6 Educar é ensinar a viver
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6 Educar é ensinar a viver
6 AN O 3 - N úmero 6 J u nho de 201 0 Kids O valor de brincadeiras que estimulam o convívio e a criatividade ! História União completa 140 anos de tradição em junho ! Meio ambiente Entenda as mudanças climáticas e a influência do homem na natureza ! Colégios Metodistas preparam para o mundo e para o Ensino Superior Educar é ensinar a viver 6 Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista Conselho Superior de Administração - CONSAD Presidente - Wilson Roberto Zuccherato Vice-presidente - Rosilene Gomes da Silva Rodrigues Secretário - Rui Sergio Santos Simões Augusto Campos de Rezende, Clóvis de Oliveira Paradela, Eric de Oliveira Santos, Henrique de Mesquita Barbosa Corrêa, Maria Flávia Kovalski, Nelly Azevedo Matolla, Nelson Fer, Paulo Roberto Lima Bruhn, Saulo de Tarso Cerqueira Baptista Direção Geral e Direção da Educação Básica Norberto da Cunha Garin Vice-direção Acadêmica da Educação Básica Perpétua Maria da Silva Direção de Unidade IMC - Acadêmico Luciana Campos de Oliveira Dias Coordenação Pedagógica Geral do União Lucia Machado Lopez Pastoral Escolar e Universitária Rev. Flávio Hasten Reiter Artigas Coordenadoria de Comunicação e Marketing Denise Avancini Alves Conselho Editorial - Áurea Beatriz Moreira Vieira, Débora Heineck, Eliza Dutra Andrade (CPM), Ilza Maria Cecon, Lucia Machado Lopez, Luciana Dias, Maria Alice Buttes, Mirsa Marli Scherer, Perpétua Maria da Silva, Ramão Paz, Rev. Paulo Francisco Chaves, Rejane Eltz e Rosângela Maria Martins Jornalista Responsável e Editora Vanessa Mello - MTB 11.069/RS Redação - Ana Paula Nogueira - MTB 13.659/RS Colaboração - Alexandre Paz Carlos Ismael Moreira Elke Bahi Pedroso Luís Bustamante Foto de capa - Ana Paula Nogueira Revisão - Beatriz Aranchipe Kloss e Luís Bustamante Tradução - Ana Lúcia Stahler Revisão de inglês - Regina Pretto Estagiários de Jornalismo - Ângela Camana Cláudia Sobieski Verônica Barbosa Projeto Gráfico e Diagramação - Carlos Ismael Moreira Ilustração - Fabrício Deiques Marketing - Camile Bica Portal - www.metodistadosul.edu.br Endereços Rua Dr. Lauro de Oliveira, 71 Porto Alegre - RS CEP: 90420-210 (51) 3316-1200 / 3331-7720 Rua Dr. Turi, 2003 Santa Maria - RS CEP: 97050-180 (55) 3028-7000 Rua Tiradentes, 3432 Uruguaiana - RS CEP: 97510-500 (55) 3412-4355 Impressão - Gráfica Ideograf - 3 mil exemplares Outras capas - Confira abaixo outras opções de capa que foram criadas para esta edição e comente pelo e-mail [email protected] In English - Agenda Veja fotos do primeiro semestre de 2010 8 Entrevista Rumo ao diploma universitário 10 Osvino Toillier, presidente do SINEPE, fala sobre o papel da escola na formação cidadã e na preparação para o Ensino Superior De olho na bola e nos livros Valores éticos, morais e aprovação no vestibular são os alvos dos Colégios Metodista In English - On the way to a university degree Do you speak English? 13 In English - Focused on both: sport and books 16 No ritmo da dança In English - The rhythm of the dance Saiba os benefícios da atividade e os projetos que os colégios oferecem Respeito é bom e todo mundo gosta 14 Conheça o Estatuto de Convivência com as regras de comportamento nas escolas In English - Everybody likes being respected De bem com o cardápio A era das consequências 18 Escolas estimulam o gosto pela alimentação saudável 20 Xô, gripe A 23 In English - Enjoying the menu Veja os cuidados para espantar o vírus In English - Keeping Influenza A away Especialistas esclarecem a influência do homem nas mudanças climáticas In English - The age of consequences Nada de sorriso amarelo Conscientização pela saúde bucal começa na infância In English - No teeth problems Educação conectada no futuro Lousa digital alia tecnologia ao ensino 24 26 In English - Education linked to future 22 Da fronteira para o mundo In English - From Uruguaiana to the world Colégio União completa 140 anos de competência na Educação Brincadeira de Criança Hora de ir para a escola In English - Play time In English - Time to go to school 28 A importância da Educação Infantil na formação dos(as) pequenos(as) Artigo In English - Article utiliza papel 100% reciclado 12 Programa de educação bilíngue é diferencial na Educação Básica Clubes de futebol cobram boas notas para manter atletas nas divisões de base Conheça atividades que estimulam a criatividade e a interação real A 7 Confira as atividades dos colégios para os próximos meses In English - Click Mural In English - Interview A Rede Metodista de Educação do Sul integra a Rede Metodista de Educação Agenda Clic Mural 30 27 Professora do curso de Nutrição do IPA, Denise Rizzo, explica os perigos da dieta da porcaria e os benefícios da alimentação equilibrada O Metodismo surgiu entre estudantes da Universidade de Oxford que buscavam excelência acadêmica, vivência espiritual cristã profunda e expressão concreta de amor ao próximo. O Metodismo tem em sua gênese identitária compromissos profundos com duas áreas fundamentais da vida humana: mente e espírito. É no cultivo do conhecimento que se torna possível a compreensão da vida, do mundo e de si. É no cultivo da espiritualidade que, ao buscar a Deus, encontramos nosso próximo, e encontramo-nos como seres que vivem e podem desfrutar da Vida. O centro do Evangelho de Jesus Cristo é o amor. É amor a Deus e ao próximo. É a capacidade de crer e construir um mundo onde o que tem valor são as pessoas, e não os objetos. Se o conhecimento só se ocupa dos objetos, a pessoa morre, surge a violência, o egoísmo, a miséria e a injustiça. Cremos no compromisso metodista de unir Conhecimento e Fé. No espírito metodista, você é desafiado a transformar esse mundo por meio de tudo que aprendeu e deseja compartilhar. Tudo pode começar numa experiência pessoal com Cristo, e você pode experimentar. In English If anyone says, “I love God”, and yet hates his brother, he is a liar. For anyone who does not love his brother, whom he sees, cannot love God, whom he doesn’t see. First Epistle of John, chapter 4, verse 20 Palavra da Pastoral “se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão é mentiroso, pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não ama a Deus, a quem não vê”. Primeira Epistola de João, capítulo 4, versículo 20 Methodism began among students from Oxford University who sought for academic excellence, spiritual experience and profound and concrete Christian expression of love and brotherhood. The genesis of Methodism is deeply committed to two key areas of human life: mind and spirit. It is the improvement of knowledge that makes possible to understand life, the world and the self. It is in the cultivation of spirituality and in the seeking for God that we find brotherhood and ourselves as beings who are able to live and to have the joys of life. The main idea of the holy Bible is love, the love for God and for the others. It is the ability to believe and to build a world where the value is on people rather than on material things. If knowledge focuses only on material things, people get to an end, there is violence, selfishness, misery and injustice. We believe in the commitment of Methodism to join Knowledge and Faith. Through the Methodist spirit you are challenged to transform this world by using everything you have learned and want to share. Experience Christ, you can do it! CHARGE Fabrício Deiques CPM DO AMERICANO E UNIÃO RECEBEM INSCRIÇÕES Compra de materiais esportivos, realização de feiras de livros usados, participação no conselho escolar e atividades culturais são apenas algumas das ações desenvolvidas pelos Círculos de Pais e Mães/Mestres dos Colégios Metodistas Americano e União. Em Porto Alegre, quem integra o círculo recebe desconto de 54% na mensalidade da Associação Desportiva do IPA para a prática de atividades físicas. O telefone do CPM do Americano é (51) 3316.1141. Em Uruguaiana, sócios(as) do círculo podem participar de jogos de futsal, futebol de campo masculino e de vôlei feminino. O telefone do União é (55) 34124355. PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO EM DEBATE O novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o vestibular, a inclusão e as novas tecnologias aliadas à educação foram temas do Seminário Pedagógico dos Colégios Metodistas Americano, Centenário e União em janeiro. Entre os(as) palestrantes convidados(as) estavam a professora Eunice Kindel, do departamento de ensino e currículo da UFRGS, que falou sobre processos de seleção para o Ensino Superior, e o advogado do SINEPE/RS, Jorge Muller. In English Parent-teacher Associations (Pta) of Americano and União receive affiliations The trading of sports equipment, of secondhand books as well as the participation in the school council and in the cultural activities are just some of the actions developed by ParentTeacher Associations of Americano and União Methodist Schools. In Porto Alegre, members of the association receive a 54% monthly discount for IPA Sports Association to practice physical activities. Americano PTA (CPM) phone number is (51) 3316.1141. In Uruguaiana, members can take part in men’s soccer games and women’s volleyball games. União PTA phone number is (55) 34124355. Pedagogical Planning on debate In Americano, Centenário and União Methodist Schools Pedagocial Seminar, last January, the new National High School Examinations (Enem), the college entrance examinations, the inclusion policy and the new technologies combined with education were topics of debate. Among the invited speakers were lawyer of the SINEPE/RS, Jorge Muller and Professor Eunice Kindel, from UFRGS Department of Teaching and Curriculum, that lectured about pedagogical curriculum and selection processes for higher education. In English HER FAULT FOI ELA oi bem assim: a gente estava jogando vôlei. A bola passou pela rede a mil! Foi direto no lugar onde ela estava. Rapidamente ela se movimentou, fechou as mãos para defender “de manchete”. Não tinha como defender; era muito forte; ninguém conseguiria pegar, mas foi o bastante para o time do colégio cair em cima: “sua babaca... está sempre dormindo... por que não fica de ‘gandula’...!”. Infelizmente era sempre assim, aquela colega sempre recebia as piores críticas, sem contar que, na turma dela, ninguém a convidava para grupo de trabalho, festinhas etc. Ouvi dizer, inclusive, que certo dia as meninas se desentenderam por alguma razão, e, quando foram abordadas, entregaram-na como se fosse a única culpada. Não é de hoje esta “mania” de discriminar colegas da sala de aula, do colégio. Por meio de diversas formas de violência – psicológicas, sociais e físicas – estudantes têm sido segregados(as) no seu próprio F In English Schools play a significant role in people’s formation. Besides acquiring knowledge, the base for college entrance and for professional life, students learn how to deal with diversity, how to respect others, how to understand ethical values and how to develop competences and abilities. Focused on these issues, Trio Magazine prepared, for its 6th edition, an interview with the President of Rio Grande do Sul’s Association of Private Education (SINEPE/ RS), teacher Osvino Toiller, about the importance of academic life. Concerned about the future of young people, Trio shows how technology is connected to formal education, providing a dynamic environment which facilitates learning. It also highlights the option for the Bilingual Program by Methodist Schools. Due to the proximity of winter, Trio emphasizes the importance of preventing Influenza A and offers tips given by the Ministry of Health. Good oral habits and eating healthy food are also subjects of this edition, which brings an interview with the dietitian Denise Rizzo. When the topic is “making students aware of the importance of the environment”, professionals of EMATER and UFRGS explain the changes in nature and clarify how men influence the environmental phenomena. In the Kids section, free time activities which encourage creativity and real interaction among peers are presented as an option for electronic games. The importance of preschool education, the relation of good grades with the practicing of sports, basic rules to assure good relationship at school and the 140th anniversary of União Methodist School are also included in this edition. Have a nice reading! Editorial Staff meio social. Inventam-se as justificativas mais absurdas para se agredir colegas que partilham do espaço e do conhecimento comuns. Parece que a necessidade que alguns têm de se afirmar como “importantes” requer a humilhação de outros. É um comportamento absurdo, pois impõe, à parte mais fraca, diferentes formas de agressão e de forma repetida. Modernamente esse comportamento tem sido chamado de bullying, palavra do idioma inglês cujo significado aproximado é agressão do mais forte sobre o mais fraco de forma repetida. O fato é que tem crescido no meio escolar e deve ser enfrentado com determinação por todas as pessoas que integram a comunidade da escola: estudantes, professores(as), gestores(as), pais e mães. Cada um de nós precisa refletir sobre isso, colocar-se no lugar daquele(a) que é vítima desse tipo de agressão e posicionar-se contra qualquer forma de assédio, seja moral ou social, contra alguém ou algum grupo. Norberto da Cunha Garin Diretor Geral A escola tem um papel fundamental na formação das pessoas. Além do conhecimento, base para o ingresso na universidade e na vida profissional, os(as) estudantes aprendem a conviver com a diversidade, a respeitar o(a) outro(a), trabalham valores éticos, desenvolvem competências e habilidades. Com esse foco, a Revista Trio preparou, para sua 6ª edição, uma entrevista com o presidente do Sindicato do Ensino Privado Gaúcho (SINEPE/RS), professor Osvino Toillier, sobre a importância da vida escolar. Ainda com o pensamento no futuro dos(as) jovens, a Trio mostra como a tecnologia pode se aliar à educação e proporcionar um ambiente dinâmico que facilita o aprendizado. Outro destaque é o programa de educação bilíngue dos Colégios Metodistas. Com a proximidade do inverno, a Trio ressalta que hábitos de higiene previnem a Gripe A e traz dicas do Ministério da Saúde. Os cuidados com os den- We were playing volleyball. The fast ball hit the net and headed to the place where she was. Quickly, she closed the hands to catch it and send it back. She couldn’t make it, nobody would, but it was enough for the team to start mocking on her: “you’re stupid..., always sleeping, you should be a “ballboy”...! Unfortunately, it was always like this: the worst words were just for that classmate, not to mention that she was never invited for study groups, parties and the like. I heard people saying that, one day, some girls had a fight for some reason and when they were compelled to explain the situation, they said she was the only one to be blamed for what had happened. Different forms of psychological, social and physical violence to discriminate and segregate people in the classroom, in the school, are not something that belongs to modern times. Classmates find excuses and means to insult people who share the same environment and knowledge. It seems that some people need to humiliate others in order to affirm their authority. This is an awful behavior as it imposes repeated violence on the weaker part. Currently, such behavior has been called bullying. The fact is that it has grown considerably among schools and needs to be fought with determination by students, teachers, administrators, parents and all members of the school community. Each one of us needs to reflect about it, put ourselves in the bullying victims’ shoes, stand for any form of harassment, be it moral or social bullying, against someone or some group. Norberto da Cunha Garin Rector Editorial tes e com a alimentação também são tema desta edição, que conta com um artigo da nutricionista Denise Rizzo. Preocupada o meio ambiente, a Trio fala da influência das escolas na conscientização dos(as) jovens. Profissionais da Emater e da UFRGS explicam as mudanças de comportamento da natureza e esclarecem que fenômenos sofrem influência do homem. Na seção Kids, diversas brincadeiras que estimulam a interação real e a criatividade são apresentadas como opção aos jogos eletrônicos. A importância da Educação Infantil, a relação de boas notas com a prática de esporte, as regras fundamentais para manter o bom relacionamento na escola e o aniversário de 140 anos do Colégio União também são tema desta edição. Boa leitura! A Redação CLIC MURAL Pedroso Foto: Elke Bahi Foto: Alexandre Paz Março - Aniversário na turma bilíngue do União Abril - Semana da Literatura Infantil no Americano Foto: Ana Pa ula Nogueir a Foto: Rafaela Haygertt Março - Posse e aniversário do GERB no Americano Abril - Visita da escritora Sandra Popoff ao Colégio Metodista Centenário Foto: Elke Bahi Pedros o a ula Nogueir Foto: An a Pa Abril - Semana Monteiro Lobato no União 6 Março - Aniversário do Centenário AGENDA Americano Confira os principais eventos que os Colégios Metodistas prepararam para os próximos meses 23 JUNHO - Festa Junina Interna (Ed. Infantil à 4ª série) JULHO 12 a 16 06 União Centenário - Lançamento do Oscarito JUNHO 19 13 a 14 JULHO - Cine-Mostra Representação Viva da Literatura (Ensino Médio) 08 - Aniversário do União JULHO - XIX Congresso Infantil Criança Vida - Festa Julina 13 a 15 JULHO 11 AGOSTO - Dia do Estudante JUNHO 19 a 30 - Recesso para alunos(as) JULHO 03 05 a 09 - 1ª Etapa do Intercâmbio 14 JULHO - Show de Talentos Mostra de trabalhos sobre nações indígenas e africanas JULHO JULHO JULHO 15 e 16 - GERBINCANA 19 a 30 - Recesso para alunos(as) 24 e 25 - Júri Simulado (3os Anos do Ensino Médio) - Interséries JUNHO JULHO - Feira do Livro Abertura com Mostra de Códigos e Linguagem - Semana Cultural 1ª edição AGOSTO JUN / JUL 30 e 01 01 JULHO - Júri Simulado (2os Anos do Ensino Médio) 19 a 30 - Recesso para alunos(as) 11 e 14 AGOSTO - Ciclo de Palestras pelo Dia do Estudante (11) JULHO 10 - Festa Julina AGOSTO 24 - ORMAT (Olimpíada Recreativa de Matemática) - Festa da Família (14) JUNHO 25 - Festa Junina AGOSTO JULHO 01 e 02 - II FESTETU 10 e 11 - Gincana de Matemática AGOSTO 16 JULHO - Festa dos avós (Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental) 16 a 20 - Semana do Folclore 7 ENTREVISTA Escola para a vida OSVINO TOILLIER FALA SOBRE O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO NA PREPARAÇÃO PARA A UNIVERSIDADE E PARA A SOCIEDADE JORNALISTA VANESSA MELLO residente do Sindicato do Ensino Privado Gaúcho (SINEPE/RS), o professor Osvino Toillier defende que, além de preparar os(as) estudantes para a vida acadêmica, a escola tem um dever maior, o de desenvolver no ser humano seus potenciais e habilidades. Com mais de 40 anos de atuação como docente e diretor, ele destaca que valores como solidariedade e respeito devem estar presentes na formação das pessoas. Sobre o novo modelo do Enem, que gerou um processo migratório entre estados na busca de vagas na universidade, Osvino acredita ser uma forma de sinalizar instituições com excelente nível de ensino em todo o país. P TRIO - Qual o papel da escola na preparação dos(as) estudantes para o vestibular e para o Enem? Osvino Toillier - Eu considero que qualquer avaliação, independentemente do nome que venha a ter, é acidente acadêmico, ou seja, é decorrência do processo pedagógico. Entendo que a escola não pode se reduzir a preparar alunos para exames, isto seria empobrecer sua grande e nobre missão de ajudar a desenvolver no ser humano seus infinitos potenciais. Rubem Alves nos deixa legado imperecível neste sentido: “A missão da escola e do professor é ajudar a descobrir a beleza adormecida em cada ser humano e abrir as avenidas fundamentais dos sonhos”. A escola opera na frequência do sonho, da paixão, da capacidade de despertar os melhores talentos e garimpar o que existe de melhor em cada pessoa. Esta é a escola que fica no coração para sempre. A outra faz treinamento; pode até ter bons resultados, mas limitar a escola a isso é reducionismo empobrecedor. 8 TRIO - De que forma essa preparação deve ser feita? OT - Os pais, com certeza, esperam que naturalmente isso aconteça em decorrência do trabalho desenvolvido em todos os componentes curriculares. E isso é correto. A escola pode até incorporar alguma atividade especial neste sentido, com foco específico em algum conteúdo e aplicação de simulados, ou incorporando questões nas avaliações. TRIO - A ênfase nessa preparação representa algum risco de as escolas se transformarem numa espécie de curso pré-vestibular? Se sim, como as escolas podem evitar isso? OT – Em primeiro lugar, nossa missão é preparar pessoas para a vida, para os duros embates e as mais fascinantes experiências de vida, sem esquecer de formar pessoas com os valores sublimes da humanidade, o que inclui solidariedade à dor e ao sofrimento alheios. E, no centro de tudo isso, está o respeito à sacralidade da vida. TRIO - Com o novo Enem, houve um processo migratório: muitas vagas nas universidades foram ocupadas por estudantes que vieram de outros estados. É positivo esse novo método de seleção para universidades federais? A escola opera na frequência do sonho, da paixão, da capacidade de despertar os melhores talentos e garimpar o que existe de melhor em cada pessoa. OT – De vez em quando, por conta de algum marketing descuidado, lêse por aí: “Nós preparamos para o vestibular”. É claro que o mercado gosta disso, mas a escola não pode resumir-se apenas a uma boa “sacada de marketing”, embora deva usar o processo de comunicação com inteligência e criatividade. OT - Este é um novo paradigma, cujas consequências terão de ser avaliadas, com suas amplas repercussões. É modelo europeu, em que o jovem, via de regra, cursa a universidade fora da aldeia, ou seja, em outra cidade ou região. Pode sinalizar também o sucesso de alunos oriundos de instituições com excelente nível de ensino. TRIO – Os Colégios Metodistas Americano, Centenário e União preparam seus(suas) estudantes não apenas para a vida acadêmica, mas para a vida em sociedade, com princípios cristãos, valores éticos e morais. Essas ações beneficiam também os(as) jovens na preparação para o ingresso na universidade? TRIO - De que forma as escolas do Estado podem preparar seus(suas) alunos(as) para competir com estudantes de instituições de outras partes do Brasil na disputa por uma vaga na universidade? OT - Chegamos ao âmago da questão: tentar saber o que instituições de fora estão fazendo para o sucesso dos seus alunos. Com isso, não Foto: SINEPE/RS / Elias Eberhardt Osvino Toillier, presidente do Sindicato do Ensino Privado Gaúcho (SINEPE/RS) ENTREVISTA In English The President of Rio Grande do Sul’s Association of Private Education (SINEPE/RS), teacher Osvino Toiller argues that beyond the preparation of students for the academic life, the school has the duty to develop their potentials and skills. “ The schools operate in a “dream’s frequency”, in order to awaken the best talent and identify what is the best in each one”. With more than 40 years of teaching experience, he points that values such as solidarity and respect must be present in people’s development. “Our mission is to prepare people for life, for the most fascinating experiences of life, without forgetting the sublime values of humanity,” he says. The teacher also points the necessity of improving the workload in class and the demand for study and dedication since the initial levels and not just in the last years of high school. “The school time is essential. It’s necessary to notice that the counter shift and the full-day program are back, increasing the student’s time at school, “he concludes. aos sábados. E nos internatos, com dois horários de estudo obrigatório por dia. E tudo isso, com disciplina e respeito ao professor. Será que não afrouxamos demais algumas coisas? Pois eu creio que sim e nos tornamos vítimas de liberalismo inconsequente, do que se convencionou chamar de alunocracia. É preciso registrar que a ampliação do horário do aluno na escola está retornando com o dito contraturno e, inclusive, a implantação de escolas de tempo integral. quero dizer que tenhamos defasagem de nível de qualidade, mas os resultados devem nos dizer alguma coisa. Acho que temos boas propostas pedagógicas, bons e dedicados professores, instalações e equipamentos modernos, mas é preciso exigir muito estudo e dedicação do aluno desde os níveis iniciais, e não apostar apenas em preparação para o vestibular na série final. Tenho a impressão de que o nível de exigência e compromisso com o estudo precisa aumentar entre nós, além de, quem sabe, ampliar a carga horária. TRIO - Uma pesquisa do Inep mostrou que a quantidade de hora/aula no Rio Grande do Sul é inferior à média nacional. A oferta do turno integral seria uma forma de as escolas reverterem esse quadro? Qual o papel das escolas particulares nesse caso? OT – O tempo na escola é fundamental. A escola, no passado, tinha aula de manhã e de tarde e, inclusive, TRIO - Existe uma previsão sobre quando o Enem já estará consolidado? OT - O Enem deve se consolidar como processo seletivo unificado em três anos, no máximo. Em 2009, tivemos um número surpreendente de instituições que adotaram o exame, cerca de 50 universidades. Contudo, é natural que, nesse primeiro momento de implementação de mudanças, algumas ainda tenham uma certa cautela. O próprio MEC não deseja que todas as instituições de ensino superior entrem no processo. Queremos que as universidades experimentem e que adotem o Enem quando houver segurança, tanto da parte das instituições quanto do INEP. 9 EDUCAÇÃO GABRIELA SANHUDO FOI APROVADA NO VESTIBULAR DA UFRGS PARA BIOMEDICINA QUANDO AINDA CURSAVA O 1º ANO DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO METODISTA AMERICANO Rumo ao diploma universitári JORNALISTA VANESSA MELLO COLABORAÇÃO ALEXANDRE PAZ C om a crescente abertura de vagas por cotas para estudantes do ensino público, fica cada vez mais estreito o funil do vestibular e mais evidente o papel das instituições privadas na preparação de seus alunos(as) para o ingresso no ensino superior. Segundo a diretora pedagógica da Secretaria de Educação de Porto Alegre, Sonia Balzano, os principais objetivos das escolas são formar o caráter e a cidadania dos(as) alunos(as) e preparar os(as) jovens 10 para vida, a qual tem o vestibular em um de seus caminhos. “Os colégios particulares têm essa ênfase na preparação para o ingresso no ensino superior, pois é uma perspectiva do alunado”, comenta. Os Colégios Metodistas, atentos a essa realidade, desenvolvem diversos meios de melhor formar seus(suas) estudantes para desafios como o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e já demonstram resultados satisfatórios. No Americano, um exemplo da qualidade do ensino é a aluna Gabriela Sanhudo, 16 anos, hoje no 3º ano do Ensino Médio. A garota foi aprovada no vesti- bular da UFRGS para Biomedicina em 2008, sem ajuda de cursos preparatórios. A estudante não pôde se matricular na universidade, já que estava no 1º ano, mas vai tentar de novo em 2010. “O Americano realiza o ensino na prática; não ficamos estagnados na teoria; assim, temos uma noção de tudo e, na hora da prova, tanto na lógica quanto na argumentação, conseguimos desenvolver melhor o raciocínio”, comenta. Conciliar teoria e prática é um dos diferenciais da educação metodista, mas não o único. Segundo a coordenadora pedagógica das Séries Finais e Ensino Foto: Alexandre Paz EDUCAÇÃO In English Methodist Schools offer many different ways to prepare students for the challenge of vestibular, with satisfactory results. “Through projects such as Robotics, Scientific Initiation, Math Olympics, Science fair and Bio in Concert, students build up competences and skills required for university entrance examinations”, says Americano School educational coordinator, Professor Rosângela Martins. Activities which stimulate curiosity and logical thinking are also developed at União Methodist School. “We give attention not only to the subject but also to time and the right atmosphere needed for the tests”, states High School coordinator, teacher Laura Gay. With the same concern, Centenário School offers group dynamics, group studies, and the chance of participating in the Methodist Educational Network Winter Vestibular as mock tests. Marcelo Amiel, a former student who was approved as the second best for the Course of Business Administration praises that “The school also focuses on the preparation of the student as a human being and that is very important.” Perpétua Silva, vice-principal of Methodist Schools, states that preparing students for life is one of the goals of the Methodist Schools. “Our commitment is to educate on a cognitive perspective, by developing skills and competences, by offering ethical and moral formation, and by preparing students for academic and professional life”. o COLÉGIOS METODISTAS PREPARAM PARA INGRESSO NO ENSINO SUPERIOR SEM ESQUECER FORMAÇÃO CIDADÃ Médio, professora Rosângela Martins, a proposta da escola está ligada à preparação para o Enem e para o Vestibular. “A partir de projetos como Robótica, Iniciação Cientifica, Olimpíadas de Matemática, Mostra Científica e Bio in Concert são desenvolvidos conhecimentos e habilidades que oportunizam aos(às) alunos(as) a construção das competências básicas exigidas nas provas de ingresso no ensino superior”, conta. Os Colégios Metodistas Americano, Centenário e União trabalham com seis períodos da Educação Infantil ao Ensino Médio, pois acreditam que a preparação para qualquer concurso deve ocorrer durante toda a formação escolar. Esse modelo viabiliza uma carga horária semanal maior e uma possibilidade curricular mais consistente. Enquanto a Lei de Diretrizes e Bases (LBD) exige a obrigatoriedade mínima de 800 horas anuais em sala de aula, a escola trabalha com 1360 horas. O União desenvolve projetos em todas as áreas do conhecimento, com aulas e atividades que estimulam a curiosidade e o raciocínio lógico. Para o Ensino Médio, são oferecidos simulados que reproduzem as situações que serão vivenciadas no vestibular. “Damos atenção não só ao conteúdo, mas também ao tempo e ao ambiente propício para a realização das provas. Estamos no caminho certo, pois, no último ano, tivemos muitos(as) alunos(as) aprovados(as) em universidades em todo o Brasil, e isso nos deixa confiantes e orgulhosos”, conta a supervisora das Séries Finais e Ensino Médio, professora Laura Gay. Com a mesma preocupação, o Colégio Metodista Centenário realiza o projeto “Conhecendo o Enem” e a orientação vocacional. Os trabalhos oferecem dinâmicas de grupo, reflexões, grupos de estudo, participação no vestibular de inverno da Faculdade Metodista de Santa Maria (FAMES), que serve como simulado, e traz ex-alunos(as) que estão concluindo ou que já concluíram a graduação, para falarem sobre os cursos que seguiram e sobre o mercado de trabalho de cada profissão. A escola também participa do projeto Janela Aberta, da Universidade Federal de Santa Maria, que apresenta a infraestrutura da instituição e divulga informações sobre os cursos oferecidos em todo o Estado. Por meio do Programa de Ingresso ao Ensino Superior (PEIES), a UFSM reserva uma cota em cada um dos cursos para ingresso na faculdade. No último vestibular, além dos(as) ex-alunos(as) que entraram pelo processo seletivo comum, outros(as) quatro passaram pelo programa. Entre eles(as) está Marcelo Amiel, que ficou em segundo lugar no curso de Administração e agradece o resultado ao ensino do Centenário. “Os professores aproveitam bem o tempo de aula para explicar a matéria. Além disso, a escola foca na formação do ser humano, e isso é muito importante”, elogia. A vice-diretora da Educação Básica dos Colégios Metodistas, Perpétua Maria da Silva, destaca que a preparação dos(as) estudantes para a vida é uma das metas das instituições metodistas. “Nosso compromisso é com a formação integral dos(as) estudantes, numa perspectiva cognitiva, desenvolvendo competências, habilidades, atitudes, valores e interação, formação ética, moral, preparação para o vestibular e para o mundo do trabalho”, ressalta. O Reverendo Flávio Artigas, da Pastoral Escolar, explica que a proposta da educação metodista desenvolve a capacidade de raciocínio, dedução, compreensão e entendimento do mundo, das ciências e dos conteúdos. “Queremos formar gente que pensa, gente que compreende o porquê das coisas, a razão de ser das fórmulas, das definições, dos conceitos, das teorias, das leis, enfim, o modo de representar o mundo pela ciência”, finaliza. 11 EDUCAÇÃO Do you speak In English Foto: Ana Paula Nogueira EDUCAÇÃO BILÍNGUE É DIFERENCIAL NO APRENDIZADO DOS COLÉGIOS METODISTAS JORNALISTA ANA PAULA NOGUEIRA COLABORAÇÃO VERÔNICA BARBOSA N o atual contexto de globalização econômica e cultural, torna-se indispensável para a vida de estudantes e profissionais a vivência diária em língua inglesa. Com esse objetivo, os Colégios Metodistas Americano, Centenário e União oferecem um diferencial em sua proposta pedagógica, a educação bilíngue. No Americano, o programa de educação bilíngue foi implantado em 2006 de maneira gradativa, chegando, em 2010, à 5ª série do Ensino Fundamental. Nesta etapa é introduzida a matéria General Studies, que trabalha parte das disciplinas de História, Geografia e Ciências em inglês. À medida que estudam novos conteúdos em uma segunda língua, enriquecem seu vocabulário e seus saberes no idioma. Professora de Inglês da escola, Regina Pretto, esclarece que o aprendizado da língua inglesa é um processo de multiplicação do conhecimento. “Os(As) discentes passam a enxergar o mundo de outra maneira e têm maiores oportunidades de estabelecer conexões entre as informações que recebem”, explica. 12 O aluno Guilherme Pereira Gnoatto, da 5ª série, turma 53, estuda no colégio desde a implantação do programa de educação bilíngue, no 1º ano do Fundamental, e é um exemplo dessa aprendizagem. “Eu gosto muito do idioma. Nas primeiras séries era mais difícil, mas fui melhorando e agora considero uma das melhores matérias. Se eu tivesse apenas aulas normais de inglês, não saberia tanto. Eu só converso em inglês com os professores; a gente não fala quase nada em português”, elogia. Em 2010, o programa foi implantado nos Colégios Centenário e União. “O processo acontece de forma natural e lúdica. Dentro dos métodos conhecidos, usamos desde o tradicional ao comunicativo, mas o que focamos diariamente são as quatro habilidades do idioma: escutar, ler, falar e escrever. Os espaços interativos da escola contribuem para o desenvolvimento e diversificação das aulas”, destaca a professora de Inglês do União, Eliziane da Silva. Pais de alunos(as) do 1º ano do Ensino Fundamental do Centenário, série em que se iniciou o programa de educação bilíngue, estão satisfeitos com a ênfase no ensino da língua inglesa. Experiencing the English language is essential for students and professionals in an economical and cultural globalization context. Through the Bilingual Program, the schools of Southern Methodist Education Network make a difference. At Americano Methodist School, the Bilingual Program started in 2006, on a gradual basis, and in 2010, IT reached the 5th grade. The 5th graders learn about Geography, History and Science in English, in a subject named Genth eral Studies. Guilherme Pereira Gnoatto, a 5 grade student, is a nice example of this learning process. “I like English a lot, if I only had the normal schedule of English classes schools usually have, my English wouldn’t be so good. I use only English to talk with my teachers.” He says. In 2010, Centenário and União Schools also started their Bilingual Programs. “ The process happens in a natural and playful way. We focus on the four language skills: listening, reading, speaking and writing. The interactive rooms of the school contribute to the class development and diversification.” States teacher Eliziane da Silva from União School. Márcia Fortes, a teacher from Centenário School says that she has to be creative in order to get students attention in class. From her colored Surprise Bag books, soft toys, and many other objects come out, according to the topic of the class. “Learning while playing stimulates students and holds their attention to the subject.” She assures. “Acho ótimo minha filha aprender o idioma desde cedo. Ela gosta muito da teacher e das aulas, pois aprende brincando”, conta Joceane Silva, mãe da aluna Myrela, de 6 anos. Para prender a atenção dos(as) alunos(as) durante as oito aulas semanais em inglês, a professora do Centenário, Márcia Fortes, recorre à criatividade. De sua mala de viagem, decorada com adereços coloridos e carinhosamente chamada de Surprise Bag, saem bichos de pelúcia e livros, entre outros objetos, de acordo com o assunto trabalhado em aula; tudo para tornar o aprendizado mais divertido e prazeroso. “A parte lúdica estimula, chama mais a atenção e eles(as) se fixam na aula”, garante. Para alguns pais, esse diferencial da educação bilíngue foi fator determinante na escolha do colégio. “Um dos principais motivos para a nossa filha estudar no Centenário foi o programa de educação bilíngue”, comenta Rafaela Gonçalves, mãe de Odara, 6 anos, do 1º ano do Ensino Fundamental. E sporte e educação caminham juntos. Prova disso é o fato de, atualmente, as divisões de base dos clubes de futebol cobrarem boas notas na escola para manter os(as) atletas nas equipes. Para sustentar médias altas e um bom preparo físico, é fundamental que as instituições de ensino incentivem a prática esportiva sem prejudicar o desenvolvimento escolar. O Colégio Metodista Americano é um exemplo. A camisa sete da Seleção Brasileira Sub-17 de futebol feminino, Bianca Braga, 16 anos, treina e estuda na escola. Volante titular no time campeão sul-americano da categoria em fevereiro, ela realiza diversas viagens ao longo do ano letivo, o que resulta em ausência em épocas de avaliação. Para não prejudicar o desenvolvimento educacional e esportivo, a Equipe Pedagógica do Americano encontrou maneiras para incentivar a jovem e os(as) demais esportistas. “Existe um acordo com os(as) professores(as) para a Bianca entregar os trabalhos com antecedência, ou quando retorna das viagens. Isso funciona muito bem, pois ela é uma menina extremamente responsável, organizada e disciplinada”, elogia a orientadora educacional, professora Áurea Vieira. A jovem, que pretende ser educadora física, conta que não costuma ir a festas para não prejudicar o rendimento como atleta e como estudante, e mantém pés e cabeça no chão quando se trata do mundo da bola. “Quem quer jogar futebol tem que abrir mão de algumas coisas. Não posso pensar em sair à noite e esquecer que tenho compromissos no campo. Da mesma forma com o colégio, pois sem estudo não chegamos a lugar nenhum. Afinal, o futebol não é para sempre”, afirma. Estudar e praticar esporte requer esforço e concentração. Assim como Bianca, o aluno do Colégio Metodista União, Grégor Ribeiro, tem uma rotina atribulada. Aos 13 anos ele joga em três equipes diferentes de Uruguaiana e, ao mesmo tempo, está no 1º ano do Ensino Médio, um ano adiantado para sua idade. “Todos os dias treino e estudo, é bem puxado, mas consigo conciliar”, garante. A orientadora educacional do Colégio Metodista Centenário, professora Mirsa Scherer, lembra que a instituição teve alunos(as) que foram atletas de destaque e hoje são profissionais de sucesso nas mais diversas áreas. “É possível e obrigatório para o(a) aluno(a) conciliar o esporte com o ensino. O(A) estudante que é atleta tem que ser responsável e regrado(a) para ter todas as chances de vencer as duas batalhas e ser feliz”, acredita. re P az JORNALISTA VANESSA MELLO COLABORAÇÃO ALEXANDRE PAZ and NOTAS NA ESCOLA PARA MANTER UM LUGAR NA EQUIPE lex DIVISÕES DE BASE DE CLUBES DE FUTEBOL EXIGEM QUE JOVENS TENHAM BOAS O treinador da Seleção Brasileira de futebol, Dunga, concorda e explica que é essencial e cada vez mais comum os(as) esportistas buscarem o caminho do ensino. “É fundamental estudar, e os jogadores têm se aplicado muito nisso. Os atletas viajam demais, interagem com diversos setores da sociedade e devem estar preparados para essas situações. Eles são exemplos para a juventude e têm de se comportar como tal”, destaca. Dunga mostra ainda que a equipe brasileira segue na direção contrária do mito de que jogadores(as) não levam os estudos a sério. “A maioria dos meus atletas sabe dois idiomas ou mais. Eles buscam o aprendizado e se informam de diversas maneiras. Durante viagens e concentrações, leem revistas e livros sobre temas como economia, investimentos e cultura”, completa. Fot o: A De olho na bola e nos livros ESPORTES Grégor Ribeiro, 13 years old, student of the União Methodist School, plays in tree different teams in Uruguaiana and at the same time attends first year of High School. “Every day I train and socGood grades are, nowadays, required by study, it’s very hard but I can cope with it” says. field. the in athletes young cer teams to keep their The counselor of Centenário Methodist School, students their encourage schools that essential It’s teacher Mirsa Scherer, remembers that students who to maintain a good physical conditional without are athletes have to be responsible and disciplined. interfering in their school development. Dunga, coach of Brazilian team, says that it is example. an is School The Americano Methodist for athletes seek for education. “The athessential Brathe of 7 number shirt years, 16 Berry, Bianca letes travel a lot, interact with all levels of society zilian Under-17 team trains at and attends school. and must be prepared for all kind of situations. probTo avoid educational and sports development They’re models for the youth and should and students among lems there is an agreement behave as such”. days. different on papers school delivery to teachers In English 13 COMPORTAMENTO COLÉGIOS METODISTAS LANÇAM ESTATUTO DE CONVIVÊNCIA EM 2010 COM REGRAS SOBRE Respeito é bom e COMPORTAMENTO NO AMBIENTE ESCOLAR JORNALISTA VANESSA MELLO COLABORAÇÃO ÂNGELA CAMANA E CLÁUDIA SOBIESKI A vida é feita de regras que asseguram o respeito ao próximo e a convivência civilizada em sociedade. No trabalho, no trânsito e até em situações de lazer existem normas com o objetivo de preservar a ordem e a paz. Na escola não poderia ser diferente. Nos Colégios Metodistas Americano, Centenário e União, todo o ano é entregue às famílias o Informativo ao Aluno. O documento, que contém informações sobre horários, prazos e normas de convivência estabelecidas, vai para a casa do(a) estudante no ato da matrícula e os pais devem lê-lo e assiná-lo. O informativo é trabalhado em todos os níveis da educação. Nas Séries Iniciais ele é explicado pelo(a) professor(a) em sala de aula. Já nas 5ª e 6ª séries, as turmas têm tutores(as), escolhidos(as) pela equipe de coordenação pedagógica, que promovem a divulgação das regras de convivência e de organização. Segundo a orientadora educacional do Americano, Áurea Vieira, o(a) docente é responsável por indicar os procedimentos necessários para que se tenha harmonia. “Os pais precisam saber que na escola será trabalhado não só o conteúdo, mas valores éticos, morais, sociais, de respeito, de solidariedade e de interação”, esclarece. Os princípios de relacionamento no ambiente escolar também são promovidos de outras maneiras nas instituições. No Colégio União, é desenvolvido há cinco anos o projeto “A arte de conviver”, que trabalha questões ligadas ao dia a dia entre estudantes, professores(as) e familiares. A ação adota, anualmente, um tópico que norteia as atividades. Temas como bullying, álcool e dire- 14 ção, mau uso da internet e drogas fazem parte dos debates realizados no programa. Em 2010, o eixo trabalhado é “Sonhar e transformar”. Para a pastora Mírian Preto de Almeida, da Pastoral Escolar, é necessário aceitar o próximo, suas habilidades e dificuldades. “O projeto trabalha valores como a solidariedade, o respeito e a arte de conviver com as diferenças”, explica. Maria Eduarda Matiuzzi, 9 anos, já tem opinião formada sobre as normas. “Todos os dias a gente tem que respeitar as regras, os outros, as professoras e os colegas. E se acontece algum problema de convivência, a gente chama a supervisora para orientar”, afirma a estudante da 4ª série do Ensino Fundamental. Paula Moreira, também da 4ª série, concorda com a colega. “Onde existe diálogo e respeito tudo é possível”, completa. No Centenário, o tema educação, autoridade e limites foi debatido pelos(as) docentes antes da abertura do ano letivo, o que resultou na confecção de um texto para ser trabalhado com os(as) estudantes no COMPORTAMENTO todo mundo gosta Foto: Carlos Ismael Moreira In English Every year, Americano, Centenário and União Methodist Schools deliver the Student Information Guide to families containing essential information about schedules, deadlines and social rules required in the schools. Information related to all levels of education is included in the document, which intends to establish rules for social interaction and organization. “Parents should know that the school works not only with the formal school subjects, but also with respect, solidarity, cooperation as well as moral, ethical and social values.” states Áurea Vieira, Educational Counselor of Americano Methodist School. The Southern Methodist Educational Network schools bring something new for 2010: The school Code of Conduct (Estatuto de Convivência), which will be launched later this year and will be available on schools websites. The school Code of Conduct presents the guidelines for the three schools and intends to help organize entrance times, to establish norms for warnings, advertencies and suspensions to be applied in cases of disruptive students as well as to orient families. According to Perpétua Maria da Silva, Basic Education vice-principal of the Methodist Schools, the purpose of the Code of Conduct is to offer support for procedures adopted by teachers and students. “The aim of the document is to make clear for students and school what is expected in terms of social relations”, she concludes. primeiro dia de aula. Com base no artigo e no Informativo ao Aluno, foram elaboradas as normas de convivência para todo o ano de 2010. O documento foi enviado via e-mail para os pais e, posteriormente, discutido em reunião. A questão da convivência também é abordada no projeto “Valorização da Vida”, com dinâmicas de grupo. “Todas as instituições têm normas, inclusive a família e o clube social ou esportivo que os(as) alunos(as) frequentam; enfim, não se subentende uma instituição organizada sem normas”, refor- ça orientadora educacional do colégio, Mirsa Scherer. Arlei Quadros é pai dos alunos Matheus e Rafael, ambos da 7ª série do Centenário. Ele acredita que as regras devem existir em qualquer ambiente, incluindo o familiar. “Na escola, as crianças devem continuar aprendendo sobre ética e disciplina, pois isso as capacita a viverem em sociedade quando adultas. A existência das normas desde cedo forma jovens mais conscientes e responsáveis”, comenta. ESTATUTO DE CONVIVÊNCIA de Convivência. Após avaliação percebeu-se que somente o Informativo, contendo algumas normas, não é suficiente para respaldar as situações mais complexas. O regulamento será lançado até o final do ano e estará disponível no site das escolas. O documento integra o Regimento Escolar das instituições e apresenta as regras relativas aos horários das aulas e aos casos em que são aplicadas orientações, advertências ou suspensões, assim como orientações aos familiares. Para o advogado do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado (SINEPE-RS), Dr. Rui Costa dos Santos, é fundamental que os colégios tenham regras. “Hoje em dia, a escola não só ministra o conhecimento, mas educa”, salienta. Para a vice-diretora da Educação Básica dos Colégios Metodistas, Perpétua Maria da Silva, o objetivo do estatuto é o de fundamentar os procedimentos em relação aos(às) alunos(as) e aos(às) docentes. “O documento visa a clarificar a relação entre estudante e escola no que se refere às normas de convivência”, conclui. CONFIRA ALGUMAS ORIENTAÇÕES DO ESTATUTO Não chegar consecutivamente atrasado(a) à sala de aula. Realizar as tarefas solicitadas. Não sair da escola em horário de aula sem a devida autorização dos responsáveis. Não escrever, rabiscar ou desenhar no patrimônio da escola. Sempre respeitar colegas, professores(as) e funcionários(as). Os Colégios Metodistas trazem uma novidade para 2010: o Estatuto 15 CULTURA da dança Foto: Ana Paula Nogueira No ritmo ATIVIDADE AJUDA A DESENVOLVER COMPETÊNCIAS COGNITIVA, MOTORA E EXPRESSÃO CORPORAL In English Dance makes possible the intellectual development, the body expression, in order to be in tune with the environment. At Southern Methodist Educational Network schools are dancing projects inside and outside the classroom. At União Methodist School workshops have been developed since 2003, working with all styles of dance, based on ballet and modern choreographies. Leandra Ferreira, 3th grade student, dances since started study at União School. “She was so reserved and now she lost her shyness and made a lot of friends”. celebrates Leandra’s mother, Carolina. Students of all ages are involved with the dance at Centenário Methodist School. For teacher Aline Fernades, dancing is an exercise of selfknowledge. “On stage, each dancer has a role, but all has their personalities and this must have be perceived” states. The dance classes at this school related art to the subjects worked in class. “The students creates choreographies and make clothing and movements researches in accordance to the time and style.”tells. The dance classes are free to 5th to 8th grade students of Americano Methodist School for more than ten years. The purpose of this class is to develop physical and mental skills and stimulates the multiples competencies on students. Ana Gabriela Busto, dance teacher of Americano, says dancing provides knowledge of own body and also develops the self-steam and self-confidence. “It’s a work with imagination.” adds. 16 JORNALISTA VANESSA MELLO COLABORAÇÃO ÂNGELA CAMANA eixar-se levar pelo embalo de uma música pode trazer mais resultados que apenas diversão. A dança possibilita o desenvolvimento cognitivo, a expressão corporal, trabalha a sintonia, o envolvimento com o ambiente e o espírito de equipe. Segundo o professor Gustavo Duarte, coordenador do projeto Dançarte do Centro Universitário Metodista, do IPA, a atividade amadurece diversas funções, principalmente quando trabalhada desde cedo. “Ela desenvolve as competências motoras, a educação rítmica, a psicomotricidade, além de ser uma forma de recreação”, explica. Fatores culturais também estão ligados a essa arte. A parceria entre os cursos de Educação Física e de Música, ambos do IPA, é realizada em conjunto com outros conteúdos. “A dança nos ajuda a contar a história dos povos e a explicar a nossa linguagem. Ela nos permite criar”, complementa Duarte. Nos Colégios da Rede Metodista de Educação do Sul, existem projetos na área, dentro e fora da sala de aula. Em Uruguaiana, são desenvolvidas oficinas para os(as) alunos(as) do Colégio Me- D todista União. As atividades começaram em 2003 e trabalham todos os estilos com base no balé clássico e em coreografias modernas. A professora Andréa Bolzon destaca a melhora no relacionamento interpessoal dos(as) jovens e a importância do exercício desde cedo para o futuro. “Devemos vivenciar o bem-estar que ele proporciona, que dá força mais tarde para combater os problemas como o stress”, garante. Leandra Ferreira, 8 anos, da 3ª série do União, dança desde que ingressou na escola e já apresenta importantes mudanças. “Ela era muito introvertida e hoje perdeu a timidez, até fez mais amigos”, comemora a mãe, Carolina, que aprova a atividade e incentiva a filha. Ana Luíza Tomazetti, 15 anos, está no 2º ano do Ensino Médio do Colégio Metodista Centenário e dança desde a 6ª série. Para ela, a atividade é uma forma de expressão na qual se podem ampliar os sentimentos. “Temos uma ligação com a professora e com os(as) colegas. É mais uma questão de amizade. Antes, o colégio era mais conhecido pelos esportes; agora, a dança está sendo valorizada também”, destaca. A modalidade no Centenário foi retomada em 2006 e já conta com estudantes de todas as idades. Segundo a CULTURA professora Alline Fernandez, a dança é um exercício de autoconhecimento. “No palco, cada um(a) tem um papel, mas todos têm sua personalidade, e isso deve ser percebido”, esclarece. Na Educação Infantil, as crianças conversam e desenham antes de qualquer apresentação. “Elas têm que conhecer o que vão dançar”, explica Alline. As aulas do Centenário relacionam a arte com as disciplinas trabalhadas em sala de aula. Para Alline, a interdisciplinaridade é fundamental. “São os(as) alunos(as) que montam o enredo das coreografias e que pesquisam as roupas e os movimentos característicos da época”, conta. No Colégio Metodista Americano, as aulas de dança são direcionadas aos(às) estudantes de 5ª a 8ª série coordenadas pelo supervisor de esportes, Ramão Paz. A atividade é desenvolvida há mais de 10 anos e não tem custo para os(as) alunos(as) da escola. “Buscamos o desenvolvimento integral, físico, mental, espiritual, emocional e social, estimulando as múltiplas competências”, esclarece Paz. A professora responsável pelas aulas, Ana Gabriela Busto, acrescenta que a dança proporciona o conhecimento do próprio corpo, além de desenvolver a autoestima e a autoconfiança. “É um trabalho com a imaginação”, completa. Foto: Arquivo PORTO ALEGRE Onde dançar? Americano - são realizadas atividades gratuitas de Street Dance e Jazz para os(as) alunos(as) de 5ª a 8ª série do colégio. Os encontros são sempre segundas e quartas-feiras, no turno contrário ao das aulas (manhã ou tarde). IPA - o Projeto Dançarte oferece aulas para a comunidade a partir dos 10 anos. As atividades são gratuitas e ocorrem quartas e sextas-feiras. As turmas são divididas por idade e são desenvolvidos todos os tipos de dança. Os(As) interessados(as) devem enviar e-mail para [email protected]. SANTA MARIA Centenário - a dança faz parte do currículo da Educação Infantil. Do 1º ano a 4ª série do Ensino Fundamental as crianças podem fazer ginástica ritmica nas escolinhas pagas, e da 5ª série até o Ensino Médio a dança está nas atividades extracurriculares gratuitas. FAMES - existem quatro projetos na faculdade. A Cia Universitária em Movimento, que reúne os(as) alunos(as); a Escola para Adultos; o Dançando Encontros e Reencontros no Instituto Metodista de Ação Social, que atende crianças da Vila Lídia e o Integração e Arte, para todos(as) os(as) ex-alunos(as). Todos os projetos são gratuitos. URUGUAIANA União - são desenvolvidas atividades para alunos(as) de todas as idades, das 17h45 às 19h. Só a inscrição é paga. Todos os estilos, principalmente ballet clássico e dança moderna, são trabalhados. Foto: Ana Paula Nogueira Foto: Alexandre Paz m Colégios Metodistas trabalha e itivo cogn ento lvim nvo dese o da dança expressão corporal por mei 17 MEIO AMBIENTE A era das consequências FENÔMENOS RECENTES DA NATUREZA DESENCADEIAM DISCUSSÕES SOBRE AÇÕES DO HOMEM NO MEIO AMBIENTE JORNALISTA VANESSA MELLO COLABORAÇÃO ALEXANDRE PAZ A s recentes ações da natureza, como a erupção do vulcão na Islândia e os terremotos do Haiti e do Chile, suscitam os debates sobre as consequências da atividade do homem no meio ambiente. Fatores como o aquecimento global, causado principalmente pelo ser humano e responsável por tempestades, enchentes e estiagens, banalizam as discussões e atribuem todos os problemas climáticos ao comportamento da sociedade. O professor e geólogo do Departamento de Mineralogia e Petrologia da UFRGS, Antonio Pedro Viero, esclarece que não existem provas científicas que liguem os tremores de grande magnitude à interferência do ser humano. “Os terremotos são processos ocasionados pelos movimentos das placas tectônicas e resultam de uma dinâmica interna da terra que acontece desde do período arqueano, há cerca de três bilhões de anos”, explica. Viero lembra que os deslizamentos em encostas são uma evolução natural do planeta e sempre ocorreram. No entanto, com o aumento da população mundial, de 3,6 bilhões de habitantes em 1970 para 6,1 bilhões em 2000, áreas de risco estão repletas de moradias. O geólogo salienta que a ocupação destes locais maximiza a possibilidade de acidentes e aponta o que é preciso para resolver o problema. “Temos que educar e conscientizar a população sobre os perigos que correm quando vão morar nesta situação. É obrigação da segurança pública fiscalizar os terrenos e não permitir que se tornem lares”, ressalta. 18 MEIO AMBIENTE In English ww .sx c.h u The Methodist Schools show that, rather than waiting for wise decisions from government leaders, it is essential that citizens do their part to make the world a better place to live. Americano’s Solar Collector Project was presented in the 4th Salão UFRGS Jovem, in 2009. Out of 60 PET bottles and 50 cartons of milk, 10 High School students created a solar thermal panel intended to capture and retain the warmth from the sun rays and heat 100 liters of water, enough water to supply a house for 2 days, besides reducing 40 % in electricity costs. In order to work on environmental issues, students from Centenário School deal with themes which are in the media such as earthquakes and floods, always emphasizing the importance of recycling, of not to blocking storm drains as a way to prevent floods. Students create play scripts, poems and slogans, write songs and customize Tshirts to exhibit in the school premises. In Uruguaiana, 3rd year High School students of União work on a project entitled Intelligent Electricity Consumption which, in its 2010 edition, surveys families bath time during a month to show that the money spent on electricity bills could be reduced by saving energy. In 2009, the same group started to turn off classroom lights during school breaks. 169 thousand schools in Brazil, each one with 15 classrooms, each classroom with 8 lamps of 40 watts (W) and 1of 60 watts (W) lit per 20 minutes, represent a consumption of 9.600 kilowatts per month, enough energy to supply up to 48.000 houses, with four people in each, equipped with a TV set, a shower, a refrigerator and other appliances. In cash, it would represent a cost of R$ 3.4 million. o: w Para trabalhar a questão ambiental com os(as) alunos(as) do Centenário, a professora Ana Elisa Scholotefeldt aborda temas em evidência na mídia, como enchentes e terremotos, que enfatizam a importância da reciclagem do lixo, de cuidados para não entupir bueiros e outras formas de evitar enxurradas. A atividade com as turmas do 3º ano do Ensino Fundamental consiste em criação de roteiro de teatro, músicas, camisetas personalizadas, poesias e frases que são expostas no colégio. “Com crianças o retorno é rápido, e elas passam o que aprendem para os pais em casa”, comenta Ana Elisa Schlottfeldt. Em Uruguaiana, os(as) estudantes do 3º ano do Ensino Médio do União realizam o projeto Consumo Inteligente de Energia Elétrica e, na edição de 2010, pesquisam o tempo de banho de suas famílias durante um mês para demonstrar os gastos na conta de luz e como economizar. “É fundamental trabalhar o cotidiano, pois o aprendizado desperta curiosidade, provoca o interesse e, dessa forma, fica mais fácil e atrativo”, acredita o coordenador da ação, professor Paulo Guirland. Em 2009, o grupo começou o trabalho com o desligar das luzes das salas de aula durante o recreio. Os(As) jovens fizeram o cálculo de 169 mil escolas no Brasil, cada uma com 15 salas, oito lâmpadas de 40 watts (W) e uma de 60W, ligadas por 20 minutos. O gasto é de 9,6 mil kWs por mês, suficientes para abastecer até 48 mil residências com quatro pessoas cada, aparelhadas com TV, chuveiro, geladeira e outros eletrodomésticos. Em dinheiro, o gasto é de R$ 3,4 milhões (com base na tarifa da AES Sul em setembro de 2009). O trabalho foi encaminhado para apreciação da Câmara de Vereadores de Uruguaiana. Fot Segundo o engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Dulphe Pinheiro Neto, eventos decorrentes do aquecimento global resultam das atividades humanas nos meios rural e urbano, como queimadas de combustíveis fósseis e de vegetações e desmatamentos. Dulphe engrossa o coro para pedir ensino e conscientização para mudar a realidade. “Educação é fundamental. Cada professor tem a obrigação de orientar para a responsabilidade ambiental. Devemos separar o lixo, economizar energia e sermos bons consumidores”, ensina. Os Colégios Metodistas mostram que, mais do que esperar decisões sábias dos(as) governantes, é preciso que cada um(a) faça a sua parte por um mundo melhor. No Americano, o projeto Coletor Solar, orientado pelo professor José Ramiro Maciel, recebeu destaque no 4º Salão UFRGS Jovem, em 2009. Com 60 garrafas pet e 50 embalagens de leite longa vida, 10 estudantes do Ensino Médio criaram um painel para reter o calor do sol e aquecer até 100 litros de água. Cada módulo é suficiente para abastecer diariamente uma casa com duas pessoas, além de gerar uma economia de até 40% em gastos com eletricidade. Os resultados despertaram o interesse da comunidade e, em junho, será realizada a primeira oficina de confecção do coletor solar com uma escola de Tramandaí. Além dessa instituição, Organizações Não Governamentais já entraram em contato com o Americano para receber a capacitação. A separação do lixo, o uso de folhas frente e verso, saídas de campo para trabalhar conhecimentos e atitudes relacionadas à sustentabilidade do planeta e celebração da Semana do Meio Ambiente, em junho, integram as ações de conscientização da escola. SAÚDE Foto: Alexandre Paz In English To educate students about the importance of eating healthy foods and controlling the consumption of sweets, the Methodist Schools develop many activities. Americano’s full time students participate in weighing and nutritional assessment every six months, and have daily monitoring of teachers during the meals. Cases of overweight, underweight and a poor diet result in talk sessions among children and parents in order to identify their causes. A balanced diet is essential, emphasizes Larissa Feix, the nutritionist responsible for the menu. “The meal should contain macronutrients and micronutrients, as each of these components plays an essential role in the development and the maintenance of health”. At Centenário Methodist School, the preoccupation with food also has positive results. Mariana Bezerra, 8 years old, 2nd grade student, shows that she has learned the lesson. “When I’m hungry I ask my mother to make a fruit salad. At lunch I like to eat rice, beans, meat and vegetables that are tasty and healthy. I prefer not to eat sweets and snacks because my teachers and my mother explained that they are not healthy.” Isadora Martini, 5 years old, 1st year of União Methodist School is another example. “ Every day she takes sandwich, fruit and juice to school. “At lunch we always prepare a colorful meal. At first she complained, but today she charges us when there is no arugula” says her mother, Lilly, that allows her to eat sweets on a limited basis. JORNALISTA VANESSA MELLO COLABORAÇÃO ALEXANDRE PAZ omer salgadinhos, bolachas recheadas, frituras e hambúrgueres é um hábito que está ligado ao ritmo de vida dos dias atuais. Apesar do prazer imediato, devido ao sabor das guloseimas, essas opções podem elevar os níveis de gordura e colesterol e ocasionar problemas de saúde. Para conscientizar seus(suas) alunos(as) da importância de ingerir alimentos saudáveis e controlar o consumo das chamadas “bobagens”, os Colégios Metodistas desenvolvem diversas atividades. Em Porto Alegre, os(as) estudantes do Tempo Integral do Americano participam de uma pesagem e de uma avaliação nutricional semestral; além disso, têm acompanhamento diá- C 20 De bem com o CONHECER OS BENEFÍCIOS QUE CADA ALIMENTO OFERECE É A MELHOR MANEIRA rio de professores(as) durante as refeições. Casos de sobrepeso, baixo peso e dieta inadequada resultam em conversas com as crianças e com os familiares para que se identifique o motivo. A nutricionista responsável pelo cardápio das crianças, Larissa Feix, destaca que uma dieta balanceada é indispensável. “A alimentação deve ser adequada tanto em macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios), quanto em micronutrientes (vitaminas e minerais), pois cada um destes componentes desempenha papel fundamental para o desenvolvimento correto e manutenção da saúde”, explica. Muitas pessoas com peso normal podem apresentar altas taxas de LDL, o colesterol ruim. A professora de Educação Física do Americano, Suzane Rorig, realizou como tese de mestrado a pesquisa “Obesidade e Fatores de Risco Cardiovascular em Escolares Adolescentes do Colégio Meto- DE SAÚDE CULTURA lanceado na escola e os exercícios físicos regulares ajudaram a reduzir o LDL. Hoje, a estudante do 2º ano do Ensino Médio faz o prato das cinco cores no almoço, com carne, arroz ou massa, feijão e salada, ingere frutas pelo menos uma vez por dia e realiza caminhadas diárias. “Conciliei esses novos hábitos na rotina e me sinto mais disposta, além de ter incentivado minha irmã, que aderiu às atividades físicas”, revela. No Centenário, a preocupação com a alimentação também tem resultados positivos. A aluna do 2° ano do Ensino Fundamental, Mariana Bezerra, 8 anos, mostra que aprendeu desde cedo a lição. “Quando tenho fome peço para minha mãe fazer salada de frutas. No almoço gosto de arroz, feijão, carne e legumes, porque é gostoso e saudável. Prefiro não comer doces e salgadinhos porque as professoras e a minha mãe explicaram que não faz bem”, conta. A consciência de Mariana é fruto de orientação familiar e escolar. Outro exemplo é o da pequena Isadora Martini, 5 anos, do 1° ano do Ensino Fundamental do União. “Todos os dias ela leva para escola sanduíche natural, fruta e suco. No almoço sempre preparamos pratos bem coloridos. No início, ela reclamava; hoje até cobra se não tem rú- cardápio MANTER UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA dista Americano”, em 2008. Entre os(as) entrevistados(as) estava a jovem Monyreh Ambrosini, 15 anos. Mesmo com uma aparência saudável, a jovem apresentava alto teor de LDL no sangue. O fator, identificado na pesquisa e confirmado por um médico, é hereditário. Embora Monyreh não comesse guloseimas em excesso, também não se alimentava adequadamente com os nutrientes necessários. O cardápio ba- cula”, comenta a mãe, Lílian, que permite a ingestão de guloseimas de forma limitada. Profissionais lembram que o controle da alimentação é importante para o amadurecimento das crianças. “Saber lidar com qualquer tipo de privação é fundamental para o amadurecimento. O método deve ser utilizado independentemente da faixa etária”, ressalta Cristina Kern, coordenadora do curso de Psicologia do Centro Universitário Metodista, do IPA. Conhecer os benefícios de comidas saudáveis é também uma maneira de equilibrar a alimentação de forma que as guloseimas não precisem ser banidas do cardápio. A nutricionista Larissa Feix afirma que é possível comer doces depois de realizar atividades físicas, já que eles repõem as energias gastas durante o exercício. Outro momento favorável é após as refeições principais, quando as fibras consumidas colaboram para absorver a glicose e normalizar os níveis sanguíneos. “Um prato rico em vegetais, principalmente crus, contém uma grande quantidade de fibras que, além de ajudar na normalização dos níveis de glicose, provocam uma sensação de saciedade. Por isso devemos sempre comer os vegetais primeiro”, conclui. OS ALIMENTOS SÃO DIVIDIDOS EM GRUPOS, E CADA UM TEM A SUA DEVIDA IMPORTÂNCIA Frutas (maça, pêra, melão), legumes (cebola, cenoura, pimentão) e verduras (alface, couve, espinafre) diminuem o risco de doenças crônicas não transmissíveis, aumentam a resistência contra infecções, pois são fonte da maior parte de vitaminas e minerais necessários ao organismo, e auxiliam no controle do peso. Cereais (arroz, milho, trigo), tubérculos (batata, cará, inhame) e raízes (beterraba, nabo, rabanete) protegem contra alguns tipos de câncer. Grãos (feijão, lentilha, soja) aumentam a resistência contra doenças nutricionais, já que contêm carboidratos complexos e são ricos em fibra alimentar, vitaminas do complexo B, ferro, cálcio e outros minerais. Carne, leite e derivados são boas fontes de aminoácidos essenciais, responsáveis por compor as proteínas necessárias para o crescimento e a manutenção do corpo humano. 21 SAÚDE Nada de sorriso amarelo CONSCIENTIZAÇÃO PELA SAÚDE BUCAL DEVE COMEÇAR NA INFÂNCIA Foto: www.sxc.h u E HÁBITOS DEVEM SER MANTIDOS AO LONGO DA VIDA ADULTA JORNALISTA VANESSA MELLO COLABORAÇÃO ÂNGELA CAMANA N este ano, o Ministério da Saúde realizará o SSBrasil 2010, a maior pesquisa nacional sobre a saúde bucal, em todas as regiões do país. O último levantamento, de 2003, trouxe dados alarmantes: cerca de 60% das crianças, por volta dos cinco anos de idade, possuem um dente cariado. Entre os(as) adolescentes, a estimativa chega a 90%. Em 2008, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostrou que 12% dos(as) brasileiros(as) nunca foram ao(à) dentista. In English This year, the Ministry of Health will implerement the SSBrasil 2010, the largest national coun the of ns regio all in h search on oral healt daing alarm ght brou , 2003 in poll t try. The lates five ta: about 60% of children around the age of ate estim the s, have a cavity. Among adolescent por reaches 90%. In 2008, the Pesquisa Nacional 12% that ed show D) (PNA s icílio Dom de Amostras of Brazilians have never been to the dentist. Schools, in this context, play a fundamental e role in making students aware of the importanc odMeth and vior beha h healt oral good of having to ist schools have always encouraged students them g askin by age keep good habits since early to brush their teeth after lunch or promoting talk sessions among children and dentists. According to Marlova Garcia, educational coordinator of Early Childhood and Initial ol, Grades schools of Centenário Methodist Scho ed focus most the are e grad first of the classes on oral health, since this is age in which children lose deciduous teeth. For Márcio Stuker, dentist and father of Juthe lia, Centenátio Methodist School student of in tive effec 5th Grade, oral health programs are inbe ld shou ents stud all grades and the senior structed to adopt good higiene habits. A group of students of Americano Methodist a School initials grades, in a talk session after teeth uous decid of nts snack, shows the replaceme Minis the ting radic Cont . ones t by the permanen they if asked when rch, resea th try of Heal have any cavities, they all said: No! 22 A escola, nesse contexto, exerce um papel fundamental na conscientização pela saúde bucal. Os Colégios da Rede Metodista de Educação do Sul sempre incentivam seus(suas) estudantes a manter bons hábitos e isso começa desde cedo, seja ao escovar os dentes após o lanche, ou ao ouvir a palestra de um(a) dentista. No Colégio Metodista Centenário, todos os anos, profissionais da área da saúde conversam com os(as) alunos(as) das Séries Iniciais. Na visita do(a) dentista, as crianças falam sobre os dentes, hábitos alimentares e cuidados com a boca. Segundo a coordenadora pedagógica da Educação Infantil e Anos/Séries Iniciais do Centenário, Marlova Garcia, as turmas de 1º ano são as que mais conversam sobre a saúde bucal, já que nesta época costuma-se perder os dentes de leite. “É importante que essa conversa se estenda também aos(às) demais alunos(as) da escola”, complementa. Telson Mosch, aluno da 4ª série do Colégio Metodista União, sabe a importância de não só escovar os dentes, mas de passar sempre fio dental e de não comer muito doce “para evitar a cárie e não ficar com os dentes amarelos”. Telson vai ao dentista duas vezes por ano, para fazer revisão e limpeza. “Eu escovo meus dentes quatro vezes por dia. Eu conheci uma criança que já perdeu um dente porque estava muito feio. Assim não dá”, conclui. Para o cirurgião-dentista Marcio Stüker, pai da aluna Júlia, da 5ª série do Centenário, é mais fácil incentivar os(as) pequenos(as) aos bons hábitos de higiene bucal. Entretanto, é necessário que se fale também aos(às) adolescentes. “Programas de saúde bucal são efetivos em todas as séries; os estudantes mais velhos devem ser orientados a manter os bons hábitos adquiridos na infância”, ressalta. Segundo Stüker, as cáries e os desvios na posição dos dentes não afetam apenas a saúde bucal, mas também a autoestima do(a) jovem. “A saúde bucal é importante até no relacionamento com a sociedade”, completa. No Colégio Metodista Americano, os alunos Álvaro Schmidt, do 3º ano do Ensino Médio, e Bernardo Squeff, 2º ano, acreditam que o incentivo à saúde bucal deve ser mantido por toda a vida escolar. “As pessoas precisam saber o que acontece quando não escovam os dentes”, afirma Álvaro. Um grupo de alunos(as) das séries iniciais do Colégio Americano, em uma conversa após o lanche, mostra a troca de dentes de leite por permanentes. Na contramão da pesquisa do Ministério da Saúde, quando perguntados(as) se têm alguma cárie, todos respondem juntos: “Não”. Foto: Elke Bahi Pedroso SAÚDE In English VÍRUS H1N1 PODE SER EVITADO COM VACINAÇÃO E CUIDADOS BÁSICOS JORNALISTA VANESSA MELLO COLABORAÇÃO LUÍS BUSTAMANTE ripe A é coisa muito séria. Conforme define o Ministério da Saúde, é uma doença respiratória aguda, altamente contagiosa, que leva a um estado de infecção respiratória. Também conhecida como influenza A (H1N1), é causada por um vírus transmitido de pessoa a pessoa, por meio de tosse, espirro e contato com secreções respiratórias de pacientes infectados(as). A enfermeira epidemiologista Adelaide Pustai, responsável técnica pela Vigilância da Influenza, da Secretaria Municipal da Saúde, em Porto Alegre, alerta que cuidados de higiene e prevenção são a principal arma contra o contágio. “Não há motivo para pânico. O período de maior incidência da gripe A, que é o inverno, ainda nem começou e já há uma campanha massiva de vacinação, deflagrada pelo Governo Federal em março”, explica. Para as escolas da Rede Metodista de Educação do Sul, prevenção à Gripe A é quase uma disciplina, já que é realizada constantemente por determinação da Direção Geral, que instituiu uma comissão para cuidar do assunto e abrange todas as unidades de ensino. Os Colégios Metodistas seguem orientações da enfermeira responsável pelo Núcleo G de Acolhimento à Saúde, instalado no Americano, Tanisa Brito Lanzarini. Há um trabalho permanente de orientação aos(às) alunos(as), desde a Educação Infantil, que inclui cuidados com a higiene, exposição a mudanças do clima e hábitos alimentares. Os resultados podem ser conhecidos pelo pensamento dos(as) estudantes, como sintetiza a aluna Paula Waichel Bouchet, 14 anos, da 8ª Série do Americano. “Devemos estar sempre atentos, não descuidar nunca dessa gripe que já prejudicou tanta gente”, avisa. A conscientização é demonstrada também pelo aluno Giovani Busanelo Ávila, 16 anos, do 3° ano do Centenário. “A escola e os meios de comunicação alertam sobre os riscos da gripe A e as formas de contágio. Então, é só cada um fazer a sua parte”, resume. A postura de Paula e Giovani ganha reforço com as palavras da Mara Araújo, funcionária da UTI pediátrica da Santa Casa de Uruguaiana e mãe de alunos(as) do União. “É uma questão de redobrar cuidados, mesmo para quem já tomou a vacina anti-H1N1. Vamos ter a segunda onda da gripe, geralmente pior que a primeira, daí a necessidade de maior atenção às mudanças bruscas de clima, à higiene principalmente nas mãos, ao uso permanente do álcool gel e à busca ao médico nos primeiros sintomas”, ensina. Highly contagious, the Influenza A (H1N1) is sneeze spread from person to person through cough, ted peoinfec of tions secre y and contact with respirator ue, fatig s, ache head h, coug s nuou conti , ple. High Fever even r occu difficulty to breath are symptoms that may seven days after the contamination. st Hygiene and prevention are the best weapons again taorien the follow ols Scho odist Meth it. the spreading of e, located tions given by the Núcleo de Acolhimento à Saúd has flu this that ct in Porto Alegre. “We cannot negle 8th grade old, year 14 the s warn harmed so many people”, het. Bouc hel Waic Paula ol, Scho icano student from Amer ol Scho High the Awareness is also demonstrated by ani Giov ol, Scho student of Centenário Methodist a warn us Busanelo Avila, 16. “The school and the medi infection. of ways its and A enza influ of about the risks s. So, everyone should do their part”, he state enThe words of Paula and Giovani about the prev s work who jo, Araú Mara by aced tion of the flu, is embr and na guaia /Uru Casa a Sant of ICU tric for the pedia were vaccimother of União students. “Even those who sudden to tion atten nated against H1N1, have to pay the s), hand cially (espe ne climate changes, hygie r continuous use of alcohol gel and see the docto says. she ”, toms symp first the at ely ediat imm A gripe A se manifesta com febre alta repentina (acima de 38ºC), tosse constante, dores de cabeça, nos músculos, nas articulações e dificuldade respiratória. “Os sintomas surgem em até sete dias após a infecção pelo vírus; por isso a necessidade de prevenção ou atendimento médico imediato, caso os sintomas se apresentem”, destaca a enfermeira Adelaide Pustai. No que tange à precaução, ela aponta cuidados gerais como uma boa hidratação, alimentação balanceada, uso de roupa adequada à temperatura e que se evitem ambientes fechados. PREVENÇÃO Use sempre roupa adequada à temperatura ambiente. Evite permanecer em lugares com pouca ventilação. Lave as mãos com água e sabonete, especialmente depois de tossir ou espirrar. Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca com um lenço descartável. Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal. ATENÇÃO: caso surjam quaisquer sintomas gripais, não use medicamentos; busque orientação médica. Informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. 23 TECNOLOGIA Educ ç o co nect d n JORNALISTA VANESSA MELLO COLABORAÇÃO CARLOS ISMAEL MOREIRA primeiro semestre letivo de 2010 iniciou com uma novidade que deixou professores(as) e estudantes(as) dos Colégios Metodistas Americano, Centenário e União ansiosos(as) pela volta às aulas. A lousa de fórmica branca e a caneta pincel atômico, que há algum tempo substituíram o velho quadro negro e o giz que sujava os dedos, agora dá espaço à tecnologia. Nascidos(as) em meio à explosão da era da informática e da internet, os(as) jovens convivem com avanços tecnológicos em diferentes cenários e no ambiente escolar não poderia ser diferente. Atentos a essa realidade, os Colégios Metodistas instalaram, cada um, uma lousa digital – ferramenta que abre um novo paradigma na forma de compreender o ensino. Conectada a um computador, a lousa é sensível ao toque. Com uma caneta especial, professor(a) e aluno(a) podem escrever diretamente sobre o conteúdo que é mostrado na tela, acrescentar comentários, desenhos e destacar informações. Além disso, é possível mostrar animações e gráficos por vários ângulos, o que proporciona noções de volume e profundidade que não se conseguiriam em uma imagem plana. O equipamento conta também com acesso à internet, permite salvar todo o material utilizado na aula e enviar no mesmo instante para o e-mail dos(as) alunos(as). Em Porto Alegre, os(as) professores(as) do Americano receberam uma capacitação antes do início das aulas para se familiarizarem com a nova ferramenta. O treinamento para os(as) docentes do Centenário, em Santa Maria, deve ocorrer no início junho. Em Uruguaiana, a equipe do Colégio União recebeu orientações e já utiliza a lousa. De acordo com a responsável pela O 24 Tecnologia Educacional da Rede Metodista de Educação do Sul, professora Elisângela Ribas, além de ser um valioso instrumento para troca de conhecimentos, a lousa digital vai aproximar os(as) docentes(as) da realidade dos(as) estudantes. “Os(As) alunos(as) são nativos(as) digitais, nasceram na era da tecnologia. Nós, professores(as) somos migrantes. Mas a partir da utilização dessas ferramentas para o ensino, passamos a falar a mesma linguagem”, explica. Ribas afirma ainda que o equipamento vai tornar a aula mais dinâmica e atrativa. “No momento em que você se interessa pelo conteúdo, o aprendizado é mais significativo. Com a lousa, a lição fica mais lúdica e o(a) aluno(a) aprende de uma forma prazerosa”, completa. A professora de Biologia do Ameri- TECNOLOGIA futur cano, Simone Yamasaki, foi uma das primeiras a fazer uso do recurso. Ela acredita que as aulas ficam mais produtivas. “A lousa digital facilita a compreensão do(a) estudante, porque mostra tudo de forma interativa”, conta. O aluno da 8ª série de Americano, Matheus Lago Pereira, aprovou a novidade. “A gente consegue aprender mais fácil e rápido quando vê o conteúdo de for- LOUSA DIGITAL AMPLIA FORMAS DE APRENDIZADO E APROXIMA ESCOLA DO COTIDIANO TECNOLÓGICO DOS(AS) ESTUDANTES Foto: Carlos Ismael Moreira ma interativa, sem ser apenas desenhos. A tecnologia melhora a troca entre nós e os professores”, afirma. A colega Tainá Rodrigues Gonçalves, de 14 anos, confirma. “Visualizando se aprende mais e a gente consegue gravar as matérias. O professor passa a estar no mesmo mundo que nós”, apoia. No União, a professora de Biologia, Silvia Pitrez, já percebeu um retorno In English Born in the middle of Internet and technology age, students deal with advanced technology in different scenarios, this way, this would not be different in the school environment. Being aware of such reality, the Methodist Schools installed an interactive whiteboard (e-board) in each one of the schools. Connected to a PC, the e-board is touch-sensitive and teachers and students can write, draw, add comments and do many other things by only touching a special pen over whatever image or text is on the screen. With the e-boars it is also possible to show graphics and animations by different angles, what enables one to have notions of volume and depth not available in flat images. The e- board has Internet connection which allows teachers to store the material worked in class and send it to students by email. According to professor Elisângela Ribas, responsible for the Education and Technology Department of Southern Methodist Educational Network, the e-board is an excellent tool for exchanging knowledge, and will connect teachers and students. “At the moment you get interested in the topic of the class, learning becomes more meaningful. With the use of the e-board, lessons are more playful and students will learn in a joyful way” she states. positivo da utilização da ferramenta. “Eu encontro a turma e a primeira pergunta é: nós vamos para a lousa? A aula ficou muito mais dinâmica e a interatividade instiga os(as) estudantes a pesquisar em casa sobre o que aprendem na escola”, comemora. A docente conta que o equipamento valoriza o trabalho interdisciplinar e que os(as) alunos(as) percebem o vínculo entre as áreas do conhecimento. O 1º ano do Ensino Médio desenvolveu trabalhos na lousa utilizando o mesmo material nas disciplinas de Biologia e História. “Mesmo antes de nós comentarmos algo a respeito, os(as) alunos(as) concluíram que as matérias são relacionadas”, relata. A lousa digital também vai contribuir para modificar o relacionamento entre docentes e estudantes. Cássia Laire Kozloski, do 3º ano do Ensino Médio do Centenário, ressalta que a ferramenta vai aprimorar a troca de conhecimento entre alunos(as) e docentes. “Sabemos muito de tecnologia e quando a aula é interativa, nos interessamos mais. Como os professores não estão tão acostumados, um ensina o outro. Com isso, eles começam a nos entender melhor e nós passamos a compreendê-los melhor também”, afirma. 25 HISTÓRIA Da fronteira JORNALISTA VANESSA MELLO COLABORAÇÃO LUÍS BUSTAMANTE ruguaiana ainda vivia os resquícios da Guerra do Paraguai, na segunda metade do século 19, quando o educador francês Aleixo Vicente Vurlod chegou à região em missão de paz e ali se instalou para lecionar em domicílio. Ensinando matemática, história, ciências, línguas e outras disciplinas, reuniu uma quantidade tão grande de estudantes que já não era possível atender em suas casas. Foi assim que, em 8 de junho de 1870, fundou o Collegio União – denominação que em meados do século 20 passou a grafar-se Colégio. A instituição foi a primeira escola mista de Uruguaiana, pois, naquela época, não era comum meninos e meninas estudarem no mesmo local. Administrado por missionários(as) da Igreja Metodista Episcopal do Sul dos Estados Unidos a partir do ano de 1908, manteve desde o início cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, tornando-se referência na formação de lideranças na fronteira gaúcha. Por ali passaram celebridades como o velejador Lars Grael, o folclorista Paixão Côrtes e os políticos Raul Pont, Frederico Antunes e Sanchotene Felice, esse último destacado prefeito do município. Para a coordenadora geral do União, U 26 In English MODERNIZA SEM PERDER AS RAÍZES professora Lucia Lopez, o colégio integra a história de Uruguaiana e tem o reconhecimento da comunidade especialmente por desenvolver um projeto educativo numa perspectiva inclusiva e interdisciplinar, que prioriza a formação cidadã de crianças e adolescentes. “É uma escola que mantém tradições relacionadas à família, à sociedade e à cultura local, porém se moderniza constantemente”, complementa ao salientar o bom desempenho da instituição frente ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e na preparação para o vestibular, com alto índice de aprovação. O Colégio Metodista União, que já oferece ampla infraestrutura para a realização de atividades esportivas, artísticas e culturais, chega aos 140 anos em ritmo de globalização e adota a educação bilíngue. O programa inclui o idioma inglês desde a Educação Infantil. Uma das tradições da escola é o reconhecimento da trajetória de exalunos(as) que prestam serviços relevantes à comunidade nas áreas da educação, cultura, esporte e política com o “U de ouro”. A condecoração é ofertada todo ano na semana do aniversário e carrega um simbolismo que evidencia a determinação do colégio em alcançar seus objetivos, entre eles o de se tornar referência em sua região, como já revela o lema: “ad astra”, que significa “para os astros”. Arte de Carlos Ismael Moreira sobre fotos de arquivo para o mundo AOS 140 ANOS, COLÉGIO METODISTA UNIÃO SE In the second half of 19th century, Uruguaiana was going through the effects of the Paraguay War when Aleixo Vicente Vurloud, a French teacher, came to town and settled to provide homeschooling services. However, with the number of students on the rise, it was no longer possible to attend privately. This way, Vouloud started União School on June 8, 1870. Run by missionaries from the Southern Methodist Episcopal Church of the United States since 1908, União School has always had Preschool, Elementary and High School education. Thus, it has become a reference in educating leaders in this region of Rio Grande do Sul. For Lucia Lopez, general coordinator of União, the school is part of the city’s history and has the recognition of the community, especially because of an educational project which follows an inclusive and interdisciplinary approach, prioritizing citizenship. “It’s a school that maintains traditions related to family, society and local culture, while being constantly modernized.” She says. th União Methodist School is celebrating its 140 ofschool The on. anniversary in line with globalizati infrawide on counts and program fers a bilingual structure that allows for the practice of several sports, cultural, and artistic activities. COLÉGIO AMERICANO FAZ 125 ANOS No dia 19 de outubro de 2010 o Colégio Metodista Americano comemora 125 anos de existência. Contemporâneo à fundação da Igreja Metodista no Rio Grande do Sul, em 1885, a escola foi instalada em um prédio no centro de Porto Alegre, sendo a primeira da instituição no Estado. Seis décadas depois, instalou-se em definitivo no bairro Rio Branco. Integrada à Rede Metodista de Educação do Sul, o Americano promove um processo pedagógico orientado pela filosofia cristã e valoriza a vida em todas as suas dimensões. A comemoração, entre os dias 13 e 20 de outubro, traz uma extensa programação, com homenagem prestada por alunos(as), entrega do troféu Oscarito – festival anual que incentiva produção audiovisual dos(as) estudantes – e o tradicional Chá das Ex-Alunas, entre outras atividades. KIDS pa ra Hora ir a escola de EDUCAÇÃO INFANTIL É CONSIDERADA CADA VEZ MAIS IMPORTANTE PARA AS CRIANÇAS JORNALISTA ANA PAULA NOGUEIRA COLABORAÇÃO VERÔNICA BARBOSA s primeiros anos de vida são de aprendizado, construção da inteligência, de habilidades, valores e atitudes. O que é desenvolvido nessa fase valerá por toda a vida. Nesse contexto, não é cedo para as crianças, entre três e seis anos de idade, frequentarem a escola. Desde 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96), a Educação Infantil passou a integrar a Educação Básica, junto com o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Conforme a LDB, em seu artigo 29, essa etapa tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, de forma a complementar a ação da família e da comunidade. Os Colégios Metodistas Americano, Centenário e União oferecem a pais e filhos(as) projetos pedagógicos de alto nível, com O professores(as) preparados(as) para acompanhar cada passo do(a) aluno(a) nesse processo intenso de descobertas e crescimento. A supervisora pedagógica da Educação Infantil e Anos/Séries Iniciais do Colégio União, em Uruguaiana, Andréa Ancini, entende esses primeiros anos na escola como uma peça importante na preparação para o ingresso das crianças no ensino básico, uma etapa que não pode ser pulada. “Nessa fase trabalhamos a socialização, o autoconhecimento, a elaboração de saberes básicos sobre si mesmo, sobre o outro e sobre Deus, com a promoção de valores como o amor, o respeito e a amizade”, explica. No Colégio Americano, em Porto Alegre, os(as) professores(as) desenvolvem rotinas baseadas em propostas pedagógicas, de acordo com as características de cada faixa etária. Débora Heineck, supervisora da Educação Infantil e Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental, enfatiza que quanto maior a diversidade de experiências oferecidas, como atividades musicais, esportivo-corporais, linguísticas, tecnológicas e vivência de valores sociais, maior é a contribuição para que a criança se identifique e desenvolva suas potencialidades, posicionando-se em relação a habilidades e competências para o futuro. “A brincadeira também é considerada conteúdo, já que brincando se aprende muita coisa sobre o mundo físico e social”, complementa. In English The first years of life involve learning, the development of skills, of values and of attitudes. In this context, it is not to early for children between three and six years old to attend school. The Southern Methodist Education Network Schools offer educational projects to follow every step of the student in the discovery and growing process. “We work on socialization, on self-knowledge, on the development of basic knowledge about each other and about God, promoting values like love, respect and friendship,” says Andrea Ancine, Supervisor of teaching At Union Methodist School. At Americano Methodist School, teachers develop school routines based on the characteristics of ieach age group. “The greater the diversity of exper oltechn s, sport ties, activi al music ences offered, like ogies and social values experiences, the greater the contribution for children to identify and develop their potentials.” emphasizes Deborah Heineck, Sul. pervisor of teaching at Americano Methodist Schoo Cenat d worke also is life l schoo of ning begin The tenário Methodist School through classes of English, computer skill, sports and music. “All activities are related to children’s age and interests as well as to the goals of the school”, states Marlova Garcia, coordinator of this methodist school. A iniciação na vida escolar também é trabalhada com muita responsabilidade e criatividade no Colégio Centenário, em Santa Maria. Aulas de inglês, informática, música, taekwondo, ballet e futsal compõem parte das atividades desenvolvidas com os(as) pequenos(as). “O planejamento é indispensável ao(à) educador(a) quando se preocupa com a qualidade do que faz. Todas as atividades respeitam a faixa etária, o interesse das crianças e os objetivos da escola”, afirma Marlova Garcia, coordenadora pedagógica da Educação Infantil e Anos/ Séries Iniciais do Ensino Fundamental. As mudanças no comportamento e nas percepções das crianças são identificadas já nos primeiros meses de aula, conforme aponta Girlaine da Silva, mãe da aluna Raquel, de 3 anos, do nível 2. “Coloquei minha filha esse ano no colégio e estou gostando muito do ensino do Centenário. Ela se tornou mais ativa, pois em casa ficava sozinha e aqui participa de atividades e fez novos amigos”, ressalta. 27 KIDS Foto: Ana Paula Nogueira ael Moreira Foto: Carlos Ism era digital o Foto: Elke Bahi Pedros 8 10 6 3 28 7 2 V 5 ideogames, aparelhos de mp3, computador. Diante de jogos multimídia e em três dimensões é comum encontrar muitas crianças que nunca ouviram falar em jogo de taco e amarelinha. Nascidos(as) em meio à tecnologia, os(as) pequenos(as) dominam as ferramentas digitais desde cedo, mas é importante que pais e escolas apresentem outras opções de entretenimento que possibilitem a interação real com amigos(as). Mestre em Educação e Fonoaudiologia, Clarice Tomazette Flores, mãe da Sofia, aluna do nível 3 do Colégio Metodista Centenário, acredita que as novas tecnologias deixam as crianças isoladas. “Elas perdem muito na criatividade, no companheirismo e na questão do convívio”, ressalta. A longo prazo, quem passa a infância envolvido(a) somente com jogos digitais pode ter reflexos na fala. “É no convívio com os outros que se desenvolve a linguagem”, explica. Enquanto trilha a corda e passa uma bola para seus(suas) alunos(as), a professora Paula Mosmann, da Educação Infantil Nível 4 do Colégio Metodista Americano, explica que, ao mesmo tempo em que as crianças dominam o computador, elas também aprovam os jogos no pátio com os(as) colegas. “Talvez até gostem mais dessas atividades, mas hoje não se tem mais tanta oportunidade de sair para brincar na rua. Mesmo com os playgrounds, o que falta é a socialização”, destaca. Não são apenas pais e educadores(as) que defendem a importância da interação e criatividade. Quando perguntados(as) sobre a brincadeira predileta da infância, os(as) alunos(as) do Ensino Médio do Americano lembram unânimes: pega-pega. Para eles(as), a diversão das crianças de hoje é completamente diferente, tem benefícios por ter mais acesso à tecnologia, mas perde em termos de relações sociais. “Só vemos os pequenos com videogame e ouvindo música no mp3. Tudo deve ter um limite”, acredita Mattheus da Rosa, do 2º ano. 4 JORNALISTA VANESSA MELLO COLABORAÇÃO ÂNGELA CAMANA In English Nowadays, children and teenagers are familiar with digital tools from early on, but it is important that parents and schools provide them with some other entertaining options which allow for social interaction. Clarice Tomazzete Flores, who holds a Master Degree in Education and Speech Therapy and mother of Sofia, a N3 student at Centenário Methodist School, believes that technologies isolate children from their peers. “In the long run, children who spend a considerable amount of time playing digital games can have speech abilities affected”, she states. Parents and teachers are not alone when the topic is the importance of interaction and creativity. When asked about their favorite children’s game, High School students from Americano Methodist School mentioned “tag”. According to the High School students, free time activities children have in these days are completely different from the ones they used to have, i.e., children benefit from having more access to technology but lose in terms of social relations. To encourage interaction between students, União Methodist School promotes activities like rope skipping, hoops and other traditional games. Teacher Andréia Holzschuk welcomes the initiative. “At first they were surprised as they did not know the games, but now students are asking to have these activities at break time”. Aluno do 2º ano do Ensino Fundamental do Colégio Metodista União, Vinícius Saucedo Pimentel administra bem os jogos eletrônicos e as atividades longe do computador. Desde cedo aprendeu a empinar pipa, jogar bola de gude e tem na ponta da língua seu passatempo número um. “Minha brincadeira preferida é futebol”, garante. Para incentivar a interação entre alunos(as), o União promove atividades como pular corda, jogo de cinco marias e bambolê. Andréia Holzschuk, supervisora da Educação Infantil à 6ª série, aplaude a iniciativa. “No início eles(as) estranharam, porque não conheciam as brincadeiras, mas agora são os(as) estudantes que pedem essas atividades no intervalo”, revela. A infância de hoje está ligada à tecnologia, mas se depender dos pais, especialistas e professores(as), brincadeiras antigas terão seu espaço preservado. “Criança tem que ser criança enquanto pode”, garante Tatiana Bürher ao esperar a filha Betina, de 4 anos, terminar de brincar com os(as) colegas no Americano. Renata Terra, mãe da Maria Eduarda, 4 anos, concorda. “Nós podemos oferecer opções, mas com limites e supervisão”, completa. U criança na DEVEM INCENTIVAR JOGOS QUE ESTIMULEM A CRIATIVIDADE E A INTERAÇÃO REAL EM CONTRAPARTIDA AOS VIDEOGAMES CÉ de 9 Brincadeira FAMÍLIA E ESCOLA KIDS Complete com o nome da brincadeira conforme os desenhos C R UZ A D INH A S Cantinho da Leitura Divulgação/Ática As narrativas ilustram a cultura do povo africano com magia, singeleza e sabedoria. Em viagem à capital da Angola, o autor Rogério Andrade Barbosa e o ilustrador Jô Oliveira colheram histórias contadas por jovens e crianças de Luanda e adaptaram ao público brasileiro. - a - Divulgação/FTD Respostas: esconde-esconde/cinco marias/telefone/ pega-pega/amarelinha/pular corda/bolita FA Z B E M PA R A . . . 1 Relacione os alimentos de acordo com benefícios que trazem à sáude Protege contra gripe; rico em vitamina C. feijão Leite Clara Luz não se contenta em fazer apenas as mágicas do livro de fadas e insiste em criar seus próprios feitiços como bolinhos de luz, chuva colorida e modelagem de nuvens. Na história da escritora Fernanda Lopes de Almeida, fica clara a importância de saber inventar, criar, questionar, lançar novos olhares sobre o que já é conhecido. In English 2 3 4 cereal A fada que tinha ideias Fernanda Lopes de Almeida Editora Ática Ajuda no funcionamento do intestino e tem grande quantidade de fibra. Alimento rico em ferro; previne amenia. Ajuda a manter os ossos e os dentes saudáveis. Histórias que nos contaram em Luanda Rogério Andrade Barbosa Editora FTD Magic, simplicity and wisdom illustrate the narratives about the culture of the African people. In a journey through the capital of Angola, Rogério Andrade Barbosa, the writer, and Jô Oliveira, the illustrator, registered stories told by teenagers and children in Luanda and adapted them for the Brazilian public. A fada que tinha ideias Fernanda Lopes de Almeida Editora Ática Clara Luz is not satisfied only with doing the magic tricks from the fairy book and insists on creating her own spells, such as the light cupcakes, colored rain and cloud modeling. In Fernanda Lopes de Almeida’s stories, the importance of inventing, of creating, and of launching new perspectives what’s already known is emphasized. De cima para baixo: 2-4-1-3 laranja Histórias que nos contaram em Luanda Rogério Andrade Barbosa Editora FTD 29 ARTIGO Foto: Alexandre Paz d Geração fast-f OS PERIGOS DA DIETA DA PORCARIA DENISE RIZZO NUTRICIONISTA, MESTRE EM PEDIATRIA E SAÚDE DA CRIANÇA, DOCENTE DO CURSO DE NUTRIÇÃO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA, DO IPA, CONSULTORA EM EMPRESAS, CRECHES E ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL A alimentação, além de ser uma necessidade fisiológica, é também um dos fatores ambientais que mais tem relação com a saúde. Nos dias atuais, não basta ter acesso aos alimentos; é precio entender a forma certa de escolher e de utilizá-los nas diferentes fases da vida. Partindo-se do princípio de que os hábitos alimentares incorporados nos primeiros anos de vida poderão perdurar na idade adulta, a alimentação, na infância e adolescência, precisa ser bem planejada, devendo haver uma proporção entre quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos. Nas últimas décadas, a interferência do fenômeno da globalização e industrialização vem atuando como um dos fatores determinantes na modificação dos padrões alimentares, gerando transformações no estilo de vida de praticamente toda a população mundial, principalmente no de crianças e adolescentes. O mundo moderno e imediatista incorporou nas pessoas o hábito de procurar refeições rápidas e de baixo custo, ato que automaticamente, acarreta a busca e o consumo de produtos industrializados e fast-foods – a chamada “dieta da porcaria”. O perigo presente nestas “refeições” consiste no fato de serem compostas por alimentos com excesso de calorias e com baixo valor nutricional. A “dieta da porcaria” visa a atender basicamente as “necessidades” de trabalho do homem moderno, que não se preocupa com a qualidade nutricional das refeições que está ingerindo. Os hábitos dos pais e o estilo de vida cada vez mais ausente na formação dos filhos fazem com que crianças e adolescentes tenham um padrão deturpado de comportamento, ocasionando um lamentável aumento da obesidade infantil. Deve-se partir do princípio de que uma alimentação saudável, em qualquer fase da vida, não deveria conter alimentos processados, pré-preparados ou prontos, pois a industrialização retira o sabor original dos alimentos e, para devolvê-lo, são acrescentadas altas quantidades de açúcares, gorduras, sal e aditivos químicos. Sendo assim, nenhuma dessas refeições rápidas pode ser tão saudável como o ato de sentar-se a uma mesa e desfrutar de uma refeição tradicional. O ideal seria excluir to- A alimentação na infância e na adolescência precisa ser bem planejada, com uma proporção entre quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos 30 talmente esses alimentos industrializados do cardápio, mas, como isso é praticamente inviável, o ato de consumi-los como uma exceção e não como uma regra já é de grande valia para a promoção da saúde. É possível preparar um fast-food saudável e rico em nutrientes. Experimente trabalhar com cores, formas, temperos, variedades de produtos naturais e, assim, criar uma maneira atrativa de oferecer o alimento às crianças. Lembre: sempre que possível estimule-as para que participem do preparo das refeições, pois é uma das formas mais simples de incentivá-las ao consumo. In English In the last decades, the interference of the globalization and industrialization is one of the determinants of eating patterns changes, especially among children and teenagers. People in the modern world incorporate the habit of having quick meals with low cost, which immediately results in the consumption of industrialized and fast food, known as “junk food”. The danger present in these meals usually consists in the extra calories and in the low nutritional values. A healthy diet, at any stage of life, should not include processed, precooked or ready foods, as the industrialization process takes the unique flavor of food and returns it in high amounts of added sugars, fats, salt and chemical additives. Excluding such foods from the menu would be ideal, but as this is almost impossible, consuming these food as an exception and not as a rule is already valuable for health.
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