(Microsoft PowerPoint - Hipn\363ticos Sedativos e Ansioliticos
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Fármacos Hipnóticos e Sedativos Prof. Dr. Gilda Ângela Neves - 2015 Ansiólise x Sedação x Hipnose Fazem parte de um efeito contínuo e crescente de depressão do Sistema Nervoso Central 1 Fármacos Sedativos e Hipnóticos É um dos grupos de fármacos mais utilizados no mundo De 5 a 10% da população mundial recebe a prescrição de hipnótico por ano 16% das pessoas idosas fazem uso continuo de hipnóticos Tratamento dos Distúrbios do Sono Sono... Processo ativo do sistema nervoso central, caraterizado pela sucessão cíclica de diversas alterações psicofisiológicas Conservação da energia; Redução da temperatura cerebral; Recuperação da sensibilidade a neurotransmissores 2 5HT – serotonina, Ach – acetilcolina, BF – prosencéfalo basal, DA – dopamina, DRN – núcleo dorsal da rafe, Hcrt – hipocretina (orexina), His – histamina, LC – locus coeruleus, LDT – tegmento laterodorsal, NA – noradrenalina, PRF formação reticular pontina , PPT – tegumento pedunculopontino, TMN – núcleo tuberomamilar, vPAG – substância cinzenta periaquedutal ventral, (Annu. Rev. Genet. 2008. 42:361–88) 3 GABA – ácido γ-amino butírico, Gal – galanina, VLPO – núcleo preoptico medial ,(Annu. Rev. Genet. 2008. 42:361–88) Ach – acetilcolina, Glu – glutamaro, Gly – glicina, LDT – tegmento laterodorsal, PRF – formação reticular pontina , PPT – tegumento pedunculopontino, (Annu. Rev. Genet. 2008. 42:361–88) 4 Transtornos do SonoSono-Vigília - DSM 5 Insônia Hipersonia Narcolepsia Transtornos do Sono Relacionados com a Respiração Transtornos do Ritmo Circadiano Parassonias Transtorno de Insônia Queixa de insatisfação com a quantidade ou qualidade do sono pelo menos três noites na semana por no mínimo três meses 1/3 da população mundial apresenta sintomas de insônia 6 – 10% sofrem de transtorno de insônia Prevalência maior em mulheres (1,5x) Dificuldade de iniciar o sono (insônia inicial) Dificuldade de mantes o sono (insônia intermediária) Despertar precoce (insônia final) Sono não restaurador 5 Fármacos Hipnóticos e Sedativos GABAérgicos Principal neurotransmissor inibitório encefálico Amplamente distribuído no SNC 6 O O Barbitúricos NH HN O 1903 - Fisher e von Mering: Síntese do Veronal (barbital) - Demora para início de ação - Efeito de longa duração (1½ dia!!) 1912 – Síntese do fenobarbital (Luminal) - Ações sedativa, hipnótica e anticonvulsivante - Perfil farmacológico mais adequado Síntese de mais de 300 análogos!! R.E.A. ACIDEZ % ionização Início de Ação Duração de Ação pH = 1 pH = 5 pH = 7,4 Pentobarbital pKa = 8,5 3,0 x 10-6 0,03 7,3 10 – 15 min 3–4h Fenobarbital pKa = 7,5 3,0 x 10-5 0,3 44,2 1h 10 – 12 h 0,09 90,9 99,9 inativo inativo Ácido barbitúrico pKa = 4,0 7 Mecanismo de Ação Baixas Doses Modulação alostérica positiva de receptores GABAA ↑ duração da abertura do canal de Cl- na presença de GABA Ação depressora do SNC Mecanismo de Ação Altas Doses Agonismo de receptores GABAA Antagonismo de receptores AMPA Efeitos inespecíficos (membrana celular??) 8 Farmacocinética Rápida absorção e lenta eliminação (biotransformação) Substâncias bastante lipofílicas (acúmulo no tecido adiposo) Potentes indutores enzimáticos – CYP 1A2, 2C9, 2C19 e 3A4!!! Reações Adversas No momento da administração i.v.: queda da pressão arterial, laringoespasmo, diminuição do ritmo respiratório. Após: sedação, tontura, confusão mental, prejuízo motor, insônia rebote. Tolerância e Dependência Tolerância: efeitos sedativo e hipnótico > anticonvulsivante e letal Presença de tolerância cruzada com outros depressores do SNC Risco maior de dependência física, mas também psicológica (efeito euforizante) Síndrome de abstinência: irritabilidade, insônia, fono e fotofobia, depressão e convulsões (mais graves) Sobredosagem Depressão intensa do SNC (paciente comatoso), respiração pode estar diminuída, ou aumentada e superficial, queda da pressão arterial. Causa morte: complicações pulmonares (atelectasia, edema) e renais Manejo: medidas de suporte, hidratação, alcalinização da urina Interações Medicamentosas Outros depressores do SNC Aceleram a eliminação de diversos fármacos (vitamina D, vitamina K, contraceptivos orais, entre outros) Uso em Gravidez e Lactação Maioria dos fármacos classificada nas classes D do FDA São excretados através do leite materno 9 Primidona Fenobarbital CH3 O O Tiopental NH HN HN CH3 O O O Indicação: anticonvulsivante O CH3 H3C HN NH CH3 O NH Indicação: anticonvulsivante S Indicação: anestésico geral Benzodiazepínicos H N CH3 N Cl N + O Introduzidos na terapêutica na década de 60 Efeitos sobre o SNC ansiolítico rápido sedativo/hipnótico anticonvulsivante relaxante muscular amnésia anterógrada Clordiazepóxido Principais representantes: alprazolam, bromazepam, clonazepam, cloxazolam, diazepam,estazolam, flunitrazepam, flurazepam, lorazepam, midazolam, nitrazepam 10 Mecanismo de Ação Modulação alostérica positiva de receptores GABAA ↑ freqüência de abertura do canal de Cl- na presença de GABA Ação depressora do SNC Farmacocinética Moléculas bastante lipofílicas; Rapidamente absorvidas no TGI; Alcançam rapidamente o SNC; Ligação às proteínas plasmáticas – correlacionada a lipofilia; Substratos de enzimas do citocromo P450 DURAÇÃO DE EFEITO RELACIONADA A FORMAÇÃO DE METABÓLITOS ATIVOS 11 H N CH3 N clordiazepóxido + N Cl O diazepam CH3 O N N Cl + N Cl O O H N N Cl OH H N O OH NH2 + COOH N Cl N Cl H N O H N HO Cl NH2 N O + N Cl O O N OH O H N OH Cl N Cl H N O H N + N + N Cl O O oxazepam O HO Diazepam - t½ = 30 h Nordiazepam - t½ = 60 h 12 Reações Adversas Sedação, tonturas, confusão mental, amnésia anterógrada, náuseas, prejuízo do desempenho motor. Tolerância e Dependência Tolerância: efeitos sedativo, anticonvulsivante e relaxante muscular Risco maior de dependência física, mas também psicológica Síndrome de abstinência: similar aos barbitúricos, porém menos intensa. Surgimento da síndrome de abstinência influênciado pela duração do efeito Sobredosagem Raros casos fatais, especialmente em associação com outros depressores do SNC (etanol) Medidas de suporte Admnistração de flumazenil (↓ t½) Interações Medicamentosas Efeito sinérgico com outros depressores do SNC (etanol) Cimetidina, omeprazol, antifúngicos azóicos, aminoglicosídeos inibem a metabolização de benzodiazepínicos Indutores CYP 3A4 aceleram o metabolismo de benzodiazepínicos Ácido valpróico – episódios psicóticos Fisostigmina – antagonismo parcial do efeito depressor central dos benzodiazepínicos Benzodiazepínicos podem diminuir os efeitos da levodopa. Uso em Gravidez e Lactação Maioria dos fármacos classificada nas classes D e X do FDA São excretados através do leite materno 13 Benzodiazepínicos x Barbitúricos Maior índice terapêutico; Maior segurança na sobredosagem; Não provocam indução enzimática; Menor incidência de tolerância; Menor propensão ao abuso. Benzodiazepínicos como Hipnóticos Insônia de Curta Duração (até 3 semanas) Benzodiazepínicos de Curta Duração de Ação Estazolam (Noctal® ) 1 – 2 mg/dia Benzodiazepínicos de Longa Duração de Ação Flurazepam (Dalmadorm ®) 15 – 30 mg/dia pacientes com dificuldade para “pegar no sono”, sem sintomas de ansiedade, idosos RAMs: ansiedade de rebote, despertar precoce, episódios de amnésia pacientes com sintomas de ansiedade RAMs: sedação residual, prejuízo cognitivo (dia seguinte e a longo prazo) Duração máxima de tratamento: 1 mês 14 Consequênicias do Uso Crônico de Benzodiazepínicos Desenvolvimento de tolerância e piora gradual do padrão de sono Desenvolvimento de insônia rebote Estudos demonstram melhora do padrão do sono após interrupção da medicação Aumento do risco de desenvolvimento de prejuízo cognitivo e demência em idosos (reversível) Aumento do risco de quedas, fraturas, acidentes automobilísticos e intoxicações BZDs - Outras Indicações Terapêuticas T. Ansiedade Generalizada (efeito agudo) Bromazepam Clonazepam Cloxazolam Trasntorno do Pânico Alprazolam Clonazepam T. Ansiedade Social Clonazepam Anticonvulsivantes Clonazepam Diazepam Medicação Pré-Anestésica Auxiliar na Desintox. Alcoólica Relaxante Muscular Clordiazepóxido Diazepam Lorazepam Midazolam Clordiazepóxido Diazepam 15 Hipnóticos Não Não--Benzodiazepínicos - “Z” drugs Principal Indicação: insônia caracterizada por dificuldade em iniciar o sono. Duração de efeito mais curta (↓ t½) Mecanismo de Ação: Ativação seletiva sobre receptores benzodiazepínicos que contém a subunidade α1 Efeito mais seletivo – sedativos e hipnóticos Sem indução de insônia de rebote com a interrupção abrupta Mais seguros em pacientes idosos e gestantes (risco gestacional C) Tolerância e dependência física similar aos BZDs, especialmente em altas doses Potencial de abuso ainda em discussão Efeitos antagonizados por flumazenil Hipnóticos Não Não--Benzodiazepínicos - “Z” drugs Zolpidem Uso único ao deitar (t½ = 2,5 h) Duração tratamento recomendada: 7 – 10 dias Estudos demonstram eficácia por até 12 meses Efeito permanece até 1 semana após interrupção da medicação Mulheres metabolizam o fármacos mais lentamente (uso de menores doses) RAMs: sonolência, tonturas, cefaleia, náuseas, diarréia, amnésia, pesadelos 16 Hipnóticos Não Não--Benzodiazepínicos - “Z” drugs - International Review of Psychiatry, April 2014; 26(2): 214–224. Hipnóticos Não Não--Benzodiazepínicos - “Z” drugs Zaleplona Uso ao deitar (t½ = 1h) Pode ser repetido em casos de despertar Duração tratamento: 7 – 10 dias RAMs: sedação tonturas, fotofobia, parestesias, cefaléia, ataxia 17 Hipnóticos Não Não--Benzodiazepínicos - “Z” drugs Zopiclona Eszopiclona Agonistas GABAA α1 e α2 Indicados para indução e manutenção do sono (t½ = 5,3h) Único aprovado para tratamento de longa duração (12 meses)! RAMs: sabor desagradável na boca, boca seca, sedação, tonturas náuseas, cefaléia Tratamento Farmacológico da Insônia Todos os fármacos apresentam igual eficácia para indução do sono!! Mudam os efeitos sobre a arquitetura do sono. Barbitúricos e Benzodiazepínicos ↓ fase 1 ↑ fase 2 ↓ fase 4 ↓ sono MOR (fase 5) Zolpidem, Zopiclona, Eszopiclona ↓ fase 1 ↑ fase 2 ↑ fases 3 e 4 Zaleplona ↓ fase 1 ↑ fases 3 e 4 18 Novos Hipnóticos com Mecanismo de Ação NãoNão-GABAérgico Melatonin Nat Rev Neurosci. 2007 Mar;8(3):171-81. Ramelteon - EUA e Japão Indicação: insônia crônica caracterizada por dificuldade em iniciar o sono (curta e longa duração) Mecanismo de Ação: agonista de receptores de melatonina (MT1 e MT2) no núcleo supraquiasmático do hipotálamo. Maior eficácia na indução do que na manutenção do sono Uso: 30 min antes de deitar Não é uma substância controlada Sem relatos de sedação resídual, insônia rebote e amnésia Tolerância não observada até o momento (6 meses de tratamento) Sem indícios de potencial de abuso RAMs: tonturas, fadiga 19 Suvorexant - EUA e Japão Indicação: insônia crônica caracterizada por dificuldade em iniciar e/ou manter o sono Mecanismo de Ação: antagonista reversível dos receptores de orexina (OX1R e OX2R) Diminui a latência e aumenta a duração do sono (MOR e NMOR) Uso: a menor dose possível (10 mg) 30 min antes de deitar (não repetir a dose¹) RAMs: sonolência repentina (10%), dores de cabeça (7%) Alerta do FDA sobre parassonias e pensamentos suicidas Sem relatos de insônia rebote e amnésia Tolerância e indícios de potencial de abuso ainda não observados Outros Fármacos para o Tratamento da Insônia Anticonvulsivantes (TI ou epilepsia acompanhada de insônia) Antidepressivos (depressão acompanhada de insônia) Gabapentina Pregabalina Tiagabina Mirtazapina Amitriptilina Trazodona Doxepina Agomelatina Antipsicóticos (insônia associada a psicose) Olanzapina Quetiapina Anti-histamínicos (efeito sedativo transitório) Difenidramina Hidroxizina Prometazina 20
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