Novembro.2014 - O Capuchinho
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Ano XV - nº 150 - Novembro.2014 >> Igreja Matriz >> Demonstrativo Financeiro - Outubro 2014 RECEITAS Nossa Senhora das Mercês Horários e atendimentos ENDEREÇO DA PARÓQUIA E CONVENTO Av. Manoel Ribas, 966 80810-000 Curitiba-PR Tel. Paróquia: (041) 3335.5752 Tel. Convento: (041) 3335.1606 Tel. Catequese: (041) 3336.3982 Dízimo Paroquial ....................................................................... R$ Ofertas ....................................................................................... R$ Espórtulas/Batizados/Casamentos ........................................... R$ Total ........................................................................................... R$ Dizimistas Cadastrados Dizimistas que contribuíram Novos Dizimistas DESPESAS DIMENSÃO RELIGIOSA EXPEDIENTE DA SECRETARIA PAROQUIAL: De segunda a sexta-feira Sábado Das 8h às 12h e das 13h às 18h das 9h às 12h HORÁRIO DE MISSAS: MISSAS Segunda-feira: Terça, quarta e quinta-feira: Sexta-feira: Sábado: Domingo: HORÁRIO 6h30 6h30 e 19h 6h30, 15h e 19h 6h30, 17h e 19h 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h ENTREAJUDA Quinta-feira 63.775,00 11.731,40 2.725,00 78.231,40 1253 746 15 9h, 15h e 20h Salários/Encargos Sociais / Férias ............................................. R$ Côngruas .................................................................................... R$ Casa Paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS ............................. R$ Desp.Cultos /Ornamentação/Homenagens ............................. R$ Luz / Água / Telefone ................................................................ R$ Conserv. de Imóveis/ Pinturas .................................................. R$ Manutenção dos Sinos .............................................................. R$ Rouparia / Copa/Costura/ Gás/ Alimentação ........................... R$ Despesas com Correios (Dizimo) .............................................. R$ Serviços de Contabilidade ........................................................ R$ Serviços de Alarme/ Segurança ................................................ R$ Manut. de Veículos/Combustíveis/Multas ............................... R$ Material de Limpeza .................................................................. R$ Material de Expediente/Xerox/Gráficas .................................. R$ Revistas/Internet/ WebTv/"O Capuchinho" ............................ R$ Plano de Saúde de Func. / Farmácia ......................................... R$ Vale Transportes, Vale Alimentação e Fretes .......................... R$ 18.851,81 5.792,00 3.172,00 2.962,00 2.921,72 2.346,38 10.000,00 919,70 576,60 96,00 933,00 879,00 1.801,00 1.210,65 2.802,12 1.843,37 3.911,20 Total ....................................................................................... R$ 61.018,55 NOVENA PERPÉTUA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS Sexta-feira 8h30 e 19h DIMENSÃO MISSIONÁRIA ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO Sexta-feira Bênção com o Santíssimo das 9h às 19h às 18h30 Taxa para Arquidiocese Ref.Setembro/14 ................................ Taxa para a Província Freis Capuchinhos .................................. Mat.Pastoral/Catequético/Cursos / Seminário ........................ Campanha para as Vocações repasse de agosto ....................... R$ R$ R$ R$ 8.838,23 9.286,52 3.976,20 314,50 das 8h às 11h30 e das 14h às 17h das 10h às 11h30 e das 14h às 17h Total ....................................................................................... R$ 22.415,45 BÊNÇÃOS De segunda a sexta-feira: Sábado: Telefone para agendar bênçãos: 41 3335.1606 ANIVERSARIANTES Nossa Paróquia felicita os aniversariantes do mês de novembro, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa. Saúde, paz, prosperidade e que nunca falte o amor a Jesus Cristo e Nossa Senhora em suas famílias. DIMENSÃO SOCIAL Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz. (CIC) ............................ R$ 4.000,00 Total ....................................................................................... R$ 4.000,00 TOTAL GERAL .......................................................................... R$ 87.434,00 >> Ação Social da Paróquia N. Sra. das Mercês Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos e distribuímos no mês de outubro/14, os donativos abaixo discriminados: >> Expediente do Boletim O CAPUCHINHO Pároco: Frei Pedro Cesário Palma Vigários Paroquiais: Frei Benedito Félix da Rocha e Frei Moacir Antonio Nasato Freis do Convento: Frei Juarez De Bona, Frei Hélio de Andrade e Frei Luiz Roberto Portella Jornalista responsável: Luiz Witiuk – DRT nº 2859 Coordenação: Izilda de Figueiredo Capa: Mayra Armentano Silvério Diagramação e Arte: Editora Exceuni - (41) 3657-2864 / 3657-4542 Impressão: Press Alternativa - (41) 3047-4511 / 3047-4280 Tiragem: 5.000 exemplares 2 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: OUTUBRO/2014 Peças de Roupas Pares de Calçados Diversos Total Alimentos Kg N. Sra. da Luz (Vila) 1407 236 230 1873 766 Almirante Tamandaré 2751 342 708 3801 073 Vila Verde 0566 033 283 0882 150 Setor Mercês 0118 012 010 0140 060 TOTAL 4842 623 1231 6696 1049 Destinatário À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz (CIC), doamos em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção humana. Agradecemos a você, pela sua generosa doação. Frei Pedro Cesário Palma - Pároco novembro.2014 >> Mensagem do Pároco A Celebração de Finados e de Todos os Santos No mês de novembro, de modo especial no dia de finados, relembramos nossos familiares e amigos que partiram de nosso convívio. É o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o dia do amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca. A visita que fazemos ao cemitério, as preces que elevamos a Deus, as velas que acendemos, as flores que oferecemos aos nossos entes queridos no dia de finados, são uma expressão do nosso amor e carinho para com eles. Mas não apenas isso: é também expressão de nossa confiança que, aqueles que não estão mais juntos de nós fisicamente, que não caminham conosco em nosso dia a dia, definitivamente não morreram. Essa garantia é o próprio Jesus quem nos dá: “Aquele que crê em mim, mesmo que morra viverá eternamente” (Jo 11,25). Todavia, a vida eterna não é para ser buscada apenas depois da mor- te. Essa busca deve começar aqui e agora. Trata-se antes de tudo de acreditar no chamado que Deus faz a nós em Cristo. Por meio do seu Filho Jesus, Deus nos põe em comunhão com Ele. Mas essa é uma verdade de fé. Assim como somente pela fé em Cristo e sob a ação do Espírito Santo podemos conhecer quem é Deus, do mesmo modo é também pela fé que podemos ter acesso a essa verdade, ou seja, a vida eterna. Tudo o que dissemos é preciso ser visto em relação a outra celebração que antecede o dia de finados: a de todos os Santos. Louvemos e bendizemos a Deus por todos os santos. Mas quem são os santos? São nossos irmãos na fé que viveram unidos a Cristo buscando fazer a vontade do Pai. É verdade que os santos não são somente aqueles que a Igreja já os declarou. Vai muito além. Ser santo é um chamado dirigido a todos os homens e mulheres que ontem, hoje e amanhã peregrinam por esta terra (1 Cor 1,2). Nesse sentido podemos dizer que todos os nossos irmãos, amigos, familiares que não estão mais conosco já experimentam a alegria de ser santo, como nosso Deus é santo, em sua ressurreição. Essa mesma alegria somos nós convidados a experimentála em nosso caminhar cotidiano rumo à pátria definitiva. Isso implica em vivermos em Cristo, abraçados às tarefas do Reino de Deus; implica em vivermos a caridade com os irmãos, sobretudo os pobres, os enfermos, os sofredores, pois este rosto sofrido é o rosto do próprio Cristo. Um grande abraço e que Deus abençoe você. Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap. Paz na terra aos homens... O tempo do Advento para os cristãos, é um tempo de preparação, de alegria e de expectativa. Os fiéis esperam o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento dos seus pecados e promovem a fraternidade e a paz. Seguindo o exemplo do Papa Francisco, que tem rezado e promovido a paz no mundo, a Igreja do Brasil está convocando todos os católicos para dedicar um ano inteiro à paz. A mensagem da paz esteve no centro da vida e do Evangelho de Jesus; já no seu nascimento os anjos cantaram: “Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra, paz aos homens” (Lc 2,14). Ele proclamou “bem aventurados os que promovem a paz” (Mt 5,9), e as suas primeiras palavras aos novembro.2014 discípulos, após a ressurreição, foram: “A paz esteja convosco” (Jô 20,19). Amados irmãos e irmãs, tornemo-nos embaixadores, construtores e artífices da paz. Peçamos esta graça a Deus, como fez São Francisco: “Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz.” E que nossos grupos da Novena de Natal sejam um testemunho vivo da paz de Deus. Assim estaremos nos preparando de um modo muito bonito para o nascimento do Menino Jesus. Um Santo Natal a todos, e que, a paz do Senhor brilhe em seus corações! Dom Mauro Aparecido dos Santos Arcebispo de Cascavel e Presidente do Regional Sul 2-CNBB Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 3 A Igreja que Acolhe Por ocasião da 52ª Assembleia Geral da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil foi produzido o “Documento de Aparecida”, que fala das novas prioridades e diretrizes da Igreja no Brasil. Você já deve ter ouvido falar bastante disto, mas o que lhe vem à cabeça, quando você ouve a frase “a igreja que acolhe”? Uma das prioridades da CNBB, nesta conferência, foi abrir as portas da Igreja, ensejando tanto um movimento de saída, para que as pastorais e os pastores saiam ao encontro dos fiéis, como um movimento de entrada, para que acolham todos, como Igreja, Mãe que acolhe seus filhos. “Somos chamados a ser uma Igreja menos disciplinadora e mais amorosa. “(...) Fixamos nosso olhar nos rostos dos novos excluídos”. Sabemos que a Igreja somos todos nós, cristãos, filhos de Deus, chamados a caminhar sob a orientação do Espírito Santo, seguindo os passos de Jesus Cristo, à luz de Seus ensinamentos. O templo é apenas um dos lugares onde nos reunimos para celebrar a Palavra e a Comunhão, em comunidade. A Igreja verdadeira é feita de pessoas, não de pedra. Ora, se a Igreja somos nós, isto vale dizer que onde quer que eu ou você estejamos, ali está a Igreja de Deus e certamente Jesus Cristo está junto de cada um e no meio de nós (esta foi uma das promessas Dele). Isto dá o que pensar (e é isto que a Igreja quer), pois se somos igreja, rosto, feição, presença amorosa de Jesus Cristo, então precisamos avaliar se estamos, de fato, comunicando esta imagem aos nossos irmãos em Cristo, com nossos pensamentos, palavras e atos. Minhas atitudes, onde quer que eu esteja, são, realmente, expressões de Deus? De minhas palavras pode-se dizer que são palavras inspiradas pelo Espírito Santo? Saindo, pois, da beleza dos discursos, dos textos inspiradores, escritos para nossa orientação, ser de fato Igreja e especialmente “A Igreja que Acolhe”, significa a prática e vivência concreta da palavra vivificadora de Deus, no meio em que nos encontramos, no dia a dia, a toda hora. Assim, acolho meu próximo quando no trabalho olho e trato todos os colegas, subordinados e patrões com igual respeito. Acolho meu próximo, quando na rua, trato todas as pessoas com igual solicitude. Acolho meu irmão quando não julgo, antes, busco o que é o certo (e não quem está certo) e assim me posiciono na “estação” do bem. Somos “A Igreja que Acolhe” quando em casa, tratamos nossos filhos, esposa, marido, pai, mãe, irmãos, com verdadeiro amor divino, incondicional, que perdoa, que apoia, que sustenta. Acolhemos, quando em nossos prédios, nos elevadores, na rua, conseguimos olhar nos olhos das pessoas e cumprimentá-las. Neste quesito, cumprimentamos o porteiro? O motorista do ônibus? Do taxi? Dizemos bom dia, boa tarde, boa noite ao jardineiro, ao segurança, ao policial? Ao atendente da loja, à enfermeira, ao médico, a atendente do telemarketing ou à pessoa que pede esmolas? Conversamos com as pessoas que atuam em outras atividades que não as nossas e nos interessamos de verdade por elas? Respeitamos o que a outra pessoa faz? Ligamos para o vereador, prefeito, deputado, senador, governador e lhes dizemos dos sonhos e necessidades das pessoas do nosso bairro, da nossa cidade? Preocupamo-nos em dar um pouquinho de nosso tempo como voluntário em alguma igreja ou instituição, cedendo nossos ouvidos para ouvir, nos olhos para ver e nossa boca para semear paz, esperança, fé, alegria? Procuramos de verdade conhecer as pessoas que vivem ao nosso derredor e, conhecendo, prestar a ajuda, o auxílio, o apoio, a solidariedade que tanto precisam? E aqueles que são marginalizados, por qualquer que seja a razão, nos apresentamos e confraternizamos com eles? Se nosso ser, estar e agir for realmente “o certo”, certamente todos sentir-se-ão ACOLHIDOS e a paz e o bem serão realidade. Isto e tudo o mais que diz respeito às nossas vidas (quer este- jamos acordados ou dormindo, trabalhando ou descansando ou em férias), é ser “expressão de Deus” para o nosso irmão, é ser Igreja, é ser “A IGREJA QUE ACOLHE”, é ser presença de Jesus Cristo. “...Ouvindo o clamor de Aparecida, “necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo” (DA 548). Essa convocação nos chama a atenção para mudarmos a concepção de acolhimento. Nossa busca deve ser por uma Igreja acolhedora, em todos os âmbitos – e não somente com a implantação de uma pastoral da acolhida. Acolher é uma atitude que abre as portas para as desafiadoras realidades que nos cercam, e nos impele a abraçar a todos – os que estão integrados à vida da Igreja e os afastados do seio da comunidade.”... José Carlos Silvério A Pastoral do Dízimo – A Família engajada na Igreja A Pastoral do Dízimo tem por finalidade engajar a Família na Igreja. Quando fazemos uma campanha do dízimo não é para arrecadar mais dinheiro, mas é para que as pessoas sejam mais Igreja. O ideal é que a Família contribua com seu dízimo, mas também participe da vida da Igreja: ir à missa aos domingos para se encontrar com os irmãos e irmãs e juntos louvar a Deus, ajudar na evangelização das crianças e adolescentes na Catequese, participar da equipe de Liturgia, de Cantos, da Pastoral Familiar, da Pessoa Idosa, dos Jovens, dos Gru- 4 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês pos de Reflexão, da Pastoral do Batismo, do Serviço de Animação Vocacional, enfim, em tantos outros campos de trabalho. Esta grande família que é a Igreja precisa da participação de todos. Jesus conta com sua voz, com seus braços, com suas mãos, com seus pés, para continuar evangelizando nos dias de hoje. Através do dízimo, mesmo que não participemos de nenhuma pastoral, estamos engajados na Igreja, porque é o Dízimo que sustenta a Obra de Evangelização. “Dízimo é fonte de bênçãos e elo de comunhão na comunidade.” novembro.2014 O que significa ser santo? Dia primeiro de novembro a Igreja celebra todos os Santos. Com “a celebração da Festa de Todos os Santos nos recorda os heróis da Igreja de Cristo, através dos tempos, a começar da Santíssima Virgem Maria, dos Apóstolos e dos mártires dos primeiros séculos. Essa ininterrupta sucessão chega até os nossos dias, constituindo a maior glória da Igreja. As biografias dos santos são verdadeiras apologias da veracidade e da historicidade do fato cristão e, ao mesmo tempo, do ensinamento evangélico, que norteou suas vidas, até atingirem o cume da santidade” (Dom Eusébio Scheid). Será que é difícil ser santo? Será que somente alguns escolhidos podem ser santos? Afinal de contas: o que é ser santo? Se olharmos as biografias dos nossos santos, veremos que foram homens e mulheres como nós, que nunca concordaram com as próprias faltas e que sempre buscaram uma vida segundo o Evangelho. Basta lembrarmos São Francisco de Assis que, quando lhe foi pedido para escrever uma regra para o novo movimento que nascia, disse simplesmente que “a regra e vida dos frades menores era viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Sabemos que viver o Evangelho não é somente para alguns escolhidos mas para todos os batizados. A vivência do Batismo acontece no dia a dia, nas pequenas coisas, no serviço, na doação, na acolhida, na caridade. Se quisermos aprofundar mais, voltemos às palavras de nosso Papa: “Essencial é não deixar jamais um domingo sem um encontro com Cristo Ressuscitado na Eucaristia; isso não é um fardo, mas a luz para toda a semana. Não começar nem terminar jamais um dia sem pelo menos um breve contato com Deus. E, no caminho da nossa vida, seguir os “sinais do caminho” que Deus nos comunicou no Decálogo lido com Cristo, que é simplesmente a definição da caridade em determinadas situações”. Penso que esta é a verdadeira simplicidade e grandeza da vida de santidade: o encontro com o Ressuscitado no domingo; o contato com Deus no começo e no final do dia; seguir, nas decisões, os “sinais do caminho” que Deus nos comunicou, que são apenas formas da caridade. Daí que a caridade para com Deus e para com o próximo sejam o sinal distintivo de um verdadeiro discípulo de Cristo (‘Lumen gentium’ 42). “Esta é a verdadeira simplicidade, grandeza e profundidade da vida cristã, do ser santos” (Bento XV). Quem vive assim está a caminho da santidade verdadeira. Sabemos que esse caminho é Jesus Cristo. E é Ele mesmo que nos disse: “sede santos porque eu sou santo”. Não esqueçamos de que, se estamos no caminho do discipulado, todos podemos chegar a esse sublime ideal de vida. É Santo Agostinho que nos lembra isso: “Se eles e elas chegaram a ser santos, porque não posso eu também?”. Quem acompanha o ano litúrgico lembra que toda semana estamos celebrando a vida de algum santo ou santa na nossa Igreja. Todos nos deixam mensagens de esperança com seu testemunho de vida. Cada santo, do seu jeito, é seta indicando o caminho a seguir. Por isso, aconselho a todos que leiam a vida dos santos, conheçam suas histórias e suas dificuldades. Mesmo entre nós, que ainda vivemos, encontramos pessoas simples, mas pessoas boas, que talvez nunca serão canonizadas mas que são santas. Peçamos ao Deus Santíssimo que possamos, a cada dia, vivenciarmos o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Santo porque o seu Pai é Santo. Paz e Bem! Frei Benedito Félix da Rocha - Vigário Paroquial [email protected] Advento: primeiro tempo do Ano Litúrgico Advento é um substantivo masculino com etimologia latina, no termo adventum, que significa vinda ou chegada. A palavra advento também pode significar fundação ou criação de alguma coisa (por exemplo: advento da internet ou advento da República). Recebem este nome as quatro semanas antes do Natal. Este período litúrgico evoca a dupla vinda de Jesus Cristo: a verificada em Belém, quando Ele veio ao mundo, e a que ocorrerá no Seu regresso no Dia do Juízo. Por isso a característica deste tempo, com o qual começa o ano eclesiástico, é a purificação como preparação para receber Aquele que está para vir. O caráter penitencial do advento é acentuado pela cor litúrgica, que é o roxo. Advento é um período mencionado no calendário religioso, é um tempo de alegria para os cristãos, caracterizado pela preparação para o nascimento de Jesus. É por essa razão que hoje em dia o período do advento é definido pelas quatro semanas que antecedem o Natal, tendo início no Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro, indo até o dia 24 de Dezembro, sendo o primeiro tempo do ano litúrgico. Neste ano o primeiro novembro.2014 mo. A sua forma circular representa a eternidade e a sua cor remete para a esperança e vida. Em muitas coroas, existe uma fita vermelha, que simboliza o amor de Deus pela humanidade e o amor das pessoas que esperam o nascimento de Jesus. As quatro velas da coroa representam cada uma das quatro semanas e são acesas em cada Domingo do Advento. A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz que é Cristo, quando a luz da salvação brilha para toda humanidade. Que possamos converter nosso coração neste Advento e esperemos com alegria o Cristo que um dia voltará glorioso e vitorioso! domingo do Advento será celebrado justamente no dia 30 de novembro de 2014. Segundo a Bíblia, o Anjo Gabriel apareceu a Maria numa visão, dizendo que em breve ela daria à luz a um menino, o filho de Deus que viria para trazer luz ao mundo. Esse tempo de espera é caracterizado hoje como advento. COROA DO ADVENTO A coroa do advento é uma coroa de ramos de abeto, com quatro velas (círios), que se acendem uma após a outra nos quatro domingos do advento. Este costume é relativamente recente, que remonta talvez ao século XIX, e que se difundiu a partir da I Guerra Mundial. Este ramo está pleno de simbolis- Frei Hélio de Andrade - OFMCap Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 5 “Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa” Exercendo a sua solicitude maternal quis aparecer a Catarina Labouré, na Capela da Casa Mãe e confiar-lhe a missão de cunhar e divulgar uma Medalha que expressa toda a teologia marial e, é portadora de muitas graças à quem a usa com confiança. O ano de 1830 ficou marcado pela manifestação da Imaculada Virgem Maria que do céu veio trazer-nos o seu retrato na Medalha, à qual por seus prodígios e milagres o povo cristão deu-lhe o nome de “MEDALHA MILAGROSA”. As aparições de Maria a Catarina, em 1830, são verdadeiramente um grande presente que a Santíssima Virgem nos fez servindo-se de uma Noviça, Filha da Caridade e portanto, de nossa família espiritual, para transmitir sua mensagem e divulgar a sua Medalha. Catarina Labouré, aos 20 anos de idade, entrou para a Companhia das Filhas da Caridade, noviça, muito humilde, piedosa e unida a Deus, amava muito a Santíssima Virgem a quem escolhera por Mãe que desde pequena ficara órfã, desejava vê-la. Pedia muito ao seu Anjo da Guarda que lhe alcançasse este favor. Nossa Senhora atendeu a este seu desejo. Na noite de 18 para 19 de julho de 1830, o Anjo, chamou Catarina e levou-a para a Capela onde a Virgem Maria dignou-se conversar com a Irmã, por algumas horas, anunciando-lhe o que em breve aconteceria e convidando-a vir procurar forças e consolação, junto ao Sacrário, Dizendo: “ VINDE AO PÉ DESTE ALTAR, AQUI AS GRAÇAS SERÃO ABUNDANTES, SOBRETUDO 6 PARA AS PESSOAS QUE AS PEDEM”. Tal afirmação da Virgem Maria é um convite à oração de súplica e confiança. Mas a mais importante das aparições foi a do dia 27 de novembro de 1830, sábado, antes do 1º domingo do Advento. Estando Catarina, na Capela com a Comunidade, na hora da oração da tarde, a Rainha do Céu se lhe mostrou. Narrando este fato Catarina Diz: -”A Virgem Santíssima, estava de pé sobre um globo, vestida de branco, véu também branco a cobrir-lhe a cabeça, um manto azul que lhe descia até aos pés, o cabelo, seguro por uma fita, o rosto bem descoberto, de uma formosura indescritível. As mãos elevadas até a altura do peito, sustentavam um globo figura do mundo, rematado por uma cruzinha de ouro; a Senhora toda rodeada de esplendor que era impossível fixá-la; o rosto iluminou-se de radiante claridade no momento em que com os olhos levantados para o céu, oferecia o globo ao Senhor.” “De repente os dedos cobriram-se de anéis e pedrarias preciosas de extraordinária beleza de onde se desprendiam raios luminosos. Ouvi interiormente uma voz que me disse: “Este globo, representa o mundo inteiro e em especial a França e cada pessoa em particular.” E acrescentou: “Este é o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que as pedem”. Desapareceu então o globo que tinha nas mãos; e como se estas não pudessem com o peso das graças, os braços se abaixaram e se abriram na atitude graciosa reproduzida na Medalha” “Formou-se então, em torno da Virgem um quadro oval onde em letras de ouro se liam estas palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Ouvi uma voz que me dizia: “Manda cunhar Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês uma Medalha por este modelo, as pessoas que a trouxerem, receberão muitas graças, mormente se a trouxerem ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a trouxerem com confiança.” No mesmo instante, o quadro pareceu voltar-se e vi no reverso a letra “M” encimada por uma cruz, tendo um traço na base e por baixo do monograma de Maria os dois corações: de Jesus, cercado com uma coroa de espinhos e o de Maria, atravessado por uma espada. No contorno da Medalha doze estrelas a cercar o “M” e os dois corações. A primeira face é uma imagem de alegria, mas ao virar a Medalha, surge o sinal da Cruz e os dois corações que sofrem unidos. Encontra-se ali a essência do Mistério Redentor de Cristo que se reflete no Coração de Maria. A Medalha é apresentada como um meio privilegiado para recordar ao mundo de hoje, o convite de Paulo VI e repetido por João Paulo II “Para construir a civilização do amor” não na busca da grandeza e do poder, mas na simplicidade e humildade, vividas à luz do Evangelho de Cristo. A Vidente Catarina Labouré, foi Beatificada em 28 de maio de 1933, pelo Papa Pio XI e Canonizada em 27 de julho de 1947, pelo Papa Pio XII, conferindo o direito de invocar publicamente “Santa Catarina Labouré” NOTA: Aqui em Curitiba, na Capela da Medalha Milagrosa, na Casa Provincial das Filhas da Caridade, Av. Manoel Ribas, 02, temos a graça de celebrar toda a 2ª feira, às 17h30, a Novena Perpétua de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Está aberta a todos os devotos de Nossa Senhora das Graças. No mês de novembro celebra-se do dia 18 a 26, às 19 horas, dias que antecedem a Festa de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, a Novena em preparação de sua Festa. Todos serão bem vindos para estas celebrações. Irmã Methilde Schenato novembro.2014 Jesus Cristo, Rei do universo O mês de novembro é rico em festas litúrgicas que nos fazem pensar sobre o sentido de nossa caminhada de fé. Começamos com a solenidade de Todos os Santos, lembrando-nos que somos chamados a ser santo, como nosso Pai é santo. Logo a seguir celebramos a Festa da Esperança. Nela refletimos a finitude da vida humana e a recompensa eterna para aqueles que creem em Jesus e na sua ressurreição gloriosa. Finalmente, encerrando o ano litúrgico, celebramos a solenidade de Cristo Rei. Esta festa é uma das mais importantes do calendário litúrgico, e tem o sentido escatológico, pois celebramos Jesus Cristo como Rei e Senhor de todo o universo. Hoje, vivemos a democracia. Os reis que ainda restam não têm força, são figurativos. Mas lembremos de que já houve época em que um rei era o soberano e tinha nas mãos o direito sobre a vida de seus súditos, como, por exemplo, o império da Babilônia com Nabucodonosor, que dominou toda uma região. Também, no império romano, os césares dominaram o mundo, tão grande era o poder de um imperador. Esta festa é para colocar Jesus acima de todos os imperadores, que já existiram. Numa linguagem atualizada é dizer que Nosso Senhor Jesus Cristo é maior que qualquer autoridade no mundo civil, portanto, para nós têm que ser maior que todos os valores que podem nos fazer perder o horizonte da eternidade. Perdemos esse referencial se não co- locamos Jesus no topo de nossa vida como o soberano, como o Senhor a quem servimos. Se não for assim, justifica-se a corrupção e a injustiça. Se Jesus não fosse Aquele que está acima de todo bem temporal, de toda força política e toda força do mal, justificar-se-ia a riqueza e a pobreza desnivelada, a mentira, a morte, o fingimento e tudo o que há de errado. Então, para que lutar? Seríamos estúpidos em levar uma vida de sofrimento e resignação se Ele não fosse o Senhor. De fato Jesus é o Rei do Universo e, mesmo antes de tudo ser criado Ele já existia, e quando tudo terminar, Ele ainda existirá. Ele é o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Começo e o Fim (cf. Ap 22,13). Rei é uma palavra que significa poder, influência, domínio e esse título é dado a Jesus. “O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo” (Mt 13,44). Jesus Rei do Universo tem o mundo em suas mãos, mas o ser humano nas suas opções, por não acreditar no Reino, não está cuidando bem esse mundo. Ele nos deu para que o administrássemos e não estamos fazendo isso bem. Muitos me perguntam por que Deus não interfere logo, não julga os bons e os maus, faz logo uma limpeza? Porque Deus fez de Seu Filho Rei e Bom-Pastor. Proclamemos o senhorio de Jesus consentindo que Ele reine em nossas vidas, praticando o amor, o direito e a justiça. Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso – Obra considerada benfeitora nacional que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação – e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos em parceria com milhares de emissoras no país e algumas no exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br. Facebook: www.facebook.com/padrereginaldomanzotti. Twitter: @padremanzotti Instagram: @padremanzotti Missa por um Natal Solidário acontece no dia 13 de dezembro com Padre Reginaldo Manzotti Reúna sua família, traga um quilo de alimento perecível e ajude famílias carentes No final do ano precisamos agradecer as graças alcançadas ao longo dos meses. Além disso, todos nós podemos ser solidários e ajudar famílias carentes a ter um Natal mais feliz. Por isso, no dia 13 de dezembro, Padre Reginaldo Manzotti e a Associação Evangelizar é Preciso promovem a Missa por um Natal Solidário a partir das 15h. A celebração, que faz parte do calendário oficial novembro.2014 do Governo do Estado do Paraná, acontece na Praça Nossa Senhora da Salete – em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba (PR). Venha participar, convide seus amigos e familiares e não esqueça de trazer um quilo de alimento não perecível, que será trocado por uma vela abençoada durante a Santa Missa. Na noite de Natal, acenda a vela e reze junto com sua família. Os alimentos doados serão entregues às famílias atendidas pela Ação Social da Associação Evangelizar é Preciso e Santuário Nossa Senhora de Guadalupe. Acompanhe em nosso site www.padrereginaldomanzotti.org.br a programação da celebração e confira as novidades nos próximos dias. A Missa por um Natal Solidário tem o apoio da Arquidiocese de Curitiba. Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 7 Finados Dia de finados é o dia do amor, porque amar é também sentir que o outro não morrerá jamais. É o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É celebrar esta vida eterna que não vai terminar nunca, pois a vida cristã é viver em comunhão com Deus para sempre. Morremos com Cristo para vivermos com Ele. Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos. Costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de “Todos os Santos”. O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração. Celebrando os fiéis defuntos lembramos que não teremos morada permanente neste mundo. Recordamos que somos itinerantes, peregrinos e forasteiros nesta terra. Mas também tomamos consciência que Deus tem uma terra onde mana leite e mel, e lá tem um lugar preparado para todos nós. Ele está nos aguardando ansiosamente para fazer um banquete, uma grande festa quando lá chegarmos. Os humanos no tempo atual tentam esconder de si mesmos a morte. Procurase viver o instante, o imediato sem projetos a longo prazo, sem pensar na transcendência. Tenta-se esconder a dor da morte, sua dureza. As capelas mortuárias tem aparência de shopping center, tudo transmite alegria, paz, conforto. Isso para que a sociedade consuma, compre, goze, sem pensar que um dia tudo isso passa. Para não refletirmos sobre o que de fato vale a pena nesta vida. Vivemos num mundo de alienações. A grande mídia não quer que o povo pense, que as pessoas se pensem, se construam. A cultura dominante impõe gostos, desejos, necessidades absurdas que aos poucos vai desumanizando os humanos. São Francisco de Assis no momento de sua morte pediu para os irmão cantarem e celebrarem, pois a morte não é má, dizia ele, não é uma inimiga. Ela é a única que pode me dar o que eu mais busquei durante minha vida: ver Deus face a face, disse São Francisco. As crianças tem uma pureza e facilidade de lidar com a morte que muitas vezes nós adultos distorcemos tentando escondê-la delas. As crianças tem desejo de entender a existência e também a morte. No livro “Cada pessoa tem um anjo”, Anselm Grun diz algo muito interessante: “Só quando a morte não é uma catástrofe, mas sim um caminho para a ressurreição, é que as crianças se dão por satisfeitas. Elas possuem em si um sentido para o mistério da morte e da ressurreição. Por isso, muitas vezes se ocupam muito des- preocupadamente com a morte. Seu anjo diz-lhes que a morte não é a última palavra, mas que os mortos vão para Deus e lá no céu eles vivem de uma maneira nova, que vivem lá como a crianças sempre imaginaram e desejam viver”. Celebrar os fiéis defuntos é rezar pela vida, é pensar na vida e principalmente na própria vida. Como estou vivendo este dom maravilhoso que Deus me deu que é minha herança? O filho pródigo recebeu uma herança e a destruiu, mas voltou atrás e pediu perdão. Também recebemos uma herança de Deus, a nossa vida. O que estamos fazendo com nossa vida, com a vida de nossos irmãos: o Pedro, a Maria, a Fernanda, o Augusto, a irmã árvore, a irmã flor, a irmã água? Nós cristão não podemos ter nenhuma dúvida que a morte é apenas uma passagem, o verdadeiro nascimento para a Vida. O lugar mais especial para encontrar os mortos e rezar por eles e com eles, não é o cemitério, eles não estão lá. É a Missa. Na missa a Igreja terrestre se une a Igreja celeste para entoar hinos de louvor a Deus. “Enquanto esperamos a glória eterna, com todos os vossos anjos e santos, nós vos aclamamos, cantando...” (Prefácio dos Mártires) Frei Maurício Aparecido Solfa Dia Nacional de Ação de Graças – “Dai graças por tudo. É isso que Deus quer de vós como cristãos” (1 Ts 5,18) Todo ano se celebra no mundo inteiro o Dia Nacional de Ação de Graças. Certamente, temos muito a agradecer a Deus, pois em nossas vidas muitas graças acontecem. Este dia teve origem em 1621, na festa celebrada em gratidão a Deus pela boa safra, que garantiu a sobrevivência de uma colônia de ingleses, recém-chegados na América do Norte. Mais tarde esse dia foi oficializado e difundido. No Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças através da lei 781, de 17 de agosto de 1949, na quarta quinta-feira do mês de novembro, como celebramos até hoje. A gratidão é uma virtude que precisa ser cultivada e desenvolvida continuamente. Precisa se tornar um hábito diário. O Dia nacional de Ação de Graças anuncia a chegada de um novo tempo, iniciando o Advento que nos conduz ao Natal e simboliza a gratidão que sentimos à medida que nos aproximamos de Deus. É próprio das almas nobres agradecerem sempre e 8 tantas tensões da vida moderna. A gratidão cura as doenças psicossomáticas, cura as dores da alma como, a tristeza, a solidão, melancolia, a baixa-estima e ansiedade. Agradeçamos a Deus com alegria, ele é o nosso refúgio e fortaleza. Louvemos a Deus, neste e em todos os dias de nossa vida, porque “É bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente” (Sl 99,5). Que este Dia Nacional de Ação de Graças seja para todos nós um dia para reconhecermos as bênçãos de Deus e para agradecermos a Ele por todas as coisas boas que Ele nos dá. por todas as coisas. O salmista exclama: É bom agradecer a Deus e tocar para o teu nome, ó Altíssimo; anunciar pela manhã o teu amor e tua fidelidade pela noite toda” (Sl 92, 2-3). Este dia é uma grande corrente positiva que evoca o agradecimento a Deus por tudo que Ele proporciona à vida de cada um de nós, pois ela é um Dom de Deus, por ela, se deve agra- Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês decer. Agradecer a Deus, de modo especial pela vida e por tudo que concede ao ser humano, é reconhecer que Ele é o Senhor de tudo e de todos ( ver profeta Daniel cap.3,57-90). O sentimento de gratidão nos liberta da preocupação e nos acalma. Ao agradecer nosso coração descansa, nossa mente se aquieta, relaxamos mais, dormimos melhor e ficamos livres de Frei Luiz Roberto Portella OFMCap novembro.2014 XVI Capítulo Provincial “Vai e reconstrói a minha Igreja” Com o lema “Vai e reconstrói a minha Igreja”, a província São Lourenço de Brindes, dos O.F.M. Cap. (Ordem dos Frades Menores Capuchinhos) realizou, em Butiatuba, Almirante Tamandaré-PR, o XVI Capítulo Provincial, entre os dias 27 e 31 de outubro deste ano. O Capítulo é realizado de três em três anos. É um momento de encontro de todos os frades da província, para avaliar a caminhada realizada, programar a caminhada para os próximos três anos, celebrar juntos a fé, rezar juntos e também momento de intensa convivência. É um momento forte de formação para todos os freis. Segundo nossas Constituições, “A primeira autorida- novembro.2014 de da província compete ao Capítulo Provincial.” O Capítulo teve abertura às 20h do dia 27, dada por Frei Sérgio Dal Moro, representante do Ministro Geral. Frei Sérgio pertence à província do Rio Grande do Sul e atualmente é conselheiro geral para o Brasil. Trabalha na Cúria Geral dos Capuchinhos em Roma e acompanha as províncias do Brasil. Tivemos uma manhã para a oração. Frei Sérgio dirigiu algumas palavras como motivação. Fizemos um momento de silêncio e meditação na capela, onde estavam presentes todos os frades do Capítulo. Os momentos de oração, meditação, celebração da Eucaristia foram serenos, profundos e marcantes. Rezamos uma missa na capela do cemitério dos freis. Oportunidade para lembrar, rezar pelos e, com os freis que já se foram para a casa do Pai. Celebramos a vida dos frades que neste ano completaram, vinte e cinco, cinquenta e setenta anos de consagração religiosa. Tivemos momentos para discutir e votar os indicativos para a caminhada provincial. No Capítulo também foram eleitos os freis para serem Provincial, vice Provincial, primeiro, segundo e terceiro conselheiros. Frei Claudio Sérgio de Abreu foi reeleito Ministro Provincial e frei Pedro Cesário Palma eleito vice-Provincial. Frei Márcio Tessaro primeiro conselheiro, Frei Evandro Aparecido de Souza segundo conselheiro e Frei Carlos Gonzaga terceiro conselheiro. Estes assumem a tarefa de auxiliar o Provincial na condução da Província pelos próximos três anos. Frei Claudio, Ministro Provincial reeleito, na homilia da missa do dia 31, disse-nos que o Capítulo tem um simbolismo muito especial, pois nos renova para a missão dada a cada um de nós por Deus. Missão que é vivida no convívio com o Senhor e na relação com os irmãos freis e com o povo de Deus. Disse que a celebração do Capítulo é momento de refazer nos- sas forças para lançarmo-nos com muita alegria, entusiasmo e profundidade na missão de reconstruir a Igreja, de nos reconstruir cotidianamente. Avançar para águas mais profundas. Frei Sérgio Dal Moro em sua fala final deixou uma mensagem mediante uma sábia estorinha. Havia um cidadão que participava de todos os funerais em um dos cemitérios de sua cidade. Após o sepultamento ele procurava o lugar mais alto e gritava para todos ouvirem, as qualidades da pessoa falecida. Todos admiravam sua maestria em encontrar tantos adjetivos para os/as falecidos/as. Num belo dia faleceu um homem que era conhecido como assassino, ladrão, a pior pessoa da cidade. Um número enorme de pessoas compareceram ao sepultamento para ver se ele conseguiria encontrar qualidades naquele sujeito. Terminado o sepultamento ele subiu no túmulo e disse: “Ele assoviava tão bem!”. Valorizar os irmãos na sua qualidade, eis a primeira missão para nós freis e todos nós cristãos. Paz e bem!!! Frei Maurício Aparecido Solfa Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 9 Santa Cecília, padroeira dos músicos, rogai por nós! “Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava, no seu coração, um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro Esposo.” (Atas de Santa Cecília) No dia 22 de novembro celebramos a memória de Santa Cecília e também o Dia do Músico. Santa Cecília é exemplo de fé e coragem. Ainda muito jovem foi, por seus pais, prometida em casamento. No dia das núpcias, em meio aos hinos de pureza que cantava no íntimo do coração, Cecilia partilhou com o marido o fato de ter consagrado sua virgindade a Cristo e que um anjo aguardava sua decisão. Valeriano, seu esposo, que até então era pagão, a respeitou, mas disse que somente acreditaria se contemplasse o anjo. O anjo apareceu-lhe e, por isso, Valeriano se converteu. Certamente o coração de Cecília encontrava inspiração na Palavra de Deus para demonstrar todo o seu amor a Jesus através da música: “Recitai entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais. Cantai e celebrai de todo o coração os louvores do Senhor.” (Efésios 5,19) Hoje, nós ministros da música litúrgica, também somos guiados pela Palavra de Deus e pelos ensinamentos da Igreja para cantar “a” liturgia. Quando participamos da Santa Missa e percebemos que a assembleia reunida exprime sua fé e piedade cantando fervorosamente somos tomados de um sentimento profundo de alegria e festa. A música sacra é parte integrante da Liturgia e proporciona aos fiéis uma participação pessoal e comunitária no mistério celebrado (Missa, Sacramentos, Exéquias,...). O canto é parte necessária e integrante da liturgia e quando cantamos o fazemos para a glória de Deus e para a santificação dos fiéis, pois “cantar é próprio de quem ama” (Santo Agostinho). É de suma importância que os responsáveis cooperem eficazmente para sustentar e promover a plena participação de todos os fiéis na música. Os instrumentos são importantes para sustentar as vozes e tornar mais fácil a participação da assembleia, porém deve-se ter o cuidado para que as vozes que entoam hinos ao Senhor jamais sejam abafadas pelo som dos instrumentos que acompanham o canto. Devemos zelar pela participação de todos no canto durante a liturgia pois essa participação proporciona a comunidade um crescimento na fé e no louvor a Deus. Diante da importância da música sacra você deve estar se perguntando: mas afinal quando uma música é litúrgica ou não? A resposta nos é dada pelo Concílio Vaticano II: “A música sacra será tanto mais santa quanto mais intimamente estiver ligada à ação litúrgica, quer exprimindo mais suavemente a oração, quer favorecendo a unanimidade quer, enfim, dando maior solenidade aos ritos sagrados”. Quando somos chamados para participar servindo através da música devemos ter em mente e no coração que somos parte integrante da assembleia e com ela vamos rezar. Com alegria vamos cantar “a” Missa e não cantar “na” Missa. Cantar A Missa é cantar afinado com Deus e com os irmãos e em sintonia com o mistério celebrado. As músicas escolhidas devem estar intimamente ligadas à ação litúrgica e ser uma oração em forma de canto, sons e acordes. Os que conduzem o canto estão ali com espírito de oração, afinal, já dizia Santo Agostinho: “Quem canta reza duas vezes.” Roguemos a Santa Cecília que interceda por todos os músicos e especialmente pelos ministros da música litúrgica (animadores, cantores, instrumentistas, compositores...) para que, através do serviço prestado generosamente e com amor na comunidade, auxiliem os fiéis a elevarem, com alegria e numa só voz, preces e louvores ao Deus Onipotente. Adriana Costa Blum Irmã Juliana Tartas é organista, cantora e atualmente conduz, com alegria e muita disposição, o Coral Nossa Senhora das Mercês. Na pessoa da Irmã Juliana queremos parabenizar todos os músicos, todos os cantores que com carinho animam nossas celebrações. Deus lhes pague! 10 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês novembro.2014 >> CATEQUESE EM AÇÃO Gincana Bíblica Realizamos mais uma gincana bíblica com os catequisandos e seus pais, apesar da chuva que atrapalhou a vinda de muitos, mas a gincana aconteceu conforme havíamos programado, foi um momento de socialização e aprendizagem de maneira criativa, com apresentações de mímica de textos biblicos . Agradecemos a todos que participaram. Avisos Estão abertas as inscrições da catequese para o ano de 2015, até o dia 20 de dezembro de 2014. O encerramento da catequese acontecerá em 29 de novembro de 2014 RETORNO DA CATEQUESE EM 2015 Missa de abertura e envio da Catequese dia 22 de fevereiro de 2015 às 10h30, todos os pais, catequisandos e familiares estão convidados. Início das atividades da catequese dia 24 de fevereiro de 2015. novembro.2014 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 11 Hipnopedia - Hipnose do Amor (1) Mamãe e Papai, Vocês sabiam que podem ajudar seu filho (a), em qualquer dificuldade, independente da idade, enquanto ele (a) está dormindo ? Podem sim! Há um segmento na hipnose científica chamado Hipnopedia, ou seja, uma técnica em que são feitas sugestões durante o sono (nesse estado mental, o subconsciente age livremente, sem interferência da mente consciente) pela mãe ou pelo pai com a finalidade de melhorar a auto-estima , auxiliar na resolução de problemas como criança hiperativa, com dificuldade de aprendizagem e concentração, "buling", baixa auto-estima, enurese, bruxismo, hábito da chupeta, e muitos outros. Na hipnopedia, a mãe ou o pai ao repetir o texto, passa a demonstrar comportamento de amor e parceria. Essa repetição faz com que a mãe/ pai interiorize cada frase dita e, na convivência com a criança, no dia a dia, transmita telepaticamente a situação de conflito de uma forma positiva. Lembre-se: se você apenas ler o texto, terá 10% do objetivo alcançado; se ler e visualizar, terá 60% ; se ler, visualizar e colocar emoção, terá 100% do objetivo alcançado. Instruções importantes na Hipnopedia Falar três vezes seguidamente por noite, com voz serena e tranquila, próximo à criança ou à distancia, após uma hora de sono desta. 1) Ler o texto uma vez atrás da outra. 2) Repetir por 21 dias, mesmo que não sejam consecutivos, para completar o ciclo mental. 3) Falar baixinho para manter a pessoa dormindo. Se ela acordar, diga: "Continue dormindo enquanto eu vou dizer umas coisas boas para você". 4) Falar depois da primeira hora de sono, quando a criança estará no sono profundo. O movimento ocular REM, por baixo das pálpebras, será perceptível. Lembre-se: repita três vezes, durante 21 dias e verá os resultados. Em geral é necessário um tempo mínimo de aproximadamente 21 dias, para se efetuar qualquer mudança perceptível numa imagem mental, isto é, para a velha imagem dissolverse e a nova cristalizar-se, ou seja , para acontecer a reprogramação. O ser humano, segundo os neurologistas, utiliza somente 3 a 4% da sua capacidade mental. Esse tipo de exercício é um recurso científico para utili- zar um pouquinho mais o cérebro. Obs.: na próxima edição do jornal será apresentado um texto prático como fazer a hipnopedia Ana Maria Fagundes Arana Parapsicóloga Hipnóloga Odontopediatra Fone Cons. (41) 3225-3526 Atendimento voluntário e palestras na Paróquia N. Sra das Mercês (41) 3335-5752. Autora dos livros: "O Caminho para se Conhecer e se Harmonizar" "Laços Invisíveis no Relacionamento..." Ana Maria Fagundes Arana Parapsicóloga, Hipnóloga e Odontopediatra Fone - Cons. (41)3225-3526 Atendimento voluntário e palestras na Paróquia N.Sra.das Mercês: (41)3335-5752 >> PARAPSICOLOGIA Nº 73 Possessão ou doenças? Por mais que a neurologia, a psiquiatria, a psicologia e a parapsicologia nos ajudem a compreender a origem dos comportamentos alterados do ser humano; por mais que estas ciências nos ajudem a compreender que, não é de fora, mas de dentro de nós (Mt 15,11) que surge o mal, ainda teremos que interpretar corretamente os textos bíblicos onde Jesus expulsou demônios. Sabemos que a Bíblia não pode ser lida ao pé da letra. É preciso estudar o contexto histórico da época em que os textos foram escritos, para uma interpretação mais acertada. É isto que procura fazer a exegese bíblica. Estudando a Bíblia constata-se que a palavra demônio não aparece nos originais do Antigo Testamento, é só fruto de traduções posteriores. Além disso, em nenhuma parte do Antigo Testamento há relatos de possessão. No Novo Testamento, entretanto, há vários textos que falam de "possessão". Para compreendermos essa mudança de mentalidade, precisamos dar uma olhada na cultura dos povos daquela época. O animismo era a crença da maio- 12 ria dos povos primitivos, segundo a qual o mundo material estava habitado e controlado por espíritos, daimones. Segundo a mentalidade animista todos os elementos da natureza eram governados por eles. Todas as manifestações da natureza que o homem primitivo considerava superiores a ele eram concebidas como dotadas de espírito. Esses espíritos, bons ou maus, eram os responsáveis pelos acontecimentos favoráveis ou desfavoráveis. Com o tempo, o animismo dos povos primitivos foi sendo substituído por potestades, anjos e demônios, ou divindades inferiores, que como intermediários governavam a humanidade e o mundo. Essa mentalidade se conserva intacta até hoje em vários povos da África e da Austrália. No Brasil ainda é muito forte o animismo: orixás e exus habitam e conduzem os ventos, habitam e fazem fluir os rios e as cascatas, e as doenças são "encostos" desses espíritos. Há inscrições em tabuletas encontradas entre os povos assírios, babilônicos e caldeus que revelam a crença de que as doenças eram causadas por daimones - demônios. Cada doença Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês tinha o seu demônio específico. Na Babilônia foi encontrada uma tabuleta contendo um exorcismo que pretendia expulsar toda classe de demônios provocadores de toda classe de doenças. Hipócrates (460-367 a.C.), pai da medicina, e seus seguidores lutaram para que as pessoas compreendessem a verdadeira causa das doenças. A crença nos daimones, entretanto, persistiu entre os gregos, depois entre os romanos e influenciou a Palestina, que era parte do império romano. Todos estes conceitos demonológicos a respeito das doenças penetraram na cultura do povo israelita. Principalmente nos 200 anos antes do nascimento de Jesus e no século seguinte ao seu nascimento, as doenças passaram a ser interpretadas como resultado da interferência do "demônio". Aí está a razão pela qual o demônio não aparece nos originais do antigo testamento e aparece diversas vezes no novo testamento. Todos os casos concretos de possessão narrados nos evangelhos são casos de doenças cuja causa não era perceptível, doenças internas, misteriosas para os conhecimentos médicos da época. Exemplo disso é o caso do menino epiléptico. Por outro lado, quando a causa era perceptível, visível, talvez até palpável, o doente não era considerado possuído. Esse é o caso dos leprosos, cegos, paralíticos, de quem tinha febre, mão seca, etc. Portanto, os "endemoninhados" dos Evangelhos devem ser estudados a partir da mentalidade daquela época. Trata-se de uma questão cultural. Parapsicólogo Flávio Wozniack Atendimento terapêutico, Palestras, Cursos - Contatos: (41) 3336-5896 (41) 9926-5464 (tim) E-mail: [email protected] novembro.2014 “Bem mais numerosos foram os que creram por causa da Palavra Dele” (Jo 4,41) O relato do encontro de Jesus com a Samaritana (Jo 4,1-42) apresenta uma riquíssima teologia, com temas que sempre aparecem em todo o evangelho de João. Convidaria você, caríssimo irmão, a ler com muita atenção este texto. Perceba o diálogo de Jesus com a mulher. O que ela quer? Como termina esta história? Um detalhe importante que pode passar despercebido é o silêncio da Samaritana. Veja como ela escuta o Senhor! Atualmente, vive-se uma crise de escuta, seja dos outros, de nós mesmo e até de Deus. E a mulher que está com o balde, próxima ao poço de Jacó, escuta Jesus. E, a cada fala do Senhor, ela diz algo novo, como quem na escuta percebe situações novas e maiores acerca do outro. Primeiramente, Jesus é para ela um “judeu” Jo 4,9: “como tu, sendo judeu, pedes de beber...”. Depois disso, Cristo lhe fala (Jo 4,10-19), e, agora, a Samaritana o chama de profeta (Jo 4,19): “vejo que és profeta”. Mais um discurso de Jesus e, por fim, ela afirma aquilo que Jesus é, o Cristo (Jo 4,29): “vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não seria ele o Cristo?”. Preste atenção ao detalhe do balde. A samaritana queria apenas uma coisa: água. Temos a impressão de ela estar segurando o balde enquanto escuta e fala com Jesus. Mas no final ela deixa aquilo que lhe ajudaria a sobreviver (Jo 4,28) - o balde – e corre até a cidade. E o relato continua apresentando novidades fantásticas. Afirma que muitos samaritanos creram em Jesus, por causa das palavras da mulher (Jo 5,39), pois ela testemunhou o que experimentou. Mas, depois disso, pedem para Jesus permanecer com eles. Lembramos que “permanecer” antecede o discipulado, como se também pedissem para escutá-lo, como a samaritana o escutou, e se tornasse discípulos, como ocorreu com a mulher. Contudo, um número maior de pessoas acreditou por causa das palavras do Senhor (Jo 4,41). E quando fala em “crer” João não usa o termo abstrato “fé”, do grego pístis, mas o verbo “crer” (pistéuein), porque crer é uma atitude concreta, não uma simples abstração mental. Crer significa abandonar-se, confiar a própria existência a alguém que merece confiança. Por isso, “crer” significa estabelecer uma relação pessoal com Jesus, aderir, seguir. Poderíamos dizer que equivale a se tornar um discípulo. Creram, pois a Palavra de Jesus é viva e eficaz (Hb 4,12), ela faz o paralí- tico se levantar (Jo 5,8-9), o filho do funcionário ser curado (Jo 4, 50), a água ser transformada em vinho (2,3). Jesus mesmo é a Palavra do Pai, Ele tem a capacidade de dar a vida. Quantas palavras que nos são dirigidas, mas não se cumprem, ou são falsas. Mas as palavras de Jesus tocam a nossa vida, a ponto dos samaritanos crerem e nós crermos. “Senhor, dá-nos a graça de escutar-te, como fez a Samaritana. Que nossos ouvidos estejam atentos à tua voz, que tenhamos a coragem de deixar coisas importantes (nosso “balde”) por causa de ti! Que nos abandonemos em tuas mãos, e que nosso “crer” não seja só a partir daquilo que lemos, ouvimos ou raciocinamos, mas esteja ancorado no encontro contigo, Senhor Jesus ‘fonte de água jorrando para a vida eterna’ (Jo 4,14)”. Paz e Bem! Frei Rogério Goldoni Silveira OFMCap [email protected] Paixão - Namoro - Amor - Casamento O amor é um sentimento que faz duas pessoas crescerem juntas (Roberto Shinyashiki) A vida não é um parque de diversões. Tudo começa como um conto de fadas... "e aí viveram felizes para sempre". Mas a vida de casado é uma outra realidade: vem a rotina, os filhos, os parentes, o trabalho e a crise. O hábito de conversar em um clima de parceria é uma boa solução, pois assim o amor se realimenta. Mas nem sempre esse hábito existe, porque o sonho insiste em cobrir a realidade. Cada um dos cônjuges tem seus conceitos e expectativas e assim as brigas e desentendimentos começam a acontecer. Discussões, excesso de intolerância - até que um dia um se cala e aguenta (o famoso "engolir sapo"). Aí vêm o descontentamento, e então o afastamento e o desamor. Fica difícil compreender o(a) parceiro(a) - e aquele que amamos e que queremos amar para toda a vida, nos parece um estranho. Uma conversa isenta pode ser a solução: uma ajuda externa, especi- novembro.2014 convivência direta poderá ajustar esse (esses conceitos e o) "amor". Uma boa conversa com seu tutor espiritual pode ser a solução. Ou então uma terapia de casal (ou de família) pode ajudar a facilitar essa comunicação. Tanto de forma preventiva como corretiva. Sempre lembrando que os problemas serão solucionados no âmbito do casal. alizada, pode reatar a relação e (melhorar a) realidade, com argumentos lógicos e muitas vezes até simples, que para o casal fica difícil de ver no auge das discussões. A fé, a compreensão o diálogo sobre as causas do conflito podem eliminar as reclamações e as frustrações. Não podemos esquecer que nos casais os parceiros às vezes têm conceitos diferentes de vida e que só a Problemas que são geradores de atritos na vida a dois: a) falta de diálogo b) problemas financeiros c) divergência na educação dos filhos d) traição (falta de confiança) e) descontentamento sexual Busque ajuda! Não deixe um sonho real se tornar uma história feia. Uma competente terapia pode ajustar essas diferenças. Basta o Príncipe e a Princesa quererem... Não espere o conflito explodir, aja na prevenção e na solução. É possível ser feliz - não como num conto de fadas - mas na vida real de cada um, com rotinas, louças para lavar, contas para pagar e filhos para educar... e com amor para amar. Se a lenda diz que "nascemos um para o outro", torne isso realidade! Sejam felizes! "Amor é fogo que arde sem se ver É ferida que dói sem se sentir É um contentamento descontente É uma dor sem doer " ( Luiz de Camões) Jorge Brittes - Psicólogo Equipe SOS Família Mercês Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 13 Grupos de Reflexão Oportunidade de estreitar os laços com o Criador e manifestar na vida , em casa, na comunidade e na sociedade este convite e missão de fazer novos missionários. Anunciar, eis a proposta do início de 2014, como subsídio Ele vai a frente (Lc9,28), que oportunizou o encontro e reencontro com a missão de seguir animados por Ele rumo ao novo modo de ser Cristão nestes novos tempos onde a tecnologia e a informática se faz presente. Jesus convida ao seguimento e instrui: “Vós sois o sal da terra.” “Vós sois a luz do mundo” (Mt.5,13;14). Podemos ser Luz nas trevas do irmão que por comodismo, falta de fé, tempo, deixou de participar na comunidade. O Documento de Aparecida (362) exorta que cada comunidade se transforme num poderoso centro de irradiação da vida em Cristo para experimentar, compartilhar com os outros a alegria dos que encontraram com “Ele”(364). No início do cristianismo os primeiros cristão vi- viam intensamente como uma só alma e um só coração. (At2 e 4). Envolver, ativar, transformar-se em discípulo missionário, deixar o isolamento, a solidão que marca a sociedade de lado e reunir-se nas casas para Evangelizar pela Palavra e conhecer intimamente o amor acompanhando a cultura os hábitos, as necessidades, os dons e carismas é a comunidade orante que compreendeu o convite do Vem e Segue-me, animando a vocação dos cristãos ao seguimento e colaboração na construção do Reino sentindo-se amparado e acompanhado por Jesus. “Não mais nesse monte o adorareis(...), mas em espírito e verdade” (Jo, 4, 21;24) para que “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles” (Mt. 18,20). Transformar a Igreja, espaço de Deus em nosso meio numa comunidade orante que nos introduz no mistério que é Deus, centro de nossas vidas, a fim de sermos um com Ele reunidos como grupos de escuta e partilha da Palavra de Deus tornando- nos Templos vivos da Palavra Viva d’Aquele que é Senhor de tudo e de todos, fazendo este novo modelo de Igreja que é formada pelo povo de Deus, que é doméstica porque se reúne nas casas com a família, os vizinhos, os amigos partilhando a oração que abraça a todos a começar por mim que levo a ti para sermos nós em nossa casa, cidade, país e mundo mudando a realidade cristã pela parada de reflexão que acolhe, divide, partilha os dons recebidos integra e compartilha a palavra e a oração para então em família confraternizar a alegria de viver e estar junto divulgando o verdadeiro Projeto de Jesus que é chegar em todos os lugares e celebrar a vida, pois que o Espírito sopra onde quer e, nenhuma comunidade possui o monopólio da ação deste mesmo Espírito que dá “a quem tem sede gratuitamente da fonte de água viva”. (Ap. 21,6) concretizando a Igreja em cada um, dando o verdadeiro sentido de pertencer ao mesmo credo e vida cristã. Elisete Tortato Vocação dos franciscanos seculares A vocação dos franciscanos seculares nasce da universal vocação à santidade. Lemos no Catecismo da Igreja Católica, nº 941: “Os leigos participam do sacerdócio de Cristo: cada vez mais unidos a Ele, desenvolvem a graça do Batismo e da Confirmação em todas as dimensões da vida pessoal, familiar, social e eclesial e realizam, assim, o chamado à santidade, dirigidos a todos os batizados”. Os franciscanos seculares, enquanto penitentes, buscam a conversão do coração, sabendo que, assim, Deus os encherá de Si mesmo (Ele, o Santo). São Francisco na sua Carta aos Fiéis apresenta o “fazer penitência” como caminho de vida cristã, que é o fazer a vontade e realizar as obras do Pai. A Regra Não Bulada e o Testamento são os textos, reconhecidamente, mais significativos do franciscanismo. Sabe-se que São Francisco ditou o Testamento em seus últimos dias. Ele queria que fosse lido sempre depois da Regra. E neste “Testamento”, descreve um processo de conversão bem preciso: “Foi assim que o Senhor concedeu a mim, frei Francisco, começar a fazer penitência: como eu estivesse em pecados, parecia-me sobremanei- 14 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês me converteu em doçura da alma e do corpo”. (Testamento de S. Francisco 1-3) Esse processo de conversão a ser realizado todos os dias é essencial para uma vida de penitência: - Deus toma a iniciativa do processo: “O Senhor concedeu a mim, frei Francisco, começar assim a fazer penitência”. Este é o chamamento, “a vocação” do penitente. - Deus conduz o penitente para lugares que ele não gostaria de ir; esses tempos e lugares são momentos de crescimento de nossa confiança em Deus. - O penitente responde aceitando e colocandose a serviço dos outros e, em última análise, aceitando-se a si mesmo: “... tive misericórdia para com eles”. - O resultado se concretiza no alcançar a felicidade: “o que me parecia amargo ... “ Fonte: (Manual para a assistência a OFS e JUFRA) ra amargo ver leprosos. E o Senhor me conduziu entre eles e fiz misericórdia com eles. E afastando-me deles aquilo que me parecia amargo se Colaboração: Antonio Aquiles Sartori (OFS Mercês) novembro.2014 FATOS DA VIDA PAROQUIAL >> ACONTECEU Boas vindas aos novos dizimistas do mês de outubro-14 José Roberto Martins, Aline Bichels, Aline Manfrin Benatti, Zenaide Maria Manfrin, João Lourival Rodrigues, Ana Leite da Silva, Marina Luiza Wypych, Maria Dinorá Nascimento, Vanessa Campana Adriano, André Jean Darif Dove, Jussara M. Martins, Isabel Cristina Costa, Marisa Sapala, Marciele Maria da Silva e Paulo Antonio Koteski. XVI Capítulo Provincial Estimado irmão em Cristo, Em 31 de outubro de 2014, terminou o XVI Capítulo Provincial da Província Capuchinha São Lourenço de Brindes do Paraná e Santa Catarina, realizado em Butiatuba-PR, município de Almirante Tamandaré (nos arredores de Curitiba-PR), sob a presidência de Frei Sérgio Dal Moro, Conselheiro Geral. Além dos vários trabalhos inerentes aos Capítulos Provinciais foram eleitos estes novos superiores. Ministro Provincial: Frei Cláudio Sérgio de Abreu (reeleito), Vigário Provincial: Frei Pedro Cesário Palma, Conselheiros: Frei Márcio José Tessaro (II), Frei Evandro Aparecido de Souza (III) e Frei Carlos Gonzaga Vieira (IV). Ficaremos gratos pelas suas preces em favor de nossa Província para que possa prosseguir no comum esforço de viver os valores de nossa vida franciscano-capuchinha. Obrigado pelo apoio espiritual ao nosso Capítulo Provincial e pela mensagem que nos enviou. Unidos na prece e na vivência de nossa vida consagrada, Frei Dionysio Destéfani, ofmcap, Secretário Provincial Mãe: Saudade..... No dia 28 de outubro próximo passado, às 20h15, minha mãe Maria de Lourdes Souza de Oliveira, ressuscitou. Acredito que neste momento, enquanto estávamos chorando, com certeza os anjos no céu estavam em festa. Ela era uma pessoa simples, de pouca prosa, mas de muita fé e dedicou sua vida para família. Passava os dias (e os 93 anos e 10 meses de vida), em oração, muito preocupada com a vida de seus filhos. Sempre quando nos abençoava, dizia: “Deus abençoe minha filha (meu filho), que você tenha boa saúde, bom trabalho e boas amizades”. Sempre com tanto cuidado com seus filhos, querendo proteger a todos, que até para morrer ela nos preparou. Nos últimos 30 dias sua vida foi se apagando como uma vela e nos cinco dias finais, no hos- Ivete e sua mãe Maria de Lourdes pital, mostrou-nos que havia chegado a sua hora. Que era momento de partir. Deus a acolha em seus braços, melhor, nossa fé nos diz que Ele já a acolheu. Ivete de Oliveira Silvério é Secretária da Paróquia N.Sra. das Mercês há dez anos. >> VAI ACONTECER novembro.2014 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 15 Natal solidário com Jesus! Com profundo sentimento de solidariedade e fraternidade, iniciamos mais uma vez, a Campanha do Natal Solidário com Jesus para as Paróquias da Vila Nossa Sra. da Luz, na CIC (em Curitiba), e Nossa Sra. da Conceição (em Almirante Tamandaré), nossas Paróquias Irmãs, assistidas durante todo o ano. Contamos com a sua valiosa colaboração para essa campanha tão importante, manifestando nossa união e amor aos nossos irmãos. Almejamos arrecadar 850 cestas de alimentos e 850 kits para crianças, contendo brinquedo, conjunto de roupas e bombons. Os envelopes para doação estão sendo distribuídos na Secretaria Paroquial e também ao final das missas e celebrações de Entreajuda. Você poderá colocar seu nome e de sua família nos envelopes que serão colocados no altar para as intenções nas Missas Natalinas, na véspera e no dia de Natal, em agradecimento por esse nobre gesto de altruísmo e amor ao próximo. Em nossas Paróquias Irmãs, vamos festejar o Natal com a entrega dos presentes. Com muita alegria, as comunidades assistidas serão acolhidas com uma carinhosa e singela confraternização, regada a refrigerantes, e guloseimas, tudo proporcionado pela arrecadação da campanha do Natal Solidário, da Paróquia Nossa Sra. das Mercês. Com nosso coração agradecido, rogamos a Deus por saúde, paz, prosperidade, a todos os benfeitores do Natal Solidário com Jesus! Deus os abençoe! Com Jesus, Graça, Paz e Luz! 16 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês novembro.2014
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