Universidade Federal do Pará - pibic
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC: CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC E FAPESPA RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO Período: Agosto/2014 a Julho/2015 ( ) PARCIAL (X) FINAL IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título do Projeto de Pesquisa: Engenharia biológica de microalgas e cianobactérias: da prospecção de linhagens à produção de bioenergia Nome do Orientador: Evonnildo Costa Gonçalves Titulação do Orientador: Doutor Faculdade: Biotecnologia Instituto/Núcleo: ICB/Genética Laboratório: Laboratório de Tecnologia Biomolecular Título do Plano de Trabalho: Análise genética do potencial de cianobactérias amazônicas para a produção de bioenergia Nome do Bolsista: Aline Madeira Marques Tipo de Bolsa: (X) PIBIC/ CNPq ( ) PIBIC/CNPq – AF ( )PIBIC /CNPq- Cota do pesquisador ( ) PIBIC/UFPA ( ) PIBIC/UFPA – AF ( ) PIBIC/ INTERIOR ( )PIBIC/PARD ( ) PIBIC/PADRC ( ) PIBIC/FAPESPA ( ) PIBIC/ PIAD ( ) PIBIC/PIBIT 1 INTRODUÇÃO As cianobactérias há muito são conhecidas devido aos problemas causados em florações, as quais levam a impactos ecológicos e econômicos. Tais florações são comuns tanto em corpos de águas dulcícolas, especialmente na existência de condições eutróficas, quanto em oceanos oligotróficos (Cohen & Gurevitz, 2006). Estes organismos vêm ganhando crescente atenção por sua capacidade de gerar uma grande variedade de compostos naturais bioativos, também conhecidos como metabólitos secundários de cianobactérias, os quais são fonte de uma vasta gama de produtos para as indústrias de ração animal, alimentos, cosméticos, farmacêuticos e nutracêuticas (Otero & Vincenzini, 2003; Cepoi et al., 2009; Moore, 1996). Cianobactérias e microalgas também possuem grande potencial para a produção de biocombustíveis, por meio do aproveitamento de lipídios produzidos por estes microorganismos (Angermayr et al., 2009), bem como a produção direta de etanol. O hidrogênio é uma promissora fonte de energia “limpa”, contudo sua produção ainda é cara e laboriosa, o que inviabiliza sua utilização quando comparado com os combustíveis fósseis. A possibilidade de captar gás hidrogênio ao mesmo tempo em que se realiza fotossíntese, e talvez outros processos de biorremediação, permitiria o barateamento e a disseminação dessa alternativa energética (Dodds P. & McDowall W., 2012). Nesse sentido é essencial identificar lipases mais eficientes e hidrogenases tolerantes à O2. Dessa forma, este projeto visa investigar através da bioprospecção de linhagens já isoladas pelo laboratório a presença de genes codificantes de enzimas envolvidas na produção de biodiesel e biohidrogênio. JUSTIFICATIVA Segundo Rittmann (2008), a dependência de combustíveis fósseis representa três grandes riscos para a sobrevivência da sociedade humana: (i) o esgotamento das reservas de combustíveis fósseis; (ii) disputas geopolíticas, devido a diminuição dos recursos, podendo levar a perturbações econômicas e de energia, instabilidade política e guerra; e (iii) ocorrência de mudanças climáticas globais causadas pelo aumento do CO 2 atmosférico devido à combustão dos combustíveis fósseis. Embora o presságio de uma catástrofe possa parecer mais imediato para os dois primeiros riscos, é o terceiro, que terá o maior, mais duradouro e profundo impacto. Contudo, 2 ainda é possível reduzi-lo ou até mesmo eliminá-lo através da utilização de fontes renováveis de energia que supram os serviços energéticos, até então, obtidos a partir de combustíveis fósseis (Rittmann, 2008). Assim, eliminando esse terceiro risco os outros dois seriam consequentemente minimizados. Nos últimos anos, várias tecnologias têm sido implementadas com o objetivo de substituir os combustíveis fósseis, principalmente através da produção viável de combustíveis líquidos, tais como os ésteres de ácidos graxos ou biodiesel (Kalscheuer et al., 2006), alcanos (Schirmer et al., 2010), e alcoóis superiores de fontes renováveis (Bond-Watts et al., 2011). Contudo, a maioria destes processos biológicos tem como grande desvantagem, a dependência de microrganismos que metabolizam fontes de carboidratos de matérias-primas cultivadas em terras potencialmente férteis, como por exemplo, a cana-de-açúcar. Essa competição com o uso da terra para culturas alimentares resulta em aumento do custo de alimentos (Scharlemann & Laurance, 2008). Além disso, a produção de biocombustíveis a partir de culturas agrícolas como a cana-de-açúcar, por exemplo, pode causar um grande impacto ambiental em comparação com os combustíveis fósseis, visto que o desmatamento provoca a emissão de grandes quantidades de gases de efeito estufa - GEE. Finalmente, os fertilizantes nitrogenados, muitas vezes usados para cultivar plantas, são uma fonte conhecida de óxido nitroso, um GEE que destrói o ozônio estratosférico (Scharlemann & Laurance, 2008). Atualmente existem duas possibilidades com potencial para a geração de energia (carbono neutro) renovável, em grandes quantidades, uma delas utiliza painéis solares fotovoltaicos para converter a energia da luz do sol em energia elétrica e a outra utiliza materiais como biomassa arborícola, sobra de serragem, vegetais e frutas, bagaço de cana e alguns tipos de esgotos, que são então transformados em energia por meio dos processos de combustão, gaseificação, fermentação ou na produção de substâncias líquidas. Esta energia renovável, ou bioenergia, pode ser convertida em três produtos: eletricidade, calor e combustíveis. A energia de biomassa pode ser diferenciada pela forma de biomassa utilizada, isto é, culturas alimentares, biomassa complexa, microrganismos, etc., e pela energia final resultante, isto é, etanol, butanol, metano, hidrogênio, eletricidade ou biodiesel. Rittman et al. (2008) descreve dois princípios comuns a todas as abordagens de bioenergia: (i) a energia está nos elétrons, e todos os produtos de processos bioenergéticos consistem em portadores de elétrons em alta densidade, sendo alguns orgânicos como o etanol, metanol e biodiesel e outros inorgânicos como o gás hidrogênio e a eletricidade; e (ii) a 3 melhor fonte de energia é a luz solar, isto é, organismos através da fotossíntese captam a energia do sol e a investem em moléculas orgânicas que são portadoras de elétrons. A conversão direta da energia solar em combustível líquido usando microrganismos fotossintéticos é uma atraente alternativa para os combustíveis fósseis, e como vantagens do uso de organismos tais como microalgas e cianobactérias pode-se citar: (i) a disponibilidade de ferramentas de manipulação genética; (ii) taxa de crescimento mais elevada em comparação com aquela das plantas; e (iii) capacidade de crescimento em áreas não adequadas para a agricultura. A utilização destes organismos pode proporcionar uma forma de resolver o conflito potencial entre o uso da terra para a produção de alimentos ou para a produção de bioenergia (Machado & Atsumi, 2012). As microalgas e as cianobactérias proporcionam vantagens potenciais para os biocombustíveis derivados de lipídios devido à sua grande capacidade para converter dióxido de carbono em lipídios ricos em carbono, sem competir por terra arável necessária para as culturas agrícolas de plantas oleaginosas (Machado & Atsumi, 2012), e o desenvolvimento da engenharia de bioprocessos em adição ao maior conhecimento de sua fisiologia tem pavimentado o caminho para a sua utilização em aplicações de bioenergia. Contudo, um dos grandes desafios biológicos associados à pesquisa relacionada à produção de bioenergia a partir de microalgas e/ou cianobactérias é a identificação e otimização do cultivo de linhagens e espécies com atributos "ótimos", que são definidos como uma combinação favorável de características, a saber: elevadas taxas de crescimento, elevado teor de lipídios e facilidade de colheita e isolamento dos produtos gerados (Greenwell et al., 2010, Wijffels & Barbosa, 2010). Nesse sentido, a natureza dos projetos de bioenergia de microalgas e/ou cianobactérias requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo engenheiros, biólogos e químicos, isto é, enquanto os engenheiros têm foco na projeção de aparatos para a otimização de cultivo, os biólogos e químicos focam na seleção de espécies e linhagens, na caracterização molecular das vias metabólicas de produção de biocombustíveis e na manipulação genética tanto destas vias como naquela de fixação e armazenamento de carbono. OBJETIVOS Objetivo geral Avaliar o potencial de cianobactérias da Amazônia Oriental para a produção de enzimas com potencial utilização na produção de bioenergia. 4 Objetivos Específicos 1. Avaliar o potencial de cianobactérias da Amazônia Oriental para a produção de hidrogênio molecular; 2. Avaliar o potencial de cianobactérias da Amazônia Oriental para a produção de lipases; 3. Identificar as linhagens mais promissoras; 4. Avaliar as relações filogenéticas das linhagens em comparação com aquelas descritas na literatura. MATERIAIS E MÉTODOS O desenvolvimento do trabalho foi baseado na análise de algumas linhagens selecionadas entre as 68 linhagens cianobacterianas da Coleção de Cianobactérias e Microalgas (CACIAM) do Laboratório de Tecnologia Biomolecular/UFPA. As linhagens foram isoladas do Lago Bolonha, um dos reservatórios de água que abastecem a região metropolitana de Belém, do reservatório da UHE Tucuruí, do rio Pará no Estado do Pará e de rios no estado do Amapá. O DNA total das linhagens foi extraído de acordo com Lin et al. (2010) com modificações. As celulas foram lisadas com tampão de lise (100mM Tris, 10mM de NaCl, 1mM de EDTA (ácido etileno diamono tetracético) a pH 9,0 e lisozima (20mg/mL). As amostras foram incubadas a 37ºC por 30 minutos. Após este período, adicionou-se RNAse (10mg/mL), proteinase K (20mg/mL), SDS 10% e novamente incubados a 55ºC por 1 ou 2 horas. A extração seguiu, adicionando-se CIA (Clorofórmio-Álcool-Isoamil) (24:1) e centrifugando por 5 minutos a 14000 RPM. Para a precipitação do DNA foi adicionado acetato de sódio (3M e pH 4,8) e um volume de isopropanol. Para confirmação da extração, o DNA foi migrado em gel de agarose 1.5%, por 22 minutos, tendo sido aplicados 4μL de DNA de cada amostra. As amostras foram então acondicionadas em freezer a -20ºC. Para a detecção do potencial de produção de biohidrogênio, foram testadas algumas linhagens para a presença de um fragmento dos genes hydA (~1935 pb), hoxH (~1431 pb) e hupS (~1083 pb), os quais estão envolvidos na síntese da enzima hidrogenase de acordo com os protocolos descritos por Boyd et al. (2009), Barz et al. (2010) e Roeselers et al. (2008), respectivamente. Também foi testado a presença do gene nifH, da enzima nitrogenase, utilizando os protocolos descritos por Zehr & McReynolds (1989) e Singh et al. (2013). 5 Para o gene hydA o protocolo descrito por Boyd et al. (2009) foi modificado. Aproximadamente 50ng de DNA foi utilizado em cada reação de PCR de 15 μL, cada mix de PCR continha 100 µM de dNTPs, 1.5 mM de MgCl2, 5.0 μM de cada oligonucleotídeo, 1U de Taq DNA polimerase (Invitrogen, CA, EUA) e tampão de reação 10x. O programa de amplificação consistiu em desnaturação inicial a 95ºC por 5 minutos, seguido de 35 ciclos a 95ºC por 40s, 56.5ºC por 40s, 72ºC por 55s, e um período de extensão final a 72ºC por 5 minutos. Para o gene hoxH o protocolo descrito por Barz et al. (2010) foi modificado conforme descrito a seguir. Aproximadamente 50 ng de DNA foi utilizado em cada reação de PCR de 15 μL, cada mix de PCR continha 100 µM de dNTPs, 2.0 mM de MgCl2, 5.0 μM de cada oligonucleotídeo, 1U de Taq DNA polimerase (Invitrogen, CA, EUA) e tampão de reação 10x. O programa de amplificação consistiu em desnaturação inicial a 95ºC por 10 minutos, seguido de 35 ciclos a 95ºC por 45s, 61.5ºC por 1 minuto, 72ºC por 1 minuto e 15 segundos, e um período de extensão final a 72ºC por 10 minutos. Para o gene hupS o protocolo descrito por Roeselers et al. (2008) foi modificado. Aproximadamente 50 ng de DNA foi utilizado em cada reação de PCR de 15 μL, cada mix de PCR continha 100 µM de dNTPs, 2.0 mM de MgCl2, 5.0 μM de cada oligonucleotídeo, 1U de Taq DNA polimerase (Invitrogen, CA, EUA) e tampão de reação 10x. O programa de amplificação consistiu em desnaturação inicial a 94ºC por 5 minutos, seguido de 35 ciclos a 94ºC por 1 minuto, 49.6ºC por 1 minuto, 72ºC por 1 minuto, e um período de extensão final a 72ºC por 7 minutos. Para o gene nifH o protocolo descrito em Singh et al. (2012) foi modificado, e para facilitar a identificação das reações, este teste foi nomeado nifH++. Aproximadamente 50 ng de DNA foi utilizado em cada reação de PCR de 20 μL, cada mix de PCR continha 80 µM de dNTPs, 1.6 mM de MgCl2, 5.0 μM de cada oligonucleotídeo, 1U de Taq DNA polimerase (Invitrogen, CA, EUA) e tampão de reação 10x. O programa de amplificação consistiu em desnaturação inicial a 94ºC por 5 minutos, seguido de 35 ciclos a 94ºC por 1 minuto, 54ºC por 1 minuto, 72ºC por 1 minuto, e um período de extensão final a 72ºC por 7 minutos. Para o gene nifH o protocolo descrito por Zehr & McReynolds (1989) foi modificado. Aproximadamente 50 ng de DNA foi utilizado em cada reação de PCR de 25 μL, cada mix de PCR continha 100 µM de dNTPs, 2.0 mM de MgCl2, 5.0 μM de cada oligonucleotídeo, 1U de Taq DNA polimerase (Invitrogen, CA, EUA) e tampão de reação 10x. O programa de amplificação consistiu em desnaturação inicial a 95ºC por 5 minutos, seguido de 30 ciclos a 6 95ºC por 15 segundos, 48ºC por 30 segundos, 72ºC por 1 minuto, e um período de extensão final a 72ºC por 5 minutos. Os produtos das PCRs de cada gene foram purificados com AxyPrep™ DNA Gel Extraction Kit (Axygen, USA) e em seguida sequenciados no analisador automático de DNA ABI 3730 (Applied Biosystems, USA). As sequências obtidas foram alinhadas pela ferramenta ClustalW e editadas manualmente no programa BioEdit (Hall, 2011) e submetidas ao banco de dados do NCBI utilizando a ferramenta Blastn (http://blast.ncbi.nlm.nih.gov/Blast.cgi) para comparações de homologias e obtenção das sequências mais próximas para a construção de arvores filogenéticas. As análises filogenéticas foram realizadas no software Mega V6 com 1000 replicatas de Bootstrap, utilizando-se o método de Neighbor Joining (NJ) (Saitou & Nei, 1987). As distâncias evolucionárias foram computadas usando o método de kimura-2parâmetros ou de “p-distance”. Foi então possível construir duas árvores filogenéticas, uma para o gene HoxH e outra para o gene nifH. RESULTADOS A partir da amplicação dos genes testados foi possivel construir a Tabela 1 e analisar quais linhagens apresentam a provável presença dos genes alvo. Tabela 1. Resultados da amplificação para os genes de hidrogenase (hoxH e HupS) e nitrogenase (nifH e nifH++) Linhagem Gene hoxH CACIAM 03 (Mycrocistis Gene hupS Gene nifH Gene nifH++ -- -- -- + CACIAM 05 (Synechocystis sp.) + -- -- + CACIAM 06 (Cyanobium gracile) + -- -- -- CACIAM 07 (Lyngya sp.) + -- + -- CACIAM 14 (Cyanobium sp.) -- + -- -- CACIAM 16 (Cyanobium sp.) -- -- + + -- + + -- CACIAM21 (Nostoc sp.) -- + + -- CACIAM 23 (Lyngya sp.) -- + + + aeruginosa) CACIAM 19 (Anabaena flos aquae) 7 CACIAM 28 -- -- + + CACIAM 30 -- -- -- + *CACIAM: Coleção Amazônica de Cianobactérias e Microalgas A figura 1A, mostra a resposta positiva para a amplificação do gene hoxH nas linhagens de CACIAM 05, 06, 07 e 23. Segundo Barz et al, o gene hoxH amplifica em torno de 1190 pares de bases. A figura 1B demonstra os resultados obtidos para o gene hupS, o qual foi favorável para CACIAM 07, 14, 19 e 21. Segundo Roeselers et al (2008), as bandas deveriam apresentar peso molecular de aproximadamente 286 pares de base, porém CACIAM 07 apresentou uma banda em torno de 400 pares de bases e outra em torno de 700, já CACIAM 14 apenas uma banda com cerca de 700 pares de bases e para CACIAM 19 e 21 bandas em torno de 400 pares de bases. 1A 1B Figura 1. Gel de agarose com o resultado de amplificação dos genes hoxH (1A) e hupS (1B). L: Peso Molecular em pares de bases; (-) Controle negativo. 8 A obtenção de amplificações dos genes hoxH e hupS significa que a coleção possui linhagens detentoras de enzimas hidrogenases do tipo bidirecional e/ou de captação de H+, respectivamente. Em relação ao gene hydA não conseguimos obter produtos de PCR com a especificidade e qualidade necessária. Tal dificuldade, acreditamos, deve-se ao fato do primer possuir alto valor de degeneração, apresentando degeneração de 432 para o primer hydA-F e 864 para o hydA-R, tornando a amplificação do gene pouco eficiente, principalmente em amostras complexas como as de culturas não axênicas. É importante ressaltar que este primer é voltado principalmente para bactérias não pertencentes ao grupo das cianobactérias, e, portanto, sua aplicação visa principalmente detectar contaminantes que possuam a capacidade de utilizar hidrogênio. Os produtos de PCR dos três genes testados (hoxH, hupS, nifH e nifH++) foram purificados, e o resultado e análise dos mesmos pode ser observado na figura 2. A figura 2A apresenta a purificação para o gene hoxH das linhagens CACIAM 05,06,07 e 23; o resultado significa que a amplificação para o gene de hidrogenase bidirecional está presente nas linhagens de Synechocystis sp, Cyanobium gracile e Lyngya sp. A figura 2B referente ao gene hupS para as linhagens CACIAM 14,19,21 e 23 demonstra a amplificação para o gene de captação da hidrogenase nas linhagens Cyanobium sp., Anabaena flos aquae, Nostoc sp., Lyngya sp., respectivamente. Na figura 2C, o gene nifH, com purificação das linhagens CACIAM 07,16,19,21,23 e 28. A amplificação para o gene de nitrogenase está presente nas linhagens de Lyngya sp., Cyanobium gracile, Anabaena flos aquae, e Nostoc sp. E por fim, a figura 2D apresenta o gene nifH++ , nas linhagens CACIAM 16,28 e 30; confirmando a amplificação para o gene de nitrogenase nas linhagens de Cyanobium gracile, CACIAM 28 e CACIAM 30. 9 2A 2C 2B 2D Figura 2. Resultado da purificação dos produtos de PCR. (A) Purificação do gene hoxH das linhagens CACIAM 05,06,07 e 23. (B) Purificação do gene hupS das linhagens CACIAM 14,19,21 e 23. (C) Purificação do gene nifH das linhagens CACIAM 07,16,19,21,23 e 28. (D) Purificação do gene nifH++ das linhagens CACIAM 16,28 e 30. Em seguida, os purificados foram submetidos ao analisador automático de DNA ABI 3730 (Applied Biosystems USA). Um resultado preliminar foi analisado, com auxílio da ferramenta blastn, no banco de dados do NCBI, e registrado em três tabelas (tabelas 2 a 4), tal proposição foi realizada devido à reduzida qualidade das sequencias. Nestes dados estão inclusas as análises dos genes nifH, responsável por produzir hidrogênio molecular a partir da fixação de nitrogênio. As tabelas apresentam as linhagens nas quais houve sequencias com qualidade suficiente para alinhamento. Na mesma é representada a correspondência de tal alinhamento, o número de acesso da linhagem do banco de dados NCBI e a identidade da sequência analisada correspondente a sequencia do banco de dados. A Tabela 2 demonstra a análise das linhagens CACIAM 05,07 e 23, para o gene hoxh. CACIAM 05 possui correspondência para Synechocystis sp. PCC 6803, com 93% de identidade na sequência Foward (F) e 95% na Reverse (R). CACIAM 07 e CACIAM 23 apresentaram 68% e 69% de identidade para Lyngbya majuscula CCAP 1446/4 na sequência F e 75% e 74% na R. A Tabela 3 demonstra a análise 10 das linhagens CACIAM 14,19,21 e 23, para o gene hupS. CACIAM 14 apresentou 90% de identidade para Nostoc sp. PCC 7422 na sequência R, devido a problemas no sequenciamento não foi possível encontrar dados significativos para a sequência Foward. CACIAM 19 e 21 também apresentaram correspondência para Nostoc sp. PCC 7422 com identidade de 89% e 86% para a sequência F e 90% para a R em ambas as linhagens. CACIAM 23 apresentou correspondência para Nostoc sp. PCC 7107com identidade de 82% para F e 75% para a R. A Tabela 4 representa a análise das linhagens CACIAM 07,19,21 e 23, para o gene nifH. CACIAM 07 e 23 apresentaram 96% e 99% de identidade para clone EPNCF1-8 NifH de bactéria não cultivável na sequência F e 98% R para ambas, CACIAM 19 apresentou 86% de identidade para Anabaena sp. L-31 NifU (nifU) gene na sequência F e 91% na R. E CACIAM 21 apresentou 92% de identidade para clone nifH31 dinitrogenase reductase (nifH) de bactéria não cultivável na sequência F e 93% na R. Tabela 2. Análise das linhagens CACIAM 05,07 e 23, para o gene hoxH Linhagem LTB Gene hoxH CACIAM 05F CACIAM 05R CACIAM 07F CACIAM 07R CACIAM 23F CACIAM 23R Alinhamento- blastn-NCBI Nº de acesso Identidade Referência Synechocystis sp. PCC 6803 CP003265 93% 95% 68% 75% 69% Trautmann, D.et al 74% Tamagnini,P. et al Lyngbya 1446/4 Lyngbya 1446/4 majuscula CCAP AY536043 majuscula CCAP AY536043 Tamagnini,P. et al Tabela 3. Análise das linhagens CACIAM 14,19,21 e 23, para o gene hupS Linhagem LTB Gene hupS CACIAM 14R CACIAM 19F CACIAM 19R CACIAM 21F CACIAM 21R Alinhamento- blastn-NCBI CACIAM 23F CACIAM 23R Nostoc sp. PCC 7107 Nº de acesso Nostoc sp. PCC 7422 hupS, hupL genes para a pequena subunidade da hidrogenase de AB237640 captação CP003548 Identidade Referência 90% 89% 90% 86% 90% 82% 75% Yoshino, F. et al. Gugger,M. et al. Tabela 4. Análise das linhagens CACIAM 07,19,21 e 23, para o gene nifH Linhagem LTB Gene nifH CACIAM 07F CACIAM 07R Alinhamento- blastn-NCBI CACIAM 19F Anabaena sp. L-31 NifU (nifU) L04499 Clone EPNCF1-8 NifH bactéria não cultivável Nº de acesso de DQ142685 Identidade Referência 96% 98% Jasrotia,P. e Ogram,A. 86% Murphy,S.T., 11 CACIAM 19R gene 91% Jackman,D.M. Mulligan,M.E. CACIAM 21F CACIAM 21R Clone nifH31 dinitrogenase JN162465 reductase (nifH) de bactéria não cultivável 92% 93% Keshri,J., Mishra,A. e Jha,B. CACIAM 23F CACIAM 23R Clone EPNCF1-8 (NifH) bactéria não cultivável 99% 98% Jasrotia,P. e Ogram,A. de DQ142685 e Infelizmente, a qualidade do sequenciamento não permitiu a utilização das sequências amplificadas para a análise filogenética. Foram então obtidas sequências dos genes hoxH e nifH a partir de resultados de sequenciamento genômico de 3 linhagens do laboratório (dados não fornecidos). Após edição e alinhamento das sequências foram montadas as árvores filogenéticas utilizando-se as sequências dos genes hoxH (Figura 3) e nifH (Figura 4). O gene hoxH encontrado nas linhagens CACIAM 05 e CACIAM 14 agruparam com alto valor de Bootstrap, assim como o gene nifH encontrado nas linhagens CACIAM 19 e 23. Apenas a sequência 23 é proveniente dos dados do sequenciamento, as outras sequências são do banco de dados do Laboratório de Tecnologia Biomolecular (LTB) e foram trabalhadas com os devidos genes, pois como anteriormente comentado, o sequenciamento não apresentou boa resolução. CACIAM 05 se agrupa no mesmo ramo de Synechocystis sp., caracterizada por apresentar hidrogenases [NiFe] e elevada produção de hidrogênio molecular (Cano, M. et al.,2014). Já a linhagem CACIAM 14 agrupa-se no ramo de Aphanothece halophytica, uma cianobactéria halotolerante capaz de produzir até quatro vezes mais hidrogênio molecular quando comparada a outras linhagens (Taikhao et al.,2012) e próximo a linhagens de Anabaena siamensis, caracterizada por possui elevada capacidade de produção de hidrogênio molecular sob fixação de nitrogênio e sob condições de estresse (Khetkorn et al., 2010) e Spirulina subsulsa. Para o gene nifH, a linhagem CACIAM 19 se agrupa no clado de Westiellopsis sp Ind 20, Calothric brevíssima Ind 10 e Anabaena sp Ind 6, as quais são cianobactérias heterocísticas e produzem hidrogênio molecular por meio da fixação de nitrogênio. A árvore filogenética sugere que possuem a mesma origem quando relacionada ao gene estudado. Em CACIAM 23 as linhagens agrupadas são Oscillatoria sp. e Nostoc sp., também cianobactérias filamentosas heterocísticas, caracterizadas por fixar nitrogênio e produzir hidrogênio molecular. A atividade 12 da nitrogenase é influenciada por determinados fatores, como: (i) a luminosidade que é um fator determinante devido ao requerimento de ATP, a energia proveniente do ATP é fundamental para o transporte eletrônico durante a produção de hidrogênio; (ii) a migração de carboidratos para os heterócitos a fim de reduzir a influência do oxigênio na inativação da nitrogenase; (iii) e a presença de amônia, responsável por efeitos negativos na síntese da nitrogenase, reduzindo significantemente a produção de hidrogênio molecular (Lindenberg et al., 2004). Em relação à amplificação das enzimas lipases envolvidas na produção de biodiesel, não foi possível começar este processo devido a dificuldades operacionais nos passos anteriores, principalmente relacionadas ao sequenciamento das amostras. Figura 3: Árvore filogenética baseada no método de Neighbor-joining (1000 replicatas de boostrap) revelando a homologia das sequências de nucleoídeos do gene hoxH das linhagens CACIAM 05 e 14, em comparação com as linhagens depositadas no banco de dados do GenBank. Produzida no Software MEGA V6. As linhagens CACIAM 05 e 14 estão identificadas com losangos vermelhos ( )e são sequências do Laboratório de Tecnologia Biomolecular (LTB). 13 Westiellopsis sp. Ind20 dinitrogenase reductase (nifH) Calothrix brevissima Ind10 dinitrogenase reductase (nifH) CACIAM 19 nifH Anabaena sp. Ind6 dinitrogenase reductase (nifH) Tolypothrix sp. (2 seqs.) Anabaena sp. (5 seqs.) Fischerella sp. Ind81 dinitrogenase reductase (nifH) Mastigocladus laminosus Ind29 dinitrogenase reductase (nifH) Cylindrospermum sp. (3 seqs.) Fischerella sp. Ind26 dinitrogenase reductase (nifH) Nostochopsis sp. Ind28 dinitrogenase reductase (nifH) Hapalosiphon sp. (3 seqs.) Nostoc Calcicola (2 seqs.) Anabaenopsis sp. Ind8 dinitrogenase reductase (nifH) Nostoc sp. Ind37 dinitrogenase reductase (nifH) Scytonema sp. (3 seqs.) Nostoc sp. (5 seqs.) CACIAM 23 nifH Nostoc sp. PCC 7120 dinitrogenase reductase (nifH) Nostoc spongiaeforme Ind42 dinitrogenase reductase (nifH) Nostoc calcicola Ind30 dinitrogenase reductase (nifH) Oscillatoria sp. PCC 6506 NifH Uncultured Fischerella sp. clone 2CFF47 dinitrogenase reductase (nifH) Cylindrospermum muscicola Ind12 nitrogenase iron protein (nifH) Nostoc sp. Ind40 dinitrogenase reductase (nifH) Westiellopsis sp. Ind19 dinitrogenase reductase (nifH) Calothrix sp. (3 seqs.) Azospirillum brasilense NifH Figura 4: Árvore filogenética baseada no método de Neighbor-joining (1000 replicatas de boostrap) revelando a homologia das sequências de aminoácidos do gene nifH das linhagens CACIAM 19 e 23, em comparação com as linhagens depositadas no banco de dados do GenBank. Produzida no Software MEGA V6. CACIAM 19 e 23 estão identificadas com losangos vermelhos ( ) e são sequências do Laboratório de Tecnologia Biomolecular LTB. 14 CONCLUSÃO A amplificação do gene hoxH foi bem sucedida em quatro linhagens cianobacterianas. Para o gene hupS houve resposta positiva também para quatro linhagens, para o gene nifH foram seguidos dois protocolos, para Zehr & McReynolds (1989) o gene apresentou seis amplificações e para o protocolo segundo Sigh et al. (2012) apresentou três respostas positivas. Porém para o gene hydA ainda não foram encontradas respostas positivas. O estudo filogenético dos genes hoxH e nifH constatou a presença de linhagens cianobacterianas produtoras de hidrogenase nos clados próximos. Tais cianobactérias são caracterizadas por apresentar eleveda produção de hidrogênio sob condições extremófilas, no caso do gene hoxH. E para o gene nifH são caracterizadas por fixar nitrogênio em heterócitos, ou na célula vegetal, e produzir hidrogênio molecular a partir do mesmo. É importante ressaltar que este trata-se de um dos primeiros estudos a analisar a diversidade de genes envolvidos com a produção de bioenergia em linhagens bacterianas da Amazônia. Tais resultados, ainda que preliminares, demonstram a potencialidade da descoberta de novas enzimas que poderiam ser utilizadas na geração através de fontes alternativas de bioenergia. 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Angermayr, et. al. (2009). Energy biotechnology with cyanobacteria. Current Opinion in Biotechnology, 20:257–263. Barz M, Beimgraben C, Staller T, et al. (2010) Distribution analysis of hydrogenases in surface waters of marine and freshwater environments. PloS one 5: e13846. Bond-Watts BB, Bellerose RJ & Chang MC (2011) Enzyme mechanism as a kinetic control element for designing synthetic biofuel pathways. Nature chemical biology, 7: 222-227. Boyd ES, Spear JR & Peters JW (2009) [FeFe] hydrogenase genetic diversity provides insight into molecular adaptation in a saline microbial mat community. 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Zehr JP & McReynolds LA (1989) Use of degenerate oligonucleotides for amplification of the nifH gene from the marine cyanobacterium Trichodesmium thiebautii. Applied and environmental microbiology, 55: 2522-2526. 19 DIFICULDADES: Os protocolos de sequenciamento estão sendo otimizados, por tal motivo, houve uma perda significante de informação das amostras purificadas. PARECER DO ORIENTADOR: A aluna realizou suas atividades com responsabilidade, dedicação e excelência. DATA: 10/08/2015 _________________________________________ ASSINATURA DO ORIENTADOR ____________________________________________ ASSINATURA DO ALUNO 20