Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês
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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês
Acesse nosso site: www.ocapuchinho.com.br Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano XI - n.° 108 - Julho de 2010 Igreja matriz Nossa Senhora das Mercês Horários e atendimentos ENDEREÇO da paróquia e convento Av. Manoel Ribas, 966 80810-000 CURITIBA-Pr Tel. paróquia: 041/ 3335.5752 (sec.) Tel. convento: 041/ 3335.1606 (freis) EXPEDIENTE da Secretaria paroquial: Das 8h até 18h MISSAS horário Segunda-feira: 6h30 Terça, quarta e quinta-feira: 15h e 20h Sexta-feira: 6h30, 15h e 19h Sábado: 6h30, 17h e 19h Domingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h ENTREAJUDA Quinta-feira: 9h, 15h e 20h NOVENA PERPÉTUA DE N. SRA. DAS MERCÊS Sexta-feira 8h30 ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO Sexta-feira das 9h às 19h BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30 e das 14h às 18h Sábado: das 8h às 11h30 e das 14h às 17h Telefone para agendar bênçãos: 3335.1606 Encontros de Entreajuda Depressão, desânimo, obsessões, possessões, somatizações, fobias, timidez, complexo de culpa, conceitos falhos de Deus, dependência de drogas, dificuldades conjugais, problemas familiares e outros. Participe desses Encontros de Entreajuda com frei Ovídio Zanini, em todos os domingos, das 15 às 18h, no salão paroquial da Igreja das Mercês. O ingresso é de R$ 20,00 (vinte reais), com direito a um material de relax e programação mental. Será servido gratuitamente um lanche. Informações na secretaria paroquial, tel. 3335-5752, e-mail ovidiozanini@ bol.com.br, celular da Ir. ALzira: 9971-8844. ANIVERSARIANTES Nossa comunidade felicita os aniversariantes do mês de julho, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa. SUGESTÕES Caro leitor! Sua opinião e sugestões são muito importantes. Entregue-as na secretaria da paróquia ou envie-as para o e-mail [email protected]. - Se você quiser saber mais, envie suas perguntas às quais procuraremos responder. Mande seus artigos até o dia 25 de cada mês. Expediente do Boletim | Pároco: Fr. Pedro Cesário Palma. Vigários paroquiais: Fr. Ovídio Zanini e Frei Benedito Felix da Rocha. Jornalista responsável: Janaina M. Trindade - DRT nº 6595. Revisor: Frei Dionysio Destéfani. Coordenadoras: Erotides F. Carvalho, Mayra Cr. Armentano Silvério e Janaina Martins Trindade. Colaboradores: Irmãs Vicentinas - Lúcia H. Zouk (Catequese), Rosecler Schmitz, Sueli Rodaski (OFS), Marcos de Lacerda Pessoa, Welcidino C. da Silva, Nelly Kirsten, Flávio Wosniack, Valter Kisielewicz, Rita de C. Munhoz, Marisa Cremer, Secretárias da Paróquia. Diagramação: Edgar Larsen. Impressão: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106). Tiragem: 6.000 exemplares. Demonstrativo financeiro Junho de 2010 RECEITAS Dízimo paroquial......................................................................................................................... R$ 43.463,70 Ofertas...................................................................................................................................... R$ 15.517,00 Espórtulas/batizados/casamentos............................................................................................. R$ 1.800,00 Resgate do Fundo de Reserva da Ação Social da Paróquia N.Sra.das Mercês, destinado a doação ao Santuário São Leopoldo.......................................................................... R$ 6.000,00 Total........................................................................................................................................................................... R$ 66.780,70 Dizimistas cadastrados.......................................................................................................................................... 1.364 Dizimistas que contribuíram..................................................................................................................................... 676 DESPESAS Dimensão Religiosa Salários/encagos sociais/vales transp....................................................................................... R$ 8.865,22 Plano de saúde dos funcionários/farmácia.................................................................................. R$ 499,00 Salários dos 3 freis que trabalham na paróquia........................................................................... R$ 3.060,00 Despesas da casa paroquial....................................................................................................... R$ 526,00 Aluguel casa paroquial repassado à Província.............................................................................. R$ 1.000,00 Luz/água/telefone..................................................................................................................... R$ 2.467,10 Despesas culto/ornamentação................................................................................................... R$ 730,00 Despesas com correio................................................................................................................ R$ 318,65 Manut/combustível/ de veículos/seguro..................................................................................... R$ 999,36 Conservação de imóveis/reformas.............................................................................................. R$ 924,60 Conservação de bens móveis/equipamentos.............................................................................. R$ 2.500,71 Material de limpeza/expediente/xerox........................................................................................ R$ 666,12 Revistas/internet/WEB/Jornal O Capuchinho.............................................................................. R$ 2.756,74 Patrocínio da impressão do Jornal “O Santuário” Edição especial do Santuário São Leopoldo................................................................................. R$ 2.000,00 Serviços contábeis..................................................................................................................... R$ 90,00 Fretes e carretos........................................................................................................................ R$ 52,00 Alimentação e lanches para os funcionários................................................................................ R$ 191,32 Compra de gás (cilindro.............................................................................................................. R$ 191,00 Total........................................................................................................................................................................... R$ 27.837,82 Dimensão Missionária Taxa para Arquidiocese............................................................................................................... R$ 6.837,15 Taxa para a Província freis Capuchinhos...................................................................................... R$ 6.222,57 Cursos....................................................................................................................................... R$ 310,00 Encontro dos jovens – EJC.......................................................................................................... R$ 5.000,00 Total........................................................................................................................................................................... R$ 18.369,72 Dimensão Social Ação Social Vila N. Sra. da Luz.................................................................................................... R$ 3.000,00 (Além das doações de: cestas básicas, alimentos, roupas e outras) Confraternização/café do dízimo................................................................................................. R$ 2.000,00 Encontros/homenagens/festividades.......................................................................................... R$ 279,00 Doação para ampliação e reforma do Santuário São Leopoldo – Vila N. Sra. da Luz – CIC............. R$ 6.000,00 Total........................................................................................................................................................................... R$ 11.279,00 TOTAL GERAL........................................................................................................................................................... R$ 57.486,54 “Consagra os dízimos com alegria! Dá ao Altíssimo conforme te foi dado por Ele. Dá de bom coração, de acordo com o que tuas mãos ganharam. O Senhor te recompensará tudo sete vezes mais!” ( Eclesiástico 35,6-11-12) Muito obrigado pela sua partilha e doação em nossa comunidade! Conselho de Assuntos Econômicos Paroquiais - CAEP ORAÇÃO VOCACIONAL Ó Deus, que não queres a morte do pecador, e sim, que se converta e viva, nós te suplicamos pela intercessão da Bem-aventurada sempre Virgem Maria; de São José, seu esposo e de todos os santos, que nos concedas maior número de operários para a tua Igreja, que trabalhando com Cristo, se dediquem e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém. BÊNÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS “O Senhor te abençoe e te proteja. Mostre-te a sua face e se compadeça de ti. Volva a ti o seu rosto e te dê a paz” 66 - Ano XI - n.° 107 - Julho de 2010 ENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO O Encontro de Casais com Cristo (ECC) é um serviço da Igreja em favor da evangelização das famílias. Procura construir o Reino de Deus, aqui e agora, a partir da família, da comunidade paroquial, mostrando pistas para que os casais se reencontrem com eles mesmos, com os filhos, com a comunidade e, principalmente, com Cristo, tendo a visão do que é “ser igreja hoje” e de seu compromisso com a dignidade da pessoa humana e com a justiça social. Testemunho de um casal participante Há oito anos, fomos convidados a participar desse Encontro. No primeiro momento, pairava aquela dúvida: Será que faremos esse encontro? Como funciona? Vamos perder um final de semana inteiro? Mas, queridos amigos leitores e paroquianos da Igreja N. Sra. das Mercês, o que temos a dizer (Sérgio/Soraya, os Minerim) é que nossas vidas podem ser descritas em duas etapas: Uma antes do ECC e a outra após o mesmo. Os momentos vividos nesse Encontro são inex- plicáveis. Choramos. Sorrimos. Conversamos. Conhecemos novas pessoas e, principalmente, somos apresentados a Cristo. Vocês devem agora estar se perguntando: Como assim? Mas, é uma pergunta que só quem faz e presencia o Encontro é que pode descrever como é maravilhoso. Como é fácil de entender, não convém descrever os detalhes desse Encontro porque perde o encanto e a graça de participar do mesmo. Mas, uma coisa é certa: esse é o maior presente que se pode dar um ao outro (esposo/esposa) e também à sua família. As dificuldades do dia a dia, que todos temos, tornam-se muito simples e fáceis de ser enfrentadas, pois agora não somos só nós, mas temos Jesus conosco. É uma chuva de bênçãos que acontece conosco. Percebemos pequenos e grandes milagres que se realizam em nós e ao nosso redor, que antes não enxergávamos. Portanto, amigos, pensem bem na oportunidade que estão tendo. “Muitos são chamados, mas poucos os escolhidos” (Mt 22,14). Vocês estão sendo escolhidos por Jesus. Venham participar conosco desse momento maravilhoso. Venham vivenciar Jesus nas nossas vidas de casais. Deem essa oportunidade a Jesus para que se apresente a vocês, e da forma simples com que Ele sempre gostou de se mostrar. Temos a certeza que vocês serão outras pessoas depois desse Encontro, porque se sentirão tocados por Ele. Paz e Bem a todos! Os Minerim Ofereça à sua família essa oportunidade. Venha participar. O encontro será feito em agosto, nos dias 28, 29 e 30 (sexta, sábado e domingo). Os casais interessados poderão obter maiores informações com o casal Fichas-Lacombe e Jó pelos fones: 3023.9092, 9963.8682, 9972.3243 – E-mail: [email protected] - [email protected] bem como diretamente na secretaria da Paróquia até 15 de agosto de 2010. Desejamos um feliz ECC. Digam SIM a Jesus! Equipe Dirigentes ECC - 2010 FAMÍLIA, GERADORA DE VIDA A semana Nacional da Família é celebrada de 8 a 14 de agosto, tendo este tema central: Família Formadora de Valores Humanos e Cristãos. É este um momento importante de reflexão acerca dos valores que estão sendo transmitidos na formação da personalidade e do caráter de nossos filhos. É também ocasião para reavaliarmos nossos relacionamentos conjugais e familiares. Estarão eles em consonância com os verdadeiros valores que o Cristo nos deixou, tão bem sintetizados no Sermão da Montanha? O ser humano tanto pode fechar-se em si mesmo, na cultura do “eu”, como pode abrir-se para acolher o outro, cultivando valores evangélicos. Padre Zezinho, na sua maneira prática e objetiva de ensinar, ilustra bem com o exemplo daquela vovozinha que depois das bodas, ao completar 50 anos de casada, soube resumir numa frase simples o conceito de um casamento cristão: “Casar é difícil, mas é uma bênção!’, foi o que disse, olhando para seu marido que lhe afagava suas mãos. Em poucas palavras, esta mulher simples e sem muito estudo, resumiu a teologia e a pastoral do casamento católico: Estamos juntos não porque é fácil, mas porque Deus nos deu esta bênção de um ser arrimo do outro por toda a vida. Quando um casal se ama de verdade, a união dos dois pode gerar o sólido edifício chamado lar. Tal edifício pode durar geração após geração, porque foi fundamentado e cimentado, Mas formar família é difícil. Se fosse fácil não haveria praticamente um divórcio para cada dois casamentos, como está acontecendo nos dias de hoje. Olhe ao seu redor, preste atenção nas pessoas famosas da televisão, no mundo da canção, no mundo da moda, nos esportes, na política. Um grande número deles teve sucesso na carreira, mas nem sempre no amor. Há sempre tendência ao egoísmo, a necessidade de ressaltar o nosso “eu”, a insistência nos nossos direitos mais do que nos nossos deveres. O casamento é um direito, mas traz consigo muitos deveres inalienáveis. É feito de “sim”, mas passa por muitos “não”. É delícia, mas também é renúncia. Quem disse que perdoar é fácil? Quem é que gosta de ceder? Estava certa a velha senhora ao definir os seus 50 anos de casada. É difícil, mas é uma bênção. Seguramente ela descobrira a importância do outro! Esta Semana Nacional da Família nos ajude a refletir sobre a qualidade de nossos relacionamentos familiares. Torne-se momento de oração, reflexão, celebração e promoção dos valores do matrimônio, da família e da vida. Rotildo e Neuza Chemim Pastoral Familiar Abertura da Semana da Família: • No dia 7 de agosto, com a celebração da Santa Missa com o Padre. Reginaldo Manzotti e, com a presença do arcebispo Dom Moacir J. Vitti, no Centro Cívico. • No dia 14, na missa das 19h, na nossa paróquia das Mercês teremos esta mensagem sobre a Família: Geradora de Vida com o casal João e Maria Júlia Navia. • dia 15, na missa das 12h, mensagem com o casal Fábio e Flávia Nichele; • dia 15, na missa das 19h mensagem com o casal Sérgio e Soraya Oliveira. Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 67 HOMENAGEM AOS VOCACIONADOS da Igreja N. Sra. das Mercês 1 2 3 1. Frei Pedro C. Palma 2. Frei Ovídio Zanini 3. Frei Benedito F. da Rocha Falar em vocação nos leva a refletir sobre o chamado e a missão a ser cumprida. Os documentos da Igreja ensinam que toda pessoa é vocação: “uma voz em ação”. Sob a luz da fé cristã, não nascemos apenas do encontro do amor de um homem com uma mulher, mas, todos somos pensados e queridos por Deus desde sempre e para sempre. Toda pessoa tem, ao mesmo tempo, origem divina e humana. Em nossa origem divina e humana, feitos à imagem de Deus, somos todos missionários na essência de nosso ser. Cada pessoa, onde quer que se encontre, tem sua missão a viver e a cumprir. Ninguém é maior ou menor. Na fé cristã, o valor de alguém não se mede pelo cargo que ocupa, mas, pelo amor que se vive. Somos membros vivos uns dos outros. Todos são necessários. Essa consciência do valor da vida nos leva ao dever de compromisso na solidariedade com todos, principalmente com os mais pequeninos e necessitados de nosso mundo. Santo Agostinho afirma: “A maior glória de Deus é a dignidade do homem”. É, portanto, impensável viver a fé sem a consciência de um compromisso sério de comunhão com Deus e com os irmãos. “Quem diz amar a Deus a quem não vê e não ama o irmão a quem vê, se engana a si mesmo e é mentiroso” (1Jo. 4,20-21). Como cristãos, devemos permanentemente nos questionar sobre as exigências práticas de nossa vocação e vida cristã. 1 2 - Como valorizamos nossa vida e a vida de todos que nos cercam? - Que tempo investimos no cultivo dos valores da vida em família, na comunidade e na Igreja? É bom saber: valor não é simples conceito e nem apenas conhecimento, mas, um bem no qual investimos e o levamos a sério em nossa vida. Esta é a verdade. No amor somente se partilha o que se é. “Ama teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10,27). Quem não se ama e não é honesto consigo, não ama a ninguém. Como querer transformar os outros, o mundo, se por primeiro não transformamos a nós mesmos? O mundo precisa de doutores e de teólogos, mas precisa, acima de tudo, de pessoas que vivam sua fé. No mês de agosto, a Igreja nos convida a refletir sobre a vocação e a pensar sobre que valor damos à nossa vida e à vida de todos. Este aspecto se torna mais valioso quando refletimos sobre como cada um vive em família, na comunidade, na Igreja e em sua missão específica no mundo. Em nossa comunidade temos vários exemplos de pessoas que dedicam sua vida em prol do seu próximo e de Deus, obedecendo ao chamado divino e cumprindo sua missão. Poderíamos enumerá-los, neste momento, mas não caberia em tão pequena página, visto que são muitos, porém não o suficiente. Então, destacamos somente os seguintes para, neles, homenagearmos todos os vocacionados: frei Pedro Cesário Palma, pároco frei Ovídio Zanini, vigário frei Benedito Félix da Rocha, vigário que compõem o grupo de vocacionados a cumprir sua missão de frei e sacerdote, como também de orientadores e diretores espirituais. Não podemos esquecer também os freis do Convento, que sempre estão dispostos a atender a Comunidade nas confissões, bênçãos e encomendações: frei Darci Roberto Catafesta frei Bonifácio Piovesan frei Moacir Ant. Nasato. Não esquecemos também os demais freis capuchinhos que atendem, diariamente, na portaria do convento, com muita dedicação a todos os que a eles recorrem. Nossa homenagem se estende a todos os membros das Pastorais e Grupos da Paróquia, que, com sua disponibilidade, se colocam a serviço da Igreja de Cristo e de seu povo. Nós do SAV (Serviço de Animação Vocacional) agradecemos a Deus por tantas pessoas que se colocam à disposição, atendendo assim o chamado de Deus e cumprindo sua missão de Cristão Católico Vocacionado. “Eis-me aqui, Senhor!” Jorge Antonio Ferreira de Andrade Membro e coordenador do SAV 3 1. Frei Darci R. Carafesta 2. Frei Bonifácio Piovesan 3. Frei Moacir Ant. Nasato 68 - Ano XI - n.° 107 - Julho de 2010 PAI: UMA HISTORIA DE AMOR Conheci meu filho quando ele tinha sete anos, de forma bem peculiar. Sua mãe e eu estudávamos inglês na mesma escola. Éramos bons amigos e eu sabia que ela tinha um filho pequeno. Em um período de férias, estando em praias próximas e não sabendo exatamente o seu endereço, resolvi passear pela praia por ela mencionada, para ver se conseguia achar a casa em que estavam hospedados. Era um belo dia de sol. Em rua arborizada vi um menino brincando no quintal da frente de uma casa. Em um rompante inexplicável, que até hoje não compreendo, parei e resolvi chamá-lo. Ele se virou e olhando diretamente em minha direção, simplesmente respondeu: “É AQUI MESMO!” No primeiro momento surpreso, fiquei parado sem entender o que ele quis dizer. Então, citando minha amiga, pelo nome, perguntei se ela estava naquela casa. O menino falou que sim e saiu correndo chamá-la. Ficamos impressionados e atônitos com aquela atitude do então meu novo conhecido: RODRIGO! Com o tempo, a mãe do Rodrigo – Cleide - e eu percebemos que estávamos apaixonados e, com a convivência, o meu contato com ele ia aumentando, estreitando e ficando forte. Logo resolvemos nos casar e, com isto, o meu relacionamento com ele ficou cada vez mais próximo. Certo dia no carro, conversando, ele perguntou de sopetão: “Posso te chamar de pai?”. E escondeu o rosto envergonhado. Isto me “desmoronou”. Então descobri que entre nós havia mais que convivência e carinho: havia nascido um grande amor, incondicional. Eu tinha sido definitivamente adotado por ele. Nosso relacionamento, a partir do ocorrido, tomou a forma de pai e filho, com todos os acertos e erros que um pai pode cometer, educando, corrigindo, orientando e, muitas vezes, até entrando em atrito, mas como ele mesmo fala “Nós brigamos, mas nós nos amamos, pai!” Desta história de minha vida, sei apenas que temos uma ligação muito forte de amor e respeito um pelo outro, tendo nosso encontro sido obra de Deus que me abençoou com um filho especial. Hoje, ele tem 32 anos, mas para mim ainda é uma criança, muito, mas muito especial, Ele tem SINDROME DE DOWN. Arthur Ahler, paroquiano das Mercês POR QUE ORAR? Há várias razões para que devamos orar. Oferece-se aqui apenas uma introdução ao assunto, com base nas Sagradas Escrituras e em citações de alguns Santos da Igreja. A oração é necessária, diz São Tomás de Aquino, não para que Deus conheça as nossas necessidades, mas para que nós fiquemos conhecendo a necessidade de recorrermos a Deus, para dEle recebermos, oportunamente, as graças que nos forem necessárias. Deste modo, reconhecemos Deus como o único autor de todos os bens, a fim de que (são palavras do Santo) “nós conheçamos que necessitamos recorrer ao auxílio divino e reconheçamos que Ele é o autor dos nossos bens”. O fato é que, sem o socorro da graça, nada de bom podemos fazer. “Sem mim, nada podeis fazer”, disse Jesus (Jo 15,5). Sobre essas palavras, ressalta Santo Agostinho de Hipona, que Cristo não disse ‘nada podeis cumprir’, mas ‘nada podeis fazer’. Com isso, explica Agostinho, quis Nosso Senhor dar-nos a entender que, sem a graça, nem mesmo podemos começar a fazer o bem, sendo que a oração é o caminho da graça. “Pedi e dar-se-vos-á”, disse Jesus Cristo (Mt 7,7). O mesmo nos demonstram muitos outros textos das Sagradas Escrituras, como por exemplo: “Deus é quem opera tudo em todos” (1 Cor 12,6). “Farei que vós andeis nos meus preceitos e que guardeis as minhas ordens e as pratiqueis” (Ez 36,27). Por isso, como diz São Leão, Papa, “Nenhum bem faz o homem sem que Deus lhe dê a Sua graça para isso”. Para concluir, segue a seguinte frase de Santo Agostinho: “O Senhor bem deseja e quer dispensar-nos as Suas graças. Contudo, não quer dispensá-las, senão a quem Lhe pedir”. Marcos de Lacerda Pessoa Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 69 ELEIÇÕES 2010 Voto cristão é voto cidadão! A Arquidiocese de Curitiba elaborou orientações pastorais, calcadas no documento “Eleições 2006” da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, oferecendo elementos que levem os cidadãos, eleitores e candidatos, a refletir, questionar e se posicionar, à luz de princípios éticos e cristãos, sobre um projeto justo e solidário para a Nação Brasileira. “Quem entre vocês é o maior torne-se como o último: e o que governa seja como o servo!” (Lucas 22,26) “A política é uma das mais altas expressões da caridade cristã. É uma maneira exigente – se sabe que não seja a única – de viver o compromisso cristão a serviço dos outros” (Papa Paulo VI). “A justa ordem da sociedade e do Estado é o objetivo e o dever central da política. Mais do que uma técnica para a definição dos orçamentos públicos, a política é uma atividade de ordem ética. Política e fé se tocam. A Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política, nem deve pôr-se no lugar do Estado, mas também não pode nem deve ficar à margem na luta política” (Papa Bento XVI na encíclica Deus caritas est, nº 28). “O cristão não deve se abster de participar da construção do mundo de acordo com os valores da justiça, da solidariedade e de fraternidade. Não deve se refugiar num nível abstrato de vivência espiritual, sem cumprir os seus deveres como cidadão. Se o fizer falhará gravemente com o seu dever pondo em risco sua salvação porque estará faltando a caridade para com o próximo e o seu dever para com Deus” (Documento do Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes, nº 43) Por que participar da política? • os cristãos são membros da sociedade e, enquanto cidadãos, são sujeitos e objetos políticos; • somente ampliando as formas participativas dos cristãos é que construiremos uma nação livre, democrática e autônoma; • política não tem a ver somente com eleições, mandatos parlamentares, partidos políticos, governo; • participar da política como cristão–cidadão é lutar pelos nossos direitos e pelos interesses coletivos; • as decisões políticas interferem em nossa vida cotidiana, permitindo ter ou não as condições básicas de vida digna; • participar com reflexões e orientações para os fiéis se engajarem com responsabilidade na ação política, não somente com seu voto consciente e responsável, mas também acompanhando o mandato e participando das organizações populares (associações, sindicatos, conselhos) e outros. 70 - Ano XI - n.° 107 - Julho de 2010 Interessar-se por política? – Não entendo nada! Entendemos muito bem quando vamos ao mercado: compramos eletrodomésticos, abastecemos o carro e quando fazemos a declaração anual do Imposto de Renda. Grande parte dos custos e pagamentos de todos os bens de consumo são os impostos. Os administradores dos impostos são os governantes. Como observamos: Estes impostos deveriam voltar para o bem da sociedade em forma de educação, saúde, segurança e outros. Todos sabemos quão precários são estes benefícios. Grande parte vão para o financiamento da corrupção. Despesas exageradas com gastos do governo, mordomias. Pagamentos de altas taxas juros de dívidas externas e internas. É o resultado da péssima administração pública. É muito fácil entender o que é política. Ela é tudo na nossa vida do dia a dia! “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele ignora que o custo de vida, o preço dos alimentos, do aluguel, do vestuário, do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão ignorante que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe que de sua ignorância política nasce a prostituição, o menor abandonado, o traficante e o pior de todos os bandidos – o político vigarista, pilantra, corrupto e o lacaio dos exploradores do povo” (Bertold Brecht). Por tudo isso, é preciso votar. Mas, votar conscientemente, tendo conhecimento sobre a pessoa e a conduta dos candidatos. • Conhecer , analisar o trabalho, a realidade do candidato cuja vida seja coerente com o que prega; • Conhecer o processo eleitoral, entender o que é verticalização, o que são partidos de aluguel, o que diz a Lei 9.840/99, o que compete (tarefa) a cada cargo eletivo. O documento da Arquidiocese de Curitiba, página 7, fala dos critérios, das exigências para escolher um candidato. A ação política não pode confrontar-se com os princípios morais preconizados pela Igreja, pois são exigências fundamentais e irrenunciáveis para um cristão: • respeitar e proteger o ser humano desde o momento de sua concepção; • ter posição definida contra o aborto e a eutanásia; • promover a família, fundada no sacramento do matrimônio; • respeitar o direito das pessoas com deficiência, crianças, adolescentes, aposentados, idosos; • libertar as vítimas da escravidão moderna (droga, exploração sexual e do trabalho); • honestidade pessoal; • ter competência administrativa voltada aos • • • • • • interesses da comunidade; ter capacidade de honrar seus compromissos sempre em estreita ligação com as necessidades do povo; rever o modelo econômico; democratizar o acesso à terra; ampliar as oportunidades de trabalho; proteger o meio ambiente; verificar o partido, as coligações a que pertence. Não votar em candidato que: • é despreparado e cujas plataformas escondem interesses particulares; • pratica corrupção eleitoral, comprando e vendendo votos; • é sustentado por campanhas financeiras vultuosas; • é populista, fala sempre em justiça social e jura garantir alimentação, emprego e salário mínimo “tamanho família”, em quatro anos; • não tem propostas claras de forte comprometimento com a erradicação da pobreza e da miséria; • apóia práticas assistencialistas que visam exclusivamente a propaganda eleitoral e pouco contribuem para a solução da imensa exclusão social; • usa a religião só para conseguir voto, não é praticante de nenhuma; • não apresenta coerência entre suas propostas atuais e as práticas anteriores. O jornalista, professor de ética e doutor em comunicação, Carlos Alberto Di Franco, diz: “É precisar decifrar o enigma de certos candidatos. Boa parte do noticiário de política, mesmo no ano eleitoral não tem informação. Está dominado pelo declaratório e ofuscado pelos lances do márquetim da campanha. Há candidatos que vem em embalagens, maquiados, penteados, produzidos pelos comandos de suas campanhas. Não mostram sua verdadeira face. Lançam programa de governo que não assinaram, não leram... É preciso ver a biografia real do candidato. Sem blindagem, sem proteção o que pensa a respeito da vida pública: liberdade de imprensa, controle da mídia, aborto, propriedade privada, invasões de terras e de patrimônios públicos. O idealismo, os defeitos, as virtudes e pensamento de cada candidato deve estar bastante evidente, sem a força da poderosa máquina eleitoral, sem estar empacotado.” Vemos, por aí, verdadeiros espetáculos que não mostram a verdadeira face do candidato. Fiquemos atentos. Só o verdadeiro jornalismo independente mostrará o rosto autêntico dos candidatos, sem maquiagem e sorrisos falsos, impostos pelo márquetim e efeitos especiais. Erotides Floriani Carvalho APOSENTADORIA E PREVIDÊNCIA II Com o objetivo de trazer informações de modo simples e didático ao leitor, apresentamos nossa coluna formatada em perguntas e respostas com algumas considerações, à luz da legislação atual, que podem facilitar na compreensão do tema. O que vem a ser salário de benefício? Salário de benefício é o valor pago pelo INSS a título de aposentadoria ou auxílio doença ao segurado, sendo calculado a partir dos salários de contribuição do trabalhador. O que é Previdência? A palavra Previdência pode ser traduzida por antecipar um fato e prevenir-se para ele, relacionando-se à necessidade de sobrevivência e à incerteza sobre as condições futuras. O que vem a ser o salário de contribuição? Salário de contribuição é representado pelo salário mensal do contribuinte, acrescido das demais verbas recebidas, as quais integram a base de cálculo do recolhimento mensal do INSS. O limite mínimo do salário de contribuição corresponde ao piso salarial previsto em lei, convenção coletiva, acordo coletivo ou, inexistindo estes, ao salário mínimo da época. O limite máximo é aquele publicado em portaria do Ministério da Previdência Social quando ocorre alteração no valor dos benefícios. O que é Previdência Social? Previdência Social é um seguro social, mediante contribuições previdenciárias, com a finalidade de prover subsistência ao trabalhador, em caso de perda de sua capacidade laborativa. Como é o Sistema da Previdência Social? É um sistema que, mediante contribuições, tem por finalidade garantir aos seus beneficiários meios de manutenção em casos de incapacidade física, desemprego involuntário, idade avançada, morte ou tempo de serviço. Este sistema deve beneficiar tanto os segurados quanto seus dependentes, e é organizada sob a forma de dois regimes: • Regime Geral de Previdência Social, integrado por qualquer cidadão. • Próprios de Previdência Social, para funcionários públicos e militares. O que é “Qualidade de Segurado”? A qualidade de segurado é mantida através do pagamento das contribuições para a Previdência Social, ou seja, a ausência de contribuições por determinado tempo, salvo as exceções previstas na legislação, acarretará a perda da qualidade de segurado, impedindo a concessão dos benefícios oferecidos pela Previdência Social. Qual é a idade para requerer a aposentadoria? A aposentadoria é concedida aos trabalhadores com: • 65 anos de idade para os homens; • 60 anos de idade para as mulheres. O que são os Auxílios? Em breves palavras: Auxilio Acidente - Benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com sequelas que reduzem sua capacidade de trabalho. É concedido para segurados que recebiam auxílio-doença. Auxilio Doença - Benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. Auxílio-reclusão - O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto. O que é Salário Maternidade? O salário maternidade é devido às seguradas empregadas, trabalhadoras avulsas, empregadas domésticas, contribuintes individuais, facultativas e seguradas especiais, por ocasião do parto, inclusive o natimorto, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção. O que é LOAS? O LOAS é um benefício da assistência social, integrante do Sistema Único da Assistência Social, pago pelo Governo Federal, cuja a operacionalização do reconhecimento do direito é do Instituto Nacional do Seguro e assegurado por lei, que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência às condições mínimas de uma vida digna. Quem tem Direito ao Loas? Tem direito a receber o LOAS: 1) Pessoa Idosa – Esta deverá comprovar que possui 65 anos de idade ou mais, que não recebe nenhum benefício previdenciário, ou de outro regime de previdência e que a renda mensal familiar per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo vigente. 2) Pessoa com Deficiência – Esta deverá comprovar que a renda mensal do grupo familiar per capitã seja inferior a ¼ do salário mínimo, deverá também ser avaliado se a sua deficiência o incapacita para a vida independente e para o trabalho, e esta avaliação é realizada pelo serviço de perícia médica do INSS. O que é o Fator Previdenciário? O Fator Previdenciário foi aprovado em 1999, por intermédio da Lei Nº 9.876, durante a Reforma da Previdência no governo Fernando Henrique Cardoso. Trata-se de fórmula matemática que leva em consideração a idade do segurado no momento de sua aposentadoria, sua expectativa de vida (divulgada pelo IBGE) e o tempo de contribuição existente para a Previdência Social, e cujo resultado deverá ser utilizado no cálculo do salário de benefício. Quanto menor a idade de aposentadoria, maior o redutor e, consequentemente, menor o valor do benefício. Em outras palavras, ele serve para desestimular o contribuinte a se aposentar antes do tempo ideal. Como o Fator Previdenciário é calculado? A partir da Reforma da Previdência de 1998/99, o valor da aposentadoria paga pela Previdência Social passou a ser calculado com base na média aritmética dos 80% maiores salários de contribuição (corrigidos monetariamente) referentes ao período de julho de 1994 até o mês da aposentadoria. É sobre essa média que incide o “fator previdenciário”. Dayse May Riccio – Advogada Vanessa de Camargo Hermann Consultora Previdenciária Fone: 3078-3359 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 71 ENTREVISTA 60 anos de artes e música litúrgica Frei Juarez De Bona, OFMCap, residente no convento das Mercês, Curitiba-PR, fez a seguinte entrevista com a Irmã Juliana Tartas. Aos 80 anos, Irmã Juliana Tartas multiplica seus dons artísticos em busca da evangelização da juventude, crianças e todos. Natural de Erechim (RS), ela expressa por meio da arte e da música sua fé e amor a Deus e ao próximo. Reside em Curitiba na Comunidade de ETECLA, como Filha da Caridade de São Vicente de Paulo. Trabalhou em outras cidades do Paraná onde integrou arte e música no trabalho junto à juventude pobre. Em Curitiba tem ministrado música e artes para seminaristas, apoio aos portadores de necessidades especiais, jovens de diversas paróquias e na ETECLA. Em matéria de música toca piano, órgão, teclado, flauta. Seu talento para as artes plásticas se reflete nas pinturas de diferentes estilos como abstrato, impressionismo, clássico e outros, sobre telas madeira, papel e também restauração de imagens quebradas. Juarez: Como é o seu processo produtivo? Juliana: A vida tem a cor que a gente pinta. Procuro enfrentar os desafios de forma positiva. Tenho recebido encomendas de várias paróquias e instituições para pintar painéis, quadros, cartazes restauração de imagens. Assim como composição de letra e música de hinos: de São Vicente, Santa Luisa, São Francisco de Sales, de Nossa Senhora e hinos para o Congresso e para o educador vicentino: “Creio em mim e em você, creio na força da juventude.....” estão gravados em CD. Pinturas (retratos): 1. São Leopoldo Mandic (2mX1m) para Igreja N.Sra. das Mercês. 2. Papa João Paulo II (2mx 1m) em 1980, vinda para Curitiba. 3. Três painéis para entrada da Capela Seminário dos padres Agostinianos (3mx0,60), Capão Raso. 4. São Vicente de Pau- Juarez: Como explica esta diversidade de dons: artes, línguas, música, composição musical? Juliana: A diversidade de dons vem de Deus. Procurei desenvolvê-los para poder servir. Arte é algo que me aproxima de Deus. Trabalhar com imaginação, me faz mergulhar na profundidade e reconhecer que é o Espírito quem cria. Percebi que aprendendo línguas – por exemplo, inglês, francês – pude colaborar nas escolas ensinando aos alunos cantar e conversar em língua diferente. 72 - Ano XI - n.° 107 - Julho de 2010 Juarez: Aos 80 anos, é um exemplo de vitalidade e de fé. A que atribui tanta energia? Juliana: Com Deus sempre à minha frente, com alegria e muita fé, posso caminhar e enfrentar os desafios da vida. Posso assumir os compromissos e não desistir. Gosto do que faço e descubro que sempre é hora de começar algo novo. O que vale é o agora e o aqui, o momento presente. A arte é forma de manter a saúde do espírito e o vigor da vida. Minha energia vem da oração e da missão junto aos pobres, como Filha da Caridade. Juarez: Acredita que seu amor à vida é testemunho para os jovens de hoje, muitas vezes desanimados? Juliana: Cristo esteve com os 12 apóstolos e fez deles testemunhas para os povos. Todo aquele que experimenta ser amado por Deus quer que outros também experimentem essa alegria. Nossas orações são para que os jovens percebam a dádiva que é estar vivo e poder participar na construção de um futuro mais justo e fraterno para todos. Juarez: O que mais a atraiu na vida religiosa? Juliana: Conheci as Irmãs Vicentinas ainda criança. O testemunho de amor, oração, alegria e dedicação à catequese na escola, famílias, motivou-me a pensar em assumir um dia essa missão. Minha família era muito religiosa e participava das celebrações na Paróquia. Juarez: Seu dom para as artes e a música já se manifestava antes mesmo de se tornar religiosa? Juliana: O despertar para as artes foi na família. Meus avós, tios e meu pai cultivavam artesanato, entalhes, bem como a música e canto. Na escola aprendi piano, canto, teatro, trabalhos manuais. Sempre tive em mente que dizer “SIM” ao chamado de Jesus é colocar os dons a serviço dos outros, vencer resistências e agir. dem e também ajudei com música as meninas da Associação Promocional da adolescente. Na década dos anos 1970, tive oportunidade de participar de vários festivais internacionais de musica sacra e outras, realizados em Curitiba. Cursos de canto pastoral foram a base na minha caminhada. lo, Seminário Vicentino de Orleans pintura na parede. 5. Cristo Ressuscitado (3mX2m) Igreja N.Sra. de Lourdes, Jardim Botânico. 6. Dois painéis para o Canal, IV anos atrás para celebração eucarística. 7. Três quadros dos mártires vicentinos martirizados na China foram para a missão dos padres vicentinos em Moçambique. África e outros mais. Juarez: Como a Senhora comunga seus conhecimentos com as coirmãs e com a comunidade? Juliana: Colaboro com a minha comunidade com cartões para diversas ocasiões, quadros, cartazes e outros mais. Na música, contribuo ao tocar órgão nas missas na Igreja matriz N. Sra. das Mercês (mais de 30 anos!) com o coral, Capela Medalha Milagrosa, Toquei órgão na Catedral, Igreja da Or- Juarez: Não apenas na vida consagrada, mas na sociedade em geral, os idosos têm sido mais respeitados nos últimos anos? Juliana: Hoje podemos observar mais opções de lazer. Por isso, os idosos participam mais da vida social, buscam vida mais saudável e cultivam amizades. Consequentemente, eles têm muito ainda a oferecer e a contribuir no grupo social em que vivem. Juarez: Poderia deixar uma mensagem aos animadores e animadoras vocacionais? Juliana: Ter muita fé, coragem e amor à própria vocação. Ser testemunho de vida e oração nesta caminhada que Jesus lhes confiou. Deus abençoe a todas as pessoas pelo trabalho que desempenham nesta missão. Feliz dia do Religioso! Com Deus sempre à frente e união de orações. DIA DO RELIGIOSO 1. Quem são os Religiosos? Os Religiosos ou Consagrados são homens e mulheres que respondem ao chamado de Deus: “Se quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga” (Mt 19, 21). O religioso se consagra a Deus seguindo Jesus Cristo pobre, casto e obediente, dentro de uma Ordem ou Congregação Religiosa. Existem as Irmãs Religiosas, os Irmãos Religiosos (mas também Padres, Bispos, Cardeais e até Papas Religiosos porque antes de assim se tornarem, pertenciam a uma Família Religiosa). da Igreja. Assim surgiram as congregações religiosas. 3. Qual é o campo de atuação deles? Os Religiosos de vida contemplativa vivem em comunidade e se dedicam mais especificamente à oração, alternada com tempos de trabalho mais interno; Os Religiosos de vida ativa também vivem em comunidade e a oração, mas atuam no apostolado externo, conforme o carisma do seu fundador: na educação, na catequese, com os pobres, os doentes, na promoção humana, na evangelização através dos meios de comunicação, com os imigrantes, etc. Parabéns aos Religiosos e Religiosas! O Jornal “O Capuchinho” aproveita deste espaço, neste dia 15 de agosto, terceiro domingo do mês vocacional, para cumprimentar os Religiosos e as Religiosas que atuam em Curitiba e sobretudo na Paróquia das Mercês. Frei Juarez De Bona, OFMCap 2. Quais são as ordens ou congregações religiosas? São muitas as Ordens ou Congregações Religiosas na Igreja, conhecidas também como Famílias Religiosas. Cito apenas algumas mais conhecidas, com seus fundadores: São Bento e os Beneditinos, São Bernardo de os Cistercienses, Santo Agostinho e os Agostinianos, Carmelitas e seus reformadores – São João da Cruz e Santa Teresa de Ávila; São Francisco e os Franciscanos, Capuchinhos e Conventuais, São Domingos e os Dominicanos, Santo Inácio de Loyola e os Jesuítas, São Vicente de Paulo e os Vicentinos, São Marcelino Champagnat e os Maristas, São João Batista de La Sale e os Lassalistas, São Paulo da Cruz e os Passionistas, São João Bosco e os Salesianos e tantos outros. Todos estes santos cultivaram intensa e comprometida amizade com Deus, perceberam especial necessidade da sociedade de sua época e formaram um grupo de homens e mulheres para responder a esta necessidade, com as bênçãos Parabéns, Frei Pedro! Aos 15 de agosto, frei Pedro Cesário de Palma, pároco da nossa paróquia, completará mais um ano de vida. Neste dia, frei Pedro estará ausente em função de estar em retiro. Estaremos unidos a ele através da oração; homenageando-o em todas as missas desse domingo, rezando nas suas intenções; pedindo ao Espírito Santo e à Virgem das Mercês que o ilumine, lhes dê saúde, coragem e sabedoria para exercer seu ministério de pastor, orientando e administrando a difícil, mas nobre e edificante, tarefa de ser pároco na Paróquia Nossa Senhora das Mercês. Frei Pedro, as pastorais, movimentos religiosos e os paroquianos o felicitam e o abraçam nessa data! Parabéns! Seja Feliz! Conte com nosso apoio e nossas preces. Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 73 MINHA HISTÓRIA VOCACIONAL “Seja para constituir família, viver exclusivamente para Deus ou para doar a vida por uma missão, todos os cristãos possuem uma vocação. Ela é o chamado do Pai, cuja finalidade é a realização plena da pessoa humana. É gesto gracioso do Senhor que visa a plena humanização do homem e da mulher. É dom, graça, eleição cuidadosa, visando a construção do Reino dos Céus. Para compreendermos em profundidade o significado dessa iniciativa divina, precisamos fazer a distinção entre: Vocação Fundamental e Vocação Específica. Vocação Fundamental: Entendemos, por vocação fundamental, o chamado de cada pessoa à vida, a ser Filho de Deus, a ser cristão, a ser Igreja. É o chamado para desenvolvermos plenamente todas as nossas potencialidades. As vocações específicas derivam da vocação fundamental. Vocação Específica: Por vocação específica, entendemos a maneira própria de como cada pessoa realiza a sua vocação fundamental, como leigo, sacerdote ou religioso. As vocações específicas são três: laical, religiosa e sacerdotal. Vocação Sacerdotal: O sacerdócio fundamental é comum a todo cristão leigo. Cristo fez do novo povo um reino de Sacerdotes para Deus Pai (cf. Ap 1,6). Pelo Batismo, todos participam da dimensão sacerdotal de Cristo (LG 27). O sacerdócio ministerial, pelo poder conferido, forma e rege o povo sacerdotal, realiza o Sacrifício Eucarístico na pessoa de Cristo e O oferece a Deus em nome de todo o povo (LG 28). O ministério ordenado (carisma próprio do diácono, presbítero e bispo) é vocação carismática particular. O Espírito Santo concede esta vocação a alguém e esta vocação converte-se em função. É o carisma que se converte em ministério. Ratifica-se após a imposição das mãos do bispo. O presbítero é chamado a assumir o ministério hierárquico na Igreja como serviço aos irmãos. Esse ministério surgiu na geração apostólica quando os apóstolos se preocuparam pela continuidade das comunidades. Assim como não poderia existir comunidade primitiva sem apóstolo, da mesma forma não pode existir comunidade cristã sem sacerdote.” Ao ler esse texto,bem resumido sobre vocação,estou aqui para falar deste grande dom do sacerdócio dado a mim e a tantos outros irmãos na vida de nossa Igreja. Esse chamado me foi dirigido muito cedo, quando ainda não tinha nem capacidade de discernimento, mas o ambiente religioso e a fé de meus pais me prepararam para um dia assumir essa missão com fé e coragem. No dia 2 de agosto de 1981, depois de longo tem- po de preparação na vida seminarística e religiosa na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, dei o meu “sim” ao chamado a ser um padre. Neste dia, éramos 7 colegas bem dispostos a fazer essa caminhada como sacerdotes do Senhor. Neste dia 2 de agosto de 2010, completamos 29 anos de vida sacerdotal. Muitas águas correram neste rio da vida e estamos todos os 7 padres perseverantes nesta missão que não é nada fácil. Sinto-me muito grato a Deus por ter-me confiado tal missão, apesar de minhas fraquezas e limites. Mas sempre confiei no Espírito Santo de Deus e aqui estou para louvar e agradecer a Deus esse dom, que não é meu, mas é para o povo de Deus. Sabemos que toda vocação é sublime e que não existe perseverança para quem não busca intimidade com o Senhor. A espiritualidade sacerdotal inclui devoção profunda a Maria, fé no Espírito Santo de Deus e seguimento atento aos passos de Jesus Cristo. Sei que estou aqui hoje porque não deixei de fazer o mínimo necessário para não sucumbir, mas quero fazer mais e ser mais com meu povo de Deus. Agradeço a todas as pessoas que me acompanharam e me acompanham nesta trajetória, seja orando, seja me aconselhando e testemunhando a presença do Cristo vivo e ressuscitado. Rezemos pelas vocações sacerdotais, religiosas e leigas neste mês especial, dedicado às vocações. Abraços a todos e fiquem com Deus. Paz e Bem. Fr. Benedito Félix da Rocha, OFMCap Vigário Paroquial [email protected] O TEMPO PASSA! A direção do jornal “O Capuchinho” me deixa livre para escrever sobre o tema que achar melhor em nosso jornal. E visto que passamos da metade do ano, resolvi escrever sobre “o tempo que passa”. Com frequência ouvimos ou falamos frases como estas: “Como a tempo passa rápido!”; “Nossa! Já passamos da metade do ano! Nem vi o tempo passar!”. Alguns dizem que não é o tempo que passa, mas nós que passamos pelo tempo. Isso pouco importa. O certo é que, com a passagem do tempo ou com a nossa passagem pelo tempo, percebemos a brevidade da vida. E como o salmista da Bíblia podemos dizer: “A vida é como a flor do campo que de manhã está viçosa e à tarde fenece e fica seca” (Sl 90,5). Nossa vida é medida pelo tempo, ao longo do qual passamos por mudanças, envelhecemos e morremos. A lembrança de nossa mortalidade serve para recordar-nos de que temos tempo limitado para realizar nossa vida. Diz o livro do Eclesiastes: “Lembra-te de teu Criador nos dias 74 - Ano XI - n.° 107 - Julho de 2010 de tua mocidade (...) antes que o pó volte à terra donde veio, e o sopro volte a Deus, que o concedeu” (Ecle 12,1.7). Se por um lado a passagem do tempo vai trazendo dificuldades, limitando a vida, até o seu desvanecimento, por outro lado vai possibilitando o crescimento, o amadurecimento e a realização da própria vida. Nem mesmo a morte poderá destruir a vida. É o que rezamos no prefácio da Missa dos mortos: “Aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Para os que crêem, a vida não é tirada, mas transformada. E desfeita a nossa habitação terrestre, nos é dada no céu uma eterna mansão”. Devemos entender o tempo não como algo inexorável, cruel, amedrontador e destruidor da vida, mas como graça e oportunidade de crescimento. De fato, “o ser humano, integrado à contínua evolução do universo, nasce para crescer, evoluir, desenvolver suas capacidades, treinar suas habilidades e aperfeiçoar sua personalidade e suas relações” (Ana Maria F. Arana, “O Caminho para se conhecer e se harmonizar”, p. 16.). Entendendo o tempo como graça e oportunidade de crescimento, somos chamados a viver com intensidade cada momento da vida e a desenvolver nossos dons. A pessoa não pode parar de crescer. Precisa estar sempre aprimorando a vida no sentido pessoal, familiar, social, profissional, espiritual, físico, mental e psicológico. Parar é morrer. Dizia Charles Chaplin: “A pessoa não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar”. O convite de Jesus “sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48), não quer dizer que seremos deuses, mas que, como criaturas de Deus, temos imenso potencial de crescimento e aperfeiçoamento da própria vida. E o tempo, como graça (kairós, do grego), é que nos possibilita este aperfeiçoamento constante. Portanto, não deixemos o tempo passar por nós, ou não passemos pelo tempo despercebidamente, mas aproveitemo-lo como graça e oportunidade de crescimento. Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap. Pároco DEUS NOS CHAMA Agosto, mês vocacional. À rica liturgia dominical, que nos proporciona sempre adequadas e oportunas mensagens para a vivência cristã do nosso dia-a-dia, a Igreja junta a proposta de um tema específico para este mês, vocações. Nunca é demais refletir sobre esse assunto, uma vez que diz respeito à nossa realização como seres humanos amados e queridos por Deus. Deus nos pensou desde toda a eternidade e traçou para nós um projeto. A nossa mais completa felicidade está condicionada ao modo com que assumimos e desenvolvemos esse projeto. O segredo portanto está em descobrir e abraçar a própria vocação. Isto nos levaria a uma conclusão que pode parecer lógica: quem não descobre ou rejeita sua vocação será para sempre um infeliz. Só pode parecer; porque na verdade a lógica de Deus nem sempre, ou quase sempre não coincide com a nossa. Antes de tudo porque Deus não quer a nossa infelicidade. O contrário seria a negação do próprio Deus. Mesmo quando rejeitamos o seu chamado, Ele não nos abandona. Contudo uma coisa sim parece lógica: a conquista da felicidade fora do seu projeto se torna mais difícil e penosa para nós. Ainda nos cumpre lembrar que pelo próprio sentido do termo, vocação nada tem a ver com imposição. Vocação como a própria palavra diz, é chamado, convite, não imposição. É Deus mostrando-nos carinhosamente o caminho para a nossa mais plena realização humana. Se não quisermos, Ele lamenta, mas não nos abandona, como dissemos acima. Por outro lado, no nosso dia-a-dia, com relativa frequência, nas mais diversas atividades da sociedade, topamos com pessoas que estão sempre amarguradas, ouriçadas, criando problemas onde quer que se encontram, vivem chutando sombras; parecem estar de mal com vida; e costumamos dizer que são pessoas que estão fora de lugar; erraram a sua vocação. Isto pode ter um fundo de verdade. Mas vocação é um tema amplo e parece mesmo que a Igreja quer que o tratemos, nesse mês, com toda essa amplitude. Assim que no primeiro domingo, a proposta é a vocação sacerdotal, no segundo a vocação à paternidade, no terceiro vocação religiosa, no quarto vocação do ou da catequista e demais incontáveis lideranças leigas que são chamadas a testemunhar e trabalhar pelo Reino de Deus, vivendo, nas mais variadas situações em que se encontram, o projeto que Deus traçou para elas. Diante da necessidade de um número sempre maior de testemunhas do Reino de Deus no mundo e num mundo que parece descambar mais e mais para o secularismo, ateísmo e para a negação de todos os valores morais, éticos e cristãos, surge logo a questão da necessidade de eficaz promoção vocacional. Sentimos a necessidade de Padres, Religiosos, Religiosas, Leigos engajados nas mais diversas atividades de Igreja. Assim como de outras tantas lideranças cris- tãs vivendo com convicção e com carisma o projeto de Deus a seu respeito e testemunhando vida cristã no campo, nas fábricas, no comércio, nos meios de comunicação social, na política, nos esportes, etc. Ao mesmo tempo perguntamos, o porque dessa promoção, de um empenho neste sentido, se é Deus quem concede a vocação a quem Ele quer, para o que Ele quer, independente de tudo e de todos? Vimos como Ele chamou Pedro, o pescador; chamou Judas, o intelectual; chamou Mateus, o cobrador de impostos; chamou Paulo, o perseguidor dos cristãos; continua chamando tantos ainda hoje. De fato o doador de todas as graças e consequentemente também da graça da vocação, seja ela qual for, é Deus. Deus semeia com generosidade a semente das vocações no campo do mundo. Contudo essa semente, como a semente da Palavra de que fala o Evangelho, cai muitas vezes em solo seco e árido da beira do caminho, às vezes entre espinhos e outras tantas em terreno pedregoso. Compete a todos nós, cultivar o terreno, sulcar a terra, tirar as pedras e arrancar os espinhos, para que a semente lançada por Deus, encontre condições adequadas de germinação, cresça e produza frutos abundantes. Como se fará isto? Antes de mais nada vivendo com consciência e com coerência a própria vocação, como precioso dom de Deus. Em relação aos outros, aos jovens, as palavras, o convite, a abordagem direta, o acompanhamento, são de extrema importância e às vezes determinantes; mas acima de tudo é determinante o nosso testemunho de vida. Esse é o principal meio de cultivar a terra para que a semente das vocações lançada por Deus no coração do jovem e da jovem, germine. Por outro lado é também o modo com que valorizamos toda a vocação como dom de Deus, seja ela religiosa, sacerdotal ou leiga para qualquer atividade na comunidade. Aquela família que reza pelas vocações, pelos sacerdotes, pelos religiosos, pelas lideranças leigas, que prestigia e promove um trabalho vocacional na sua comunidade, estará preparando também um campo fértil para germinar a semente da vocação. Aquele religioso, religiosa, presbítero ou casal que não só valoriza com suas palavras as vocações, mas acima de tudo vive com convicção e alegria a sua, transforma-se no grande e eficaz promotor vocacional. Quando falamos de vocações não podemos esquecer aquela pequenina sentença que encontramos no Evangelho de São João, capítulo 15,5 “Sem mim nada podeis fazer”. É a humildade de reconhecer que nós podemos e devemos nos empenhar no trabalho de promoção vocacional, mas tendo a certeza de que Ele é quem opera. Portanto, os joelhos dobrados, as mãos elevadas em prece ao doador de todos os carismas e dons, é a grande ação que podemos fazer em prol das vocações. Frei Davi Nogueira Barboza, OFMCap Ministro Provincial. Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 75 ASSUNÇÃO DE MARIA DE NAZARÉ No folclore popular, agosto é o mês que mais tem associações negativas, como desgosto e cachorro louco, especialmente o dia 13, ainda mais se cair numa sexta-feira de lua cheia, propício para os lobisomens. Parece um mês de feitiços, urucubaca, mandingas e bruxarias. Estas tradições negativas só fazem mal para quem acredita nelas. É bom saber que o medo é uma programação mental que faz acontecer o que se teme. Nada disto faz mal para quem conserva em Deus sua confiança. Para os católicos e alguns grupos cristãos agosto é o mês da ressurreição ou assunção de Nossa Senhora ao céu. Ascensão e assunção são gêneros literários. Imagina-se que Deus mora no terceiro céu, acima do espaço e do firmamento. Na verdade, Deus não mora em lugar nenhum porque é infinitamente maior que todo o universo. O universo e nós é que vivemos nele. Quando rezamos, costumamos olhar para o alto. Há grupos de índios que rezam abraçando a terra, porque é nela que moramos e encontramos nosso alimento. Há livros gregos e apócrifos judeus que falam da assunção dos seus heróis. A ascensão de Jesus só é relatada por Lucas que é grego e por seu colaborador Marcos. Quando a Igreja Católica canoniza seus santos lá no Vaticano, costuma-se apresentar uma pintura da assunção. Os santos são levados para o céu por muitos anjos. Ressurreição e assunção são sinônimas. Há tradições bonitas sobre a morte ou dormição de Nossa Senhora e de sua assunção. A Bíblia não diz nada a respeito. São tradições ricas de fatos milagrosos ou sobrenaturais. O papa Pio XII, de feliz memória, declarou verdade de fé a assunção corporal de Maria ao céu. Este não é um dogma exclusivo de Maria, mas, inclui a todos nós. Ressuscitaremos em corpo e alma, ou seja, seremos assuntos ao céu pelo poder de Deus. O corpo exterior ou humano, quer dizer, feito de húmus ou terra voltará ao pó, de uma forma ou outra: pelo enterro, cremação ou atirado ao mar. O corpo interior não morrerá. “A vida não é tirada, mas, transformada”, diz um prefácio da missa por falecidos. O corpo exterior ressuscitará no fim dos tempos com a transformação do universo, quando “Deus será tudo em todos os seres”. Se Maria Madalena ou algum apóstolo tivessem encontrado o cadáver de Jesus no túmulo, não iriam acreditar em sua ressurreição, por causa da tradição judaica. Alguns teólogos dizem, então, que o cadáver de Jesus se integrou milagrosamente no universo. Hoje, não haveria problema. Em meu testamento, peço que no meu túmulo escrevam: “Frei Ovídio Zanini não está aqui. Ressuscitou”. Restos mortais não definem nossa identidade A mentalidade bíblica ou judaica do enterro do cadáver humano está sendo superada pela cremação, muito mais higiênica. Pessoalmente, gostaria de ser cremado. Claro, depois de morto! Ficamos horrorizados pelo desprezo de cadáveres humanos praticado por bandidos e que escutamos seguidamente na Mídia Enfim, morreremos e ressuscitaremos ou seremos assuntos ao céu como Jesus e Nossa Senhora. Frei Ovídio Zanini, OFMCap FARÓIS DE ESPERANÇA A pedido de várias pessoas interessadas, queremos tornar público, um resumo do novo Projeto Missionário – Faróis de Esperança. QUEM SÃO? São pessoas voluntárias, que buscam no Evangelho de Cristo, além da fé e do amor que impulsionam à ação, as normas e princípios que norteiam suas vidas. Pessoas espiritualizadas e comprometidas em lutar por um mundo melhor. Funcionam como faróis de esperança, terapeutas do amor, semeadores de paz, apontando caminhos de esperança para tantos irmãos, que se encontram mergulhados num mundo de trevas. Proclamam a Boa Nova do Evangelho, praticando a terapia do amor, mentalizando e semeando paz, despertando a fé e a esperança, em todo lugar por onde andarem. Vão ao encontro dos necessitados: os doentes no corpo e na mente, os solitários, idosos, desamparados, que carecem de tudo, levando-lhes o bálsamo que alivia o sofrimento, por exemplo, uma palavra amiga, um toque de ternura e carinho; uma oração, um gesto de bondade, de acolhimento e compaixão e outros mais. ONDE E COMO ATUAMOS Os Faróis de Esperança agem através de; • visitas domiciliares e a Instituições (Asilos, Hospitais, Casas de Repouso, Orfanatos, Presídios...); • encaminhamentos para outros grupos; • Palestras de orientação, de prevenção e de incentivo; • Cursos para mães gestantes e pais em geral; • Terapias de Grupo. • Diariamente um grupo de pessoas mentaliza paz O MAIS IMPORTANTE: O Missionário – Farol de Esperança – deve ser testemunho vivo, de amor, de fé, de paz e de esperan- 76 - Ano XI - n.° 107 - Julho de 2010 ça, em toda parte e em qualquer lugar. Todo voluntário, chamado a ser Farol de Esperança, precisa despertar, pelo seu exemplo, em todos os meios sociais, na mente de cada pessoa, o desejo profundo de colaborar na construção de um mundo mais justo, mais solidário e fraterno. Só assim, reduziremos a violência, a corrupção e a paz que todos buscam, será enfim restabelecida. PRINCÍPIOS que devem nortear os Faróis de Esperança: • Atitudes e gestos fraternos de acolhimento; • muita humildade, simplicidade, paciência e compreensão; • respeito e aceitação do outro como irmão, filho do mesmo Pai; • perseverança; espírito de equipe e acima de tudo, MUITO AMOR. QUEM PODE PARTICIPAR Todo aquele que deseja de fato ser missionário de Cristo. Pessoas adultas e jovens, verdadeiramente comprometidas com a construção de um mundo mais solidário e fraterno. Gente de qualquer nível econômico, social, cultural, que busca vivenciar espiritualidade mais profunda e disposta a assumir a sua missão de batizado. Queremos colocar um “FAROL” em cada bairro, em “ cada esquina...” Portanto: você, pai, mãe, jovem, médico, enfermeira, terapeuta, empresário, político, operário, militar, religioso, profissional liberal, funcionário público..., todos podem ser missionários, um Farol de Esperança. QUAL A JUSTIFICATIVA DESSE PROJETO O projeto é fruto de profunda reflexão. Diante dos apelos da Igreja, sobretudo a partir da V Conferência de Aparecida, da qual surgiu a luz para elaborar o Plano de Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Curitiba. Percebemos e valorizamos o apelo constante de nossos bispos, sacerdotes, religiosos, bem como, de leigos engajados, convocando toda a Igreja, para a ação missionária. Como cristãos, somos todos chamados a sermos missionários. “A missão não é tarefa opcional, mas parte integrante da identidade cristã”. Não podemos mais ser cristãos somente de nome. Diante de tanta gente sofrida, de tanta miséria humana, de tanta violência no mundo, temos que ser sensíveis e estar atentos para ouvir o chamado de Deus. Não podemos mais ficar de braços cruzados, esperando que outros façam. Precisamos tomar consciência da nossa missão no mundo. É urgente somar forças e, juntos e unidos, formaremos o grande exército de Cristo. E, então, a PAZ virá, pela prática do AMOR, DA SOLIDARIEDADE, DA JUSTIÇA, com o ressurgir da ESPERANÇA, em cada coração humano. CONVITE Se você deseja ser um “FAROL DE ESPERANÇA”, venha participar de uma reunião • nas quartas-feiras às 19h45 no Centro Franciscano de Voluntariado, anexo a Paróquia das Mercês, • ou na quinta-feira, às 16h30, no mesmo local. Brevemente divulgaremos o nosso SITE. A partir de 15 de julho temos uma secretária de plantão, das 9 às 11h. e das 14 às 17h. O nosso Núcleo Central e também fonte de apoio, é a PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS MERCÊS, também conhecida como a Igreja dos Capuchinhos, na Av. Manoel Ribas, 966 É nosso objetivo criar outros núcleos em Curitiba e Região Metropolitana. Para maiores esclarecimentos fale com Nelly Kirsten, fone: 3024-8513 , ou 9117-0869, ou a partir de 15 de julho pelo fone: 3045-2035. E-mail: faróis.esperanç[email protected] Nelly Kirsten Parapsicóloga - CNPAC 062 [email protected] VINTE E CINCO DE AGOSTO: Dia do Soldado O Dia do Soldado foi instituído em 9 de agosto de 1957 para homenagear Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias – declarado patrono do Exército Brasileiro em 13 de março de 1962. A data do nascimento de Lima e Silva – 25 de agosto – foi escolhida para homenagear todos os soldados responsáveis pela segurança do Brasil. Os soldados são o corpo funcional que dá vida às corporações, sejam elas do Exército, Marinha, Aeronáutica e ainda a da Polícia Militar. Portanto, são eles os responsáveis pelo funcionamento desses importantes órgãos das nações. De acordo com o dicionário, entre outros, soldado significa homem alistado ou inscrito nas fileiras do Exército ou, simplesmente, qualquer militar, e o coletivo correspondente é tropa, legião, patrulha, ronda (em vigilância). No próximo dia 25, O Capuchinho parabeniza todos os soldados, do Exército, Marinha e Aeronáutica e o da Polícia Militar, profissionais tão importantes para a segurança das cidades, e presta homenagem a estes homens e mulheres de coragem que a qualquer preço se colocam a serviço da pátria-mãe. Abaixo, trecho de um texto escrito por Jarbas Passarinho, em comemoração ao Dia do Soldado em 2006. Passarinho foi ministro de Estado, governador, senador e também militar do Exército Brasileiro por 28 anos. “Nos cinco dramáticos anos de guerra com o Paraguai, até mesmo gravemente ferido, em Itororó, o soldado seguiu Caxias, quando, no auge da peleja, bradou: ‘Sigamme os que forem brasileiros!’ Na Itália, quando a neve se dissolveu, corpos de soldados mortos nos combates e preservados pelo gelo, provaram a sacralidade do juramento de defender a pátria com o sacrifício da própria vida. Intrepidez e coragem foram postas à prova nos embates mortais em Montese, e em todos os confrontos da FEB (Força Expedicionária Brasileira), que venceu e aprisionou duas divisões do melhor exército do mundo. Quando o soldado não vê reconhecido o seu sacrifício na luta armada interna e premiado o agressor que combateu, não se abate. Sua missão é servir à pátria que se sobrepõe a governos que passam e ele é instituição permanente. Forja na caserna o caráter, respeita os valores éticos, honra em qualquer circunstância a Bandeira, que tremulou nos pântanos paraguaios e sob o sol ou a neve da Itália, sem jamais macular sua tríade, Pátria, Honra e Dever”. “Abraçados e unidos marchemos, não peito a peito, mas ombro-a-ombro, em defesa da Pátria, nossa mãe comum.” Duque de Caxias Breve biografia de Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nasceu em 25 de agosto de 1803, na Vila de Porto Estrela (atual Duque de Caxias), no Rio de Janeiro. De família militar, sua vida sempre esteve ligada ao Exército. Aos cinco, foi aceito como cadete. Aos 15 anos, pertencia à Academia Real Militar. Recebeu várias promoções até alcançar a de marechal, posto máximo na hierarquia militar. Caxias teve participação fundamental nas lutas de consolidação da Independência. Entre elas, podem ser citadas as campanhas na Bahia (1823) e na Cisplatina (1815-1825). Em 1837, já com a patente de tenentecoronel, comandou a luta para reprimir a Revolta da Balaiada (Maranhão e Piauí, 1838-1841). Em 1841, foi promovido a coronel e recebeu o título de Barão de Caxias. Em 1842, reprimiu manifestações liberais em Minas Gerais e São Paulo e os últimos focos da Guerra dos Farrapos, o que lhe valeu o título de Conde e a escolha para o Senado em 1846. Internacionalmente, participou das campanhas contra o governo de Manuel Oribe (Uruguai) e do ditador Juán Manuel Rosas (Argentina). Alcançou a patente máxima do Exército, a de marechal, durante a Guerra do Paraguai (1865-1870). Nessa guerra, liderou a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai), conquistando Assunção, capital do Paraguai, em 1869. Graças à sua participação, recebeu o maior título de nobreza dado a um brasileiro pelo imperador: o de Duque de Caxias. Na administração, ocupou a presidência da província do Rio Grande do Sul em 1846 e o cargo de ministro da Guerra em 1854 e 1861. Também foi presidente do Conselho de Ministros, função equivalente à do primeiro-ministro no sistema parlamentarista, em 1861. Morreu em Desengano, hoje Juparanã, no Rio de Janeiro, aos 7 de março de 1880. Janaína de Castro Fontes: http://www.netsaber. com.br e http://www.defesanet.com.br Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 77 PARAPSICOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA - n.º 42 O Processo de Nascimento, em termos de programações Subconscientes, é muito marcante na vida de todo ser humano. As sensações, os sentimentos da parturiente e do bebê por ocasião do nascimento, ficam gravadas no Subconsciente deste e se constituem em importantes programações mentais, que o acompanharão por toda a vida. Quem nasce de parto normal, sem complicações, terá programações de autoconfiança, de alegria de viver, de espírito de vitória, de segurança frente aos obstáculos da vida. Isso porque no parto normal mãe e bebê fazem a sua parte, colaborando para que o nascimento seja bem sucedido. Quando este esforço é coroado de êxito o recém nascido registra em seu subconsciente que ele é capaz de fazer a sua parte para superar obstáculos, atingir metas, fazer grandes conquistas. É como estrear no palco da vida saboreando os aplausos do sucesso. Quem teve um nascimento difícil poderá ter características tais como: a) Considerar os esforços e os obstáculos como algo muito difícil, como se esforço fosse somente sofrimento; b) Ter medo de morrer e ter medo de sangue; isso ocorre, especialmente, se houve sangramento durante a gestação e hemorragia no parto; c) Evitar o esforço físico sempre que este representar luta pela vida, pelo trabalho, buscando sempre fugir da luta séria; d) Evitar os obstáculos em geral. No entanto, por esporte ou por brincadeira, a pessoa é capaz de vivenciar verdadeiras loucuras, enfrentando audaciosamente gravíssimos perigos, como acontece com os aficionados por esportes radicais; e) Ter tendência à ansiedade, à impaciência e à irritação, à depressão e à própria síndrome do pânico; f) Sentir-se inseguro e, por vezes, apavorado diante de provas e testes. Pode também ter dificuldades na conclusão de um trabalho mais longo, como o término da faculdade ou a construção de uma casa; g) Sentir-se culpado, como se fosse o próprio responsável pelo sofrimento, vivenciado pela mãe antes e durante o nascimento. Essa sensação pode ser ampliada e fortalecida se a mãe costuma dizer: “Quando esse nasceu quase me matou!” Sempre é importantíssimo lembrar que todas essas programações dependem diretamente de como a mãe sentiu-se antes e durante o parto, inclusive por influência das pessoas que a circun- davam e opinavam, especialmente, no final da gestação. Exercício de Relaxamento e Programação Mental: Sente-se ou deite-se numa posição confortável. Não se mexa. Feche os olhos. Preste atenção na sua respiração, no fluxo natural do ar que entra e sai por suas narinas. Fique assim por 10 minutos pelo menos. Quando se sentir bem concentrado compreenda que se você nasceu por fórceps ou de parto muito sofrido, que apesar de todos os perigos você venceu, que todo esforço valeu a pena, que não precisa mais sentir medo ou culpa, você é capaz de assumir a sua responsabilidade com coragem e disposição. Parapsicólogo Flávio Wozniack CNPAC nº101 E-mail: [email protected] Atendimento: 1. Gratuito (para carentes) Paróquia das Mercês – 3335-5752 2. Av. Manoel Ribas, 852 - sala 12 3336-5896 9926-5464 3. Estrada da Ribeira - Colombo Clínica Strapasson - 3606-2635 SAIBA MAIS SOBRE ACUPUNTURA O que é acupuntura? Acupuntura é tratamento que consiste no estímulo de determinados pontos da superfície da pele. Podem ser utilizadas agulhas, ventosas, massagens e até calor proveniente da queima da moxa, preparada a partir da erva Artemísia (moxabustão). Para que a acupuntura serve? Diretamente ou associada com outras especialidades, a acupuntura mostra-se muito eficaz em diversos tratamentos, dentre eles: cefaléia, enxaqueca, insônia, labirintite, zumbido (ouvido), quadros de baixa de energia, sintoma de angústia e estresse, fadiga, constipação, TPM, cólica menstrual, infertilidade, gastrite, esofagite, rinite, asma, bronquite, resfriado, fibromialgia, cálculo renal, LER, DORT, hérnia de disco, dores na coluna vertebral, tendinite, epicondilite, bursite, lesão de menisco, entorses de tornozelo, AVC, Parkinson, tabagismo, obesidade, entre outras. pode ser sentido, quando são estimulados pontos em regiões de nervos superficiais. Há sangramento? Eventualmente um pequeno vaso sanguíneo pode ser atingido. Tais sangramentos e hematomas (mancha roxa) resultantes, não devem ser motivos de preocupação, pois são superficiais e ocorrem raramente. Existem contra indicações? Não existe contra indicação para acupuntura. Cuidados especiais são tomados em alguns casos específicos, como por exemplo, em gestantes. A acupuntura pode transmitir doenças? A acupuntura é método invasivo, e por essa razão, utiliza-se material descartável, tornando o tratamento totalmente seguro. Daí a importância de ser praticada por profissional competente. Observação: Deve ficar claro que o foco da acupuntura não é a doença e sim o paciente. Os nomes das doenças aqui mencionados servem para que as pessoas identifiquem as possibilidades de tratamento. O tratamento de um paciente com asma, por exemplo, nunca será igual ao outro, porque a escolha dos pontos levará sempre em conta as características pessoais, as emoções e o momento de cada indivíduo. Como é uma sessão de acupuntura? Na primeira consulta é feito um diagnóstico, que busca conhecimento maior do paciente. Os pontos são selecionados de acordo com este diagnóstico. Após a assepsia, as agulhas descartáveis são inseridas na pele. As agulhas são manipuladas e deixadas por aproximadamente 15 minutos em cada etapa. Os números de etapas vão depender do tratamento definido. Acupuntura dói? Acupuntura não dói. Um leve desconforto Qual a frequência do tratamento? Normalmente a freqüência é de uma vez por 78 - Ano XI - n.° 107 - Julho de 2010 semana, porém em casos agudos sessões adicionais serão necessárias. A duração do tratamento depende das características de cada paciente. Quanto mais recente o problema, mais rápido será o resultado. Algumas pessoas respondem mais rapidamente que outras. Como age a acupuntura no organismo? ‘O estímulo dos pontos leva à produção de substâncias que teriam a ação sobre receptores do sistema nervoso (neurotransmissores e neuromediadores), e que o resultado final seria a normalização das funções alteradas. A acupuntura tem também ação antiinflamatória por estimular a produção de corticóides pela glândula supra-renal. A acupuntura é mais que analgésico, combatendo a dor através da resolução do processo inflamatório que a causa. Há similaridades entre os efeitos da acupuntura e os causados pela serotonina, que é um neuromediador produzido pelo cérebro. Alessandra Bannwart Fisioterapeuta / Crefito: 32912-F Clínica Contato Rua Fernando Simas, 221 Tel: 32341616 e 88545977 SUGESTOPEDIA Aprenda, estude com entusiasmo e tranquilidade A maioria das reformas de ensino, da escola primária à universidade, apontam detalhes e mais detalhes e, em pouco tempo, estas reformas são substituídas por outras que também vão sendo rejeitadas. Os responsáveis por estas reformas tratam o aluno como se ele fosse um robô ou um computador. Na verdade, nossa capacidade de assimilação científica é influenciada por grande número de fatores intuitivos e psíquicos que nos passam despercebidos. O médico Dr. G. Lozanov fundou uma escola na Bulgária de sugestopedia em que se dirige à personalidade integral do estudante. Ele diz: A sugestopedia incorporou à pedagogia mais ou menos as sugestões subconscientes a fim de criar motivações mais fortes e despertar as reservas dos alunos. O Professor Lazanov considera o primeiro dever de seu sistema “des-sugerir” o aluno, isto é, tirar dele todo o medo da matéria que lhe é ensinada. Nada de sugestões negativas sobre as disciplinas e sobre a escola. Com o método do Professor Lozanov, pode-se obter resultados escolares essencialmente melhores. Assim, por exemplo, adultos ou crianças aprendem um idioma estrangeiro três a quatro vezes mais depressa do que com os velhos métodos. Eles proporcionam um ambiente escolar agradável com música e outras formas de recursos didáticos em que o estudante aprende com alegria e descontração, em que há fusão do consciente com o subconsciente, vibrando na onda cerebral alfa. A Sugestopedia é praticada em poucas escolas: Sofia, em Charcow, Leipsig e Otawa. Observe-se que poderíamos enumerar dezenas de sugestões negativas em relação ao aprendizado que são programadas no subconsciente dos estudantes desde cedo, tendo todas algo em comum: aprender é algo difícil, sempre ligado ao esforço, cansaço e desinteresse. São “Mensagens Bruxas” que são transmitidas aos alunos, de forma inconsciente pelos professores e pais, criando o sentimento de medo. Por exemplo, antes mesmo que a criança aprenda o ABC, lhe é impiedosamente sugerido muitas e muitas vezes: “A gente tem que prestar atenção na aula..., a gente tem que acompanhar..., tem que ficar sentado quieto..., tem que... tem que ...” A maioria dos professores nem percebe a importância do poder das palavras e quando inicia um novo capítulo, diz, por exemplo: “ Meninos prestem bem atenção agora, pois o negócio não é muito fácil e depois vocês não entenderão o que se segue... matemática é muito difícil...ª Os neurologistas dizem que utilizamos 3 a 4% da nossa capacidade mental. Poderemos utilizar um pouquinho mais desta percentagem no aprendizado, se o professor fizer com o aluno uma técnica de relax de cinco minutos antes de iniciar a aula. Desta forma o estudante, desliga das preocupações e irá se concentrar mais e melhorar o aprendizado. Tenho obtido resultados fantásticos com alunos que têm baixa auto-estima, dificuldade de concentração nos estudos, baixo rendimento nas provas e também para pessoas que almejam sucesso em concurso público utilizando os seguintes métodos: Primeiramente observa-se a dificuldade do aluno, as “Mensagens Bruxas” que estão gravadas em seu consciente e seu subconsciente. Com terapia e auxílio da hipnose procura-se “deshipnotizá-lo” dos medos e ansiedades em relação às matérias e provas. A preparação emocional é fundamental para o estudo e realizações das provas. Durante a preparação, além de melhorar a autoestima, eles aprendem a estudar com concentração e entusiasmo. Incentivo o aluno a fazer exercício de relax ( 2 minutos) antes de começar a aula e também em casa quando inicia o estudo - matéria dada = matéria estudada - ( 5 minutos). Estimulo-o a estudar e prestar atenção em nível alfa (o corpo relaxado e a mente bem tranqüila), pois, neste nível o aprendizado e concentração são potencializados. Incentivo também o aluno fazer sugestões positivas um pouquinho antes de dormir e ao acordar (estado alfa) ex.: “Sou inteligente e sou capaz”. “Aprendo com facilidade tudo aquilo que desejo e quero aprender.” Também enfatizo a importância de ser feito exercício de hipnopedia – uma hora depois que a pessoa está dormindo geralmente o pai, a mãe ou o cônjuge repete um texto, seis vezes, durante no mínimo 21 dias - faz-se sugestões positivas que potencializam a auto-estima e trabalha-se o objetivo desejado. Este exercício traz resultados positivos maravilhosos. Com isso teremos estudantes mais harmonizados consigo, com as pessoas a sua volta, com a natureza e com Deus. E desta maneira, reconhecendo os infinitos potenciais que existem em seu subconsciente, irão desenvolvê-los com entusiasmo e serão mais realizados, alegres e felizes. Ana Maria Fagundes Arana Parapsicóloga e Hipnóloga Fone: 3225-3526 Autora do livro : “O Caminho para se Conhecer e se Harmonizar” Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 79 FATOS DA VIDA PAROQUIAL Retiro Domingo, 1º de agosto, foi realizado na Província Brasileira da Congregação das Irmãs Filhas de Caridade de São Vicente de Paulo, o retiro anual dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESCs). Com o tema “Eucaristia em Missão”, o retiro contou com a presença de 55 pessoas e serviu para fortalecer a vida espiritual e reafirmar o seu comprometimento de levar Cristo Eucarístico a quem precisa. Aniversário Frei Pedro Nosso pároco, frei Pedro Cesário Palma, comemorará o dia de seu aniversário – 15 de agosto – com muita oração, participando de reti- ro de 5 a 19 de agosto, no qual atualizará seus estudos e fortalecerá a vida espiritual para melhor atender a comunidade da paróquia Nossa Senhora das Mercês. Encontro de Casais com Cristo Estão abertas as inscrições para o 12º Encontro de Casais com Cristo (ECC) da Paróquia N. Sra. das Mercês, que será realizado de 27 a 29 de agosto de 2010. Este encontro é uma bênção na vida dos casais, renovando o amor e a harmonia através dos ensinamentos de Jesus. Se você quiser melhorar o seu relacionamento a dois, ligue para a secretaria da paróquia 33355752 e se inscreva! Oficina de Oração e Vida As Oficinas de Oração e Vida oferecem método prático para aprender a orar de maneira ordenada, variada e progressiva: Ao longo de 15 semanas pratica-se a meditação da Palavra de Deus e várias modalidades de oração. As Oficinas iniciarão na quarta-feira, dia 11 de agosto de 2010, em dois horários 14h30 e 20h. Faça sua inscrição na secretaria da paróquia ou pelo telefone 3335-5752. Celebrações da Entreajuda Comunicamos a todos, os novos horários das celebrações de entreajuda das quintas-feiras são: 9h, 15h e 20h. Secretaria da paróquia FORMAÇÃO TEOLÓGICO-BÍBLICA Nos dias 5 e 6 de julho passado, foi feito mais um curso de formação religiosa dirigido a todos os paroquianos das Mercês. Mais de 50 pessoas participaram. O tema foi sobre a “BÍBLIA” O palestrante convidado foi Frei Rogério Silveira, com 27 anos apenas, aparência de garoto, simpático, alegre, mas muito compenetrado, firme e decidido, religioso capuchinho, teólogo e professor que tão bem soube nos transmitir e aprofundar conhecimentos sobre a Palavra de Deus. Frei Rogério iniciou a palestra baseando-se no livro do profeta Isaías, 55-10: “Tal como a chuva e a neve caem do céu e para lá não voltam sem ter regado a terra, sem a ter fecundado, e feito germinar as plantas, sem dar o grão a semear e o pão a comer, assim acontece à palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sua missão!” Deu muita ênfase e sempre repetia: “A Palavra de Deus é viva e eficaz!” (Hebreus 4,12) É viva porque ela sempre produz efeito. Quantas passagens bíblicas, por exemplo no Novo Testamento, nos Evangelhos, Jesus ao fazer os milagres de curas, minimizavam sempre o sofrimento humano, valorizando a vida. No Antigo Testamento: “O Senhor disse: Eu vi, a aflição do meu povo que está no Egito, e ouvi seus clamores, eu conheço seus sofrimentos. E desci para livrá-los das mãos dos egípcios!” (Êxodo 3,7) Frei Rogério trouxe algumas Bíblias: em forma de rolo, de diversas traduções inclusive a original, em hebraico. Sempre enfocou as passagens do Novo Testamento com as mesmas do Antigo Testamento. Jesus, de fato, é o Messias que os profetas anunciaram. Quando chegou a sua hora de partir deixou a concretização do Reino, a Igreja, o caminho da Salvação. Sua difusão no mundo inteiro é obra do Espírito Santo. Ao finalizar apresentou o apóstolo São Paulo, o grande legado de suas cartas que escreveu preocupando-se com as comunidades por onde passou. Na segunda carta aos Coríntios 11,1-30, São Paulo, no final de sua vida, mostra-se cansado e descreve suas fraquezas humanas, as tribulações, 80 - Ano XI - n.° 107 - Julho de 2010 fadigas na sua missão: “Quem é fraco, que eu não seja fraco? Quem sofre escândalo, que eu não me consuma de dor? Se for preciso que a gente se glorie, eu me gloriarei na minha fraqueza. Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é bendito pelo séculos, sabe que eu não minto.” Agradecemos ao nosso pároco, frei Pedro Cesário Palma e ao frei Rogério Goldoni Silvério por esta belíssima oportunidade que tivemos para aprofundar nossos conhecimentos sobre a Palavra de Deus, e assim podermos amá-la e vivenciá-la cada vez melhor. Vale a pena dedicar um pouco do nosso tempo para adquirirmos conhecimentos religiosos e admirarmos nossa Fé Católica, poder vivê-la de uma maneira mais consciente. Erotides Floriani Carvalho AÇÃO SOCIAL DA PARÓQUIA N. SRA. DAS MERCÊS Demonstrativo das doações: JULHO de 2010 Destinatário Peças Calçados Diversos Total Alimentos N. Sra. da Luz (Vila) 1.440 123 154 1.717 695 Almirante Tamandaré 1.728 262 252 2.242 - Vila Verde 1.101 133 135 1.369 270 - - - - 120 Setor Mercês 0110 8 7 125 512 TOTAL 4.379 526 548 5.453 1.597 Cerne À paróquia N. Sra. da Luz, doamos em dinheiro: R$ 3.000,00 Deus Pai e Nossa Senhora abençoe você, sua família e seu trabalho. Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap Pároco
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