Palavrinhas 28
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1,00€ AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DO AVELAR ANO 10 NÚMERO 28 MARÇO http://agavelar.ccems.pt/palavrinhas ÚLTIMA HORA: AVELAR CONDENADO AO INFERNO OU AO PARAÍSO? Representação do Auto da Barca do Inferno pelos alunos do Clube de Teatro 2007 DESCOBERTA INCRÍVEL: A CIÊNCIA É DIVERTIDA! SEMANA DA CIÊNCIA Com a presença de uma equipa do Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, e a dinamização de um Actualidades, pág. 3 SÍTIOS PARA A LIBERDADE 25 de Abril Sempre! Porque a memória não se pode apagar, “imagens, sons e textos que marcaram a história da transição democrática portuguesa” Siteados, pág. 14 A LIBERDADE É FUNDAMENTAL “A liberdade é, pois, poder dizer, fazer ou mesmo até pensar em tudo o que quisermos, mas de uma forma consciente. Todos, não esqueçamos, temos obrigações e há que cumpri-las.” Opiniões, pág. 11 “LER É BEBER E COMER. O ESPÍRITO QUE NÃO LÊ EMAGRECE COMO UM CORPO QUE NÃO COME.” SEMANA DA LEITURA Plano Nacional de Leitura De 05 a 09 de Março houve um conjunto variado de actividades em sala de aula, nas Bibliotecas dos Jardins-de-infância e do 1º Ciclo, da Escola Sede e na Rádio Escolar. Biblionotícia, pág. 15 “Laboratório Aberto”, a ciência e a tecnologia estiveram durante dois dias em plano de destaque Actualidades, pág. 5 NOVOS TALENTOS NA FORJA Corta-Mato Distrital de Leiria Actualidades, pág. 5 A UNIÃO FAZ A FORÇA Comemoração dos 50 anos do tratado de Roma Actualidades, pág. 4 O Centro de Competência Entre Mar e Serra apoia o Palavrinhas fazendo a sua impressão com a tecnologia LASER a cores PALAVRINHAS ANO X - nº28 – Março de 2007 SUMÁRIO EDITORIAL.................................................................... 2 ACTUALIDADES........................................................... 3 CRIAÇÕES...................................................................... 7 DAR A CONHECER ...................................................... 8 OPINIÕES ..................................................................... 11 OS MEUS POEMAS..................................................... 12 SITEADOS..................................................................... 14 BIBLIONOTÍCIA ......................................................... 15 EDITORIAL “25 de Abril” Esta é a madrugada que eu esperava O dia inicial e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo Sophia de Mello Breyner Andresen, O Nome das Coisas Ao fim de 10 anos de existência (o primeiro número é de Junho de 1997), o Palavrinhas n.º 28 tem como tema aglutinador As Liberdades. Propositadamente no plural, pois quando se fala em liberdade deve-se ter em conta todo um conjunto de liberdades - opinião, a política a cultural, a religiosa -, o que se pretende evidenciar acima de tudo é que a Liberdade, entendida num sentido amplo, é um valor essencial e imprescindível à vida do ser humano. As opiniões dos alunos sobre o que se pensa sobre a Liberdade, os siteados, os poemas, o conjunto de actividades que reflecte a preocupação com os direitos individuais de todos os seres humanos (acções sobre o racismo, a xenofobia e a dislexia) são um exemplo de como o nosso agrupamento de escolas trata denodadamente o assunto. A própria diversidade de temas abordada no jornal é, por si só, demonstradora da liberdade que perpassa este número e orienta o espírito das pessoas deste agrupamento que, pelo número de actividades neste período, revela um grande dinamismo e com índices de produtividade (expressão cara aos nossos governantes) muito elevados. São disso exemplo as visitas de estudo à Escola da Ponte, que permitiu ver experiências diferentes, e a Aveiro, no âmbito das novas tecnologias de informação e comunicação. São disso exemplo as inúmeras actividades dinamizadas pelos diversos clubes e pela equipa da Biblioteca. São disso exemplo as Semanas da Ciência e da Leitura, provando a ciência e a literatura são complementares e, por isso, devem andar de mãos dadas. É disso exemplo a organização de mais um Encontro Europeu em parceria com a Câmara Municipal de Ansião, que decorrerá em Maio. AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Por todas estas razões, não é tolice afirmar que o nosso Agrupamento demonstra todos os dias um pulsar activo, constante, buscando a cada instante, num clima de Liberdade em que todos podem dizer aquilo que pensam mais “um dia limpo”, como afirma Sophia. Esperamos que gostem deste número do nosso jornal e que gozem um merecido repouso. Que a Páscoa nos ressuscite e revigore a todos para esta tarefa nobre que é ensinar. Os coordenadores do Palavrinhas ..... ::: ….. ..... ::: ….. ..... ::: ….. ..... ::: ….. Quando se pensa em liberdades, normalmente pensa-se em poder fazer e dizer tudo o que nos apetecer, muitas vezes sem regras e sem responsabilidade, no caso dos mais novos, e apenas de uma forma individualizante, sem consciência colectiva, no caso dos mais velhos. Ainda que não prescinda obviamente dos meus direitos individuais, entendo as Liberdades não apenas como um direito restritamente pessoal e intransmissível, mas, sobretudo, como um direito de todos, numa perspectiva colectiva. Quando penso de forma mais séria no conceito Liberdade(s), evoco imediatamente os acontecimentos relacionados com a Revolução de Abril, o 25 de Abril de 1974. Para mim, que vivi aqueles tempos no colo e nas mãos dos meus pais (tinha quatro anos) que me ensinaram a ver as injustiças e as descriminações, a liberdade é o cravo, são os Capitães de Abril, é o rosto alegre e entusiástico das pessoas na manifestação do 1.º de Maio de 1974, é o conjunto de seres humanos que sofreram a perseguição, a prisão, a tortura de um regime ditatorial. Para mim, a Liberdade(s) são as canções “E depois do Adeus”, “Grândola Vila Morena”. Para mim, a Liberdade(s) é a queda do Salazarismo, do Marcelismo, é a força de vontade e a determinação de homens como Humberto Delgado, Salgueiro Maia, Álvaro Cunhal, Mário Soares. A minha experiência pessoal leva-me, pois, a encarar a Liberdade associada à felicidade do povo e a crer que só é possível construir uma sociedade mais justa se pensarmos no bem-estar de todos e não apenas, de forma egoísta, em termos individuais. E isso, quando se assiste a uma progressiva e acelerada desresponsabilização do estado em funções que deveriam ser consideradas essenciais, implica, hoje, o direito ao trabalho e à segurança social, o direito à saúde e à educação com qualidade e humanidade, o direito à justiça imparcial e célere. Estes direitos não podem ser relegados para segundo plano por obsessões económicas que justificam apenas o enriquecimento desmesurado de uns e o empobrecimento de outros. Como é possível que a Saúde e a Educação não sejam consideradas funções essenciais do Estado? Por todos os aspectos mencionados, para que “O dia inicial e limpo” não escureça e se transforme em noite, é imprescindível que a luz do nosso entendimento e do nosso espírito crítico ilumine a nossa consciência e nos diga como agir. professor José António Abreu Pág. 2 de 18 PALAVRINHAS ACTUALIDADES Representação do Auto da Barca do Inferno Estaremos nós à beira do Inferno ou do Paraíso? O Clube de Teatro e os seus alunos, concretizando o seu plano de actividades, dinamizaram a representação de diversas cenas da peça Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. A representação decorreu no Ginásio Velho, no dia 15 Março, às 15h30m e dirigiu-se a todas as turmas do 3.º CEB e para algumas turmas do 2.º CEB. Estiveram presentes aproximadamente cento e oitenta alunos e um dezena de professores. ANO X - nº28 – Março de 2007 com o Centro de Formação “Ansiázere” e dinamizada pela Dr.ª Piedade Ramos, contou com a presença de um número considerável de docentes dos vários níveis de ensino do Agrupamento. Docentes empenhados em obter mais esclarecimentos sobre esta dificuldade específica, sentida na aprendizagem/utilização da linguagem em situações de leitura e de escrita e que afecta um elevado número de alunos das nossas escolas. Com esta iniciativa proporcionou-se, então, informação teórica pertinente e enquadradora da problemática da dislexia, desenvolveram-se capacidades no âmbito do diagnóstico e da intervenção educativa e entendeu-se que “A dislexia não é uma doença, mas sim uma mente diferente. Muitas vezes é uma mente brilhante – há conhecimento de disléxicos famosos, produtivos e bastante criativos. Cada um de nós é único, diferente de todos os outros, podendo lidar com a linguagem de forma diversa e peculiar”. (Orton Dyslexia Society) Paula Alexandra Lucas, Departamento de Educação Especial Carnaval 2007 Os cerca de 40 minutos da representação das cenas do Diabo e do Companheiro, do Fidalgo, do Sapateiro, do Joane, do Frade e da sua Florença, da Alcoviteira, do Judeu, e dos Cavaleiros foram de alegre diversão. Os costumes viciosos do início do século XVI foram expostos através do riso e da boa disposição, o melhor caminho, segundo Gil Vicente, para a sua correcção. Neste sentido, a arrogância do Fidalgo, o pretensiosismo do Sapateiro, a ingenuidade do Joane, a vaidade cortesã do Frade enamorado, a imoralidade da Alcoviteira, o falso cristianismo do Judeu, e, finalmente, a religiosidade dos Cavaleiros foram bem evidentes e explícitos a todos. As alunas que actuaram – Joana Boavida, Ana Contente, Carolina Calé, Beatriz Gertrudes, Filipa Leonor Mendonça, Eliana, Ana Subtil, Mónica, Ana Marques, Filipa - foram inexcedíveis e esforçadas na representação de um texto muito difícil. Por mais esta razão estão de parabéns. O coordenador do Clube de Teatro Acção de Formação: “Compreender a Dislexia” Realizou-se no passado dia 14 de Fevereiro, na Escola Básica 2,3 de Avelar, a Acção de Formação intitulada “Compreender a Dislexia”. Esta actividade organizada pelo Departamento de Educação Especial em colaboração AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Era uma vez… Muitos meninos e meninas que sonhavam com a chegada do Carnaval. - Vou ser príncipe! – Vou ser princesa! - Vou ser fada! – Eu sou o Zorro! - Vou ser palhaço! Vestiam a pele de heróis e deixavam que o sonho os levasse longe, como as histórias que ouviam contar! Também elas cheias de sonho que os transportava muito para além da imaginação Esses meninos somos nós. Vimo-vos apresentar várias personagens das histórias que muitas vezes nos fizeram sonhar. Os meninos do primeiro ano, da turma C retratam a história do «Coelhinho Branco» – Que tens tu coelhinho que estás tão triste? Os meninos do segundo ano, da turma D, representam a história do «Capuchinho Vermelho». «Pela estrada fora eu vou bem sozinha…». Ainda há mais meninos do segundo ano, são a turma F e decidiram mostrar-nos «Ai o meu João Ratão mais cozido que um feijão!». Já estão a ver que se trata da história da Carochinha. Os meninos do terceiro ano fazem-nos reviver as pilhagens com «Piratas a Bordo». Os meninos da turma E, (3º e 4º anos) representam uma história de amor e paixão vivida entre o nosso Rei D. Pedro I e D. Inês de Castro (castelhana). Por fim aparecem-nos os meninos da turma B que trouxeram com eles «A Branca de Neve e os sete anões». «- Espelho, espelho meu há alguém mais bela do que eu?» Poderia contar-vos bem mais, mas é aqui que termina a história do Carnaval dos meninos de Avelar. Pág. 3 de 18 PALAVRINHAS 4.º ano - turma B, E.B.1 de Avelar ANO X - nº28 – Março de 2007 Breves notícias do CLUBE EUROPEU Comemoração dos 50 Anos do Tratado de Roma – JUNTOS DESDE 1957 Em 1957, os seis países membro da Comunidade do Carvão e do Aço assinaram o Tratado de Roma. Cinquenta anos depois temos muito para comemorar. Hoje são vinte e sete os estados membros da União Europeia e temos garantida a PAZ no espaço europeu. No dia 25 de Março, em todas as vilas de Portugal vão ser comemorados os 50 anos do Tratado de Roma. Este tratado assinado em Roma, em 1957, deu início à actual União Europeia, na altura CEE – Comunidade Económica Europeia. Para esta festa estão convidados todos os alunos, encarregados de educação e comunidade em geral. Haverá um grande concerto da Sociedade Filarmónica Avelarense e, pelas 16 horas, em todo o país tocar--se-á o Hino da Europa. Contamos convosco! Todos JUNTOS, no Domingo, dia 25 de Março, na Praça Costa Rego. Clube de Fotografia VI Encontro Europeu Olá, rapaziada, cá estamos de novo! No clube de fotografia neste período aprendemos a criar sites e a fazer texto animado, no sítio http://www.3dtextmak er.com. Estivemos também a criar sites no Google pages. Vejam o sítio do João Paulo do Clube da Fotografia: http://j2006silv.googlepages.com/home onde está um texto do Clube de Fotografia criado no sítio www.3dtexmaker.com. Fotografámos inúmeras coisas como a oficina de conservação e restauro no âmbito do Clube dos Amigos Biblioteca e ficámos surpreendidos com o trabalho espectacular que fazem nesta oficina. Estivemos na semana da ciência, no basquetebol e foi muito divertido aprender a criar galerias fotográficas com o PowerPoint. Vê as fotos no nosso sítio na intranet em http://servidor/cfoto. Os elementos do Clube de Fotografia AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR O VI Encontro Europeu decorrerá no nosso concelho de 7 a 11 de Maio de 2007. Neste encontro contamos com alunos das escolas parceiras do projecto Comenius, de Alemanha, Espanha, França e Suécia. Vamos JUNTOS trabalhar a temática do Tratado de Roma. Contamos com todos para recebermos bem os nossos parceiros! Em Dezembro passado, respondemos ao pedido do Centro de Informação Europeia de Sófia, na Bulgária, e elaborámos vários postais de Boas Vindas à União Europeia da Bulgária e da Roménia. Os cerca de 700 postais recebidos estiveram expostos numa exposição em Sófia durante o mês de Janeiro e, até ao dia 9 de Maio, Dia da Europa, irão percorrer todas as escolas da Bulgária. De Portugal, foram enviados postais dos alunos do Clube Europeu da nossa escola e da Escola Eugénio de Castro de Coimbra. Estamos a colaborar na elaboração da revista on line School Post com outras escolas Europeias, nossas parceiras no projecto eTwinning Nice to meet you. Podem ler em: http://www2.edu.fi/magazinefactory/magazines/Salvelanri nteenkoulu/?str=40. Sítio do Clube Europeu Sigam o nosso trabalho em http://agavelar.ccems.pt/europa Pág. 4 de 18 PALAVRINHAS ANO X - nº28 – Março de 2007 Clube do Desporto Escolar Corta-Mato distrital Decorreu no dia 9 de Fevereiro o corta-mato distrital em Porto Mós. A escola de Avelar participou com 33 alunos. Não obtivemos nenhum lugar que nos permitisse seguir para os nacionais, no entanto, ao participarem nesta prova, os alunos viram reforçados hábitos de vida saudáveis, complementaram o trabalho realizado nas aulas de Educação Física, puderam competir e mostrar que têm espírito desportivo. Estes são, sem margem para dúvidas, os resultados a ter em consideração no final de todas as actividades desportivas. Esta foi a Classificação para os três primeiros: Esta foi uma iniciativa plena de sucesso, com as mais diversas actividades a decorrerem ao longo dos dois dias, divididas pelos alunos do terceiro ciclo. De destacar, no primeiro dia, a presença de uma equipa do Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, que realizaram uma interessantíssima demonstração de equipamentos industriais para os alunos do 9º ano. Já no segundo dia decorreram as mais variadas actividades experimentais, através de um “Laboratório Aberto”, que teve como destinatários os alunos do 7º e 8º anos. Tal actividade despertou uma grande curiosidade entre todos os intervenientes, que se divertiram muito com as experiências realizadas. Foram pois dois dias recheados de eventos, que tiveram sempre uma grande participação e interesse de todos os intervenientes. Os professores de Ciências Físico-Naturais Projecto Piloto EdgeBox Nome Simone Carvalho Sónia Carvalho Paula Oliveira Escalão Gén infantis a infantis a infantis a F F F Class. Avelar 1º 2º 3º NOTA: Estão fotos de todas as actividades na página do desporto escolar www.agavelar.ccems.pt/desportoescolar Dia da Ciência Uma iniciativa de sucesso! Foi nos passados dias 29 e 30 de Janeiro que, promovido pelos professores do grupo disciplinar de Ciências Físico Naturais, se realizou o Dia da Ciência na nossa Escola. AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR O Agrupamento de Escolas de Avelar (EB 2,3 e EB 1 de Avelar) teve, desde meados do ano lectivo anterior até ao passado dia 18 de Fevereiro, um novo Projecto no âmbito das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Este projecto esteve também a ser testado em outras onze escolas nacionais a saber: EB 2,3 Quinta de Marrocos – Lisboa; ES José Belchior Viegas – Algarve; EB 2,3 de Avelar; EB 1 de Avelar; ES de Pombal; ES Camilo Castelo Branco; EB 2,3 da Galiza; EB 1 n.º1 de S. João do Estoril; ES Eça de Queirós; ES do Monte de Caparica; EBI Charneca da Caparica e ES José Gomes Ferreira. De uma forma resumida, permite fazer o controlo do tráfego de Internet – filtragem de sítios menos próprios, através do bloqueamento do domínio do sítio ou mesmo da palavra na URL que se está a pesquisar num motor de busca como por exemplo o Google. Tem a capacidade de correio electrónico (p.e. [email protected]), portal de Escola e pode-se aceder do exterior ao servidor da Escola usando uma VPN (Virtual Private Network). Permite, também, a uma escola que ainda não possui Servidor, que passe a ter um computador central que guarda todas a informação dos computadores onde alunos, professores e funcionários trabalham. Pág. 5 de 18 PALAVRINHAS Este Projecto teve como parceiros o Ministério da Educação (CRIE), a FCCN e a UMIC, para além da empresa Critical Software de Taveiro, que desenvolveu o servidor Linux instalado nas EB 1 e EB 2,3 de Avelar. Para apoiar o agrupamento na sua implementação, tivemos o apoio do Centro de Competência Entre Mar e Serra. Mas que mais valias trouxe à realidade TIC destas duas escolas, já muito bem dotadas a este nível? O controle do tráfego da Internet foi muito melhorado, o Router de banda larga que nos dá a Internet está muito mais estável, mas o acesso de casa ao servidor, aos dados, é a grande mais valia que fará o nosso agrupamento dar um novo salto nas Novas Tecnologias. O nosso agrupamento está cada vez melhor dotado de meios nas TIC. Temos uma razão de 2,6 alunos para cada computador existente no Agrupamento, uma média muito acima da nacional. É necessário contudo usar cada vez melhor os computadores ao serviço do ensino e da aprendizagem dos nossos alunos. Este é um caminho que está facilitado e que ajuda na motivação dos nossos alunos para aprenderem. O coordenador do projecto, Prof. Mário Marinho Encontro com a escritora Sandra Pinto No dia 29 de Janeiro de 2007, na sala 15 da nossa escola, alguns alunos dos 2º e 3º ciclos encontraram-se com a escritora Sandra Pinto, natural da Póvoa de Varzim. Sandra Pinto gosta muito de escrever, mas infelizmente só escreve nos tempos livres. Um dos seus livros mais conhecidos é “Apaixono-me sempre pelo rapaz errado”, que é a obra mais aconselhada para raparigas adolescentes. Ela própria disse que não conseguia escrever livros para rapazes, pois eles têm uma maneira de pensar diferente das raparigas. Acrescentou ainda que gosta de escrever para adolescentes por ser uma idade em que o sonho ainda domina. O único livro que escreveu para adultos foi “Promessa de uma vida a dois”. Sandra Pinto irá continuar a escrever, pois já vai no seu quarto livro. As obras que escreveu foram inspiradas na realidade, ou seja, em histórias da sua adolescência com alguns dos seus amigos e conhecidos, e outras foram inventadas por ela. Quando ela termina um livro, volta a lê-lo no caso de haver eventuais erros para corrigir. Demorou seis meses para escrever o seu primeiro livro, mas quando ele foi publicado ficou muito feliz, e já vai na segunda edição. Devo dizer que todos os meus colegas presentes neste encontro gostaram muito dela. A Sandra Pinto também gostou muito dos meus colegas, achou-nos bastante educados, entusiasmados e interessados, pois tínhamos muitas perguntas para lhe fazer. ANO X - nº28 – Março de 2007 No dia 7 de Fevereiro de 2007, as turmas de 9.º anos da Escola Básica 2º e 3º Ciclos de Avelar fizeram uma visita de estudo à fábrica da Ciência Viva a Aveiro. Saímos por volta das 08h30 minutos, com três professores, a professora de Tecnologias de Informação e Comunicação, o professor de Matemática e a professora de Educação Visual. Pelo caminho, parámos numa estação de serviço para lanchar e ir à casa de banho. Depois, voltámos a estrada e seguimos até à Fábrica, onde fomos bem recebidos. Dividimo-nos em grupos, por turmas, onde o monitor nos levou a ver robôs. Começámos por ver um robô lúdico que arrumava as bolas no sítio, um robô que fazia desenhos com canetas. Vimos também um robô que apanhava materiais e vimos uma corrida de micro ratos. No fim de conhecermos vários robôs, vimos “tipo” um filme de robôs, um jogo de futebol e uma dança de robôs. No fim de vermos robôs, fomos para um laboratório com o monitor Filipe que nos esteve a ensinar a fazer pasta de dentes. No fim de sairmos do laboratório, fomos para a cozinha com a monitora Maura que esteve a explicar tudo sobre como fazer pão. Depois da explicação, começamos a fazer pão. No fim de tudo, fomos almoçar ao Fórum e onde passeamos um bocado. No fim, voltámos à Fábrica a pé onde estivemos durante toda a tarde. Voltámo-nos a dividir em grupo e fomos primeiro à sala dos jogos matemáticos, onde estivemos a jogar o ouri, o hex e o amazonas. Depois fomos para uma sala de legos, onde estivemos a montar um robô e a programá-lo para eles andarem na pista. Por fim, fomos para uma sala, onde tivemos a ouvir um senhor a falar sobre as nano-tecnologias. E para acabar vimos um filme 3D, com uns óculos próprios. No fim, viemo-nos embora para o Avelar. Gostei da visita de estudo, sobretudo de fazer robôs, pão e a pasta de dentes. Ana Rita Deus Silva, n.º 2, 9ºA Visita de Estudo à Escola da Ponte No passado dia 19 de Janeiro de 2007, realizou-se a Visita de Estudo à Escola da Ponte. Esta actividade, promovida pelo Departamento de Educação especial, contou com a presença de professores/representantes dos diversos departamentos curriculares do Agrupamento de escolas de Avelar, bem como com representantes do seu Conselho Executivo. Participaram também representantes dos Órgãos de Gestão dos Agrupamentos de Ansião e de Alvaiázere e do Centro de Formação “Ansiázere”, do qual fazem parte estes Agrupamentos de escolas. Alexandra Correia, n.º 1, 8.º B Visita de Estudo à Fábrica – Centro Ciência Viva AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Pág. 6 de 18 PALAVRINHAS ANO X - nº28 – Março de 2007 Acção de formação sobre o Racismo e a Xenofobia Esta visita incluiu a observação/participação dos visitantes na dinâmica da sala de aula, distribuídos pelos seis anos de escolaridade (1º e 2º Ciclos do Ensino Básico), bem como a observação da Assembleia de Escola, tendo havido, deste modo, a possibilidade de serem observadas e registadas pedagogias diferentes e inovadoras, no âmbito do modelo da Escola Moderna. Dum modo geral, considerou-se ser uma actividade diferente, inovadora e enriquecedora para todos os que nela participaram. Professora Paula Lucas, Departamento de Educação Especial Visita de Estudo ao Museu da electricidade e ao Museu da Calouste Gulbenkian No dia 7 de Março deste ano realizou-se na nossa escola uma Acção de sensibilização sobre problemas relacionados com o Racismo e a Xenofobia, temáticas que estavam a ser tratadas quer em Formação Cívica quer em Língua Portuguesa (estudo do texto narrativo Uma Questão de Cor). Esta actividade foi organizada e dinamizada pelos alunos e directora de turma do 8.º A que convidaram a Associação S.O.S Racismo e o seu rosto mais visível José Falcão. Nesse princípio de tarde, depois da leitura do poema de António Gedeão “Lágrima de Preta” por duas alunas, José Falcão abordou a questão do Racismo e da Xenofobia na sociedade portuguesa, contando histórias sobre casos concretos em Portugal que evidenciam ainda muito preconceitos dos portugueses quanto à raça e culturas diferentes que existem no nosso país. Depois, antes de terminar, encetou um diálogo connosco para saber a opinião que nós tínhamos sobre os assuntos em questão e esclareceu-nos algumas dúvidas, sempre através duma linguagem simples e adequada à nossa idade. A concluir, podemos afirmar que o encontro com a Associação S.O.S Racismo, à qual agradecemos a disponibilidade e amabilidade manifestadas, foi importante, pois ficámos a conhecer aspectos que não conhecíamos muito bem. No dia 28 de Fevereiro, os alunos do oitavo ano foram em visita de estudo a Lisboa, onde visitaram os museus da Electricidade e Calouste Gulbenkian. “Nesta visita de estudo achámos muito interessante o museu da electricidade, adorámos fazer as inúmeras experiências, mas também observar o percurso da produção de energia eléctrica no início do século XX. Ficámos impressionados com a dimensão das caldeiras e das turbinas. Ficámos, ainda, fascinados com o museu Calouste Gulbenkian e as suas obras de arte, principalmente com as diferentes pinturas, estilos, técnicas e materiais utilizados. A pintura vista ao “vivo” é ….”outra coisa”! Mas mais do que tudo, desta visita destacamos o agradável convívio entre todos os que nela participaram” Alunos do 8ºAno AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Os alunos do 8.º A CRIAÇÕES A liberdade O mar é quem me liberta, Quem me faz sentir bem, Apenas pela sua calma e Por não pertencer a ninguém. Se eu fosse como o mar, Só havia paz no mundo, Pois eu estenderia os meus braços E o terrorismo acabaria num segundo. Pág. 7 de 18 PALAVRINHAS ANO X - nº28 – Março de 2007 Quem não gosta do mar, É porque não sabe sentir O seu canto de embalar Na hora de partir. Furacões e Inundações A liberdade da água, Dos pássaros, do sol, do ar São o sorriso de um menino, Sentado na praia a brincar. Para que dizer que se é livre Se não se entende a liberdade? Mais vale dizer que não o somos Por culpa da mentalidade. Carla Henriques, n.º 9, 8.º B DAR A CONHECER A minha escola na Ucrânia Na Ucrânia, a minha escola chamava-se Zahalihinho Osvitnha Scola II e III de Kamiyanke. Era muito diferente da Escola E. B. 2,3 de Avelar. No Inverno, trazíamos almofadas para nos sentarmos nas cadeiras sem termos frio. Todos os dias íamos ao quadro e tínhamos uma nota na nossa caderneta. Os alunos que escreviam mal tinham umas canetas compridas, que assentavam no ombro, para escreverem a direito. A nossa professora ensinava a ler também com o livro de pernas para o ar. Quem queria almoçar na cantina, no início do ano tinha de levar alimentos crus, como legumes. A escola oferecia a carne e o peixe. Todos os meses levávamos vassouras de casa e limpávamos a Escola toda. Vladislav Holubnichiy, 6.º C Como sabem há muitas inundações no nosso país principalmente nesta estação do ano. As povoações que vivem perto de rios ou praias são as mais atingidas com inundações fortes e violentas que podem causar desalojamento e muita angústia. Uma das formas de prevenir uma inundação é estar bem informada a seu respeito. Na nossa terra (Avelar) não há muitas inundações, pois não estamos perto de mar ou rio, mas isso não quer dizer que não chova e não aja mau tempo. Por vezes há problemas com enxurradas, não são problemas muito fortes, mas há estradas que tem de ser arranjadas para não haver uma inundação, ou porque as chuvas fortes as danificaram, árvores que têm de ser cortadas para não caírem em cima de casas ou porque caíram na estrada. Há cada vez mais inundações e catástrofes naturais, porque nós, humanos, estragamos e poluímos o nosso Planeta. Um furacão é um “remoinho” de vento que arrasa com todo o que tiver a frente e vai a uma velocidade estupenda. O maior furacão que houve foi em 3 de Setembro de 2005. Em Setembro passado, um furacão de categoria 5 fustigou a pequena ilha de Cuba com ventos de 160 milhas por hora. Mais de 1,5 milhões de cubanos foram evacuados para território mais alto para lá da tempestade. Embora o furacão tenha destruído 20.000 casas, ninguém chegou a morrer. Diogo Sousa, Patrícia Duarte, Marco Duarte, Carla Duarte, 7. A A minha escola na Roménia Liberdade O nome da minha escola era Scoala nos. 29 Nicolae Romanesc. Era uma escola diferente. Na Roménia, os melhores alunos vão para escolas com professores mais exigentes e que ensinam coisas mais complicadas. Esta escola era muito grande, tinha três pisos e setenta salas. Duas delas eram a Sala dos Professores e a Secretaria. Não podíamos ficar na Biblioteca a ler, só para requisitar livros para ler em casa, durante duas semanas. Quem não respeitava as regras da escola tinha de pagar uma multa e quem fazia coisas graves (por exemplo, não respeitar os professores) era expulso da escola. A escola não tinha funcionários, tinha câmaras de filmar e, à entrada, tínhamos de marcar um código de entrada. Cada turma tinha um código diferente. Não havia cantina e não tomávamos banho depois de Educação Física, porque as aulas eram as últimas e tomávamos em casa. No final de cada ano, fazíamos viagens às zonas mais turísticas do país. Nas zonas montanhosas pouco altas, fazíamos alpinismo. Karla Nedelcovich, 6º A AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR A palavra "liberdade" significa a condição de um indivíduo não ser submetido ao domínio de outro e, por isso mesmo, de ter poder sobre si mesmo e sobre os seus actos. A capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o mundo que o rodeia é o que confere ao homem o sentido da liberdade, entendida como expressão da vontade humana. Teorias filosóficas e políticas de todos os tempos tentaram definir liberdade quanto a determinações de tipo biológico, psicológico, económico, social, etc. As concepções sobre essas determinações nas diversas culturas e épocas históricas tornam difícil definir com precisão a ideia de liberdade. O consenso universal reconhece a responsabilidade do indivíduo sobre as suas acções em circunstâncias normais, e em razão disso premia-o por seus méritos e castiga-o por Pág. 8 de 18 PALAVRINHAS seus erros. Considerar que alguém não é responsável pelos seus actos implica diminuí-lo nas suas faculdades humanas, uma vez que só aquele que desfruta plenamente da sua liberdade tem a sua dignidade reconhecida. O homem tende a exercer a liberdade em todas as acções externas. Quando elas são cerceadas, frustram-se o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo e desprezam-se os seus direitos e sua dignidade. Entretanto, apesar de toda a violência externa (e em certo grau também as pressões internas), as pessoas são muitas vezes capazes de manter a liberdade de arbítrio sobre os seus actos internos (pensamentos, desejos, amor, ódio, consentimento moral ou recusa), preservando assim sua integridade e dignidade, como acontece com pessoas submetidas a situações extremas de privação de liberdades. Foram as próprias dificuldades teóricas inerentes ao conceito de liberdade que levaram as ciências humanas e sociais a preferirem o termo plural e concreto "liberdades" ao ideal absoluto de "liberdade". Assim, deixando de lado a discussão especificamente filosófica e psicológica, considera-se, cada vez mais, a liberdade como soma das diversas liberdades específicas. Fala-se correntemente em liberdades públicas, políticas, sindicais, económicas, de opinião, de pensamento, de religião etc. Embora tal procedimento não resolva o problema teórico da natureza da liberdade, pelo menos possibilita avançar na reflexão e nos esforços para ampliar, cada vez mais, o exercício de uma faculdade de importância primordial na vida dos homens e das sociedades. Hélder Duarte, Carlos Albasini, Miguel Ângelo, Jessica Nunes, André Tavares, a partir do site http://www.renascebrasil.com.br/f_liberdade2.htm (Área de Projecto - Prof. Marília Batalha) Receita: Bolo de fruta Ingredientes: 6 ovos 10 colheres de sopa de açúcar 10 colheres de sopa de farinha 1 colher pequena de fermento 4 colheres de sopa de óleo Pedaços de fruta fresca (kivi, ananás, laranja) Creme 1 250g de leite 100g de manteiga 5 colheres de sopa de chocolate quente 6 colheres de sopa de açúcar Creme 2 2 pacotes de natas batidas em chantilly Modo de Preparação Massa: AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR ANO X - nº28 – Março de 2007 Separar as gemas das claras. Bater as claras em castelo e juntar o açúcar. Depois de misturar a farinha e juntar as seis gemas, uma a uma, sem parar de mexer. Juntar o fermento e finalmente as quatro colheras de óleo. Levar ao forno, previamente aquecido a 180.º, numa forma redonda (sem buraco no meio), untada com manteiga e polvilhada com farinha. Creme 1 Num tacho, levar ao lume o leite com manteiga até esta derreter completamente. Juntar o chocolate quente, colher a colher, e o açúcar. Deixar ficar em lume brando até o creme engrossar. Depois do bolo frio, é preciso cortá-lo horizontalmente em três partes iguais e cobrir a primeira porção de bolo com uma camada de creme de chocolate e uma camada de frutas; colocar outra porção de bolo e cobri-la com uma camada das natas batidas e uma camada de frutas. Depois, deve-se espalhar sobre a última porção de bolo o resto de creme que deverá cobri-lo na totalidade. Se tiver sobrado algum creme de chocolate, pode colocarse também por cima. Cornel Corici, 7.º A Uma receita romena: Mingi de zapadá cu cacao Ingredientes: Farinha – 200g Margarina – 250 g Açúcar em pó – 120 g Cacau – 3 colheres de sopa Noz em pó – 2 copos Açúcar baunilhado – 1 pacote Preparação: Mistura-se o açúcar com a margarina até obter um creme com espuma. Depois deita-se a farinha, as nozes, o cacau e o açúcar com baunilha e mexe-se muito bem até a massa ficar elástica. Fazem-se bolas da dimensão de uma noz e levam-se ao forno num tabuleiro untado e polvilhado com farinha a temperatura média, durante vinte minutos. Quando as bolinhas estão prontas, depois de arrefecerem, polvilhamse com açúcar baunilhado. Karla Nedelcovichi, 6.º A Uma receita ucraniana: Borch Ingredientes: Arroz – 500 g Uma cebola Uma cenoura Duas colheres de polpa de tomate ½ Kg de carne Sal q.b. Especiarias Pág. 9 de 18 PALAVRINHAS ANO X - nº28 – Março de 2007 Três copos de água Preparação: Frita-se a carne em óleo numa frigideira. Tempera-se com pimenta e sal a gosto. Picam-se a cebola e a cenoura e misturam-se com a carne. Juntam-se folhas de louro e duas colheres de sopa de polpa de tomate. Acrescentam-se três copos de água e deixa-se ferver. Quando ferver, deita-se o arroz e rectifica-se o sal. Vladislav Holubnychiy, 6.º C Nomes com história A Diana é uma aluna da nossa escola, embora resida em Pombal. Quando lhe perguntam onde estuda e ela refere a vila de Avelar, algumas pessoas parecem desconhecer esta terra. Quando a Diana nos contou isto ficámos chateados…Ups, desculpem! “chateados” não se deve dizer, porque é calão. Pois, então, ficámos desapontados. Desapontados, mas decididos a mostrar que o Avelar existe mesmo. Para isso, resolvemos investigar a origem do nome e um pouco da história desta freguesia e do concelho de Ansião, onde se insere. Que conclusões tirámos e como chegámos até elas? Com estas modernices da Internet, isso até é tarefa fácil: toponímia/ Ansião/Avelar/pesquisar…Enter, e já está! Não, afinal ainda não está. É que resolvemos juntar às “modernices da Internet” um pouco da sabedoria popular, através das lendas que nos foram contadas pelos nossos avós, pais, vizinhos, etc. régio de 31 de Dezembro de 1836, o Avelar perdeu esse estatuto. Podemos dizer que andou à deriva durante alguns anos, tendo chegado a integrar o Concelho de Figueiró dos Vinhos. Finalmente foi desanexado daquele concelho, em 1895, sendo integrada no Concelho de Ansião. Passou a ser de novo Vila, em Julho de 1995. E Ansião? Fica perto, pertinho de Avelar, apenas a dez quilómetros. É a sede do Concelho, situado na parte Norte do Distrito de Leiria, e constituído por oito freguesias, uma das quais é o Avelar. Ansião é um concelho rural de tradição histórica, cujas origens remontam aos tempos pré-históricos, e dizem-nos que há 190 milhões de anos todas estas terras estavam submersas. Ansião foi feita vila para ser dada a D. Luís de Menezes 3.º Conde da Ericeira, como prémio do valor na batalha do Ameixial (1663). A bandeira é esquartelada de branco e púrpura, cordões e borlas de prata e púrpura. Dentro de círculos concêntricos os dizeres Vila de Ansião. Com estas armas fica simbolizada a fertilidade local e as qualidades dos seus naturais. Quanto à origem do seu nome, diz o povo que, nas suas viagens entre as cortes de Lisboa e Coimbra, a Rainha Santa Isabel tinha por hábito parar nas proximidades da nascente do rio Nabão. Aqui descansava, tomava banho, conversava com os populares. Dizem que havia um homem, pobre velho (ancião) a quem a Rainha sempre dava esmola. Por essa razão, a terra passou a chamar-se Ancião. Com o passar dos anos, não se sabe bem porquê, passou a escrever-se Ansião e assim permanece até hoje. Falemos primeiro do Avelar. Pelo que pudemos investigar, as aveleiras, ou avelaneiras, tiveram uma grande importância nesta terra e estiveram na origem do seu nome. Pensa-se que o nome “Avelar” tem origem no latim avellanale- terreno onde crescem aveleiras. A população acredita que é devido ao facto de estas árvores crescerem em abundância por aqui que se deu o nome de Avelar a esta vila. Por essa mesma razão, o seu brasão tem uma aveleira no centro. Em 1514, D. Manuel I concedeu foral novo a Avelar, que passou então a ter estatuto de vila. Por decreto AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Trabalho colectivo da Turma B do 6.º Ano Pág. 10 de 18 PALAVRINHAS ANO X - nº28 – Março de 2007 OPINIÕES Textos elaborados na disciplina de Língua Portuguesa, em oficina de escrita O que é para mim a Liberdade? A Liberdade é correr, saltar, brincar, cantar sempre que nos apetecer e sem ter que dar satisfações a ninguém. É poder gritar mais alto e no fim sermos ouvidos e devidamente compreendidos. Muitas vezes pensamos que somos livres, mas não o somos, estamos presos a alguma coisa que nos agarra com toda a sua força e não nos deixa mais sair. Na minha opinião, não é qualquer um que consegue ser livre, pois só alguém muito forte é que consegue libertar-se. A liberdade é, pois, poder dizer, fazer ou mesmo até pensar em tudo o que quisermos, mas de uma forma consciente. Todos, não esqueçamos, temos obrigações e há que cumpri-las. Temos de trabalhar, de estudar, de comer, de respirar, e de viver… Ana Catarina Soares, n.º 1, 8.º A Liberdade para mim é uma palavra muito complicada, com muitos obstáculos pela frente. É um sentimento com asas para voar e aquilo, também, que faz com que muitas vezes façamos coisas que nos prejudicam. Se não tivéssemos Liberdade não podíamos andar, falar…estávamos impedidas de viver. Não, Liberdade não é aquilo que um adolescente pensa, tal como eu. É algo extraordinário, fácil de ver. O que é a Liberdade realmente? Agora mesmo estou a libertar o meu pensamento. É impossível viver sem liberdade estar temerosa. Perguntei-lhe se não lhe despertara a confiança, e respondeu-me que apenas temia por ter de dispor de muito do meu tempo. Sosseguei-a e pedi que se sentasse e abreviasse, no tempo, a grande curiosidade que em mim havia despertado. Foi então que Maria Liberdade, desenrolando um enorme papel, amarelecido pelo tempo, desfiou um rosário de letras que formaram frases, umas doces, outras amargas, de lutas que encetou ao longo da história da humanidade. Falou-me dos ideais iluministas da França do século XVIII, que pretenderam romper com as desigualdades sociais; narrou-me usos e abusos daqueles que, falsificando seu verdadeiro cartão de identidade, cometeram atentados contra o ser humano; mostrou-me retratos de almas doentes por terem de conviver com as mordaças do silêncio... Atenta, franzi o sobrolho de preocupações que minavam a minha alma. De repente, calámo-nos e apertámos as mãos num silêncio absoluto. Não falámos mais, mas ambas percebemos que a vida de Maria Liberdade e a minha dependeria desse acto de união. Longe vai o tempo que Maria Liberdade me visitou de forma tão inesperada. Vejo-a revendo-me, porque nunca mais fora preciso que trocássemos correspondência ou visita. Hoje, por sentir que Maria pode estar enferma, vou enviar-lhe um e-mail a perguntar-lhe: - Porque aceitas tu, Maria, que te fragilizem? Afinal não deveria estar tudo bem contigo? Não deverias saber que apenas mudou a forma de pormos a conversa em dia? Afinal por que esmoreces, se havias combinado que não tornarias a vaguear para contar outras e novas maleitas do mundo? Professora Filomena Cunha Educação em casa é precisa... Andreia Silva, n.º 2, 8.º A Poder dizer o que penso é poder sem quem sou e fazer o que mais gosto sem regras: não ter horas para comer, não ter trabalhos para fazer nem casa para limpar. Ah, já me esquecia, ter saúde para gastar. Para mim isso é Liberdade, mas tem de ser consciente. Juliana Silva, n.º 13, 8.º A Chama-se Maria Liberdade Quando Maria Liberdade bateu à porta de minha casa pediu-me que a escutasse, antes de lhe dar hospedagem. Dizia-me ela que não queria trair a franqueza que eu demonstrara ao escancarar os portões trancados do meu eu. Confesso, não minto, que esperava ouvir um relato com grandes novidades, por sentir que naquele tempo os ensinamentos dos meus livros escolares enformavam o meu poder de opinião... Mas Maria Liberdade pareceu-me AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Hoje em dia, os adolescentes utilizam a liberdade de forma pouco correcta, porque um número significativo de pais não é tão responsável quanto devia. Andam tão empenhados e absorvidos com o trabalho, que parecem esquecer os seus próprios filhos; jovens que, muitas vezes, ficam entreguem à solidão e à revolta. Estes comportamentos que, pela sua violência, influenciam o rendimento escolar, a socialização e a sexualidade podem, em casos extremos, levar ao suicídio. É, assim, que grande parte dos adolescentes se torna rebelde, pensando só em si, como se de um surdo se tratasse. Ele precisa de pais em casa, porque o adolescente responsável é aquele que tem pais muito chegados, para que com eles aprenda a crescer para se vir a tornar um adulto feliz. Andreia Silva, n.º 2, 8.º A Pág. 11 de 18 PALAVRINHAS O Racismo Eu não concordo com o racismo. Também acho que algumas personagens do conto “Uma questão de cor” agiram muito mal para com o Daniel. Quando o Daniel chegou a casa de Nina, era para ficar no escritório, mas como tinha asma não pôde ser, pelo que teve de dormir no quarto de Nina. Primeiro, ela não aceitou muito bem a ideia, mas a mãe e o pai convenceram-na e ela cedeu. É um exemplo de rejeição do “diferente” que mostra a dificuldade de Nina em adoptar o Daniel. Um exemplo de discriminação social foi quando o pai e o avô vinham de visitar a avó ao hospital. Como os médicos não os deixaram ver a avó Olga, o pai ficou irritado e achou que tinham sido tratados como ciganos. O desabafo pouco feliz dele provocou alguma indignação no Daniel, pois achou o tio racista. Um exemplo de discriminação maldosa foi quando o Vítor chamou um grupo de amigos para gozarem com o Daniel, atirando-lhe líquidos nojentos e bombinhas de Carnaval, exibindo um comportamento infantil. O último exemplo de discriminação que revela ignorância e maldade foi quando os senhores e as senhoras que iam no autocarro começaram a dizer mal dos “pretos”, achando que eles deveriam ir para a terra deles. O problema da discriminação racial é grave, por isso não discriminem ninguém! Este é o meu apelo para acabar com o racismo. Lara Serra, nº13, 8.º B Racismo e xenofobia Hoje em dia, o racismo está em toda a parte. Muitas vezes as pessoas deixam-se levar por outras, ou seja, se aquele meu amigo goza ou acha piada que gozem com pessoas que considera serem diferentes, lá vamos nós, adolescentes, fazer coro para agradarmos. Afinal nós somos amigos... Eu sou da opinião que muitas vezes as crianças são racistas sem saber o que estão a fazer ou até porque são influenciados em casa. O racismo, a meu ver, é uma indelicadeza para com a diferenças culturais dos povos que no mundo deviam dar as mãos para construírem a paz. Para mim, só existe uma única raça, a raça humana, que deve ser respeitada, tendo em conta as diferentes “cores”, culturas e religiões. Hoje em dia, só é racista quem quer, porque é-nos dada muita informação, inclusivamente na televisão, um dos meios de comunicação mais utilizados por todos e que quotidianamente aborda este assunto. Eu sou completamente contra o racismo e não compreendo as pessoas que o são. Ana Catarina Soares, n.º 1, 8.ºA OS MEUS POEMAS Os textos poéticos que se seguem cantados por Paulo de Carvalho e José Afonso serviram de senha aos militares AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR ANO X - nº28 – Março de 2007 revolucionários no dia 25 de Abril de 1974. Estes textos simbolizam, pois a Liberdade. Paulo de Carvalho : E depois do Adeus Música: José Calvário Letra: José Niza (vencedora do festival da canção de 1974) A 1ª senha, para o início das operações militares a desencadear pelo Movimento das Forças Armadas, foi dada por João Paulo Dinis aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa: «Faltam cinco minutos para as vinte e três horas. Convosco, Paulo de Carvalho com o Eurofestival 74, E Depois do Adeus ...». Quis saber quem sou O que faço aqui Quem me abandonou De quem me esqueci Perguntei por mim Quis saber de nós Mas o mar Não me traz Tua voz. Em silêncio, amor Em tristeza e fim Eu te sinto, em flor Eu te sofro, em mim Eu te lembro, assim Partir é morrer Como amar É ganhar E perder Tu vieste em flor Eu te desfolhei Tu te deste em amor Eu nada te dei Em teu corpo, amor Eu adormeci Morri nele E ao morrer Renasci E depois do amor E depois de nós O dizer adeus O ficarmos sós Teu lugar a mais Tua ausência em mim Tua paz Que perdi Minha dor que aprendi De novo vieste em flor Te desfolhei... E depois do amor E depois de nós O adeus O ficarmos sós Pág. 12 de 18 PALAVRINHAS ANO X - nº28 – Março de 2007 Ficha Técnica CANTAR A LIBERDADE A Canção «Grândola Vila Morena», escrita e cantada por José Afonso, foi outra senha para que o Movimento das Forças Armadas avançasse para a revolução dos cravos na madrugada de 25 de Abril de 1974. Propriedade e Edição: Colaboradores: Escola Básica 2/3 de alunos do clube A Palavra Avelar, do e Fotografia; alunos que Agrupamento Vertical contribuíram com textos; das Escolas de Avelar. professores Filomena Dinamizadores: Pedro Anabela Monteiro, Clubes A Palavra e Margarida Meneses, Fotografia Isabel Serra; Ricardo Responsáveis: Pimentel; Raquel Em cada esquina um amigo Em cada rosto igualdade Grândola, vila morena Terra da fraternidade Prof. José António Ferreira; Filomena Abreu Cunha; Conceição Prof. Mário Júlio Ferreira; Eunice Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada rosto igualdade O povo é quem mais ordena Marinho Oliveira, Ana Vitorino, Composição Nídia Valente, Marília informática: Batalha e Isabel À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade Jurei ter por companheira Clube A Palavra e Lourenço; Equipa da Fotografia Biblioteca; Clubes Grândola, vila morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti, ó cidade Dentro de ti, ó cidade O povo é quem mais ordena Terra da fraternidade Grândola, vila morena Visita o Palavrinhas On-Line Europeu e Informática. http://agavelar.ccems.pt/palavrinhas Visita o sítio do nosso agrupamento dedicado a recursos temáticos para todas as disciplinas. Aqui podes encontrar muios links interessantes para todas as disciplinas: http://agavelar.ccems.pt/recursosweb AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Pág. 13 de 18 PALAVRINHAS ANO X - nº28 – Março de 2007 Seguranet SITEADOS Centro de documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra Liberdade na Internet? Pois, mas é preciso navegar em segurança para que a tua liberdade não seja invadida por estranhos que reúnem informações na Internet a teu respeito. Neste sítio, Seguranet, há muita informação e jogos para aprenderes a navegar em segurança. O que te traz à memória o 25 de Abril de 1974? Mais liberdade em Portugal? Neste sítio existe muita informação sobre esta data tão importante para os portugueses: “imagens, sons e textos que marcaram a história da transição democrática portuguesa” http://www.seguranet.crie.min-edu.pt/segura ------ :: ------ :: ------ http://www.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=HomePage ------ :: ------ :: ------ Declaração Universal dos Direitos Humanos Centro de Informação das nações Unidas Artigo 1°: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade” http://www.unhchr.ch/udhr/lang/por.htm ------ :: ------ :: ------ Parlamento Europeu Questões como a justiça e a cidadania são fundamentais para a liberdade das pessoas. Pode ler-se neste sítio da Amnistia Internacional muita informação sobre aquilo que em Portugal e no mundo se faz, ou não, pelos Direitos Humanos. Quando os direitos humanos não são respeitados, a liberdade do ser humano está em causa. “25 anos de campanhas em prol dos Direitos Humanos . Ao longo de mais de 9100 dias, conseguimos libertar muitos prisioneiros de consciência, salvar pessoas da tortura, impedir execuções, alterar leis injustas, proporcionar segurança a refugiados de conflitos, denunciar espancamentos à mão da policia, melhorar as condições prisionais. Infelizmente ainda não está tudo resolvido”. http://www.amnistia-internacional.pt ------ :: ------ :: -----UNICEF Portugal http://www.europarl.europa.eu/news/public/default_pt.htm ------ :: ------ :: ------ A liberdade de/na imprensa http://www.liberdadedeimprensa.org.br ------ :: ------ :: ------ AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR A UNICEF é uma agência das Nações Unidas que tem Como objectivo promover a defesa dos direitos das crianças. Pode ler-se neste sítio que um dos dos seus objectivos internacionais é a “Protecção Infantil, para que todas as crianças possam crescer livres da violência, exploração, abusos e discriminação... http://www.unicef.pt Pág. 14 de 18 PALAVRINHAS ANO X - nº28 – Março de 2007 BIBLIONOTÍCIA BIBLIONOTÍCIA BOLETIM INFORMATIVO DA BIBLIOTECA DA ESCOLA E.B. 2/3 DE AVELAR Nº14 | Março | 2006/2007 Escola, famílias e comunidades educativas são intervenientes nesta tarefa. Formar bons leitores é possibilitar aos nossos jovens o exercício de porem em prática os seus Direitos Inalienáveis de Leitores, logo estarão a exercer a LIBERDADE de Não Ler, de Saltar Páginas, de Não Acabar Um Livro, de Ler Não Importa o Quê, de Reler, de Amar os “Heróis” dos Romances, de Ler Não Importa Onde, de Saltar de Livro em Livro, de Ler em Voz Alta e de Não Falar do Que se Leu. Leiam onde, como e quando quiserem. Escolham o que querem ler. Mas leiam. LER um livro, segundo Franz Kafka, é como um machado que parte os mares congelados dentro de nossa alma. Prof. Margarida Meneses EDITORIAL Semana da Leitura Liberdades é o tema do jornal Palavrinhas… A Semana Nacional da Leitura foi um acontecimento nacional…LER também tem a ver com LIBERDADE. LER é um dos caminhos para atingir a LIBERDADE. A LIBERDADE de reflectir, de escolher, de opinar, de participar, de sonhar, (…) Citando Daniel Pennac, que afirma, no seu livro, “Como um Romance”, que “o verbo LER não suporta imperativos”, concluímos que o acto de LER tem de ser voluntário e gratuito para se tornar um acto de verdadeira liberdade e fruição para quem o exerce. Parece então claro que nunca resolveremos o problema da leitura castigando as crianças com a obrigatoriedade de ler. LER é como amar, como sonhar… Não amamos porque nos obrigam, não sonhamos quando e o que queremos. O amor surge ao longo das nossas vidas quando aprendemos a amar os nossos pais, os nossos irmãos, os nossos familiares, os nossos amigos, os/as nossos (as) namorados (as), o homem ou a mulher que escolhemos para viver, os nossos filhos, os nossos netos, … Mas as crianças têm que ser ajudadas a amar os livros e a leitura. Desde cedo. É preciso que os livros entrem nas suas vidas, tornando-se nelas uma presença, mas que brote naturalmente das suas vontades. A leitura não é inata ao ser humano. Não é como andar, como falar. Portanto, tem de ser ensinada. E a obrigação de ensinar está, essencialmente, a cargo da família e da escola, nunca esquecendo que na aprendizagem de alguma coisa há ritmos, uns mais rápidos e outros tão lentos, onde cabem “longas sestas digestivas ou longos períodos de bulimia”. Não há fórmulas mágicas que nos transformem em bons leitores. Mas há algumas receitas, algumas de confecção simples, que nos ajudam a estimular a leitura. .A tarefa de seduzir uma criança/jovem para o encanto das palavras, viajando pelos sentidos e emoções, exige que seja ajudada a ler, a compreender o que lê, a comparar o que lê com as suas vivências e a recriar o que lê. Sabemos que as crianças e jovens, considerados bons leitores, têm melhores desempenhos nos seus percursos escolares. LER bem é, sem dúvida, um dos caminhos para o sucesso educativo e para a promoção de uma cidadania activa, consciente e livre. AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Decorreu de 05 a 09 de Março, envolvendo um conjunto significativo de alunos, professores e encarregados de educação. Contou com um conjunto variado de actividades em sala de aula, nas Bibliotecas dos Jardins-de-infância e do 1º Ciclo, da Escola Sede e na Rádio Escolar. Escolas do 1º Ciclo e Jardins-deinfância de Avelar e Chão-de-Couce Viveu-se um ambiente particularmente festivo à volta dos livros, incentivando-se o prazer de ler e reforçando o desejo de ler mais. As actividades foram dinamizadas dentro da sala de aula, com a participação de familiares dos alunos, com sessões de leitura. Na fotografia, a mãe de uma das crianças conta a história, “O Narizinho e o Ambiente”. Realizaram-se algumas actividades colectivas na Biblioteca Escolar e o átrio da Escola, como a decoração com o Top Leitor de cada turma, frases e desenhos sobre livros e leituras feitas pelos alunos e cartazes com as fotos das actividades mais significativas, realizadas desde o início do ano lectivo. “Meninos de Todas as Cores” Pág. 15 de 18 PALAVRINHAS ANO X - nº28 – Março de 2007 Outra história contada pela avó Estela na EB1 de Avelar Encontro com a escritora Ana Maria Magalhães, em Ansião No dia 31 de Janeiro, as turmas A e C da EB1 de Avelar deslocaram-se ao Auditório da Câmara Municipal de Ansião para receber a escritora Ana Maria Magalhães, cujos livros foram trabalhados no âmbito do Plano Nacional de Leitura. A turma A trabalhou a obra “Os Primos e a Bruxa Cartuxa” e, a turma C, o “ O Leão e o Canguru”. À entrada do auditório estiveram expostos vários trabalhos realizados pelos alunos e uma pequena feira com livros da escritora. A escritora ouviu as canções que os alunos prepararam nas aulas de Educação Musical, falou dos livros que escreveu com a sua amiga Isabel Alçada, respondeu a todas as perguntas, sempre com muita simpatia, acrescentando, às suas respostas, histórias engraçadas sobre os livros. Para finalizar o encontro, deu autógrafos a todos os meninos. Prof. Anabela Monteiro Escola EB 2.3 de Avelar No âmbito do PNL convidámos uma Encarregada de Educação, a Dra. Estela Costa, que amavelmente veio à nossa Escola para nos contar a Lenda das Amendoeiras. A leitura é sem dúvida um precioso presente que nos transporta para um mundo maravilhoso de lendas, contos e aventuras e, neste caso, de princesas e mouros que marcaram o princípio da nossa nacionalidade. O nosso obrigado a esta Senhora, que tão bem soube encantar e abriu mais uma porta para nos encorajar a ler e a frequentar um local cheio de mistérios e de sabedoria, a Biblioteca da nossa Escola. Alunos do 5º A e Prof. Paulina Leal No dia 6 de Março, a mãe da nossa colega Sandrine esteve presente na aula de Oficina de Leitura e Escrita para nos contar uma história intitulada “A menina dos cabelos de ouro”. Antes disso, vários alunos leram os poemas que escreveram para o concurso “Se eu fosse uma folha…”. No final, sugerimos oralmente outros finais para a história. Foi uma aula muito agradável. Alunos do 6ºC e Prof. Isabel Lourenço AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR No dia 6 de Março, na aula de Oficina de Leitura e Escrita, tivemos a visita da D. Susana Alves, que é mãe de um colega da nossa turma. A professora Paulina, nas aulas de Oficina de Leitura e Escrita, já tinha conversado connosco sobre o objectivo desta actividade: incentivar os alunos para lerem cada vez mais. Felizmente a nossa turma até gosta muito de ler, mas depois desta visita ficámos ainda mais entusiasmados. A história que a D. Susana leu chama-se “A Mentira tem Perna Curta”. Na nossa opinião a obra foi bem escolhida e foi muito bem lida! Como já sabíamos que a mãe do nosso colega vinha à escola, quisemos retribuir a gentileza. Para isso, escolhemos, na Biblioteca, alguns poemas e esforçámo-nos por declamar para ela o melhor que pudemos. Tivemos pena quando a aula terminou, porque foi uma actividade fora do vulgar e muito interessante. Não nos importávamos nada que se repetisse. Turma C, 5º Ano e Profs. Nídia Valente e Paulina Leal Os convidados também expressaram a sua opinião Foi com satisfação que reentrei no “colégio” , Escola EB23 de Avelar, onde dei aulas, há alguns anos atrás. No âmbito da “Oficina de Leitura e Escrita” e, no sentido de motivarmos os alunos para o interesse desta actividade, fui abordada para ir ler/contar uma história aos alunos do 5ºA. Foi uma agradável surpresa vê-los atentos e interessados a ouvir a história que lhes contava, atitude que muito me agradou e se revelou bastante positiva, porque como professora que sou, sei o quão difícil motivá-los para a leitura. Fiquei também agradavelmente surpreendida com os lindos poemas que ouvi, da autoria dos alunos, actividade esta implementada pela professora da turma, Dra. Paulina, que está de parabéns. Se os meninos me permitirem dou-lhes um conselho: aprendam a gerir o vosso tempo livre, entre os jogos e os livros, pois estes são grandes amigos que estimulam, enriquecem e desenvolvem a vossa cultura geral. Professora Estela Costa, avó de um aluno 5ºA COMEMOROU-SE O DIA DOS NAMORADOS As Formiguinhas do Amor Quão esforçadas são as Formiguinhas quando carregam nas suas Pág. 16 de 18 PALAVRINHAS ANO X - nº28 – Março de 2007 frágeis patinhas o peso da seta que o Cupido tão sabiamente lhes entregou... Ele bem sabe que as Formiguinhas pululam nas escolas, sob máscaras sorridentes que jamais esquecerão o Dia de S. Valentim. E, as Formiguinhas, que tão zelosas são destes afazeres, depressa se esquecem de atentar nos deveres escolares. Mas, enquanto o sentir da flecha implacável do Cupido não as puder libertar dos doces encantos do Amor Adolescente, Formigas mais experientes, a quem cabe o dever de ajudar a alinhar os carreiros, relembram-lhes que o Cupido é um velho tão astuto que conseguiu perpassar os vários séculos da História das Formiguinhas, sem se preocupar que se mascarassem de cigarras. Afinal a Liberdade de cantar e sonhar o Amor, como o Cupido sempre lhes ensinara, pode não sobreviver a convenções sociais que exigem trabalho para fortalecer relações. Foi, então, que as zelosas Formiguinhas, do patrono do Amor, logo perceberam que deviam conjugar os direitos do doce sonhar com o dever de refazer o alinhamento dos seus carreiros. E fizeram-no, estudando, escrevendo e pintando amores vividos em outras épocas, com a sabedoria de se deixarem por eles embalar, exprimindo, quem sabe, aqueles que a cada uma delas pertence. Prof. Filomena Cunha Liverpool, 5 de Maio de 1836 Mary, minha amada: Espero que esta carta te vá encontrar bem e em paz. Comigo tudo estaria bem, não fosse a nossa longa separação, imposta pelos teus pais por não aceitarem o nosso namoro. Mas, se tem que ser assim, matemos as saudades através das cartas um tanto mal escritas, mas verdadeiras e cheias de sentimento, que te faço chegar por um amigo. Enquanto trabalho interrogo-me; porque será que o nosso amor tem sido tão mal visto pela sociedade, a tua e a minha? Será que é por eu ser um simples operário metalúrgico a viver numa zona pobre da periferia da cidade, com ruas cheias de dejectos e gente que trabalha, ansiando por chegar a casa para descansar este corpo mal alimentado? Não compreendo, porque esta é a nossa luta do dia-a-dia, se bem que não aceite viver num lugar onde o frio ocupa o espaço sem pedir autorização. O que poderiam esperar seres, como eu, que com um estatuto e nome parece que não os têm? Afinal sem a fama que só o dinheiro dá, deixamos de ser pessoas. Meu amor, tudo me entristece porque reconheço que não te posso oferecer as condições de conforto a que estás habituada. No entanto, não vou desistir porque te amo e amarte-ei. É este o pensamento que me ilumina e não me faz desistir, contrariando as chamadas de atenção de meus pais que me alertam para a tragédia que nos pode vir a acontecer. Afinal o teu pai é o grande capitalista que lhes paga o salário todos os meses! Tenho pensado em emigrar, enriquecer para tornar o nosso amor possível, pois não consigo aguardar mais tempo que a sociedade mude de mentalidade. Teu para sempre. Hugh Hugo, 9º C AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Desculpa, mas este espaço é teu! É sempre com muito interesse que da Caixa de Sugestões se retiram os registos que fazes em papéis que, com um cuidadoso secretismo, dobras para que caibam na ranhura da caixa. Tu sabes bem que as tuas opiniões, críticas e pedidos são lidos com a atenção que nos mereces. A nova caixa de sugestões permitiu concluir que a mudança da Biblioteca foi, de um modo geral, bem aceite pela maioria dos alunos, tanto pela disposição dos computadores quanto pelo aspecto alegre que condiz com a tua jovialidade. Claro que houve algumas vozes que discordaram, mas tal como diz o velho ditado “ Não se pode agradar a gregos e a troianos”. Por isso, foi com expectativa redobrada que as sugestões relativas aos meses de Janeiro e Fevereiro foram lidas e relidas. Verificámos que são feitas sugestões concretas, sobretudo de livros e filmes, às quais procurámos dar sempre resposta. Para que tenhas participação activa num espaço criado para ti, sê um frequentador assíduo e atento, deixando na caixa a tua opinião ou sugestão, pois desculpa, mas este espaço é teu. Foi aprovado e já está a ser dinamizado pela professora Anabela Monteiro, Coordenadora das Bibliotecas Escolares do 1º Ciclo, o Projecto “Ler para Crescer”, desenvolvido no quadro do projecto THEKA – Fundação Calouste Gulbenkian. Este projecto visa a promoção da leitura por prazer e a adequação dos recursos da BE/CRE às necessidades da Comunidade Educativa. Pretende-se com este projecto: - despertar o gosto pela leitura, assumindo-a como factor de desenvolvimento individual e colectivo; - fomentar/desenvolver nos alunos competências e hábitos de trabalho baseados na pesquisa, consulta, tratamento e produção de informação; - promover a utilização de tecnologias da informação diversificadas; - colaborar com os professores na planificação e diversificação das situações de aprendizagem articulandoas com o Plano Nacional de Leitura, com as Novas Áreas Curriculares e com o Apoio ao Estudo; - melhorar o espaço das BE’s, tornando-o mais atractivo e agradável e actualizar e diversificar o fundo documental, para dar melhor resposta aos interesses e necessidades dos alunos e professores e dos seus trabalhos. Prof. Anabela Monteiro Pág. 17 de 18 PALAVRINHAS Os Amigos da Biblioteca Às quartas-feiras, à tarde, lá continuamos a nossa missão. Não fazemos textos, antes preservamos os textos para que possam continuar a ser lidos por todos. O nosso trabalho dá-nos imenso prazer. Depois de muita técnica, algum engenho e muita arte, vamos, ANO X - nº28 – Março de 2007 lentamente, devolvendo os livros às respectivas prateleiras. E, podem acreditar, há sempre possibilidade de recuperar o que, muitas vezes, nos parecia irrecuperável. Mas atenção! Só queremos recuperar livros que, de tanto serem lidos, se encontrem a necessitar de uma limpeza de pele. E nós cá estaremos para os voltar a pôr novamente a brilhar… para que possam circular. O Clube dos Amigos da Biblioteca Nesta colecção, Corpo&mente, os jovens vão encontrar temas da actualidade, com situações e inquietações próprias dos adolescentes. São livros que reúnem informação rigorosa, objectiva, com uma linguagem clara e directa, sobre questões que os adolescentes colocam para alcançar os seus objectivos de integração, reconhecimento pessoal e social. Se estiveres a passear por um Parque e, subitamente, sentires um entusiasmo Arrepiante, pode ser que estejas na presença de um dos GUARDIÕES. Nós, os HUMANOS, não os conseguimos ver, pois não é fácil ver o inesperado. Os nossos olhos podem atraiçoar-nos, mas, por detrás do nosso olhar, encontra-se uma realidade que só alguns de nós conseguem percepcionar… Dividido em 15 capítulos temáticos – que vão biodiversidade à poluição do ar; do tratamento de resíduos à questão dos transgénicos –, este livro faz um balanço actualizado da situação ambiental do planeta, focando em particular a realidade portuguesa e europeia. Todos os capítulos incluem abundante informação geral, indicações relativas à legislação e contactos úteis. Sobre a Terra garante também ao leitor comum a informação essencial sobre problemas que, cada vez mais nos afectam a todos. “LER É BEBER E COMER. O ESPÍRITO QUE NÃO LÊ EMAGRECE COMO UM CORPO QUE NÃO COME.” VICTOR HUGO “SEMPRE IMAGINEI O PARAÍSO COMO UMA GRANDE BIBLIOTECA.” JORGE LUÍS BORGES AGRUPAMENTO VERTICAL DAS ESCOLAS DE AVELAR Pág. 18 de 18
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