Balanço 2013 - Grupo Photon
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Balanço 2013 - Grupo Photon
Ano 23 – Número 227 Especial 4 8 7 111 0 0 2 2 7 Evolução do varejo - Em processo de grandes mudanças de perfil, empresas do setor enfrentam desafios de adequação às novas características Entrevista Para Edson Brasil, vice-presidente global da Delphi, distribuidor precisa definir seu modelo de negócio Balanço 2013 Sem grandes mudanças, aftermarket deve fechar o ano com leve crescimento ou projeções para 2014 Índice Índice 18 Capa Cadeia automotiva indica como será o fechamento do ano e o que deve vir em 2014 4 w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r 8 Entrevista 28 Especial 38 Eventos – Fenatran 12 Carro 32 Pesados 40 Sindirepa 16 Estatísticas 34 Geomarketing 46 IQA 24 Tecnologia 36 Duas Rodas 48 Flash Vice-presidente global da Delphi, Edson Brasil fala sobre a importância das campanhas de incentivo no setor Mitsubishi apresenta a terceira geração do Outlander para o mercado brasileiro Emplacamentos: melhores resultados só em novembro Válvulas de motor: o trabalho sob alta pressão Varejo enfrenta o desafio de se adaptar às novas características do setor Mercedes-Benz destaca novas implementações para a Sprinter Espírito Santo Pesquisa aponta que 88% dos acidentes envolvendo motocicletas são causados por imprudência do condutor 19ª edição da Fenatran tem, além de caminhões imponentes, novas tecnologias com apelo à redução de custos no transporte Conquistas importantes para o segmento de funilaria e pintura Componentes de direção terão selo do Inmetro 5 Carta ao Leitor w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Caminhando... legero... ma non tropo... A Mas, já prevendo que essa “climatização” é difícil e dispendiosa, os novos parceiros trazem em sua bagagem muito mais do que simplesmente uma nova fábrica montadora de veículos. Eles estão trazendo também, além de “novos fornecedores”, novas tecnologias, uma nova “cultura” de trabalho e logística e uma nova gama de “oferta de produtos e serviços” capazes de chamar a atenção e cativar o nosso público consumidor, ávido por novidades e bons tratos. Com a globalização das informações, o consumidor brasileiro está muito mais “antenado” nos produtos oferecidos em outros mercados e sabe o que pode exigir do nosso produtor. Ou seja, está muito mais exigente. Mas capacitar nosso prestador de serviços para acompanhar a demanda que será gerada, face tanto aos novos veículos (com suas novas tecnologias) quanto às novas exigências do consumidor, é um desafio “e dos grandes” para todos os elos da cadeia automotiva aqui já instaladas. A ordem do dia, portanto, é de atualização e adequação às novas exigências do mercado futuro (pero no mucho!). Mais dicas? Veja em nossas páginas como o mercado está reagindo e quais os desempenhos de cada setor, até agora. 6 Diretoria Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho [email protected] Jornalista Responsável entrada prevista para breve de vários novos players no nosso mercado provocará, num primeiro momento, uma expectativa e depois uma desacomodação geral o que forçosamente obrigará a todos a uma readequação e a um reposicionamento em novos patamares. Jarbas Salles Ávila Filho, diretor do Grupo Photon Grupo Photon na internet www.photon.com.br www.twitter.com/grupophoton Boa leitura. Jarbas Salles Ávila Filho (MTB 35.378) Revista mercado Automotivo na Internet www.revistamercadoautomotivo.com.br www.twitter.com/automotivo Redação [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho, diretor; Cléa Martins, Sérgio Duque, Thassio Borges e Weslei Nunes, colaboradores; Mariangela Paganini, revisora Departamento de negócios Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Gutenberg Soledade – DNF Comunicação [email protected] Comercial Fernanda Soares [email protected] Bruna Soledade – DNF Comunicação [email protected] Fotografia Arquivo Photon, Divulgação Arte e produção Elvis Pereira dos Santos [email protected] mídias digitais Adriano Failde [email protected] Administrativo e Financeiro Adalgisa Cruz................. [email protected] Valdirene Fernandes....... [email protected] As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de artigos e matérias estão autorizadas, desde que citada a fonte. REVISTA MERCADO AUTOMOTIVO é uma publicação mensal do Grupo Photon. Circulação novembro de 2013. Central de Assinaturas: [email protected] Avenida do Guacá, 1.067, 1º andar - CEP 02435-001 - São Paulo - SP - Brasil Tel./Fax 55 11 2281.1840, [email protected] Entrevista Modelo de negócio Para Edson Brasil, vice-presidente global da Delphi Soluções em Produtos e Serviços, o distribuidor brasileiro no aftermarket precisa decidir se trabalhará como um “generalista” ou um “especialista”. Ele afirma, no entanto, que essa definição não está longe de ocorrer. Confira a seguir a entrevista exclusiva do executivo à Revista Mercado Automotivo Redação Revista Mercado Automotivo – Qual é o peso atualmente do setor de reposição nos negócios da Delphi? Edson Brasil – O peso que nós temos em relação à participação da reposição nos negócios da Delphi é de 10%. Aliás, o aftermarket mundial na Delphi responde por 10% das operações da companhia. 8 Há planos de aumentar esse percentual no Brasil? Sim. O nosso aftermarket tem crescido ao longo dos últimos anos na casa dos 15% a 25%, ano sobre ano. Essa velocidade tem aumentado a participação do aftermarket nos negócios da Delphi. Entendemos também que o crescimento da frota circulante nos últimos anos, não só em função dos novos veículos importados, mas também com o crescimento da linha de montagem do setor, tem proporcionado um volume de aftermarket ainda maior e melhor. Além disso, a Delphi tem bases de negócios e fábricas espalhadas pelo mundo inteiro. O papel do nosso aftermarket é trazer para o Brasil os produtos que fabricamos para os veículos montados na Europa, Ásia e nos Estados Unidos e que são importados para cá. Assim conseguimos dar cobertura para w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r esses veículos importados que circulam pelo País atualmente. Carros da Hyundai, Kia, Renault, Peugeot, enfim, veículos que são importados e comercializados no Brasil, boa parte deles tem peças fabricadas pela Delphi em outras regiões. Isso tem aumentado nossa participação sobre a Delphi regional porque vendemos também produtos da Delphi Internacional aqui na região. Falando agora sobre o perfil do distribuidor. Em visita ao Brasil no ano passado, Lucia Moretti, vice-presidente sênior da Delphi, demonstrou preocupação em relação à evolução do modelo de distribuição das autopeças no mercado brasileiro. Para ela, o distribuidor precisa decidir se irá se transformar num generalista ou num especialista. O que o senhor pensa disso? Eu estive recentemente na Europa, onde me reuni com o nosso time europeu, americano e asiático para o Fórum Global da Delphi (Global Leadership Delphi). Discutimos exatamente as tendências de cada região e as dificuldades que cada uma enfrenta. No Brasil, está muito explícito para nós, e não é só uma visão da Lucia Moretti, que o mercado brasileiro precisa se definir em termos de posicionamento. No início do nosso mercado, há muito tempo, havia poucos distribuidores para todos os produtos exigidos. Havia um número de aplicação de veículos muito menor, essa diversidade quase não existia. Você tinha um ou dois modelos da Volkswagen, dois da GM etc. O distribuidor no Brasil poderia ter todas as peças de um veículo em seu portfólio, conseguia atender toda a necessidade do mercado. Com essa definição inicial de posicionamento de negócio do nosso distribuidor, ele passou a ter filiais. Esse era o cenário da época, que era muito rentável. Hoje, com o aumento da frota, com a diversidade de novos modelos circulando em nosso país, com o avanço tecnológico, aumentou muito a diversidade de produtos. A montadora define todas as características de um veículo e em menos de um ano já coloca algum upgrade nesse carro, injeção eletrônica, ou da parte de freios ou de motor, por exemplo. O senhor considera que o distribuidor brasileiro está longe dessa definição? Creio que não. Tenho conversado com muitos distribuidores que estão repensando seu modelo de negócios. Para complicar ainda mais o cenário brasileiro, com toda essa diversidade que já comentei, o distribuidor ainda trabalha com duas ou três marcas para a mesma aplicação. Ele tem A mesma coisa que estamos passando agora com o crescimento e a diversidade da frota [no Brasil] foi o que os Estados Unidos enfrentaram 100 anos atrás, foi o que a Europa enfrentou 40 anos atrás seja em termos de consumo, de redução de custo ou de mais eficiência, e isso muda as aplicações. É um veículo que no mesmo ano tem aplicações diferentes. Com essa diversidade, aquele modelo de distribuidor generalista (que distribui tudo) não consegue acompanhar essa evolução. Você tem distribuidores hoje no Brasil com 25 mil itens e que tem 10, 12 filiais. Imagine se ele tiver que multiplicar os mesmos produtos em todas as filiais? Ou seja, o investimento e o gerenciamento disso é muito extenso. Quando olhamos para mercados mais maduros, que já passaram por isso, os distribuidores se especializam em determinado setor do veículo. Ou ele vai tratar da linha de ar-condicionado, ou da linha de que cobrir uma gama imensa de diversidade de veículos e ainda trabalha com três ou quatro marcas para a mesma aplicação. É uma coisa de louco! O distribuidor já começa a repensar e discutir muito com a gente, fabricantes, o que deve buscar, que linhas de produtos deve defender. Porque a frota vai continuar crescendo. Nós enfrentamos na própria rede de distribuidores Delphi aqueles que trabalham com a nossa marca e com mais duas ou três para a mesma aplicação. Não é sustentável esse negócio. Se você for para o mercado argentino, já existe o distribuidor marquista (como eles chamam), que trabalha apenas com a linha francesa. Ou seja, só distribui produtos para a linha da Peugeot, da Renault. Nosso pró- 9 Entrevista w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r prio mercado vizinho já trabalha com o modelo de especialização. E talvez a palavra não seja nem especialização. É a definição da área em que você quer atuar. Não digo que amanhã não haverá mais distribuidor generalista no País. Existem algumas potências no Brasil que têm dinheiro e estrutura suficiente para distribuir tudo. Mas você olha a média dos nossos distribuidores, entre os nacionais e regionais, fica claro que os resultados estão cada dia mais achatados e que existe uma corrida muito intensa para aumentar os resultados operacionais. Para isso, é necessário repensar o modelo de negócio. Gostaria que falasse mais sobre o evento que participou na Europa, o Global Leadership Delphi. É um encontro com os líderes de outras regiões da Delphi, como Ásia, América Latina, América do Norte e Europa. Nós estivemos juntos discutindo algumas tendências globais, o que acontece em outras regiões que necessariamente terão algum reflexo no meu negócio aqui no Brasil. Temos esses encontros globais para entender exatamente o que a Delphi está desenvolvendo na Europa para tal veículo, que posteriormente virá ao Brasil. Nós temos que nos preparar aqui para oferecer o serviço adequado a nossos clientes. Nós procuramos antecipar as demandas do mercado. No passado era muito comum um mecânico abrir um carro importado e nos ligar questionando sobre uma peça que está lá, mas não existe no mercado brasileiro. Aí então nós corríamos para buscar essa peça onde ela era fabricada. Hoje não. Atualmente, durante o desenvolvimento do produto original nós já contempla- 10 mos um dead line para esse produto ser lançado aqui, mesmo antes de o mercado solicitá-lo à Delphi. Nós temos que estar preparados para no momento em que o produto vier ao mercado via aftermarket ou vier para uma concessionária nós temos que ter o produto disponível para atender o nosso cliente. A visão que esses líderes de outros países tinham do Brasil era mesmo nessa de definição entre ser generalista ou especialista, certo? O que a gente acaba escutando muito é que a mesma coisa que nós estamos passando agora com o crescimento e a diversidade da frota foi o que os Estados Unidos enfrentaram 100 anos atrás, foi o que a Europa enfrentou 40 anos atrás. As frotas não eram tão diversificadas. Nós não tínhamos a participação dos coreanos, que estão crescendo no mundo inteiro, por exemplo. Os veículos coreanos que chegam hoje na América Latina são os mesmos que chegam em Londres, em Nova York etc. Isso acontece porque os veículos estão participando globalmente. É isso que acabamos enxergando e a opinião de toda a liderança mundial é de que, não só o Brasil, todo o mundo precisa estar atento às novas tendências. E a tendência é um mercado globalizado, que efetivamente necessita de um serviço adequado. A gente não só trata da questão de um distribuidor se preparar e se adequar para a demanda do mercado atual em termos de modelo de negócio, mas discutimos também que tipo de serviço que nós como empresa de aftermarket temos que oferecer para o nosso aplicador. E para todo o canal. Não só o aplicador, mas o distribuidor, o varejo e a oficina também. Nós temos que efetivamente dar o suporte não só da peça, e sim da reparação. Nós como Delphi vamos ao mercado não dizendo o que o nosso cliente tem que fazer, mas orientando como o mercado está se movimentando. Gostaria que falasse sobre a campanha “Jogada de Craque – Campeões Delphi”. Qual é a importância desta ação para a empresa? Como o senhor percebe a receptividade e a interação dos distribuidores em relação a essa campanha? Temos como prática realizar campanhas de incentivo aos nossos clientes todos os anos. Temos outras campanhas que são desenvolvidas, às vezes, com apenas um distribuidor. Há ainda outras iniciativas que levam ações também para o varejo e para o mecânico. O que fica muito claro para nós é que uma campanha de vendas não é feita simplesmente para aumentar a demanda e o volume de negócios da Delphi. A gente desenvolve uma campanha de incentivo para criar uma relação de proximidade com nossos clientes. Quanto mais conectividade tivermos com todos os profissionais do setor, melhor. Se criamos essa conexão é natural que os nossos negócios fluam melhor. Internamente nós nem chamamos de campanhas, chamamos de ações de relacionamento, ações de geração de conectividade. É isso o que buscamos para nosso cliente. Não visamos apenas o aumento das vendas, mas também a fixação da nossa marca, a criação de um relacionamento sustentável com o setor de aftermarket. Carro Expectativa de sucesso Mitsubishi apresenta novo Outlander com a esperança de vender 600 unidades por mês A Redação Mitsubishi lançou no mercado brasileiro a terceira geração do Outlander com a expectativa de que o modelo conquiste o País. O objetivo inicial da marca é comercializar ao menos 600 unidades por mês no Brasil. Caso o número seja superado, a montadora poderá deixar de importar o veículo do Japão para produzi-lo em solo nacional, algo que já ocorre com o ASX e deverá acontecer com o Lancer a partir do ano que vem. A primeira versão do Outlander foi lançada no Brasil em 2003 e ganhou atualização três anos mais tarde. Agora, no entanto, o modelo chega ao mercado do País com mais expectativas e enfrentará, inclusive, 12 uma ampla lista de concorrentes. A expectativa é que o veículo dispute espaço no mercado com SUVs médios como Honda CR-V, Chevrolet Captiva, Fiat Freemont e Kia Sportage, além de médios-grandes como Hyundai Santa Fé, Kia Sorento e Ford Edge. O novo Outlander chega completamente renovado em três versões e apoiado em uma nova plataforma chamada RE, em substituição à GS, utilizada no modelo anterior e também no ASX e Lancer. A versão mais “básica” do veículo é oferecida por R$ 102.990 e conta com motor 2.0 litros 16V de 160 cv e 20,1 kgfm a 4.200 rpm. A transmissão é automática, com seis marchas. Apesar de ser a versão mais simples do novo Outlander, a Mitsubishi oferece uma gama de itens de Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r série considerável para o consumidor, até mesmo para justificar seu preço. Se optar pela versão de entrada, o cliente contará com sete airbags, freios ABS com EBD, controle de tração, partida sem chave, direção elétrica, sensores de chuva e crepuscular, volante com ajustes de altura e profundidade, ar-condicionado, sistema multimídia com tela de sete polegadas e sensível ao toque, bancos de couro, teto solar, faróis de LED e neblina, rodas de liga leve de 18 polegadas, além do Hill Assist, sistema que auxilia o condutor nos aclives e declives. Quem estiver disposto a desembolsar uma quantia maior, no entanto, terá mais conforto, espaço e força no veículo. Tanto o Outlander GT quanto o Outlander GT Full Technology Pack é apresentado com sete lugares. Para isso, utiliza-se uma fileira que acaba tomando parte do porta-malas. Nas duas versões, o câmbio também é automático de seis velocidades, mas há a possibilidade de trocas manuais a partir de borboletas atrás do volante. Os veículos recebem ainda um motor 3.0 V6 nestas versões, o que garante 240 cv de potência e 31 kgfm de torque a 3.750 rpm. Em relação aos equipamentos e tecnologia, o GT e o GT Full também recebem um upgrade em relação ao modelo mais básico. Eles são oferecidos com bancos elétricos com aquecimento, ar-condicionado dual zone, tração integral e controle de estabilidade. O consumidor ainda pode optar pela câmera de ré e pelo sensor de estacionamento. 13 Divulgação Divulgação Carro w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Espaço interno e itens tecnológicos oferecidos pela Mitsubishi chamam a atenção na terceira geração do Outlander Já o top de linha, que sai por R$ 139.990, traz ao condutor dois equipamentos que prometem deixar a direção muito mais confortável e segura. Por meio do ACC, ou controle de cruzeiro adaptativo, o motorista pode programar uma velocidade para rodar. Caso um veículo à frente diminua sua velocidade ou inicie uma frenagem, o Outlander faz o mesmo, respeitando uma distância inicial do outro carro. Além disso, o Outlander GT Full Technology Pack é equipado com o FCM (Foward Collision Mitigation), que usa um radar com o objetivo de controlar a distância em relação a obstáculos à frente do veículo. Se o carro entrar numa distância de risco, o FCM emite um alerta sonoro e um recado no display para que o motorista o freie. Caso contrário, o próprio Outlander inicia a frenagem para evitar colisões. 14 O sistema é muito adequado para viagens mais longas, mas vale salientar que não se trata de um piloto automático. A presença de um condutor ainda se faz necessária! Apesar disso, o fato de contar com um equipamento tão seguro e confiável faz com que o motorista possa realmente relaxar durante a viagem, reduzindo o cansaço e aumentando o conforto também dos demais integrantes do carro. A meta da Mitsubishi para seu novo veículo no Brasil é ousada, mas está em linha com o objetivo da montadora de produzir o Outlander no Brasil. Para isso, o carro terá de conquistar o mercado brasileiro. Apesar dos pontos positivos (amplo interior, bons equipamentos de segurança, conforto e tecnologia, assim como sua beleza externa), a lista de “rivais” é ampla, o que pode mitigar as vendas do modelo no País. Estatísticas Fotolia.com w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r O emplacamento de veículos comerciais leves até outubro de 2013 Volumes significativos para o segmento H Sérgio Duque á tempos que os veículos comerciais leves vêm obtendo resultados significativos de vendas e, por consequência, expressivos volumes de emplacamento. Neste ano de 2013, até o mês de outubro, já foram vendidos e emplacados perto de 680 mil deste segmento, novas unidades que passaram a integrar nossa frota circulante, hoje estimada em mais de 6 milhões de veículos. Muitos, porém, quando ouvem falar em veículos comerciais leves, pensam imediatamente em veículos de carga, como vans e pick-ups. Também são, porém entre os modelos de maior destaque de volumes de vendas estão os Utilitários Esportivos, ou SUVs (Sport Utility Vehicle), que também são classificados como comerciais leves. O quadro ao lado registra os 15 modelos mais vendidos e emplacados em 2013. O líder até aqui é a pick-up Strada da Fiat, com mais de 104 mil unidades emplacadas. Na sequência aparece outra pick-up pequena, a Saveiro da Volkswagen, com 60 mil unidades, pouco a mais que o terceiro colocado no ranking, a Ecosport da Ford, um utilitário esportivo. A previsão é que no final de 2013 o volume de comerciais leves vendidos atinja o equivalente a 800 mil unidades entre todos os modelos. 16 Emplacamento de veículos comerciais leves Acumulado até outubro/13 Posição Montadora Modelo Unidades vendidas 1º Fiat Strada 2º Volkswagen Saveiro 60.371 3º Ford Ecosport 56.896 4º General Motors S 10 44.633 5º General Motors Montana 39.072 6º Renault Duster 38.848 7º Toyota Hilux 34.691 8º Volkswagen Kombi 20.138 9º Volkswagen Amarok 20.119 10º Mitsubishi L 200 18.021 11º Ford Ranger 17.998 12º Mitsubishi Pajero 13.929 13º Hyundai Tucson 13.780 14º Nissan Frontier 13.170 15º Fiat Fiorino 10.899 Fonte: Estatísticas Fenabrave – outubro 2013 104.632 Fotolia.com Capa Otimista, mas nem tanto Em clima de moderação, dúvidas e apreensão, cadeia automotiva deve fechar 2013 com tímido crescimento e poucas apostas para 2014 Weslei Nunes e Cléa Martins A o que tudo indica, 2013 está longe de ser um ano inesquecível para o setor automotivo brasileiro. Seguindo o receio generalizado que ronda a economia nacional, a cadeia automotiva também não tem grandes expectativas de fechamento para este ano e as previsões para 2014 são rasas e tímidas. Contudo, na visão do setor, nem este nem o próximo ano serão inteiramente ruins – apenas discretos. 18 Entre os vários segmentos do setor, somente as importações de veículos registram forte queda no acumulado do ano (de janeiro a setembro). Segundo a Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), são 18,7% de retração frente a igual período de 2012. Neste percentual incluem-se também os veículos pesados (caminhões e ônibus). A explicação para a brusca diminuição de modelos importados no País é, principalmente, as restrições criadas pelo governo para evitar dé- ficit comercial e, sobretudo, garantir a produção local, o que gera emprego e crescimento econômico para o País. Nesse sentido, a estratégia do governo tem impactado diretamente na produção nacional. Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a fabricação de veículos no Brasil já acumula alta de 13,9% no ano e deve fechar 2013 com crescimento de 11,9%. A entidade previa 4,5% no primeiro semestre do ano. No trânsito somos todos pedestres. Capa A reposição Diante desse cenário, os impactos diretos na reposição não poderiam ser diferentes. Em volume de faturamento, a fabricação de autopeças registrou o crescimento de 5,7% no acumulado de janeiro a agosto, segundo levantamento do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores). As previsões da entidade para o ano são de 2,7% de crescimento, seguindo o ritmo dos demais segmentos automotivos. Contudo, a assessoria de imprensa do Sindipeças afirma que esses números podem ser revistos, tanto para o ano de 2013 quanto para 2014, quando a entidade estima crescer 4,5%. A participação das autopeças destinadas ao setor de reposição deve se manter praticamente estável; segundo o sindicato represen- 20 tante das empresas fabricantes, o percentual desse mercado deve se fixar em 14,8% este ano e 14,9% no ano que vem. Esses números também podem ser reajustados ainda este ano, mas não devem variar muito. Outro mercado que já está basicamente fechado é o da distribuição. “Os resultados mostram que, para a distribuição, o mercado vem se mantendo num ritmo um pouco melhor em relação a 2012, mas não foi tão bom como esperávamos”, afirma Renato Giannini, presidente da Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças). Segundo Giannini, o ano teve pontos positivos e negativos que influenciaram nesse resultado. “Os aumentos de preços no segmento estão ocorrendo somente neste final de ano, em vista dos repasses de reajuste salarial ocorridos em acordos coletivos [entre as classes empresarial e trabalhadora]. Esta estabilidade de preços contribuiu para que não houvesse compra especulativa, prejudicando ainda mais as margens que já estão aquém do esperado. Outro fato relevante é que, com o aumento do dólar, ou seja, desvalorização do real, a mercadoria interna ficou mais competitiva entre as indústrias, tanto na exportação como no mercado interno, sem contar com o aumento da frota em circulação”, explica o executivo. Para ampliar a margem de crescimento e garantir avanços ao setor, a distribuição precisa superar alguns desafios do presente. “Precisamos, junto com a Secretaria da Fazenda, buscar uma MVA (Margem de Valor Agregado) menor, para ficarmos competitivos em relação aos outros Estados. As entidades, Divulgação Quanto à venda de veículos, as expectativas da associação das montadoras também prevê crescimento, embora muito mais contudo; estima algo entre 1% e 2% ante o ano de 2012. Anteriormente a Anfavea chegou a prever aumento de 3,5% a 4,5%, mas revisou os números. Se confirmados os novos cálculos, a venda real será de 3,88 milhões de unidades. Esse crescimento tímido será o menor desde 2006. Porém, será a sétima alta consecutiva do setor, o que é um recorde. Em ascensão também está, e deve se confirmar até o fechamento do ano, o mercado de veículos usados. De janeiro a setembro, foram 4,7% de crescimento. Os dados são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Renato Giannini, presidente da Andap Sindipeças, Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista de Autopeças) e Sincopeças vêm trabalhando fortemente para termos um índice menor e mais justo para o setor. As empresas terão de investir pesadamente nos sistemas de informática para atender às exigências tributárias, que estão cada vez mais complexas”, argumenta Giannini. A Andap não tem previsões concretas para 2014, mas prevê para o setor o impacto de eventos importantes, previstos para meados do próximo ano, como as Eleições e a Copa do Mundo. “2014 será uma caixinha de surpresas, pois, de um lado, teremos por parte do governo a liberação de verbas para seus redutos eleitorais, irrigando a economia em vista das eleições, e, por outro, a Copa do Mundo deverá afetar negativamente o nosso setor, devido aos jogos que serão realizados durante a semana, paralisando a nossa atividade comercial, ao contrário do setor de turismo, onde haverá um aumento de demanda substancial”, salienta o presidente da Andap. Para Francisco de La Torre, presidente do Sincopeças (Sindicato 22 empresário deve continuar a fazer as mudanças e adequações necessárias [ao negócio], de acordo com as exigências da nova legislação [tributária]”, comenta o representante do Sincopeças. O segmento da reparação também está otimista para o próximo ano, mas espera desafios pela frente. Segundo Antonio Fiola, presidente do Sindirepa (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios) e porta-voz do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), alguns desses desafios são: capacitação de mão de obra, novas tecnologias embarcadas nos veículos (que exigem conhecimento ao reparador), variedade de modelos de veículos, que demanda a aquisição e atualização constante de equipamentos, e falta de crédito com condições apropriadas ao setor, que permita investimento das empresas. A aposta da reparação para garantir a evolução do setor tem sido lutar pela aprovação do Projeto de Lei 2.917/11, que regulamenta as oficinas no País. “Estamos criando uma agenda política para levar reivindicações importantes do setor a entidades e representantes políticos”, afirma Fiola. O setor deve fechar este ano com leve crescimento em comparação ao mesmo período de 2012. De acordo com Fiola, o aumento da frota circulante tem sido a alavanca para este resultado. Por outro lado, o porta-voz do Sindirepa elucida um fato que impactou negativamente o setor e impediu que a margem de crescimento da reparação fosse maior. “A mudança das regras da inspeção ambiental veicular foi um fato bem negativo para o setor de reparação de veícu- Francisco de La Torre, presidente do Sincopeças Divulgação Capa do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo), esses grandes eventos não devem influenciar o varejo de autopeças. “O que tem realmente reflexo é o poder de compra do consumidor e o cenário econômico do País. Vendo por esse lado, esperamos que a Copa do Mundo movimente a economia. Já com relação ao período eleitoral, geralmente acaba gerando um compasso de espera e grandes investimentos são adiados, o que não é um fator positivo para a economia. Porém, a frota continua aumentando, fator importante para gerar demanda nas oficinas e, consequentemente, no varejo”, explica. Quanto ao fechamento do ano, La Torre revela que, no acumulado do ano, há leve crescimento das vendas com relação a 2012, mas o Sincopeças espera que até o final do ano as vendas fiquem mais aquecidas, principalmente por ser um período tradicional de melhor desempenho. “O segundo semestre geralmente é melhor do que o primeiro”, diz o presidente da entidade. O Sincopeças está adotando novo modelo de pesquisa para medir o mercado varejista. “Passamos a adotar a pesquisa da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) que avalia vários segmentos, inclusive o varejo de autopeças, o que ajudará na medição das vendas, com resultado mais efetivo. Já começamos a utilizar, mas só daqui a um ano, quando tivermos um histórico com base maior, poderemos fazer um comparativo mais apurado”, diz La Torre. Para 2014, as expectativas para o varejo são mais otimistas. “Quanto ao desempenho, a expectativa é melhorar o ritmo de crescimento. O Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Antonio Fiola, presidente do Sindirepa e porta-voz do GMA los. Além de diminuir o movimento nas oficinas situadas na capital paulista, também prejudica a imagem do programa que está prestes a ser implantado em outros municípios, gerando muitas dúvidas e descrédito. [Com isso,] tivemos um retrocesso muito grande.” Entre fatores positivos e negativos, tanto a reparação quanto os demais elos da cadeia automotiva seguem para 2014 com otimismo moderado. Fotolia.com Tecnologia Válvulas de admissão e escape Funções vitais para o bom desempenho do motor A Sérgio Duque s válvulas são componentes feitos de liga de aço carbono, de forma circular em sua base, com haste perpendicular no centro e tem a função de permitir ou não a passagem da mistura na admissão para o interior do cilindro do motor à combustão ou o escape dos gases queimados para fora dele. Posicionadas no cabeçote do motor, quando fechadas bloqueiam qualquer passagem, já que se assentam na sede de válvulas usinadas e interrompem o fluxo nos dutos de admissão ou escape do cabeçote. As válvulas abrem e fecham incansavelmente e sofrem com o calor direto da explosão dentro da câmera do cilindro enquanto o motor funciona, sendo refrigeradas pelo sistema de arrefecimento e lubrificadas pelo siste- 24 ma comum de lubrificação do motor. Logo, a forma e o rigor com que o motor é acionado têm muito a ver com o tempo de duração e resistência das válvulas. O número de válvulas varia entre 2 e até 24 unidades por veículo e não tem vida fácil, já que trabalham sob altas temperaturas. A cabeça da válvula de admissão chega a atingir 250°C, enquanto a cabeça da válvula de escape pode chegar a até 750°C. Por sofrer maior pressão e carga de gases quentes a válvula de escape, embora construída com materiais e ligas mais resistentes, possui um tempo de vida menor que a válvula de admissão. Na maioria das vezes ambas são substituídas quando ocorre a retífica nos motores, procedimento esse não necessariamente adotado por todos os reparadores, já w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r que muitas vezes podem ser aproveitadas após inspeção na abertura dos motores. Estudos preliminares, porém, apontam que a relação média ou estimada de troca entre as válvulas são de 53% para válvulas de escape contra 47% para válvulas de admissão. Aplicando-se fatores distintos de quilometragem média dos veículos nos segmentos da frota e comportamento de manutenção e ajustá-los no sistema de cálculo da Audamec tem-se o seguinte quadro de demanda da linha de válvulas novas para os anos de 2014 até 2016: DEMANDA DE VÁLVULAS DE MOTOR (em unidades) Relação estimada: 47% de admissão e 53% de escape Segmento 2014 2015 2016 Automóveis 25.760.000 27.230.000 28.900.000 Comerciais leves 13.250.000 13.980.000 14.850.000 Caminhões 9.110.000 9.660.000 10.250.000 Ônibus 2.500.000 2.700.000 2.875.000 Máquinas agrícolas 3.200.000 3.385.000 3.570.000 Motos 2.675.000 2.810.000 2.940.000 56.495.000 59.765.000 63.385.000 6,1 5,8 6,0 Total da demanda Base a.a. % Cinto de segurança salva vidas. Consultas sobre condições para fornecimento de estudos específicos podem ser efetivadas pelo telefone (11) 2281-1840, ou por e-mail para [email protected]. 25 Divulgação Especial Processo de mudança Setor varejista de autopeças passa por momento de evolução e transformação de perfil; se adequar a essas novas características é o grande desafio dos lojistas E Weslei Nunes e Cléa Martins specialistas e lojistas do setor de varejo de autopeças no Brasil são praticamente unânimes: há um processo de mudança do mercado em andamento e os consumidores estão cada vez mais exigentes. As mudanças ocorrem por influência de uma série de fatores. Um deles é a criação de grandes redes de lojas ou a chegada de empresas estrangeiras consolidadas. “Existem 28 vários movimentos acontecendo ao longo dos últimos anos que interferem de alguma forma no varejo. O processo de mudança já está acontecendo e o varejista que não se atualizar ficará defasado diante de um mercado altamente competitivo. Temos a entrada de multinacionais, como a Autozone, o que acaba gerando impacto no setor”, diz Francisco de La Torre, presidente do Sincopeças (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo). Para Anderson Gonçalves de Freitas, consultor do Sebrae-MG (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais), essa chegada de novas companhias tem relação com a atratividade, ainda em alta, do mercado brasileiro. “Com muitos desafios ainda a serem enfrentados no Brasil, como, por exemplo, condições do mercado local onde a empresa atua. “Uma coisa é certa: a gestão deve ser profissionalizada e focada em resultados. O balconista precisa ter conhecimento técnico dos produtos, para oferecer um atendimento adequado às novas exigências de mercado. Para isso, o empresário precisa traçar um planejamento de ações”, diz. O associativismo é outro caminho levantado como alternativa para a consolidação no mercado e para o atendimento a essa nova clientela. “O varejo brasileiro precisa ser mais competitivo e um dos caminhos para isso pode ser o associativismo. Isso já acontece no setor, mas faltam mais efetividade e participação das empresas”, afirma Cléber Coutinho, diretor da Rede Âncora, em Minas Gerais. O executivo explica ainda que hoje o associativismo é feito pelas empresas varejistas com pretensões erradas: “Não se deve associar-se pensando apenas em conseguir redução de preço [das mercadorias]. Associativismo não é só comprar mais barato, mas sim buscar aprimoramento, soluções e estratégias de gestão. Um dos grandes problemas do varejo hoje é a perda de dinheiro em processos mal feitos de compra, garantia, aquisição de crédito e logística. O varejista Francisco de La Torre, presidente do Sincopeças Divulgação os problemas de infraestrutura em nossos portos, aeroportos, ferrovias e rodovias, o País, mesmo assim, é considerado ‘a bola da vez’ por parte dos grandes players mundiais. O setor varejista é visto por estes como o principal atrativo, pelo grande potencial de consumo do mercado interno”, explica. Outro fator influenciador desse processo do varejo é a mudança de perfil dos clientes – estão mais exigentes e conscientes quanto aos seus direitos. Para Dafne Conilho, porta-voz da Jocar Autopeças, essas novas características do consumidor acontecem principalmente por conta da evolução econômica do País. “As condições financeiras dos brasileiros têm melhorado e acredito que isso seja uma tendência. Há uma prosperidade econômica e isso movimenta o mercado de uma forma geral, pois mais pessoas estão adquirindo veículos e, consequentemente, fazendo manutenção [em seus carros]”, argumenta. Diante desse ‘novo’ consumidor, a dica de La Torre para os varejistas é: “Invista em treinamento da equipe [de colaboradores] para oferecer atendimento de qualidade”. De acordo com o presidente do Sincopeças, conquistar espaço no mercado depende dos investimentos que o varejista está disposto a fazer e das Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Anderson Gonçalves de Freitas, consultor do Sebrae-MG precisa adquirir conhecimento de administração”. Tão importante quanto criar estratégias de negócio é saber lidar no dia a dia com o comprador. Na Jocar, uma das grandes apostas para ga- Outros desafios N ão bastasse todo esse processo de mudança e de novas demandas dos consumidores, o setor tem outro grande e novo desafio pela frente que não pode ser esquecido: a implantação do Sped Fiscal (Sistema Público de Escrituração Digital), novo método digital de informação tributária. “O Sincopeças tem realizado uma série de palestras gratuitas aos associados e mantém parceria com o Sebrae para ajudar a orientar os empresários sobre as mudanças necessárias [com relação a este sistema]”, informa La Torre. E o varejista precisa ter atenção, pois as mudanças na legislação não param por aí. Segundo o presidente do Sincopeças, tem novidade chegando: “[O varejista] precisa desde já se preparar para a implantação do e-social, uma espécie de Sped Fiscal na área trabalhista. É importante obter as informações (PIS, número do cadastro de INSS, entre outros), dados cadastrais, como endereço de seus funcionários, pois o governo tem a intenção de implantar esse sistema no próximo ano”. 29 Divulgação Especial Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Jocar prioriza o relacionamento com cliente para conquistar o mercado nhar mercado tem sido o relacionamento com o cliente. “Entendemos que o consumidor não quer apenas ir à loja, virtual ou física, comprar e fim. Ele quer comprar numa autopeças que entenda as necessidades dele, que tire as suas dúvidas e que mesmo depois da compra, ele possa falar com a empresa, caso não esteja 100% satisfeito, sem aborrecimentos com demoras, por exemplo. Por isso, buscamos facilitar a compra dos nossos clientes: temos profissionais que podem orientá-los da melhor forma. Dispomos também de um canal para sugestões, críticas e dúvidas. A Jocar acredita que o relacionamento é a chave do sucesso”, salienta Dafne. Para o consultor do Sebrae-MG, esse é de fato o caminho para ga- E Cléber Coutinho, diretor da Rede Âncora, em Minas Gerais rantir competitividade diante das grandes redes do setor. “As empresas estão buscando a especialização e agregando serviços aos seus clientes, tendo nesta prática uma forma de tentar se diferenciar das grandes redes internacionais que já começam a se fazer presentes [no Brasil], porém, na maioria das vezes, limitadas a conseguir oferecer esta ‘personalização’ ao cliente, em função da sua forma de atuação que é direcionada ao consumidor em geral”, comenta Freitas. Futuro Essa mudança de perfil do setor deve continuar pelos próximos anos, acompanhando o crescimento do parque automotivo brasileiro. Segundo Freitas, este é um cenário m resumo, segundo Dafne Conilho, quatro grandes desafios estão diante do varejo hoje e são eles: Entrada de novos players nacionais e internacionais e tendência de consolidação do mercado. Entrada de novas montadoras de veículos. Mudanças na cadeia de suplementos. Exemplo: alguns atacadistas entrando no varejo. Complexidade tributária no País, principalmente na venda para outros Estados. 30 altamente promissor para o varejo. Ele considera importante essa “busca por melhorias de performance da gestão” no setor. “O índice de ampliação [da frota] na última década foi de 119%, saltando de 29,7 milhões de veículos em 2000 para mais de 64,8 milhões em 2010”, lembra. Sobre as previsões de comportamento do varejo de autopeças para os próximos anos, La Torre diz não haver um formato único definido, mas que vão existir lojas mais especializadas em acessórios e outras em peças. Segundo ele, essa é uma tendência para qual o setor caminha. Coutinho espera um mercado maior e mais forte no futuro. O diretor da Rede Âncora acredita em uma evolução grande e natural para o varejo em médio prazo. “O futuro [dos negócios com autopeças] é o varejo. A gente vê movimento da distribuição abrindo novos pontos, que, para mim, são uma tentativa de aproximação com o cliente [final]”, afirma. Assim como é unânime a opinião que o setor está em processo de mudança e que o consumidor está mais exigente, é também comum, para os que atuam no varejo, a certeza de que estas mudanças são positivas e farão o setor evoluir. Cinto de segurança salva vidas. Divulgação Pesados Mercedes-Benz destaca novas implementações para a Sprinter Jarbas Ávila A Mercedes-Benz, preocupando-se com a mobilidade urbana, destaca várias opções de implementações possíveis para a versátil Sprinter, com soluções inovadoras e customizadas. Por ser compacta, resistente e ágil, circula com conforto e facilidade na área urbana e em curtas distâncias, principalmente nas regiões metropolitanas e em zonas de restrição ao tráfego pesado. A produtividade e rentabilidade aparecem quando se constata que a grande acessibilidade trás mais praticidade e menos desgaste no trabalho diuturno. Parceira de negócios dos clientes, a Sprinter incentiva o empreendedorismo no Brasil, agregando valor e uma imagem altamente positiva para quem atua no transporte de carga e passageiros, bem como no comércio e prestação de serviço. 50 modelos à disposição do mercado Segundo a montadora, a Sprinter conta com o maior e mais completo portfólio de furgões, chassis e vans do mercado brasileiro, formado hoje por 50 modelos. “A versatilidade de uso da Sprinter para as tradicionais e as novas demandas do mercado a credencia como a solução mais adequada para a mobilidade urbana, hoje e no futuro”, diz Adriana Taqueti, gerente sênior de Vendas e Marketing Sprinter da Mercedes-Benz do Brasil. 32 O exemplo mais recente de flexibilidade foi a criação de um salão e loja de beleza móvel, montada no interior de um furgão. Esta montagem amplia o raio de atuação do usuário, permitindo a prestação de seus serviços e a oferta de seus produtos para um público maior. Com isso ele aumenta as possibilidades de negócios, como, por exemplo, em feiras e desfiles de moda, nos quais se pode operar com a praticidade de uma estrutura semelhante a um salão de beleza fixo. Além disso, o conforto para os profissionais trabalharem é facilitado pela exemplar altura interna do furgão. Esse mesmo conceito foi também aplicado a uma “temakeria” sobre rodas, com a inovação de uma carroçaria extraível instalada sobre o chassi Sprinter. Em apenas quatro minutos, de maneira prática e rápida, o cliente desacopla a carroçaria, instalando sua loja, com todos os equipamentos necessários para a operação do negócio, em pontos de seu interesse, aumentando assim a praticidade no atendimento aos seus clientes. Ele pode, por exemplo, deixar a “temakeria” em um local atrativo, de manhã, e retirar mais tarde. O diâmetro de giro do chassi Sprinter facilita a operação, garantindo agilidade em manobras, mesmo em espaços reduzidos. Entre outras novas soluções, destaque para a porta corrediça nas duas laterais com abertura automática sincronizada e com degraus automatizados (eles ficam escamoteados sob a carroceria e avançam sempre que a porta se abre facilitando a entrada e saída dos usuários). w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Uma das grandes vantagens é que o motorista não precisa mais sair do posto de comando para abrir a porta lateral. No trânsito somos todos pedestres. Limusine Sprinter proporciona conforto e sofisticação Neste item a Sprinter ganhou uma sofisticada versão limusine, especialmente preparada para atender ao transporte de passageiros no segmento de luxo. Inspirado no mercado europeu e norte-americano e identificado como “Jetvan Aviation Style”, este veículo pode ser equipado com diversos itens e equipamentos que fazem dele tanto um escritório móvel como um ambiente para traslados e viagens extremamente confortáveis e relaxantes, com modernos recursos de entretenimento. Ideal para transporte de personalidades, empresários, executivos e outros públicos VIPs diferenciados, que buscam luxo e conforto nas atividades rotineiras, mantendo, ao mesmo tempo, discrição para a total segurança em seus deslocamentos. As diversas configurações oferecidas para a Sprinter limusine atendem ao estilo, gosto e necessidade de cada cliente. Entre outras aplicações, podemos destacar as versões ambulância, UTI móvel, carro de apoio para bombeiros, guincho e cesto aéreo para aeroportos e manutenções elétricas. Uma nova aplicação A Sprinter pode agora também ser customizada para coleta de lixo. As dimensões compactas da Sprinter e seu reduzido diâmetro de giro, bem como sua agilidade no trânsito, agregam produtividade à coleta de lixo, vantagem especialmente importante na comparação com caminhões em vias e locais estreitos e de difícil acesso. Suporte técnico da Mercedes-Benz garante qualidade e confiabilidade Todas as inovações e configurações montadas nos furgões, chassis e vans Sprinter contam com suporte técnico da Mercedes-Benz, visando alcançar a melhor adequação dos implementos aos veículos e assegurar ao cliente maior disponibilidade, além de preservar a tão reconhecida qualidade Mercedes-Benz. 33 Elv is P. S a nto s Geomarketing Espírito Santo Sérgio Duque O Estado do Espírito Santo possui extensão territorial de 46.077,5 km2, com população residente estimada em 3,5 milhões de pessoas em 78 municípios, onde circulam aproximadamente 830 mil veículos e que resulta em índice de 4,3 habitantes por veículo, dentro da média nacional atual. O PIB estimado para 2013 do Estado é de US$ 32,7 bilhões concentrado na região da Grande Vitória que engloba também os municípios de Vila Velha, Cariacica e Serra. Em Vitória existe uma importante atividade concentrada nos portos de Atalaia e Tubarão, por onde saem os minérios de ferro exportados e chegam muitos produtos importados, sobretudo veículos. O produto agrícola tradicional e referência do Estado é o café, mas destacam-se também a produção de cana-de-açúcar, laranja e coco. Na pecuária se sobressaem criações de gado e galináceos. O PIB do Espírito Santo apresenta crescimento moderado, pouco acima da média nacional, que é de 4% a.a. com predominância na atividade terciária. 34 São 4 mesorregiões, com seus respectivos municípios de referência: (1) Central Espírito-santense (região de Vitória e Vila Velha); (2) Norte Espírito-santense (Aracruz, Linhares e São Mateus); (3) Noroeste Espírito-santense (região de Colatina); e (4) Sul Espírito-santense (Cachoeiro do Itapemirim). No Estado do Espírito Santo a malha rodoviária, que se organiza a partir da BR-101 que corta o Estado de norte a sul, é de 31,3 mil km de extensão, sendo 3,5 mil km de estradas pavimentadas, equivalente a apenas 11,1% do total, e 27,1 mil de estradas não pavimentadas, mais 0,7 mil km de estradas planejadas, segundo dados de 2012 do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Já os estudos da CNT (Confederação Nacional de Transportes) apontam que das estradas pavimentadas existentes no Estado apenas 4,5% delas estão em ótimo estado de conservação, sendo que 24,4% encontram-se em bom estado, 45,1% em estado regular, 22,9% em estado ruim e os restantes 3,2% em péssimo estado de conservação. Para 2013, estima-se que serão movimentados R$ 1,25 bilhão na cadeia de distribuição automoti- w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r va no Espírito Santo, algo em torno de 1,65% de todo o volume a ser negociado no aftermarket brasileiro, incluindo serviços. A Audamec Marketing e Pesquisas Automotivas realiza estudos e análises da demanda de autopeças por Estado da federação, por regiões nos Estados ou por município brasileiro. Consulte custos para ter um estudo personalizado com a linha de autopeças da sua empresa. Acesse www.audamec.com.br para mais informações ou ligue para (11) 2281-1840. GEOMARKETING AUTOMOTIVO Estado em referência População Espírito Santo Índice Potencial Demanda Regional em Relação ao Brasil (%) 3.531.720 Cachoeiro do Itapemirim 0,29 São Mateus 0,15 US$ 32,7 bi Cariacica 0,13 Serra 0,16 Nº Veículos 827.305 Colatina 0,19 Vila Velha 0,16 Automóveis 382.479 Linhares 0,11 Vitória 0,46 PIB Estimado 2013 Comerciais Leves 87.613 Caminhões 42.672 Ônibus 14.732 Tratores Motos Habitantes por Veículo Potencial Demanda Estado 1,65 Nº estimado de pontos de venda e consumo de autopeças 13.537 Lojas de Varejo 425 Postos de Combustíveis 553 286.272 Centros Automotivos 199 Concessionárias 132 4,3 Retíficas 47 Frotistas 368 Cinto de segurança salva vidas. Fontes: ANP, IBGE, Sincopeças e Renavam para dados gerais. Audamec Marketing para dados sobre frota e pontos de venda (www.audamec.com.br). 35 Fotolia.com Duas Rodas Imprudência é a causa de acidentes Abraciclo apresentou resultados de pesquisa que aponta a imprudência dos motociclistas como a principal causa de acidentes de moto em São Paulo Weslei Nunes A s estatísticas sobre acidente de trânsito envolvendo motocicletas no Brasil são alarmantes e, a cada ano, os números são crescentes. Para se ter uma ideia, foram 263,5% de aumento em 10 anos (de 2001 a 2011), segundo dados do SIM (Sistema de Informações de Mortalidade), do Ministério da Saúde. Mas qual seria o motivo de tamanha mortalidade? Segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) e o Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), as principais ocorrências derivam do comportamento inadequado tanto de motoristas quanto de motociclistas, do uso de drogas e da ineficiência na formação dos condutores. As entidades chegaram ao resultado final da pesquisa analisando detalhadamente os dados coletados durante três meses por equipes especializadas (Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, peritos, médicos e agen- 36 tes da CET), que atenderam a 326 vítimas nas unidades hospitalares da Zona Oeste da cidade de São Paulo. Embora os fatores não causem nenhum tipo de surpresa ao setor Duas Rodas ou à sociedade – já era sabido por todos –, somente agora se confirma em dados observados o que tem levado o trânsito brasileiro a ter um dos maiores índices de morte no mundo. O velho problema de uso de entorpecentes combinado com a condução do veículo resultou em 21,3% dos acidentados analisados. Desses, 14,2% por consumo de drogas como maconha, cocaína ou anfetaminas e 7,1% por bebidas alcoólicas. O despreparo de motoristas e motociclistas é outro fator que tem resultado em acidentes de trânsito. Esse problema é responsável por 74% das ocorrências, revelou a pesquisa, sendo que 51% desses acidentes foram ocasionados por automóveis e 49% por motociclistas. Em ambos os casos, o principal causador é a imprudência dos condutores (88%), concluíram os especialistas. O levantamento mostra ainda que 23% dos motociclistas que se envolveram em acidentes não eram habi- w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Causas de acidentes com motocicletas Uso da Motocicleta 73% Transporte 23% Trabalho 55% Sofreram acidentes anteriores 18% Internações anteriores ser hipócritas, temos que encarar isso de frente”, disse. Fermanian disse que “a indústria de veículos de duas rodas levará estes resultados aos órgãos governamentais e apresentará propostas para possíveis soluções, visando um trânsito mais seguro”. Faça revisões em seu veículo regularmente. litados. O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, explica que, por não ter a formação exigida, esses condutores não contam com a capacitação necessária para enfrentar as vias públicas e, consequentemente, podem cometer imprudências. O perfil do condutor que mais se envolveu em acidentes também foi avaliado pelos pesquisadores. Eles concluíram que homens (92%), com idade média de 30 anos, formados no ensino médio (58%) e com renda de 1 a 3 salários mínimos (62%) se envolvem mais em acidentes. Desses, 73% usam o veículo como meio de transporte; apenas 23% das vítimas são motofretistas, afirma a Abraciclo. Para quem pensa que as condições climáticas e da pista são as maiores causadoras, a pesquisa revelou o contrário: 94% dos acidentes ocorreram em pista seca, sendo 67% durante o dia e 18% às sextas-feiras. A coordenadora do estudo feito pelo Hospital das Clínicas, dra. Júlia Greve, comentou o resultado da pesquisa: “Não precisamos de mais leis para inibir o consumo de drogas e álcool ao dirigir, mas sim de fiscalização eficiente e punições rigorosas. Não podemos 37 Eventos – Fenatran Divulgação Pela redução de custos Empresas lançam diversas tecnologias voltadas à redução de custos no transporte rodoviário, principalmente com apelo à economia de combustível Weslei Nunes O s temas redução do custo de manutenção e economia de combustíveis nunca saem de evidência, nem tampouco da lista de estratégias das empresas transportadoras de cargas e de passageiros. Este ano, a 19ª edição da Fenatran – Salão Internacional do Transporte –, uma das maiores feiras do setor de pesados no mundo, mostrou o quanto o mercado se preocupa com esses dois quesitos antes de colocar novos produtos à venda. Em meio aos diversos caminhões luxuosos e imponentes, como o Volvo FH16 de 750 cavalos de potência, classificado como o caminhão mais potente do mundo; o Scania R620 8x4, com motor V8 de 16 litros e 620 cavalos; ou o Mercedes-Benz Actros 4160 SLT, de 600 cavalos, muitos produtos e tecnologias foram expostos com um objetivo principal: oferecer economia ao consumidor. Confira abaixo algumas das novidades. Wabco: Fabricante de diversas tecnologias para veículos comerciais, a empresa lançou uma série de produtos voltados à redução do consumo, chamadas de “tecnologias verdes”. Entre os principais destaques está o Optidrive, sistema de transmissão que, segun- 38 do a fabricante, proporciona economia de combustível de até 5% por oferecer mudança de marcha otimizada. Outra novidade da marca foi o compressor de ar c-comp, que, diferentemente dos compressores tradicionais, não permanece ligado continuamente. Isso, segundo a Wabco, resulta em significativa redução de consumo de combustível. Alcoa: A produtora de alumínio apresentou uma carroceria aberta de carga seca de grande porte fabricada 100% em alumínio, que não passa por processos de soldagem – utiliza o que a empresa chama de Sistema de Fixação Alcoa (AFS), com encaixes precisos. A carroceria chega a ser 50% mais leve do que as tradicionais. “A matéria-prima é infinitamente reciclável e, devido à leveza, permite a redução da emissão de poluentes, assim como do consumo de combustível e lubrificante pelo veículo”, afirmou José Carlos Cattel, diretor da divisão de Extrudados da Alcoa América Latina & Caribe, por meio da assessoria de imprensa da empresa. Segundo o executivo, a resistência à corrosão e a vida útil da carroceria são maiores em relação a outros materiais, variando entre 15 e 20 anos, o que permite que a etapa de pintura, processo que é necessário em carrocerias de madeira e aço para garantir a conservação, seja eliminada. Divulgação Divulgação Divulgação Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Com 61 mil visitantes, Fenatran 2013 foi o maior salão de transporte já realizado no Brasil; o evento foi palco para 370 empresas levarem à mostra novos produtos, serviços e tecnologias Grupo MM: A grande novidade exposta pelo Grupo MM foi o Segundo Eixo (4º Eixo) Eletrônico, sistema que faz com que as rodas estercem de maneira diferente umas das outras, para que possam realizar a curva corretamente; com isso, há, segundo a fabricante, diminuição dos desgastes de todos os pneus. Um sensor, instalado no 1º eixo, envia informações à ECU (sigla em inglês para Unidade de Controle Eletrônico), que faz a leitura do ângulo de esterço do veículo e envia comandos ao 2º Eixo Eletrônico para que trabalhe com o posicionamento correto em cada curva. Cummins: A fabricante de motores, que detém 22% de participação de mercado, também expos novidades no Salão de Transporte: apresentou dois motores das linhas média e pesada, com aumento de 20 cavalos de potência em cada um. O propulsor ISL 8.9 de 420 cavalos recebeu mudanças internas na calibração de potência, sem alterações no seu conjunto mecânico. O produto equipará o caminhão MAN VW 25.420 – também lançado na Fenatran. O outro motor, o ISM 440, não foi criado para um modelo específico, mas é indicado para caminhões pesados. Participação especial A Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças) também marcou presença no evento. O presidente da entidade, Renato Giannini, foi convidado a participar da cerimônia de abertura da feira. “Foi uma surpresa agradável estar presente no dia da inauguração do evento, organizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado. Na ocasião, estavam presentes várias autoridades, como o governador Geraldo Alckmin, que destacou, em seu discurso, a importância do evento e de toda a cadeia produtiva, informando que 45% das indústrias de caminhões estão instaladas no Estado de São Paulo”, comentou Giannini. Além da abertura oficial, a diretoria da Andap foi convidada para um almoço de confraternização com os organizadores do evento. “Compareceu ao almoço a maioria dos diretores da Andap, que elogiaram a organização da feira bem como a receptividade do presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Juan Pablo de Vera, do vice-presidente da empresa, Paulo Octavio Pereira de Almeida, e do diretor, Rodrigo Rumi”, salientou Giannini. 39 Sindirepa C riada há mais de 20 anos para tratar de assuntos ligados ao segmento de funilaria e pintura, a Câmara Setorial de Colisão do Sindirepa-SP tem conseguido conquistas sem precedentes nos últimos anos e que refletem positivamente nos resultados das oficinas não só do Estado de São Paulo, mas de todo o País. Em maio de 2012, quando foi eleita a diretoria do Sindirepa Nacional, constituído para representar os Sindirepa dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Bahia e Mato Grosso, também foi estabelecida a Câmara Setorial de Colisão do Sindirepa Nacional, tendo como coordenador o atual gestor e fundador da Câmara de Colisão do Sindirepa-SP, José Nogueira dos Santos, que também é vice-presidente da entidade paulista e diretor do Instituto da Qualidade Automotiva. Seguindo a ordem cronológica dos principais pleitos atendidos e que trouxeram muitos benefícios ao segmento, Nogueira destaca que, em 2011, houve significativa redução do tempo de permanência de veículos sinistrados salvados (classificados pelas seguradoras como indenização integral) de três meses para, no máximo, uma semana. “Isso ajudou muito a evitar que as oficinas ficassem repletas de veículos que não seriam reparados e ocupavam espaço de outros que precisavam ser consertados, existe na câmara um canal de comunicação com a FenSeg – Federação Nacional de Seguros Gerais – e a seguradora que tem o compromisso de tratar de imediato as possíveis exceções e indenização pela estadia abusiva”, acrescenta. Outra importante mudança foi a diminuição do prazo para o pagamento da remuneração da empresa feita pela seguradora que passou 40 Divulgação Sindirepa Nacional: Conquistas importantes para o segmento de funilaria e pintura de 40 dias, em média, para 10 dias. “Assim, foi possível melhorar o fluxo de caixa das oficinas”, explica. Já 2012 foi marcado pelas principais conquistas que geraram ganhos efetivos: a remuneração das “atividades acessórias”, que demandavam tempo dos profissionais da oficina, mas que não eram reconhecidas pelas seguradoras como serviços essenciais, e o reajuste anual do valor da mão de obra. “Desta forma, conseguimos amenizar a defasagem e implementar a cultura de revisão automática anual, pois constatamos que algumas seguradoras não aplicavam nenhum tipo de correção por mais de cinco anos. Mas isso não significa que atende plenamente à rentabilidade do negócio, porém fica definido um formato mais adequado para essa cadeia de valores e a evolução no diálogo”, analisa. Em 2013, a câmara tratou de questões relacionadas à implantação dos acordos estabelecidos com as 12 w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r principais companhias de seguros que atuam no setor automotivo. A lista contempla 23 empresas. Para 2014, os trabalhos serão concentrados para nivelar todas as seguradoras que estão abaixo da linha de corte devido à avaliação de vários requisitos estabelecidos pela câmara, além de melhorar a performance no fornecimento de peças e estudar a elaboração de uma tabela temporária de referência nacional para a colisão, usando métodos que simplificam e padronizam a especificação dos serviços. Segundo Nogueira, há muito o que fazer. “É preciso que a melhoria da eficiência seja uma prática constante nas oficinas e as seguradoras precisam fortalecer a aliança estratégica com o reparador. A frota segurada deverá crescer e o mais importante e desafiador é fazer tudo isso em 2014 sem onerar o custo para o consumidor final”, finaliza. Para mais informações, entre em contato com Sindirepa-SP pelo telefone (11) 5594-1010, fale com Alessandra ou encaminhe e-mail para: [email protected] Estrutura A Câmara Setorial de Colisão tem como objetivo oferecer assessoria em várias áreas das oficinas especializadas em funilaria e pintura, como gestão, treinamento de profissionais por meio de convênios com o Senai, Sebrae e outros institutos de ensino. Também estuda a parte de tributos e jurídica que geram impacto nas empresas, assim como questões ligadas ao meio ambiente, pesquisa de mercado, tecnologia da informação e orçamentação. Com uma média de seis reuniões anuais com a FenSeg, possui estreito relacionamento com o mercado segurador. Com a atuação nacional a câmara estabeleceu um canal de comunicação com os Sindirepas estaduais por intermédio de newsletter eletrônica, vídeoconferências e encontros. Representantes dos Sindirepas também participam das reuniões com a FenSeg a fim de ampliar a discussão de temas relevantes para o segmento de colisão. O trabalho da câmara é dividido por assuntos e envolve a participação de vários reparadores. Photon na Internet SEMINÁRIO DA REPOSIÇÃO Respeite a sinalização de trânsito. AUTOMOTIVA Seguindo as tendências mundiais, o Grupo Photon marca presença no Twitter para que todo o seu conteúdo seja apresentado de forma dinâmica. @grupophoton Siga nossos Twitters: @automotivo @reposicao 41 Faça revisões em seu veículo regularmente. Respeite a sinalização de trânsito. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r IQA Componentes de direção terão selo do Inmetro Fabricantes e importadores têm até 28 de novembro de 2014 para obter certificação; com presença internacional, o IQA dispõe de laboratórios no mundo inteiro para agilizar processo Presença internacional O IQA está presente no mundo inteiro por meio de parcerias com laboratórios e organismos de certificação internacionais. “São auditores e profissionais qualificados por nós, aqui no Brasil, para atender todas as normas e exigências do Inmetro”, explica Sergio Kina, gerente técnico do IQA. Entre os países que contam com representatividade do Instituto, destaque para China, Tailândia, Índia, Coréia do Sul, África do Sul, EUA, México, países da Europa, Indonésia e Japão. “Uma das vantagens de contar com representantes no exterior é a facilidade e agilidade no atendimento, uma vez que o cliente é atendido no idioma local, e sem custos relevantes de translado”, diz Kina. 46 Divulgação O IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), organismo de certificação acreditado pelo Inmetro, criado e dirigido por Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor, alerta a indústria de autopeças e todo o setor de aftermarket automotivo para a Portaria 247, de 3 de maio de 2013, que determina a certificação compulsória de terminais de direção, barras de direção, barras de ligação e terminais axiais comercializados no mercado de reposição. Assim, fabricantes e importadores têm até 28 de novembro de 2014 para certificar os produtos. “Apesar de o prazo ser longo, alertamos à indústria e importadores para iniciarem o processo o quanto antes, pois existe a necessidade de efetuar testes e avaliações laboratoriais que demandam tempo, e nem sempre os resultados satisfatórios são atingidos na primeira tentativa”, alerta Ingo Pelikan, presidente da Diretoria Executiva do IQA. Um dos principais organismos de certificação do Brasil, o IQA é especializado no setor automotivo e conta, assim, com técnicos com vasta experiência na certificação de autopeças. “Certificar-se pelo IQA significa obter um diferencial reconhecido por fabricantes de veículos, de autopeças, concessionárias e centros de reparações automotivas, condição oferecida por um organismo dirigido exclusivamente pelo setor automotivo”, afirma Pelikan. Laboratórios Com as parcerias internacionais, o IQA conta com uma rede de laboratórios qualificados, prontos para atender o cliente de forma personalizada. “Temos condições de oferecer serviços de acordo com as necessidades do cliente, seja em custo ou em agilidade”. O IQA tem, assim, condições de oferecer ao cliente o melhor custo-benefício. “Se a necessidade dele é prazo, enviamos as amostras para o local que tem maior disponibilidade; da mesma forma com custo reduzido, pois sabemos onde estão as melhores oportunidades”, afirma Kina. Sobre o IQA - Instituto da Qualidade Automotiva (www. iqa.org.br) – é um organismo de certificação sem fins lucrativos, criado por Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor. Parceiro de organismos internacionais e acreditado pelo Inmetro, o IQA atua em Certificação de Serviços Automotivos, Produtos, Sistemas de Gestão, Publicações e Treinamentos. Cinto de segurança salva vidas Jarbas Ávila A Flash presentando o balanço de resultados para 2013, a Autho Mix informa que deverá terminar o ano com aproximadamente 180 novos part numbers, atendendo à frota sempre crescente de veículos nacionais e nacionalizados. A marca, que conta com um portfólio variado nos segmentos de suspensão, motor e freio, incorporou a partir de outubro uma gama de novos itens, visando atender os mais altos níveis de exigências da rede de clientes espalhadas em todo o Brasil. São novos itens em Tensionadores da Correia, Cubos de Roda, Pontas de Eixo, Trizetas, Articuladores Axiais, Bieletas, Sapatas de Freio, Kits de Junta Homocinética e Suspensão. Divulg ação 180 LANÇAMENTOS AUTHO MIX Para conhecer todo o portfólio de produtos Autho Mix, inclusive as novidades da marca, entre em contato com os distribuidores autorizados ou pelo telefone 11-2168-6110 ou pelo e-mail [email protected] KS lança na reposição bomba de óleo que atende mais de 40 modelos da Mercedes-Benz PIRELLI E MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE ITALIANO APRESENTAM PRIMEIRO EQUIPAMENTO SOLAR DO MUNDO PARA A PRODUÇÃO DE VAPOR EM UMA FÁBRICA Para receber mais informações sobre as mais de 40 aplicações que abrangem estes motores, consulte o SAKS da KS 0800 721 7878. Divulgação KS lançou no mercado nacional de reposição a bomba de óleo para os motores diesel Mercedes-Benz OM 314 (4 cilindros), OM 352 e OM 352 A (6 cilindros). Estes três motores abrangem mais de 40 modelos de caminhões produzidos pela Mercedes-Benz no Brasil entre 1975 e 1990. Os produtos da marca KS são comercializados no mercado brasileiro de reposição pela MS Motor Service Brazil, divisão do Grupo KSPG AG responsável pelas atividades de vendas e prestação de serviços para o aftermarket. Divulgação A A Pirelli e o Ministério do Meio Ambiente italiano, com a colaboração do Fórum das Américas, apresentaram no final de outubro um projeto para a implantação, na fábrica da Pirelli de Feira de Santana, na Bahia, do primeiro equipamento solar de grande dimensão no mundo para a produção direta de vapor a uma temperatura média, para utilização no ciclo de produção de uma fábrica. A realização deste projeto é resultado do acordo de colaboração assinado em janeiro de 2012 entre o Ministério italiano e a Pirelli com o objetivo de reduzir as emissões de dióxido de carbono. O acordo faz parte da cooperação ambiental entre a Itália e o Brasil, consolidada em junho de 2012. Participaram do evento o diretor-geral para o Desenvolvimento Sustentável, Clima e Energia do Ministério italiano, Corrado Clini, 48 o cônsul-geral da Itália em São Paulo, Mauro Marsili, o diretor da Agência ICE (agência para a internacionalização das empresas italianas) de São Paulo, Federico Balmas, o presidente da Pirelli da América do Sul, Paolo Dal Pino, e o presidente do Fórum das Américas, Mario Garnero. Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Navig lança unidade móvel para treinamento de motoristas A falta de profissionais qualificados para o setor de transporte rodoviário de cargas levou o piloto e comentarista Luciano Burti a constituir a Navig – empresa especializada em treinamento e reciclagem para motoristas de caminhões e ônibus. Os cursos são oferecidos através de simuladores, utilizando tecnologia similar às empregadas em treinamentos aéreos. O equipamento funciona dentro de um escritório móvel que será transportado de caminhão. “Esse é um dos principais diferenciais da Navig, já que a Unidade Móvel de Treinamento (UMT) irá até o cliente e ficará à disposição o tempo necessário”, diz Luciano Burti. De acordo com Burti, a Unidade Móvel de Treinamento é autossuficiente. Basta um espaço para estacioná-la dentro dos perímetros da empresa. Além de oferecer a Unidade Móvel com o simulador, a empresa disponibiliza dois instrutores que cuidarão do treinamento teórico e prático dos motoristas. Affinia investe em ações para o varejo Uma central de atendimento e diversos vídeos desenvolvidos pela empresa completam a gama de suportes disponíveis aos consumidores, aplicadores e balconistas. Mais informações no site da empresa: www.affinia.com.br/catalogos. Divulgação eguindo o lema de que a informação sobre um produto é essencial para o varejo e o aplicador, a Affinia vem aprimorando o atendimento ao seu público-alvo, garantindo sua atualização permanente. Para isso, tem investido em uma série de ações e campanhas de incentivos que visam dar suporte aos profissionais por meio de treinamentos, visitas personalizadas, material técnico, catálogos em papel e eletrônico, central de atendimento e uma série de vídeos explicativos. Para a Affinia, o profissional do varejo é também um público formador de opinião. Por ser ele quem define a marca do produto a ser utilizada, é ele também quem tem de ser informado em primeira mão sobre as novas linhas de produtos. No site da empresa é possível acessar os lançamentos, descrição e aplicação dos produtos. Divulgação S lançamentos da Goodyear A Veyance Technologies, fabricante exclusiva da marca Goodyear Engineered Products, informa a publicação de vários vídeos de divulgação e treinamento da sua linha de produtos automotivos no Youtube no endereço eletrônico http://www.youtube. com/user/VeyanceTechnologies. O objetivo dos sete vídeos, denominada Treinamento Gatorback, é auxiliar na correta utilização, aplicação e manutenção dos produtos da empresa, como correias e tensionadores, voltados para a linha automotiva. Catalogo Eletrônico Automotivo A empresa informou também o lançamento do seu catálogo eletrônico para o segmento automotivo. O download poderá ser realizado através do site http://www.goodyearep.com.br. Uma vez instalado, o usuário terá acesso aos mais recentes lançamentos da Goodyear nas linhas de produtos de correias automotivas, tensionadores e polias e airsprings. 49
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