PIB sobe a 0,28% após 19 semanas em queda
Transcrição
PIB sobe a 0,28% após 19 semanas em queda
CORREIO DO POVO Economia ■ O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de pessoas com mais de 60 anos de idade, teve inflação de 0,46% no terceiro trimestre deste ano. A taxa é inferior à observada no segundo trimestre, de 1,7%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), em 12 meses, o IPC-3i acumula inflação de 6,7%, taxa inferior aos 6,9% registrados pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas etárias. » Inflação da terceira idade fica em 0,46% TERÇA-FEIRA | 14 de outubro de 2014 ■ 9 Previsão da CEF para financiamento imobiliário caiu de R$ 155 bilhões para R$ 136 bilhões. PIB sobe a 0,28% após Balança registra superávit 19 semanas em queda COMÉRCIO EXTERIOR Boletim Focus sinaliza que IPCA deve acelerar e encerrar o ano em 6,45% R Após 19 semanas revisando para baixo a expectativa de crescimento da economia, analistas do mercado elevaram a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro) deste ano. Segundo o boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central (BC), a mediana das projeções dos economistas ouvidos subiu para alta de 0,28%, levemente superior aos 0,24% apontados na semana passada. Apesar disso, a projeção segue mais baixa do que a vista um mês atrás, de 0,33%. A previsão para a inflação, no entanto, também aumentou. Agora, os especialistas esperam que o IPCA, índice que mede a alta de preços oficial no país, encerre 2014 em 6,45%, patamar bem superior aos 6,32% do relatório da semana anterior. A nova projeção se segue à divulgação de que o indicador acumulou alta de 6,75% em setembro, ultrapassando novamente o teto da meta do governo, de 6,5%. É o maior índice acumulado nesse período desde outubro de 2011 SIMONE S. LOPES / ESPECIAL / CP MEMÓRIA io — Brasília — A balança comercial brasileira registrou nas duas primeiras semanas de outubro superávit de 140 milhões de dólares. De acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações somaram 6,752 bilhões, enquanto as importações totalizaram 6,612 bilhões. Na primeira semana, o saldo registrado foi positivo em 236 milhões, enquanto a segunda se- mana foi de déficit de 96 milhões. Na análise pela média diária, as exportações até a segunda semana de outubro caíram 14,9%, na comparação com o registrado em outubro do ano passado. Segundo o ministério, isso é resultado da queda nas vendas de manufaturados (-26,1%). No ano, o saldo comercial acumula déficit de 554 milhões de dólares, resultado de 180,387 bilhões em exportações e 180,941 bilhões em importações. PROJETO DE LEI TURISMO Rio — Tramita no Senado um projeto de lei que prevê o monitoramento das esteiras de bagagem dos aeroportos por câmeras de vídeo, para auxiliar o consumidor nas reclamações por furto, extravio ou dano em suas malas. De acordo com a proposta da senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), a colocação das bagagens nas esteiras deverá ser filmada e as imagens, exibidas em tempo real para os passageiros que aguardam as suas malas. O projeto de lei está sendo analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), responsável pela votação final. Os gaúchos, em especial os residentes em Porto Alegre, são os primeiros na lista de intenção de viagens para os próximos seis meses, conforme a pesquisa Sondagem do Consumidor, realizada pelo Ministério do Turismo/FGV em sete capitais brasileiras. O percentual de sinalização positiva é 42,7%. Seis entre dez entrevistados dizem que os destinos serão localidades brasileiras. Entre os gaúchos, o avião é o meio de locomoção preferido, com 49%. Quando o tema é hospedagem, hotéis e pousadas ainda predominam como principal meio para 45%. Malas vigiadas pelas câmeras Projeção de expansão da economia avançou mas não supera mês anterior (6,97%). Com esse novo aumento, a expectativa de inflação para 2014 volta a se aproximar do teto do sistema de metas. A meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é de 4,5%, mas com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O relatório mostrou também que os analistas ainda não chegaram a um consenso sobre o patamar da Selic ao final de 2015. Assim como no levantamento passado, a mediana das projeções segue em 11,88%, o que demonstra divisão do mercado entre uma taxa de 11,75% e 12% ao final do período. Um mês antes, a mediana estava em 11,50%. Para 2014, com a expectativa de que o Copom não promoverá mais qualquer mudança, a mediana das estimativas para a taxa básica de juros segue em 11% — patamar atual. Porto-alegrenses devem viajar mais JOVENS CRÉDITO DA CAIXA Queda na venda muda planos Geração do milênio está otimista São Paulo — A queda nas vendas de imóveis no país mudou os planos da Caixa Econômica Federal. A projeção atualizada é de que a liberação de empréstimos imobiliários pelo banco alcance até R$ 136 bilhões em 2014, patamar igual ao verificado em 2013. A Caixa antes estimava que os financiamentos chegariam a R$ 155 bilhões, alta de 14% em relação ao ano passado. “Se chegarmos a R$ 136 bilhões, já será um excelente desempenho”, disse o diretor executivo de Habitação, Teotônio Rezende. De janeiro a setembro, os financiamentos soma- ram R$ 95 bilhões. Nos últimos meses, as vendas foram afetadas pelo baixo crescimento econômico, pela queda na confiança de consumidores diante da indefinição sobre os rumos do país, além de um calendário repleto de datas que afastaram visitantes dos estandes de vendas, como Copa do Mundo e Carnaval tardio (em março). Para o diretor da Caixa, porém, o cenário não representa uma crise para o mercado imobiliário, mas uma acomodação após um período superaquecido. “O mercado voltou a colocar os pés no chão”, observou. Déficit habitacional Minha Casa ganhará exige R$ 760 bilhões novo limite de valor ■ A equalização do déficit habita- ■ O governo federal fará em 2015 cional no país demandará investimentos de R$ 760 bilhões ao longo de dez anos, de acordo com estudo divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O levantamento considera que até 2024 o país terá 16,8 milhões de novas famílias, sendo 10 milhões com renda familiar de até três salários mínimos. Com um déficit estimado este ano de 5 milhões de moradias, o desafio será proporcionar habitações para cerca de 22 milhões de famílias na próxima década. um reajuste no valor-limite dos imóveis que podem ser enquadrados no programa Minha Casa Minha Vida, anunciou ontem a secretária nacional da Habitação, Inês Magalhães. “Para a meta de contratação de 2015 os valores serão revistos, como fazemos periodicamente”, disse. A secretária explicou que o ajuste ainda não tem um percentual definido nem uma data para entrar em vigor. A última mudança no limite de preços do Minha Casa Minha Vida ocorreu em 2012. ■ JÉZICA BRUNO | Enviada especial TELEFÓNICA / DIVULGAÇÃO / CP J ovens otimistas, na vanguarda da tecnologia e preocupados com a educação. Esse é o perfil dos Millennials, pessoas de 18 a 30 anos — a geração do milênio —, apresentado pela pesquisa Telefónica Global Millennial Survey. O estudo, que foi divulgado ontem, na Futurecom 2014, em São Paulo, foi desenvolvido com mais de 6,7 mil jovens em 18 países na América Latina, Estados Unidos e Europa. Em sua segunda edição, a pesquisa aponta que os jovens estão satisfeitos com o que alcançaram até agora, mas não perderam o foco na conquista de uma carreira bem-sucedida. Também para esta geração, a tecnologia, sobretudo a móvel, é fundamental. A pesquisa revelou ainda que o otimismo do brasileiro é uma qualidade ressaltada em 94% dos entrevistados, sendo que 61% deles se dizem muito otimistas e 33%, um pouco otimistas. Eles consideram que a América Latina tem potencial e, na avaliação de 38%, será a segunda região em expansão nos próximos dez anos. Em primeiro lugar está a América do Norte, com 43%. “O espírito empreendedor dos brasileiros e dos latinos é Telefónica Global Millennial Survey foi apresentada em São Paulo mais forte”, explicou a presidente da Fundação Telefônica Vivo, Gabriella Bighetti. “Nosso objetivo ao realizar a pesquisa é entender melhor a Geração Millennials da atualidade e permitir o alinhamento do crescimento de nossos negócios com resultados positivos na sociedade”, afirmou o diretor de Operações da Telefónica S/A, José María Álvarez-Pallete. Mais de 70% dos Millennials entrevistados no país acreditam que podem fazer a diferença localmente e 51% vão mais além e apostam que suas trajetórias podem ter impacto positivo globalmente. Quando se trata da influência sobre a própria formação, 79% da geração do milênio põe a família em primeiro lugar. Apesar de otimistas, os Millennials acumulam preocupações sobre educação e corrupção, sendo elas mais fortes que as verificadas em outras regiões do mundo. Para 70% dos entrevistados no Brasil, o sistema de ensino é o principal aspecto da infraestrutura que o governo deve se concentrar em melhorar.