Relatório de Administração do Fundo de Investimento Imobiliário
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Relatório de Administração do Fundo de Investimento Imobiliário
Relatório de Administração do Fundo de Investimento Imobiliário Phorbis Demonstrações Financeiras de 31/12/2012 I. Objeto do Fundo O Fundo de Investimento Imobiliário Phorbis (“FII”) tem por objeto a locação, aquisição e venda de imóveis residenciais, comerciais e industriais, notadamente, terrenos, lotes, edifícios comerciais, plantas industriais e centros urbanos de distribuição e logística e a realização de investimentos na construção e urbanização de loteamentos comerciais e/ou residenciais em imóveis de sua propriedade. II. Conjuntura Econômica e Perspectivas O ano de 2012 caracterizou-se, no Brasil, por inflação pressionada e baixo crescimento econômico. Também foi destaque a continuidade do forte intervencionismo governamental, com políticas econômicas de estímulo a demanda e a produção doméstica. O Banco Central reduziu a taxa Selic ao menor valor já registrado (7,25%), o Ministério da Fazenda desonerou tributariamente diversos setores e ambas as instituições contribuíram com a política de desvalorização cambial. No cenário externo, observou-se que a Europa continuou com o quadro de baixo crescimento e de turbulência no mercado financeiro, com o Banco Central Europeu (BCE) atuando como emprestador em última instância, reduzindo, desse modo, a possibilidade ruptura do Sistema Financeiro Europeu. Os Estados Unidos seguiram o processo de recuperação, com destaque positivo para o mercado imobiliário e o mercado de trabalho. A China teve expansão de 7,8% da sua economia, tentando evitar especulações exageradas, sobretudo, no mercado imobiliário local. Nesse contexto, o mercado imobiliário, foi caracterizado em 2012 pela desaceleração do volume de vendas e dos lançamentos. Isso foi resultado do maior endividamento das famílias, do aumento dos custos nas construtoras, sobretudo, da mão-de-obra e do atraso na liberação dos imóveis por algumas prefeituras. O destaque positivo ficou por conta do segmento relacionado aos shoppings. De acordo com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o setor teve excelente desempenho nas vendas, alcançando em 2012 o recorde de inaugurações dos últimos 13 anos. Entraram em operação mais 27 novos empreendimentos, com média de 398 milhões de visitantes mensais. O mercado de shopping centers brasileiro registrou em 2012, segundo a Abrasce, elevação de 10,65% nas vendas em relação a 2011, atingindo total de R$ 119,5 bilhões. O desempenho do ano passado é explicado pelo aumento da renda, pelo baixo desemprego e pelo aumento do crédito. Para 2013, a instituição projeta alta 12% nas vendas. Em relação ao futuro do setor imobiliário em geral, espera-se crescimento no segmento comercial e no residencial de baixa e média renda. Os vetores que fundamentam a expectativa de crescimento são o aumento no volume de crédito para a habitação e a continuidade no aumento da renda, mesmo que em menores taxas. De acordo com o Banco Central, o estoque de crédito imobiliário para as pessoas jurídicas atingiu R$ 43,8 bilhões em fevereiro de 2013, registrando expansão de 28,7% nos últimos 12 meses. Para as pessoas físicas, o crédito imobiliário teve elevação de 34,3% nos últimos 12 meses, levando o estoque desse tipo de crédito para R$ 266,5 bilhões. Com esses resultados, o crédito total para a habitação passou de uma participação de 10,3% do crédito total no Brasil em fevereiro de 2012 para 13% em fevereiro desse ano. Caso a taxa de juros aumente, algo sinalizado pelo Copom para a reunião de maio, a inflação continue em um patamar próximo a meta e o endividamento das famílias seja mais elevado, isso pode desacelerar a expansão do segmento. Por fim, avalia-se que as construtoras estão observando que o setor está mais amadurecido em relação a 2010, ano de grande expansão, mas que seguirá crescendo, mesmo que de forma moderada. III. Emissões de Cotas O Fundo emitiu na sua 1ª emissão 36.000 (trinta e seis mil) cotas com valor unitário de R$1.000 (hum mil reais) cada, na sua 2ª emissão foram emitidas 3.021 (três mil e vinte e uma) cotas com valor unitário de R$1.000 (hum mil reais) cada, e em sua 3ª emissão foram emitidas 1.148 (um mil cento e quarenta e oito) cotas com valor unitário de R$1.000 (hum mil reais) cada, das quais 27.514 (vinte e sete mil, quinhentas e quatorze) cotas foram integralizadas até a data de 31 de dezembro de 2012. III. Emissão de cotas O Fundo Phorbis foi constituído em 23 de outubro de 2008 e teve sua constituição e funcionamento aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, em 09 de dezembro de 2008. Promoveu até esta data 3 (três) emissões de cotas, em forma de lote único indivisível, todas subscritas. A primeira integralização ocorreu em 29 de julho de 2009, sendo a situação atual a que segue: (Quantidades expressas em unidades) Emissão 1ª 2ª 3ª TOTAL IV. Cotas Cotas Cotas Emitidas Subscritas Integralizadas 36.000 3.021 1.148 40.169 36.000 3.021 1.148 40.169 Negócios, Investimentos Investimentos % 14.639 40,66 3.021 100,00 1.148 100,00 18.808 46,82 Realizados Cotas à Integralizar 21.361 0 0 21.361 e Programa % 59,34 0,00 0,00 53,18 de O Fundo realizou investimentos em cotas de participação de empresas de propósito específico, cujas atividades preponderantes são permitidas aos FII, nos termos dos itens II e III do artigo 45 da Instrução CVM 472/08. Durante o exercício de 2012 os investimentos foram alocados na aquisição das quotas da empresa LGR PET Empreendimentos Ltda e na Empresa Pelotense de Shopping Certer Ltda. que realizaram investimentos na construção do “Shopping Pelotas” localizado no Município de Pelotas/RS assim como a construção do empreendimento Viva Open Mall e conclusão das obras de urbanização do loteamento Airport City ambos localizados em Porto Alegre/RS. O Fundo realizou a venda de terrenos de sua propriedade destinados ao desenvolvimento de projetos imobiliários residencial identificados. Para o próximo exercício, o Fundo continuará buscando as melhores oportunidades de aquisição, venda e locação de imóveis, conforme estabelecido em sua política de investimentos. V. Resultados e Rentabilidade A política de distribuição de rendimentos está de acordo com as disposições da Lei 9.779/99, em que o FII deve efetuar a distribuição em bases semestrais de, no mínimo, 95% dos lucros apurados segundo o regime de caixa. Os rendimentos e ganhos de capital auferidos pelos cotistas estão sujeitos à incidência de Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF à alíquota de 20%. Neste exercício não foi realizada nenhuma amortização ou distribuição de resultados. VI. Valor patrimonial da cota A tabela a seguir apresenta a evolução do valor patrimonial da cota, assim como a rentabilidade apurada no período: Data 31.06.11 31.12.11 30.06.12 31.12.12 • Patrimônio Líquido (R$) 67.461.025 106.786.004 104.480.146 285.831.833 N.º de quotas 18.811 27.514 27.514 27.514 Valor patrimonial da quota (R$) 3.586,83 3.933,33 3.848,40 10.388,60 Variação patrimonial da quota Rentabilidade (%) (%) 12,58 15,48 9,66 67,28 (2,16) 2,71 173,58 22,90 Observação: A rentabilidade apresentada considera, o lucro apurado no período, dividido pelo Patrimônio Líquido médio. VII. Relação de encargos do fundo e obrigações contraídas no nos dois últimos exercícios sociais: (Valores expressos em unidades de Real) EXERCÍCIO 2012 PL Médio 2011 126.068 R$ Despesas manutenção e conservação 78.826 % R$ % 51 0,04 519 0,41 21 0,02 1.126 0,89 Despesas Administrativas 211 0,17 1.242 Taxa de administração 279 0,22 268 0,34 - 2.070 2,63 - 146 0,19 Custo das Propriedades p/ investimento vendidas Custo das Unidades Vendidas Outras Desp. c/ Propriedades p/ Investimentos IPTU Despesas Condomínio Despesas Auditoria Serviços de Terceiros Despesas com tributos Total • • 1.437 1,82 1,58 18 0,01 - 409 0,32 - 2.038 1,62 - 4.672 3,70 5.163 Atividades iniciadas em 29 de julho de 2009 Observação: Os percentuais acima foram calculados com base no Patrimônio Líquido médio anual. Taxa de Administração em Dezembro/2012 Corretora Geral Valores e Câmbio Tx Administração R$ 24.205 6,56 VIII. Agradecimentos Agradecemos aos Senhores Cotistas a preferência e a credibilidade depositada em nossa instituição, colocando-nos ao inteiro dispor para eventuais esclarecimentos. Porto Alegre, 31 de dezembro de 2012. Corretora Geral de Valores de Câmbio Diretor Responsável: Ede Antônio Gasperin Contador responsável: João Delfino Serres Chaves (CRC:1RS015022/O-3 “S” SP)