Agosto.2013 - Curitiba
Transcrição
Agosto.2013 - Curitiba
Ano XIV - nº 138 - Agosto.2013 >> Igreja Matriz >> Demonstrativo Financeiro - Julho 2013 RECEITAS Nossa Senhora das Mercês Dízimo paroquial ................................................................................... Ofertas ................................................................................................... Espórtulas/batizados/casamentos ...................................................... Total ....................................................................................................... Dizimistas cadastrados Dizimistas que contribuíram Novos Dizimistas Horários e atendimentos ENDEREÇO da Paróquia e Convento Av. Manoel Ribas, 966 80810-000 Curitiba-PR Tel. Paróquia: (041) 3335.5752 (sec.) Tel. Convento: (041) 3335.1606 (freis) Tel. Catequese: (041) 3336.3982 EXPEDIENTE DA SECRETARIA PAROQUIAL: Das 8h às 12h e das 13h às 18h das 9h às 12h HORÁRIO DE MISSAS: MISSAS Segunda-feira: Terça, quarta e quinta-feira: Sexta-feira: Sábado: Domingo: HORÁRIO 6h30 6h30 e 19h 6h30, 15h e 19h 6h30, 17h e 19h 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h ENTREAJUDA 9h, 15h e 20h NOVENA PERPÉTUA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS Sexta-feira 8h30 e 19h ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO Sexta-feira Benção com o Santíssimo das 9h às 19h às 18h30 BÊNÇÃOS De segunda a sexta-feira: Sábado: das 8h às 11h30 e das 14h às 17h50 das 10h às 12h e das 14h às 17h Telefone para agendar bênçãos: 41 3335.1606 >> Novos Dizimistas BOAS VINDAS AOS NOVOS DIZIMISTAS DO MÊS DE JULHO Priscila Bacarin Hermann, Patrícia Maria de Souza Lima, João Alves Navarro, Glauco Vital da Silva, Vera Lúcia Daros Bussyguin ANIVERSARIANTES Nossa Paróquia felicita os aniversariantes do mês de agosto, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa. Saúde, paz, prosperidade e que nunca falte o amor a Jesus Cristo e Nossa Senhora em suas famílias. >> Expediente do Boletim O CAPUCHINHO Pároco: Frei Pedro Cesário Palma Vigários Paroquiais: Frei Benedito Félix da Rocha e Frei João Daniel Lovato Freis do Convento: Frei Moacir Antonio Nasato, Frei Juarez De Bona, Frei Hélio de Andrade e Frei Luiz Roberto Portella Jornalista responsável: Luiz Witiuk – DRT nº 2859 Coordenação: Izilda de Figueiredo Capa: Mayra Armentano Silvério Diagramação e Arte: Aldemir D. Batista - 9983-3933 Impressão: Editora Exceuni - (41) 3657-2864 / 3657-4542 Tiragem: 5.000 exemplares 2 70.229,00 11.736,00 1.795,00 83.760,00 1319 870 05 Salários/encargos sociais e férias ....................................................... R$ Côngruas ............................................................................................... R$ Casa paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS ......................................... R$ Desp. cultos /ornamentação/homenagens .......................................... R$ Luz/água/telefone .................................................................................. R$ Conservação dos imóveis/ Pinturas/Bancos ....................................... R$ Seguro Predial ....................................................................................... R$ Rouparia / Copa/Costura/ Gás/ Alimentação ...................................... R$ Despesas com correios (dizimo) ........................................................... R$ Serviços de contabilidade .................................................................... R$ Serviços de alarme/ Segurança ............................................................ R$ Manut. de Veículos/Combustíveis/ seguros ......................................... R$ Material de limpeza .............................................................................. R$ Material de expediente/xerox/Gráficas ............................................... R$ Revistas/internet/ WEB/"O capuchinho" ............................................. R$ Plano de saúde de funcionários/ farmácia ......................................... R$ Vales transportes, alimentação e fretes ............................................... R$ Total .................................................................................................. R$ 16.958,63 5.424,00 3.034,00 1.676,10 2.925,98 13.338,35 802,01 922,43 806,80 96,00 921,76 1.618,37 1.134,30 1.960,00 3.297,50 1.603,00 3.602,30 60.121,53 DESPESAS DIMENSÃO RELIGIOSA De segunda a sexta-feira Sábado Quinta-feira R$ R$ R$ R$ Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês DIMENSÃO MISSIONÁRIA Taxa para Arquidiocese ref. 06/13 ........................................................ R$ Taxa para a Província freis Capuchinhos ............................................ R$ Mat. pastoral/catequético/Cursos / Seminário ................................... R$ Repasse p/ Óbulo de São Pedro ............................................................ R$ Passagens e Hospedagem p/ Jovens JMJ- Rio ....................................... R$ Total .................................................................................................. R$ 8.378,19 5.525,07 3.446,36 530,00 3.940,00 21.819,62 DIMENSÃO SOCIAL Ação Social da Paróquia N.Sra.da Luz .................................................. R$ Total .................................................................................................. R$ TOTAL GERAL ..................................................................................... R$ 4.000,00 4.000,00 85.941,15 >> Ação Social da Paróquia N. Sra. das Mercês Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos no mês de julho/13, os donativos abaixo discriminados: DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: JULHO/2013 Destinatário Peças de Roupas Pares de Calçados Diversos Total Alimentos Kg 261 KG N. Sra. da Luz (Vila) 1512 161 188 1861 Almirante Tamandaré 1910 174 608 2692 370 KG Vila Verde 1836 231 388 2455 170 KG Setor Mercês 045 005 005 55 130 KG TOTAL 5303 571 1.189 7063 931 KG À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz (CIC), doamos em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção humana. Agradecemos a você, pela sua generosa doação. Frei Pedro Cesário Palma - Pároco Pai, Gratidão é uma palavra muito pequena perto de tudo que sentimos! Obrigado por tudo que sempre fez por nós... Que Deus te abençoe muito, sempre! Amamos você! Marly, Marlene, Júnior e Marcelo. O Sr. Maurício é paroquiano casado com a Srª. Lucila, ambos são ministros da Eucaristia, dizimistas e participam ativamente das celebrações e pastorais em nossa Igreja. São modelo de família cristã. Seus filhos, netos e bisneto seguem o seu exemplo. agosto.2013 >> Mensagem do Pároco Antes de falarmos do mês de agosto, queremos louvar a Deus pela Jornada Mundial da Juventude, ocorrida no final de julho deste ano, na cidade do Rio de Janeiro. Foi emocionante ver toda aquela multidão vinda de quase 180 países e das regiões do Brasil! Foi bonito ver e ouvir o Papa Francisco simpático, sorridente, solidário e amigo de todos! Foi admirável a organização, a empolgação e o testemunho de fé dos jovens! Foi bonito o testemunho de fé e compromisso social de nossa Igreja! "Louvado seja Deus pela Jornada Mundial da Juventude e por tudo o que ela significou e significará para o Brasil e para o mundo! Louvado seja Deus pelos organizadores e por todos os que trabalharam na Jornada. Louvado seja Deus pelos jovens e por todos os participantes do encontro! Louvado seja Deus pelo Papa Francisco e por seus ensinamentos!" Agora sim, o mês de agosto. Neste mês temos o dia dos Pais e a Semana da Família. Temos também grandes solenidades como a Transfiguração do Senhor e a Assunção de Nossa Senhora. Celebramos diversos santos da Igreja, como Santo Afonso Maria de Ligório, fundador dos Missionários Redentoristas; São Lourenço, padroeiro dos diáconos; Santa Clara de Assis, tão querida do nosso povo; Santa Rosa de Lima, padroeira da América Latina; o martírio de São João Batista; Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, a quem recordamos pelo amor ao seu filho e suas lágrimas pela sua conversão; São João Maria Vianney, o Cura d'Ars, padroeiro dos padres. Este é também o mês vocacional. No primeiro domingo de agosto celebramos a vocação sacerdotal (dos diáconos, padres e bispos). O segundo domingo é dedicado aos vocacionados à vida matrimonial, com atenção especial aos pais (dia dos pais). No terceiro domingo rezamos com os religiosos e religiosas. No último domingo de agosto lembramos os vários ministérios e serviços na Igreja, com atenção especial aos catequistas. Por que tamanha importância dada ao tema vocação? Porque a vocação é o início de tudo. Quando ouvimos ou usamos a palavra "vocação", logo a entendemos num sentido bastante vago e geral, como sendo uma inclinação, um talento, uma qualidade de uma pessoa para uma determinada profissão, por exemplo, vocação de pedreiro, de carpinteiro, de médico, de sacerdote, de esposos, de leigos cristãos. Essa compreensão, porém, não ajuda muito no bom entendimento do que seja vocação, quando nós, na Igreja, usamos essa palavra. Vocação, em sentido mais preciso, é um chamamento, uma convocação endereçada diretamente sobre cada pessoa, a partir da pessoa de Jesus Cristo, convocando-a a segui-lo (cf. Mc 2,14). Vocação, portanto, significa que, anterior à nossa inclinação ou decisão, há um chamado, uma escolha pessoal que vem de Jesus Cristo, a quem seguimos com total empenho, como afirma São Paulo na Carta aos Romanos: "Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus" (Rom 1, 1). Vocação é chamado e resposta. É uma semente divina ligada a um sim humano. Nem a percepção do chamado, nem a resposta a ele são tão fáceis e tão "naturais". Exige afinação ao divino para escutá-lo e um "sim" humano, sem o que não há vocação verdadeira e real. Essa escolha pessoal, de amor, é concretizada no Sacramento do Batismo, que por isso se torna fundamento e fonte de todas as vocações. É neste chão fértil, carregado de húmus divino, regado pelo sangue de Jesus, que brotam as vocações específicas, aquelas que cada pessoa recebe. Algumas vocações são mais usuais e comuns, como a de casal cristão, de leigo cristão, de catequista, de animador da comunidade. Outras são definidas pela Igreja como vocações de "singular consagração a Deus", por serem menos usuais, mas igualmente exigentes e mais radicais no processo de seguimento de Jesus: são as vocações de bispo, de sacerdote, de diácono, de religioso, de religiosa. O mês vocacional quer nos chamar à reflexão para a importância da nossa vocação, descobrindo nosso papel e nosso compromisso com a Igreja e com a sociedade. Reflexão que deve nos levar à ação, vivenciando no dia-a-dia o chamado que o Pai nos faz. Que a celebração do mês vocacional nos traga as bênçãos do Pai para vivermos a nossa vocação sacerdotal, diaconal, religiosa ou leiga. Todas elas são importantes e indispensáveis. Todas elas levam à perfeição da caridade, que é a essência da vocação universal à santidade. Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap. FELIZ ANIVERSÁRIO FREI PEDRO! Neste 15 de agosto, faz mais um ano que Deus enviou Frei Pedro à terra para iluminar a todos com sua presença. Neste dia tão especial, receba com carinho e estima, os parabéns e votos de muitas felicidades da comunidade e Paróquia das Mercês. agosto.2013 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 3 Festa da Transfiguração do Senhor A liturgia do dia 6 de agosta evidencia o rosto transfigurado do Filho de Deus no alto do monte Tabor. Com Ele estão Pedro, Tiago e João. Segundo o Evangelista Marcos, da nuvem vem a voz do Pai, proclamando: “Este é o Meu Filho amado. Escutai o que Ele diz” (Mc 9, 7). É neste monte que Jesus manifestou este grande mistério. “Aos discípulos Ele já havia falado do seu reino, da segunda vinda gloriosa, mas talvez não estivessem seguros daquilo que lhes anunciara sobre o reino. Para que tivessem firme convicção no íntimo do seu coração e, mediante as realidades presentes, crescessem nas futuras, deu-lhes ver maravilhosamente a divina manifestação do monte Tabor, imagem prefigurada do reino dos céus” (Sto. Atanásio). Diz o Evangelista que depois que os discípulos escutaram a voz que veio da nuvem ficaram assustados e caíram com o rosto em terra. Neste momento Jesus pediu aos discípulos que se levantassem e que não tivessem medo. Descendo da montanha, Jesus fez um único pedido aos três discípulos: “Não conteis a ninguém esta visão até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”. Portanto pela Transfiguração, Jesus preparou os discípulos para não se escandalizarem com a sua Paixão e morte e mostrou-lhes a sua glória e divindade. O Beato João Paulo II dizia por ocasião da Festa da Transfiguração do Senhor do ano 2000: “na época atual, penetrada pela chamada “civilização da imagem”, torna-se mais incisivo o desejo de poder encher os próprios olhos com a figura do divino Mestre, mas é oportuno recordar as suas palavras: ‘Felizes os que acreditam sem terem visto’” (Jo 20, 29). Mas há uma instigante pergunta: por que Jesus anuncia sua ressurreição e em seguida volta para a realidade terrestre convidando seus discípulos a segui-Lo até o fim? Podemos partir do famoso ditado, “as palavras comovem, os exemplos arrastam”. Foi assim que Jesus arrebatou o coração dos discípulos, pois “viveu em tudo a condição humana, menos o pecado” ( Fl 2,6-7)). Ao convidar os discípulos a carregarem a cruz ele o fez por primeiro. Outra resposta nos dá Sto Tomás de Aquino: “Para trilharmos bem um caminho, é necessário termos um conhecimento prévio do fim. Assim, o arqueiro não lança com acerto a seta, senão mirando primeiro o alvo que deve alcançar. (...) E isso sobretudo é necessário, quando o caminho é difícil e áspero, a jornada laboriosa, mas belo o fim” (3, q.45, a.1, c). Por fim, vejamos alguma coisa bem atual: o nosso Papa Francisco, iniciou seu pontificado com humildade, fazendo gestos com profundos significados. Bata vermos como chegou ao Brasil, na simplicidade, dispensando privilégios, querendo abraçar a todos, de poucas palavras e muita ação. Penso que nosso papa poderia iniciar querendo já convocar um Concílio, ou outra ação que levassem as pessoas a refletir sobre a necessidade de mudanças na Igreja. Mas preferiu posturas, gestos, ações que por si são um convite à conversão, à mudança de vida. O Papa Francisco está agindo e vivendo como alguém que conhece muito bem o fim almejado. Ele está nos dizendo: olhem para Aquele que foi transpassado, depois ressuscitado. Este é o fim que todos devemos almejar. A nossa vida é assim, vamos experimentando “tabores” em meio às cruzes do dia a dia. Assim dizia Pe. João Clas Dias num artigo sobre a Transfiguração: “Quem não terá sentido, alguma vez, uma alegria interior, um palpitar do coração, uma emoção calma mas profunda, ao assistir a uma bela cerimônia? Ao apreciar o canto gregoriano, por exemplo? Ou ao contemplar alguma imagem? Quiçá ao ver um lindo vitral banhado de luz, dentro de uma igreja silenciosa, que deixa lá fora os ruídos do mundo? São mil ocasiões em que a graça sensível nos visita, e nos concede contemplações interiores, pré-degustações da felicidade perfeita que nos espera no Céu”. Isso é transfiguração. Que Jesus possa armar tendas em nossos corações durante a caminhada desta vida e que nós não coloquemos obstáculos às suas manifestações. Boa leitura. Paz e Bem. Frei Benedito Félix da Rocha Vigário Paroquial [email protected] Deus chama... Senti o chamado para a V ida Religiosa ainda criança. Foi ouvindo histórias de vida de santos e de pessoas que se dedicavam a Deus, que senti um primeiro desejo: Quero ser parecida com essas pessoas. Foi um chamadinho, eu diria. Deus continuou chamando, de uma forma ou de outra. Eu ia compreendendo e pedindo luzes para acertar o caminho, em meio a tantos desejos. Pertenço ao Instituto das Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus. Além dos estudos próprios da Vida Religiosa Consagrada, sou formada em Letras e Especialista em Comunicação para a Pastoral. Se pudesse construir uma casa que me representasse, seria um bangalô octogonal; Sentir-me-ia confortável em cada espaço, com pessoas e atividades diferentes: costura, culinária, música, pintura, literatura, informática... COMUNICAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO Aprecio quase tudo que envolva pano, papel e palavras. No mundo da Pastoral Virtual, faço contatos individuais e em grupo de mensagens. Como resultado, passei a escrever mais, para websites, revistas e jornais. Assumi um programa de 60 minutos na Rádio Evangelizar AM1060, nas noites de domingo. Produzo e apresento “Conversas do Co- 4 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ração”, um entrelaçar de músicas, mensagens, orações e reflexões, no intuito de colocar as pessoas no Coração de Deus. Escrever é uma forma de tocar o coração e fazer alguma diferença na vida das pessoas, com as quais entro em contato. Peço a Deus para que, pelo menos uma palavra, faça eco na vida de alguém. Procuro tornar virtuoso os contatos com internautas de muitos países. Confirmo as palavras de João Paulo II: “A Internet é certamente um novo fórum para a proclamação do Evangelho. O ciberespaço é uma nova fronteira que se abre ao início deste novo milênio”. (Papa João Paulo II) Procuro ser presença marcante, ao fazer uso dos Meios de Comunicação. As pessoas esperam uma palavra sábia e de orientação. Tenho o costume de pedir que Deus antecipadamente abençoe as pessoas com as quais irei entrar em contato, no dia, semana ou mês. Como é bom dizer a alguém: Já pedi a Deus abençoar você. Acredito que, o que fazemos nesse mundo da comunicação é decorrência de nosso amor e nossa adesão a Cristo. Assim, procuro cultivar a espiritualidade e ter uma vida coerente com o ideal que abracei. Deixo uma pergunta: Sabe o que Deus deseja de você? Ir. Zuleides M. de Andrade, ASCJ [email protected] PROGRAMA “CONVERSAS DO CORAÇÃO” Domingos: das 21h às 22h Rádio Evangelizar AM 1060! Também, via internet: www.apostolas-pr.org.br agosto.2013 FESTA NO CÉU E NA TERRA A Solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao céu, nos faz cantar com esperança, mesmo sabendo que ela nunca está longe se seus filhos e filhas: Com minha Mãe estarei, na santa glória um dia! Segundo o Concílio Vat II, Maria na glória é “sinal de esperança e de conforto para o povo de Deus peregrino” (68). Ela é “a imagem e começo da Igreja” e ainda declara: “A santa Igreja a contempla com alegria como uma puríssima imagem daquilo que ela mesma anseia e espera ser” (n.103). Por isso a Solenidade da Assunção da Virgem Maria ao céu, é a festa de todos os seus filhos e filhas, que peregrinam rumo à pátria definitiva e é festa também no céu. O QUE DIZ A SAGRADA ESCRITURA? Não há nenhum texto explícito e direto da Bíblia que fale da Assunção da Virgem Maria. O que há são textos bíblicos, a partir dos quais a comunidade eclesial, em sua tradição viva, chegou a descoberta, não a invenção, desse novo dogma. Este não está na Escritura, mas se deduz a partir da Escritura. Não é, pois, este ou aquele texto, mas o conjunto da mensagem bíblica que depõe em favor da glorificação também corporal da Mãe de Jesus. Portanto, o último fundamento desta verdade está na Bíblia, como afirma a proclamação do Dogma: é revelado por Deus! As idéias comuns desses temas são duas: a íntima associação de Maria ao destino de seu Filho e sua santidade plena. Uma e outra coisa levaram o Povo de Deus a descobrir a verdade da glorificação imediata e total da Mãe de Deus. Deixamos de trazer aqui as passagens bíblicas que sustentam esse dogma, por questão de espaço. Mas estão contidas no livro do Frei Clodovis Boff, no seu valioso livro: Os Dogmas Marianos da editora Ave-Maria da página 49 a 51. É bom ter muito presente que o Dogma da Assunção, antes de exaltar Maria, exalta a SS.Trindade. Está relacionado com os outros três dogmas: a Maternidade Divina; a Virgindade de Maria; a Imaculada Conceição de Maria. Portanto, como não poderia deixar de ser, os quatro dogmas estão intimamente relacionados, são inseparáveis. Maria é assunta ao céu, isto é, foi Deus que levou Maria à Glória do Céu para honra e louvor da SS. Trindade e alegria da humanidade. ATUALIDADE DA ASSUNÇÃO DE MARIA Creio que será benéfico e gratificante para a vivência de nossa fé, apresentar a atualidade deste acontecimento que marca nossa veneração a Nossa Senhora Assunta ao Céu em corpo e alma. No livro de Frei Clodovis Boff, já citado a cima, encontramos esses itens descritos, de maneira mais extensa, da página 53 a 55. A Virgem na glória, segundo o Concílio Vaticano II, como já mencionamos, é “sinal de esperança segura e de conforto para o Povo de Deus “ (LG 68). Isso porque ela é a “imagem e o começo da Igreja consumada ou completa” (LG 68). A ressurreição de Cristo é forte garantia para a nossa e a assunção de Maria ao céu reforça tal garantia e lhe acrescenta novos matizes, tipicamente femininos. agosto.2013 Assim também, a Assunção confirma o sentido da vida como plenitude de felicidade em alma e corpo. Podemos nos convencer mais fortemente de que o destino do ser humano é a glória perene e total (cf Fl 3,20-21). A solenidade da Assunção de Maria, portanto, é a festa do nosso destino. A Assunção de Maria, mostra que ela é “protagonista da história” (Puebla 293). A presença dela na história suscita em nós, povo fiel, confiança ilimitada em Deus e súplica em todas as circunstâncias de nossa vida. A glorificação de Maria, em corpo e alma é sinal eloquente do jeito de Deus agir que exalta os humildes (cf Lc 1,52). Maria é a serva (Lc 1,38) que foi elevada a rainha. Isso infunde imensa esperança aos humilhados e ofendidos de nossa sociedade e desperta coragem para buscar sua dignidade. A Assunção de Maria afirma o valor da vida humana, que é sempre sagrada, inclusive em sua dimensão biológica. É também uma contestação contra todos os ataques à vida humana: a guerra, a violência, o aborto, a fome e a miséria. E exalta toda a forma de vida, como quer o movimento ecológico atual. A glorificação de Maria, em corpo e alma, proclama a dignidade do corpo humano, sem o qual não seriamos completos e, por isso, nem totalmente felizes. Isso vale, sobretudo, especialmente em relação aos corpos mais degradados, como dos pobres, por causa da fome, da exploração e do abandono e os corpos das mulheres, pela exploração sexual e comercial. A assunção de Maria em alma e corpo é a exaltação da matéria e da terra, integrados no plano da salvação. É um “canto à matéria” e um elogia à “fé que ama a terra” (K. Rahner). Segundo C. Jung, o dogma da assunção da Virgem na glória, seria um símbolo que responde, com eficácia poderosa, a profundas necessidades psíquicas do povo, colaborando para seu equilíbrio emocio- nal. Ainda esse grande psicólogo, que era protestante, considerava a Assunção da Virgem Maria ao céu, o acontecimento religioso, mais importante depois da reforma. No documento de Puebla encontramos a declaração explícita: “No corpo glorioso de Maria começa a criação material a ter parte no corpo ressuscitado de Cristo” (n.298). AMIGA E AMIGO LEITOR! Maria assunta ao céu é a integridade humana, corpo alma que agora intercede por nós, peregrinos e peregrinas na história e nos precede como mulher na experiência da ressurreição da carne. Ela é nossa Mãe e Rainha por que acolheu o Reino dentro de si e o comunicou ao mundo quando disse seu sim na fé à proposta do Senhor. Somos todos chamados a dar nossa sim a Deus na fé e assim também, com amor filial, aclamar a Virgem Maria: Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve! Frei João Daniel Lovato,OFMCap [email protected] Vigário paroquial Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 5 >> Nossos Freis Frei Geraldo Carbonera (1933-2013) Faleceu na madrugada do dia 26 de julho passado Frei Geraldo Carbonera. Merece alusão especial neste jornal ‘O Capuchinho’ pois ele foi bastante vinculado às Mercês: estudou filosofia e teologia no convento das Mercês (1955 a 1960), emitiu a profissão perpétua na Igreja das Mercês (1958), foi ordenado sacerdote também nesta Igreja (1961), foi pároco desta Igreja (1974), residiu no convento das Mercês quando foi capelão do Hospital Nossa Senhora das Graças e também quando missionário popular; foi formador dos freis que atualmente trabalham nas Mercês: mestre de noviciado de Frei Moacir A. Nasato e Frei Aurélio Possani, mestre de postulantado de Frei Juarez De Bona e diretor do seminário quando Frei Pedro Cesário era seminarista; em 2011 celebrou os 50 anos de sacerdócio conosco, nas Mercês. Então, constatamos que boa parte da vida de Frei Geraldo esteve relacionada com as Mercês. Vejamos alguns dados biográficos deste nosso estimado Frei. Filho de Samuel Carbonera e Antônia Sbalchiero, nasceu em Aratiba RS, aos 16.07.1933. Entrou no Seminário dos Freis Capuchinhos em Barra Fria (hoje Lacerdópolis SC) em 1949. Continuou os estudos nos seminários de Butiatuba e Irati. Em 1954 recebeu o hábito capuchinho e fez o noviciado em Barra Fria com o nome religioso de Frei Cornélio de Aratiba. Emitiu os primeiros votos em 1955. Foi ordenado sacerdote no dia 27.05.1961 por Dom Manuel da Silveira D’Elboux, em nossa Igreja das Mercês. A seguir foi para Roma onde fez Mestrado em Teologia e Pedagogia Franciscana. 6 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês Residências: - Frei Geraldo trabalhou nos seguintes lugares: Jaguariaíva, São Lourenço do Oeste, Bandeirantes, Ponta Grossa (Imaculada), Ponta Grossa (Bom Jesus), Roma (Colégio Internacional), Butiatuba, Irati (Seminário Santa Maria), Curitiba (Mercês), Curitiba (N. Sra. da Luz), Curitiba (Pilarzinho), Curitiba (Casa de Oração), Joinville e Rio Branco do Sul. Serviços fraternos: - Nos lugares acima citados prestou estes serviços: vigário paroquial, pároco, missionário popular, superior local, mestre de noviços, mestre de postulantes, diretor de seminário, professor de filosofia e teologia, pregador de retiros, conferencista, capelão do Hospital N. Sra. das Graças, pastoral com os alunos de muitos colégios... Escritor: - Frei Geraldo foi um fecundo escritor. Publicou muitos livros e opúsculos abordando 13 temas com mais de 50 títulos. Foi audaz em evangelizar por este caminho. Alguns destes livros tiveram várias edições e podem ser adquiridos na secretaria do convento. Testemunhos: - Frei Geraldo foi um frei muito esforçado, disponível, de oração, reto e profundamente empenhado com o sacerdócio. Muito dedicado ao estudo e apaixonado por escrever e pregar retiros. Ultimamente foi liberado pelos superiores para fazer pastoral aos jovens estudantes nos colégios e estava uma agenda muito cheia. Frei Geraldo faleceu com 80 anos de idade, 58 de Vida Religiosa e 52 de sacerdócio. Frei Juarez De Bona, OFMCap juarezdb@c onvoy .c om.br juarezdb@convoy onvoy.c .com.br agosto.2013 Oração, a força na Vocação Estamos no mês vocacional e a vocação cristã é comum a todos os batizados. Ela se realiza no casamento, no sacerdócio, na vida religiosa ou leiga, mas não existe vocação sem oração. Como dizia Santo Inácio, se nos propomos a rezar cinco minutos e pensamos: “hoje eu vou abrir concessão de um”; no dia seguinte será de dois, depois de três, de quatro, de cinco minutos e acabamos não rezando mais. Quem não reza, não persevera! E o Senhor permite, em sua sabedoria e pedagogia da Cruz, a provação e a tribulação para nos tocar, talvez pela atrição, para o grande anseio de Deus, que cheguemos à contrição. Ele tem um propósito para todos nós. Deus só permite aquilo que pode se transformar em algo bom. Se nós conseguimos imaginar que Deus é capaz de nos ferir para nos curar é porque Ele nos reserva algo de bom, como nos diz Oséias: “Ele nos feriu e há de tratar-nos, Ele nos machucou e há de curar-nos” (Os 6, 1). Então, nessa perspectiva vejo as contrariedades. Às vezes, Deus nos fere para nos purificar, não por crueldade, mas porque nos criou à sua imagem e semelhança, porque nós somos preciosos para Ele. Ele sabe o quanto vivemos presos em vícios, em coisas fúteis e situações que dão alegrias muito passageiras, mas Ele quer o melhor de nós. Deus permite passarmos por uma noite escura da fé, como viveu Madre Tereza de Calcutá, para crescermos espiritualmente. E quem verdadeiramente ama, reza. Quem verdadeiramente reza, ama. Somos chamados a ser tocados pelo Senhor através de uma vida de oração, para que o amor Dele se manifeste em nós. Todos os dias somos chamados a estar na presença de Deus em oração. Mas para nos colocarmos diante Dele é preciso, primeiramente, silenciar o nosso interior, para então fazer uma oração. Mas o que rezar? Rezar a Palavra de Deus, rezar a vida, pedir mais graças santificantes que temporais. É importante que em cada oração o coração esteja junto; aquilo que rezamos precisa ser nossa vida. Uma alma sem oração é como carro sem gasolina, ou seja, não funciona. O combustível mais seguro para que Deus nos mantenha no caminho do bem é a oração, a fé e o amor. Ninguém experimenta o amor de Deus se não viver na Sua presença. Quem não leva a sério sua vida com Deus, se perde. Não importa se consagrado, religioso, sacerdote ou leigo. Portanto, devemos sempre olhar para a bússola de Deus, a fim de sabermos para onde estamos indo. Todo problema espiritual que tivermos, devemos prestar a devida atenção, pois está em risco a nossa salvação. Uma das formas de cuidar da nossa vida espiritual é através dos Sacramentos, principalmente a Confissão. Eu não consigo entender alguém que diz ser da Igreja Católica e não tem uma vida de confissão. Temos que purificar a nossa fé; não podemos ficar com o coração dividido. Ou somos inteiros de Deus ou não somos nada. Deus não tenta ninguém, mas Ele permite que sejamos tentados. Ele é forte e poderoso, mas o inimigo existe e quer semear em nosso coração a dúvida e a confusão. Nossa alma tem fome de Deus e precisa ser alimentada em Deus, através do Sacramento da Eucaristia; ela é o alimento eterno. E ao receber Jesus, é Ele que nos envolve com seu amor. Por isso, devemos dar mais valor a Eucaristia. É preciso, após cada comunhão, adorar Cristo Vivo dentro de nós; e isso nos cura. Caso deixemos de experimentar o amor de Deus, e se em algum momento da vida nos cansarmos e nos dermos conta de nossa imperfeição, nos coloquemos diante Dele e recomecemos. Ele estenderá as mãos para que cheguemos mais perto de Seu amor, pois a Sua misericórdia é infinita. Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso – obra que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação – e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos por milhares de emissoras do país e exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br. TVs da Rede Evangelizar oferecem conteúdo diferenciado à família cristã A TV Evangelizar em Curitiba e a TV 3.º Milênio em Maringá fazem parte da Rede Evangelizar de Comunicação e levam até a casa das famílias cristãs uma opção de conteúdo diferenciado do que é transmitido diariamente pelas emissoras de TV do canal aberto. Com um conteúdo católico e jornalístico de primeira, o objetivo da equipe de televisão da Obra Evangelizar é aproximar o telespectador das paróquias e divulgar as suas atividades, produzindo reportagens diárias também sobre os eventos da Arquidiocese e assuntos da Igreja. Além dos programas apresentados pelo Padre Reginaldo Manzotti, a emissora conta com a participação de vários religiosos, como o Arcebispo de Curitiba, Dom Moacyr José Vitti, que apresenta um programa diário chamado “Evangelho do Dia” com reflexões sobre a liturgia diária. A Rede Evangelizar de Televisão é considerada benfeitora nacional, pois todos os seus programas são cedidos gratuitamente para as TVs-irmãs e atualmente mais de 120 TVs-irmãs retransmitem os programas televisivos para fiéis de todo o Brasil. Veja no link a seguir qual TV retransmite os programas na sua cidade: www.padrereginaldomanzotti.org.br/retransmissoras A TV Evangelizar possui uma fanpage no facebook /TVEvangelizar, onde são postadas informações diárias e também pode ser assistida pela internet, onde a programação completa pode ser consultada através do site www.padrereginaldomanzotti.org.br/tv_evangelizar agosto.2013 SERVIÇO: Se você tem interesse em divulgar as atividades em sua paróquia ou transmitir as missas de sábado na TV Evangelizar, entre em contato com a Assessoria de Comunicação da instituição pelos telefones (41) 32216036 e 3221-6024 ou pelo e-mail [email protected]. Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 7 A sabedoria de ser pai Meu pai teve um pai professor. Chamava-se Simão. Percorria as comunidades rurais no início do século XX para ensinar as letras e a matemática para as crianças, filhas de trabalhadores do campo. Era muito respeitado pela sua dedicação. Meu pai teve um pai professor que lhe ensinou tudo o que sabia, mas as dificuldades da vida e da época em que viveu, tempos duros de trabalho na roça para garantir a sobrevivência, permitiram-lhe apenas estudar até a segunda série. Meu pai teve um pai professor e não aprendeu tudo das letras, do conhecimento que uma escola pode proporcionar, dos horizontes mais amplos que o ensino deve descortinar. Mas meu pai, mesmo ignaro das letras, foi um extraordinário professor/educador de vivência. A sua missão nobilíssima torna frágeis as palavras que deveriam expressar sentimentos relativos a uma experiência de vida. Quando Deus confere a graça da paternidade, transforma aquele ser pai num educador nato, cuja sabedoria não vem apenas dos livros ou do conhecimento, mas do profundo do coração, da alma. Em meu pai en- 8 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês contrei marcas de sabedoria que se tornaram pontos luminosos no horizonte da vida a me orientarem. Entre elas estão sua profunda fé religiosa, seu espírito de luta, seu amor pela família, sua bondade e sensibilidade para com as pessoas. Todas qualidades que ajudaram a construir a minha personalidade, que nortearam no assumir valores humanos e cristãos. paz de construir e assumir a história da própria existência. Lembro que desde muito pequeno ouvia de meu pai e de minha mãe o lamento de não poderem garantir nenhum legado financeiro. Porém, não mediram esforços para garantir a educação escolar tendo o cuidado de frisar que essa era a única herança que não se perderia na vida dos filhos e que, por sua Da sua fé religiosa aprendi o valor da presença de Deus na vida das pessoas; a importância de ter e viver a fé cristã e católica. Do seu espírito de luta, entendi que na vida é preciso construir aquilo que se deseja com persistência e que nada é impossível. O seu amor pela família ensinou-me a valorizar a presença insubstituível de um pai, o carinho e desvelo de uma mãe e que os ensinamentos de ambos marcados pela convivência são a garantia para a formação de uma personalidade ca- vez, garantiria o futuro de suas vidas. Mesmo neste mundo dominado por valores capitalistas e materiais, prevalece a grande lição e o grande legado: a felicidade e a realização dos filhos não está no quanto de dinheiro se é capaz de disponibilizar para satisfazer o desejo de se ter um bem material ou guardar para eles no futuro. A felicidade e a realização dos filhos está na capacidade que um pai e uma mãe têm de armazenar amor, carinho, perdão, serenidade e fé na vida desses filhos. A felicidade e a realiza- ção dos filhos está na segurança da certeza da presença de pais que os amam e que nas diversidades dos tempos, se fazem presentes ao seu lado em todos os momentos e situações. A lição é a da sabedoria de vida e não apenas da “felicidade” do dinheiro. Meu pai foi capaz disso. Como um missionário incansável – assim como seu pai foi um incansável “andarilho” do ensino escolar de comunidade em comunidade rural -mostrou o caminho do bem, tanto pela palavra, quanto pela presença e pelo modo de viver. Não tanto pela palavra, pois não era de falar muito, apenas o suficiente, porém muito pelo modo de viver. Meu pai é um herói, pois ainda hoje continua sendo referência para minha vida. Luiz Witiuk Jornalista e professor agosto.2013 MÊS VOCACIONAL Queridos amigos, a Igreja tem dedicado especial atenção ao longo dos anos à celebração do Mês Vocacional. Neste mês recordamos a vocação ao ministério ordenado, a vocação matrimonial, a vocação à vida religiosa e a vocação dos leigos e leigas. O dia dos pais, dos e das catequistas e a semana da família. Chamados à vida por Deus, devemos ter a disponibilidade de servi-lo, como fez o profeta Isaías depois de ouvir a voz do Senhor: “Eis-me aqui, enviame” (Is 6,8). Deus nos chama, Deus nos envia a trabalharmos na sua vinha, a sermos protagonistas de um mundo novo. Começando pelas nossas famílias, lugar de amor, de partilha, de esperança aberta à vida e onde nascem aqueles e aquelas que abraçam todas as vocações. Dentro do mês vocacional, celebramos de 11 a 17 de agosto a Semana Nacional da Família. A família marca profundamente a vida de todos nós, porque levamos para a vida valores que nela recebemos. Nas últimas décadas a família passou por + Dom José Gislon Bispo Diocesano de Erexim grandes transformações. Se num passado recente, era comum encontrarmos famílias com oito, dez, doze filhos. Hoje nossas famílias estão menores, e parte de toda a estrutura da sociedade também esta organizada para as mudanças que aconteceram. Mas nas famílias do passado, como nas famílias do presente tem certas coisas que não deveriam mudar. O amor recíproco entre os pais, amor acompanhado de respei- Dom José Gislon com seus pais Vicente e Jurema no dia de sua ordenação Episcopal em 03 de agosto de 2012 na Paróquia N.S. das Mercês agosto.2013 to mútuo, de diálogo, de perdão, de reconciliação. Amor, que expressa ternura dos pais em relação aos filhos. Amor, gratidão e respeito dos filhos em relação aos pais. A mudança social, também trouxe vários desafios para a família. Um desses desafios é a fratura da estrutura social, marcada profundamente pela ruptura do núcleo familiar. Isto tem levado muitas pessoas a perderem o sentido da vida, à solidão, ao abandono, a incapacidade de amar, de perdoar, de compreender e de acolher a ternura de Deus. Muitos dos nossos jovens, tem medo de assumir a própria vocação, de constituir família, e não é raro encontrar também aqueles que não acreditam na família como lugar de partilha, de amor e realização da vida. Em parte, essa reação se deve ao fato de não terem tido experiências positivas no ambiente familiar, ou às vezes carregam dentro de si as incertezas sobre o assumir um compromisso de amor doação que perpasse todo o peregrinar nesta terra. Às vezes tenho a impressão que vivemos num tempo em que queremos ter a certeza de tudo, ou não assumimos nada. Não aceitamos correr risco nenhum, muito menos quando se refere ao amor compromisso de vida. Temos medo de seguir a voz do coração e assumir uma consagração a Deus ou formar uma família. O duradouro e eterno nos assusta, porque vivemos numa sociedade do descartável. Corremos o risco de não lembrarmos que as pessoas têm sentimentos, e que o amor é eterno porque provém de Deus, mas que se manifesta entre nós nos pequenos gestos do dia-a-dia, na família, na comunidade e na sociedade. Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 9 O Privilégio da Pobreza Quando começamos adentrar no espírito Franciscano ficamos sabendo que na história da vida de Santa Clara de Assis e suas irmãs, há o tal “Privilégio da Pobreza”. E vamos ver como foi esta história: Lendo a Legenda de S. Clara vemos que o Papa Inocêncio III concedeu ao Mosteiro de São Damião o “Privilégio de Pobreza”. Ao contrário das cartas de privilégios que eram endereçadas na Idade Média à Santa Sé pelos mosteiros a pedir facilidade na observância, este “Privilégio” obrigava as Clarissas à pobreza mais estrita, que significava na prática, não só a renúncia à posse individual de bens, o que era normal em todas as ordens religiosas da época, mas até as dispensava de aceitar qualquer propriedade em nome da comunidade. Este aspecto da vida de pobreza é genuíno do movimento franciscano e era aplicado pela primeira vez aos mosteiros de religiosas. A mulher franciscana podia ter um mosteiro, altares e breviários (livros de orações). Mas devia viver do seu trabalho, e se necessário, não ter vergonha de pedir esmola. O documento deve ter sido redigido entre 1215, final do IV Concílio de Latrão e 16 de julho de 1216, ano da morte de Inocêncio III. O texto latino mais antigo do “Privilégio da Pobreza” de Inocêncio III aparece na obra Firmamenta Trium Ordinum, publicada em Paris em 1521. Mais tarde, em 1228, o “Privilégio da Pobreza” foi confirmado por Gregório IX. O original deste texto conserva-se no Convento de Santa Clara, em Assis. A seguir apresentamos o texto, que vale a pena conhecer: 4. 5. 6. 7. “PRIVILÉGIO DA POBREZA” SERÁFICA DADA PELO PAPA INOCÊNCIO III A SANTA CLARA 1. Inocêncio, Bispo, servo dos servos de Deus, às diletas filhas em Cristo, Clara e demais servas da Igreja de São Damião, em Assis, que professaram viver a vida conventual no presente e no futuro. 2. Como é manifesto, querendo-vos consagrar totalmente ao Senhor, renunciastes ao desejo de todas as coisas temporais. 3. Por isso vendestes tudo e distribuístes 10 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 8. 9. aos pobres, e estais determinadas a renunciar a toda a espécie de propriedade e a seguir as pegadas d’Aquele que por nós se fez pobre, Ele que é o caminho, a verdade e a vida (1Jo 14,16). A falta das coisas materiais não vos demove do vosso propósito; A mão esquerda do Esposo celeste sustenta vossas cabeças (Cant 2,6; 8,3) para proteger a fraqueza do vosso corpo que vós submetestes e ordenastes às leis do Espírito. Com efeito, Aquele que alimenta as aves do céu (Mt 6,16) e veste os lírios dos campos (Mt 6,28), não vos faltará com o alimento e a roupa, até que Ele mesmo vos sirva (Lc 12,37) na eternidade, quando a sua direita felizmente vos abraçar (Cant 2,6; 2,8) na plenitude da visão beatífica. Por isso, tal como haveis suplicado, confirmamos com benignidade apostólica o vosso propósito de altíssima pobreza e determinamos por força do presente escrito que ninguém vos possa obrigar a receber propriedades. Se alguma mulher tal propósito não puder ou não quiser observar, não deve morar convosco, mas deve ser transferida para outro lugar. Determinamos, pois, que nem a vós nem às vossas igrejas, seja permitido a alguém inquietar-vos sem razão ou incomodar- vos com algum mal. 10. Mas se alguém, eclesiástico ou leigo, no futuro, apesar de ter conhecimento desta confirmação e disposição, tentar levantar objeções sem motivo e depois de advertido pela segunda ou terceira vez não tiver reparado a sua culpa com uma satisfação conveniente, perca a dignidade do cargo e as honras inerentes e saiba que por causa deste sacrilégio consumado, será réu ante o tribunal divino, excluído da celebração do Corpo e Sangue de Deus e Senhor nosso Salvador e no último juízo será condenado a pesado castigo. 11. E sobre vós todas e sobre aquelas que conservarem este lugar o amor de Cristo, desça a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo, para que recebam, não só o fruto das boas obras, mas também sejam premiadas pelo justo juiz com a Paz Eterna. Amém As Irmãs Clarissas estão muito presentes no Brasil. Aqui perto de nós, em Cascavel, há um dos mais novos Mosteiros do Brasil: “Mosteiro Mãe da Providência” – Av. Tancredo Neves, 2208 – Alto Alegre – 85805-000 (fone 45-3039-0025) E-mail: [email protected] Site: http://www.clarissas.com.br/ Colaboração de Milene Louise Gelenski Vasco – OFS Mercês (conheça você também a Ordem Franciscana Secular) agosto.2013 Catequista – Vocação Evangelizar É com muita alegria que comemoramos o dia do catequista em agosto, mês vocacional. Por definição, catequisar é ensinar, instruir, fazer perceber, fazer ressoar, ecoar. Catequista, Deus nos chama e nos envia, Ele nos dá seu Espírito, a sua Graça, os Sacramentos, a Eucaristia. “Eu vos envio para que produzais frutos” Jo 15.16. Mas afinal que frutos sãos estes? A divulgação aos nossos catequisandos, dos ensinamentos de Jesus Cristo, a colaboração na construção do Reino de Deus com todos os meios que nos são disponíveis, com o único objetivo de que a iniciação cristã seja autêntica, vivida de forma prática. Seguir o Mestre e modelo Jesus Cristo, imitar o seu exemplo, trilhar com Ele o caminho da cruz, animados de uma fé inabalável na sua Pessoa e na sua doutrina. E a partir da experiência da fé, divulgar e explicar claramente os evangelhos, os sacramentos, em sua essência, participar assim na construção de um mundo melhor a favor da justiça e da partilha. São estes os frutos preciosos que no fim da nossa caminhada terrena poderemos apresentar ao Senhor. Caríssimos Catequistas lembrem-se sempre que foram escolhidos por Deus e souberam dar o seu “sim” ao chamado do Pai. “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos” “Cada um viva de acordo com a graça recebida e coloquem-se a serviço dos outros, como bons administradores das muitas formas da Graça que Deus concedeu a vocês”. (1Pd 4,10) “irmãos meus, de que servirá se alguém diz que tem fé e não tem obras? Porventura poderá salvá-lo tal fé? S.Tiago. 2,14-26 “Vou pôr minhas palavras em sua boca”. (Dt.18,18) Quando Jesus se sentava entre os amigos e os discípulos e lhes falava de Deus Quando se esquecia das horas passadas felizes debaixo da sombra das árvores para revelar a Boa Nova a todos, quando abria seu coração para ensinar a rezar, a cuidar da vida, a ser bom, a buscar a verdade e a justiça, a chamar Deus de Pai, Paizinho, Jesus era catequista. Quando Maria, lá na sua casa de Nazaré, colocava Jesus menino em seus joelhos e lhe falava de Deus e C A T E Q U I S T A lhe explicava a história do povo de Israel, quando juntos rezavam os salmos, quando ela abria seu coração e louvava ao Senhor, cantando como os anjos do céu, Maria era catequista. Quando Ana e Joaquim, pais de Maria, chamavam a filha junto de si e lhe falavam das promessas de Deus, quando lhes lembravam das profecias que anunciavam o Messias, quando rezavam juntos para que o Salvador viesse logo, Ana e Joaquim eram catequistas. om o coração e a mente em DEUS e os pés na realidade do irmão, nunciamos com alegria e entusiasmo o que o CRISTO nos ensinou, para ransformar a sociedade, construindo a “civilização do AMOR”. rgamos nossa voz contra a injustiça. Sejamos profetas, uando necessário for ma vez, duas, três, todos os dias... nsistir sempre, agredir nunca. ejamos pessoas de PAZ, LUZ e SAL, nossa vocação. rabalhemos, com eficácia, no MINISTÉRIO DA PALAVRA. mor, a meta do nosso caminhar... >> Catequese em Ação Damos as boas vindas a todos neste segundo semestre. E começamos por agradecer aos pais que compareceram em peso às reuniões marcadas. Eles mostraram mais do que nunca que a catequese não se resume apenas aos encontros semanais em nossa paróquia, mas também deve continuar em casa na família, e o quanto o exemplo dos pais é importante. Vamos continuar assim, todos juntos, a nossa caminhada de fé. agosto.2013 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 11 Estive na Jornada Mundial da Juventude e vi um anjo: O Santo Papa Em Setembro de 1997, houve o 2º Encontro das Famílias, no Rio de Janeiro e eu estava lá, pois sou carioca e nesta época vivia no Rio com a minha família. Neste encontro promovido pelo Papa João Paulo II, todas as Igrejas da Arquidiocese do Rio, receberam peregrinos do Brasil e do mundo inteiro. Fomos incentivados a receber peregrinos em nossa casa e recebemos de Cuiabá. Não lembro os nomes e nem lembro mais das fisionomias, mas só sei dizer que foi uma experiência única, que me motivou a não só abrir as portas de minha casa, mas também do meu coração. Este evento marcou muito pra mim, pois vi de perto o Papa João Paulo II, no Maracanã, quando a cantora Fafá de Belém cantou Ave Maria: “Foi lindo”! João Paulo II foi o Papa Missionário, mexeu com o mundo inteiro e comigo também. Ele foi um dos que me motivaram, despertando para uma conversão verdadeira. Ocorreu em Maio de 2007, a Quinta Conferência Latino Americana e do Caribe, onde o Papa Bento XVI esteve presente no Brasil, na Aparecida do Norte em São Paulo. Na época estava fazendo a Escola Diaconal e foi criado em mim, uma admiração por este Papa, por sua intelectualidade. Para mim é o Papa da Sabedoria. Na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, do mês de Julho de 2013, tive uma experiência de vida única em todos os sentidos, e com certeza levarei para toda vida. A experiência por estar com pessoas de diferentes culturas, idiomas e que estavam unidos por uma só linguagem a do amor de Jesus, foi sublime. Era contagiante a alegria de todos, a cada ato, jovens, adultos, velhos e crianças, mergulhavam numa euforia intensa, indescritível. Fomos surpreendidos pelo nosso querido Papa Francisco, que quebrou todos os protocolos e fez questão de estar no meio do povo. Havia peregrinos de todos os lugares, entre tantos leigos, padres, freiras, bispos, caminhando ao nosso lado, como peregrinos, vivendo toda experiência das longas filas, das catequeses, dos atos centrais, e isso emociona por perceber que a Igreja é una, todos somos iguais, buscando a mesma Santidade. A igreja não está morta e devemos ter a coragem de levar Cristo em todos os lugares e a todas as pessoas. O Papa nos confirmava isso, é preciso estar de coração aberto para acolher a palavra de Deus. O Papa nos diz “Ide, sem medo, para servir.” E de todo meu coração eu respondo, “aqui estou Senhor, envia-me!”. Agradeço a Deus por ter me dado essa oportunidade única de vivenciar tudo isso, e mais ainda de avivar a chama em meu coração, pois é a Jesus que sirvo, é por Ele, para Ele e com Ele, que vou caminhar, não posso desanimar, embora não seja fácil seguir seus passos, mas Ele estará comigo e vivendo um dia após o outro irei vencer. Não tenho como descrever o Papa Francisco, a não ser dizer que ele é o Papa do Amor, da acolhida, do Coração. Fiquei a um metro e meio de distância dele: “Que Paz”. Diácono Jorge Antônio Ferreira de Andrade Jovens postulantes do Brasil e Paraguai estiveram na JMJ 12 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês agosto.2013 Senhor, que queres que eu faça? “Senhor, que queres que eu faça?” era a pergunta que Francisco de Assis, durante seu processo de conversão fazia ao Cristo na cruz, enquanto rezava nas ruínas da igrejinha de São Damião, fora dos muros de Assis. Isso me toca muito... Sou filho do casal Adão Silvério Mendes e Regina Maria Soczek Mendes. Nasci em Curitiba, nos limites da Paróquia Santuário São José do Capão Raso. Fui batizado com apenas 28 dias no Santuário do Capão Raso e íamos à Missa todos os domingos pela manhã. Na época dos meus sete anos de idade, um primo mais velho chamado Higor (que, na época, contava uns 15 anos) ingressou no Seminário Menor São José da Arquidiocese de Curitiba, em Orleans. Nessa ocasião eu fiquei bastante encantado com a vida seminarística, porém nada passou de um encantamento e de um fascínio de criança. Nessa época eu estudava em uma escola confessional – das irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus. Aos dez anos de idade mudei de escola e fui estudar no Colégio Estadual Emílio de Menezes, do qual guardo ótimas recordações. Sempre fui um bom aluno em questão de aprendizado e de notas na escola. Gostava principalmente de Literatura, História e Geografia. Vivia na Biblioteca lendo e emprestando livros. Em comportamento, porém, sempre fui bastante levado e muito inquieto em sala de aula. Aos poucos, juntamente com meus pais, fui me engajando no serviço da comunidade. O que mais me recordo dessa época foi a minha primeira confissão, feita com o padre Jair Fernandes Jacon, atual pároco de Santa Luzia no Barigui. Lembro-me que ao sair do confessionário senti como se um peso houvesse sido tirado de minhas costas. Tornei-me coroinha no ano seguinte e ajudava, aos domingos, na missa da capela. Mais tarde comecei a cantar no coral São José no Santuário. Trabalhava, também, nas festas dos padroeiros, ajudando no que fosse preciso. Depois de realizar, com 14 anos, um acompanhamento vocacional com outro primo meu que é padre Diocesano, ingressei no Seminário Menor da Arquidiocese de Curitiba. Entretanto, aos meus 17 anos, saí do Seminário. Acredito que não estava maduro o suficiente para prosseguir a caminhada e também creio que a vida diocesana não me realizaria como pessoa. Faltavam muitas coisas lá dentro, como, por exemplo, uma vivência mais fraterna, que é muito comum na vida Franciscana. Mesmo assim, reconheço que o período em que estive no Seminário Menor da Arquidiocese foi de extrema importância para minha vida: lá amadureci agosto.2013 mais e, com a crise que tive, muitas coisas supérfluas caíram, ficando o que era de mais essencial para minha fé, para minha vivência em comunidade e para mim, enquanto ser humano. Toda ilusão e todo deslumbramento negativo caíram por terra. Ficou a vontade de fazer a diferença em minha vida e por meio da minha vida. Depois de sair do Seminário Arquidiocesano, vivi uma experiência de busca em minha vida. Apesar de não ter abandonado minha comunidade paroquial – continuei no coral e sentia muita falta se não fosse à missa – estava vivendo em outro momento de minha história – que, apesar de nem sempre ter-me feito bem, ajudou-me ainda mais em um melhor amadurecimento. Com meus 17 anos, terminando o Ensino Médio, eu estava em dúvida se deveria cursar História, Letras, Filosofia ou Ciências Biológicas. A certeza que eu tinha é que eu queria ser professor, eu queria trabalhar em escola e queria estar em meio a crianças e adolescentes. Resolvi, então, prestar o vestibular para Letras. Eu, na época, não acreditava que iria passar, pois não havia feito cursinho, apenas tinha estudado por conta e pego algumas dicas com alguns professores. Mas, enfim, em 2008 consegui entrar na UFPR e fui fazer a Licenciatura em Letras. Nesse período começou um novo ciclo em minha vida: as aulas da faculdade eram consideravelmente diferentes das aulas que eu tinha antes na escola, eu me envolvi bastante com um namoro, com colegas do curso, com minhas saídas a bares e baladas. Estava, também, trabalhando e por isso conheci certa “independência financeira”, mas que hoje eu considero mais como uma dependência, porque sempre queria mais para gastar em celulares, roupas, bares e livros. Trabalhei, durante esse tempo, na área administrativa do Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador, no bairro Novo Mundo e depois tive a oportunidade de trabalhar por três anos em duas escolas como professor regente de turmas. Sempre gostei muito de meu trabalho junto aos alunos. A escola sempre foi para mim mais do que um simples lugar de onde eu tirava meu sustento. A escola era, para mim, uma formadora de cidadãos e que dependia muito de minha conduta. Na sala de aula e no trabalho com os alunos eu me sentia desafiado todos os dias a fazer o melhor e, por isso, essa profissão me realizava muito. Mesmo sendo muito realizado em minha área profissional, eu sentia que algo ainda faltava e que eu poderia ainda fazer muito mais. O questionamento era sempre o mesmo em relação às minhas saídas em bares e baladas: “é isso mesmo que Deus quer de mim? Até quando eu viverei dessa maneira? Isso é felicidade ou mera euforia?” Em nova confissão com o Pe. Pedro Pereira, meu pároco, depois do Natal, pedi-lhe materiais sobre a vida de São Francisco, já que na Missa do Galo de 2011, a homilia do Papa Bento XVI foi bastante incisiva na questão do presépio de Gréccio e a Encarnação do Verbo na espiritualidade Franciscana. Padre Pedro me indicou “São Francisco: ternura e vigor” de Leonardo Boff. Era um livro de Teologia um pouco pesada, mas Pe. Pedro conhecia meus gostos. Gostei bastante do estudo de Boff sobre Francisco de Assis. Após ler, tentei conversar com os Conventuais e com os Menores, mas foram os Capuchinhos que mais me fascinaram pela acolhida e pelo intenso trabalho espiritual. Lembro que, naquela época, eu estava navegando no Facebook e adicionei o perfil do SAV Capuchinho e, depois, cheguei a conversar, via Face, com o Frei Forcato, que prontamente me passou para a orientação do Frei Nelson Santos. Gostei muito das conversas francas e da abertura que pude ter com o Frei Nelson. Tenho nele um grande exemplo a ser seguido em relação à sua alegria e à sua prontidão. Mas o que eu mais gostei mesmo foram os Encontros Vocacionais em Ponta Grossa e, com certeza, a acolhida dos então aspirantes e a convivência com eles foi fundamental em minha decisão de entrada para o Convento Capuchinho. Foi, porém, na Solenidade da Apresentação do Senhor, dia 02 de fevereiro, que fui recebido oficialmente no Aspirantado, junto a outros meninos em Ponta Grossa, no Convento Bom Jesus. Gostaria de, ao ingressar nessa nova vida, desenvolver mais plenamente minhas habilidades para o estudo. Na verdade, quero que meu estudo seja serviço para outras pessoas, sobretudo as mais pobres. Também pretendo viver de forma fraterna com pessoas diferentes, pois a vida religiosa não é uma falta de opção... Não é para quem se frustrou e quer se trancar num Convento. A vida religiosa é vocação: um dos modos de fazer acontecer o Reino de Deus na terra. Eduardo Soczek Aspirante Franciscano - Capuchinho Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 13 “JOVEM! JESUS BOTA FÉ EM VOCÊ!” (Papa Francisco) Contemplando a multidão de jovens aglomerados na praia de Copacabana, vindos dos mais diversos cantos do Planeta, para a JMJ e o encontro com o Papa, veio-me na mente, a imagem de sementes no meio de imensos campos, de paisagens diferentes, a espera de alguém que queira cultivá-las. As sementes estão dentro de nós, jovens de todas as idades. Elas representam a alegria, o entusiasmo, o amor, a esperança, a fé... que precisam ser plantadas no mundo inteiro. Que tal, aproveitarmos esse “clima de entusiasmo e de fé” cuja vibração espalhou uma nova energia nos ares da nossa querida Pátria, para juntos plantarmos a semente da paz, do amor, da solidariedade, em cada lugar, em cada coração... Como cristãos, somos todos chamados a sermos missionários – semeadores da Palavra de Jesus, continuadores da missão que Ele viveu e ensinou a seus discípulos e através deles, chamou a todos nós. Neste mês de agosto, dedicado às vocações, cada um de nós deveria se perguntar: qual é a minha vocação? Ou melhor: qual é a minha missão, dentro da vocação que escolhi? Silencie por instantes e encontre a resposta bem no íntimo de seu coração. DESPERTE A JUVENTUDE QUE MORA EM VOCÊ!!! As mudanças que queremos precisam começar em nós e a partir de nós. Não importa se você tem 90, 100, ou apenas 15 anos. Mesmo que o corpo manifeste os anos já vividos, a mente pode permanecer eternamente jovem. Tudo depende da sua maneira de pensar e imaginar. O pensamento freqüente tem o poder de criar e recriar tudo o que você deseja, inclusive a sua saúde física e o ambiente ao seu redor. Os pensamentos, as palavras, funcionam como sementes. Seu pensamento é a chave que aciona o poder infinito que existe em você. Essa chave, pode funcionar como uma verdadeira bomba atômica na sua vida. Uma bomba destrutiva, se você nutrir pensamentos de raiva, de inveja, de tristeza, de medo, de desamor, de culpa, de fracasso... Porém, se você nutrir seu pensamento com sentimentos e atitudes amorosas, de paz, de amor, de alegria, de autoconfiança, de justiça, de prosperidade, de fé, de esperança... você fará dessa chave, um instrumento mágico, para criar um mundo melhor para você e para todos os que estão à sua volta. A escolha é sua. SEJA UM FOCO CONTAGIANTE DE ALEGRIA, DE AMOR, DE ESPERANÇA A Jornada Mundial da Juventude, que reuniu milhares de jovens do mundo inteiro, acabou; e o Papa Francisco voltou para Roma. Ficou no ar, uma energia contagiante, que desperta sentimentos nobres – desejos fortes de renovação, de justiça, de solidariedade... nasceu uma nova esperança de paz e harmonia para o mundo. As sementes que o Papa lançou na mente e no coração não somente dos participantes da JMJ, mas no coração de cada brasileiro, que o acompanhou através dos meios de comunicação, deverá ser espalhada e produzir frutos. Não deixemos o entusiasmo esmorecer! Que o Espírito Santo, nos conduza, nos encha de amor, para que as palavras do Papa Francisco, durante a “Missa do Envio”, façam eco nos quatro cantos do planeta e que o chamado de Cristo ressoe em todos os ouvidos. “Ide e fazei discípulos entre todos os povos!” Cabe a nós cristãos, jovens de todas as idades, continuar irradiando toda essa energia positiva, contagiando nossas famílias, as escolas, nosso ambiente de trabalho... despertando em cada coração, um desejo profundo de um Brasil e de um mundo melhor para todos. Mas como? Em 1º. Lugar, precisamos acreditar que tudo é possível. A Parapsicologia científica confirma: “Tudo o que se cria na mente, torna-se realidade”. Já no A.T. encontramos o seguinte: “Assim como tu pensas na tua alma, assim é”. E o Grande Mestre Jesus nos diz: “Seja-te feito conforme a tua fé”. Ter fé é acreditar sem duvidar, naquilo que não vemos e nem podemos apalpar. É PRECISO APAIXONAR-SE POR JESUS OS DESAFIOS SÃO GRANDES! Apaixonar-se por Jesus, significa botar fé Nele., escutar seu chamado, estar disposto a carregar a cruz de cada dia, ir ao encontro dos irmãos sofridos, (os que têm fome, os que passam frio, os idosos abandonados, rejeitados, as crianças mal tratadas, os doentes de corpo e de espírito, os prisioneiros = escravos do comércio e do uso de drogas...) O Papa Francisco nos convida a sermos protagonistas de um mundo novo; construtores de uma sociedade capaz de vivenciar o amor em sua plenitude. As palavras a seguir, são a síntese das sínteses, do seu sermão, na missa do “Envio”. “Ide sem medo para servir! A vida de Jesus foi uma vida de serviço. “Jesus te chama a ser um discípulo em missão”. Jesus não disse se quiser, se tens tempo... Seu chamado é uma ordem. Uma ordem que nasce do amor. Não tenham medo de levar Cristo para todos os ambientes. “NÃO TENHA MEDO! EU ESTOU COM CONTIGO” São palavras de Jesus. Ele nunca nos deixa sós. Ele nos acompanha sempre, em todo lugar. As palavras do “envio”: “VÃO! IDE SEM MEDO PARA SERVIR! NÃO TENHAM MEDO DE SER GENEROSOS! JESUS CONTA COM VOCÊS! A IGREJA CONTA COM VOCÊS! O PAPA CONTA COM VOCÊS”. Nelly Kirsten Parapsicóloga e Terapeuta Fone: 41 3024-8513 41 9706-1086 [email protected] Vivendo a Família... O Batisti e eu somos de famílias tradicionalmente católicas e que nos passaram seus ensinamentos, mas, assim como muitos casais, não éramos muito ligados à Igreja. Nos considerávamos católicos, porém íamos à missa esporadicamente e acreditávamos que estava tudo em ordem. Quando o Bruno nasceu sentimos a necessidade de participar um pouco mais para dar o exemplo, pois sempre acreditamos que o exemplo é a melhor escola. Com o tempo começamos a perceber que "assistir" a missa não era suficiente e entendemos que é necessário "participar" da missa. Quando a Isadora chegou já participávamos da missa e o Bruno do Coral Jardim de Deus. Por acreditar que o que vale é o que somos e não o que temos, aplicamos este conceito na educação de nossos filhos, que são maravilhosos e nos dão o equilíbrio nos momentos difíceis que muitas vezes atravessamos. Nossa fé em Deus é o alicerce de nossa família, sua presença é constante em nosso dia a dia, e os valores que passamos aos nossos filhos nos dão a certeza de que eles serão felizes, realizados e que Deus estará sempre presente em suas vidas e em nossa família. Mariflor Batisti 14 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês agosto.2013 VOCAÇÃO MATRIMONIAL Todo ser humano nasce com o instinto natural para amar e ser amado, tem uma vocação e é chamado por Deus para se realizar e ser feliz no desempenho de sua missão. Por diferentes caminhos, ou diferentes estados de vida ,casado, solteiro, consagrado à vida religiosa, etc. todos são chamados à santidade e à plenitude da vida. Como seres sociais precisam também uns dos outros para sobreviver, crescer e se realizar. Somente sabe das afinidades por alguma atividade, quando se dispõe a viver as experiências e conhecer as responsabilidades pertinentes a vocação escolhida. O caminho vocacional para aqueles que desejam a vida conjugal também não poderia ser diferente. Há sim a necessidade de conhecer tudo aquilo que abrange um estado de vida assumido entre duas pessoas de realidades completamente diferentes onde o desafio de aprender a aceitar e amar alguém que ao nosso ver não é tão perfeito, torna-se um ato constante de renúncia e aprendizado. Como em todas as vocações, a vida conjugal também exige compromisso, fidelidade e, sobretudo, perseverança. Portanto, a vocação matrimonial é o chamado que Deus faz ao homem e a mulher para a constituição do milagre da criação da vida e sua continuidade como célula fundamental da sociedade. A família é o instrumento mais eficaz de humanização e de personalização da sociedade, é através da família que a construção e transformação do mundo, torna-se possível. O amor e o respeito existente entre o homem e mulher é essencial para um casamento feliz, e faz com que o casal viva em harmonia, estendendo de maneira incondicional também aos filhos, frutos dessa vocação aos quais os genitores devem aceitar, formar e educar para que sejam éticos e comprometidos como co construtores do Reino de Deus. Certamente haverá problemas, preocupações com filhos, rotinas exaustivas de trabalho, dificuldades financeiras, etc.. Uma família provedora do bom crescimento emocional e desenvolvimento psíquico satisfatório de seus membros não é obrigatoriamente aquela com eterna ausência de conflitos, o grande desafio consiste em sobrepujar essas situações de modo a fortalecer as relações de amor para unir ainda mais as pessoas da família e encontrar alternativas que possibilite a solução se seus problemas. Em um lar bem estruturado prevalece o diálogo, onde o ser humano encontra espaço para externar os sentimentos, e aprende desde cedo cultivar o amor fraterno e o respeito por todas as criaturas. A vocação matrimonial em nossos dias exige além do fortalecimento da igreja doméstica, a presença na comunidade, doação e empenho para que as expectativas de um mundo melhor saiam do plano das idéias para a real efetivação. Na visita ao Brasil o Papa enfatiza a necessidade da igreja ir para as ruas ser solidária e acolhedora. Muitas pessoas e grupos ligados a nossa igreja realmente lutam e fazem algo concreto para chegar perto desse ideal. Aqui na comunidade Nossa Senhora das Mercês são dezenas de casais trabalhando voluntariamente nas diversas pastorais, acreditando e contribuindo de- cisivamente para a harmonização do ser humano e consequentemente a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, e também de um mundo melhor para se viver, para nós e para os que virão depois de nós. Deus conhece a capacidade e fé de cada ser humano e de forma justa distribui as eles os dons, cabe a cada um exercer com presteza e responsabilidade o que lhe foi atribuído, pois a exemplo da “Parábola dos Talentos”, seremos todos nós cobrados de acordo com as nossas capacidades. Jair Rebelo e Janete M. Buratto Rebelo ECC- Encontro de casais com Cristo Curso de Preparação para o Matrimônio S O S Família SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA Dos dias 11 a 18 de agosto estaremos comemorando a Semana Nacional da Família de 2013. O tema deste ano é: “TRANSMISSÃO E EDUCAÇÃO NA FÉ CRISTÃ NA FAMILIA”. Considerando, especialmente, a responsabilidade dos pais. A reflexão também leva em conta o “Ano da Fé”, instituído pelo Papa emérito, Bento XVI, a Campanha da Fraternidade e a Jornada Mundial da Juventude que aconteceu no final do mês de julho no Rio de Janeiro. interpessoais, é célula vital da sociedade. A família é a primeira instituição social, é uma comunidade natural para o bem da sociedade, aliás, é a primeira sociedade humana. Sem família as estruturas, as instituições e os povos de debilitam. Todo sistema social que pretende servir ao bem da sociedade não pode prescindir da família. “O FUTURO DA HUMANIDADE PASSA PELAS FAMILIAS” beato João Paulo II. OS QUATRO PILARES DA FAMÍLIA Uma mesa se apóia em quatro pés, o mundo tem quatro direções, a natureza tem quatro estações, e uma casa se apóia em quatro pilares que são: IGREJA DOMÉSTICA O sacramento do matrimônio faz dos pais os sacerdotes da família, os primeiros catequistas, os educadores da fé pelo exemplo e pelo ensino. A família é uma instituição divina e lugar de salvação e santificação. Os pais têm o direito e o dever de transmitir a fé a seus filhos. Eles são mestres, catequistas e primeiros ministros de seus filhos. Jesus cresceu em idade, sabedoria e graça na família de Nazaré. E Deus no íntimo do seu mistério não é solidão, mas uma família, e o sacramento do matrimônio é sinal e instrumento do amor de Deus pela humanidade, e a família é imagem da trindade, uma aliança de pessoas, uma igreja doméstica. Em nossa paróquia nas celebrações dos dias 13, 14,15, 17 e 18 de agosto teremos casais dando seu testemunho de vida em família, também as crianças da catequese estarão expondo cartazes tendo a família como centro. Paz e Bem! Bassani e Aninha Pastoral Familiar COMUNIDADE DE PESSOAS O que faz uma família ser uma comunidade, um lar é a convivência, o relacionamento, a comunicação das pessoas. Família é reciprocidade e complementariedade entre pessoas, é uma comunidade de vida e de amor onde se faz a experiência conjugal, filial, fraternal e social, onde deve existir sempre o diálogo, o perdão, a oração e a ternura entre seus componentes. SANTUÁRIO DA VIDA A família, fundamentada no consenso e no amor entre homem e uma mulher pelo sacramento do matrimônio, é berço e o ninho da vida. Nela a vida é transmitida, gerada, nascida, acolhida, cuidada e desenvolvida. Por isso a família é “PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE”, e nós pais somos colaboradores de agosto.2013 Deus e benfeitores da sociedade. Sabemos o quanto a vida é frágil, por isso precisamos do amparo da família, dos cuidados básicos, do afeto, da presença e da fé dos pais e irmãos. CÉLULA DA SOCIEDADE A família educa os cidadãos, ensina as virtudes sociais, promove a aprendizagem das responsabilidades sociais e da solidariedade. Ela está no centro da vida social. É o lugar primário das relações Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês 15 16 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês agosto.2013
Documentos relacionados
Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês
Em nossa origem divina e humana, feitos à imagem de Deus, somos todos missionários na essência de nosso ser. Cada pessoa, onde quer que se encontre, tem sua missão a viver e a cumprir. Ninguém é ma...
Leia maisJunho.2015 - O Capuchinho
Frei Pedro Brondani e Frei Pedro Paulena Junior Jornalista responsável: Luiz Witiuk – DRT nº 2859 Coordenação: Izilda de Figueiredo Capa: Mayra Armentano Silvério Foto da Capa: Kátia da Silva Diagr...
Leia maisNovembro.2014 - O Capuchinho
e distribuímos no mês de outubro/14, os donativos abaixo discriminados:
Leia mais