Newsletter 63

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Newsletter 63
Boletim Mensal
Número 63
19 / Fev / 2004
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
Nessas últimas semanas os mercados andaram reavaliando o excesso de otimismo com que o País
atravessou do ano 2003 para o ano 2004. Efetivamente, apesar de o Banco Central ter interrompido o
declínio nas taxas de juros, pouca coisa mudou no cenário econômico. Ainda assim, o humor dos agentes
passou a dar sinais de fadiga, sofrendo com as inquietações nos mercados internacionais e com as
incertezas na cena política interna.
A extensão e a profundidade desse reposicionamento dos agentes ainda são difíceis de se avaliar. Mas
nesse debate é importante não se perder de vista que, a despeito do otimismo vivido em 2003, o cenário
local só se tornará realmente confiável e equilibrado quando o País retomar a rota do crescimento
econômico. Depois de um ano de mandato, o atual Governo não efetivou essa mudança de postura e, tal
como a administração anterior, percebe o ritmo de crescimento não como solução para outras variáveis
(como as fiscais e o risco externo) mas, antes, como resultado do comportamento dessas variáveis. É
uma atitude passiva e que há muito tem garantido a mediocridade na performance econômico-social
brasileira.
Quanto ao ritmo dos negócios e investimentos nessas últimas semanas, tal como esperado, houve uma
retomada vis-à-vis o comportamento dos períodos anteriores. Isso confirma o caráter sazonal da retração
então verificada. É claro que o cenário não está fácil e notícias negativas não tem sido raras. Todavia,
acreditamos que o processo de substituição de importações e de expansão das exportações ainda persiste
e tem o que oferecer à dinâmica das empresas no País.
Cenário Econômico
PIB (PM) - Var %
Inflação IPCA - Var %
Taxa de Câmbio - R$/US$
Taxa de Câmbio - Var %
Taxa de Juros Nominal - %
Dívida Pública - % PIB
Saldo Comercial - US$ Bilhões
Trans. Correntes - US$ Bilhões
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
2000
4,4
6,0
1,955
9,3
17,3
49,4
-0,7
-24,2
32,8
2001
1,4
7,7
2,320
18,7
17,3
52,6
2,7
-23,2
22,5
2002
1,5
12,5
3,533
52,3
19,1
55,5
13,1
-7,7
16,6
2003
0,2
9,3
2,889
-18,2
23,3
58,2
24,8
4,1
10,1
2004
2,4
7,1
3,25
12,5
16,5
58,4
19,5
-1,0
11,0
2005
2,9
6,0
3,50
7,7
16,5
60,1
17,5
-4,0
13,0
Conjuntura de Investimentos - 17/Jan/2004 a 16/Fev/2004
Agroindústria
* O grupo Cosan, maior empresa sucroalcooleira do Brasil, adquiriu o controle da refinaria Usati,
de Ilhota (SC). Essa é a quinta aquisição do Cosan nos últimos três anos, sendo que a Usati era
controlada pela Refinadora Catarinense (Grupo Portobello) e pela suíça GIE Holding. O valor
da transação não foi revelado, mas é estimado em cerca de R$ 15 m. A Nova Usati é a primeira
operação do Cosan fora do Estado de SP.
* A Usina Santa Cruz, de Américo Brasiliense (SP), vai investir R$ 32 m para ampliar suas atuais
instalações. O foco da empresa é a expansão de seus negócios com álcool no mercado interno e
externo.
Alimentos
* A Chapecó Alimentos, empresa catarinense controlada pelo grupo argentino Macri, entrou com
pedido de concordata. A empresa fechou em dezembro acordo para arrendamento de suas quatro
unidades produtivas (Xaxim e Chapecó em SC, Santa Rosa-RS e Cascavel-PR). Essa é a segunda
concordata da Chapecó, sendo que o primeiro pedido foi feito antes de sua aquisição pelo Grupo
Macri. As dívidas da empresa somam cerca de R$ 1 bilhão.
* E o frigorífico paranaense Diplomata, do grupo Kaefer, está reiniciando os abates na unidade
arrendada da Chapecó em Xaxim, SC. A produção será praticamente toda destinada ao mercado
exportador. A unidade de Xaxim estava parada há dez meses, devido à crise da Chapecó. Quando a
planta foi arrendada pela Globaves em dezembro, também do grupo Kaefer, ficou definido que a
operação do frigorífico ficaria a cargo da Diplomata, permanecendo com a Globaves o incubatório
e a fábrica de rações daquele complexo. A Diplomata possui plantas em Garibaldi (RS) e
Capanema (PR).
* Sufocada pela crise da matriz italiana e pressionada pelas desconfianças do setor bancário local, a
Parmalat Alimentos e a Parmalat Participações entraram com pedido de concordata no Brasil. As
dívidas do Grupo Parmalat em suas operações brasileiras são estimadas em US$ 1,8 bilhão. Com a
concordata, as operações da empresa poderão ser descontinuadas, pois já há um movimento entre
seus fornecedores de leite no sentido de abandoná-la. Antes de sua crise, a Parmalat era a segunda
maior captadora de leite do País, atrás apenas da Nestlé. A Parmalat Brasil possui 51% do capital
da paranaense Batávia, mas a concordata não atinge diretamente os credores e fornecedores dessa
última.
* E a Companhia Brasileira de Laticínios (CBL) anunciou que vai assumir todas as operações da
Parmalat no Estado do Ceará. A CBL é detentora da marca Betânia. Em 1995 a multinacional
italiana adquiriu o controle do laticínio cearense, mas a operação foi desfeita em meados de 2002.
Apesar disso, as duas empresas continuaram atuando em conjunto. Mesmo com a aquisição e
processamento do leite antes direcionado à Parmalat, a CBL continuará produzindo leite
pasteurizado com a marca da empresa italiana.
* Depois de dois anos de avaliação, o Cade decidiu vetar a incorporação da Chocolates Garoto, de
Vila Velha (ES), pela multinacional suíça Nestlé. A decisão pautou-se no alto grau de concentração
que a união das empresas permitiria, sendo que a Nestlé poderá optar por vender a marca, as
patentes e a fábrica da Garoto de forma separada. Atualmente o mercado brasileiro de chocolates é
liderado pela norte-americana Kraft (Lacta) com 33% de participação, seguida pela Nestlé (29%)
e pela Garoto (21%). Entre os candidatos à compra da empresa capixaba constam a inglesa
Cadbury Schweppes e as norte-americanas Hershey´s e Mars.
Bebidas
* A AmBev, maior fabricante brasileira de bebidas, anunciou sua oitava aquisição desde que foi
criada, em 2000. Por US$ 60 m a empresa está comprando 51% da Embotelladora Dominicana
CXA (EmboDom), maior empresa de refrigerantes e distribuidora da Pepsi na República
Dominicana. Em uma segunda fase, a empresa brasileira deverá ampliar sua participação para 66%
com o pagamento adicional de US$ 10 m e a construção de uma fábrica de cervejas. Essa é a
primeira incursão da AmBev no mercado caribenho.
* A Cervejaria de Teresópolis está investindo R$ 24 m para ampliar sua fábrica, inaugurada em
Teresópolis (RJ) há um ano. A empresa pertence ao grupo Comary, do setor de bebidas destiladas,
e seu objetivo é penetrar no mercado da capital paulista, com a marca Lokal Bier. Atualmente a
Lokal Bier está presente em cinco Estados (RJ, SP, MG, ES e BA).
Varejo
* A CBA, líder brasileira no fornecimento de cestas de alimentos, adquiriu a cadeia de
supermercados populares Econ, que possui 85 lojas na cidade de São Paulo (SP). A Econ era
controlada pelo Nexus, fundo de investimentos do Bank of America. A CBA tem sede em Jundiaí
(SP) e já opera no segmento de supermercados populares (hard discount) com a bandeira D´Hoje.
O valor da transação não foi revelado.
* A Dicico (antiga Di Cicco), rede de comércio de materiais para construção e acabamento, está
inaugurando sua oitava loja, na cidade de São Paulo (SP). A nova unidade recebeu investimento de
R$ 10,5 milhões.
Energia
* O GP Investimentos está ingressando no setor de energia elétrica com a compra da Cemar,
distribuidora de energia no Estado do Maranhão. O antigo controlador da Cemar era a norteamericana Pensylvania Power & Light (PPL), que em julho de 2002 quase vendeu a empresa para
a também norte-americana Franklin Park Energy. Pelo acordo, poderá haver uma conversão de R$
150 m em créditos da Eletrobras em uma participação de até 40% no capital da Cemar. Outras
dívidas da distribuidora com a Eletrobras e a Eletronorte, assim como com bancos e debenturistas,
também já foram renegociadas.
* Juntamente com a norte-americana MDU, a MPX Mineração e Energia tem planos de investir
US$ 125 m até o final de 2006 para construir uma termelétrica em Corumbá (MS). Trata-se da
TermoPantanal que, por estar próxima à fonte boliviana de gás, poderá operar com custos menores.
A unidade deverá ser operacionalizada em três fases, sendo a primeira programada para junho desse
ano.
Química e
Petroquímica
* A Braskem, principal companhia petroquímica do País, anunciou um programa de expansão de
seus negócios na área de PVC até 2007. O produto é usado na fabricação de tubos e conexões,
perfis, calçados e embalagens. A primeira fase dos investimentos contempla gastos de R$ 90 m para
ampliar a fábrica de Marechal Deodoro (AL). Outras duas fases contemplam uma nova ampliação da
unidade alagoana e também da fábrica de Camaçari, BA.
* A Unipar pretende investir US$ 300 m para ampliar a produção de suas unidades no ABC
paulista. Segundo a empresa, o objetivo é colocar em ação o plano de expansão do Pólo
Petroquímico da região. O projeto prevê o aporte de US$ 160 m na PQU, visando a elevação da
produção de etileno, e de mais US$ 140 m para ampliar a produção de polietileno.
* A química alemã Basf pretende aplicar R$ 350 m na América do Sul entre 2004 e 2007, dos quais
R$ 280 m deverão ser destinados às operações brasileiras. Esse montante não abrange o projeto de
ácido acrílico e superabsorvente (SAP) que a empresa estuda junto com a Petrobras, o qual
demandaria gastos de US$ 150 m. No Brasil, a Basf possui negócios nas áreas química, de tintas,
poliestireno e agrícola.
* Em parceria com a Petrobras, a White Martins vai construir uma fábrica para liquefação de gás
natural em Paulínia (SP). Essa será a primeira unidade do gênero no País e está orçada em US$ 38
milhões. A previsão é de que ela seja inaugurada no segundo semestre de 2005. A White Martins
também formou joint venture com a Petrobras para distribuir o gás natural liquefeito (GNL) em
regiões ainda sem acesso a gasodutos dos Estados de SP, PR, GO e DF. Na fabricação, a maior
parte dos investimentos será feito pela White Martins. Mas na empresa de distribuição,
provisoriamente chamada Gemini, a divisão societária será de 60% para a White Martins e 40%
para a Petrobras.
Mineração e
Siderurgia
* A Bradespar está ampliando sua participação no capital da Valepar, controladora da mineradora
Cia. Vale do Rio Doce. É que a empresa do Grupo Bradesco está adquirindo 14,22% de
participação do Opportunity Anafi na Eletron, que é sócia da própria Bradespar na Valepar. A
operação envolve US$ 130 m e, com ela, a parcela da Bradespar no capital votante da Valepar
aumenta de 18,32% para 21,22%.
* E a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) atualizou seu programa de investimentos, prevendo
gastar US$ 7,5 bilhões até 2010. Nesse ano o orçamento de investimentos chega a US$ 1,815
bilhões, o que não inclui aquisições. A CVRD hoje possui pesquisa mineral em oito países da
América do Sul, África e Ásia.
* O grupo Caemi, controlado pela CVRD, aprovou planos de investimentos da ordem de US$ 100,5
m, dos quais US$ 76 m se destinam ao setor de minério de ferro. Essa área é operada pela MBR,
que nesse ano vai estrear suas operações na nova mina de Capão Xavier, em Minas Gerais. Cerca de
US$ 17 m visam a última fase de operacionalização dessa mina, sendo o restante destinado à
renovação de equipamentos e modernização operacional e logística. Os demais recursos previstos
pela Caemi visam basicamente a modernização da Cadam, produtora de caulim.
* Através da Gerdau Ameristeel, segunda maior produtora de aços longos da América do Norte, o
grupo Gerdau adquiriu a norte americana Potter Form & Tie. Essa empresa é especializada em
serviços de corte e dobra de aço para construção civil e produtos para a indústria de concreto
armado. Ela conta com seis unidades operacionais. No Brasil, a Gerdau presta serviços de corte e
dobra através da Armafer, que tem fábrica em nove Estados e que neste ano chegará em SC e PA. O
grupo Gerdau entrou nos Estados Unidos em 1999, quando adquiriu da japonesa Kyoei Steel, 75%
da Ameristeel. No ano seguinte, ampliou essa fatia para 85%. No fim de 2001 comprou uma
siderúrgica da Birmingham Southeast e em 2002 concluiu a fusão dos ativos da Ameristeel com os
da canadense Co-Steel.
Autopeças
* O grupo alemão Continental, quarto maior fabricante mundial de pneus, vai instalar uma fábrica
no Brasil. Para tanto, a empresa anunciou investimentos de US$ 270 m em uma unidade no Pólo
Petroquímico de Camaçari, BA. A Continental pretende exportar entre 80% e 85% de sua
produção brasileira. No mercado latino-americano a empresa já dispõe de fábricas no México e no
Equador.
* A Saint Gobain Sekurit, uma das maiores fabricantes mundiais de vidros automotivos, está
iniciando 2004 com uma nova linha de pára-brisas. Com investimentos de US$ 100 milhões na sua
fábrica em Mauá (SP), a recente ampliação da empresa visa acompanhar a evolução da indústria
automobilística no Mercosul.
* A GKN Driveline do Brasil, empresa de origem inglesa, pretende ampliar em 50% sua
capacidade produtiva até 2008. A primeira fase da expansão será concluída em agosto desse ano,
com a instalação em Porto Alegre (RS) das linhas de semi-eixos e juntas hemocinéticas adquiridas
da VolksWagen em dezembro. Além do complexo industrial de Porto Alegre a GKN do Brasil
também possui uma forjaria em Charqueadas (RS).
* O grupo alemão TMD, com fábrica em Indaiatuba (SP), vai investir € 18 milhões na ampliação de
sua produção de lona pesada e pastilhas de automóveis. Atualmente a empresa atua com 100% de
sua capacidade instalada ocupada.
* A Brochier, empresa de origem alemã, iniciou a montagem de unidades de compressão hidráulica
para gás natural veicular (GNV) em Indaiatuba, SP. O investimento, primeiro da empresa no País,
chegou a US$ 4,5 milhões. Além de atender ao crescente mercado local, a unidade dividirá com a
matriz alemã o abastecimento de outros mercados na América Latina, Oriente Médio e Ásia.
* A alemã Robert Bosch tem planos de investir R$ 82 milhões em Campinas (SP) ao longo desse
ano. Do montante total, R$ 47 milhões serão injetados na produção de chassis; outros R$ 10 milhões
vão para o aumento na produção de bombas de combustíveis; e mais R$ 10 milhões para o segmento
de ferramentas elétricas. A unidade de Sistemas de Energia e Eletrônica Embarcada receberá R$ 15
milhões para modernização e aumento da produção.
Veículos e
Transporte
* A General Motors confirmou investimentos de US$ 240 m para ampliar sua fábrica em Gravataí
(RS), onde produzirá um carro para exportação a partir de 2006. Em Gravataí a GM fabrica o
Celta, modelo que permitiu à empresa ingressar no mercado de veículos compactos. A montagem do
novo modelo praticamente demandará uma nova unidade industrial, visto que o atual condomínio não
está preparado para o sistema CKD (unidades desmontadas), utilizado pelo setor na exportação de
veículos em kits.
* A VolksWagen Caminhões e Ônibus, divisão de veículos comerciais da empresa alemã no
Brasil, tem planos de investir R$ 220 m em sua unidade de Resende (RJ) em 2004. Boa parte desses
recursos será gasta no desenvolvimento de uma plataforma de montagem de picapes grandes e vans,
destinadas ao transporte urbano. O início da produção, que marcará a entrada da empresa no
segmento urbano de cargas, está previsto para o primeiro semestre de 2005.
* A Peugeot do Brasil está investindo US$ 30 m para instalar uma segunda linha de montagem em
sua fábrica de Porto Real (RJ). O novo modelo será uma versão station wagon do atual modelo 206
e deverá ser fabricado a partir de novembro desse ano. Outras novidades que a Peugeot prepara são
o lançamento de um novo motor e de um modelo bicombustível.
* A Embraer anunciou um programa de investimentos de US$ 2 bilhões para os próximos cinco
anos. A cifra é superior ao US$ 1,6 bilhão empregado pela empresa ao longo dos últimos dez anos.
Esse volume de US$ 2 bilhões inclui os investimentos restantes para o desenvolvimento da família
de jatos 170/190, projeto de US$ 1 bilhão em que a maior parte das verbas já foi aplicada. Do total
dos novos investimentos, 60% será utilizado no desenvolvimento de produtos e o restante se
destinará a melhorias de produtividade e qualidade.
* O Expresso Araçatuba, uma das maiores transportadoras do País, vai investir R$ 10,8 m ao longo
desse ano. A maior parte dos investimentos será na renovação e ampliação de sua frota, mas também
estão previstos gastos em informática e instalações. O Expresso Araçatuba é controlador da Exata
Logística e da Golden Cargo.
* A HeliSolutions, empresa de compartilhamento de helicópteros, está iniciando um programa de
expansão que prevê a abertura de bases de operação no Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP),
Salvador (BA) e Porto Alegre (RS). A empresa hoje atua apenas em São Paulo e seu plano
contempla investimentos de US$ 4,6 m. O modelo de propriedade compartilhada (cotas de
propriedade e divisão de custos) também será implementado pela empresa no segmento de jatos,
com o programa JetSolutions.
Eletrônicos e
Componentes
* A canadense Nortel Networks, empresa de equipamentos de telecomunicações, decidiu abandonar
alguns segmentos de atuação. Nesse sentido, a empresa está negociando a venda de suas unidades em
Campinas (Brasil), Calgary e Montreal (Canadá), Monkstown (Irlanda do Norte) e Chateaudun
(França). No Brasil, a Nortel produz sistemas PABX e estações rádio-base para celular e já
investiu R$ 170 m desde 1997.
* A AOC Monitores, empresa do grupo chinês TPV, decidiu abrir uma fábrica no Brasil. A
empresa antes terceirizava sua produção de monitores para computadores e seus investimentos
iniciais serão de R$ 10 m. A nova unidade ficará em Manaus (AM) e deverá ser inaugurada até o
final desse semestre.
* A Siemens do Brasil pretende investir R$ 160 m em 2004 para incrementar sua capacidade
produtiva. A empresa atua nos setores de telefonia, equipamentos e serviços para a área de energia
elétrica, medicina, transporte, iluminação, segurança e informática. O setor de telecomunicações
será uma das prioridades da Siemens, sendo destaque a ampliação da unidade de aparelhos
celulares em Manaus (AM).
* A Venko, empresa associada à Icatel (que detém 60% de seu capital), está chegando para disputar
o mercado brasileiro de aparelhos celulares. Ela será a décima fabricante no País e tem seu
processo de montagem terceirizado pela Celestica em Jaguariúna (SP) e pela Inforcom em Manaus
(AM). No total, foram investidos US$ 8 m em equipamentos e a tecnologia utilizada será a da
inglesa Sendo.
* A Bematech, empresa de Curitiba (PR) fabricante de equipamentos para automação comercial,
vai produzir caixas registradoras em Taiwan. A Bematech quer fazer da nova unidade sua base de
produção para os mercados da Ásia, Europa, Oriente Médio e Oceania. O volume de investimentos
ainda não foi detalhado, mas a fábrica deverá entrar em operação no final desse ano. Os mercados
dos EUA e América do Sul continuarão a ser abastecidos pela unidade brasileira da empresa.
Imobiliário
* A incorporadora e construtora Cyrela planeja colocar no mercado 14 novos empreendimentos ao
longo desse ano. O primeiro deles é o Çiragan, complexo de apartamentos, escritórios e serviços na
região da Avenida Paulista, em São Paulo (SP). Seu valor de venda está estimado em R$ 100 m.
* O grupo carioca Multiplan pretende consolidar sua posição no mercado nacional de shopping
centers. O Multiplan possui 13 centros de compras em operação no País e prepara investimentos de
R$ 253 m. Desse montante, R$ 140 m destinam-se ao Cristal Shopping, que começará a ser
construído nesse ano em Porto Alegre (RS) e tem inauguração prevista para 2006. Outros R$ 93 m
destinam-se à ampliação do Morumbi Shopping (São Paulo-SP) até 2005, do Park Shopping
(Brasília-DF) e do Diamond Mall (Belo Horizonte-MG). Os R$ 20 m restantes vão custear as
reformas do Barra Shopping, no Rio de Janeiro (RJ).
Financeiro
* O Unibanco está assumindo as operações brasileiras do banco italiano BNL. A compra envolve
apenas as atividades bancárias e deverá ser liquidada via troca de ações. O valor da transação não
foi revelado, mas estima-se que deva girar em torno de € 60 m.
* Por R$ 78 m o Bradesco arrematou, em leilão de privatização, o Banco do Estado do Maranhão
(BEM). A operação dá ao Bradesco a liderança no mercado bancário maranhense. O valor
oferecido ficou 1,07% acima do preço mínimo fixado pelo Banco Central, mas é mais do que o
dobro do valor patrimonial do BEM, que soma R$ 37 m. O Bradesco possui 26 agências bancárias
no Maranhão e o BEM conta com 76 unidades.
Outros
Setores
* A Cummins Latin America, com fábrica em Guarulhos (SP), pretende aumentar suas exportações
de motores nesse ano, notadamente para a Argentina e para a Rússia. Para tanto, a empresa prevê
aumentar sua capacidade produtiva e investir no desenvolvimento de produtos, em um centro técnico
e no pós-venda. Os gastos totais são estimados em R$ 25 m.
* A indústria de brinquedos Estrela inaugurou sua nova fábrica em Três Pontas (MG), onde foram
investidos R$ 9 m. A empresa começou a operar naquele município em 2001, em uma área três vezes
menor do que a atual. Além de Três Pontas, a Estrela também possui fábricas em Manaus (AM) e
em Itapira (SP).
* A farmacêutica suíça Novartis vai mudar sua marca de medicamentos genéricos no Brasil. No
mundo o grupo utiliza o nome Sandoz para esse segmento de mercado, sendo que no Brasil é
utilizado o próprio nome Novartis. Aqui, a empresa produz 26 medicamentos genéricos e prepara-se
para disputar a construção de uma nova planta da multinacional na América Latina. Atualmente, a
Novartis possui fábricas em Taboão da Serra (SP), Campo Grande (RJ) e Resende (RJ), ocupando a
quarta posição no ranking brasileiro de medicamentos.
* A Fábrica Nacional de Perfumes (Fanape), que produz os perfumes e cosméticos da marca Água
de Cheiro, entrou em concordata. A empresa tem fábrica em Lagoa Santa (MG) e acumula dívidas
de R$ 8 m. Além das franquias da rede Água de Cheiro, a Fanape também abastece a terceiros. A
rede de franquias, que hoje chega a 630 unidades no País, cabe à Água de Cheiro Franchising,
empresa do mesmo grupo, porém independente da Fanape.
* A Todeschini, fabricante de móveis modulares de Bento Gonçalves (RS), está inaugurando mais
uma planta industrial. A nova linha fica no próprio complexo de Bento Gonçalves e absorveu
investimentos de R$ 40 m. Com ela, a Todeschini poderá duplicar sua capacidade produtiva até o
final de 2004, garantindo base para o aumento de suas exportações a partir de 2005.
* O grupo mineiro Algar concluiu a recompra da participação que a norte-americana Williams
International detinha em sua divisão Telecom. A Williams possuía aproximadamente 20% da
CTBC Telecom e há mais de um ano queria deixar o mercado brasileiro.
* A Free Way Artefatos de Couro, fábrica de calçados sediada em Franca (SP), vai investir R$ 2
m nesse ano. A empresa hoje conta com 12 unidades fabris em vários Estados e os investimentos
serão em máquinas, equipamentos e desenvolvimento de produtos. O objetivo da Free Way é
garantir suporte ao aumento de suas exportações.
A BRASILPAR atua na área de Serviços Financeiros, prestando serviços envolvendo compra,
venda, associação entre empresas, atração de sócios, avaliação de empresas e projetos, assim como
assessoria no levantamento de recursos de longo prazo e de capital (Project Financing e
Restruturação de Empresas).
A BPE INVESTIMENTOS é o novo nome para as atividades das empresas:
Brasilprivate Consultoria e Participações Ltda., administradora do FIRE - Fundo Mútuo de
Investimentimentos em Empresas Emergentes e da Brasil Private Equity Ltda., contratada exclusiva
da WestSphere do Brasil Ltda. para a administração da carteira de investimentos do South America
Private Equity Growth Fund Coinvestors, L.P. no Brasil. Combinados esses dois fundos a BPE já
conta com 12 investimentos em suas carteiras de participações nas seguintes empresas:
Armco Staco (produtos metalurgicos para construção viária e saneamento)
Autotrac (serviços de telecomunicação e rastreamento para frotas)
CBE (serviços de esterilização por cobalto)
Datasul (software de gestão empresarial)
Getec (insumos derivados do açúcar para indústria química)
Latina (fabricação de eletrodomésticos)
Metalkraft (fundição e usinagem de peças em metal)
Mobitel (serviços de call center)
Mr. Clean (serviços de lavanderia industrial)
OpenCommerce (automação comercial de serviços de varejo)
Padron (fabricação de cartões eletrônicos)
TendTudo (varejo de material de construção)
BRASILPAR:
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Antonio Carlos Molina
Carla Beatriz Guimarães
Ferreira
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João Pedro Viola Ladeira
Marco Antonio Serra
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R. Duncan Littlejohn
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O cenário econômico contido neste boletim refere-se aos resultados de nossas simulações e podem ser modificados sem prévia
comunicação. A BPE Investimentos e a Brasilpar não se responsabilizam pela utilização comercial ou financeira dessas previsões.
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