A mil por hora
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A mil por hora
Ano 23 – Número 219 Entrevista Elias Mufarej, da Fiamm, fala sobre os desafios da marca para 2013 Especial 487036 0 0 2 1 9 Como equilibrar melhor o seu tempo A mil por hora Varejo brasileiro de autopeças está em pleno momento de mudanças. Na corrida pela conquista deste mercado, novo player aposta no autoatendimento w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Índice Índice 20 8 4 Capa Recém-chegada ao País, a Autozone planeja se expandir no mercado de autopeças, mas terá desafios pela frente. Entrevista Elias Mufarej, da Fiamm, analisa o cenário da indústria automotiva em 2013. 28 Especial 40 Duas Rodas Geomarketing 42 Eventos – Beijing 46 Estatísticas 48 Flash 12 Carro 34 14 Pesquisas e Tendências 36 16 Pesados Após sucesso mundial, Toyota Prius chega ao mercado brasileiro. Ar-condicionado: o amigo do motorista. Volare inaugura centro de operações em são Paulo e apresenta seus novos produtos para 2013. 38 Técnicas simples ajudam a administrar melhor o tempo. Amazonas e Amapá. Artigo – Missão Empresarial une conhecimento, oportunidades de negócios e cultura. Tecnologia Sondas Lambda: componente inteligente da economia. Sondas Lambdas: componente inteligente da economia. Colete com airbag para motociclistas pode ser obrigado no Brasil, porém o preço do produto ainda é o grande entrave. AMR-2013 Beijing, China, espera por você! Venda interna de veículos: institutos revisam previsão para 2013. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Carta ao Leitor EM BUSCA DA COMPETITIVIDADE ... ou DO PRÓXIMO BODE! O Grupo Photon na internet www.photon.com.br www.twitter.com/grupophoton Diretoria nde foi que erramos? Por que ficamos para trás? Muitas são as teorias (câmbio, desindustrialização, juros, impostos) que explicam o atual status quo. As desculpas somam outro tanto. Culpados, temos aos montes. Mas o que o mercado quer, precisa e está carente é de soluções reais, práticas e imediatas. Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho [email protected] Jornalista Responsável Jarbas Salles Ávila Filho (MTB 35.378) Ou seja, um remédio miraculoso! Uma vacina! Difícil de achar! Mas soluções existem! E são velhas conhecidas de quem se predispôs a se debruçar a estudar as fétidas mazelas populistas cozidas nos caldeirões planaltinos tupiniquins. Mas estas soluções, as reais e conhecidas e ainda disponíveis, passam por um quadro onde o remédio é amargo, custa caro e o resultado é de longo prazo de maturação. E pior, são soluções “não” eleitoreiras! O nome do remédio? EDUCAÇÃO! Enquanto não aprendermos a fazer a lição de casa, continuaremos dependentes e sem entender a causa de todo este atraso. E pior! Sempre haverá alguém apontando o dedo alcaguete da acusação para o lado errado da equação! E então, no auge da inconformação popular, um “bode expiatório aparecerá”, (sempre aparece!) que redimirá (leia-se desviará nossa atenção!) de todas as culpas (dos verdadeiros culpados), e nos trará o tão esperado e saboroso alívio do “post-mortem” do vilão que nos foi apresentado, e durará até o próximo carnaval ou campeonato de futebol. A base, como foi montada anos atrás, assim o foi, a meu ver, de caso pensado para que a ignorância dos pequenos (hoje já grandinhos, mas incultos!) fosse mantida no grau suficiente (vide alfabetos funcionais!) para entender e aplaudir que toda a migalha jogada (bolsas... de diversos títulos e sabores, bancadas pelos “reais empreendedores e trabalhadores”, para manter a parte que “não trabalha” quieta!) será sempre bem-vinda. Em outras palavras, deram o peixe, mas não ensinaram a pescar! O que causa ignorância e dependência! Um prato cheio e apetitoso mesmo para os famintos, que, sem saber que a sua fome é de saber, continuarão sofrendo sem entender o porquê e achando que agora chegou a sua vez de ser feliz. Um alívio sim, mas que, apesar de momentâneo, continuará enganando esta turba de inocentes úteis, até ... o próximo bode! Jarbas Salles Ávila Filho, diretor do Grupo Photon Boa leitura 6 Revista mercado Automotivo na Internet www.revistamercadoautomotivo.com.br www.twitter.com/automotivo Redação [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho, diretor; Cléa Martins, Christiane Benassi, Patrícia Larsen, Sérgio Duque, Thassio Borges e Weslei Nunes, colaboradores; Mariangela Paganini, revisora Departamento de negócios Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Gutenberg Soledade – DNF Comunicação [email protected] Comercial Fernanda Soares [email protected] Bruna Soledade – DNF Comunicação [email protected] Fotografia Arquivo Photon, Divulgação Arte e produção Elvis Pereira dos Santos [email protected] mídias digitais Adriano Failde [email protected] Administrativo e Financeiro Adalgisa Cruz................. [email protected] [email protected] As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de artigos e matérias estão autorizadas, desde que citada a fonte. REVISTA MERCADO AUTOMOTIVO é uma publicação mensal do Grupo Photon. Circulação março de 2013. Central de Assinaturas: [email protected] Avenida do Guacá, 1.067, 1º andar - CEP 02435-001 - São Paulo - SP - Brasil Tel./Fax 55 11 2281.1840, [email protected] Divulgação Entrevista Posição consolidada Nesta entrevista exclusiva à Revista Mercado Automotivo, Elias Mufarej, diretor-geral da Fiamm, fala sobre as expectativas da marca para 2013. A empresa, especialista na produção de buzinas, aposta na boa relação que tem com as montadoras no Brasil para crescer ainda mais no País. Além disso, Mufarej, que também é conselheiro do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), analisa os desafios do setor de reposição neste ano que se inicia, com a implantação do novo regime automotivo (Inovar-Auto). Confira a íntegra da entrevista a seguir: 8 w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Redação Revista Mercado Automotivo – Em 2011 o senhor assumiu a diretoria-geral da Fiamm. Desde 2008 ocupava a posição de diretor Comercial da empresa. Gostaria que falasse sobre essa mudança. Elias Mufarej – Foi uma conse quência, estou há muito tempo na empresa. Já trabalho com a Fiamm há cerca de 10 anos e assumir a direção-geral foi um processo natural dentro da organização da companhia. E quais são as expectativas e os desafios da Fiamm para este ano? O nosso grande desafio é manter o posicionamento no mercado. A Fiamm, nesse momento, é a única empresa fabricante de buzinas que é homologada junto às montadoras e também possui a homologação Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Com a crescente entrada de produtos importados, principalmente asiáticos, a nossa missão é defender o nosso mercado e também nossa posição de mercado. O senhor considera que essa importação de produtos asiáticos, cuja qualidade é por vezes questionada, ainda se constitui como uma “dor de cabeça” para a indústria automotiva brasileira? Sem dúvidas. Por isso que, em boa hora, saiu essa legislação (Programa Inovar-Auto) que na realidade acaba dando regras para determinados produtos que estão envolvidos com segurança. É o caso de buzinas, freios, rodas e pneus, por exemplo. A nova legislação ao menos assegura que os produtos que vierem de outros países tenham um nível de qualidade mínimo e aceitável. A questão principal é que, se existem empresas com condições, tecnologia e qualidade para apresentar os produtos, eles também podem ser homologados pelo Inmetro e, assim, estar dentro das regras. A única coisa que o Brasil fez tardiamente foi colocar essa imposição, mas as peças com baixa qualidade ou falsificadas terão de passar agora por esse crivo. Isso não impede que outras empresas sejam certificadas pelo Inmetro, mas para isso será necessário seguir certas regras e princípios que culminarão em produtos de qualidades. A Fiamm é uma empresa italiana. Diante da crise que atingiu fortemente a Europa nos últimos anos, qual foi a importância do mercado brasileiro para a marca nesse período? Tem sido de grande importância. Estamos presentes no Brasil, mas atendemos mundialmente. Os mesmos clientes que atendemos aqui, o fazemos também em nossa matriz na Itália ou pela outra unidade nos Estados Unidos. É o caso da General Motors, que é o nosso maior cliente na região da América do Norte. É o caso da Volkswagen, para quem somos grandes fornecedores na Europa e também aqui. E isso ocorre também com a Fiat aqui no Brasil. Com a crescente entrada de produtos importados, principalmente asiáticos, a nossa missão é defender o nosso mercado e também nossa posição de mercado Como ocorreu essa regulamentação do Inmetro na Fiamm? A regulamentação do Inmetro na verdade ocorreu no ano passado e neste início de ano entrou em vigor. Nós fizemos todas as adaptações, atendemos a todos os requisitos necessários e recebemos a homologação. Na realidade, foi uma constatação. A Fiamm é uma multinacional e para você ter ideia nós também homologamos nossas fábricas dos Estados Unidos e da Itália. Elas poderão, se necessário, fornecer para o mercado brasileiro. Atualmente a Fiamm atende quais montadoras no Brasil? Nós atendemos quase todas as montadoras, mas principalmente Ford, Volkswagen, Fiat, General Motors, Mitsubishi, Renault, Nissan, PSA Peugeot. Temos participação em praticamente todas as montadoras. E como é o relacionamento da empresa com essas montadoras? É difícil renovar esses contratos? Nós estamos entrando em um nível de competição internacional. Nesse momento, ainda que enfrentemos toda a questão do 9 w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Entrevista custo Brasil, conseguimos ser competitivos e apresentamos os produtos em condições para as montadoras instaladas aqui. E esse é o nosso trabalho. O nosso trabalho de manutenção no mercado também passa pelo ponto de apresentar um produto competitivo. A Fiamm exporta hoje diretamente do Brasil para algum mercado? A Fiamm exporta para alguns mercados como a Argentina, o Uruguai, Paraguai e também para a Volkswagen no México. As recentes medidas do governo argentino, consideradas protecionistas, afetaram o comércio da Fiamm com o país? Sem dúvidas. Na Argentina foi implantado primeiramente o Chas (Certificado de Homologação de Autopeças e/ou Elementos de Segurança). Esse Chas é um sistema parecido com o Inmetro e vincula a peça a uma homologação internacional e também a um importador. Isso já funcionou como um filtro no mercado argentino. Paralelamente a isso existem as cotas. Para você programar uma importação você tem limites, é complicado. É um mercado que não está aberto e tem restrições. Estamos conseguindo exportar, mas com algum sacrifício do ponto de vista burocrático e também de margem [de lucro]. O senhor considera que o setor de reposição automotiva tem problemas para abastecer o mercado atualmente? Hoje o Brasil passa por um processo complicado de competitividade. Com essa questão, não só cambial, mas também de custos 10 internos, o Brasil não apresenta competitividade com base em comparações feitas com produtos de outros países, como China e Estados Unidos. A montadora tenta adquirir produtos onde existem melhores condições e os novos projetos dessas empresas para o Brasil passaram por cotações aqui no país. A partir daí, as montadoras decidiram em parte usar os produtos locais e em parte usar os produtos importados. Isso tudo dentro de uma análise de competitividade. Hoje a indústria está preparada, dentro dos modelos atuais, para atender as necessidades da indústria automobilística. A prova contundente aconteceu nos últimos quatro meses de 2012, quando os volumes de produção foram altos e foram atendidos pelo mercado nacional. É claro que nesse mix de produção também existia alguns produtos importados. No entanto, quando a montadora produz um novo modelo, esse veículo passa por um processo de adaptação no fornecedor. Ouvimos então algumas reclamações por parte da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que dizia que o mercado não tinha condições de atender [essa demanda]. No entanto, as próprias montadoras passaram dificuldades em parte com alguns fornecedores nacionais – por conta de mudança de programa e mesmo lançamento de produtos –, e em parte com a importação. Porque a dependência de importação requer um planejamento muito bem feito e uma dependência muito grande da logística com a dificuldade toda que existe no Brasil em relação à estrutura de portos e aeroportos. Portanto, acredito que essa reclamação das montadoras seja normal. A indústria automobilística tem hoje uma ociosidade entre 20% e 25%, mas depende do produto. Em sua opinião, é difícil produzir autopeças no Brasil? O custo ainda é muito elevado para as fábricas? Hoje nós temos uma série de dificuldades que passam pelas leis trabalhistas, pela necessidade de mais treinamento aos funcionários (que envolve custos) e também pela dificuldade que as empresas têm de se adaptar às circunstâncias do mercado. [...] Então hoje, no Brasil, é complicado produzir. É complicado fazer a indústria rodar dentro dos níveis desejados e isso tudo afeta os custos. A Fiamm hoje produz “somente” buzinas, certo? Hoje nós fabricamos buzinas e estamos em formação com uma unidade diferenciada para fazer baterias industriais, porque a Fiamm é uma grande produtora de baterias mundialmente. Mas para a indústria automobilística, nós só fornecemos buzinas. Focar a produção em “apenas” um produto é uma estratégia? Ou seja, você se especializa naquele produto especificamente... Isso depende das oportunidades. Como nós dependemos do equipamento original, isso depende do nosso cliente e do que podemos oferecer. Hoje nós somos especialistas em buzinas e tentamos nos manter no mercado dessa forma. Divulgação Carro Aposta no híbrido Chega ao Brasil o Toyota Prius, automóvel híbrido mais vendido no mundo Redação 1 1 de março de 2011. O Japão é atingido por um terremoto de 8,9 pontos na Escala Richter e, como consequência, o país enfrenta tsunamis com ondas de mais de 10 metros de altura, que percorreram mais de 10 km de terra. Além das mais de 13 mil mortes e dos cerca de 16 mil desaparecidos, os japoneses passariam a enfrentar a partir daí uma forte crise econômica que atingiria em grande parte as maiores marcas do país. Entre elas, é claro, a montadora Toyota. A companhia japonesa sentiu o impacto e perdeu a liderança do mercado global de automóveis para a americana General Motors em 2011. O revés, no entanto, não durou muito tempo. No ano passado, a Toyota voltou ao primeiro lugar do ranking com um aumento de 26,6% nas vendas em relação à temporada anterior. Um dos motivos que levaram a montadora ao topo global novamente foi o Prius, modelo híbrido da marca, que os japoneses decidiram exportar para outros mercados. Entre eles, o 12 Brasil, onde os carros chegaram aos consumidores no último mês de janeiro. O caminho para se firmar no mercado brasileiro não será, no entanto, feito apenas de rosas. O preço do modelo ainda assusta (cerca de R$ 120 mil), mas a marca aposta no histórico do Prius pelo mundo para garantir aos brasileiros que o investimento vale a pena. O Prius foi o primeiro modelo híbrido do mundo, lançado em 1997, num momento em que o mundo passava a discutir alternativas para reduzir a emissão de poluentes, tornando o setor automotivo menos dependente de combustíveis fósseis. A desconfiança inicial, entretanto, prejudicou um crescimento mais significativo do veículo, o que só viria a acontecer nos anos seguintes. “Essa desconfiança [...] desapareceu tanto aos olhos da indústria, que começou a desenvolver projetos baseados no Prius, quanto dos consumidores, que fizeram do modelo o híbrido mais vendido do mundo”, destaca a Toyota, em comunicado enviado à imprensa. Hoje, a marca japonesa possui uma linha com 16 carros híbridos e as vendas mundiais alcançaram quase 5 milhões de Divulgação Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Modelo está disponível aos consumidores desde janeiro e a expectativa da montadora é vender 50 unidades por mês unidades. Somente o Prius vendeu mais de 3,2 milhões de carros. Um dos principais objetivos da Toyota até 2015 é aumentar a linha híbrida para 21 modelos. Chegada ao Brasil O Prius desembarcou no Brasil após um período de apresentações e campanhas de publicidade que visavam destacar a originalidade e os benefícios do modelo. Outro fator que ajudou a difundir o projeto da Toyota foi o Programa de Táxis Híbridos, implementado pela Prefeitura de São Paulo em junho de 2012. A iniciativa busca incentivar a operação de táxis movidos a energias mais limpas e sustentáveis. A Toyota já entregou 20 unidades para empresas frotistas que participam do programa e ainda poderá ofertar outros 69 carros. “A iniciativa da Prefeitura de São Paulo segue a tendência do que vem sendo feito em outras capitais mundiais, que contam com veículos híbridos em suas frotas de transporte público”, destacou a Toyota. Para os consumidores, no entanto, o modelo está disponível desde janeiro e, segundo Ricardo Bastos, gerente-geral de Relações Públicas da Toyota no País, a meta da montadora é vender 50 unidades por mês por meio de sua rede de concessionárias. Em entrevista ao Portal Exame, Bastos informou que, “conforme o aumento de demanda e viabilidade”, a montadora poderá passar a produzir o Prius em solo brasileiro. “Porém, esse processo pode levar até cinco anos”, completou o executivo ao Portal Exame. Atualmente, o modelo é produzido no Japão, na China e Tailândia. Características O Prius disponível aos consumidores brasileiros é equipado com motor a gasolina de ciclo Atkinson, com qua- tro cilindros em linha e cilindrada de 1.798 cc, e também com o motor elétrico de 650 Volts, dotado de corrente elétrica alternada trifásica. Os dois funcionam em sintonia com o objetivo de potencializar o desempenho em altas velocidades e impulsionar as rodas nos momentos em que o Prius estiver funcionando exclusivamente no modo elétrico. De acordo com a montadora, o modelo chega ao País com potência máxima combinada de 138 cv. No modo de condução Normal, o carro atinge até 25,5 km/l, com autonomia de 1.150 quilômetros. Outro ponto que merece ser destacado no veículo é o uso do motor elétrico como gerador de energia de grande capacidade durante o processo de frenagem regenerativa. Isto é, é possível transformar parte da energia cinética em energia para o carregamento da bateria do sistema híbrido. Além disso, vale citar a tecnologia Toyota Hybrid Synergy Drive, que utiliza uma bateria autônoma para alimentar o motor elétrico com potência máxima de 27 kW. Dessa forma, é possível dispensar a carga externa, além de não serem necessárias manutenção nem troca periódica. Outro benefício desta tecnologia é que ela produz aproximadamente 44% menos CO2 em comparação com um veículo convencional da mesma cilindrada. A montadora destaca também que 95% dos componentes da bateria de alta voltagem podem ser reutilizados, assim como 85% do veículo. A retomada da Toyota no Brasil e, principalmente, no mundo não diz respeito apenas à expansão de sua linha híbrida. Apesar disso, com a chegada do Prius, a marca parece acertar ao inserir no mercado brasileiro um modelo que preza pela originalidade, pela economia e pelo respeito ao meio ambiente. Resta saber a reação dos brasileiros à novidade japonesa. 13 Fotolia.com Pesquisas e Tendências w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Ar-condicionado: o amigo do motorista Sérgio Duque A ntes considerado caro e um luxo para poucas pessoas, o ar-condicionado vem sendo usado em um número cada vez maior de automóveis. Vários fatores têm influenciado este aumento. Além do preço mais baixo, a questão do conforto também faz o motorista preferir enfrentar o trânsito sem ter de suportar elevadas temperaturas presentes quase o ano todo em nosso país. No Brasil atualmente estima-se que de cada 100 veículos vendidos 65 já saiam da linha de montagem com ar-condicionado, números estes que se elevam considerando apenas o segmento de automóveis. Alguns fatores justificam esses números de vendas: 1. O aumento do poder aquisitivo dos brasileiros aliado à redução de custo deste equipamento, visto cada vez menos como acessório, mas como agregado do conjunto do veículo; 2. Desejo de maior conforto ao dirigir e mais silêncio no interior do veículo; 3. Menor entrada de poluentes no interior do veículo; 4. Aumento da criminalidade que inibe o motorista a circular com vidros abaixados. O ar-condicionado, portanto, se torna absolutamente necessário. Criado por Willis Carrier perto do ano de 1900, o ar-condicionado não é propriamente um gerador de frio, mas um transformador do ar ambiente para frio com a ajuda de um gás refrigerante que o alimenta. Possui um filtro para eliminar impurezas vindas do ar externo. Item de conforto praticamente indispensável em regiões tropicais. Vale lembrar que os sistemas de ar-condicionado completos também aquecem o interior dos veículos nos dias 14 frios. Neste caso, o calor vem da água do sistema de arrefecimento do motor. Estima-se que a frota brasileira atual com sistemas de ar-condicionado seja em torno de 8 milhões de veículos (algumas fontes citam 42% de toda a frota), a maioria com idade média menor que 7 anos, mais concentrada em veículos novos, incluído neles os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e pequena parcela da frota de máquinas agrícolas. Como são equipamentos carentes de manutenção preventiva, a demanda por filtros, serviços de higienização e limpeza e substituição de componentes tem atraído o interesse de reparadores em todo o Brasil. Considerando que o gasto com manutenção média preventiva anual por parte dos motoristas proprietários (troca de filtros de ar e reabastecimento do gás) chega próximo a R$ 140,00, segundo pesquisas parciais realizadas junto a reparadores independentes (filtro entre R$ 30,00 e R$ 50,00, carga de gás a R$ 70,00 e mais R$ 30,00 de mão-de-obra), o volume de dinheiro que circula neste negócio justifica o interesse demonstrado com a abertura de novas oficinas especializadas. Se a frota de ar-condicionado for realmente de 8 milhões, o volume de dinheiro no setor é próximo de R$ 1 bilhão na ponta da cadeia automotiva. Há movimentos fortes para se equipar toda a frota de ônibus urbano com ar-condicionado, oferecendo maior conforto para usuários, sobretudo no verão. Até 2016, a frota com ar será então acima de 50%, com crescimento da reposição de peças e serviços em escala cada vez mais ascendente. Melhor não ficar esperando para conferir. Divulgação Pesados Volare inaugura centro de operações em São Paulo e apresenta seus novos produtos para 2013 Jarbas Ávila A Volare, unidade de negócio independente da Marcopolo e uma das principais fabricantes nacionais de veículos comerciais, inaugurou, em 25 de fevereiro, em São Paulo (SP), o Novo Centro de Operações Volare. Localizado na Via Anchieta, no bairro do Sacomã, o complexo com 8 mil m² de área total integra uma concessionária-modelo, um centro de treinamento para toda a rede de concessionários e ainda um centro de distribuição de peças de reposição. A concepção do novo centro de operações da Volare foi baseada no resultado de extensos estudos e pesquisas das melhores tecnologias e práticas adotadas na área de serviços do segmento automotivo, o que demandou 16 um ano de trabalho, e faz parte dos planos de investimentos da empresa. Segundo Rodrigo Bisi, coordenador de Estratégia da Volare, e responsável pelo projeto de implementação do complexo dentro do centro, a concessionária-modelo deverá funcionar como laboratório de testes de novos projetos, processos e práticas antes de serem estendidas às demais concessionárias da rede. Haverá também uma área de treinamento com vistas à melhoria e qualificação do atendimento a ser prestado ao cliente e que estará alinhada com a Escola de Negócios Volare, que é um programa de capacitação de profissionais das áreas técnicas, comercial e de gestão das 85 concessionárias do grupo e dos 15 representantes do exterior. No mesmo local será também instalado um novo centro de distribuição de peças, que terá o dobro do Divulgação Pesados Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Painel - Volare W-L Executivo espaço do anterior localizado em Guarulhos. A expectativa é que este novo centro venha a atender a 80% das necessidades de distribuição da empresa, ainda no primeiro semestre de 2013. Linha 2013 e os lançamentos Complementando a inauguração do novo centro, a Volare apresentou também sua linha para 2013 acompanhada de três novos modelos de micro-ônibus: W6, W7 e o WL, este último com capacidade para até 36 passageiros. A nova família Volare passa a contar então com sete diferentes modelos (V5; W6; W7; W8; W9; DW9 e W-L) em cinco versões (Executivo, Fretamento, Limousine, Urbano e Escolar), e atendem ao mercado de transporte de 15 a 36 passageiros mais o motorista. Os novos W6 e W7 substituirão os antigos V6 e V8, com mais funcionalidade e versatilidade. Todos os modelos possuem novas entradas de ar no painel dianteiro, 18 Divulgação Volare W-L Limousine Divulgação Volare W-L Executivo Interior - Volare W-L Limousine produzido em plástico de engenharia, novo volante, salão de passageiros com acréscimo de quatro poltronas e cluster (painel de instrumentos) com design dinâmico e inovador. O Volare WL foi idealizado para idealmente atender a quem opera com grandes grupos no segmento de fretamento e turismo. Além do maior número de assentos, conta com bagageiro especial, com 4.000 litros de capacidade, e com uma grande porta traseira com abertura até a base da carroceria, facilitando o acesso e acomodação dos volumes. Outro modelo que recebeu importantes inovações que envolveram desde o conjunto mecânico até a carroceria foi o DW9. O veículo agora segue as mesmas características dimensionais do W9, diferenciando-se deste apenas pelo conjunto mecânico. O DW9 usa a motorização Mercedes-Benz OM 924 LA.V/21-Euro V e o W9 utiliza o motor MWM Maxxforce 4.8-Euro V. Divulgação Capa Sem medo do mercado Com planos de expansão, a gigante varejista norte-americana Autozone, recém-chegada ao País, enfrentará um mercado cheio de desafios e em plena evolução Weslei Nunes e Cléa Martins F orte. Competitivo. De portas abertas. É assim que o mundo vê atualmente o mercado automotivo brasileiro. As ótimas expectativas que cercam a economia e o bom andamento do País são algumas das causas pelas quais muitas empresas têm considerado entrar na disputa local pelo aftermarket, em busca de uma fatia desse atraente setor. A mais recente aposta nesse sentido é da gigante varejista norte-americana Autozone. A empresa, que possui quase 4.700 lojas de autopeças nos Estados Unidos, escolheu a cidade de Sorocaba (SP), a 92 quilômetros da capital paulista, para 20 inaugurar seu primeiro estabelecimento, um verdadeiro “supermercado” de peças automotivas, com mais de 14 mil itens distribuídos por zonas e com plaquetas indicativas para facilitar o autoatendimento. O executivo-chefe da empresa, Mauricio Braz, responsável pela Autozone no Brasil, contou que a companhia realizou diversos estudos sobre a preferência do consumidor brasileiro antes de se instalar por aqui. Tudo para não errar nesses primeiros passos. Ele disse que a organização aposta nos seus serviços de proximidade com o cliente para conquistar o mercado nacional. “Nos orgulhamos em fornecer produtos de confiança e, o mais importante, um serviço amigável, no qual valorizamos a satisfação do cliente”, ressalta. Outro executivo da empresa, Bill Rhodes, que é presidente e CEO da Autozone mundial, disse, durante a inauguração oficial da loja sorocabana, que “os valores da companhia se encaixam ao público brasileiro”. Diferenças de mercados Mais do que uma boa relação com os clientes, a Autozone vai precisar de estratégias gerenciais para se sobressair e se adaptar a um mercado bastante diferente do estadunidense – a começar pelas dimensões dos parques automotivos. Enquanto o norte-americano conta com uma Cinto de segurança salva vidas. 22 Divulgação A loja da Autozone Sorocaba conta com mais de 14 mil itens distribuídos por zonas, para facilitar o autoatendimento Será esse um bom momento? O aftermarkert brasileiro vive um momento de superação aos desafios, principalmente no segmento varejista de autopeças. Segundo o presidente do Sincopeças-SP, o setor é impactado por inúmeras variantes e barreiras que precisam ser ultrapassadas, como a alta carga tributária, a entrada de produtos importados e sem qualidade, as novas regras na legislação que exigem mudanças na gestão da empresa, a grande variedade de marcas e modelos que implicam no aumento de itens do portfólio e a escassez de crédito para o varejo de autopeças. Apesar disso, o mercado deve continuar a crescer, impulsionado principalmente pelo aumento da frota circulante. Porém, de acordo com as projeções de La Torre, “haverá ainda muita transformação devido à diversificação de modelos e marcas dos veículos”. Para o gerente de Vendas da Affinia, esse é um momento de escolhas, no qual é preciso encontrar um caminho para os negócios: Divulgação Capa frota que passa de 240 milhões de unidades, o Brasil dispõe de pouco mais de 45 milhões de veículos, contando inclusive as motocicletas. Além disso, muitos outros quesitos diferenciam os dois mercados, como, por exemplo, o nível de maturidade. “O mercado norte-americano é mais maduro e tem a cultura da manutenção preventiva, que é bem mais difundida por causa da inspeção de segurança; sem contar que o estadunidense vê a prevenção como algo necessário, o que ainda não acontece aqui no Brasil”, explica o gerente de Vendas da Affinia, Evandro Silva. “No Brasil, estamos engatinhando nessa questão. A inspeção ambiental veicular na cidade de São Paulo é feita há apenas cinco anos”, complementa Francisco de La Torre, presidente do Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo). Outra diferença de característica é a proporção do número de lojas e oficinas com relação à frota, que nos Estados Unidos é bem menor. “Lá, o mercado é formado por grandes redes, enquanto aqui as lojas de pequeno e médio portes lideram o aftermarket”, analisa La Torre. Uma das distinções mais interessante entre esses países é o fato de o consumidor norte-americano ter o costume de fazer o conserto do próprio carro, comprando as peças nessas grandes lojas, o que não acontece no Brasil. Aqui é comum o motorista levar o carro para fazer manutenção na oficina e, na maioria das vezes, nem se preocupa com a compra das peças que é feita pelo mecânico. “Nos Estados Unidos, consertar o carro é um prazer. São hábitos diferentes que acabam influenciando o mercado”, diz La Torre. Evandro Silva, gerente de Vendas da Affinia “Neste universo [varejista], o grande desafio é fazer as escolhas certas, ou seja, encontrar um segmento de negócios que possa, ao mesmo tempo, ser defendido e lucrativo”. Como ponto a seu favor, a Autozone cita a experiência que a empresa conquistou em outros países, como México, onde a companhia mantém 321 lojas, e Porto Rico, uma loja. Cada estabelecimento, segundo seus dirigentes, oferece uma extensa linha de produtos para Cinto de segurança salva vidas. Capa carros utilitários, esportivos, vans e caminhões leves, incluindo componentes novos e remanufaturados, itens de manutenção e acessórios. Ainda de acordo com os porta-vozes da empresa, um dos diferenciais dessas lojas, que conquistaram tanto o mercado norte-americano quanto o mexicano, está na pronta-entrega de peças e outros produtos não apenas para clientes finais, como para oficinas, revendedores e postos de serviço, entre outros estabelecimentos. Com esse “poder de sedução” a empresa chega ao Brasil. “Nosso nome pode ser novo para a comunidade de Sorocaba, porém, sabemos que irá se tornar rapidamente uma expressão familiar e confiável no ramo de autopeças”, acredita Rhode. Atendimento diferenciado À semelhança do que é oferecido nas lojas da Autozone fora do Brasil, no estabelecimento sorocabano os profissionais especialistas, como mecânicos e instaladores, contam com um catálogo eletrônico exclusivo que permite a visualização das peças e de suas características para uma compra mais fácil e rápida. Trata-se claramente de uma estratégia de relacionamento que busca a fidelização de clientes. De acordo com Braz, a Autozone planeja abrir de 12 a 15 lojas no Estado de São Paulo ainda este ano. As próximas unidades a serem inauguradas atenderão a capital e seguirão o mesmo modelo estrutural de Sorocaba. A concorrência A Autozone chega para concorrer diretamente com as grandes redes varejistas do País, como a Mercadocar, que possui hoje quatro unidades, 24 Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r ou mesmo lojas filiadas a redes independentes, como a PitStop, do grupo Comolatti, e a Âncora, que juntas representam cerca de 1.500 estabelecimentos. A expectativa dos especialistas do setor é que a nova concorrente traga algum tipo de mudança ao mercado de autopeças no varejo. “Uma grande rede chegando a um mercado pode, sim, ser um agente de mudanças. Afinal, são processos e práticas que visam atender uma estratégia e um modelo de negócios testado e aprovado em vários mercados. Contudo, não sabemos qual será o impacto e a receptividade dos clientes daqui a este modelo de negócios”, comenta Silva. La Torre concorda e acredita que sempre há mudanças com a chegada de uma empresa de grande porte: “O mercado precisará se acomodar e a concorrência ficará mais acirrada nas regiões onde a rede se instalar, mas isso faz parte de um mercado em crescimento”. Com a nova loja, pode ser que o País ganhe características do que acontece nos Estados Unidos, com redes de grande porte dominando mais as vendas. Por isso, o representante do Sincopeças-SP dá a dica para quem não quer ficar para trás nessa disputa: “Todos esses fatores [relacionados à concorrência] exigem que o empresário tenha uma visão diferente do seu negócio e do contexto em que ele está inserido. É necessário estudar a frota local, ter programas para controlar o estoque, investir para manter as instalações para que o ambiente seja atraente aos olhos do consumidor e contar com equipe capacitada para oferecer um bom atendimento para não ficar para traz na disputa”. Com tantas mudanças em vista, fica claro que esse será um período de aprendizado para o mercado brasileiro de autopeças, no qual todos terão condições de fazer suas escolhas e competir, provendo um melhor serviço a seus clientes. “Isso faz parte de um mercado em evolução e com oportunidades como o nosso”, complementa Silva. Cinto de segurança salva vidas. Cinto de segurança salva vidas. Fotolia.com Especial Como administrar seu tempo O trabalho aumenta e o tempo diminui. Será que não é possível equilibrar essa balança? Redação T empo é dinheiro. A frase dita pelo lendário norte-americano Benjamin Franklin (17061790) é antiga, mas parece cair como uma luva em nossa sociedade. Afinal, nos dedicamos a multiplicar nossos patrimônios praticamente na mesma proporção com que colocamos nossos esforços para “criar” mais horas em nosso dia. Nosso tempo disponível parece não ser nunca suficiente. Se nos dedicamos ao trabalho negligenciamos a família. Se a atenção se volta à família, nossos prazeres individuais é que são deixados de lado. E por aí vai. A sensação geral é que é praticamente impossível conciliar as esferas que dizem respeito ao nos- 28 so trabalho, nossa família e à nossa vida propriamente dita. Há quem diga, no entanto, que é possível. Que devemos apenas nos ater a novas fórmulas, novos sistemas de organização para que consigamos dividir o nosso tempo da forma mais agradável possível. Será? O setor automotivo, é claro, não está livre deste que é um dos maiores problemas da sociedade moderna: a falta de tempo ou o mau uso dele. Assim como em diversos segmentos da indústria, os presidentes das entidades que representam o setor são também os profissionais do alto escalão de distribuidoras, montadoras, reparadoras, entre outras. Além disso possuem famílias e preferências individuais que não podem ser esquecidas. A Revista Mercado Automotivo foi atrás de executivos do setor que tiveram de aprender a lidar melhor com seu tempo, de modo a distribuir suas tarefas nas mais variadas esferas às quais fazem parte. Além disso, apresentamos as teses de especialistas em gestão do tempo para que você possa gozar de uma vida mais equilibrada e saudável. Não deixe de ler! Não vai custar nem 10 minutos! Um mal real! “Estou correndo!” Quem nunca disse essa frase ao ser questionado sobre como está por um parente ou amigo, que atire a primeira pedra! Vivemos em uma sociedade que tem Sabrina Carbone, gerente de Marketing da Affinia Automotiva Antonio Fiola, presidente do Sindirepa O objetivo deste sistema é determinar se as tarefas que devemos executar durante o dia são importantes e/ ou urgentes. A partir daí, é necessário tomar decisões que, em tese, nos pouparão tempo. Por exemplo: se você se depara com uma demanda que é importante, mas não é urgente, o ideal, segundo essa ferramenta, é decidir imediatamente quando e como aquilo será executado. Se a tarefa, no entanto, é urgente, mas não é importante, você pode delegá-la a outra pessoa e acompanhar o processo a certa distância. “É impossível administrar todas as atividades em um prazo determinado de tempo se você não separar, de acordo com o conceito de Eisenhower, o que é urgente e precisa ser feito prioritariamente, o que é importante e requer dedicação planejada do que é trivial e talvez desnecessário”, analisa Sabrina. “Dessa forma, enumero uma lista de prioridades e com um planejamento constante consigo administrar o tempo. Anotar tudo e organizar no papel também ajuda muito”, completa. Novas teorias Apesar de eficiente, a gestão de tempo proposta por Eisenhower é Divulgação Divulgação trabalhado mais, dentro e também fora do escritório. Foi-se o tempo em que o profissional cumpria suas 8, 9 horas de trabalho e seguia para casa, sem preocupações. Atualmente, grande parte das empresas inclusive disponibiliza celulares ou tablets para seus gestores e diretores de modo que os profissionais estejam disponíveis durante todo o dia. É a cultura do “100% on”. Não se trata de ser uma prática certa ou errada, moral ou imoral. Trata-se de uma realidade cada vez mais presente em grandes companhias. Neste cenário, é necessário ainda conciliar a vida familiar e também aqueles projetos individuais, que geralmente são os primeiros a serem deixados de lado. Falo, por exemplo, das aulas de tênis, de dança, aquela corrida no parque ou até mesmo aquele livro, que você ganhou de aniversário, prometeu ler e sequer abriu. Diante deste horizonte, os executivos consultados pela reportagem citaram duas palavras essenciais para quem deseja administrar melhor seu tempo: planejamento e organização. “O planejamento e a organização são estratégias que me ajudam muito a administrar o meu tempo, que é extremamente escasso levando em conta que trabalho, cuido da casa, tenho uma filha, cuido da saúde e ainda faço curso de MBA”, afirma Sabrina Carbone, gerente de Marketing da Affinia Automotiva, fabricante de autopeças para o setor de reposição. Para explicar como administra sua rotina, a executiva cita conceitos da Matriz de Eisenhower, uma ferramenta de gestão de tempo amparada em um método utilizado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Dwight D. Eisenhower (1890-1969). Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Valmir Linzmeyer, diretor da Tuper Escapamentos e Catalisadores contestada. Muitas pessoas têm dificuldades para determinar o que, de fato, é urgente e o que é importante. Mais difícil ainda é unir os dois conceitos e assimilar aquilo que é urgente, mas não tem importância. Dessa forma, outras pesquisas sobre o assunto foram desenvolvidas com o intuito de aprimorar aquilo que já havia sido proposto. É o caso de Christian Barbosa, autor de A Tríade do Tempo e Equilíbrio e Resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam (ambos pela Editora Sextante), considerado por muitos como o maior especialista em gestão de tempo no Brasil. “O tempo parou para muitos dos autores que se dedicam ao tema. Com raras exceções, muitas das teorias desenvolvidas estão fora da realidade: não dão a devida importância à tecnologia e não atendem às necessidades dos trabalhadores do conhecimento”, afirma Barbosa em sua obra A Tríade do Tempo. Para desenvolver a obra, o autor realizou uma pesquisa com mais de 42 mil pessoas em todo o mundo. A partir disso, percebeu que o tempo se divide em três esferas: importante, urgente e circunstancial. Diferentemente do conceito de Eisenhower, no entanto, não há in- 29 w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Especial terseção entre as esferas propostas por Barbosa. Ou seja, algo só pode ser importante, ou apenas urgente, ou somente circunstancial. Confira no Box da matéria, as definições de cada esfera! Parece complicado, mas não é. Antonio Fiola, presidente do Sindirepa (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios) de São Paulo e também do sindicato nacional, conhece e recomenda o trabalho de Barbosa. “Aprendi bastante com ele. Ele marcava na agenda que andaria de skate com o filho. E se tornava um compromisso! Há pessoas que questionam o fato de você ‘agendar o lazer’, mas se o meu tempo é precioso, nada melhor do que agendar minhas atividades de lazer”, afirma Fiola, que diz fazer o mesmo. “Costumo jogar tênis duas vezes por semana. Esse compromisso ocupa na minha agenda o mesmo lugar que um compromisso de trabalho”, explica. Para o executivo, é necessário saber aproveitar ao máximo o pouco tempo que tem em cada atividade. Por conta das suas atividades nas mais diversas esferas, Fiola afirma que se desloca muito durante sua rotina. Quando percebeu o tempo despendido nestas ações, passou a ocupá-lo de forma mais inteligente. “Eu sempre utilizo os momentos de transporte para esses lugares para eu me programar. No caminho eu já quero ir pensando direitinho como está a situação desse lugar, o que eu tenho que cobrar, etc., para chegar mais preparado”, completa. Para Valmir Linzmeyer, diretor da Tuper Escapamentos e Catalisadores, no entanto, uma boa administração do tempo está diretamente ligada a prioridades. Para ele, administrar o tempo passa a ser uma simples questão de 30 Como funcionam as esferas da Tríade do Tempo, de Christian Barbosa Importância: atividades que são significativas em sua vida trazem resultado a curto, médio ou longo prazos. Urgência: atividades que surgem em cima da hora não podem ser previstas e geralmente causam estresse. Circunstanciais: tarefas desnecessárias. Tempo gasto de forma inútil, por comodidade ou porque são “socialmente apropriadas”. *A tríade ideal, segundo Barbosa, é composta de 70% de tarefas importantes, 20% de ações urgentes e 10% das circunstanciais. Fonte: A Tríade do Tempo, de Christian Barbosa, Ed. Sextante escolha. “Eu escolho fazer o que de fato é prioridade para o negócio e tem forte impacto nos resultados. Tudo é uma questão de foco, fazer o que realmente importa”, aponta o executivo. Necessidade de um modelo Nenhum sistema de gerenciamento de tempo é infalível, é claro. Novos modelos surgirão com o objetivo de modernizar os que já foram propostos e atualizá-los em relação às novas tecnologias e às novas demandas de uma sociedade em constante transformação. Apesar disso, os três executivos consultados pela reportagem apontam para a necessidade de se adotar ao menos um modelo de gestão. Fiola afirma, inclusive, que “estaria perdido” e não daria conta de tudo se não adotasse uma estratégia de administração de tempo. “[Sem um modelo] você acaba acumulando frustrações. Quando você começa a deixar de fazer as coisas a que se propõe, acaba se frustrando e isso faz mal à sua própria saúde”, analisa. Administrar o tempo, de fato, não é fácil. Nossas demandas parecem se multiplicar diariamente e torna-se quase impossível dedicar horas aos filhos, a um passeio, a um bom livro ou filme. Apesar disso, um esforço faz-se necessário. A frustração com a falta de tempo gera, entre outras coisas, estresse. “A sociedade já aceita como normal esse ritmo desenfreado. Problemas de saúde como gastrite, pressão alta e infarto passaram a ser consideradas consequências da vida cotidiana. O estresse é visto como algo tão corriqueiro que muitos o consideram até mesmo necessário”, explica Barbosa em seu livro. Necessário não é. Mas é bom que você perceba isso logo e mude sua rotina ou acabará perdendo muito tempo. E como diria Franklin, tempo é dinheiro! Faça revisões em seu veículo regularmente. Elv is P. S a nto s Geomarketing Amazonas e Amapá Sérgio Duque O s Estados da federação compreendidos por Amazonas e Amapá juntos somam a expressiva extensão territorial de 1.713.560,8 km2, equivalente a 20% aproximadamente de todo o Brasil, com população residente estimada em 4,2 milhões de pessoas, o que resulta em uma região com densidade demográfica muito baixa. Se fosse um país, seria o 17º do mundo nele cabendo países inteiros juntos como França, Espanha, Suécia e Portugal. Ao longo da década de 90 o Amazonas se destacou como o Estado brasileiro com maior crescimento populacional e econômico, crescendo a uma média de 8% a.a., bem acima da média, sofrendo pequena retração próxima aos anos de 2005 até 2008, quando uma forte estiagem comprometeu resultados da agricultura regional, sobretudo do sudoeste do Estado, que possui alta dependência da atividade do extrativismo. No Estado do Amapá, que se constitui como um dos mais preservados na questão de exploração ambiental, 34 há uma frota não superior a 100 mil veículos, superior apenas à do Estado de Roraima. As distâncias entre as cidades são expressivas e em algumas delas não há registros no Denatran de veículos licenciados, o que explica o baixo índice de demanda. Ainda assim, graças ao desempenho econômico havido em anos anteriores, a região cresceu sua participação na demanda de autopeças do Brasil de 1,38% em 2011 para 1,69% em 2012, uma evolução real de 22,4%. Para 2013, estima-se que será movimentado R$ 1,45 bilhão na cadeia de distribuição automotiva dentro desses Estados. No site www.audamec.com.br podem ser obtidas informações mais abrangentes sobre este estudo, compreendendo análises por Estado da federação, por regiões nos Estados ou individualizadas para 5.800 municípios brasileiros. É possível também consultar a frota no País e em cada um dos municípios por modelo de veículo. Para ter acesso a outras informações ligue para (11) 2281-1840. O site é um serviço de informações tendo como clientes fabricantes e distribuidores do setor de autopeças. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r GEOMARKETING AUTOMOTIVO: Amazonas e Amapá Estado em referência População PIB Estimado 2013 AM-AP Índice Potencial Demanda Regional em Relação ao Brasil (%) 3.958.642 US$ 32,1 bi Coari-AM 0,08 Parintins-AM 0,03 Itacoatiara-AM 0,03 Tabatinga-AM 0,04 Macapá-AP 0,30 Nº Veículos 498.257 Manacapuru-AM 0,02 Automóveis 210.638 Manaus-AM 1,19 Comerciais Leves 65.616 Caminhões 25.893 Potencial Demanda nos Estados Ônibus 7.221 Tratores 7.747 Motos Habitantes por Veículo 181.142 7,9 1,69% Nº estimado de pontos de vendas e consumo de autopeças Lojas de Varejo 168 Postos de Combustíveis Centros Automotivos 63 Concessionárias Retíficas 19 Frotistas 382 25 377 Fontes: ANP, IBGE e Renavam para dados gerais. Audamec Marketing para dados sobre frota e pontos de vendas (www.audamec.com.br). 35 Empresários do segmento de retíficas podem participar de um programa completo para conhecer as novas tecnologias em equipamentos e ferramental disponíveis no mercado internacional Por José Arnaldo Laguna O Conarem (Conselho Nacional de Retíficas de Motores) promove anualmente a Missão Empresarial visando contribuir com o desenvolvimento das empresas do setor no Brasil, oferecendo um roteiro completo que reúne visita a feiras, empresas de retífica, montadoras, além de conhecer a cultura local e apreciar a gastronomia do país visitado. Trata-se de um programa que permite ainda a interação entre os empresários do setor localizados em várias partes do Brasil. Também é aberto a outros profissionais e às esposas dos empresários, o que torna a missão um aprendizado e uma reciclagem que alia momentos de lazer. 36 Ao longo de várias edições, colecionamos relatos de muitos empresários que extraíram ideias para o seu negócio a partir dessas visitas realizadas a vários países, como Alemanha, China e Turquia. O caso mais recente aconteceu no ano passado, quando os empresários conheceram uma máquina com tecnologia mais avançada para substituição de sede de válvula na Alemanha. O equipamento tem um procedimento diferente do processo usado por solda ou usinagem e o sistema é feito por meio de gerador de indução, o que garante mais eficiência, precisão e menos tempo de produção. O equipamento, ainda um protótipo apresentado na Automechanika Frankfurt, chamou a atenção do grupo de retificadores autopromotec.it Artigo Missão Empresarial une conhecimento, oportunidades de negócios e cultura Cinto de segurança salva vidas. que participavam da missão, que resolveu desenvolver o equipamento no Brasil por meio de parceria com uma metalúrgica brasileira. As primeiras máquinas foram desenvolvidas e testadas em 2012 garantindo uma redução no custo do equipamento em mais de 42%, viabilizando a aquisição da máquina para as retíficas brasileiras. Este é apenas um de vários exemplos de como a Missão Empresarial tem contribuído para o desenvolvimento do setor, abrindo os horizontes dos empresários brasileiros e também garantindo parcerias que podem gerar rentabilidade ao negócio a partir da identificação de oportunidades que esses mercados podem oferecer. A programação da Missão Empresarial para este ano contempla a Autopromotec, a mais importante feira de reparação veicular da Itália, que acontece em maio. O roteiro inclui também visita ao maior fabricante de máquinas de retíficas da Europa, a Berco, empresa pertencente ao ThyssenKrupp Technologies, em Copparo, na Itália, além de duas retíficas de motores: a Vege, em Tunis, na Tunísia (norte do continente africano), considerada a maior do mundo, e a BR, na Itália. Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r José Arnaldo Laguna é presidente do Conarem – Conselho Nacional de Retíficas de Motores Também estão no pacote visitas aos museus e às fábricas da Lamborghini e Ducatti, bem como da Ferrari, onde poderão locar um auto esportivo da marca e percorrer as ruas de Módena. A parte turística da viagem inclui passeios por Roma, Firenze, Bologna, Veneza, Túnis e, ainda, ao final, a possibilidade de uma parada de três dias em Paris. Desta forma, é possível unir conhecimento de novas tecnologias, oportunidades de negócio, cultura, lazer e interação entre os empresários do setor. 37 Foto lia.c om Tecnologia w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Sonda Lambda Componente que ajuda a economizar combustível e controlar emissão de gases Sérgio Duque A sonda lambda é um dispositivo que envia um sinal elétrico para o sistema da injeção eletrônica do automóvel indicando a presença de oxigênio nos gases de escape. Lambda refere-se à letra grega que técnicos utilizam para descrever o volume de ar na mistura combustível-ar e que tem o valor igual a 1 quando atingida a relação ideal. Sua função é detectar continuamente o teor de oxigênio no gás de escape e informar a unidade de controle da injeção (ECU) sobre a condição de mistura ar/combustível do veículo que, baseada nesta informação, regula a melhor mistura que resulte em economia de combustível, proporcionando ainda uma ótima e eficiente conversão catalítica reduzindo, em consequência, a emissão de poluentes. Existem vários tipos de sondas lambda montadas na sua grande maioria em veículos leves movidos a gasolina, etanol e alguns a diesel. Quando a sonda lambda está com problemas, o motorista geralmente percebe sinais que se manifestam com a oscilação da marcha lenta, perda repentina de potência e alto consumo de combustível em razão da mistura errada de ar/combustível, podendo também ser indicativo de outros problemas. Fabricantes recomendam que sua avaliação seja feita a cada 30.000 km por reparadores que possuam equipamentos e ferramentas apropriadas para diagnóstico. Sua troca, porém, ocorre em média de 160.000 km para automóveis e comerciais leves. Não é incomum reparadores processarem limpeza das peças em períodos intermediários, até o momento da exaustão comprovada. 38 Como a frota de automóveis em circulação no Brasil roda em média 20.000 km/ano, a substituição ocorre a cada 7 ou 8 anos. Alguns modelos de moto também utilizam sonda lambda em seus sistemas. Veja no quadro apresentado na sequência o volume de demanda da linha no segmento da reposição automotiva, considerando a participação de todos os canais, inclusive peças adquiridas em concessionárias. DEMANDA DE SONDAS LAMBDA (EM UNIDADES) SEGMENTO REPOSIÇÃO – MERCADO INTERNO Segmento 2013 2014 2015 Automóveis 2.685.000 2.850.000 3.000.000 Comerciais leves 1.120.000 1.200.000 1.250.000 105.000 112.000 120.000 3.910.000 4.162.000 4.370.000 + 6,2 + 6,4 + 5,0 Motos Total da demanda Base a.a. % O sistema de cálculo da demanda da Audamec, que relaciona a frota circulante de veículos com o ciclo médio de substituição, pode ser aplicado em qualquer linha de autopeças do segmento da reposição automotiva. Empresas interessadas podem consultar sobre as bases, os critérios e as condições de fornecimento para estudos customizados pelo telefone (11) 2281-1840, ou por e-mail para [email protected]. Estes estudos podem contemplar localização da demanda por item da linha da empresa, por região de atuação e até por vendedor e/ou representante. Faça revisões em seu veículo regularmente. Capacete é a proteção do motociclista. Cinto de segurança salva vidas. Senador tenta aprovar lei que obriga o uso de colete com airbag por motociclistas e planeja o fortalecimento do produto no aftermarket em cinco anos Weslei Nunes A segurança dos motociclistas tem sido grande motivo de preocupação nos últimos anos, afinal o número de acidentes com motos têm crescido acentuadamente. Segundo informações do Sistema Único de Saúde (SUS), a quantidade de vítimas fatais em acidente desse tipo cresceu cerca de 20% entre os anos de 2008 e 2010. O Corpo de Bombeiros do Rio Janeiro também registrou dados preocupantes: em 2011, 81% das ocorrências atendidas pela corporação no trânsito da capital fluminense envolviam motos. 40 Diante desse cenário, algumas ideias para conter esses dados crescentes têm começado a surgir. Recentemente, o senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou um projeto (PLS 404/2012) para obrigar os condutores a usar um novo tipo de equipamento de proteção: o colete com airbag. O equipamento, que está perto de se tornar o mais novo acessório para o aftermarket, é uma invenção recente que pode proteger os motociclistas de lesões graves, especialmente no cóccix, na coluna vertebral, no peito e no pescoço, locais vitais. O colete é acionado em caso de forte impacto. O funcionamento é simples: Fotolia.com Duas Rodas Segurança em pauta w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r exemplo, teriam grande dificuldade em comprar o produto para todos os seus profissionais, sairia muito caro. Seria inviável. No projeto, o político tenta encontrar uma escapatória para essa situação propondo a isenção, por um período de cinco anos, do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados e das alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para esses produtos. Nas projeções do senador, após esses cinco anos de isenção fiscal, os produtos ganhariam força no mercado e poderiam ter a produção nacionalizada, reduziria o custo e o preço final do produto. O projeto tramita na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Se aprovado, passará ainda pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde será avaliado de forma terminativa. 41 Cinto de segurança salva vidas. um cartucho libera gás CO2, que infla a jaqueta para proteção do condutor. Segundo informações da Agência Senado, na justificativa do projeto, o senador explica que os congestionamentos das vias e o alto preço dos combustíveis têm contribuído para o aumento do número de motos em circulação, o que faz necessária a criação de novas medidas de segurança para os motociclistas no trânsito. “O fato é que as motocicletas estão cada vez mais substituindo os automóveis nas vias urbanas”, afirmou. No entanto, embora considerem um produto importante, muitos motociclistas não têm gostado do alto custo do colete. Alias, muitos sindicalistas e lideranças de trabalhadores do setor têm se posicionado contra a obrigatoriedade deste item, segundo eles, devido aos preços elevados: que varia entre R$ 800 e R$ 2.900, de acordo com anúncios na internet. Os contrários à obrigatoriedade do colete explicam que as empresas que possuem muitos motoboys, por AMR-2013, Beijing, China, espera por você! Jarbas Ávila E m poucos dias terá início uma das principais feiras mundiais desenhadas para o Aftermarket Automotivo. A AMR-2013 ou Auto Maintenance & Repair Expo 2013 – Feira da Manutenção e Reparação Automotiva-Beijing-2013 –, que se realizará no New China International Exhibition Center (NCIEC), em Beijing, China, de 1º a 3 de abril de 2013. Mais de 1.000 expositores e 55.000 visitantes profissionais estão sendo esperados nos 100 mil m² da mostra, para participar desta que é considerada por seus organizadores como uma das maiores feiras do setor do aftermarket, e Top 3 do mundo. Exposição On-line A AMR-2013 lança a feira “On-line” para facilitar aos profissionais visitantes localizarem os produtos e as empresas de seu interesse. No site da feira (www.auto-maintenance.com.cn) você encontrará uma lista de produtos separados por categorias e, após sua escolha, lhe será apresentada a lista dos fabricantes desse produto, com todos os detalhes para sua localização. HOTEL GRATUITO – Faça seu pré-registro e ganhe a hospedagem! Aos visitantes estrangeiros, os organizadores da AMR estão oferecendo uma série de benefícios VIP àqueles que fizerem o pré-registro, que inclui hospedagem gratuita, transfer em ônibus para a feira e assessoria em encontros B2B Match-Making.Para se cadastrar, basta entrar no site e clicar no formulário de pré-inscrição on-line para desfrutar dos previlégios VIP. B2B Match-Making Após o comprador especificar seu interesse, serão localizados os fornecedores presentes na feira e será agendada pelos organizadores uma reunião em local específico. Para usufruir deste benefício, no site da feira, clique no formulário Feedback B2B para obter mais informações. Contato (em Inglês) Para mais informações, favor contatar: Sra. Sophia Wang, Sra. Kelly Li ou Sra. Zhang Vicky, Comerciantes Pequim-Link Int’l Exhibition Co., Ltd. Tel: +86-10-8471 0628/8472 4014/8472 4092 / Fax: +86-10-8472 3019 E-mail: [email protected] ;[email protected] ;[email protected]. 42 Fotolia.com Eventos – Beijing w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Cinto de segurança salva vidas Cinto de segurança salva vidas. Estatísticas w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r O emplacamento de veículos até fevereiro de 2013 Fotolia.com Reação apenas no segmento de máquinas agrícolas. Os demais continuam na mesma. Sérgio Duque O os dois setores, quando em anos anteriores já se vendeu quase 40% mais do que os volumes atuais registram. Como mencionado em comentários anteriores, embora os estudos do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) apresentassem uma tendência de leve recuperação para 2013, outros fatores deverão interferir no comportamento da economia que refletirão diretamente no mercado automotivo. acumulado de emplacamento de veículos até fevereiro de 2013 registrou um montante 2,21% inferior ao mesmo período de 2012. Foram emplacados no País neste ano algo em torno de 775 mil veículos. As previsões feitas pela Audamec Marketing em dezembro sobre a tendência de fechamento para 2013 foram revistas para volumes 1,25% menor do que a visão permitia prever naquela Licenciamento de veículos automotores oportunidade, graças a agregados que se ACUMULADO JAN-FEV manifestaram nos dois últimos meses, PREVISÃO SEGMENTO % VAR. entre eles as medidas em vias de serem 2013 2013 2012 adotadas pelo governo para impedir o Automóveis 402.105 381.255 5,47 ▲ 2.950.000 crescimento da inflação. Automóveis e comerciais leves respon800.000 Comerciais Leves 117.233 107.204 9,35 ▲ deram bem às ações das montadoras para 160.000 Caminhões 22.160 23.895 -7,26 ▼ estimular a venda de novos, com números 35.000 Ônibus 5.049 5.356 -5,73 ▼ ainda positivos. Nos segmentos de caminhões e ônibus 55.000 Tratores e Máquinas 9.320 7.293 27,79 ▲ o que se percebe é uma inércia que limita Motos 228.297 276.892 -17,55 ▼ 1.700.000 a recuperação de um segmento carente de investimentos. Se nada for feito, volTOTAL 784.164 801.895 -2,21 ▼ 5.700.000 taremos a contemplar números de venda Fonte: Fenabrave. Números de tratores e máquinas incluídos para referência. Previsão 2013, estudos não superiores a 200 mil unidades entre Audamec Marketing. 46 DESIGN: WWW.BCICLETA.COM.BR Cinto de segurança salva vidas. 13 DE AGOSTO DE 2013 WWW.SEMINARIOAUTOMOTIVO.COM.BR TEATRO RUTH CARDOSO FIESP AVENIDA PAULISTA, 1313 - SÃO PAULO PATROCÍNIO 2012 REA LIZAÇ ÃO O R G A N I Z AÇ ÃO CONTATO GRUPO PHOTON Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças [email protected] 11 - 2281.1840 Jarbas Ávila Rely estreia no Brasil com pick-up de 64 cv Rely, divisão de comerciais leves da Chery Automobile, maior montadora independente de veículos da China, por meio da importadora oficial Venko Motors do Brasil, estreou no mercado brasileiro com 30 concessionárias nomeadas nas principais capitais e cidades do País e trouxe como primeiro modelo uma pick-up com carroceria de 2,5 m e capacidade de carga para 800 kg (excluindo motorista e passageiro) e motor que entrega 64 cv de potência ao veículo. O segundo lançamento deverá ser o modelo Van de 7 lugares. Ambos contarão com motor de 4 cilindros, DOHC, 16 válvulas, e 64 cavalos de potência. Segundo o fabricante, trata-se do mais forte motor da categoria de miniutilitários, com ar-condicionado e direção hidráulica de série. Em abril, será a vez do modelo Link, van para 7 passageiros, com motor de 1.3 litro, que gera 84 cavalos de potência. E, para o segundo semestre de 2013, serão lançados os modelos pick-up CD [cabine dupla], pick-up EX (caçamba estendida com 3 metros de comprimento) e a van H13, com motor de 2.0 litros, 170 cv, gasolina, para 14 passageiros. A Rely pretende posicionar seus produtos no mercado nacional diferenciando-os com motorização mais potente, mais itens de conforto e design atualizado. O preço de lançamento do Rely pick-up é de R$ 29.990,00. A garantia é de um ano ou 30 mil km. A empresa inicia suas operações com estoque de peças e componentes com o objetivo de cobrir 90% dos atendimentos. JAC MOTORS SOBE INVESTIMENTO PARA 1 BILHÃO e olho no potencial de mercado para caminhões leves no Brasil, que, segundo as estimativas da JAC Motors para este ano, o consumo deverá ser de 30 mil unidades, a ser dividido por todas as montadoras fabricantes deste tipo de veículo, a montadora entendeu ser esta uma grande oportunidade para ampliar suas linhas de atuação e expandir seus negócios no Brasil. Para tanto, ampliou seu programa de investimentos no Brasil em mais R$100 milhões, atingindo a cifra de 1 bilhão de reais. Esse novo aporte será necessário para aumentar a capacidade produtiva anual do Complexo Industrial de Camaçari, na Bahia, que passará a ter capacidade de produzir além dos 100 mil automóveis de passeio já previsto, mais 10 mil veículos comerciais. A crescente demanda por veículos comerciais no mercado brasileiro, especialmente nos segmentos abaixo de 8 toneladas, e a expertise da empresa na China na produção de caminhões, levaram a JAC Motors Brasil a anunciar esta importante decisão. O caminhão escolhido, cuja produção está prevista para começar no final de 2014, será o modelo JAC T140, que por ora ainda será importado da China. De acordo com Sergio Habib, presidente da empresa, a ideia é aproveitar boa parte da estrutura já desenhada para também incluir a produção de caminhões. “Estamos prevendo fabricar veículos de até 6 ou 8 toneladas, ou menores, que é o limite físico para aproveitamento da cabine de pintura”, explica. Quando estiver operando com capacidade plena, a planta possibilitará produzir até 10 mil unidades de veículos comerciais ao ano, sem contar os 100 mil carros de passeio. O Complexo Industrial da JAC Motors na Bahia incluirá um centro de desenvolvimento de novas tecnologias – como a adoção de um motor com sistema de alimentação flex com sistema de partida a frio por intermédio de preaquecimento de bicos injetores –, centro de estilo e design, laboratórios de acústica e controle de emissão de poluentes, pista de testes e centro de capacitação profissional, além das tradicionais etapas de produção, como estamparia, soldagem, pintura, montagem e testes finais. Além disso, a fábrica contará também com estamparia de componentes. Quando pronto no final de 2014, o Complexo Industrial deverá gerar ao redor de 3,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos. Divulgação Flash A 48 Divulgação D w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r IVECO LANÇA O VERTIS HD, DE MENOR CUSTO OPERACIONAL DA CATEGORIA s superlativos de maior robustez, durabilidade e facilidade de implementação com o novo chassi (baseado no conceito do Iveco Tector), menor consumo com alta performance do Euro V, além de mais silencioso, são alguns dos atributos que, segundo o fabricante, estão respaldados por mais de 1 milhão de quilômetros percorridos em testes. O Iveco Vertis HD, em duas versões – 9 e 13 toneladas, cabine estendida – foi concebido sob a ótica das necessidades do cliente, e tem no baixo custo de manutenção um dos seus principais atibutos. Produzido e desenvolvido na cidade mineira de Sete Lagoas, o novo Iveco Vertis HD é um veículo de grande importância para a estratégia comercial da montadora. Para atingir o diferencial que caracterizasse o Iveco Vertis HD como mais competitivo, em suas duas versões várias alterações técnicas e diversos componentes foram introduzidos com a finalidade de garantir versatilidade e facilidade de implementação, transformando a nova versão na solução ideal para o transporte de vários tipos de carga. Seu “sobrenome” HD – Heavy Duty – representa a robustez e confiabilidade do produto, que tem significativa importância para a estratégia de mercado da Iveco. Com ele, a montadora prevê ampliar para 7% seu market share no segmento de caminhões de 8 a 15 toneladas de PBT. Trata-se de um mercado que tem crescido Faça revisões em seu veículo regularmente. Divulgação O de forma exponencial nos últimos anos, devendo atingir a marca de 45 mil unidades comercializadas apenas em 2013. “Com o lançamento do Vertis HD, a Iveco completa a linha Ecoline, que agregou à nossa frota uma série de modificações técnicas para levar aos nossos clientes mais desempenho, economia de combustível, robustez, sempre a custos de manutenção cada vez mais reduzidos”, afirma Marco Mazzu, presidente da Iveco na América Latina. Nascida do processo de adaptação dos veículos à normativa Proconve P7, a geração Ecoline já conta com os veículos Daily, Tector, Trakker e Stralis. O novo Iveco Vertis HD já pode ser encontrado nas 109 concessionárias Iveco no Brasil. 49
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