ao Crea cabe inspecionar o exercício profissional. As caçambas podem ficar até 72 horas nas vias e devem ser retiradas tão logo estejam lotadas de entulho. Devem ficar a 20 centímetros do meio-fio da calçada, a fim de possibilitar o escoamento da água da chuva Entulho nas caçambas estacionárias Os resíduos das obras devem ser descartados em caçambas estacionárias, que são regulamentadas na Capital gaúcha pela Lei 10.474/2008. Para sua instalação deve ser solicitada uma licença prévia junto à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). É proibido colocar os equipamentos nas calçadas, exceto nos casos em que for avaliado que não há espaço na área interna do imóvel ou na rua. Quando instalada nos passeios públicos, é preciso deixar um espaço de um metro para a circulação dos pedestres. Nas vias, elas devem ficar paralelamente a 20 centímetros do meio-fio, com o lado maior voltado para a calçada, permitindo que a água da chuva escoe. As caçambas devem ter faixas autorreflexivas e trazer o nome e o telefone da empresa responsável e da EPTC. Os equipamentos podem ficar nas vias no máximo por 72 horas ou até alcançarem a sua capacidade total As multas previstas para as empresas são de 500 Unidades Financeiras Municipais (UFMs)*, remoção do contêiner e cassação da licença para instalação e funcionamento. Em caso de acidentes de trânsito, a responsabilidade é da companhia contratada e do contratante. O órgão municipal possui um cadastro de empresas que pode auxiliar na escolha do fornecedor. Mais informações com a EPTC: 118. Fonte: Luciano Bento da Rocha, chefe da equipe de fiscalização de obras da EPTC *Valor da UFM em 2012: R$ 2,7778 (Secretaria Municipal da Fazenda de Porto Alegre) Abril-Maio-Junho/2012 23 capa As alterações mais comuns e que podem prejudicar as estruturas, se não forem avaliadas, são as de retirada de paredes, abertura de vãos, ampliação de sacadas e obras nas coberturas. Até mesmo a troca de uma caixa d’água por outra de maior capacidade ou a sobrecarga da parte elétrica com a colocação de aparelhos de ar condicionado pode prejudicar um edifício. Assim como armazenar galões de tintas, entulho e outros materiais pesados nos apartamentos ou dependências comuns apresenta risco se o local não tiver sido projetado para esse fim. Contudo, toda construção revela sinais de problemas, como a queda de reboco, aparecimento de trincas, fissuras e a surgem deformações (portas emperradas e janelas fora do prumo). “Porém, nem toda fissura significa que o edifício vai cair. É preciso investigar de que tipo ela e os cuidados exigidos”, reforça o presidente do Crea-RS. Regras detalhadas Ter um capítulo na convenção sobre reformas auxilia o síndico a fazer cumprir as determinações e a orientar os condôminos, evitando reclamações de vizinhos e danos à edificação. Entre as normas estabelecidas, devem estar a de que qualquer obra deve ser comunicada ao gestor e a exigência de contratação de pessoa ou empresa capacitada para o trabalho. A vice-presidente de Condomínios do Sindicato da Habitação do Rio Grande do Sul (Secovi/RS) e da Associação Gaúcha de Empresas do Mercado Imobiliário (Agademi), Simone Camargo, sugere ainda que o administrador tenha conhe- O síndico Marino Ledur, do Parque Morada das Flores, na Zona Norte da Capital, conta que faz parte da cultura dos moradores avisar ao síndico quando irão reformar. O horário permitido para obras é de segunda à sexta-feira, das 8 horas às 12h e das 14h às 18h Sete itens que devem estar nas convenções Ter um capítulo específico sobre o tema obras, regulamentando o que pode ser feito pelos condôminos ajuda a evitar transtornos. Incluir que toda intervenção seja comunicada ao síndico com antecedência. Assim como as reformas no condomínio sejam avisadas aos moradores. Leis que regulamentam obras nos condomínios Código de Edificações de Porto Alegre (Lei Complementar 284/92), Código de Prevenção Contra Incêndio (LC 420/98), Código de Posturas (L.C. 12/75), Decreto Municipal 16.708/2010 e códigos de instalações hidráulicas, elétricas e de gás. 24 síndico 195 Estabelecer a contratação de um profissional para a execução das obras. Determinar a apresentação do laudo técnico e da ART ou RRT antes do início dos trabalhos. Definir os horários e dias permitidos para os serviços. Esclarecer qual o destino do entulho e a limpeza das áreas comuns após as modificações. Normatizar advertências e multas a serem cobradas no caso de irregularidades. cimento sobre as licenças e documentos exigidos para informar aos moradores e disponibilize as plantas do prédio. “Outro ponto essencial é que o serviço seja executado depois da apresentação do laudo técnico e da ART”, aconselha. O diretor substituto da Divisão de Controle da Smov, Vitor Pochmann, acrescenta que o imóvel deve ser usado conforme a finalidade para a qual foi planejado. “Quando for alterada a atividade é necessário adequá-lo às normas técnicas, legislação vigente e licenciamento orientado, elaborado e fiscalizado por responsável das áreas de arquitetura e/ou engenharia”, complementa. Pochmann indica também que os projetos precisam atender aos critérios previstos na lei, à análise estrutural, segurança e respeito ao direito de vizinhança. As regras na convenção podem incluir tópicos como dias e horários para as obras, limpeza das áreas comuns, descarte do entulho (veja box) e a definição de advertências e multas. Em geral, os condomínios seguem as recomen dações do Código de Obras e de Posturas dos municípios. Disque Segurança do Crea-RS Denúncias de obras sem profissionais habilitados podem ser feitas pelo telefone: 0800-510-2563, de segunda-feira a sexta-feira, das 11h às 18h e fora desse horário pelo e-mail: [email protected]. Informações sobre licenças Dúvidas sobre quais obras podem ser executadas dentro das unidades podem ser esclarecidas na Supervisão de Edificações e Controle – Divisão de Edificações – da Smov. Endereço: Avenida Borges de Medeiros, 2244, 2º andar – P. Alegre. O dia a dia das obras nos condomínios Desde maio do ano passado, o Condomínio Solar Mostardeiro, em Porto Alegre, está passando por uma grande revitalização. Os azulejos da fachada serão substituídos por uma combinação de dois tons de cores, as infiltrações e rachaduras foram consertadas e as janelas e grades externas serão lixadas e pintadas, assim como as escadarias, a garagem e a parte interna dos dois blocos que compõem o edifício. O playground também será qualificado. “Será uma renovação total”, destaca o síndico Pedro Guilherme Luce. Ele comenta ainda que o local possui algumas regras estabelecidas para as reformas na Convenção, como a definição de horário para os trabalhos (de segunda a sexta-feira das 8h às 12h e das 13h30min às 17h e sábado apenas pela manhã) e a necessidade de comunicar o gestor antes de iniciar o serviço. “Isso porque é preciso determinar como serão administradas questões como o destino da caliça (o contêiner fica na calçada em frente ao prédio) e o lugar para o depósito do material de construção”, explica. Uma norma estabelece que o morador pode utilizar o espaço do seu boxe para guardar tijolos, cimento e outros produtos que serão empregados. Para a mudança em paredes dentro dos apartamentos, ressalta Luce, é exigida a apresentação de laudo técnico que garanta a viabilidade da intervenção. Experiência acumulada No Condomínio Edifício Parque Morada das Flores, em Porto Alegre, já faz parte da cultura dos moradores avisar ao síndico quando irão reformar. Segundo o regulamento interno, não podem ser realizadas intervenções na fachada, sacadas e áreas comuns e os trabalhos são liberados de segunda-feira à sexta-feira, das 8 horas às 12h e das 14h às 18h. Com quase quatro décadas, a edificação tinha trincas no penúltimo andar, quando Marino Ledur assumiu como gestor, há quatro anos. “Chamamos um perito para analisar ao prédio e apontar o que precisava ser melhorado. Ele nos orientou a não mexer nas vigas e colunas”, recorda. Outras iniciativas implantadas por ele foram a de providenciar cópias das plantas estruturais para disponibilizar aos profissionais contratados e conversar com os condôminos repassando os cuidados para prevenir reclamações e sobre a importância de estar atento à parte elétrica e hidráulica durante as obras. “O que nos dá mais tranquilidade é que hoje boa parte dos vizinhos procura pessoas habilitadas para os serviços”, adianta. Já o síndico Rodrigo Arend, do Condomínio Village Avignon, na Capital gaúcha, comenta que o edifício não possui uma cláusula especifica sobre o tema, apenas estabelece o horário permitido (de segunda-feira a sexta-feira das 8h às 12h e das 13h30min às 18h). No cargo desde 2009, ele está passando pela experiência de lidar com os problemas causados pelas obras da fachada e pela companhia escolhida, que contratou mão de obra desqualificada, obrigando a refazer o trabalho diversas vezes. Apesar do desgaste com a reforma, iniciada em janeiro de 2011 e ainda não terminada, Arend relata que a atitude mais acertada foi a de contratar um arquiteto para orientá-los. “Ele fazia visitas em dias da semana e turnos distintos e em todas elas foram encontradas irregularidades na hora de chegada dos trabalhadores, no uso dos equipamentos de proteção e na qualidade do que foi feito”, recorda. As informações levantadas foram descritas em relatório enviado à empresa para fazer os ajustes e assim garantir a segurança do projeto. Abril-Maio-Junho/2012 25 manutenção Mariane Spiekermann, síndica do Edifício Formac e Ronaldo Tapia, gerente do Condomínio que é cliente da Auxiliadora Predial há 37 anos Tradição repaginada no Centro Histórico Reforma transforma Condomínio Formac, situado no coração de Porto Alegre, em referência moderna E m pleno Centro Histórico de Porto Alegre, um dos mais tradicionais edifícios da Capital tornou-se referência pela modernização de suas instalações. Com a inauguração de um novo hall, sistema de monitoramento e reforma completa dos elevadores, o Condomínio Formac iniciou o ano de 2012 com muitos motivos para comemorar. Resultado de um investimento de cerca de R$ 2,5 milhões, a entrega das obras aconteceu em dezembro de 2011 e repaginou o prédio que já contabiliza mais de meio século de existência – e mais de 37 deles com administração da Auxiliadora Predial. Os recursos envolvidos dão uma ideia do tamanho da transformação: além de mudanças arquitetônicas no hall, que possibilitaram novos espaços na entrada do edifício, foi instalado sistema de Controle de Acesso e Circuito Fechado de TV, bem como nova estrutura de elevadores, que colocaram o prédio na posição de primeiro a contar com a tecnologia Miconic 10 em toda a região Sul do País. “Nós buscamos esta inovação em São Paulo”, conta a síndica Mariane Müller Spiekermann, que assumiu o cargo em 2005. “Conquistamos algo muito importante que é a credibilidade junto aos condôminos, em rela- ção a nossas proposições. É a parceria, compreensão e atenção de cada um, com uma postura coletiva de acreditar no projeto, que torna tudo possível”, observa, destacando o auxílio da Imobiliária como outro ponto positivo: “São décadas de um acompanhamento constante por parte da Auxiliadora Predial”. Além da realização de chamada extra, a avaliação minuciosa da contabilidade do condomínio desempenhou um importante papel para concretizar os investimentos, segundo Mariane. “Trabalhamos com uma gestão matricial das despesas, focada na redução de custos. Além disto, a instalação dos novos eleAbril-Maio-Junho/2012 27 manutenção vadores já representou uma redução de 30% a 40% somente no consumo de energia elétrica”, relata. Com velocidade de 150 metros por minuto, os elevadores são acionados através do comando no equipamento chamado totem, instalado no centro do hall. Quando a pessoa aperta os botões numéricos, indicando o andar pretendido, o sistema busca o elevador mais próximo, evitando as tradicionais filas de espera. A tecnologia proporcionou também oportunidades para os colaboradores do edifício: as funcionárias que antes trabalhavam como ascensoristas receberam um curso de informática ministrado pelo Sesi em parceria com a Sultepa para assumir outras atribuições. Segurança como prioridade A melhoria das condições de segurança é um dos principais focos do Condomínio. Por meio da implantação do Sistema de Controle de Acesso e Circuito Fechado de TV é possível acompanhar os movimentos nos diversos andares do prédio, bem como no acesso à rua durante 24 horas. O gerente do Condomínio, Ronaldo Tapia, relata que uma consultoria especializada foi contratada para fazer um estudo detalhado das necessidades do prédio na área. “Durante meses, foram feitas entrevistas com os condôminos e avaliações técnicas para que colocássemos em prática as estratégias mais adequadas”. Com fluxo diário de cerca de 3 mil pessoas, entre frequentadores fixos e visitantes, a segurança torna-se, de fato, uma prioridade, acrescenta Tapia. “O sistema prevê, inclusive, que uma pessoa tenha acesso apenas à área e ao andar que for devidamente cadastrada para visitar”, destaca. Ele comemora a receptividade das mudanças e a reação positiva por parte dos condôminos. “Hoje vemos que as pessoas têm prazer em receber clientes, visitantes, amigos. Todos apostaram no projeto e estão satisfeitos com o retorno.” As afirmações encontram eco na opinião de Luiz Cesar Ayub, condômino desde 1992. “Antes, o prédio estava muito deteriorado. A verdade é que passamos mais tempo aqui do que em nossas próprias casas e agora podemos dizer que temos um ambiente agradável e moderno, como poucos são na cidade.” Na avaliação do gerente geral de operações do Sesi, Juliano André Colombo, que trabalhou no edifício no ano de 2003, as mudanças são emblemáticas. “Na época em que eu estive aqui, o prédio mais se assemelhava a um local abandonado e é um grande orgulho ver no que ele se transformou. O Formac revive e volta como uma referência”, conclui. O Edifício recebe cerca de 3 mil pessoas diariamente Planejamento estratégico em prática As conquistas recentes são apenas parte de um planejamento que se estenderá para os próximos anos, conforme relata a síndica Mariane Müller Spiekermann. “Quando assumimos, em 2005, estabelecemos algumas metas que queremos concretizar até 2014.” Entre elas, segundo Mariane, está a reforma completa – até o final deste ano (2012) – de todas as colunas de água potável, esgoto e ventilação do prédio. Ao todo, são seis, mas uma foi concluída e entregue em dezembro de 2011. Outra parte do projeto pretende dar uma nova cara ao terraço do prédio, potencializando a vista para o Guaíba com a construção de um Centro de Convenções com 96 assentos, além de outras três salas de treinamento com 50 lugares cada. “Também estudamos a possibilidade de instalar um café no local, enfim, ideias não faltam!”, comenta a síndica. 28 síndico 195 Os administradores junto ao hall, que foi totalmente remodelado Abril-Maio-Junho/2012 29 sustentabilidade Jardins iluminados pelo sol Luminárias solares combinam economia de energia, proteção ao meio ambiente e design Lugar adequado A economia de energia elétrica é o principal fator positivo das luminárias solares reforçado pelo gerente comercial da 30 síndico 195 companhia de São Paulo General Heater, Elton Macedo. Ele detalha que as peças vendidas possuem duas baterias acopladas que são alimentadas pelo sol durante o dia. “Elas armazenam a energia que é usada à noite para a iluminação”, descreve. A autonomia é de dez horas. Uma ressalva do gerente refere-se à escolha do local para a instalação das luminárias. Ele recomenda optar por uma área bem iluminada e que tenha uma base sólida. Isso porque a empresa não trabalha com os modelos de estaca, apenas com os aparafusados, que demandam um terreno mais apropriado que diretamente no gramado. Macedo salienta ainda a durabilidade de 50 mil horas das lâmpadas LED desses produtos e o sensor fotocélula presente neles, que liga e desliga automaticamente a luminária. A média dos valores dos itens da General Heater fica em R$ 220,00. fotos: Divulgação/General Heater Divulgação/Solargarden Poste solar completo para iluminação Numeração do prédio com energia solar Divulgação/Solargarden preocupação ambiental aliada à busca por alternativas que reduzam o consumo de recursos naturais têm levado ao desenvolvimento de produtos que utilizam energias renováveis para o seu funcionamento. Com o maior investimento em pesquisas nessa área, novos itens começam a surgir no mercado, com preços mais acessíveis. Um exemplo disso são as luminárias solares para jardins. Com diferentes tipos, os equipamentos são uma opção para a iluminação das áreas externas dos condomínios. Conforme o diretor da Solargarden, Luis Trusoni, elas proporcionam um ambiente livre e seguro, com alto desempenho e economia de energia, iluminação LED e uma vida útil maior que as das lâmpadas elétricas tradicionais. “Outros benefícios são a instalação fácil e sem necessidade de fiação e a baixa voltagem. Elas também demandam pouca manutenção”, ressalta. Ele explica que as luminárias comercializadas pela empresa de São José dos Pinhais, no Paraná, são modelos completos e independentes de captação, armazenagem e transformação da energia solar em elétrica, realizada através do processo fotovoltaico. As linhas oferecidas abrangem os segmentos de decoração natalina e de jardins e piscinas, com arandelas de parede, pedras solares, adornos em resina, luzes multicores e de presença. Trusoni acrescenta que a companhia disponibiliza ainda postes de iluminação, sinalização viária e numeração predial. Conforme o diretor, os valores dos produtos de decoração oscilam de R$ 30,00 a R$ 70,00. Já os preços para os demais, variam de acordo com a potência de iluminação de cada um. Divulgação/Solargarden A Modelos da fabricante General Heater Luminária Solar Decorativa Farol Chinês/Vela Flamejante Mais informações Detalhes, mais produtos e pedidos da Solargarden podem ser solicitados através do site: www.solargarden.com.br e da General Heater, pelo: www.generalheater. com.br ou pelo telefone: (11) 5044-1683. Abril-Maio-Junho/2012 31 jurídico Combate à inadimplência Ter bom senso e cumprir as regras estabelecidas na convenção são as principais dicas para os síndicos lidarem com o atraso no pagamento das taxas condominiais O Condomínio Edifício Residencial Hannover, em São Leopoldo (RS), tinha uma dívida de R$ 90 mil e cerca de 40% de inadimplência, quando Carlos Alexandre dos Santos Maydana assumiu a sua administração, em 2010. Hoje, o cenário é bem diferente: os valores devidos não foram apenas sanados, como há um saldo positivo de R$ 30 mil e o índice de inadimplentes caiu para aproximadamente 10%. Para obter esse resultado, as primeiras ações de Maydana foram registrar a convenção do prédio (o empreendimento de 80 apartamentos foi inaugurado em 2008 e não tinha suas normas regulamentadas) e entrar em contato com a Auxiliadora Predial para reavaliar as necessidades da edificação. Outra medida posta em prática pelo gestor foi encontrar a maneira adequada para conversar com as pessoas que estavam em débito há três meses e conhecer a realidade de cada uma e as possibilidades de pagamento. “Dessa forma, alguns colocaram suas contas em dia e com outros foi preciso entrar na Justiça”, ressalta. Um problema enfrentado foi que muitos vizinhos, ao serem cobrados, levaram a atitude dele para o lado pessoal. “Fiz valer a convenção. Não dá para passar a mão na cabeça dos condôminos e adotar uma postura diferente para quem é mais próximo”, explica o síndico, que acredita que os assuntos do condomínio devem ser tratados profissionalmente. Maydana comenta, ainda, que com essas iniciativas há dinheiro em caixa e é possível realizar melhorias no edifício e, consequentemente, conquistar a confiança dos demais moradores. Resolver o problema é atribuição do gestor A situação vivida pelo Condomínio Hannover é a mesma enfrentada, em 32 síndico 195 média, por 12,68% das mais de 50 mil economias de Porto Alegre pesquisadas pelo Sindicato da Habitação do Rio Grande do Sul (Secovi/RS) e pela Associação Gaúcha de Empresas do Mercado Imobiliário (Agademi), em novembro do ano passado. O levantamento, realizado mensalmente por amostragem, indicou também que apenas 0,48% das unidades verificadas possuíam ações judiciais de cobrança. Das edificações avaliadas, o estudo apontou que as residenciais apresentam o maior índice de inadimplência: 13,02%, enquanto que as comerciais ficaram em 9,99% e as mistas, 11,79%. Com relação ao tempo da dívida, o Secovi/RS-Agademi apurou que a maioria dos atrasos encontra-se no período de mais de 60 dias (veja box). Conforme a vice-presidente de Condomínios do Sindicato, Simone Camargo, há uma tendência de aumento desse quadro na época do Natal e férias de verão, quando os gastos são mais elevados. Contudo, a média de inadimplência desde a vigência do Novo Código Civil, em janeiro de 2003, gira em torno de 12% a 13%, por mês. Em 2002, por exemplo, a média anual ficou em 10,26%. Essa diferença, para Simone, está rela- cionada às mudanças efetuadas na legislação que reduziram a multa que pode ser aplicada nesses casos de até 20% para até 2%, conforme o artigo 1.336 do Código Civil, que destaca os deveres dos condôminos. “Isso levou as pessoas a priorizarem pagamentos com juros mais altos”, observa. Ela salienta que os síndicos têm a obrigação de tomar uma atitude para solucionar os débitos existentes em seu prédio. Cabe aos administradores resolver esse problema sem serem constrangidos ou ameaçados pelos vizinhos que estão atrasados, reforça a vice-presidente. Simone argumenta que os gestores devem cumprir a convenção e que no documento podem estar detalhados os prazos e as taxas a serem cobrados. Segundo ela, em geral, o período de espera antes de encaminhar a questão para a Justiça é de 90 dias. O advogado Pedro Guilherme Becker acrescenta que, além da multa de até 2% sobre a dívida, os condôminos pagam juros de 1% ao mês e correção monetária. Cautela e bom senso A vice-presidente do Secovi/RS-Agademi aconselha que já no primeiro mês de Divulgação/Secovi/RS-Agademi Raio-X da inadimplência na Capital gaúcha Inadimplência nos condomínios por período em Porto Alegre – Novembro/2011 Período de atraso Percentual de economias com atraso (%) Tipo de condomínio Média* Residencial Comercial Misto Até 29 dias 5,19 4,28 5,27 5,12 De 30 a 60 dias 1,83 1,29 1,76 1,79 Mais de 61 dias 6,00 4,42 4,77 5,77 13,02 9,99 11,79 12,68 Total Fonte: SECOVI/RS-AGADEMIObs: * média ponderada por tipo de imóvel por período Simone Camargo é vice-presidente de Condomínios do Secovi/RS-Agademi inadimplência o síndico procure o morador para saber o que está acontecendo e o que pode ser feito para contornar a situação. “O bom senso e a cautela devem nortear as ações do gestor”, frisa. Tanto Simone, quanto Becker defendem uma cobrança amigável, sem jamais expor aqueles que estão em débito com o condomínio, até porque as questões que impedem o pagamento podem ser temporárias, como uma doença na família. Um alerta feito pelos especialistas é que os administradores não devem negociar as dívidas, propondo um valor menor que o devido ou longos parcelamentos, a menos que sejam autorizados em assembleia. “Se essa for uma decisão pessoal do administrador, outros condôminos podem achar que estão sendo prejudicados e acabar o gestor tendo que saldar as contas do próprio bolso”, afirma Simone. Atitudes proibidas Sobre as proibições aos inadimplentes, como a do uso das partes comuns da edificação, Becker enfatiza que elas são vistas, geralmente, pelo Judiciário como um exagero, assim como o registro de seus nomes no SPC e Serasa. Medidas viáveis são o impedimento de voto nas assembleias e o corte do abastecimento de gás, em condomínios em que o serviço é centralizado. Evolução (%) do índice de inadimplência nos condomínios em Porto Alegre – Novembro/2010 a Novembro/2011 Inadimplência % de condôminos com atraso nos pagamentos Com ação judicial Sem ação judicial Total Novembro/2010 0,53 12,66 13,19 Dezembro/2010 0,59 12,45 13,04 Janeiro/2011 0,51 11,65 12,16 Fevereiro/2011 0,45 12,44 12,89 Março/2011 0,55 12,31 12,86 Abril/2011 0,58 12,27 12,85 Maio/2011 0,57 11,83 12,40 Junho/2011 0,52 12,11 12,63 Julho/2011 0,55 11,90 12,45 Agosto/2011 0,47 11,96 12,43 Setembro/2011 0,44 11,88 12,32 Outubro/2011 0,41 11,69 12,10 Novembro/2011 0,48 12,20 12,68 Fonte: SECOVI/RS-AGADEMI O que diz o Código Civil sobre o assunto Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no art. 1.332 e das que os interessados houverem por bem estipular, a convenção determinará: I – a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender às despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio; Art. 1.335. São direitos do condômino: III - votar nas deliberações das assembleias e delas participar, estando quite. Art. 1.336. São deveres do condômino: I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004). § 1º O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento sobre o débito. Fonte: Advogado Pedro Guilherme Becker Abril-Maio-Junho/2012 33 geral Caixas d’água devem ser bem vedadas Diferentes tipos de tampas para os reservatórios de água podem ser encontrados no mercado. Saiba qual oferece o melhor custo-benefício para o seu condomínio Compare os preços Veja os valores, em média, de algumas tampas de vedação*. Em aço inox: de R$ 150,00 a R$ 900,00. Galvanizadas: de R$ 150,00 a R$ 300,00. Fibra de vidro: de R$ 500,00 a R$ 600,00. *Os preços variam conforme o tamanho. Fonte: Gerson Schultz, da Caixa D’água Revestimentos 34 síndico 195 o Mais durabilidade Segundo Gerson Evandro Schultz, sócio da Caixa D’água Revestimentos, um dos principais problemas relacionados à vedação reside no fato de que cerca de 90% dos reservatórios são de concreto. “Com o tempo, elas racham, esfarelam, e não dão mais a proteção ideal contra bichos e água da chuva. Sem falar na sua estrutura de ferro que enferruja com o passar dos anos”, explica. A companhia trabalha essencialmente com produtos em aço inox de classe A que, apesar do custo mais elevado, possuem durabilidade maior que os convencionais. Para fixá-las, é usada uma borboleta (a mesma empregada em janelas) e um parafuso pitão. Há também versões em ferro, fibra de vidro e galvanizadas. Uma ressalva feita por ele sobre as de fibra de vidro é que elas sofrem mais com o sol e com a chuva, o que enfraquece o material, diminuindo sua vida útil. Já as galvanizadas, fabricadas com a mesma matéria- prima de calhas e algerosas, são as mais comuns e acessíveis financeiramente, porém duram pouco mais de um ano. Eletromendes cadeado seja colocado, possibilitando que apenas pessoas autorizadas tenham acesso à caixa d’água. A garantia é de dez anos. çã ação do sol e da chuva, aliada ao desgaste natural de determinados materiais utilizados nas caixas d´água pode levar ao aparecimento de fissuras, comprometendo a vedação dessas estruturas. Sem a proteção total, elas ficam expostas à entrada de insetos, pássaros e, dependendo do tamanho das trincas, até mesmo gatos que circulem por cima dos telhados, diminuindo dessa forma a qualidade da água armazenada. Para manter a higiene e a segurança, é preciso conhecer e avaliar as alternativas de tampas de reservatórios existentes para escolher aquela que atenda melhor às demandas de cada construção. A loja virtual Eletromendes, sediada em Porto Alegre, comercializa uma opção desenvolvida com plástico industrial (polietileno de média densidade linear) e proteção contra raios UV, o que impede o ressecamento provocado pelo sol e futuras rachaduras. O equipamento, que é vendido por R$ 590,00, de acordo com informações do site da empresa, conta ainda com uma borracha de vedação e uma alça e um fecho de segurança em inox para evitar a formação de ferrugem. O fecho permite que um Divulga A Divulgação/Caixa D’água Revestimentos Tampa de aço inox com película de proteção Além das tampas de reservatórios, Schultz destaca que o carro-chefe da empresa é a instalação de mantas em PVC maleável na parte interna das caixas d’água. “Isso impede que a água entre em contato com as paredes e aumenta a higiene. O produto tem atestado de atoxidade”, salienta. Com garantia de oito anos, ela é confeccionada sob medida e a sua colocação é feita em um dia. Contatos de alguns fornecedores Eletromendes: www.eletromendes.com ou pelo fone: (51) 3342-7564. Caixa D’água Revestimentos: www.caixadaguarevestimentos.com.br ou (51) 3348-1239. Abril-Maio-Junho/2012 35 segurança Central de gás: projeto adequado previne danos Cumprir os critérios estabelecidos pelas leis para a correta instalação das áreas para gás aumenta a segurança nos condomínios E lemento de risco de acidentes com potencial de destruição de patrimônio material e ambiental e de perdas de vidas, as centrais de gás precisam atender às legislações referentes ao assunto para garantir a segurança de todos. Em Porto Alegre, essas instalações, assim como as individuais, são regidas pelo Código de Proteção Contra Incêndio – a Lei Complementar 420/1998 – e têm que cumprir determinados critérios, como afastamento de ralos, de vagas de estacionamento, espessuras de paredes, materiais usados, alturas, capacidade, entre outros. De acordo com a regulamentação, em seu artigo 227, as centrais são obrigatórias em condomínios com demanda de consumo acima de 39 quilos por unidade autônoma e em edificações com altura superior a 12 metros e mais de 1.600 m² de área construída. Elas devem também ser colocadas em local próprio, fora do corpo do prédio, arejado, de fácil acesso e em um lugar que não seja utilizado para nenhuma outra atividade. Com relação à estrutura, ela precisa de paredes e coberturas que resistam a duas horas de fogo e assegurar a ventilação permanente de uma das faces do abri go de alvenaria. A abertura desse lado, inclusive, deve ser protegida por venezianas, telas metálicas ou grades que possibi litem que o ar circule, até mesmo próximo ao piso. Outros pontos detalhados no Código são referentes a deixar placas de advertência à vista sobre a proibição de fumar na proximidade e ao produto ser inflamável. Além disso, extintores de pó químico seco têm que estar fixados em suas imediações. A distância máxima em que eles podem ficar é de dez metros (10 m). Já os interruptores de luz com a insta lação elétrica à prova de explosão, se forem necessários, ficam na parte externa. 36 síndico 195 Segurança e economia: central de gás instalada corretamente no Edifício Porto Belo, em Porto Alegre. A substituição do sistema de abastecimento para GLP a granel trouxe redução de mais de 20% nos gastos com o produto Requisitos de segurança Para realizar o abastecimento, a Liquigás Distribuidora S.A. observa alguns itens de segurança, como, por exemplo, se os abrigos estão distantes, pelo menos, 3 metros de janelas, portas e garagens e 1,5 metros de ralos e bueiros. “Recomendamos que esses ambientes sejam fechados com portas do tipo venezianas, isso porque, se ocorrer algum vazamento, o gás tem espaço ventilado para sair”, relata Laline Escouto, consultora comercial da empresa, em Porto Alegre. Ela destaca que para condomínios os produtos mais indicados são o P45 (com 45 quilos), o P90 (90 quilos) e o GLP a granel (de 125 ou 190 quilos), que são os tanques estacionários, em que não há troca do recipiente como nos tradicionais de 13 quilos. As vantagens dessa opção, para Laline, são o abastecimento feito através de mangueiras diretamente do caminhão para a central e a existência de um indicador de nível do produto. “Quando ele está na marca dos 30% é hora de solicitar o reabastecimento”, sugere. O tanque deve ter ocupado apenas 85% da sua capacidade, pois é necessário deixar área para que ele possa vaporizar. A consultora reforça que a companhia faz o projeto de abastecimento, fornece a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), o laudo de estanqueidade (do inglês no-leak, que significa que não há vazamento de gás) e conta com assistência técnica e manutenção preventiva. Licença e vistoria Devido aos danos que podem causar, as centrais de gás são licenciadas e fiscalizadas pelos órgãos públicos das cidades. A Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) em parceria com o Corpo de Bombeiros são os responsáveis pela verificação dos projetos na capital gaúcha. O diretor substituto da Divisão de Controle da Smov e especialista em edificações pela PUCRS, Vitor Hugo Pochmann, salienta que a elaboração desses ambientes deve ser executada por engenheiros e/ou arquitetos cadastrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). “A realização da central de gás, assim como outras obras, efetuada por pessoas não credenciadas caracteriza exercício ilegal da profissão e estão sujeitas às penas da lei”, ressalta. Ele comenta que os técnicos da Smov avaliam cada instalação individualmente e que elas precisam respeitar as condições físicas das edificações, suas atividades e matérias-primas empregadas, sempre com o foco na busca da segurança. “Por isso mesmo, o profissional contratado deve estar atualizado sobre a legislação, os novos materiais e técnicas construtivas e formas de manutenção, a fim de oferecer a melhor opção ao condomínio”, de- fende. Pochmann aponta, ainda, que são verificados elementos de prevenção a incêndio como: extintores, instalações hidráulicas e elétricas, saída de emergência, alarme acústico, iluminação de emergência, saída alternativa, isolamento de riscos, caldeiras, materiais de construção utilizados e treinamento de pessoal. A empresa que fará o abastecimento do gás também deve observar as normas legais e os documentos solicitados. Aperfeiçoando as estruturas O Condomínio Edifício Porto Belo, no bairro Boa Vista, em Porto Alegre, foi construído há cerca de dez anos já com uma central de gás externa na área que dá acesso à garagem, conforme as distâncias mínimas determinadas. Segundo o subsíndico Marcelo Beghetto, o local oferece mais segurança. Recentemente, o prédio mudou o seu sistema de abastecimento para o GLP (gás liquefeito de petróleo) a granel e, desde janeiro deste ano, as unidades contam com um relógio para a medição individual do produto. As medidas trouxeram economia para os moradores, uma vez que a cobrança não é mais feita antecipadamente ao condomínio e as inadimplências são resolvidas entre a Liquigás, que abastece o Porto Belo e que faz a avaliação dos registros, e os proprietá- O que fazer em casos de vazamentos? Seja nas centrais ou dentro das residências, é preciso atenção extra no uso do GLP. O primeiro sinal para identificar o escape de gás é o cheiro. Para confirmar se existe um vazamento, passe uma esponja com água e sabão sobre a válvula ou regulador de pressão. Bolhas irão surgir se houver o escape. Nunca utilize fósforos, isqueiro ou velas para essa verificação e não fume no local. Se o vazamento for comprovado, mude a alavanca do regulador de pressão para fechado e afaste as pessoas. Não acione interruptores de eletricidade e eletrodomésticos que possam produzir faíscas. Se ocorrer em um ambiente fechado, abra portas e janelas para arejar. Entre em contato com a assistência técnica do fornecedor e, em situações mais graves, com o Corpo de Bombeiros. Fonte: Liquigás Distribuidora S.A. Central de gás do Condomínio Porto Seguro, no Menino Deus, em Porto Alegre, está adequadamente instalada fora do corpo do prédio e com as placas de advertência exigidas rios. “Com essas alterações tivemos uma redução de 22,14% nos custos”, comemora Beguetto. Mais antigo, o Condomínio Edifício Carmel, no Bela Vista, na mesma cidade, precisou fazer o seu abrigo para o gás. Para desenvolver o projeto, 11 anos atrás, o síndico Pedro Cabral contratou um arquiteto para erguer uma estrutura segura e dentro dos padrões apontados pela lei. O laudo foi apresentado à Smov e o lugar, depois de aprovado, foi vistoriado pelos Bombeiros. “Foi uma tranquilidade a mais para todos passar a ter a central separada dos apartamentos”, reforça Cabral, que está na gestão há 14 anos. A construção, que recebe os cilindros de P45 e que abastece as 40 unidades, fica junto a uma parede, afastada da garagem. Um encarregado do prédio faz uma vistoria geral nos registros dos imóveis para verificar se não há vazamento. Mais informações Setor de Licença da Smov 3289-8890 / e-mail: [email protected] Corpo de Bombeiros: 193 Abril-Maio-Junho/2012 37 ADVOGADOS BOMBAS E MOTORES CAIXA D’ÁGUA - IMPERMEABILIZAÇÃO ALARMES alimentos ARQUITETURA CAIXA D’ÁGUA - LIMPEZA BOMBAS E MOTORES Abril-Maio-Junho/2012 39 ELEVADORES GRADES - PORTÕES hidrômetros engenharia IMPERMEABILIZAÇÕES EXTINTORES DE INCÊNDIO INCÊNDIO - PREVENÇÃO FACHADAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 40 síndico 195 jardins - máquinas PINTURAS LAUDOS - MARQUISES material de limpeza PAINÉIS DE MEDIDORES PINTURAS Abril-Maio-Junho/2012 41 PINTURAS PORTEIROS ELETRÔNICOS portaria e limpeza RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL TELHADOS portas automáticas PORTEIROS ELETRÔNICOS 42 síndico 195
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