INFORME OPEU – SETEMBRO 2011, n°2 SEGURANÇA
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INFORME OPEU – SETEMBRO 2011, n°2 SEGURANÇA PRÍNCIPE SAUDITA AMEAÇA EUA EM CASO DE VETO A ESTADO PALESTINO NA ONU 11 DE SETEMBRO DE 2011 O príncipe saudita, Turki Al-Faisal, declarou, no dia 11, que a relação EUA-Arábia Saudita poderá mudar caso o aliado vete o pedido de reconhecimento do Estado Palestino na ONU. O pedido deve ser apresentado no dia 20, apesar de o presidente Obama ter reconfirmado o veto. Al-Faisal disse que o mundo árabe espera que seu país apoie a demanda, o que o impede de aceitar o posicionamento dos EUA. Líderes sauditas temem que o alinhamento com os EUA provoque ainda mais revoltas na região. O príncipe responsabilizou o aliado pelo fracasso das negociações de paz, acusando a Casa Branca de se preocupar mais com questões domésticas do que em reparar “uma injustiça épica” contra os palestinos. Nas palavras de Al-Faisal, o mínimo que os EUA podem fazer para compensar a falta de propostas é permitir que países árabes moderados e europeus conduzam o processo de reconhecimento. Ainda, o monarca destacou ser a Arábia Saudita o único país capaz de dar aos palestinos a legitimidade necessária para negociar com os isralenses. Desde junho de 2009, os sauditas repassaram mais de US$ 2,5 bilhões para a Autoridade Palestina, tornando-se os maiores doadores da entidade. A declaração do príncipe indica que as relações entre os dois aliados históricos já não são as mesmas. Recentemente, a Arábia Saudita apoiou a repressão no Bahrain, contrariando a vontade de Washington. Riad também se recusou a abrir embaixada no Iraque em protesto contra o governo do xiita Nuri al-Malik, que é apoiado pelos EUA. A declaração de Al Faisal é, sem dúvida, a mais dura crítica feita aos EUA por uma alta autoridade saudita nos últimos tempos. EUA E OPOSIÇÃO LÍBIA COOPERAM PELA NÃO PROLIFERAÇÃO DE ARMAS 08 DE SETEMBRO DE 2011 Os EUA e a OTAN têm se reunido com o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, nas últimas semanas, para evitar a proliferação de armas do antigo regime. Em 2003, Muammar al-Gaddafi concordou em desmantelar seu arsenal de armas de destruição em massa como parte do esforço de reaproximação com países ocidentais. No entanto, documentos de 2009, vazados pelo Wikileaks, sugerem que o ex-líder teria atrasado o desarmamento para extrair mais concessões dos EUA. De acordo com a Organização para Proibição de Armas Químicas, que trabalha em parceria com a ONU, o estoque de gás venenoso no país às vésperas do conflito era de 11,25 toneladas. Alguns militares e oposicionistas temem que as forças leais a Gaddafi usem gás mostarda, mísseis balísticos e antiaéreos, e minas terrestres contra os opositores e a popu- INFORME OPEU – SETEMBRO 2011, n° 2 lação. No Congresso, Mike Rogers (R-MI), presidente do Comitê de Inteligência na Câmara, chegou a sugerir que os EUA se apropriem dos armamentos para evitar que eles caiam nas mãos de terroristas. Essa preocupação também aflige membros da administração Obama. O conselheiro de contraterrorismo da Casa Branca, John Brennan disse, na quinta-feira, que a Al Qaeda no norte da África vê a Líbia como um “bazar de armas”. Para o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Tommy Vietor, o governo dos EUA sempre esteve ciente do problema, razão pela qual as armas foram monitoradas por meio de satélites e aviões não tripulados desde o início da guerra civil em 2011. AÇÕES CLANDESTINAS DE COMANDO MILITAR COMBATEM TERRORISMO 05 DE SETEMBRO DE 2011 O Comando de Operações Especiais Conjuntas (JSOC, na sigla em inglês), responsável por operações militares, teve um grande crescimento após os atentados de 11 de setembro. O órgão, criado em 1980 para resgatar civis dos EUA feitos reféns no Irã, tornou-se popular pela execução de Osama bin Laden recentemente. Depois do ataque às torres, o Comando passou a realizar atividades clandestinas não militares. Essas atividades, que incluem ações no exterior sem o envolvimento explícito do governo dos EUA, costumavam ser feitas apenas pela CIA, mediante autorização legislativa. Como o JSOC é uma unidade militar, que depende apenas de permissão do presidente e do secretário de Defesa, o Congresso não tem sido informado sobre suas missões de espionagem, interrogação e execução de supostos terroristas. O crescimento do Comando se deve à intensificação da guerra ao terrorismo. Em 2003, sob liderança do general Stanley McChrystal e por ordem do então secretário de Defesa Donald Rumsfeld, o Comando tornou-se centro do contraterrorismo. Rumsfeld criou uma lista com quinze países onde o grupo poderia investigar, prender e matar supostos terroristas sem a necessidade de autorizações especiais. Em outros países, o JSOC necessitaria de aprovação do governo local ou de um oficial militar de alta patente dos EUA. O resultado da mudança na natureza de suas operações é que o JSOC, considerado o mais secreto órgão de segurança do país na atualidade, transformou-se no principal instrumento militar de contraterrorismo dos EUA. 2 INFORME OPEU – SETEMBRO 2011, n° 2 ECONOMIA TAXA DE POBREZA AUMENTA NOS EUA 13 DE SETEMBRO DE 2011 De acordo com relatório divulgado pelo Census Bureau, no dia 13, o índice de pobreza dos EUA aumentou em 2010. Segundo o instituto de pesquisa, o país teve 46.2 milhões de pobres, o que representa 15,1% da população contra 14,3% em 2009. No ano passado, 2,6 milhões de pessoas passaram a viver abaixo da linha de pobreza, o maior número em 52 anos. O índice de pobreza aumentou entre negros, hispânicos, crianças e mulheres, embora os homens, de modo geral, sejam a categoria mais afetada. A taxa de pobreza entre os latinos subiu de 25,3% em 2009 para 26,6% em 2010; entre os negros, a taxa subiu de 25,8% para 27,4%. Já os números entre a população branca aumentaram em apenas 0,5%, enquanto a taxa manteve-se em 12,1% para os asiáticos. A renda familiar anual também apresentou queda de 2,3%, atigindo US$ 49.445, sendo a primeira vez em que o valor fica abaixo de US$ 50.000 desde 1997. A renda média caiu mais entre as faixas com menores salários. O relatório também indica que as dificuldades econômicas fizeram com que pessoas em situação financeira vulnerável passassem a dividir moradias com amigos e parentes. Na população entre 25 e 34 anos, o número de residências compartilhadas aumentou em 25% desde o começo da recessão em 2007. De acordo com analistas, os índices dos jovens, negros e hispânicos são parcialmente explicados pela baixa demanda por trabalhadores em setores que normalmente empregam essas pessoas, como a atividade de construção civil. Os números refletem que as medidas tomadas para a recuperação da economia ainda não conseguiram evitar a piora na situação dos mais pobres. OBAMA APRESENTA PLANO DE EMPREGOS 09 DE SETEMBRO DE 2011 O presidente Obama apresentou, em sessão conjunta do Congresso no dia 8, o Ato de Empregos da América. O ato propõe criar empregos com investimentos e cortes de impostos de US$ 447 bilhões. Apelando para o consenso bipartidário, o presidente exortou o Congresso a aprová-lo imediatamente e acabar com o “circo político” O plano inclui isenção fiscal para empresas que criem novas vagas, e créditos fiscais na contratação de veteranos e pessoas desempregadas há mais de seis meses. A proposta prevê reduzir em tributos sobre a folha de pagamentos de pequenas empresas e o imposto sobre salário dos funcionários, o que beneficiaria 160 milhões de pessoas. Para os desempregados, Obama defendeu estender os benefícios do seguro desemprego até 2013. A redução de impostos dos mais pobres seria compensada pelo aumento da carga tributária dos mais ricos. Além de reformas fiscais, outras medidas foram sugeridas. O Ato recomenda melhorar a infraestrutura do país, modernizando estradas, linhas ferroviárias e instalações escolares. Acordos de livre comércio com países como Coreia do Sul, Panamá e Colômbia, foram destacados 3 INFORME OPEU – SETEMBRO 2011, n° 2 como uma oportunidade para a exportação de produtos dos EUA. O presidente alegou que o plano não aumentaria o déficit, já que seria financiado com aumento de impostos para os milionários e pelo fim de programas de benefícios para grandes corporações. Ainda, cerca de 500 regulações federais seriam reavaliadas para acabar com desperdícios no governo. Obama prometeu divulgar, em breve, plano de redução do déficit ainda mais ambicioso do que o aprovado em agosto. OMC REJEITA APELAÇÃO DA CHINA CONTRA OS EUA 06 DE SETEMBRO DE 2011 A Organização Mundial do Comércio (OMC) rejeitou, em 5 de setembro, apelação da China contra os EUA pela imposição de tarifas sobre a importação de pneus chineses. O caso teve início em setembro de 2009, quando o presidente Barack Obama impôs taxação de 35% sobre os pneus, alegando que estes afetavam profundamente a produção doméstica. A ação foi demandada ao governo por um sindicato de trabalhadores com base nas determinações da Comissão de Comércio Internacional dos EUA. Por sua vez, a China alegou incompatibilidade da medida com seu “Protocolo de Ascenção à OMC”, o que a levou a abertura de um painel de apelação sobre a questão. Desde 2010, quando a tarifa foi implementada, a importação de pneus chineses aos EUA diminuiu 23,6%, e mais 6% na primeira metade de 2011. A OMC julgou não haver incompatibilidade entre as ações dos EUA e as normas da instituição, pois a medida visa a conter um fluxo de importações que poderia desestabilizar o mercado interno. O representante comercial dos EUA, Ron Kirk, comemorou a decisão, que classificou como uma enorme vitória para os EUA e seus trabalhadores. Kirk ainda afirmou que a administração Obama utilizará as leis comerciais do país para defender empregos. Por outro lado, a China lamentou o resultado do painel. A missão comercial chinesa em Genebra divulgou comunicado afirmando que a decisão é protecionista e favorece a indústria de pneus dos EUA, em detrimento de legítimos interesses comerciais chineses. 4 INFORME OPEU – SETEMBRO 2011, n° 2 POLÍTICA PLANO DE EMPREGOS TEM REPERCUSSÕES 09 DE SETEMBRO DE 2011 O discurso sobre plano de criação de empregos apresentado pelo presidente Obama, no dia 7, repercutiu elogios e críticas de ambos os partidos. Apesar de poucos aplausos republicanos à proposta apresentada, o líder da maioria na Câmara, Eric Cantor (R-VA), demonstrou disposição em considerar algumas das medidas propostas. No entanto, Cantor criticou o presidente por não especificar como as iniciativas sugeridas serão financiadas. A mesma crítica foi feita pelo senador Pat Toomey (R-PA), um dos doze membros do supercomitê do déficit, órgão encarregado de propor um novo pacote de redução do déficit até novembro. Para o senador, a maioria das propostas do presidente coloca obstáculos às metas do painel bipartidário. Já os democratas elogiaram o plano, embora os mais progressistas tenham demonstrado preocupação com a extensão da redução de impostos sobre salários. Os cortes poderiam prejudicar o financiamento da Seguridade Social. No dia seguinte ao discurso, o líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), criticou a postura do Tea Party em rejeitar qualquer proposta econômica vinda do presidente. Reid sugeriu que a ala mais conservadora do Partido Republicano trabalha para prejudicar a economia do país e dificultar a reeleição de Obama, e insistiu para que republicanos moderados apoiem a proposta. Apesar de o porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), ter pedido a presença dos congressistas republicanos no pronunciamento, muitos se ausentaram. Funcionários da Casa Branca disseram que Obama enviará a proposta ao Congresso na próxima semana. CORTE DERRUBA ARGUMENTO DA VIRGÍNIA CONTRA REFORMA DA SAÚDE 09 DE SETEMBRO DE 2011 A Corte de Apelações do 4o. Circuito decidiu, no dia 6, que o estado da Virgínia não tem legitimidade para questionar a reforma da saúde da administração Obama. No mesmo dia em que o presidente assinou a lei em 2010, o procurador-geral da Virginia, Kenneth Cuccinelli, foi o primeiro a abrir um processo contra a reforma da saúde. A Virginia foi o único estado a argumentar que a lei federal entra em conflito com uma legislação estadual que desobriga moradores do estado a contratarem seguro. Outros processos foram abertos posteriormente, todos questionando a constitucionalidade do mandato individual, dispositivo da lei que requer que todos os americanos tenham um seguro de saúde. Em agosto, a Corte do 11o. Circuito decidiu a favor de 26 estados que contestam dispositivos da lei, declarando-os como inconstitucionais. Aliados de Cuccinelli sugeriram a junção dos processos, mas o procurador preferiu continuar se baseando no direito de um estado desafiar uma lei federal, e não na constitucionalidade da legislação. A resolução da Corte de Apelações do 4o Circuito é a segunda a apoiar a lei no âmbito federal. Em junho, a Corte do 6o. Circuito se posicionou favorável à medida de reforma da 5 INFORME OPEU – SETEMBRO 2011, n° 2 saúde. Desde a sua assinatura, foram movidos mais de trinta processos contrários à reforma, com vitórias e derrotas para os dois lados. Cuccinelli afirmou que recorrerá da decisão junto à Suprema Corte, que tem palavra final sobre a questão. PRÉ-CANDIDATOS REPUBLICANOS APROXIMAM-SE DO TEA PARTY 06 DE SETEMBRO DE 2011 Os pré-candidatos republicanos à presidência reuniram-se, no dia 5, em fórum organizado pelo senador Jim DeMint (R-SC) na cidade de Columbia, na Carolina do Sul. No encontro, os candidatos adotaram uma postura conservadora, buscando aproximação com o Tea Party, ala presente em maior número no evento. No fórum, os pré-candidatos criticaram fortemente as políticas econômicas do presidente Barack Obama. A representante Michelle Bachmann (R-MN) prometeu revogar a reforma da saúde, rever as políticas de imigração e eliminar, ou ao menos diminuir, o Departamento de Educação. Já o ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, manteve sua posição mais moderada. Apesar de defender o fim da lei Dodd-Frank, que reformou o sistema financeiro, Romney concorda com algumas de suas provisões e certas regulamentações comerciais. Esse posicionamento, apesar de torná-lo o candidato mais qualificado para a disputa com Obama, o prejudica nas primárias devido ao crescimento do Tea Party. O fórum também contou com a presença dos pré-candidatos Herman Cain, Ron Paul (R-TX) e Newt Gingrich. O governador do Texas, Rick Perry, discursou pela manhã em Cornway, cidade no mesmo estado, onde também defendeu demandas do Tea Party por um governo menor. O governador, no entanto, teve que retornar ao Texas antes do fórum. A ausência de Perry, considerado um dos favoritos ao lado de Romney, adiou o confronto entre os dois candidatos para o debate republicano do dia 7. 6 INFORME OPEU – SETEMBRO 2011, n° 2 ENERGIA FBI INVESTIGA FALÊNCIA DE EMPRESA DE PAINÉIS SOLARES 12 DE SETEMBRO DE 2011 A pedido do Departamento de Energia, o FBI iniciou investigações na Solyndra Inc., no dia 8, uma semana depois de decretada a sua falência. Agentes executaram mandados de busca na sede da empresa e nas residências do presidente, Brian Harrison, e de dois de seus executivos. A iniciativa foi tomada porque a indústria, que produz painéis solares, faliu depois de se beneficiar de US$ 535 milhões em empréstimos com garantias do governo em 2009. A suspeita é de que a empresa teria ocultado sua má situação financeira para obter empréstimos privados, já que as garantias do governo avalizavam novos endividamentos. Mas a suposta inadimplência não teria sido a única razão para as buscas. Empréstimos contraídos junto a fontes ligadas à Casa Branca alertaram a mídia e o Congresso sobre os procedimentos para concessão de empréstimos federais. George Kaiser, o maior acionista da Solyndra, atuou como angariador de fundos durante a campanha de Obama em 2008. Os presidentes do Comitê de Energia e Comércio da Câmara, Fred Upton (R-MI), e do Subcomitê de Fiscalização e Investigação, Cliff Stearns (R-FL), pediram a divulgação dos documentos relacionados à concessão. O episódio deverá ser usado por congressistas para criticar a agenda e o déficit do governo. Para os republicanos, a falência aponta ineficiência no programa de estímulos ao setor de energia limpa e incompetência do governo para interferir na economia. Frente às críticas, a Casa Branca declarou que a escolha pela Solyndra foi tomada por um corpo de administradores com base no mérito da empresa, sem nenhuma influência do presidente. OBAMA ADIA NOVOS PADRÕES DE GASES POLUENTES 07 DE SETEMBRO DE 2011 Obama anunciou, no dia 2, que irá manter os padrões vigentes para emissão de gases poluentes por pelo menos dois anos. A medida mantém o limite de poluição das indústrias em 75 partes por bilhão, parâmetro que havia sido adotado pelo ex-presidente George W. Bush. Este limite contraria conclusão de 2008 da Suprema Corte, que determinou a adoção de limites entre 60 e 70 partes, conforme recomendações científicas. O presidente pediu à diretora da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Lisa Jackson, que adie até 2013 a aplicação de restrições mais rígidas, já que novos padrões custariam ao país cerca de US$ 90 bilhões por ano. A decisão representa uma contradição, uma vez que Obama compartilhava do plano da agência em rever os padrões ainda este ano. Além do meio ambiente e da saúde da população, as maiores prejudicadas foram a EPA e a sua diretora, frequentes alvos de crítica republicana. Jackson não chegou a ser consultada sobre o adiamento, do qual só tomou conhecimento dias antes. Grupos de interesse, como o American Petroleum Institute, vinham argumentando que os novos padrões resul- 7 INFORME OPEU – SETEMBRO 2011, n° 2 tariam em corte de empregos e impedimento do crescimento econômico. Thomas Donohue, presidente da Câmara de Comércio, afirmou que a decisão de Obama foi acertada, sendo uma vitória para as indústrias que geram empregos no país. Em contrapartida, o economista Paul Krugman criticou a medida, salientando que a adaptação das indústrias a padrões mais rígidos criaria empregos ao obrigá-las a investir em equipamentos adequados. ACORDO COM EXXON PODE DAR À RÚSSIA ACESSO A RESERVAS DOS EUA 31 DE AGOSTO DE 2011 A maior petrolífera dos EUA, Exxon Mobil, fechou acordo com a estatal russa Rosneft, no dia 30, para explorar petróleo na zona russa do Oceano Ártico. Como os EUA proíbem exploração na zona que controlam no Ártico, a transação revela-se uma grande oportunidade para a Exxon. Em troca, a Rosneft se tornará coproprietária de campos de petróleo no Golfo do México e em terras no Texas. O acordo permite à Rússia adquirir técnicas avançadas, o que poderia aumentar sua produção doméstica e reverter tendência de declínio de suas reservas. A negociação ainda pode ser revisada pelo Comitê de Investimentos Externos, órgão do Departamento do Tesouro, responsável por analisar transações com risco para a segurança nacional. Caso a Rosneft encontre barreiras nos EUA, o investimento de US$ 3,2 bilhões da Exxon na Rússia também poderá ser prejudicado. Funcionários russos disseram que reciprocidade é uma condição essencial para que empresas internacionais possam investir em exploração de recursos de energia na Rússia. O vice-primeiroministro Igor Sechin declarou que a Rosneft espera participar de pelo menos seis projetos nos EUA de valores equivalentes aos oferecidos a Exxon. Mas a dúvida sobre a capacidade da Rosneft em evitar acidentes ambientais e a desconfiança do Congresso em relação à aquisição de ativos domésticos por empresas estrangeiras, principalmente de países não aliados, pode se tornar um impedimento. Em 2005, a pressão dos congressistas fez com que a petrolífera californiana Unocal desfizesse acordo de venda para a estatal chinesa CNOCC. 8
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