Rapport annuel 2005 (version abr.ge en langue portugaise
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RELATÓRIO ANUAL DE 2005 IMPRIMERIE BCEAO VERSÃO RESUMIDA Avenue Abdoulaye Fadiga BP 3108 - Dakar - Sénégal www.bceao.int Original : Francês RELATÓRIO ANUAL DE 2005 VERSÃO RESUMIDA Original : Francês © Banco Central dos Estados da África Ocidental Avenida Abdoulaye Fadiga - BP 3108 - Dakar - Senegal ISSN 0850-8712 ÍNDICE PÁGINAS OS MOMENTOS IMPORTANTES DO BCEAO EM 2005 ................................................................................................viii COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS E ORGANIGRAMA DO BCEAO ......................................................xiii MENSAGEM DO GOVERNADOR DO BCEAO................................................................................................................1 VISÃO GLOBAL ..............................................................................................................................................................3 1 - CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO INTERNACIONAL ................................................................................5 I - CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO ....................................................................................................5 2 – CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO DA UMOA ................................................................................7 2.1 – Produto interno bruto ..........................................................................................................................7 2.2 – Produção agrícola ..............................................................................................................................8 2.3 – Extracção mineira ..............................................................................................................................10 2.4 – Produção industrial e volumes de negócios do comércio a retalho ........................................10 2.5 – Evolução dos preços ........................................................................................................................11 2.6 – Finanças públicas ..............................................................................................................................12 2.7 – Balança de pagamentos..................................................................................................................12 2.8 – Mobilização dos recursos e situação da dívida externa ............................................................13 II - IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA ........................................................................................................15 1 – OBJECTIVO DA POLÍTICA MONETÁRIA......................................................................................................15 2 – ACÇÃO MONETÁRIA ..................................................................................................................................15 2.1 – Política das taxas de juro ..................................................................................................................15 2.2 – Operações de open market ............................................................................................................16 2.3 – Acções nos balcões permanentes e excepcionais de refinanciamento ................................16 2.4 – Dispositivo das reservas obrigatórias................................................................................................16 3 – RESULTADOS DA ACÇÃO MONETÁRIA E EVOLUÇÃO DOS AGREGADOS MONETÁRIOS ....................17 3.1 – Activos externos líquidos....................................................................................................................17 3.2 – Crédito interno ....................................................................................................................................19 3.2.1 – Posição líquida dos governos..............................................................................................19 3.2.2 - Créditos à economia ............................................................................................................20 3.2.3 – Evolução dos créditos registados na Central de riscos ................................................22 3.3 - Massa monetária e base monetária................................................................................................22 3.4 – Poupança privada recolhida pelos bancos e caixas de poupança ........................................25 3.5 – Créditos do Banco Central ..............................................................................................................26 3.6 – Evolução das reservas obrigatórias constituídas ..........................................................................28 3.7 – Operações do mercado interbancário e evolução das taxas de base bancárias ................29 3.8 – Operações do mercado dos títulos de dívidas negociáveis ......................................................31 III - EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO ............................................................................................33 1 – GESTÃO DA CIRCULAÇÃO FIDUCIÁRIA ....................................................................................................33 1.1 – Levantamentos e depósitos nos balcões ......................................................................................33 1.1.1 - Levantamentos ......................................................................................................................33 1.1.2 - Depósitos ................................................................................................................................34 1.2 – Composição da circulação fiduciária............................................................................................34 2 – EXECUÇÃO DOS PAGAMENTOS NO INTERIOR DA UMOA ......................................................................35 2.1 – Movimentos de notas externas nos balcões das Agências do BCEAO ....................................35 2.2 – Transferências entre os Estados membros da UMOA (disposições) ............................................36 3 – EXECUÇÃO DOS PAGAMENTOS COM O EXTERIOR ................................................................................37 3.1 – Operações sobre notas com o exterior ..........................................................................................37 3.2 – Transferências escriturais ..................................................................................................................37 4 – FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS DE PAGAMENTO ................................................................................37 4.1 – Sistema de Transferência Automatizado e de Pagamento na UEMOA (STAR-UEMOA) ..........38 4.2 – Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA) ............39 4.3 – Sistema monético interbancário regional ......................................................................................39 Relatório Anual do BCEAO - 2005 iii 4.4 - Textos regulamentares ......................................................................................................................40 4.5 – Sistema de telecomunicações ........................................................................................................41 4.6 – Central dos incidentes de pagamento ........................................................................................41 IV – SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO ......................................................................................................................43 1 – EVOLUÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO..........................................................................................................43 1.1 – Textos regulamentares ......................................................................................................................43 1.2 – Evolução da rede bancária ............................................................................................................43 1.3 – Actividades dos bancos e dos estabelecimentos financeiros ..................................................44 1.4 – Situação em relação ao dispositivo prudencial ..........................................................................45 1.5 – Dispositivo dos acordos de classificação ......................................................................................47 2 – EVOLUÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO REGIONAL ..............................................................................47 3 – EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS FINANCEIROS DESCENTRALIZADOS..............................................................48 3.1 – Indicadores do crescimento do sector ..........................................................................................48 3.2 – Financiamento do PRAFIDE ..............................................................................................................49 3.3 – Quadro jurídico e dispositivo prudencial ......................................................................................49 3.4 – Reforço das capacidades ................................................................................................................50 3.5 - Estudos e publicações........................................................................................................................50 3.6 – Supervisão do sector..........................................................................................................................50 V - OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO ........................................................................................................................51 1 – GESTÃO DAS RESERVAS DE CÂMBIO ........................................................................................................51 2 – INTEGRAÇÃO ECONÓMICA DOS ESTADOS MEMBROS DA UEMOA ......................................................51 3 – COOPERAÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA..............................................................................................52 3.1 – Relações com as instituições de Bretton Woods ..........................................................................52 3.2 – Relações com as outras instituições ..............................................................................................53 4 – OUTRAS ACTIVIDADES E PROJECTOS DO BCEAO ....................................................................................54 4.1 – Recolha, gestão e difusão de informações estatísticas ..............................................................54 4.2 - Central dos balanços ........................................................................................................................55 VI - QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO ................................................................................57 1 – VIDA E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS ......................................................................57 1.1 – Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União ....................................................57 1.2 – Conselho de Ministros da UMOA......................................................................................................57 1.3 – Conselho de Administração do BCEAO ........................................................................................57 2 – ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO ....................................................................................................................58 2.1 – Gestão dos recursos humanos ........................................................................................................58 2.1.1 - Efectivo....................................................................................................................................58 2.1.2 - Formação ..............................................................................................................................58 2.2 – Evolução da rede do BCEAO ..........................................................................................................60 2.3 – Sistema de informação e de comunicação ................................................................................61 2.4 – Modernização da documentação e dos arquivos ......................................................................62 2.5 - Dispositivo de controlo das actividades e das operações ..........................................................62 2.6 – Dispositivo do controlo de gestão ..................................................................................................64 VIi - CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO ....................................................................................................................67 1 – ANÁLÍSE DO BALANÇO ................................................................................................................................67 1.1 – Análise dos postos do Activo............................................................................................................68 1.2 – Análise dos postos do Passivo ..........................................................................................................69 2 – CONTA DE PERDAS E LUCROS ....................................................................................................................70 2.1 - Produtos................................................................................................................................................71 2.2 - Encargos ..............................................................................................................................................71 3 – CONTROLO DAS CONTAS............................................................................................................................72 4 - RELATÓRIO SOBRE O CONTROLO DOS ESTADOS FINANCEIROS DO BANCO CENTRAL DOS ESTADOS DA ÁFRICA OCIDENTAL ......................................................................73 5 - DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS DO BCEAO A 31 DE DEZEMBRO DE 2005 ......................................75 iv Relatório Anual do BCEAO - 2005 LISTA DOS GRÁFICOS Taxa de crescimento real do PIB da UEMOA ..............................................................................................................8 Produções agrícolas de exportação............................................................................................................................9 Produções alimentares ................................................................................................................................................10 Repartição por país do crédito interno......................................................................................................................19 Repartição por país da massa monetária ................................................................................................................22 Repartição por país da base monetária ..................................................................................................................24 Situação monetária integrada da UMOA ................................................................................................................24 Repartição por país da poupança interna dos particulares e empresas privadas da UMOA ..........................25 Ventilação dos produtos por natureza ......................................................................................................................72 Ventilação dos encargos por natureza ....................................................................................................................72 LISTA DOS QUADROS Variação das taxas de câmbio médias anuais ..........................................................................................................6 Evolução das taxas de câmbio médias trimestrais ....................................................................................................6 Variação dos preços no consumidor ........................................................................................................................11 Coeficientes das reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos ..............................................................................16 Situação monetária integrada ....................................................................................................................................17 Evolução por país dos activos externos líquidos ......................................................................................................18 Evolução por país da posição líquida dos governos ..............................................................................................20 Evolução por país dos créditos à economia ............................................................................................................21 Evolução por país da massa monetária ....................................................................................................................23 Evolução por país da poupança privada recolhida pelos bancos e caixas de poupança ............................26 Créditos do Banco Central ..........................................................................................................................................26 Intervenções do BCEAO ..............................................................................................................................................27 Créditos à economia e refinanciamento ..................................................................................................................28 Evolução das reservas obrigatórias constituídas pelos bancos ..............................................................................28 Evolução das reservas obrigatórias constituídas pelos estabelecimentos financeiros........................................29 Evolução das taxas interbancárias (média ponderada) ........................................................................................30 Evolução dos empréstimos interbancários na UMOA ..............................................................................................30 Repartição dos levantamentos ..................................................................................................................................33 Repartição dos depósitos ............................................................................................................................................34 Composição das notas e moedas em circulação ..................................................................................................35 Movimentos das notas externas nos balcões das Agências ..................................................................................36 Disposições entre os países da UMOA........................................................................................................................36 Evolução das transacções efectuadas por STAR - UEMOA ....................................................................................39 Repartição dos estabelecimentos de crédito por país ..........................................................................................44 Evolução dos empregos e recursos dos bancos e estabelecimentos financeiros da UMOA............................46 Acordos de classificação tratados ............................................................................................................................47 Evolução dos principais indicadores dos Sistemas Financeiros Descentralizados (SFD)......................................49 Evolução comparada do balanço ............................................................................................................................67 Relatório Anual do BCEAO - 2005 v vi Relatório Anual do BCEAO - 2005 A União Monetária África Ocidental (UMOA), criada pelo Tratado de 14 de Novembro de 1973 que substituiu o de 12 de Maio de 1962, integra os seguintes oito Estados membros, localizados na África Ocidental : BENIN MALI BURKINA NÍGER COTE D’IVOIRE SENEGAL GUINE-BISSAU TOGO O Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), cujo a o quadragésimo terceiro exercício constitui objecto deste relatório, é o instituto de emissão comum da UMOA, encarregue nomeadamente de garantir a gestão da sua moeda comum, o Franco da Comunidade Financeira Africana (Franco CFA), a das suas reservas de câmbio e de implementar a política monetária comum. N.B. - Na ausência de qualquer outra precisão, os valores indicados neste relatório são expressos em francos CFA. Relatório Anual do BCEAO - 2005 vii OS MOMENTOS IMPORTANTES DO BCEAO EM 2005 Para o BCEAO, o exercício findo foi marcado, pelos seguintes eventos : NO PLANO INSTITUCIONAL Visita a Sede do BCEAO dos Grandes Chanceleres da Ordem Nacional dos países da sub-rregião. A Sede do Banco Central acolheu a 1 de Abril de 2005 os Grandes Chanceleres da Ordem Nacional dos países da sub-região oeste-africana. Trata-se de cerca de dez Grandes Chanceleres provenientes do Benin, do Burkina, da Côte d'Ivoire, do Senegal, de Cabo Verde e da Guiné Conakry. O grupo recebido pelo Secretário-Geral do BCEAO, o Senhor Amadou Sadickh DIOP, assistiu à projecção do filme documentário sobre o BCEAO e depois visitou o Museu da Moeda. No final da visita, o grupo foi recebido em audiência pelo Senhor Damo Justin BARO, Vice-Governador e Governador por interino. Na sua declaração dirigida aos hóspedes, o Senhor BARO deu , em nome do Governador, as boas vindas aos Grandes Chanceleres renovando-lhes os agradecimentos das autoridades e do pessoal do Banco Central por esta iniciativa. Respondendo às palavras do Vice-Governador, o General Amadou Tidiane DIA, Grande Chanceler da Ordem Nacional do Senegal, porta-voz do grupo, agradeceu calorosamente as Autoridades do Banco pela espontaneidade e qualidade do acolhimento. Indicou, por fim, que este encontro de Dakar, que se inscreve no âmbito da Conferência das Grandes Chancelarias da UEMOA e da França, alargada à suas congéneres de Cabo Verde e da Guiné Conakry, respondia a uma preocupação de integração regional. É por isso que lhes pareceu indispensável visitar o BCEAO, o maior símbolo de êxito da integração na África Ocidental. Cerimónia de abertura da reunião da Associação dos Bancos Centrais Africanos (ABCA). Presidida pelo Senhor Jean-Félix MAMALEPOT, Governador do Banco dos Estados da África Central (BEAC) e Presidente da ABCA, a cerimónia de abertura dos trabalhos da reunião ordinária do Bureau da ABCA decorreu a 29 de Abril de 2005 na presença do Governador do BCEAO, Senhor Charles Konan BANNY, do Secretário Executivo do Bureau da ABCA, Senhor Bernard KONAN e do Representante do Presidente da Comissão da União Africana, Senhor Mamadou Lamine DIALLO. Esta sessão tinha na sua agenda nomeadamente a análise do estado da implementação do Programa de Cooperação Monetária em África (PCMA). Visita de uma delegação do Banco Central da União dos Comores a Sede do BCEAO. O Governador do BCEAO recebeu em audiência a 8 de Setembro de 2005, na sede, uma delegação do Banco Central da União dos Comores. A delegação do Banco Central dos Comores, encabeçada pelo Senhor Salim Ahmed ABDALLAH, Presidente do Conselho de Administração, era composta ainda pelos senhores Ali NASSOR, Administrador, e Mzé Abdou Mohamed CHANFIOU, Director do Departamento de Estudos. Esta visita inscrevia-se no quadro do reforço dos laços de cooperação entre os bancos centrais africanose de trocas de experiências em matéria de organização institucional e de condução da política monetária. viii Relatório Anual do BCEAO - 2005 NO PLANO MONETÁRIO E FINANCEIRO Balanço da operação de retirada da circulação das notas da gama de 1992 Durante uma visioconferência ocorrida na quarta-feira 12 de Janeiro de 2005, o Governador do BCEAO, o Senhor Charles Konan BANNY, fez o balanço da operação da retirada das notas da gama de 1992 que decorreu de 15 de Setembro a 31 de Dezembro de 2004, em aplicação da decisão tomada pelo Conselho de Ministros da UMOA, durante a sua sessão de 22 de Dezembro de 2003, em Lomé. O Governador aproveitou esta visioconferência para anunciar o lançamento, a partir de 17 de Janeiro de 2005, da operação « excepcional » de retoma das notas FCFA da gama de 1992 não recuperadas no final da primeira operação. Esta medida de carácter social, visava dar um prazo suplementar aos que não puderam trocar as suas antigas notas . A operação foi definitivamente encerrada a 18 de fevereiro de 2005. 3º colóquio BCEAO-U Universidades-C Centros de pesquisa O terceiro colóquio BCEAO – Universidades – Centros de pesquisa teve lugar em Dakar, na Sede do BCEAO, nos dias 22 e 23 de Agosto de 2005. Este colóquio, realizado sob o tema «Estabilidade financeira e gestão macroeconómica na UMOA», reuniu 64 participantes incluindo 30 representantes do BCEAO e 34 convidados provenientes dos bancos centrais, de universidades e de centros de pesquisa da UEMOA, da África e da Europa. Os trabalhos debruçaram-se sobre a análise de dois sub-temas intitulados respectivamente «a estabilidade financeira, uma missão para o Banco Central ?» e «a estabilidade financeira e os desempenhos económicos dos países da UMOA». O painel do encerramento teve por tema: «que contexto macro-económico para uma solidez do sistema financeiro?». Durante as discussões, os participantes ressaltaram a relação positiva entre o crescimento económico e a solidez do sistema financeiro. No seu conjunto, acordaram-se sobre o facto de a implementação de políticas macro-económicas adequadas, factores de crescimento, contribuir para a estabilidade financeira. Por outro lado, foi reafirmada a importância do papel do Banco Central em matéria de supervisão da estabilidade financeira. A esse respeito, os participantes sublinharam o papel crucial de uma regulação euma supervisão rigorosa e prudente do sistema financeiro, nomeadamente em período de estabilidade, para prevenir e evitar as crises. Novo dispositivo de gestão das reservas de câmbio Pela decisão n° 127 - 08 - 05 de 25 de Agosto de 2005 relativa à organização do quadro de gestão das reservas de câmbio do BCEAO, foi criado na Sede do Banco Central um Comité de orientação e de supervisão da gestão das reservas de câmbio. A Direcção das Operações Financeiras do Banco é encarregada da implementação operacional da política de investimento das reservas de câmbio. O novo quadro de gestão das reservas de câmbio define a política de afectação estratégica das reservas de câmbio detidas fora da conta de operações e formaliza o processo decisório conexo. Uma emenda da Convenção de Conta de Operações de 4 de Dezembro de 1973 foi assinada entre o BCEAO e o Tesouro francês, para vigorar a parti de 1 de Setembro de 2005. Relatório Anual do BCEAO - 2005 ix Arranque de SICA-U UEMOA Iniciada em 1999 pelo BCEAO, a reforma dos sistemas e meios de pagamentos traduziu-se pela criação de um sistema de transferência automatizado e de pagamento (STAR-UEMOA) e de um sistema interbancário de compensação automatizado (SICA-UEMOA). O STAR-UEMOA permite regularizar as transacções dos grandes montantes na base bruta e em tempo real. O arranque operacional deste sistema foi em Junho de 2004. O SICA-UEMOA é um sistema de intercâmbio das operações de pagamento automatizado garantindo uma compensação multilateral das transacções entre participantes e permitindo nomeadamente, a redução dos prazos. O seu arranque marca um progresso considerável rumo à modernização das infra-estruturas do sector financeiro. O lançamento progressivo por país do SICA-UEMOA iniciou-se a 17 de Novembro de 2005 no Mali. Projecto de criação de uma sociedade de comercialização de informações de empresa na UEMOA Na perspectiva de reforçar a segurança das relações de negócios e a estabilidade financeira dos Estados, o BCEAO decidiu criar, com a parceria do Banco Oeste-Africano de Desenvolvimento (BOAD), o Fundo de Garantia dos Investimentos Privados em África Ocidental (GARI), o Fundo Africano de Garantia e de Cooperação Económica (FAGACE), o Banco de Investimento e de Desenvolvimento da CEDEAO (BIDC) e os bancos estabelecidos na UEMOA, uma estrutura de direito privado cujo objectivo será realizar, promover e difundir informações brutas ou tratadas sobre as empresas não financeiras da sub-região. Neste âmbito, o BCEAO realizou nos dias 3 e 4 de Outubro de 2005, um encontro que reuniu os representantes das instituições acima citadas. O objecto deste encontro era adoptar o Dossier Económico e Financeiro (DEF) do projecto de criação da referida estrutura e decidir sobre as próximas etapas da sua realização. Tendo em conta as suas implicações, os promotores institucionais saudaram a decisão tomada pelas Autoridades do BCEAO de conceder a base de dados da Central dos Balanços das Empresas (CBE / UMOA) a uma estrutura de direito privado para a realização e a difusão de informações de empresa. Reafirmaram a sua convicção de que, com acções pertinentes de sensibilização, as condições de uma exploração rentável desta estrutura poderão ser rapidamente reunidas. Em 10 de Novembro de 2005, foi realizada uma reunião na Sede do BCEAO em Dakar, na qual participaram os Directores-Gerais dos bancos e estabelecimentos financeiros da UEMOA potenciais accionistas da Sociedade de Comercialização de informações de Empresa e os promotores (BCEAO, BOAD, GARI, FAGACE, BIDC). Este encontro tinha como objectivo apresentar o projecto de criação da SCIE aos estabelecimentos de crédito da União, analisar as modalidades das suas contribuições para o seu êxito, determinar a configuração do capital e fixar o programa das próximas etapas devendo levar à criação desta sociedade Os bancos e estabelecimentos financeiros presentes saudaram a iniciativa tomada pelos promotores institucionais de criar uma estrutura de comercialização de informações de empresa e de nela terem sido associados. Reconheceram o interesse que a realização deste projecto poderá ter sobre a segurança das suas operações e sobre as suas capacidades em matéria de gestão interna. Com efeito, as prestações esperadas da sociedade são de natureza a facilitar o acesso dos estabelecimentos de crédito às informações fiáveis e actualizada sobre as empresas em actividade na União, permitindo assim uma melhor apreciação dos seus desempenhos financeiros. Na perspectiva da entrada em vigor das exigências do Acordo de Bâle II, em matéria de fundos próprios, a notação das empresas pela futura sociedade vai contribuir para a modernização da gestão do risco de crédito. x Relatório Anual do BCEAO - 2005 NO PLANO DA GESTÃO DO BCEAO O Governador do BCEAO nomeado Primeiro Ministro da Côte d’Ivoire A 4 de Dezembro de 2005, Charles Konan BANNY, Governador do Banco Central dos Estados da África Ocidental, foi designado Primeiro Ministro da República de Côte d’Ivoire para conduzir o período de transição política que deve acabar no final de Outubro de 2006, conforme à Resolução n° 1633 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. A escolha do Governador honra a instituição que dirige. Convém lembrar que pela sétima vez, uma alta personalidade do BCEAO é nomeada Primeiro Ministro nos Estados da União. Durante a sua sessão extraordinária de 23 de Dezembro de 2005, a Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União salientou com satisfação os progressos registados na consolidação da paz na Côte d’Ivoire, devido a nomeação do Senhor Charles Konan BANNY no cargo de Primeiro Ministro, para quem endereçaram as suas vivas felicitações pela qualidade dos serviços prestados à União, assim como os seus votos de sucesso . O Governador Charles Konan BANNY saudando o pessoal do BCEAO. Prorrogação do mandato do Governador BANNY e designação do Vice-G Governador BARO na qualidade de interino pela Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da UEMOA reunida em sessão extraordinária a 23 de Dezembro de 2005 Uma conferência extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da UEMOA foi realizado a 23 de Dezembro de 2005 em Niamey no Níger. Constatando o fim do mandato do Governador do BCEAO, Senhor Charles Konan BANNY, a 31 de Dezembro de 2005, a Conferência prorrogou o seu mandato até a sessão ordinária de Março de 2006. Constatando a sua indisponibilidade pela sua nomeação no cargo de Primeiro Ministro da República de Côte d’Ivoire, o Senhor Damo Justin BARO, Vice-Governador, foi designado Governador por interino a partir de 1 de janeiro de 2006. Condecoração do Vice-G Governador do BCEAO Ali Badjo GAMATIE, Vice-Governador do BCEAO foi condecorado Comendador da ordem do Mérito do Ensino Superior da Côte d’Ivoire. Esta distinção foi lhe entregue pelo Ministro Marfinense do Ensino Superior, Zemogo FOFANA, a 24 de Junho de 2005 nas instalações da Escola Nacional Superior das Estatísticas e Economia Aplicada (ENSEA), em Abidjan. A cerimónia organizada por esta ocasião, contou com a presença dos Ministros de Estado Léon Monnet, Ministro das Minas e Energia e Théodore MEL EG, Ministro da Integração. Extensão do Sistema de identidade visual ao conjunto dos sítios do BCEAO A 12 de Dezembro de 2005 entrou em vigor a vertente burocrática do Sistema de identidade Visual (SIV) do BCEAO no conjunto dos sítios do Banco Central. Antes desta extensão, uma fase piloto foi conduzida de Julho a Outubro de 2005, na Sede e na Agência Principal de Dakar. Relatório Anual do BCEAO - 2005 xi O SIV permite harmonizar a apresentação dos documentos do Banco e oferecer uma melhor imagem aos diversos suportes produzidos pela Instituição. Contribui assim para o reforço da imagem de marca do Banco Central junto dos seus parceiros e do público. Lançamento da plataforma de formação em linha A 18 de Maio de 2005, procedeu-se ao lançamento das actividades de formação à distância . A implementação da plataforma e-learning insere-se no reforço das acções a favor dos agentes. Ela é baseada no uso acrescido das novas tecnologias que permitem doravante, transmitir à distânciao conhecimento a todos os sítios. Oferece um complemento de formação paralelamente às sessões de formação tradicionais, aos cursos por visioconferência e nos laboratórios, assim como às sessões de auto-formação nas línguas inglesa e portuguesa. Adopção e difusão do plano de empresa 2006-2 2008 A 15 de Dezembro de 2005, o plano de empresa 2006-2008 foi difundido junto dos agentes. Este plano adoptado pelo Comité Executivo do Banco Central durante a sua sessão de 25 de Agosto de 2005 visa principalmente a : – evidenciar as orientações estratégicas, esclarecer os objectivos que devem conduzir ao cumprimento das missões do Banco Central e federar as energias em torno das suas ambições num contexto em perpétua evolução; – pôr a disposição dos centros de responsabilidade, um instrumento para a programação anual do seu orçamento e a avaliação da sua contribuição para a implementação das acções prioritárias do Banco. xii Relatório Anual do BCEAO - 2005 COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS E ORGANIGRAMA DO BCEAO Relatório Anual do BCEAO - 2005 xiii COMPOSIÇÃO DA CONFERÊNCIA DE CHEFES DE ESTADO DA UMOA a 31 de Dezembro de 2005 PRESIDENTE : Sua Excelência Mamadou TANDJA, Presidente da República do Níger. Sua Excelência Mathieu KEREKOU, Presidente da República do Benin. Sua Excelência Blaise COMPAORE, Presidente do Burkina Faso. Sua Excelência Laurent GBAGBO, Presidente da República de Côte d’Ivoire Sua Excelência João Bernado VIEIRA, Presidente da República da Guiné-Bissau. Sua Excelência Amadou Toumani TOURE, Presidente da República do Mali. Sua Excelência Mamadou TANDJA, Presidente da República do Níger Sua Excelência Abdoulaye WADE, Presidente da República do Senegal. Sua excelência Faure GNASSINGBE, Presidente da República do Togo xiv Relatório Anual do BCEAO - 2005 COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS DA UMOA a 31 de Dezembro de 2005 PRESIDENTE : Cosme SEHLIN, Ministro das Finanças e Economia da República do Benin República do Benin Sr. Sr. Cosme SEHLIN, Ministro das Finanças e da Economia ; Zul Kifl SALAMI, Ministro de Estado, encarregue da Planificação e Desenvolvimento. Burkina Faso Sr. Sr. Jean-Baptiste COMPAORE, Ministro das Finanças e do Orçamento ; Jean de DIEU SOMDA, Ministro Delegado junto do Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Regional, encarregue da Cooperação Regional. República de Côte d'Ivoire * Sr. Koffi Charles DIBY, Ministro Delegado junto do Primeiro Ministro, encarregue da Economia e das Finanças. República da Guiné-Bissau Sr. Sr. Vítor MANDINGA, Ministro das Finanças ; Issufo SANHA, Ministro da Economia. República do Mali Sr. Sr. Abou-Bakar TRAORE, Ministro da Economia e das Finanças ; Oumar Hammadoun DICKO, Ministro dos Malianos do Exterior e da Integração Africana. República do Níger Sr. Sr. Ali Mahamane Lamine ZEINE, Ministro da Economia e das Finanças ; Seyni OUMAROU, Ministro de Estado e do Equipamento. República do Senegal Sr. Sr. Abdoulaye DIOP, Ministro de Estado, da Economia e das Finanças ; Cheikh Hadjibou SOUMARE, Ministro Delegado junto do Ministro da Economia e Finanças, encarregue do Orçamento. República do Togo Sr. Sr. Payadowa BOUKPESSI, Ministro da Economia, das Finanças e das Privatizações ; Yandja YENTCHABRE, Ministro do Desenvolvimento e da Administração do Território. (*) O Governo foi formado a 28 de Dezembro de 2005. Relatório Anual do BCEAO - 2005 xv COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO a 31 de Dezembro de 2005 PRESIDENTE : Senhor Charles Konan BANNY Gouvernador do BCEAO República do Benin Sr. Georges Denis Marc QUENUM, Director Geral do Tesouro e da Contabilidade Pública ; Sr. Mathias N. HOUNDONOUGBO, Secretário Técnico da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Luta contra a Pobreza. Burkina Faso Sr. Lucien Marie Noël BEMBAMBA, Director Geral do Tesouro e da Contabilidade Pública ; Sr. Léné SEBGO, Director Geral da Cooperação do Ministério das Finanças e do Orçamento. República de Côte d’Ivoire Sr. Charles Koffi DIBY, Director Geral da Contabilidade Pública e do Tesouro ; Sr. Kouamé KOUASSI, Director Geral do Orçamento e das Finanças. República da Guiné-Bissau Sr. Amizade Fara MENDES, Director Geral do Tesouro ; Sr. Gabriel Lopes SO, Conselheiro Técnico do Primeiro Ministro. República do Mali Sr. Aboubacar Alhousseyni TOURE, Director Nacional do Tesouro e da ontabilidade Pública ; Sr. Sambou WAGUE, Secretário Geral do Ministério da Economia e das Finanças. República do Níger Sr. Boubacar Moumouni SAIDOU, Comissário encarregue da Economia no Ministério da Economia e das Finanças ; Sr. Abdou SOUMANA, Secretário do Ministério da Economia e das Finanças. República do Senegal Sr. Falilou Mbacké DIAGNE, Tesoureiro Geral, Técnico de Contas Central do Tesouro ; Sr. Adama DIEYE, Conselheiro Técnico no Ministério da Economia e das Finanças. República do Togo Sr. Essowédéou AGBA, Secretário-Geral do Ministério da Economia, das Finanças e das Privatizações ; Sr. Hèmou Badibawu BAKALI, Director Geral das Alfândegas. República francesa Sr. Xavier MUSCA, Director Geral do Tesouro e da Política Económica no Ministério da Economia, das Finanças e da Indústria ; Sr. Serge TOMASI, Director Adjunto do Desenvolvimento e da Cooperação Técnica no Ministério dos Negócios Estrangeiros. xvi Relatório Anual do BCEAO - 2005 Relatório Anual do BCEAO - 2005 xvii BANCO CENTRAL DOS ESTADOS DA ÁFRICA OCIDENTAL a 31 de Dezembro de 2005 GOVERNO Governador Vice-Governador Vice-Governador Secretário-Geral Conselheiros Especiais do Governador : : : : : : Sr. Sr. Sr. Sr. Sr. Sr. Charles Konan BANNY Damo Justin BARO Ali Badjo GAMATIE Amadou Sadickh DIOP Tiémoko Meyliet KONE Pascal Irénée KOUPAKI CONSELHEIRO DO GOVERNADOR : Sr. Sosthène Boureima BAMBARA CONTROLO GERAL Controlador Geral : Sr. Tiémoko Meyliet KONE ASSISTENTE DO GOVERNADOR DEPARTAMENTOS Director do Departamento da Administração Geral e da Formação Director do Departamento da Emissão, da Contabilidade e das Finanças Director do Departamento dos Estudos Económicos e da Moeda Director do Departamento dos Projectos e das Missões Directora do Departamento da Segurança e dos Assuntos Jurídicos : Sr. Alain KOUTANGNI : Sr. Sosthène Boureima BAMBARA : Sr. Ambroise KONE : Sr. Pascal Irénée KOUPAKI : Sr. Ousmane OUEDRAOGO : Sra. Sockna Bèye SAKHO CONSELHEIROS DO CONTROLADOR GERAL E DE DIRECTORES DE DEPARTAMENTO Conselheiro do Controlador Geral : Sr. Thiémoko DIARA Conselheiro do Director do Departamento da Emissão, da Contabilidade e das Finanças : Sr. Christian KOFFI Conselheiros do Director do Departamento dos Estudos Económicos e da Moeda : Sr. Mawuena Kodzo DOSSA : Sr. François de Salles NARE : Sr. Mahamadou GADO DIRECÇÕES DOS SERVIÇOS CENTRAIS Director dos Assuntos Administrativos Director dos Assuntos Jurídicos Director da Comunicação Director da Contabilidade e do Orçamento Director do Controlo de Gestão xviii Relatório Anual do BCEAO - 2005 : : : : : Sr. Sr. Sr. Sr. Sr. Marcel de SOUZA Elpidio FREITAS Venance Adamah KANGNI Soulé Mana LAWANI Alain KOUTANGNI Director dos Controlos e da Prevenção dos Riscos Director do Crédito Director da Emissão Director de Estudos Director da Formação Director da Informática Director da Inspecção e da Auditoria Interna Director das Operações Financeiras Director do Património Director das Relações Internacionais Director da Pesquisa e da Estatística Director dos Recursos Humanos Director da Segurança Director dos Serviços Gerais Directora dos Sistemas de Pagamento Director dos Sistemas Financeiros Descentralizados Director junto do Secretário-Geral : : : : : : : : : : : : : : : Sr. Soumaïla OUEDRAOGO Sr. Charles KI-ZERBO Sr. Amadou BACHIR Sr. Jean-Claude BROU Sr. Modienne GUISSE Sr. Abdoulaye SECK Sr. Denis N’GBE Sr. Oumar Tatam LY Sr. Siriki KONE Sr. Samuel MEANGO Sr. Antonin DOSSOU Sr. Jean-Baptiste Ayayé AMAN Sr. Paul Marie KYELEM Sr. Félix DJAN DJE Sra. Fatimatou Zahra DIOP : Sr. Eric Amah EKUE : Sr. Mamadou Lamine DIOUF MISSÕES Director Encarregue da Missão para a Realização da Central dos Balanços : Sr. Joseph Pindana SAMA Coordenador Principal da Missão de Assistência Técnica na Direcção Nacional do BCEAO para a Guiné-Bissau : Sr. Blaise Djomand DIPLO REPRESENTAÇÕES Representante residente do Governador junto da Comissão da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) : Sr. Théophile Ahoua N’DOLI Representante do BCEAO junto das Instituições Europeias de Cooperação : Vago DIRECÇÕES NACIONAIS Director Nacional para o Benin Director Nacional para o Burkina Director Nacional para a Côte d’Ivoire Director Nacional para a Guiné-Bissau Director Nacional para o Mali Director Nacional para o Níger Director Nacional para o Senegal Director Nacional para o Togo : : : : : : : : Sr. Sr. Sr. Sr. Sr. Sr. Sr. Sr. Lyassou Idriss DAOUDA Bolo SANOU Kablan YAO SAHI Aguinaldo EMBALÓ Idrissa TRAORE Abdoulaye SOUMANA Seyni NDIAYE Ayéwanou GBEASOR Relatório Anual do BCEAO - 2005 xix ENDEREÇOS DOS DIFERENTES SÍTIOS DO BCEAO SEDE SOCIAL Avenida Abdoulaye FADIGA – Caixa Postal : nº 3108 – Dakar Telefone : (221) 839 05 00 – Telefax: (221) 823 93 35 e 822 61 09 Telex: BCEAO 21 833 SG, 21 815 SG, 21 530 SG, 21 597 SG Site Internet: http://www.bceao.int BENIN Bouaké Cotonou Caixa Postal : n° 773 Avenida Jean-Paul II Telefone : (225) 31 63 33 13 e 31 63 33 14 01 Caixa Postal : n° 325 RP Telex : BCEAO BOUAKE 69 109 Telefone : (229) 21 31 24 66 e 21 31 24 67 Telefax : (225) 31 63 38 31 Telex : 5211 BCEAO COTONOU Chefe da Agência Auxiliar : Vago Telefax : (229) 21 31 24 65 Daloa Director da agência Principal : Sr. Roger AGBOZOGNIGBE Caixa Postal : n° 46 Parakou Telefone : (225) 32 78 38 85 Caixa Postal : n° 201 Telefone : (229) 23 61 03 25 Telex : 5099 BCEAO PARAKOU Telefax : (229) 23 61 10 91 Telefax : (225) 32 78 13 10 Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Célestin Angoua NANGOH Korhogo Chefe da Agência auxiliar : Sr. Evariste BONOU Caixa Postal : n° 54 BURKINA Telex : 63 106 KORHOGO CI Ouagadougou Telefax : (225) 36 86 15 30 Avenida Gamal Abdel NASSER Caixa Postal : n° 356 Telefone : (226) 50 30 60 15/16/17 Telex : 0978 5205 BCEAO BF e 0978 5235 BCEAO BF Telefax : (226) 50 31 01 22 Director da Agência Principal : Sr. Lallé COULIBALY Bobo-D Dioulasso Caixa Postal : n° 603 Telefone : (226) 20 97 04 44/45/46 Telex : 0978 8228 BCEAO BF Telefax : (226) 20 97 04 58 Chefe da Agência Auxiliar : Vago COTE D’IVOIRE Abidjan Avenida Terrasson de Fougères Caixa Postal : n° 01 1769 ABIDJAN 01 Telefone : (225) 20 20 84 00 e 20 20 85 00 Telex : BC ABJ CI 23 474 – 23 761 et 23 607 Telefax : (225) 20 22 28 52 et 20 22 00 40 Director da Agência Principal : Sr.Ernest ADOHI ASSEU Abengourou Caixa Postal : n° 905 Telefone : (225) 35 91 37 15 e 35 91 39 15 Telex : 59 103 ABENGOUROU CI Telefax : (225) 35 91 31 76 Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Odile COULIBALY AGNERO xx Telex : BCEAO DALOA Relatório Anual do BCEAO - 2005 Telefone : (225) 36 86 01 10 e 36 86 01 11 Chefe da Agência Auxiliar : Vago Man Caixa Postal : n° 1017 Telefone : (225) 33 79 02 67 Telex : BCEAO MAN 89 106 Telefax : (225) 33 79 02 28 Chefe da Agência Auxiliar : Vago San Pedro Caixa Postal : n° 387 Telefone : (225) 34 71 21 74 Telex : BCEAO 91 130 SAN PEDRO Telefax : (225) 34 71 24 48 Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Niangoran ALLE GUINE-B BISSAU Bissau Caixa Postal : n° 38 Telefone : (245) 21 55 48 - 21 41 73 e 21 14 82 Telex : 289 BCGB 1 Telefax : (245) 20 13 05 e 20 13 21 Directora da Agência Principal : Sra. Felicidade Soares Correia de Brito ABELHA. MALI Kaolack Bamako Caixa Postal : n° 79 Boulevard de 22 de Outubro de 1946 Telefone : (221) 941 13 86 e 941 13 87 Caixa Postal : n° 206 Telex : BCEAO SG 74071 Telefone : (223) 22 25 41 et 22 54 06 Telefax : (221) 941 33 23 Telex : 2574 BCEAO BAMAKO Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Alain Serge NICOD Telefax : (223) 22 47 86 Ziguinchor Director da Agência Principal : Sr. Soumaïla KIDA Caixa Postal : n° 317 Mopti Telefone : (221) 991 10 39 Caixa Postal : n° 180 Telex : BCEAO SG 73027 Telefone : (223) 43 01 02 e 43 05 65 Telefax : (221) 991 16 59 Telex : BCEAOMPT 8001 MJ Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Abdoulaye BA Telefax : (223) 43 05 07 Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Idrissa Matoti TOURE TOGO Sikasso Lomé Caixa Postal : n° 453 Rua Abdoulaye FADIGA Telefone : (223) 62 06 57 Caixa Postal : n° 120 Telefax : (223) 62 08 79 Telefone : (228) 221 53 84 Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Ibrahima TOURE Telex : 5216 BCEAO TO Telefax : (228) 221 76 02 NÍGER Niamey Rua do urânio Caixa Postal : n° 487 Telefone : (227) 72 33 30 e 72 33 40 Telex : BCEAO 5218 NI Telefax : (227) 73 47 43 Director da Agência Principal : Sr. Oumarou GAGERE Maradi Caixa Postal : n° 265 Telefone : (227) 41 00 96 Telex : BCEAO 8244 NI Telefax : (227) 41 00 45 Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Sahaka MAHAMAN SALAH Zinder Director da Agência Principal : Sr. Kokou Seretti GOZAN Kara Caixa Postal : n° 75 Telefone : (228) 660 60 79 e 660 61 37 Telex : 7202 Telefax : (228) 660 62 69 Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Novignon GABOUTOU REPRESENTAÇÃO DO GOVERNADOR JUNTO DA COMISSÃO DA UEMOA Avenida Gamal Abdel NASSER, Ouagadougou, Burkina Caixa Postal : n° 64 OUAGADOUGOU 01 Telefone : (226) 50 30 60 15 Telex : BCEAO 5205 BF Telefax : (226) 50 30 63 76 Caixa Postal : n° 133 Telefone : (227) 51 00 94 Telex : BCEAO 8226 NI Telefax : (227) 51 07 24 Chefe da Agência Auxiliar : Sr. Salifou SAÏDOU SENEGAL REPRESENTAÇÃO DO BCEAO JUNTO DAS INTITUIÇÕES EUROPEIAS DE COOPERAÇÃO 29, rua du Colisée, 75008 Paris, França Telefone : (33) 1 42 25 71 60 Telex : BCEAO PARIS 650087 Telefax : (33) 1 42 56 00 37 Dakar Boulevard General De Gaulle x Triangle sud Caixa Postal : n° 3159 Telefone : (221) 889 45 45 Telex : BCEAO SG 21 839 Telefax : (221) 823 57 57 Director da Agência Principal : Sr. Birame SENE Relatório Anual do BCEAO - 2005 xxi xxii Relatório Anual do BCEAO - 2005 Mensagem do Governador do BCEAO N um mundo cada vez mais globalizado, a existência de sistemas de pagamento fiáveis e seguros constitui uma das condições essenciais para a estabilidade financeira e o crescimento económico. Consciente deste desafio, o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) iniciou, em Março de 1999, uma reforma de envergadura dos sistemas de pagamento nos Estados membros da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA). A implementação dos novos sistemas de pagamento da UEMOA, dotados de tecnologias avançadas, visa promover as operações escriturais, facilitar e favorecer as trocas no interior dos Estados membros e no espaço comunitário, e, de modo geral, contribuir para o alargamento do sector financeiro e uma integração económica regional mais avançada. A sua concepção e implementação resultam de uma larga concertação com os estabelecimentos de crédito, os Tesouros Públicos, os Serviços financeiros dos Correios, as Associações patronais, as grandes empresas e as Associações de consumidores em todos os Estados membros da União. O quadro renovado assim criado estrutura-se em torno de três sistemas de pagamento, incluindo dois administrados pelo BCEAO. O primeiro, denominado Sistema de Transferência Automatizado e de Pagamento na UEMOA (STAR-UEMOA), arrancou efectivamente a 25 de Junho de 2004 e permite regularizar as transacções de grandes montantes numa base bruta e em tempo real. O segundo sistema, que arrancou as suas actividades a 17 de Novembro de 2005, é um sistema automatizado de compensação multilateral das transacções entre os participantes, denominado Sistema Systema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA). Baseia-se nas trocas automatizadas dos meios de pagamento de pequenos montantes, apoiando-se no intercâmbio de imagens escanerizadas de valores com suporte papel Por outro lado, o Banco Central desempenha um papel unificador e de incitação da Interbancaridade no âmbito da implementação do sistema sub-regional do cartão bancário. Este terceiro sistema, gerido pela profissão bancária, tenciona oferecer aos agentes económicos um instrumento de pagamento liberatório, aceite por todos os comerciantes afiliados e todos os distribuidores da sub-região. Os três sistemas são regidos por um quadro legal e regulamentar e um arsenal de princípios de funcionamento conformes às normas e padrões internacionais na matéria. A sua implementação, , foi acompanhada pela i instauração de um dispositivo de recolha e de difusão dos incidentes de pagamento relativos aos cheques, letras de câmbio, notas a ordem e cartões bancários, com vista a restaurar a confiança do público em relação a moeda escritural. A UEMOA dispõe assim de sistemas eficientes de pagamento, de compensação e de regularização que constituem elementos essenciais para a eficácia do sector financeiro e desempenham un papel determinante na redução dos riscos de importância sistémica, nomeadamente de crédito e de liquidez. Relatório Anual do BCEAO - 2005 1 A importância e a qualidade da contribuição dos novos sistemas de pagamento no desenvolvimento económico e social da União dependerão da amplitude da adesão dos actores, das empresas e dos particulares. Em particular, os Estados membros são chamados a finalizar o fundamento jurídico dos novos sistemas de pagamento, pela adopção de todos os textos de aplicação, nomeadamente a lei de transposição da Directiva sobre as medidas de promoção da bancarização e do uso dos meios escriturais de pagamento. Por sua vez, o Banco Central, garante do bom funcionamento dos sistemas de pagamento da União, prosseguirá o processo de modernização e de adaptação constante destes sistemas à evolução tecnológica e às exigências da globalização financeira, assegurando a prevenção e a gestão dos riscos inerentes. O conjunto destas medidas deverá contribuir para o desenvolvimento harmonioso e integrado da União. Pelo Governador do Banco Central dos Estados da Africa Ocidental Presidente do Conselho de Administração Damo Justin BARO Vice-Governador 2 Relatório Anual do BCEAO - 2005 VISÃO GLOBAL O crescimento económico mundial permaneceu bem orientado em 2005, sob o efeito do dinamismo da actividade nos países industrializados e emergentes, apesar do agravamento das tensões nos mercados petrolíferos. Neste contexto de receios de uma forte inflação, suscitados pelo aumento dos preços do petróleo, diversos bancos centrais apertaram a sua política monetária. Foi registado um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países em desenvolvimento. Assim, a actividade económica na América Latina continuou a ser impulsionada pelo bom desempenho dos investimentos produtivos, devido a melhoria do contexto macro-económico induzido pelas reformas estruturais implementadas para dissipar a crise dos anos 1990. Em África, o crescimento económico estabeleceu-se em 5,2% contra 5,5% registado um ano antes, devido à melhoria da conjuntura nos países produtores de petróleo. Os sinais de uma actividade económica sustentada, em particular nos Estados Unidos, apaziguaram parcialmente as preocupações dos operadores do mercado de câmbios, relativas à amplitude dos défices do orçamento e da balança de pagamentos correntes americanos. Por conseguinte, a divisa americana apenas se depreciou de 0,016% em média em relação ao euro. O papel de valor refúgio do ouro confortou-se, em razão do aumento da procura asiática do ouro, proveniente nomeadamente da China e da Índia, assim como a dos Bancos Centrais desejando diversificar a sua carteira de activos. Nos mercados das matérias primas, as cotações dos principais produtos agrícolas de exportação dos Estados membros da UMOA permaneceram em baixa em razão nomeadamente de uma produção mundial excedentária. O produto interno bruto dos países da UMOA progrediu, em termos reais, de 4,1% em 2005 contra 2,8% um ano antes. A aceleração do crescimento económico está ligada ao aumento da produção agrícola e à orientação favorável das actividades industriais. No entanto, foram registados tensões inflacionistas com a taxa de inflação a fixar-se em 4,4% em média anual contra 0,5% em 2004. Esta situação explica-se pela redução da oferta dos cereais nos mercados, devido às más condições climáticas da campanha agrícola precedente, associada a subida dos preços do petróleo bruto. O défice global das finanças públicas, excluindo donativos, fixou-se em 1.080,6 mil milhões de francos CFA. Em relação ao PIB, a taxa melhorou-se ligeiramente fixando-se em 4,5% contra 4,8% em 2004. A dívida externa fixou-se em 14.325,1mil milhões de F CFA. No final de 2005, o stock da dívida representava 59,9% do PIB contra 60,9% em 2004. A balança de pagamentos exteriores apresentou um excedente de 58,1 mil milhões contra 210,6 mil milhões em 2004. O défice das transacções correntes, excluindo transferências oficiais, deteriorou-se, estabelecendo-se em 7,0% do PIB contra 5,7% em 2004. A orientação prudente imprimida pelo BCEAO relativa à acção monetária durante os últimos anos foi mantida, com vista a contribuir para o controlo das tensões inflacionistas, consolidar a poupança e acomodar o crescimento. Relatório Anual do BCEAO - 2005 3 Assim, num contexto caracterizado principalmente por uma fragilidade da actividade económica em alguns países e a subida dos preços, o Banco Central manteve as suas taxas directoras em 4,50% para a taxa de desconto e em 4,00% para a taxa de pensão, níveis em vigor desde 22 de Março de 2004. Considerando a expansão dos créditos à economia em alguns Estados, o Banco Central aumentou, a partir de 16 de Junho de 2005, os coeficientes de reservas obrigatórias de 13,0% para 15,0% para os bancos do Benin, de 3,0% para 7,0% para os bancos do Burkina e de 5,0% para 9,0% para os do Níger. Os níveis dos coeficientes de reservas obrigatórias mantiveram constantes na Côte d'Ivoire em 5,0%, na Guiné-Bissau e no Togo em 3,0%, no Mali e no Senegal em 9,0%. Tendo em conta a situação da tesouraria bancária, o BCEAO não organizou adjudicações de injecção ou de retoma de liquidez durante o ano de 2005. A acção monetária contribuiu para o reforço de 141,8 mil milhões da posição externa líquida das instituições monetárias que se fixouem 3.327,0 mil milhões. As reservas de câmbio fixaram-se em 3.768,9 mil milhões, elevando a taxa de cobertura da emissão monetária a 120,3% no final de Dezembro de 2005, em progressão de 3,0 pontos percentuais em relação ao nível alcançado em 2004. O crédito interno recuperou-se em 10,3% para se situar em 4.660,4 mil milhões, em ligação ligados com a subida dos créditos à economia e à deterioração da posição líquida dos governos. As intervenções do Banco Central estabeleceram-se em 366,4 mil milhões em Dezembro de 2005, recuando 8,5 mil milhões em relação ao nível registado um ano antes. Esta evolução está ligada à redução de 17,7 mil milhões dos créditos aos Estados, atenuada pelo aumento de 9,2 mil milhões dos refinanciamentos a favor dos bancos e estabelecimentos financeiros. Reflectindo a evolução das suas contrapartidas, a massa monetária progrediu de 7,3% para atingir 6.413,9 mil milhões. Foram prosseguidas as obras relativas à modernização dos sistemas e meios de pagamento. Em particular, o BCEAO procedeu ao arranque progressivo do Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA). Por outro lado, o Sistema de Transferência Automatizado e de Pagamento na UEMOA (STAR-UEMOA), que iniciou as suas actividades em 2004, funcionou regularmente. O Banco Central conduziu igualmente acções nos domínios da centralização dos balanços das empresas não financeiras, da promoção dos Sistemas Financeiros Descentralizados (SFD) e da cooperação monetária regional. Por outro lado, o Banco Central contribuiu para a consolidação do processo de integração através da implementação do esquema de integração da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) e do Programa Económico Regional (PER), visando nomeadamente incitar um crescimento forte, com vista a combater eficazmente a pobreza. No final do ano de 2005, as contas do BCEAO foram submetidas, em aplicação do artigo 64° dos seus Estatutos, à verificação dos Controladores Nacionais e do Comissário Controlador nomeado pelo Conselho de Ministros. O Comissário Controlador procedeu, z ainda, conjuntamente com o Controlador designado pela França, à análise da aplicação da Convenção da Conta de Operações. 4 Relatório Anual do BCEAO - 2005 I - CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO 1 - CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO INTERNACIONAL A actividade económica internacional permaneceu bem orientada em 2005, apesar de uma desaceleração em relação ao nível atingido em 2004, devido às catástrofes naturais registadas e à subida persistente dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Assim, a taxa de crescimento económico mundial estabeleceu-se em 4,8% contra 5,3% no ano precedente. Uma diminuição do ritmo de crescimento económico foi registada em quase todos os países industrializados. Nos Estados Unidos, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou de 3,5% em 2005 contra 4,2% em 2004. A procura interna sustentada pelo alívio fiscal constituiu o principal motor do crescimento. No Japão, a actividade progrediu de 2,7% contra 2,3% em 2004, incitada pelos investimentos e pela recrudescência das trocas comerciais na Ásia. A retoma do crescimento da economia japonesa, depois da longa deflação dos anos 90, reflecte a melhoria do quadro macro-económico, consecutivo à reestruturação das empresas e do sistema bancário. A taxa de crescimento do PIB do Reino Unido fixou-se em 1,8% depois de ter atingido 3,1% em 2004. O abrandamento assim registado está ligado à lassidão da actividade no sector dos serviços. Na zona euro, a tímida recuperação iniciada no segundo semestre de 2004 perdeu o seu vigor durante o ano de 2005. A taxa de progressão do PIB da zona fixou-se em 1,3% contra 2,1% em 2004, em relação com a redução do consumo das famílias, nomeadamente na França e na Alemanha. Nestes países, o produto interno bruto aumentou respectivamente de 1,4% e de 0,9% contra 2,1% e 1,6% em 2004. A actividade continuou firme nos países emergentes, apesar de uma desaceleração em relação a 2004. O PIB nestes países progrediu de 6,4% contra 7,3% em 2004. Esta tendência esconde todavia evoluções contrastadas de um grupo de países para outro, em razão dos efeitos da subida dos preços do petróleo. A taxa de crescimento económico em África fixou-se em 5,2% depois de ter alcançado 5,5% em 2004. O nível relativamente baixo dos preços das matérias primas agrícolas, nomeadamente o algodão, a supressão da restrição sobre o têxtil, a persistência das turbulências sócio-políticos e as más colheitas alimentares em vários países da África Ocidental, Oriental e Austral limitaram os desempenhos económicos do continente africano, mesmo se alguns países exportadores líquidos de petróleo beneficiaram da subida dos preços do petróleo bruto. Apesar do aumento dos preços mundiais do petróleo e da relativa melhoria da situação do emprego nos países industrializados, as tensões inflacionistas, medidas pela variação do índice dos preços no consumidor, permaneceram relativamente contidas. Nos Estados Unidos, a taxa de inflação média fixou-se em 3,4% contra 2,7% em 2004, em relação com a subida dos preços dos bens importados induzida pela ligeira depreciação do dólar e a subida dos preços dos produtos petrolíferos. No Reino Unido, a taxa de inflação fixou-se em 2,3% contra 2,8% no ano anterior. Na zona euro, ela estabilizou-se em 2,2%. No Japão, apesar da robustez da procura interna, o nível geral dos preços no consumidor recuou de 0,3% depois de ser estabilizado em 2004. Tendo em conta o contexto da incerteza no qual evolui a economia mundial, os bancos centrais dos países industrializados tiveram reacções diferentes. Assim, nos Estados Unidos os receios de uma aceleração da inflação, alimentados pela subida dos preços do barril do Relatório Anual do BCEAO - 2005 5 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO 6 petróleo, levaram o Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) da Reserva Federal a apertar de novo a sua política monetária. A taxa objectiva dos fundos federais e a taxa de desconto fixaram-se, por conseguinte, respectivamente em 4,25% e 5,25% depois de oito aumentos consecutivos de um quarto percentual durante o ano de 2005. Um aumento menos importante foi aplicado às taxas directoras na zona euro pelo Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE). Assim, a taxa de submissão minimal aplicada nas operações principais de refinanciamento, a taxa de facilidade de empréstimo marginal e a da facilidade dos depósitos foram respectivamente aumentados para 2,25%, 3,25% e 1,25%. O mercado de câmbios foi marcado pela rea- No Reino Unido, o Comité de Política Monetária do Banco da Inglaterra, considerando o enfraquecimento da procura interna, implementou uma política monetária mais peia valorizou-se igualmente perante a libra cómoda, reduzindo de 25 pontos de base a sua principal taxa de intervenção fixada em 4,50%. No Japão, a taxa de desconto permaneceu inalterada fixando-se em 0,1%. No entanto, o Banco do Japão prosseguiu a sua política de injecção de liquidez nos mercados, com vista a estabilizar a cotação do iene. por euro. O yuan chinês foi revalorizado em Relatório Anual do BCEAO - 2005 valiação do yuan chinês e pelas antecipações das operações do mercado sobre as orientações da conjuntura e da política monetária nos principais países industrializados. Assim, as preocupações provocadas pelo novo recorde atingido pelo défice comercial dos Estados unidos foram atenuadas pelo relativo vigor da economia deste país e pela atracção que continua a exercer sobre os capitais em razão nomeadamente do diferencial favorável das taxas de juro, gerado pelo aperto da política monetária da Reserva Federal. Por conseguinte, a divisa americana apenas foi depreciada em média de 0,016% em relação ao euro. A moeda comum euroesterlina e o iene respectivamente de 0,8% e de 1,8%, tendo-se fixado em média anual em 0,68 libra esterlina por euro e em 136,85 iene 2,1% em relação ao dólar e ancorado a um cabaz de divisas desde 21 de Julho de 2005. Por outro lado, a sua margem de flutuação em torno da sua cotação central (8,1 unidades de yuan por dólar) foi fixado em 0,3%. CONTEXTO CONTEXTO ECONÓMICO ECONÓMICO EE FINANCEIRO FINANCEIRO Devido à sua ligação nominal ao euro, o franco CFA conheceu, em relação às principais moedas, um comportamento idêntico ao da moeda comum europeia. No plano sub-regional, a evolução das cotações médias das principais moedas da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em relação ao franco CFA mostrou-se contrastada em 2005. De facto, no mesmo período o cedi ganaense recuou de 1,0 % e o franco guineense de 30,2%. É de salientar que as Autoridades guineenses procederam a uma desvalorização de 35,5 % da sua moeda a 29 de Abril de 2005. Em contrapartida, o naira nigeriano e o dalasi gambiano apreciaram-se respectivamente de 1,4% e 0,4%. A relativa baixa da cotação do dólar constituiu um factor de apoio à cotação mundial do ouro cujo papel de valor de refúgio se reforçou. De facto, o preço da onça de ouro atingiu os 537,5 dólares no final do ano de 2005 contra 430 dólares um ano antes. Esta evolução explica-se pela procura da Índia, da China e da Rússia cujos Bancos Centrais decidiram reequilibrar as suas reservas de câmbio a favor do ouro. A cotação média anual da onça do ouro aumentou assim de 8,8% para fixar-se em 445,3 dólares. Os preços de outras matérias primas tais como o petróleo, a borracha natural e o café, recuperaram-se igualmente devido ao vigor da sua procura. Em contrapartida, a evolução das cotações do cacau, do algodão e dos óleos vegetais foi desfavorável. 2 – CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO DA UMOA A dinâmica económica da União Monetária da África Ocidental (UMOA) foi favorecida pela abundância das colheitas em relação a uma pluviometria satisfatória e bem repartida, assim como por um relativo bom desempenho da produção industrial. 2.1 – Produto interno bruto O produto interno bruto da União progrediu, em termos reais, de 4,1% em 2005 contra 2,8% um ano antes. A aceleração do crescimento é devida em parte à progressão da produção agrícola e do ouro, assim como ao dinamismo dos investimentos. Assim, a taxa de poupança estabeleceu-se em 11,0% e a taxa de investimento em 16,9% contra respectivamente 11,9% e 16,1%. Quanto à produção agrícola, ela foi estimulada por uma estação chuvosa normal e o bom desempenho das colheitas de nozes de karité e de castanhas de caju. Assim, todos os Estados membros da União registraram taxas de crescimento reais positivas do seu PIB em relação ao ano precedente. No Burkina, a actividade progrediu de 7,1% contra 4,6% um ano antes. No Níger, o PIB aumentou igualmente de 7,1% contra -0,6% um ano antes. No Mali, a taxa de crescimento do PIB fixou-se em 6,8% depois de 2,3% atingido em 2004. No Senegal, estabeleceu-se em 5,5% contra 5,6% em 2004. No Benin, a progressão do PIB passou de 3,1% em 2004 para 3,5%. Na Guiné-Bissau, o ritmo de crescimento da riqueza estabeleceu-se em 3,5% contra 2,2% em 2004, em razão da acalmia registada na frente sócio-política. Na Côte d’Ivoire, as tensões políticas continuaram a pesar sobre a situação económica. A taxa de crescimento económico deste país situou-se em 1,8% contra 1,5% um ano antes. No Togo, a taxa de crescimento do PIB fixou-se em 1,5%. Relatório Anual do BCEAO - 2005 7 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO 2.2 – Produção agrícola A campanha agrícola 2005/2006 foi melhor do que a do ano precedente. De facto, saldou-se por uma progressão da produção das principais culturas, excepto o cacau e o algodão. As colheitas de amendoim foram estimadas em 1.440.954 toneladas, em aumento de 1,4% em relação à campanha precedente. A quantidade do café recolhida fixou-se em 175.500 toneladas contra 104.200 toneladas um ano antes, ou seja uma melhoria de 68,5%. Quanto à produção da castanha de caju na Guiné-Bissau, ela aumentou de 10,0% fixandose 126.500 toneladas. 8 Relatório Anual do BCEAO - 2005 Em contrapartida, a tendência à baixa da produção do cacau prosseguiu-se. De facto, a colheita do cacau recuou de 2,4%, fixandose em 1.258.110 toneladas, em razão da queda na mesma amplitude da produção na Côte d’Ivoire e de 2,7% no Togo. Na Côte d’Ivoire e no Togo, a produção do cacau fixou-se respectivamente em 1.254.510 toneladas e em 3.600 toneladas. As compras do algodão grão da União estão a recuar de 10,2%, estabelecendo-se em 1.970.872 toneladas. CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO Fontes : Organismos nacionais de comercialização. A produção alimentar da União está em alta de 9,1% depois da redução de 3,6% registada em 2004. Todos os Estados membros da União contribuíram para este resultado, excepto o Benin cuja produção alimentar recuou de 2,6%, estabelecendo-seem 6.623.000 toneladas. No Burkina, ela atingiu 3.649.530 toneladas, ou seja um aumento de 24,7%. Na Côte d’Ivoire, as colheitas alimentares aumentaram de 2,8% para se fixarem em 9.451.329 toneladas. Na Guiné-Bissau, elas situaram-se em 223.300 toneladas, ou seja 29,5% de aumento em relação às realizações da campanha precedente. No Mali, a produção alimentar estabeleceu-se em 3.367.200 toneladas, ou seja uma melhoria de 18,4%. Ela aumentou de 3,2% no Níger para se estabelecer em 3.741.200 toneladas. No Senegal, as estimativas apontam para uma alta de 4,5% da produção alimentar cifrada em 1.864.000 toneladas. No Togo, ela atingiu 2.345.200 toneladas, ou seja uma progressão de 5,5%. Relatório Anual do BCEAO - 2005 9 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO Fontes : Organismos nacionais de comercialização. 2.3 – Extracção mineira No sector mineiro, à excepção da extracção de ouro e da produção de petróleo bruto, as principais actividades mineiras da União estão em baixa. A produção de ouro progrediu de 18,9% para se situar em 57.482,6 quilogramas, em relação com à reorganização do sector no Burkina, a abertura de novas minas no Níger e a recuperação de 10,2% da oferta maliana, fixada em 49.121,6 quilogramas. A produção do petróleo bruto estabeleceu-se em 14.573.600 barris na Côte d'Ivoire, em alta de 80,0%, devido a exploração de novos poços. A extracção do urânio conheceu, no entanto, um recuo de 8,6% no Níger, fixando-se em 2.999,7 toneladas. A produção de fosfato diminuiu de 3,7% no Senegal e de 8,5% no Togo, fixando-se respectivamente em 1.689.040 toneladas e 1.020.870 toneladas. 2.4 – Produção industrial e volumes de negócios do comércio a retalho O índice global da produção industrial da União registou uma alta de 3,3% em 2005, depois de progredir de 1,7% em 2004. Esta evolução é ligada à melhoria da situação no Burkina (7,7%), na Côte d'Ivoire (2,6%), no Mali 10 Relatório Anual do BCEAO - 2005 (18,6%) e no Togo (0,6%). Nos outros Estados membros da União, a actividade industrial diminui-se. Assim, um recuo de 3,2% foi registado no Benin, contra 0,3% no Níger e 2,4% no Senegal. No conjunto, a actividade industrial foi suportada pelo consumo das famílias reflectido pela subida do índice do volume de negócios do comércio a retalho. Com efeito, este índice aumentou de 5,9% contra 2,6% no ano anterior. Esta tendência resulta do dinamismo do comércio dos produtos petrolíferos, de automóveis, de motocicletas, de peças sobressalentes e de bens de equipamento do alojamento. As vendas melhoraram-se em quase todos os Estados membros da União. Assim, o índice do volume de negócios a retalho fixou-se em alta de 0,6% na Côte d’Ivoire, 18,7% no Mali, 4,6% no Níger, 16,9% no Senegal, e 9,0% no Togo. A boa orientação do volume de negócios do comércio a retalho, reflexo da confiança das famílias, foi favorecida pelo aumento da procura.Em contrapartida, a actividade comercial baixou de 16,1% no Benin e de 0,3% no Burkina, em razão da concorrência exercida pelo sector informal. CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO 2.5 – Evolução dos preços A inflação, medida pela variação do índice harmonizado dos preços no consumidor (IHPC), registou uma aceleração em 2005. Com efeito, o nível geral dos preços no consumidor na UEMOA registou uma subida de 4,4% em média anual contra 0,5% em 2004. Nos países da União, excepto o Senegal, ela estabeleceu-se acima do objectivo de 2,0% fixado no quadro do programa monetário. Esta situação resulta essencialmente da conjunção de dois factores, a saber a redução da oferta dos produtos alimentares no mercado e a subida dos preços do petróleo bruto nos mercados mundiais. A diminuição da oferta alimentar, induzida pelos défices da produção cerealífera registados no final da campanha agrícola precedente, em particular nos países sahelianos da União, na sequência do fim precoce das chuvas e da invasão acridiana de 2004, constituiu uma fonte maior de pressões inflacionistas na UEMOA. O aumento dos preços dos produtos alimentares em 2005 contribuiu em cerca de 2,4 pontos percentuais para inflação total cuja taxa se estabeleceu em 4,4%. Assim, a subida dos preços dos produtos alimentícios explica cerca de 55,0% da inflação na zona UEMOA em 2005. A componente não alimentar contribuiu com 2,0 pontos percentuais para a taxa de inflação, reflectindo o encarecimento dos combustíveis, na sequência da subida dos preços do petróleo bruto nos mercados mundiais. Com efeito, o aumento de 16,8% dos preços de venda ao público de dos produtos petrolíferos repercutiu-se na subida dos preços dos outros bens e serviços, nomeadamente o transporte cujos preços aumentaram de 12,0% durante o ano. Por outro lado, o alargamento da base fiscal e o aumento do imposto sobre o valor acrescentado, assim como a falta de açúcar e do petróleo de uso doméstico observados no Níger, as perturbações na distribuição dos produtos petrolíferos no Benin, a incidência sobre os preços do contexto sócio-político na Côte d’Ivoire, na Guiné-Bissau e no Togo, contribuíram para a manutenção da pressão tiveram por inflacionista na zona. Relatório Anual do BCEAO - 2005 11 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO A inflação subjacente, que exprime a tendência de longo prazo do nível dos preços sobre a qual a política monetária pode ter um impacto, fixou-se em média anual em 2,9% contra 1,7% em 2004. Assim, os choques transitórios, principalmente os ligados à má campanha agrícola 2004/2005 e à subida dos preços do petróleo participaram globalmente na acentuação das pressões inflacionistas. Por país, a análise permite distinguir três grupos de países. O primeiro distingue-se por uma taxa de inflação superior a 5,0%. Integram-no o Níger (7,8%), o Togo (6,8%), o Burkina (6,4%), o Mali (6,4%) e o Benin (5,4%). No segundo grupo composto da Côte d’Ivoire (3,9%) e da Guiné-Bissau (3,4%), a progressão do nível geral dos preços situou-se entre 3,0% e 4,0%. Por fim, o terceiro grupo formado apenas pelo Senegal (1,7%) caracteriza-se por uma taxa de inflação inferior a 2,0%. No conjunto, o diferencial da inflação entre a União e os seus principais parceiros permaneceu globalmente favorável. Em relação aos países vizinhos, situa-se em 12,2 pontos percentuais. No entanto, a subida dos preços na União foi superior em 2,4 pontos percentuais da zona euro cuja moeda está ligada ao franco CFA por uma paridade fixa. Assim, apesar da aceleração da inflação na UEMOA, a competitividade das economias foi preservada. No entanto, este resultado favorável não foi suficientemente aproveitado para apoiar um crescimento económico são, em razão nomeadamente das dificuldades ressentidas pelos Estados no processo de saneamento das finanças públicas. 2.6 – Finanças públicas No conjunto dos Estados membros da União, os orçamentos foram executados em 2005 no quadro dos programas económicos e financeiros, concluídos com as Instituições de Bretton Woods. Nesta base, a execução das operações financeiras dos Estados saldou-se em 2005, à escala da União, por uma ligeira persistência do 12 Relatório Anual do BCEAO - 2005 défice global, excluindo donativos, base compromissos, que se fixou-em 1.080,6 mil milhões mil milhões, ou seja 4,5% do PIB. Por país, este défice em relação ao PIB fixou-se em 20,1% na Guiné-Bissau, 9,5% no Burkina, 7,7% no Níger, 7,1% no Mali, 3,1% no Bénin, 2,8% no Senegal, 2,7% na Côte d'Ivoire e 0,3% no Togo. A situação das finanças públicas continua a ser caracterizada por tensões de tesouraria, nomeadamente na Côte d’Ivoire, na GuinéBissau e no Togo, traduzindo-se por acumulações de atrasados de pagamento. Os Estados membros da União, na sua maioria, não respeitaram os critérios de convergência definidos no Pacto de convergência, de estabilidade, de crescimento e de solidariedade. Para além da emissão dos bilhetes de tesouros, os défices registados foram financiados em parte por empréstimos exteriores de 563,0 mil milhões, e pelo alívio do serviço da dívida externa de 108,5 mil milhões. 2.7 – Balança de pagamentos As contas externas da União registaram em 2005 um excedente de 58,1 mil milhões contra 210,6 mil milhões, em 2004, em relação essencialmente com a degradação da conta das transacções correntes. O défice da conta corrente estabeleceu-se em 1.337,7 mil milhões, contra 1.014,4 mil milhões, em 2004. A evolução da conta corrente resultou da orientação divergente das suas componentes. De facto, o saldo da balança comercial mostrou-se deficitária em 286,4 mil milhões. O défice da balança dos rendimentos agravou-se. O saldo positivo das transferências correntes consolidou-se e as saídas líquidas a título dos serviços recuaram. O excedente da conta de capital e das operações financeiras consolidou-se de 161,3 mil milhões, para se fixarem 1.381,9 mil milhões, em 2005. Esta melhoria resulta da do saldo dos investimentos de carteira excedentária em 19,5 mil milhões, contra um défice de 10,5 mil milhões, em 2004. CONTEXTOECONÓMICO ECONÓMICOEEFINANCEIRO FINANCEIRO CONTEXTO Por país, a análise da balança de pagamentos em 2005 indica défices da conta corrente excluindo transferências oficiais acima da norma comunitária, fixada em 5,0% do PIB em todos os países membros, com a excepção da Côte d'Ivoire que realizou um excedente equivalente a 0,1% do seu PIB. O rácio do défice corrente excluindo donativos s em relação ao PIB deteriorou-se entre 2004 e 2005, passando de 13,4% para 14,7% no Burkina, de 10,9% para 16,0% na Guiné-Bissau, de 8,0% para 9,7% no Senegal e de 11,4% para 16,2% no Togo. Estabilizou-se em 10,9% no Níger, tendo recuando de 7,7% para 7,1% no Benin e de 10,2% para 9,1% no Mali. Os recursos externos mobilizados a título da conta de capital e das operações financeiras permitiram realizar em 2005, saldos globais de balança de pagamentos excedentários em todos os Estados membros da União, com a excepção do Burkina, do Senegal e do Togo nos quais, devido à amplitude do défice corrente, a balança de pagamentos apresentou respectivamente um saldo deficitário de 104,7 mil milhões, 10,7 mil milhões, e 8,8 mil milhões. 2.8 – Mobilização dos recursos e situação da dívida externa Os Estados membros da União continuaram a beneficiar do apoio financeiro da comunidade internacional no âmbito da execução dos seus programas de recuperação económica e financeira. As entradas de recursos em apoio a estes programas fixaram-se em 473,3 mil milhões, contra 457,1 mil milhões, em 2004. A taxa de mobilização estabeleceu-se em 59,5%, contra uma realização de 50,7% no ano precedente. Por outro lado, a evolução dos fluxos líquidos de reembolso e das anulações das dívidas no quadro da Iniciativa PPTE não permitiu a redução do volume da dívida externa da UMOA que se fixou em 14.325,1 mil milhões, no final de Dezembro de 2005 contra 13.630,5 mil milhões, no ano precedente. Esta subida da dívida é principalmente imputável mobilização de novos sobre empréstimos. Em contrapartida, o rácio da dívida em relação ao PIB melhorou-se, fixando-se em 59,9% contra 60,9% um ano antes. O serviço devido fixou-se em 1.078,4 mil milhões, denotando uma subida de 90,7 mil milhões, em relação ao nível atingido em 2004. Ele representou 14,0% das exportações de bens e de serviços não factoriais contra 14,2% um ano antes. Tendo em conta o alívio obtido (189,2 mil milhões,) e os atrasados de pagamento acumulados (517,1 mil milhões,), o serviço pago foi estimado em 372,2 mil milhões, absorvendo 10,5% das receitas fiscais contra 9,6% em 2004. A título da Iniciativa a favor dos Países Pobres Muitos Endividados (IPPME), os Estados membros da União (Benin, Burkina, Mali, Níger e Senegal) que atingiram o seu ponto de conclusão beneficiaram de um alívio da sua dívida externa por um montante global de 140,1 mil milhões, incluindo 12,0 mil milhões, para o Benin, 24,1 mil milhões, para o Burkina, 30,0 mil milhões, para o Mali, 18,2 mil milhões, para o Níger e 55,8 mil milhões, para o Senegal. A Côte d’Ivoire, a Guiné-Bissau e o Togo ainda não atingiram o ponto de conclusão da iniciativa PPME. Por outro lado, no âmbito da implementação da iniciativa de alívio da dívida multilateral (IADM) proposta pelo grupo dos oito países industrializados do mundo (G8) a favor dos países de fraco rendimento, o Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) procedeu ao perdão da totalidade da dívida a 31 de Dezembro de 2004, dos dezanove primeiros países seleccionados. Assim, desde 06 de Janeiro de 2006, a dívida referente a cinco países da União, a saber o Benin (31,3 mil milhões,), o Burkina (54,1 mil milhões,), o Mali (64,7 mil milhões,), o Níger (65,9 mil milhões,) e o Senegal (85,9 mil milhões), foi totalmente perdoada. O montante global do perdão da dívida concedida pelo FMI é estimado em 351,1 milhões de DES, ou seja 301,9 mil milhões, de FCFA. Relatório Anual do BCEAO - 2005 13 CONTEXTO ECONÓMICO E FINANCEIRO De modo geral, os países da União que não beneficiaram do alívio, nem do perdão da dívida externa, continuaram a ser confronta- 14 Relatório Anual do BCEAO - 2005 dos com dificuldades financeiras que se traduziram em acumulação de novos atrasados de pagamento externos. II - IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 1 – OBJECTIVO DA POLÍTICA MONETÁRIA A s directivas da política da moeda e do crédito para o ano 2005 basearam-se nas grandes orientações de política económica aprovadas pelo Conselho de Ministros da UMOA, na sua sessão de 17 de Setembro de 2004. Estas directivas inscreviamse na perspectiva da continuação dos esforços de saneamento das finanças públicas, da aceleração das reformas estruturais, em particular nas áreas agrícolas e na realização das condições que permitam beneficiar dos mecanismos de alívio da dívida no âmbito da Iniciativa dos Países Pobres Muito Endividados. Em relação a estas considerações, o objectivo fixado para a acção monetária foi a estabilidade dos preços, com uma taxa de inflação de 2,0% no máximo, para consolidar a ligação da moeda comum ao euro. Os equilíbrios monetários projectados para a União previam as seguintes evoluções em 2005 : - uma melhoria de 367,0 mil milhões da posições externa líquida das instituições monetárias ; - uma contracção de 6,5 mil milhões, (-0,2%) do crédito interno, sob o efeito de uma melhoria de 148,4 mil milhões (25,8%) da posição líquida dos Governos e de um aumento de 141,9 mil milhões (4,3%) dos créditos à economia ; - uma progressão da massa monetária de 6,3%. Além disso, as intervenções do Banco Central foram previstas em 378,0 mil milhões, numa redução de 75,3 mil milhões em relação às previsões revistas no final de Dezembro de 2004. Esta situação deve-se essencialmente ao reembolso dos créditos monetários directos consolidados e à amortização dos títulos de Estado 5% -2006. O montante global dos créditos aos Estados devia fixar-se no máximo em 365,9 mil milhões, ou seja um recuo de 70,9 mil milhões. Os refinanciamentos a favor dos estabelecimentos de crédito eram previstos em torno de 12,1 mil milhões um recúo de 4,4 mil milhões. 2 – ACÇÃO MONETÁRIA A acção do Banco Central em 2005 baseou-se principalmente no uso dos instrumentos indirectos de regulação da liquidez para confortar a estabilidade monetária e contribuir para o financiamento não inflacionista do crescimento. 2.1 – Política das taxas de juro A política das taxas de juro do Banco Central é implementada através do mercado monetário e das intervenções nos balcões permanentes (balcões de redesconto e de pensão). Tendo em conta a situação económica e monetária dos Estados membros da UEMOA caracterizada principalmente por uma fragilidade da actividade económica em alguns países e uma subida dos preços devido essencialmente aos choques da oferta decorrente da diminuição das disponibilidades cerealíferas e da repercussão da subida dos preços do petróleo sobre o custo da energia e do transporte, o Banco Central decidiu manter as suas taxas directoras em 4,50% para a taxa de desconto e em 4,00% para a taxa de pensão, níveis em vigor desde 22 de Março de 2004. As taxas regulamentadas aplicáveis à pequena poupança permaneceram inalteradas, em a 3,50%. Relatório Anual do BCEAO - 2005 15 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 2.2 – Operações de open market Tendo em conta a situação da tesouraria bancária, o BCEAO não realizou a adjudicação de injecção ou de retoma de liquidez durante o ano 2005. 2.3 – Acções nos balcões permanentes e excepcionais de refinanciamento Em razão da importância da tesouraria do sistema bancário, a gestão das procuras de adiantamentos nos balcões permanentes de afectação dos recursos monetários continuou a ser guiada pelo princípio da incerteza do refinanciamento. O objectivo visado é de evitar nomeadamente que os refinanciamentos consentidos se tornem em fontes de tensões inflacionistas, não sirvam para alimentar as saídas de recursos para o estrangeiro ou para reforçar a constituição de activos junto dos correspondentes. Trata-se igualmente de permitir uma melhor reciclagem dos recursos no mercado interbancário e no mercado financeiro. Num contexto de abundância da liquidez bancária na União, os créditos do Banco Central aos bancos e estabelecimentos financeiros permaneceram em níveis relativamente baixos, fixando-se em 11,6 mil milhões no final 16 Relatório Anual do BCEAO - 2005 de Dezembro de 2005 contra 2,4 mil milhões em 31 de Dezembro de 2004. 2.4 – Dispositivo das reservas obrigatórias Instituído desde Outubro de 1993, o sistema das reservas obrigatórias visa reforçar a eficácia da política das taxas de juro, influenciando a liquidez dos bancos e a sua capacidade em conceder créditos. O dispositivo das reservas obrigatórias permite, caso for necessário, diferenciar por Estado os coeficientes das reservas obrigatórias dos bancos e estabelecimentos financeiros, em função das evoluções constatadas. Considerando a evolução da conjuntura, marcada por pressões inflacionistas e uma expansão dos créditos à economia, o Banco Central aumentou os coeficientes das reservas obrigatórias de 13,0% para 15,0% para os bancos do Benin, de 3,0% para 7,0% para os bancos do Burkina e de 5,0% para 9,0% para os bancos do Níger, a partir de 16 de junho de 2005. Os níveis dos coeficientes das reservas obrigatórias foram mantidas em 5,0% na Côte d'Ivoire, em 3,0% na Guiné-Bissau e no Togo e em 9,0% no Mali e no Senegal. No seu conjunto, os coeficientes das reservas obrigatórias dos bancos evoluíram da seguinte forma : CONTEXTO ECONÓMICO FINANCEIRO IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA EMONETÁRIA Os coeficientes das reservas obrigatórias aplicáveis aos estabelecimentos financeiros foram mantidos os mesmos em 5,0%, desde 1 de Outubro de 1993. 3 – RESULTADOS DA ACÇÃO MONETÁRIA E EVOLUÇÃO DOS AGREGADOS MONETÁRIOS O abastecimento insuficiente dos mercados de produtos alimentares e a subida das cotações mundiais do barril de petróleo provoca- 3.1 – Activos externos líquidos Os activos externos líquidos das instituições monetárias estabeleceram-se em 3.327,0 mil milhões, em aumento de 141,8 mil milhões em relação ao final de Dezembro de 2004. Este reforço da posição externa resulta em parte das mobilizações dos recursos externos para apoiar os programas económicos e financeiros dos Estados e do alívio obtidos por alguns países no quadro da iniciativa PPME. A consolidação da posição externa líquida das instituições monetárias diz respeito exclusivamente ao Instituto de emissão, cujos activos externos líquidos atingiram 3.195,4 mil milhões, num progressão de 165,6 mil milhões. As reservas oficiais de câmbio aumentaram de 5,5 mil milhões para se fixarem em 3.768,9 mil milhões no final de Dezembro de 2005. Daí resultou ram o ressurgimento das tensões inflacionistas. A taxa de inflação média anual fixou-se em 4,4% no final de Dezembro de 2005 contra um objectivo de 2% fixado no âmbito da politica monetária. Por outro lado, a situação monetária da União foi caracterizada no final de Dezembro de 2005 por uma consolidação da posição externa líquida das instituições monetárias e um acréscimo do crédito interno e da massa monetária. uma taxa de cobertura dos compromissos monetários à vista do Banco Central de 120,3%. Por sua parte, os compromissos externos do Instituto de emissão recuaram de 126,1 mil milhões, estabelecendo-se em 573,5 mil milhões, devido aos pagamentos efectuados a favor do Fundo Monetário Internacional por a conta dos Estados membros. Em contrapartida, os activos externos líquidos dos bancos registaram uma diminuição de 23,8 mil milhões estabelecendo-se em 131,6 mil milhões, traduzindo num aumento de 78,6 mil milhões dos compromissos externos, cujo impacto foi atenuado pelo aumento de 54,9 mil milhões dos activos externos brutos. Os activos externos líquidos aumentaram em todos os países da União, excepto no Burkina, no Senegal e no Togo. Relatório Anual do BCEAO - 2005 17 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 18 Relatório Anual do BCEAO - 2005 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 3.2 – Crédito interno Estabelecendo-se em 4.660,4 mil milhões no final de Dezembro de 2005, o montante do crédito interno na União registou em ritmo 3.2.1 – Posição líquida dos governos A posição líquida devedora dos Governos para com o sistema bancário fixou-se em 718,9 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005, numa deterioração de 13,1 mil milhões em relação ao nível atingido no final de Dezembro de 2004. Esta evolução resulta do recuo de 87,8 mil milhões dos créditos dos Estados ao sistema bancário, cujo impacto foi atenuado pela diminuição de 74,8 mil milhões dos seus compromissos. A diminuição dos créditos dos Estados resulta principalmente da redução de 83,3 mil milhões dos seus depósitos junto do anual, uma progressão de 10,3%. Esta situação resulta do aumento de 423,4 mil milhões dos créditos ao sector privado e de 13,0 mil milhões dos créditos líquidos aos Estados. Banco Central. O recuo das dívidas dos Estados traduz essencialmente os reembolsos de 92,8 mil milhões dos créditos do FMI. Os créditos do Banco Central aos Estados atingiram 354,8 mil milhões no final de Dezembro de 2005, numa diminuição de 4,8% em relação a Dezembro de 2004. Eles abrangem essencialmente as consolidações dos avanços estatutários, cujo valor se estabeleceu em 340,7 mil milhões no final de Dezembro de 2005, contra 356,0 mil milhões registados no final de 2004. Relatório Anual do BCEAO - 2005 19 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 3.2.2 - Créditos à economia O montante dos créditos à economia passou de 3.518,1 mil milhões em Dezembro de 2004 para 3.941,5 mil milhões em Dezembro de 2005, ou seja uma progressão de 12,0%, atribuível respectivamente aos créditos ordinários 20 Relatório Anual do BCEAO - 2005 que aumentaram de 10,9% e aos créditos de campanha que progrediram de 46,4%. Globalmente, a evolução dos créditos à economia traduziu-se pela expansão dos créditos de curto prazo e de médio e longo prazos respectivamente de 252,8 mil milhões e de 170,6 mil milhões. IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Quadro 8 : Evolução por país dos créditos à economia 2003 mil milhões de FCFA BENIN Créditos à economia Crédito de curto prazo Dos quais crédito de campanha Crédito de médio e longo prazos BURKINA Créditos à economia Crédito de curto prazo Dos quais crédito de campanha Crédito de médio e longo prazos COTE D’IVOIRE Créditos à economia Crédito de curto prazo Dos quais crédito de campanha Crédito de médio e longo prazos GUINÉ-BISSAU Créditos à economia Crédito de curto prazo Dos quais crédito de campanha Crédito de médio e longo prazos MALI Créditos à economia Crédito de curto prazo Dos quais crédito de campanha Crédito de médio e longo prazos NIGER Créditos à economia Crédito de curto prazo Dos quais crédito de campanha Crédito de médio e longo prazos SENEGAL Créditos à economia Crédito de curto prazo Dos quais crédito de campanha Crédito de médio e longo prazos TOGO Créditos à economia Crédito de curto prazo Dos quais crédito de campanha Crédito de médio e longo prazos Fonte : BCEAO. 2004 2005 293,8 208,9 20,4 84,9 312,1 218,0 6,3 94,1 375,1 248,9 15,4 126,2 341,0 248,5 40,0 92,5 381,9 233,0 15,0 148,9 474,1 311,4 69,2 162,7 1 093,0 819,8 62,3 273,2 1 174,0 890,9 70,7 283,1 1 189,4 904,6 69,8 284,8 2,6 2,4 0,2 0,2 2,3 2,1 0,0 0,2 3,3 2,9 0,0 0,4 482,7 386,1 1,2 96,6 515,6 372,9 3,8 142,7 516,0 358,8 1,2 157,2 83,0 64,1 0,4 18,9 101,1 71,0 0,7 30,1 121,3 83,0 0,9 38,3 784,6 515,7 3,6 268,9 856,9 551,2 14,0 305,7 1 067,0 662,0 10,0 405,0 167,0 104,0 2,0 63,0 174,4 106,8 3,4 67,6 195,3 127,2 0,4 68,1 Relatório Anual do BCEAO - 2005 21 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 3.2.3 – Evolução dos créditos registados na Central de riscos o montante de créditos registados na Central de riscos estabeleceu-se em 3.613,7 mil milhões, ou seja um aumento de 381,8 mil milhões em relação a 2004. Esta evolução resultou nomeadamente do aumento dos financiamentos consentidos às empresas dos sectores do comércio (195,4 mil milhões), das indústrias manufactureiras (82,3 mil milhões), dos transportes, armazéns e comunicações (62,6 mil milhões), dos seguros, assuntos imobiliários e serviços às empresas (26,0 mil milhões), das construções e obras públicas (28,3 mil milhões), da agricultura, silvicultura e pesca (14,0 mil milhões), da energia (16,3 mil milhões) e das indústrias extractivas (2,9 mil milhões). Em contrapartida, os financiamentos concedidos ao sector dos serviços fornecidos à colectividade, aos serviços sociais e pessoais registaram um recuo de 46,0 mil milhões. O aumento dos financiamentos, dizem respeito aos créditos de tesouraria que se fixaram em 270,1mil milhões contra 111,7 mil milhões de créditos para investimento. O montante dos financiamentos de curto prazo fixou-se a 22 Relatório Anual do BCEAO - 2005 2.790,8 mil milhões, representando 77,2% do conjunto dos riscos registados em 2005 contra 78,0% em 2004 e 77,6% em 2003. A repartição por país do montante global dos créditos registados fixou-se em 10,2% para o Benin, 10,8% para o Burkina, 29,4% para a Côte d'Ivoire, 0,04% para a Guiné-Bissau, 9,8% para o Mali, 3,7% para o Níger, 31,2% para o Senegal e 4,9% para o Togo. 3.3 - Massa monetária e base monetária A massa monetária aumentou de 7,3% em 2005, para se estabelecer em 6.413,9 mil milhões. As suas contrapartidas progrediram de 2,4 e 7,3 pontos respectivamente a título da melhoria dos activos externos líquidos e dos créditos internos e de -2,4 pontos a título dos outros postos líquidos. O aumento da massa monetária foi induzido ao mesmo tempo pelos depósitos que se consolidaram de 4,5% para atingirem 4.367,6 mil milhões e pela circulação fiduciária que aumentou de 13,7%, para se fixar em 2.046,3 mil milhões. A parte da circulação fiduciária na massa monetária estabeleceu-se a 31,9% contra 30,1% no ano precedente. IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Por sua vez, a base monetária situou-se em 2.801,6 mil milhões, numa subida de 71,1 mil milhões em Dezembro de 2004. Esta evolução resultou da melhoria de 246,5 mil milhões da circulação fiduciária, atenuada pelo recuo de 148,9 mil milhões das reservas dos bancos e de 26,5 mil milhões dos outros depósitos. Relatório Anual do BCEAO - 2005 23 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 24 Relatório Anual do BCEAO - 2005 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 3.4 – Poupança privada recolhida pelos bancos e caixas de poupança A poupança mobilizada pelo sistema bancário no seio dos países da UEMOA foi avaliada em 2.070,9 mil milhões em 31 de Dezembro de 2005, em progressão de 179,5 mil milhões (9,5%) em relação ao nível registado um ano antes. Esta evolução deve-se principalmente aos depósitos a prazo e aos depósitos nas contas de regime especial que aumentaram respectivamente de 119,9 mil milhões e 59,4 mil milhões. O gráfico e o quadro seguintes apresentam por país, a poupança privada recolhida pelos bancos e as caixas de poupança. Relatório Anual do BCEAO - 2005 25 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 3.5 – Créditos do Banco Central As intervenções do Banco Central estabeleceram-se em 366,4 mil milhões no final de Dezembro de 2005, ou seja um recuo de 8,5 mil milhões em relação ao nível registado no final 26 Relatório Anual do BCEAO - 2005 de 2004. Esta evolução está ligada à diminuição de 17,7 mil milhões dos créditos aos Estados, atenuada pelo aumento de 9,2 mil milhões dos refinanciamentos a favor dos bancos e estabelecimentos financeiros. IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA Os créditos sobre os Tesouros nacionais atingiram 354,8 mil milhões no final de Dezembro de 2005, ou seja um recuo de 17,7 mil milhões em relação a 2004, resultando dos reembolsos dos créditos monetários directos consolidados do BCEAO aos Estados (15,3 mil milhões), dos pagamentos de 2,3 mil milhões respeitantes aos títulos de Estado 5%-2006 e da amortização de 0,1 mil milhão dos créditos consolidados a título do ex-Banco Central da GuinéBissau (ex-BCGB) e do ex-Banco de Crédito Nacional (ex-BCN) da Guiné-Bissau. O montante dos títulos de Estado na carteira do banco Central passou de 10,9 mil milhões em 2004 para 8,6 mil milhões, na sequência das amortizações semestrais. Os créditos consolidados a título do ex-BCGB e do ex-BCN na Guiné-Bissau, situaram-se em 5,5 mil milhões contra 5,6 mil milhões um ano antes. Os refinanciamentos dos bancos e dos estabelecimentos financeiros aumentaram de 9,2 mil milhões, passando de 2,4 mil milhões em 2004 para 11,6 mil milhões em 31 de Dezembro de 2005. Tal como em 2004, os créditos aos bancos e aos estabelecimentos financeiros foram exclusivamente consentidos em 2005 no balcão da pensão. Igualmente, o Banco Central não organizou nenhuma adjudicação de injecção ou de retoma de liquidez a semelhança de 2004. No total, em relação às referências retidas nos programas monetários para 2005, as realizações no final de Dezembro de 2005, a título dos créditos aos tesouros nacionais e dos refinanciamentos a favor dos bancos e dos estabelecimentos financeiros, apresentam-se por país como segue : Relatório Anual do BCEAO - 2005 27 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 3.6 – Evolução das reservas obrigatórias constituídas O número de bancos vinculados ao dispositivo das reservas obrigatórias é de setenta e seis (76) contra setenta e quatro (74) unidades em 2004. Por outro lado, cinco (5) estabelecimentos financeiros foram submetidos ao sistema das reservas obrigatórias, como no ano precedente. O montante médio das reservas requeridas pelos bancos foi estimado em 420,2 mil milhões em 15 de Dezembro de 2005 contra 339,4 mil milhões no ano precedente. Em média, as 28 Relatório Anual do BCEAO - 2005 reservas constituídas efectivamente recuaram de 153,5 mil milhões para se fixarem em 624,0 mil milhões incluindo 27,5 mil milhões de títulos de Estado. Por conseguinte, os excedentes líquidos dos bancos contraíram se, um ano passando 438,1 mil milhões para a 203,9 mil milhões. No que diz respeito às reservas obrigatórias dos estabelecimentos financeiros, dos 0,5 mil milhão necessários, foram apenas constituídas reservas no montante de 0,3 mil milhão, gerando assim um défice global médio líquido de 0,2 mil milhão. IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 3.7 – Operações do mercado interbancá rio e evolução das taxas de base bancárias O mercado interbancário da União, ao qual cabe o papel primordial da reciclagem da liquidez bancária, conheceu uma relativa recrudescência de actividades durante o ano 2005. O volume médio semanal das transacções foi estimado em 17,5 mil milhões contra 12,4 mil milhões um ano antes. As operações efectuadas eram relativas a uma larga gama de prazos, indo de um dia a nove meses. No entanto, os compartimentos de uma semana, um dia, duas semanas, um mês e três meses foram os mais activos com médias de transacções semanais respectivamente de 6,7 mil milhões, 4,2 mil milhões, 2,7 mil milhões, 2,0 mil milhões e 1,2 mil milhão A semelhança do ano precedente, as transacções a seis e nove meses foram marginais. As praças mais activas da União foram as de Abidjan e de Dakar. As praças de Lomé e de Abidjan foram as principais fornecedoras de recursos, com as ofertas a exceder as procuras locais por montantes médios semanais respectivamente de 2,8 mil milhões e 2,7 mil milhões. As taxas de juro mínimo e máximo estabeleceram-se respectivamente em 2,50% e 8,50% durante em 2005 contra 1,50% e 10,50% no ano anterior. As taxas interbancárias fixaram-se em média em 4,86% a um dia, 3,90% a uma semana 3,88% a duas semanas 4,51% a um mês 4,83% a três meses 5,33% a seis meses e 6,75% a nove meses. Relativamente ao ano precedente, esta tendência reflete uma diminuição das taxas nos prazos de uma semana, duas semanas e nove meses. As taxas relativas ao prazo de Os de um dia, três meses e seis meses registaram uma subida. No prazo de doze meses, nenhuma transacção foi registada, ao contrário 2004 onde a taxa média ponderada de 5,17% foi observada. As taxas bancárias situaram-se dentro do intervalo entre 4,00% e 12,00% contra de 6,50% e 12,00% observado no ano precedente. Relatório Anual do BCEAO - 2005 29 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 30 Relatório Anual do BCEAO - 2005 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 3.8 – Operações do mercado dos títulos de dívidas negociáveis As emissões de títulos de dívida negociáveis estabeleceram-se globalmente em 270,7 mil milhões contra 160,0 mil milhões em 2004, dos quais 270,5 mil milhões relativas aos bilhetes de Tesouro e 0,2 mil milhão referentes aos títulos dos estabelecimentos financeiros. Doze emissões de bilhetes de Tesouro foram realizadas por adjudicação a taxas variáveis, por cinco Estados da União, a saber : - três emissões pelo Mali em Fevereiro, Agosto e Novembro de 2005, por um montante acumulado de 84,9 mil milhões ; - dois pelo Burkina, pela Côte d'Ivoire e pelo Níger por para montantes acumulados respectivamente de 43,3 mil milhões, 47,5 mil milhões e 30,0 mil milhões ; - uma emissão pelo Benin, pela GuinéBissau e pelo Senegal por montantes respectivamente de 23,4 mil milhões, 6,0 mil milhões e 35,5 mil milhões. As taxas médias destes bilhetes variaram entre 3,3858% e 4,9300%. de 4 anos e uma taxa de 5,50%, foi realizada por um estabelecimento do Senegal em Janeiro de 2005 por um montante de 180,0 milhões. Não foi registada nenhuma emissão de títulos de tesouraria, de certificados de depósitos das instituições financeiras regionais. No final de Dezembro de 2005, o montante dos títulos de dívida negociáveis fixou-se em 237,4 mil milhões contra 175,2 mil milhões no final de Dezembro de 2004. Este montante incluía : - uma emissão de títulos de tesouraria de um montante de 15,0 mil milhões ; - uma emissão de certificado de depósito no montante de 0,3 mil milhão ; - duas emissões de títulos dos estabelecimentos financeiros de um montante acumulado de 4,3 mil milhões ; - quatro linhas de títulos das instituições financeiras regionais (BOAD) de um montante total de 70,2 mil milhões ; - e sete emissões de bilhetes do Tesouro de um montante acumulado de 147,6 mil milhões. A emissão de títulos de tesouraria dos estabelecimentos financeiros, com uma maturidade Relatório Anual do BCEAO - 2005 31 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 32 Relatório Anual do BCEAO - 2005 III - EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO 1 – GESTÃO DA CIRCULAÇÃO FIDUCIÁRIA A s operações efectuadas nos balcões do Banco Central foram marcadas, durante o ano de 2005, por um excedente de levantamentos sobre os depósitos dos signos monetários. A parte das notas na circulação fiduciária estabeleceu-se em 95,04% contre 95,72% em 2004. 1.1 – Levantamentos e depósitos nos balcões As operações efectuadas nos balcões do Banco Central conheceram uma ligeira subida durante o ano de 2005. Os levantamentos e os depósitos efectuados durante o ano de 2005 envolveram um total de 2.391,9 milhões de notas e moedas contra 2.383,5 milhões um ano antes, ou seja um aumento de 0,3%. 1.1.1 - Levantamentos Os levantamentos de notas foram estimadas em 1.122,0 milhões de espécimes (6.150,4 mil milhões), contra 1.071,3 milhões de espécimes em 2004 (5.662,3 mil milhões), ou seja um aumento de 5% em volume e de 8% em valor. Os levantamentos mais importantes foram registadas na Côte d’Ivoire (25,4%), no Burkina (17,2%), no Senegal (16,6%) e no Benin (15,5%). As saídas da moeda metálica aumentaram neste período de 14%, passando de 106,4 milhões de unidades para 121 milhões de unidades. Em termos de valor, elas cifram-se em 24,9 mil milhões em 2005, contra 17,9 mil milhões no ano precedente. Esta subida explica-se essencialmente pela entrada em circulação de importantes quantias de moedas de 500 FCFA e 200 FCFA para compensar a retirada da circulação da nota de 500 FCFA. Relatório Anual do BCEAO - 2005 33 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO 1.1.2 - Depósitos Os depósitos das notas nos balcões do Banco Central envolveram 1.124,0 milhões de notas (6.011,8 mil milhões), contra 1.200,1 milhões de notas (5.734,2 mil milhões) em 2004, ou seja um recúo de 7% em volume e um aumento de 0,5% em valor. As entradas mais importantes em valor foram registadas no Benin (19,2%), no Senegal 1.2 – Composição da circulação fiduciária No final de Dezembro de 2005, a circulação fiduciária (excluindo Banco Central) estabeleceu-se em 2.213,9 mil milhões, contra 1.988,1 mil milhões um ano antes, ou seja um aumento de 11,4%. 34 Relatório Anual do BCEAO - 2005 (18,6%), na Côte d’Ivoire (18,4%) e no Burkina (17,7%). Relativamente às moedas, os depósitos efectuados nos balcões do Banco Central passaram de 5,6 milhões de unidades em 2004 para 23,1 milhões, registando assim, neste período, uma importante subida. Em valor, cifram-se em 3.102 milhões em 2005, contra 404,7 milhões no ano precedente. As notas de maiores valores constituíram 85,8% da circulação de notas em 2005, contra 85,3% em 2004. Em número, representaram 44,11% das notas em circulação contra 41,7% em 2004. EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO 2 – EXECUÇÃO DOS PAGAMENTOS NO INTERIOR DA UMOA 2.1 – Movimentos de notas externas nos balcões das Agências do BCEAO Os movimentos das notas externas resultantes das operações de triagem cifraram-se, durante o exercício de 2005, em 820,1 mil milhões de FCFA contra 430,9 mil milhões no exercício precedente, ou seja um aumento de 90,3%. As notas deslocadas são constituídas principalmente das emitidas pelas agências de Côte d'Ivoire (40,6%), do Mali (14,7%), do Benin (13,9%) e do Burkina (13,6%). As agências do Togo, do Benin, do Senegal e do Burkina registaram nos seus balcões os montantes mais importantes de notas externas, com partes respectivas 25,6%, 22,6%, 21,2% e 12,4%. Relatório Anual do BCEAO - 2005 35 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO 2.2 – Transferências entre os Estados membros da UMOA (disposições) Os fluxos líquidos de capitais entre os Estados da União passaram de 2.566,3 mil milhões em 36 Relatório Anual do BCEAO - 2005 2004 para 3.694,8 mil milhões, ou seja um aumento de 1.128,5 mil milhões ou 43,9%. EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO 3 – EXECUÇÃO DOS PAGAMENTOS COM O EXTERIOR 3.1 – Operações sobre notas com o exterior A 31 de Dezembro de 2005, o contra-valor da reserva em notas de euros aumentou a 3,4 mil milhões de francos CFA contra 3,3 mil milhões de francos CFA no ano precedente. Nenhuma nota do euro foi repatriado para o Banco da França durante o exercício. 3.2 – Transferências escriturais As transferências dos fundos, executadas com a intermediação do Banco Central, saldaramse no final do exercício de 2005 por uma saída líquida de 185,7 mil milhões contra 23,8 mil milhões um ano antes. Este aumento é imputável principalmente ao sector bancário. As transferências dos bancos para o estrangeiro fixaram-se em 1.228,4 mil milhões no final de Dezembro de 2005 contra 962,9 mil milhões no ano precedente, ou seja uma progressão de 265,5 mil milhões. Os fundos recebidos pelos bancos cifraram-se em 748,3 mil milhões, ou seja uma subida de 27,4 mil milhões. No total, as transferências líquidas bancárias saíram deficitárias de 480,1 mil milhões contra 242,1 mil milhões em 2004, ou seja uma degradação de 238 mil milhões. Os Tesouros e outros organismos públicos solicitaram transferências de fundos para o estrangeiro, principalmente a título do pagamento do serviço da dívida pública e dos abastecimentos das embaixadas, em cerca de 343,8 mil milhões contra 369,3 mil milhões em 2004. Quanto às entradas de fundos, representando essencialmente apoios financeiros da comunidade internacional estabeleceram-se, em 628,3 mil milhões contra 592,3 mil milhões um ano antes. No total, as operações financeiras dos Tesouros e outros organismos públicos saldaram-se por uma entrada líquida de capitais de 284,5 mil milhões em 2005 contra 223,1 mil milhões em 2004. As transacções efectuadas por intermédio da Agência Monetária da África ocidental (AMAO) permaneceram a um nível muito fraco. As transferências recebidas situaram-se em 163 milhões em 2005 contra 154 milhões para o exercício anterior, marcando uma ligeira subida de 9 milhões. Em 2005, nenhuma emissão foi registada contra 1 milhão em 2004. 4 – FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS DE PAGAMENTO A modernização dos sistemas de pagamento da UEMOA, iniciada pelo BCEAO desde 1999, visa reforçar as infra-estruturas de base do sector financeiro, reduzir os custos e os prazos de tratamento das operações de pagamento no seio da sub-região, melhorar a segurança das operações e promover novos instrumentos de pagamento electrónico. Os novos sistemas de pagamento articulam-se em torno dos seguintes grandes eixos : Q Q Q a modernização dos sistemas de troca e de pagamento das transacções de grandes montantes, mediante a criação de um sistema de pagamento bruto em tempo real para realizar os pagamentos de importância sistémica. Este sistema é conhecido sob a denominação de Sistema de Transferência Automatizado e de Pagamento na UEMOA (STARUEMOA) ; a automatização dos sistemas de troca e de pagamento das transacções de pequenos montantes, a saber os pagamentos de massa, com o arranque de um sistema de compensação multilateral automatizado, denominado Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-UEMOA) ; o desenvolvimento de um sistema de cartão interbancário sub-regional, a criar pelo sector bancário sob a incitação do BCEAO. Em 2005, os trabalhos de implementação dos novos sistemas nos países da UEMOA, assim Relatório Anual do BCEAO - 2005 37 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO como as vertentes que os acompanham, nomeadamente o quadro jurídico apropriado, as infra-estruturas de telecomunicações reforçadas e a criação de uma central dos incidentes de pagamento foram prosseguidos. Assim, o arranque progressivo do SICA-UEMOA aconteceu a 17 de Novembro de 2005 no Mali e o Sistema de Transferência Automatizado e de Pagamento na UEMOA (STAR-UEMOA), iniciado em Junho de 2004, conheceu um funcionamento regular. 4.1 – Sistema de Transferência Automatizado e de Pagamento na UEMOA (STAR-U UEMOA) As principais acções levadas a cabo a título da vertente de pagamento bruto em tempo real dizem respeito a gestão operacional de STAR-UEMOA, a inter-conexão entre STARUEMOA e SICA-UEMOA para o descarregamento dos saldos de compensação, a realização dos testes de pré-produção para o pagamento das operações do Depositário Central/Banco de Pagamento (DC/BR) da Bolsa Regional dos Valores Mobiliários (BRVM) e as diligências com vista à implementação dos adiantamentos intra-diários. No que diz respeito à gestão operacional do STAR-UEMOA, as actividades realizadas em 2005 abrangeram a exploração, a assistência aos participantes (Agências Principais do BCEAO e bancos), a verificação das escrituras contabilísticas geridas pelo sistema contabilístico do BCEAO para se assegurar-da sua conformidade com os saldos das contas de pagamento no STAR-UEMOA, a elaboração das estatísticas e dos relatórios de funcionamento do STAR-UEMOA. Com vista ao alargamento das operações do STAR-UEMOA às da BRVM no âmbito da implementação de um sistema de pagamento/entrega de títulos, testes de pré-produção das operações do Depositário Central/Banco de Pagamento (DC/BR) decorreram de 19 a 38 Relatório Anual do BCEAO - 2005 26 de Dezembro de 2005 e foram concludentes. O arranque das operações da BRVM está previsto para Fevereiro de 2006. Na sequência de um inquérito realizado junto de todos os participantes sobre o funcionamento do STAR-UEMOA, o BCEAO iniciou uma revisão dos procedimentos com vista a reforçar a eficácia da gestão do sistema. Desde o arranque do STAR-UEMOA o objectivo de qualidade que guiou o BCEAO permitiu melhorar a gestão operacional do sistema e dos serviços oferecidos aos participantes. Depois de dezoito meses de funcionamento do STAR-UEMOA, convém salientar uma participação activa dos bancos da União e um aumento, em número e em valor, das trocas efectuadas no sistema, como o atestam os seguintes indicadores : Q Q Q Q Q Q a participação total de todos os bancos da União nas jornadas de troca com um número médio por dia de 58 participantes ; o registo da participação dos bancos novamente instalados na União ; o número médio por dia das operações tratadas aumentou consideravelmente neste período passando de 572 no final de 2004 para 716 em 2005, ou seja uma progressão de 25% ; o valor médio por dia das operações pagas situa-se em 102,0 mil milhões contra 82,0 mil milhões em 2004, ou seja um aumento de 24% ; a taxa de rejeição por falta de fundos estabelece-se em média em 0,1% contra 0,3% em 2004 e está largamente abaixo do mínimo de 1% fixado no acordo de crédito IDA (Banco Mundial) ; a redução dos incidentes de funcionamento do sistema. EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO 4.2 – Sistema Interbancário de Compensação Automatizado na UEMOA (SICA-U UEMOA) As diligências cumpridas a título do SICAUEMOA referem-se essencialmente ao acompanhamento da realização dos testes das operações reais, à preparação do arranque do sistema de compensação, à finalização dos procedimentos interbancários, ao arranque dos trabalhos de normalização dos cheques e títulos comerciais (nota promissória e letra de câmbio) e a formação dos agentes das Direcções Nacionais do BCEAO. Estas diferentes acções permitiram o arranque a 17 de Novembro de 2005 do sistema de compensação no Mali e programar o do Senegal para 19 de Janeiro de 2006. Desde o arranque do SICA-UEMOA no Mali, o número total das operações tratadas durante as seis semanas de compensação foi estimado em 12.761 operações em Novembro de 2005 e 25.259 operações em Dezembro de 2005. Os saldos de compensação pagos por dia no STAR-UEMOA estabelecem-se em 65,3 mil milhões incluindo 19,3 mil milhões em Novembro de 2005 e 46,0 mil milhões em Dezembro de 2005. 4.3 – Sistema monético interbancário regional No tocante ao Sistema Monético Interbancário Regional, o BCEAO deu assistência aos bancos para a criação do centro de Tratamento Monético Interbancário da UEMOA (CTMIUEMOA) e para as negociações com os Emissores Internacionais de cartões electrónicos, nomeadamente VISA e MasterCard. No âmbito do seu apoio à comunidade bancária para o arranque do sistema monético sub-regional, o BCEAO designou um agente para assegurar a Direcção Geral do CTMIUEMOA a partir de Agosto de 2005. Conforme às suas missões de supervisão, o Banco Central investiu-se no reforço do quadro jurídico aplicável à emissão da moeda electrónica elaborando um projecto de Instrução relativo à emissão da moeda elec- Relatório Anual do BCEAO - 2005 39 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO trónica e aos estabelecimentos de moeda electrónica. Na sequência da criação sob forma de sociedade anónima do CTMI-UEMOA decorrida em Fevereiro de 2005, o BCEAO participou nas sessões de negociações realizadas com o BOAD no quadro da procura de financiamento. O capital social do CTMI-UEMOA, detido pelo GMI-UEMOA e os seus membros, foi aumentado de 11 milhões para 2.179 milhões de FCFA no final de Dezembro de 2005. O GIMUEMOA compreende sessenta e cinco (65) membros no final de Dezembro de 2005. O BCEAO participou igualmente de 07 a 09 de Novembro de 2005, ao lado do CTMI-UEMOA, nas sessões de negociações de contratos com os fornecedores da solução monética assim como na definição do planning de implementação da solução monética. Este planning prevê o início de actividade do CTM-I e do CTM-D (Emissão, levantamento GAB e CashAdvance) durante o ano de 2006. Relativamente aos acordos com VISA e MasterCard, o BCEAO participou junto com o GIM-UEMOA nas negociações que conduziram à aceitação do dossier do GIM-UEMOA. Assim, o GIM-UEMOA foi admitido como Membro Principal de Visa International e de MasterCard International. A título das acções de formação, agentes do BCEAO participaram no seminário organizado pelo GIM-UEMOA sobre os conceitos e a problemática das normas Europay, VISA e MasterCard (EMV), bem como na 11ª Conferência Africana sobre os cartões de pagamento que decorreu em Joanesburgo na África do Sul de 24 a 28 de Outubro de 2005. 4.4 - Textos regulamentares No âmbito da reforma do quadro jurídico e regulamentar dos sistemas de pagamento da União, o BCEAO participou durante o ano de 40 Relatório Anual do BCEAO - 2005 2005, em diversas reuniões organizadas pela Comissão da UEMOA. De facto, as actividades realizadas a título do quadro legal e regulamentar dos sistemas de pagamento, dizem respeito essencialmente à harmonização do quadro jurídico e institucional da normalização e da prova electrónica no domínio bancário e financeiro em relação com os Estados, as instâncias da UEMOA e o BCEAO. Deste modo, o Regulamento relativo ao esquema de harmonização das actividades de acreditação, de certificação, de normalização e de metrologia nos Estados membros da UEMOA foi adoptado pelo Conselho dos Ministros da União em Junho de 2005. O projecto de Regulamento de execução relativo às atribuições, organização e funcionamento do Secretariado Regional da Normalização, da Certificação e da Promoção da Qualidade (NORMCERQ) foi finalizado tendo como primeiro gabinete reconhecido, o da normalização bancária e financeira que vai ser criado por iniciativa do BCEAO. Considerando o quadro regulamentar definido com a Comissão da UEMOA, o Banco Central elaborou os projectos dos textos de base do futuro gabinete de normalização bancária e financeira tendo em conta as exigências dos sistemas nacionais e internacionais de normalização. Os textos de aplicação do quadro legal, a saber algumas instruções e as portarias/despacho ministeriais devendo acompanhar o Regulamento n° 15/2002/CM/UEMOA relativo aos sistemas de pagamento, estão a ser adoptados. A portaria relativa à fixação do montante de referência das operações realizáveis em moeda fiduciária foi assinada em todos os Estados da União, com excepção da Guiné-Bissau. A lei de transposição da Directiva n° 08/2002/CM/UEMOA relativa às medidas de promoção da bancarização e do EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO uso dos meios de pagamento escriturais foi adoptada pelos Parlamentos do Burkina, da Guiné-Bissau, do Mali, do Níger, do Senegal e do Togo. Por fim, o projecto de instrução sobre a moeda electrónica foi elaborado e deverá ser objecto de adopção em 2006. No que diz respeito à protecção jurídica dos nomes dos novos sistemas de pagamento, STAR-UEMOA e SICA-UEMOA, o BCEAO recebeu a portaria/despacho da Organização Africana da Propriedade Intelectual (OAPI) relativa à protecção das marcas dos seus sistemas de pagamento. Diligências estão em curso para a protecção dos nomes STARUEMOA e SICA-UEMOA no seio da União Europeia, nos Estados Unidos e no Canadá. 4.5 – Sistema de telecomunicações A título das telecomunicações, as principais realizações durante o ano 2005 disseram respeito principalmente ao desdobramento e ao seguimento do funcionamento operacional da rede das telecomunicações, ligando os bancos aos sítios do BCEAO, no quadro da preparação do arranque do SICA-UEMOA. Assim, em relação aos fornecedores nacionais de telecomunicações, a rede de acesso dos bancos foi criada na Côte d'Ivoire e no Níger. O desdobramento da rede de acesso do Benin decorreu de 22 de Dezembro de 2005 a 5 de Janeiro de 2006. O do Togo está previsto para 2006, devido essencialmente aos atrasos registados pelos participantes na sua preparação e às dificuldades encontradas pelo operador nacional das telecomunicações (entre- ga dos routeurs e dos modems, disponibilidade das ligações especializadas). 4.6 – Central dos incidentes de pagamento As actividades levadas a cabo a nível da Central dos Incidentes de Pagamento dizem respeito essencialmente à realização dos trabalhos complementares sobre as especificações funcionais detalhadas, ao desdobramento do novo aplicativo da Central dos Incidentes de Pagamento (CIP), à realização dos testes e à interpretação dos ficheiros recebidos dos Estabelecimentos Detentores de Conta (ETC). Além disso, diversas visioconferências foram organizadas com vista a conhecer o estado de evolução dos trabalhos relativos à CIP e dar assistências necessárias aos agentes das Direcções Nacionais do BCEAO. Um seminário de formação sobre a nova aplicação informática da CIP foi organizado de 11 a 15 de Julho de 2005, para agentes encarregues da CIP nas Direcções Nacionais. Em conclusão, STAR-UEMOA tem um ano e meio de actividade. SICA-UEMOA arrancou em 2005 e sua entrada em actividade em todos os países da União será terminada em 2006. No que diz respeito à CIP, um arranque progressivo será efectuado em 2006. Tratandose do sistema interbancário de pagamento por cartões, o seu arranque operacional está previsto para 2007. Relatório Anual do BCEAO - 2005 41 EMISSÃO MONETÁRIA E SISTEMAS DE PAGAMENTO Prédio albergando o Banco Regional de Solidariedade – Benin (BRS – Benin) 42 Relatório Anual do BCEAO - 2005 IV – SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO 1 – EVOLUÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO 1.1 – Textos regulamentares A o nível do sistema bancário, o projecto de lei-quadro sobre a concepção de um quadro legal e regulamentar favorável à emergência de empresas de investimento de capital fixo, adoptado pelo Conselho de Ministros da União Monetária Oeste-Africana, foi transmitido aos Estados, com vista à sua inserção no seu ordenamento jurídico interno. O recurso a uma lei-quadro para regulamentar as empresas de investimento justifica-se pela necessidade de melhor integrar as orientações nacionais em matéria de política económica. Depois da sua adopção pelos Estados, um projecto de Directiva sobre os aspectos fiscais será submetido às Instâncias competentes da UEMOA, nomeadamente o Conselho de Ministros. A escolha da Directiva como instrumento de adopção das medidas relativas à harmonização fiscal visa obrigar os Estados membros a cumprir os objectivos preconizados em termos de incentivos, dando-lhes ao mesmo tempo a liberdade de escolha da forma e dos meios para a sua implementação. A criação deste quadro jurídico, relativo às empresas de investimento de capital fixo, tem essencialmente como objectivo ajudar no reforço dos fundos próprios das sociedades não cotadas na bolsa, em particular as PME. Com efeito, apesar da sua importância para as economias dos Estados da UEMOA, estas são muitas vezes confrontadas com as dificuldades ligadas à insuficiência dos seus recursos próprios. As especificidades das empresas de investimento relativas, de um lado, a seu domínio de intervenção e, do outro, aos riscos particulares que fazem correr os seus credores, foram tomadas em conta para a definição do quadro proposto. 1.2 – Evolução da rede bancária Durante o ano de 2005, a rede bancária da UMOA foi caracterizada por uma consolidação do efectivo dos bancos e estabelecimentos financeiros, a diversificação da paisagem bancária da União reforçou-se com a chegada de novos grupos bancários. Vinte e quatro (24) novas autorizações foram concedidas, dos quais vinte e duas (22) para bancos e duas (2) para estabelecimentos financeiros. Em contrapartida, foram retiradas autorizações de exercício a dois bancos e a um estabelecimento financeiro. Por país, a rede bancária foi marcada pelas seguintes operações : - no Benin, foi concedida autorização ao Banco Atlântico do Benin, ao Banco Regional de Solidariedade - Benin (BRS Benin) e a African Investment Bank (AIB) ; - no Burkina, três novos bancos obtiveram autorização : o Banco Regional de Solidariedade - Burkina (BRS - Burkina), o Banco Atlântico Burkina e o Banco do Habitat do Burkina Faso (BHBF) ; - na Côte d'Ivoire, duas portarias foram adoptadas relativas à autorização do Banco Regional de Solidariedade – Côte d'Ivoire (BRS - Côte d'Ivoire) e de CITIBANK Côte d'Ivoire (CITIBANK), sendo retirada a autorização a sucursal CITIBANK NA – Abidjan ; - na Guiné-Bissau, dois novos bancos, a saber o Banco Da União (BDU) e o Banco Regional de Solidariedade - Guiné-Bissau (BRS - Guiné - Bissau), obtiveram a autorização enquanto que a do Banco da GuinéBissau (BIGB) foi retirada ; Relatório Anual do BCEAO - 2005 43 SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO - no Mali, o Banco Regional de Solidariedade – Mali (BRS - Mali) e o Banco Atlântico Mali obtiveram a autorização ; - no Níger, a autorização foi concedida a dois bancos, o Banco Regional da Solidariedade-Níger (BRS - Níger) e o Banco Atlântico Níger, assim como a um estabelecimento financeiro, a Sociedade Saheliana de Financiamento (SAHFI) ; - no Senegal, o número de bancos aumentou de cinco (5) unidades, com a concessão de autorização ao Banco das Instituições Mutualistas da África Ocidental (BIMAO), ao Banco Atlântico Senegal, ao Banco Regional da Solidariedade-Senegal 1.3 – Actividades dos bancos e dos esta belecimentos financeiros A actividade dos bancos e estabelecimentos financeiros da UMOA foi globalmente marcada em 2005 por um aumento sustentado dos empregos (12,0%) e, em menor escala, dos recursos (7,7%) mobilizados. Os recursos estabeleceram-se em 6.013,5 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005 contra 5.582,2 mil milhões um ano antes, registando assim um aumento de 431,3 mil milhões. Esta evolução resulta essencialmente da progressão de 386,7 mil milhões dos depósitos e 44 Relatório Anual do BCEAO - 2005 (BRS - Senegal), para a International Commercial Bank - Senegal (ICB - Senegal) e a Attijariwafa Bank Senegal. O número dos estabelecimentos financeiros permaneceu inalterado, sendo a atribuição da autorização Senegal Factoring (SENFAC), compensada pela retirada da da Empresa de investimento (Seninvest) ; - no Togo, o número de bancos aumentou de três unidades, após a concessão de autorização ao Banco Regional de Solidariedade - Togo (BRS - Togo), ao Banco Atlântico Togo e ao Banco SaeloSaariano para o Investimento e Comércio Togo (BSIC - Togo). empréstimos, e de 42,0 mil milhões dos fundos próprios líquidos, tendo os outros recursos apenas aumentado de 2,6 mil milhões. As aplicações aumentaram de 535,6 mil milhões para se fixarem em 5.238,6 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005. O aumento das aplicações é imputável a uma progressão de 448,7 mil milhões dos créditos e de 86,9 mil milhões das outras aplicações (incluindo os títulos de investimento). Assim, os créditos estabeleceram-se em 4.187,7 mil milhões no final de Dezembro de 2005, contra 3.739,0 mil milhões um ano antes, na sequência principal- SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO mente de um aumento de 273,1 mil milhões dos créditos de médio e longo prazos e de 206,1 mil milhões dos financiamentos de curto prazo. As operações de locação financeira (leasing) e similares, assim como os créditos em moura registaram, pelo contrário, uma redução respectivamente de 3,3 mil milhões e 17,3 mil milhões. Tendo em conta a progressão mais importante das aplicações que a dos recursos, o excedente da tesouraria dos bancos e estabelecimentos financeiros recuou de 104,3 mil milhões para se situar em 774,9 mil milhões. A qualidade da carteira dos bancos e estabelecimentos financeiros da União, apreciada na base da taxa bruta de degradação dos créditos, melhorou-se ligeiramente. A taxa bruta de degradação da carteira estabeleceu-se em 19,5% em Dezembro de 2005, contra 20,4% a 31 de Dezembro de 2004, ou seja um recuo de 0,9 ponto percentual. A taxa líquida de degradação conheceu um recuo mais acentuado, passando de 8,8% no final de Dezembro de 2004 para 7,4% a 31 de Dezembro de 2005, em razão nomeadamente de provisões mais sustentado dos créditos brutos em moura. De facto, as provisões constituídas representam 66,9% destes créditos contra 62,4% em 2004. Os recursos dos bancos fixaram-se em 5.902,7 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005, ou seja um aumento de 426 mil milhões ou 7,8% em relação a 31 de Dezembro de 2004. Os empregos estabeleceram-se em 5.142,4 mil milhões contra 4.612,1 mil milhões um ano antes, sendo um aumento de 530,3 mil milhões, ou seja 11,5%. A tesouraria fixou-se em 760,3 mil milhões contra 864,6 mil milhões no final de Dezembro de 2004, registando assim uma baixa de 104,3 mil milhões ou de 11,9%. A taxa bruta de degradação dos créditos recuou de um (1) ponto percentual para se situar em 19,2%. Por sua vez, a taxa líquida de degradação, conheceu uma redução mais forte (1,4%), passando de 8,8% em 2004 para 7,4% em 2005. A evolução das actividades dos estabelecimentos financeiros é marcada por um aumento de 5,3 mil milhões dos recursos que-se fixaram em 110,8 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005. Os empregos fixaram-se em 96,3 mil milhões contra 90,9 mil milhões no ano precedente, ou seja uma progressão de 5,4 mil milhões ou 5,9%. A tesouraria permaneceu assim, quase inalterada, estabelecendo-se em 14,5 mil milhões contra 14,6 mil milhões em 2004. A qualidade da carteira dos créditos dos estabelecimentos financeiros da União deteriorou-se mais em 2005. Com efeito, a taxa bruta de degradação da carteira passou de 33,4% no final de Dezembro de 2004 para 37,4% a 31 de Dezembro de 2005. Por outro lado, a taxa líquida de degradação deteriorou-se fixando-se em 11,2% contra 9,0% no ano anterior. 1.4 – Situação em relação ao dispositivo prudencial A 30 de Setembro de 2005, o rácio médio de cobertura dos riscos, medindo a relação entre os fundos próprios efectivos e os riscos ponderados dos bancos e dos estabelecimentos financeiros da União, estabeleceu-se em 8,33%, contra 9,49% no final de Dezembro de 2004. O dos bancos, situando-se em 7,40% em Dezembro de 2005, ficou abaixo abaixo da norma de 8%. Fixava-se em 8,65% em Dezembro de 2004. No entanto, a proporção dos bancos e estabelecimentos financeiros que respeitam a norma de solvabilidade melhorou-se ligeiramente, passando de 65% em 2004 para 67% no final de Setembro de 2005. Relativamente ao coeficiente de liquidez, 56% dos bancos e estabelecimentos financeiros da União respeitavam a norma mínima de 75% a 30 Setembro de 2005. Esta situação é o reflexo da contracção bastante sensível da liquidez do sistema bancário. Com efeito, a 31 de Dezembro de 2004, eram 65% a respeitá-la. Para as outras normas prudenciais, algumas insuficiências foram registadas ao nível do Relatório Anual do BCEAO - 2005 45 SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO respeito da norma de cobertura dos empregos a médio e longo prazos por recursos estáveis, da estrutura da carteira e da divisão dos riscos, em particular a limitação dos engajamentos pela mesma assinatura. 46 Relatório Anual do BCEAO - 2005 No plano geral da supervisão, a 30 de Setembro de 2005, 5 estabelecimentos de crédito foram sob medida de administração provisória, em razão da sua situação financeira desequilibrada e das insuficiências observadas na sua gestão e funcionamento. SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO 1.5 – Dispositivo dos acordos de classificação O dispositivo dos acordos de classificação foi instituído pelo Conselho de Ministros da UMOA em Dezembro de 1990 e modificado em Setembro de 2002. Constitui um instrumento de controlo a posteriori, da qualidade da carteira dos bancos e estabelecimentos financeiros. Neste âmbito cada estabelecimento de crédito tem a obrigação de respeitar uma relação mínima de 60% entre os seus créditos beneficiando de acordo de classificação e o montante total de seus créditos brutos. Para compensar a insuficiência do número de dossiers introduzidos pelos estabelecimentos de crédito, foi instituído, durante a revisão do dispositivo de 2002, a obrigação para os estabelecimentos de submeter ao BCEAO, pedi- 2 – EVOLUÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO REGIONAL A actividade bolsista no final de 2005 foi marcada por uma orientação favorável do conjunto dos indicadores bolsistas que conheceram todavia uma evolução contrastada durante o ano. dos de acordo de classificação para pelo menos as suas cinquenta maiores empresas utilizadoras de crédito. Esta medida não atingiu ainda totalmente os efeitos esperados. Todavia, durante o exercício de 2005, 364 pedidos de acordo de classificação foram instruídos pelo Banco Central, por um montante global de 826.785 milhões. Em 2004, 377 pedidos tinham sido instruídos relativos aos créditos no montante de 662.868,4 mil milhões. No final da análise dos dossiers, 253 pedidos respeitando as normas previstas pelo dispositivo receberam uma cotação favorável para um montante global de 315.069 milhões, enquanto que 111 pedidos, de um montante global de 373.319 milhões não receberam o acordo do Banco Central. Os índices BRVM10 e BRVM compósito progrediram de 45,9% e 28,6% respectivamente para se fixarem-em 149,87 pontos e 112,68 pontos no final de Dezembro de 2005. A subida dos índices é imputável nomeadamente à melhoria da cotação da acção SONATEL SN que passou de 36.030 FCFA no final de Dezembro de 2004 para 67.015 FCFA no final de Relatório Anual do BCEAO - 2005 47 SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO Dezembro de 2005. Corelativamente, a capitalização do mercado das acções fixou-se em alta de 29,1%, em 1.297,1 mil milhões. Em relação à data do arranque das actividades da BRVM, a capitalização das acções aumentou de 55,1%. A capitalização obrigacionista estabeleceu-se em 326,3 mil milhões no final de Dezembro de 2005 contra 278,6 mil milhões no ano precedente, ou seja um aumento de 17,2%. O volume total das transacções passou de 3.011.421 títulos no final de Dezembro de 2004 para 3.207.646 títulos, ou seja um aumento de 6,5%. No mesmo período, o valor total das transacções efectuadas passou de 35.986,7 milhões para 39.372,7 milhões. No mercado das acções, o volume das transacções atingiu 3.088.465 títulos contra 1.718.984 títulos trocados durante o ano 2004. No compartimento das obrigações, o volume das transacções registou uma diminuição, fixando-se em 119.181 títulos contra 1.292.437 títulos trocados em 2004. A 31 de Dezembro de 2005, 57 títulos estavam inscritos na cotação incluindo 39 acções e 18 obrigações contra 59 títulos repartidos em 39 acções e 20 obrigações a 31 de Dezembro de 2004. 3 – EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS FINANCEIROS DESCENTRALIZADOS O ano de 2005 confirmou a expansão contínua do sector do microcrédito na UMOA, sob a incitação dos esforços constantes feitos pelas Autoridades monetárias para consolidar os desempenhos registados pelos Sistemas Financeiros Descentralizados (SFD). As iniciativas e acções levadas a cabo para favorecer o desenvolvimento deste sector reflectem-se através dos indicadores de crescimento e dizem respeito às diligências relativas ao financiamento do Programa regional de Apoio à Finança Descentralizada (PRAFIDE), o estado de avanço dos trabalhos de remodelação do 48 Relatório Anual do BCEAO - 2005 quadro jurídico, a participação activa do BCEAO nas manifestações do Ano Internacional do Microcrédito (AIM), a organização das sessões de formação em microfinança, os estudos e publicações assim como a supervisão dos SFD. 3.1 – Indicadores do crescimento do sector As estimativas sobre a evolução do sector atestam a vitalidade da finança de proximidade. Com efeito, o dinamismo deste sector é confortado pelo crescimento contínuo do número de SFD e dos seus pontos de serviço, que se fixam-respectivamente a 652 e 3500 no final de Dezembro de 2005. Nesta data, estas instituições mobilizaram 278,9 mil milhões de FCFA de depósitos e concederam créditos no montante de 297,2 mil milhões de FCFA. Os serviços foram oferecidos a 5,8 milhões de beneficiários directos. A qualidade da carteira, medida pelo rácio dos créditos em moura sobre créditos em curso, fixou-se a 6,2%, em degradação, em relação aos de 5,2% observados em 2004. Este rácio permanece acima da norma de 5% normalmente admitido no sector. O desempenho financeiro das instituições, medido pelo resultado líquido de exploração, foi excedentário. Com efeito, o resultado de exploração fixou-se em 7,3 mil milhões de FCFA em 2005. Em termos de criação de empregos, os últimos dados disponíveis apontam para cerca de 10.300, o número de pessoas que ocupam um emprego remunerado no sector. Resulta da análise deste indicadores que os desempenhos gerais registados pela microfinança na União estão a progredir de modo contínuo, apesar da fragilização da situação financeira de algumas instituições. Esta constatação recomenda o prosseguimento das iniciativas, com vista à implementação das medidas previstas pelo PRAFIDE. SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO 3.2 – Financiamento do PRAFIDE As acções levadas a cabo pelo BCEAO, com vista ao financiamento do PRAFIDE dizem respeito : - ao resultado das negociações com o consórcio dos doadores de fundos (CGAP, ASDI, FENU) que concordou em a apoiar o Banco Central, em cerca de 2,1 milhões de dólares americanos. Esta manifestação de interesse traduziu-se pela assinatura de uma convenção de parceria e de doação de um montante de 1,7 milhões de dólares americanos. Uma outra convenção relativa ao montante de 450.000 dólares americanos deverá ser concluída durante o primeiro trimestre de 2006 ; - à prosseguimento dos contactos com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). Estas diligências denotam a possibilidade de uma contribuição financeira desta instituição na realização de algumas actividades contidas no novo dispositivo de apoio do Banco Central à finança descentralizada. 3.3 – Quadro jurídico e dispositivo prudencial As concertações relativas à implementação diligente dos textos jurídicos devendo reger a actividade financeira dos SFD foram organizadas em todos os Estados da União. A este propósito, pode mencionar-se : - a finalização dos projectos dos textos jurídicos aplicáveis aos SFD, na sequência das propostas de emenda formuladas pelos actores do sector. A versão final destes textos será transmitida às instâncias de decisão da União, depois da organização de um seminário sub-regional de validação ; - a elaboração do referencial contabilístico para a finança descentralizada e do seu guia de aplicação. Sessões de formação e de divulgação destes documentos deverão ocorrer em 2006, a fim de permitir a todas as instituições da microfinança familiarizarem-se com estes instrumentos de gestão e de seguimento ; Relatório Anual do BCEAO - 2005 49 SISTEMA BANCÁRIO E FINANCEIRO - o acabamento da redacção do projecto do Acto Uniforme relativo ao direito das sociedades cooperativas e mutualistas, integrando as expectativas e as preocupações dos actores do movimento cooperativo e associativo, nomeadamente as relativas às seguranças e vias de execução. O Secretariado Permanente, depois da formalização segundo os procedimentos em vigor no seio da OHADA, organizará uma concertação oficial sobre este documento, antes da sua submissão às instâncias de validação da OHADA durante o ano 2006. 3.4 – Reforço das capacidades O BCEAO prosseguiu com as acções de reforço das capacidades que iniciou há uma década. Neste sentido, sessões de formação foram realizadas a favor dos agentes dos Ministérios encarregues das Finanças das zonas da UMOA e da CEMAC. Por outro lado, o Banco Central participou na animação das sessões de formação em microfinança em prol de operadores económicos fornecendo serviços financeiros de proximidade. 3.5 - Estudos e publicações Para dispôr de informações actualizadas e períodicas sobre o sector da finança descentralizada, o Banco Central procedeu à elaboração e publicação de monografias dos SFD. Assegurou igualmente a produção das notas trimestrais sobre a situação da microfinança e finalizou os estudos sobre o impacto dos serviços oferecidos pelos SFD sobre a pobreza no Burkina e no Mali, assim como sobre a contribuição destas instituições no financiamento do artesanato no Mali. Por fim, diversas comu- 50 Relatório Anual do BCEAO - 2005 nicações foram realizadas e fichas elaboradas no âmbito do Ano Internacional do Microcrédito. 3.6 – Supervisão do sector Um balanço sobre a supervisão a título do exercício de 2004 foi efectuado. Este documento avalia as actividades iniciadas neste domínio e regista todas as acções implementadas em cada um dos Estados membros da União para assegurar um seguimento eficaz dos SFD. Neste quadro, um seminário de avaliação do funcionamento da base de dados implantada em todas as Agências principais do BCEAO foi realizado e uma nota de orientação para a criação de uma central dos riscos, foi elaborada. Por outro lado, uma missão de inspecção foi efectuada junto da instituição mais importante da Côte d'Ivoire, nomeadamente a Federação Nacional das Cooperativas de Poupança e Crédito (FENACOOPEC). A prosseguição da implementação das actividades constantes no PRAFIDE deverá permitir dar uma atenção prioritária aos domínios de acções que constituem a criação de sistemas de informação de gestão eficientes no seio dos SFD, a criação de um fundo de apoio às instituições em dificuldade, a adopção dos textos jurídicos devendo contribuir para a modernização do sector, o arranque das operações ligadas à implantação da central de riscos, o reforço do dispositivo de supervisão e o aperfeiçoamento dos instrumentos de alerta e de diagnóstico, assim como dos mecanismos de prevenção das crises no domínio da finança descentralizada. V - OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO 1 – GESTÃO DAS RESERVAS DE CÂMBIO A gestão das reservas de câmbio pelo Banco Central é pilotada por um quadro institucional integrando o Acordo de cooperação entre a República francesa e as Repúblicas membros da UMOA, a Convenção de Conta de operações, os Estatutos do Banco Central e regras de gestão. O quadro institucional da gestão das reservas de câmbio conheceu, durante o exercício de 2005, modificações importantes. A esse respeito, a Adenda n° 1 à Convenção de Conta de Operações de 4 de Dezembro de 1973 foi assinada entre o BCEAO e o Tesouro francês, com a data de entrada em vigor a 1 de Setembro de 2005. As principais modificações à Convenção de Conta das operações dizem respeito aos seguintes pontos : - a redução de 65% para 50% da fracção dos activos em divisas que o Banco Central deve convencionalmente depositar na Conta de operações ; - a manutenção do princípio da garantia de câmbio e das suas modalidades actuais de aplicação, sobre a única fracção dos activos em divisas do Banco Central devendo ser depositada na Conta de operações ; - a manutenção da remuneração com taxa de facilidade de empréstimo marginal do Banco Central Europeu (BCE), para a fracção dos activos em divisas do BCEAO devendo ser depositada na Conta de operações e a aplicação da taxa mínima das operações principais de refinanciamento do BCE para os activos colocados pelo BCEAO junto do Tesouro francês acima da taxa convencional de centralização das reservas de câmbio na referida Conta ; - a diversificação dos suportes de investimentos dos activos em divisas não depositados na Conta de operações, com o respeito dos princípios e das práticas de prudência comummente admitidas na matéria. Tendo em conta as exigências de liquidez, de segurança e de rendimento, o novo quadro de gestão define a política de subsídio estratégico das reservas de câmbio detidas fora da Conta de operações e formaliza o respectivo processo decisório, inspirando-se dos padrões internacionais, em particular das Directivas do Fundo Monetário Internacional na matéria e da experiências de alguns bancos centrais e do Banco dos Pagamentos Internacionais. A 31 de Dezembro de 2005, as reservas de câmbio do BCEAO detidas na Compta de operações estabeleceram-se em 53,3%, contra 99,68% no final do ano 2004. Os activos em divisas geridos fora da Conta de operações foram afectos à constituição de uma carteira de investimento e de uma de de liquidez, compostas de activos obrigacionistas de emissores soberanos ou quase-soberanos e de investimentos monetários denominados em euros. 2 – INTEGRAÇÃO ECONÓMICA DOS ESTADOS MEMBROS DA UEMOA O Banco Central participou, durante o exercício de 2005, na implementação do esquema de integração da União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA). Neste quadro, participou nos trabalhos do Secretariado Conjunto (BCEAO, Comissão da UEMOA e BOAD) encarregue da supervisão Relatório Anual do BCEAO - 2005 51 OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO multilateral das políticas e desempenhos macroeconómicos dos Estados membros da UEMOA e nos do Comité dos Peritos Estatutário. A esse respeito, o Banco contribuiu para a avaliação dos programas pluri-anuais de convergência 2005-2007 e a elaboração dos relatórios de execução da supervisão multilateral das políticas e dos desempenhos macroeconómicos dos Estados membros da União a título do ano 2005, nomeadamente nas vertentes monetárias e de trocas externas. A análise, permite concluir que os fracos resultados registados pelos Estados em termos de convergência macroeconómica dever-se-iam principalmente a lentidão na implementação das reformas macroeconómicas e estruturais, em particular, em matéria de saneamento das finanças públicas. Por outro lado, as insuficiências observadas na elaboração, aplicação e seguimento dos programas pluri-anuais levaram ao não-respeito do calendário operacional da implementação do Pacto de Convergência, de Estabilidade, de Crescimento e de Solidariedade entre os Estados membros da UEMOA. Além disso, os desempenhos macroeconómicos dos Estados membros da União foram afectados por factores exógenos, incluindo a fraqueza das cotações dos produtos de base exportados e a subida do preço do barril do petróleo bruto. Foram igualmente afectados pela degradação da situação sócio-política nalguns Estados da União. As recomendações com vista à realização da convergência macroeconómica dizem respeito nomeadamente ao impulso político forte e uma implicação acrescida dos Estados na aplicação efectiva do dispositivo de supervisão multilateral. Por outro lado, uma consideração sistemática dos constrangimentos da convergência macroeconómica na formulação das políticas orçamentares nacionais revela-se necessária. 52 Relatório Anual do BCEAO - 2005 No tocante às reflexões visando a melhoria do dispositivo de supervisão multilateral, o Banco Central levou a cabo um estudo sobre a pertinência do saldo orçamentário de base, critério chave do Pacto. Por outro lado, tendo em conta o adiamento para 1º de Janeiro de 2006 da passagem para fase de estabilidade, os esforços que devem ser consentidos pelos Estados membros da União para assegurar a convergência das economias da União foram avaliados e revelam-se particularmente importantes para a quase totalidade dos países. As acções do Banco Central em matéria de aperfeiçoamento do processo de integração na UEMOA foram prosseguidas no âmbito das actividades visando a implementação do Programa Económico Regional (PER), destinado a estimular um crescimento forte com vista a combater eficazmente a pobreza. Em particular, o Instituto de emissão participou nos trabalhos do Comité de pilotagem do PER assim como nas consultas com os parceiros estrangeiros com vista a mobilizar os recursos necessários para o financiamento dos projectos seleccionados. 3 – COOPERAÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA 3.1 – Relações com as instituições de Bretton Woods As operações efectuadas pelo Banco Central com o Fundo Monetário Internacional (FMI), por conta dos Estados membros da UMOA, saldaram-se durante o ano de 2005, por saídas líquidas de recursos no montante de 88,8 milhões de DES, ou seja o equivalente de 69,9 mil milhões de FCFA contra fluxos líquidos negativos de 134,2 milhões de DES correspondendo a 104,7 mil milhões um ano antes. A reduçã das saídas líquidas foi induzida pelo recuo dos reembolsos efectuados pelos Estados a favor do FMI e pela melhoria dos desembolsos. OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO Os desembolsos brutos, a título da Facilidade para a Redução da Pobreza e Crescimento (FRPC), fixaram-se em 27,7 milhões de DES representando 21,6 mil milhões de FCFA contra 18,0 milhões de DES ou 14,2 mil milhões de FCFA em 2004. Aumentam, assim, de 9,7 milhões de DES ou 7,4 mil milhões de FCFA, em relação principalmente com a execução pela maioria dos Estados membros da União dos programas económicos e financeiros apoiados pelos recursos da FRPC. Os resgates de moeda e os reembolsos dos empréstimos concedidos pelo FMI, excluindo as reduções da dívida a título da Iniciativa PPME por um montante de 37,1 milhões de DES (29,1 mil milhões), fixaram-se em 111,0 milhões de DES, ou seja 87,1 mil milhões de FCFA contra 146,9 milhões de DES correspondendo a 114,5 mil milhões de FCFA no ano precedente. Estas operações traduziram-se por perdas de câmbio de 654,0 milhões de FCFA contra 248,5 milhões de FCFA em 2004. Os pagamentos de juros e de comissões situaram-se em 5,9 milhões de DES correspondendo a 4,7 mil milhões, ou seja o mesmo montante que no ano precedente. As comissões pagas a título da utilização dos recursos gerais fixaram-se em 2,9 milhões de DES ou 2,3 mil milhões de FCFA. O pagamento dos juros a título da utilização dos recursos administrados situou-se em 3,0 milhões de DES ou 2,3 mil milhões de FCFA. No âmbito do pagamento dos encargos relativos aos juros e comissões, os Estados membros da União conseguiram 21,1 milhões de DES, equivalente a 16,4 mil milhões de FCFA. As cedências fixaram-se em 25,3 milhões de DES representando 19,6 mil milhões de FCFA. Por outro lado, o FMI pagou 0,4 milhão de DES ou 0,3 mil milhão de FCFA aos Estados membros da UMOA, a título da remuneração das suas posições credoras, contra 0,3 milhão de DES equivalente a 0,2 mil milhão de FCFA do ano anterior. A 31 de Dezembro de 2005, os compromissos líquidos dos Estados membros da UMOA a título dos empréstimos da Facilidade de Ajustamento Estrutural (FAS) e da Facilidade para a Redução da Pobreza e Crescimento (FRPC), estabeleceram-se globalmente em 535,0 milhões de DES contra 653,6 milhões de DES no ano precedente, registando assim um recuo de 18,1%. Enfim, no âmbito do reajustamento dos activos em moedas dos Estados membros, nos termos do artigo V, sessão 11 dos seus Estatutos, o FMI revisou em baixa, a 30 de Abril de 2005, de 46,1 mil milhões, os seus activos em francos CFA nos livros do Banco Central, em relação com a apreciação homóloga na ordem de 3,7% do euro, moeda a que o franco CFA está ligado por uma paridade fixa. 3.2 – Relações com as outras instituições O seguimento do Programa de Cooperação Monetária da CEDEAO (PCMC) refere-se nomeadamente às vertentes relativas à convergência macroeconómica, à harmonização das estatísticas e à aplicação efectiva do dispositivo institucional e organizacional da convergência. A este propósito, o Banco Central contribuiu para as reflexões visando acelerar o processo de integração sub-regional participando em Accra, a 12 de Janeiro de 2005, na reunião do Comité dos Governadores dos Bancos Centrais dos países membros da CEDEAO e, a 1 Setembro de 2005, na reunião do Conselho de convergência da CEDEAO. O Instituto de emissão participou igualmente nos trabalhos de reflexão sobre a reestruturação da Agência Monetária da África Ocidental (AMAO), durante o encontro dos Directores de Estudos e do Grupo de trabalho ad hoc, realizados em Freetown respectivamente de 25 a 27 de Maio de 2005 e nos dias 5 e 6 de Dezembro de 2005. Por outro lado, o Banco Central assistiu, na qualidade de observador, às reuniões das instâncias da Zona Monetária da África Relatório Anual do BCEAO - 2005 53 OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO Ocidental (ZMAO)1, realizadas em Banjul de 1a 7 de Maio de 2005 e em Accra de 29 de Agosto a 2 de Setembro de 2005. Estes encontros permitiram fazer o balanço do nível de convergência macroeconomica entre as economias, assim como o ponto de situação sobre as diferentes vertentes do programa de cooperação monetária da Zona. No final deste encontro, a Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da ZMAO adoptou uma Declaração denominada de Banjul, sobre o lançamento da união monetária da Zona a 1 de Dezembro de 2009, a fim de acelerar o processo. Neste propósito, um plano de acção visando garantir a implementação da moeda comum na data concertada, foi adoptado pelas instâncias da ZMAO. A título do seguimento do Programa de Cooperação Monetária em África, o BCEAO participou na 29ª sessão ordinária do Conselho dos Governadores da Associação dos Bancos Centrais Africanos (ABCA), realizada em Accra a 29 de Julho de 2005, e no simpósio sobre o tema « Papel dos mercados de capitais na mobilização dos recursos para acelerar o crescimento e reduzir a pobreza », organizado a margem deste encontro. O Instituto de emissão participou igualmente nas reflexões engajadas sobre o evento da moeda única africana e deu um apoio apropriado ao Secretariado Permanente da ABCA. Por fim, o Banco Central participou nos trabalhos do Comité de convergência da Zona franco. Contribuiu neste âmbito para o exercício da supervisão multilateral das políticas macroeconómicas, em particular na definição de indicadores de convergência complementares. 1 : Integram a ZMAO a Gâmbia, o Gana, a Guiné, a Libéria, a Nigéria e a Serra Leoa. Ela visa a criação de uma moeda única entre estes países até 2009. Esta zona deverá, no final de um processo de convergência bem sucedida, operar uma fusão com a UEMOA, para formar a Zona Monetária Única da CEDEAO. 54 Relatório Anual do BCEAO - 2005 4 – OUTRAS ACTIVIDADES E PROJECTOS DO BCEAO 4.1 – Recolha, gestão e difusão de informações estatísticas A recolha e a gestão de informações estatísticas relativas nomeadamente aos Estados membros da UEMOA é uma resposta à necessidade de dispor, a qualquer momento, de informações necessárias na elaboração dos estudos, na execução de trabalhos de pesquisa (económica, sociológica, histórica), assim como na edição das publicações oficiais do Banco. Para o efeito, uma base de dados estatísticos foi criado. Implantada desde 1998, a base dos dados estatísticos do BCEAO, denominada BASTAT, disponibiliza para os Serviços do Banco, dados históricos e recentes sobre a situação económica, monetária e financeira dos Estados da União, assim como sobre a administração e a gestão do Banco Central. A base integra 28.882 séries estatísticas, incluindo 39,0% relativas ao sector monetário, 26,0% à administração e à gestão do BCEAO, 10,0% ao sector exterior, 12,0% ao sector real, 7,0% às finanças públicas e 3,0% ao sector social. Por outro lado, 2,0% dos dados são indicadores de desempenho macroeconómico e 1,0% ao ambiente. Os dados da base são, na sua maioria, disponíveis no período de 1960 a 2005. A difusão das estatísticas pelo Instituto de emissão é assegurada por um lado de um através das diferentes publicações do BCEAO, e, por outro, através da actualização do seu site web. OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO 4.2 - Central dos balanços Depois das etapas de uniformização da regulamentação contabilística aplicável às empresas não financeiras em actividade na União e às organizações de recolha de informações sobre estas entidades, o projecto de realização da central dos balanços iniciou a sua fase de exploração dos dados com vista a satisfazer as necessidades dos operadores económicos. Nesta perspectiva, o BCEAO optou pela externalização das actividades da central dos balanços relativas à produção e à difusão de informações de empresa que com carácter mercantil. Neste sentido, concertou-se com o Banco Oeste-Africano de Desenvolvimento (BOAD), o Banco Regional de Investimento da CEDEAO (BRIC), o Fundo Africano de Garantia e de Cooperação Económica (FAGACE), o Fundo de Garantia dos Investimentos Privados na África Ocidental (GARI SA), a Bolsa Regional dos Valores Mobiliários (BRVM) e estabelecimentos de crédito da União com vista à criação de uma sociedade de comercialização de informações de empresa da União (SCIE). O Dossier Económico e Financeiro relativo a este projecto foi preparado pelos promotores institucionais durante o seu encontro de 3 a 4 de Outubro de 2005 na Sede do Banco Central em Dakar. Foi, depois analisado e finalizado com os estabelecimentos de crédito que manifestaram o interesse na participação no capital da sociedade durante a reunião de 10 de Novembro de 2005. Os promotores da sociedade fixaram a 31 de Janeiro de 2006, a data limite de subscrição no capital social da SCIE. Durante o ano de 2005, as células de Central dos balanços em todos os Estados da União, excepto na Guiné-Bissau, recolheram 22.223 maços de demonstração de resultados, incluindo 18.305 do exercício 2004 e 3.918 dos exercícios anteriores, contra 12.520 maços recebidos em 2004, ou seja um aumento de 78,0% em volume. A proporção das demonstrações de resultados exploráveis na base de dados progrediu, de um ano para outro, de 46,0% para 50,0% enquanto que a dos maços incompletos reduziu-se de 9,0% para 5,0%. A construção do sistema de informação da Central dos Balanços das Empresas prosseguiu-se pela edição dos produtos «Menção de depósito», «Ficha de Identificação Jurídica da Empresa», «Demonstração de resultados conformes aos originais BCEAO» e « Análise dos agregados financeiros». O Banco Central contribuiu para a tradução e para a edição, em Setembro de 2005, da versão em língua portuguesa do regulamento relativo à adopção do SYSCOA. A formação dos formadores neste referencial contabilístico decorreu de 28 de Novembro a 2 de Dezembro de 2005 em Bissau. Os stocks das obras do SYSCOA foram oferecidas, a título gracioso, às estruturas de formação contabilística e universitária dos Estados, com vista a ajudar uma melhor apropriação deste referencial contabilístico. A obra do SYSCOA « Lista integral das contas e demonstração de resultados » foi reeditado e colocado no mercado. A segunda reunião do Conselho Permanente da Profissão Contabilista (CPPC) decorreu em Ouagadougou em Outubro de 2005, efoi presidida pela Comissão da UEMOA. Durante este encontro, um ante-projecto de Regulamento sobre a livre circulação e o direito de estabelecimento dos Peritos-contabilistas e dos contabilistas agregados no espaço UEMOA foi elaborado e o Controlador Regional do estágio profissional relativo ao Diploma de Perícia Contabilística e Financeira (DECOFI) foi designado. Relatório Anual do BCEAO - 2005 55 OUTRAS ACTIVIDADES DO BCEAO Sr. Damo Justin BARO, Vice-Governador do BCEAO, Governador por internidade 56 Relatório Anual do BCEAO - 2005 VI - QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO 1 – VIDA E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS D urante o exercício 2005, os órgãos da União reuniram-se, conforme às disposições do Tratado de 14 de Novembro de 1973 constituindo a União Monetária OesteAfricana e dos Estatutos do Banco Central. 1.1 – Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União A Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União reuniu-se em sessão ordinária a 30 de Março de 2005 e em sessão extraordinária a 23 de Dezembro de 2005, no Palácio dos Congressos, em Niamey, sob a presidência da Sua excelência o Senhor Mamadou TANDJA, Presidente da República do Níger, Presidente em exercício. 1.2 – Conselho de Ministros da UMOA Presidido pelo Senhor Cosme SEHLIN, Ministro das Finanças e da Economia da República do Benin, o Conselho de Ministros da UMOA registou as seguintes mudanças durante o exercício de 2005 : - Para o Benin, a 4 de Fevereiro de 2005, Cosme SEHLIN, Ministro das Finanças e das Economia, foi nomeado membro do Conselho, em substituição de Grégoire LAOUROU, e Zul Kifl SALAMI, Ministro de Estado encarregue da Planificação e Desenvolvimento, foi designado membro do Conselho em substituição de Bruno AMOUSSOU ; Bissau, a 29 de Abril de 2005, - Para a Guiné-B Issufo SANHA, Ministro da Economia, foi designado membro do Conselho, em substituição de Carlos Alberto ANDRADE. A 9 de Novembro de 2005, Victor MANDINGA, Ministro das Finanças, foi nomeado membro do Conselho em substituição de João Alage Mamadu FADIA ; - Para o Togo, a 29 de Junho de 2005, Payadowa BOUKPESSI, Ministro da Economia, das Finanças e das Privatizações, foi nomeado membro do Conselho, em substituição de Débaba BALE, e Yandja YENTCHABRE, Ministro do Desenvolvimento e da Administração Territorial, foi designado membro do Conselho em substituição de M'Ba LEGZIM ; - Para a Côte d'Ivoire, a 28 de Dezembro de 2005, Koffi Charles DIBY, Ministro delegado junto do Primeiro-Ministro, encarregue da Economia e das Finanças, foi designado membro do Conselho em substituição de Paul Bohoun BOUABRE. Durante o ano 2005, o Conselho de Ministros realizou quatro sessões ordinárias, respectivamente a 6 de Abril de 2005 na Agência Principal do BCEAO em Cotonou, a 4 de Julho de 2005 na Sede do BCEAO em Dakar, a 16 de Setembro de 2005 na Agência Principal do BCEAO em Ouagadougou e a 16 de Dezembro de 2005 na Agência Principal do BCEAO em Bamako. Reuniu-se igualmente em sessões extraordinárias, preparatórias das reuniões para a Conferência dos Chefes de Estado e Governo a 26 de Março de 2005 na Agência Principal do BCEAO em Niamey e a 16 de Dezembro de 2005 na Agência Principal do BCEAO em Bamako. 1.3 – Conselho de Administração do BCEAO Em 2005, o Conselho de Administração do BCEAO realizou quatro sessões ordinárias sob a presidência respectiva de Charles Konan Relatório Anual do BCEAO - 2005 57 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO BANNY, o seu Presidente estatutário, a 4 de Abril de 2005 na Agência Principal do BCEAO em Cotonou, a 3 de Junho de 2005 na sede do BCEAO em Dakar e a 15 de Setembro de 2005 na Agência Principal do BCEAO em Ouagadougou, e de Damo Justin BARO, ViceGovernador do BCEAO, a 15 de Dezembro de 2005 em Bamako. Durante o exercício 2005, a composição do Conselho conheceu as seguintes mudanças : - para o Benin, Georges Denis Marc QUENUM foi nomeado Administrador do BCEAO, em substituição de Cosme SEHLIN, a partir de 11 de Março de 2005 ; - para o Mali, Sambou WAGUE foi nomeado Administrador do BCEAO, em substituição de Samba DIALLO, a partir de 24 de Novembro de 2005 ; - para a França, Serge TOMASI, foi nomeado Administrador do BCEAO, em substituição de Bérengère QUINCY, a partir de 2 de Dezembro de 2005. 2 – ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO 2.1 – Gestão dos recursos humanos 2.1.1 - Efectivo O efectivo global do pessoal do Banco Central estabeleceu-se em 4.084 agentes contra 3.915 agentes no final de Dezembro de 2004. Este efectivo é constituído de 4.005 agentes em actividade e de 79 agentes em destacamento ou disponibilidade. A 31 de Dezembro de 2005, o efectivo em actividade, repartido entre a Sede, as oito Agências Principais, as quinze Agências Auxiliárias, as duas Representações do BCEAO, em Paris e Ouagadougou, assim como o Secretariado Geral da Comissão Bancária da UMOA, aumentou de 4,3% em relação ao seu nível de 3.840 agentes a 31 de Dezembro de 2004. Este aumento explica-se principalmente pelos recrutamentos efectuados durante o exercício 58 Relatório Anual do BCEAO - 2005 de 2005, destinados à substituição parcial das partidas normais e antecipadas para a reforma, registadas durante os anos 2003 e 2004, à antecipação das saídas de efectivo para o período 2005-2007, assim como à consideração das necessidades específicas, ligadas às novas actividades do Banco Central. O pessoal de enquadramento (quadros), com um total de 1.441 agentes, representa 36,0% do pessoal em actividade. Em aumento líquido de 63 pessoas, ou seja 4,6% em valor relativo, este é composto de 63 membros do Governo e Directores, 742 quadros superiores e 636 quadros médios. A 31 de Dezembro de 2004, integrava 61 membros do Governo e Directores, 715 quadros superiores e 602 quadros médios. O pessoal não quadro, com um efectivo total de 2.564 agentes, representa 64,0% do efectivo em actividade. Este corpo, composto do pessoal administrativo (782 agentes), do pessoal de apoio técnico (47 agentes), do pessoal de caixa e de triagem (661 agentes), assim como do pessoal de serviço (1.074 agentes), registou um aumento de 4,1%, passando de 2.462 agentes no final de Dezembro de 2004 para 2.564, a 31 de Dezembro de 2005. Por sítio, o efectivo global do pessoal em actividade reparte-se como se segue : - Sede : 869 agentes ; - Direcções Nacionais (Agências Principais e Auxiliarias) : 3.014 agentes ; - Representação do BCEAO junto das Instituições Europeias de Cooperação : 09 agentes ; - Representação do Governador junto da Comissão da UEMOA : 12 agentes ; - Secretariado geral da Comissão Bancária da UMOA : 101 agentes. 2.1.2 - Formação O Centro Oeste-Africano de Formação e Estudos Bancários (COFEB) prosseguiu as suas acções de formação a favor do pessoal do QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO BCEAO, das administrações económicas e financeiras, assim como bancos e estabelecimentos financeiros dos Estados membros da União. Levou igualmente a cabo acções específicas relativas à integração dos agentes novamente recrutados. A título da formação permanente dos agentes do BCEAO, o Centro organizou cursos e - Instituto Técnico de Banco : 06 participantes ; - Centro Africano dos Estudos Superiores em Gestão (CESAG) : 43 participantes ; - Associação dos Juristas Senegaleses (AJS) : 02 participantes ; seminários reunindo 2.102 agentes, formados pelo Banco Central ou por outras instituições e repartidos de forma seguinte : - Sociedade SWIFT e Agrupamento Interbancário Monético da UEMOA e Centro de Tratamento Monético Interbancário (GIM-CTMI) : 25 participantes ; - 11 cursos e seminários na Sede : 224 participantes ; - Gabinete Futuris Formações de Dakar : 04 participantes. - 25 sessões de formação no âmbito das acções descentralizadas nas Direcções Nacionais do BCEAO : 575 participantes ; O COFEB procedeu igualmente ao no pre-lançamento de uma plataforma de formação à distância (e-learning) para agentes do BCEAO. A implantação desta plataforma faz parte do reforço das acções a favor dos agentes graças ao uso das novas tecnologias que permitem doravante transmitir o conhecimento à distância beneficiando todos os os - 4 acções de formação por visio conferência : 414 participantes ; - 1 formação sobre o novo regulamento de caixa do BCEAO realizado no conjunto dos sítios do Banco por uma equipa da Sede : 621 participantes ; - outras acções de formação : 119 participantes ; - 15 cursos e seminários organizados pelas instituições parceiras, incluindo os cursos de línguas : 149 participantes. Os participantes nas acções de formação organizadas pelas Instituições repartem-se da seguinte forma : - Instituto do Fundo Monetário Internacional (FMI) : 10 participantes ; - Instituto Bancário e Financeiro Internacional : 09 participantes ; - Instituto Multilateral da África (IMA) : 18 participantes ; - Banco de Portugal : 03 participantes ; - Federal Reserve Bank : 01 participante ; - Centro de Formação da Profissão Bancária : 28 participantes ; seus sítios. Ela constitui um quadro permanente de reforço das capacidades dos agentes do Banco sem constrangimento de lugar, nem de tempo, permitindo ao mesmo tempo, seguir os progressos dos participantes, gerir relatórios, erigir um percurso de formação personalizada com a ajuda dos instrumentos de pre-avaliação e automatizar a administração das planificações dos cursos e das inscrições. As actividades da sala de auto-formação em línguas, que iniciaram durante os últimos dias do mês de Dezembro de 2004, prosseguiramse em 2005. A sala, que foi dotada de importantes obras e materiais didáticos, obedece a um objectivo de aperfeiçoamento dos agentes do Banco. As acções seguintes foram iniciadas a título de formações específicas : - uma sessão de integração dos novos agentes recrutados foi organizada de 17 de Maio a 17 de Setembro de 2005 pelo Banco Central. Agrupou 110 agentes de Relatório Anual do BCEAO - 2005 59 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO enquadramento incluindo 68 quadros superiores e 42 quadros médios. Este programa de formação debruçou-se sobre ensinos em tronco comum. Estes consistiram numa apresentação geral da organização e das actividades das Direcções e em palestras relativas a temas particulares de natureza a melhor preparar a integração dos agentes nas suas Direcções respectivas. Por outro lado, o seguimento dos novos agentes recrutados foi assegurado por 36 tutores designados entre os agentes do Banco. Além disso, os sociólogos do Banco assistiram aos cursos para seguir a dinâmica do grupo, tendo as entrevistas psicológicas sido organizadas no início e no final da sessão de formação ; - 22 novos agentes recrutados foram integrados na 27ª promoção do COFEB no âmbito de uma formação qualificadora que decorreu de 02 de Novembro de 2004 a 31de Outubro de 2005. A sua formação terminou-se com um estágio de aplicação de uma duração de três meses efectuado de 1 de Agosto a 31 de Outubro de 2005 em três Agências Principais a saber Dakar, Ouagadougou e Bamako. No âmbito das acções de reforço das capacidades das administrações económicas e financeiras assim como dos estabelecimentos de crédito dos Estados membros da União, o COFEB prosseguiu a as actividades a título da formação com diploma. Durante o exercício de 2005, o centro administrou as 27ª e 28ª promoções. A 27ª promoção, que terminou o seu ciclo de formação com apresentações de relatórios em Dezembro de 2005, reuniu 25 estagiários provenientes dos seguintes organismos : - Administrações económicas e financeiras : 20 ; - Banco Nacional do Ruanda : 02 ; - Banco Central da República de Guiné : 02 ; - Outras (estruturas privadas) : 01. No que diz respeito a 28ª promoção cujos ensi60 Relatório Anual do BCEAO - 2005 nos iniciaram a 02 de Novembro de 2005, os 42 estagiários repartiram-se de seguinte forma, segundo o seu organismo de origem : - Administrações económicas e financeiras : 33 ; - Banco Central da República de Guiné : 02 ; - Banco Nacional do Ruanda : 03 ; - Bancos e estabelecimentos financeiros : 04. No âmbito da cooperação com os parceiros estrangeiros, as seguintes acções foram implementadas : - A título do projecto conjunto BCEAO/BEAC de reforço das capacidades em África central e ocidental, as seguintes acções foram levadas a cabo : vertente formação em gestão macroeconómica : 02 cursos agruparam 69 participantes incluindo 05 do BCEAO. Por outro lado, 01 sessão local de formação dos formadores sobre a microfinança foi realizada para 07 agentes do BCEAO e do BEAC. 02 sessões estrangeiras foram organizadas a favor de 02 agentes do BCEAO e 01 agente do BEAC. Por outro lado, o documento da fase III (20062009) foi adoptado ; vertente formação em gestão da dívida : dois seminários nacionais a título da assistência aos Estados forma realizados na Guiné-Bissau e no Tchad. - A título do Instituto do Fundo Monetário Internacional (FMI) : 02 cursos, reunindo 56 participantes (incluindo 19 do BCEAO) foram organizados em Dakar. 2.2 – Evolução da rede do BCEAO A evolução das infra-estruturas do Banco Central foi nomeadamente marcada pela continuação da construção iniciada a 1º de Novembro de 2004 do novo prédio da Agência Principal de Bissau, para dotar a QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO Direcção Nacional de locais adequados e seguros compatíveis com as exigências de funcionamento dos serviços. A 31 de Dezembro de 2005, cerca de 65% dos trabalhos foram executados. Por outro lado, no âmbito da realização dos centros recreativos das Agências Principais do BCEAO, os trabalhos durante o ano 2005 abrangiam a finalização dos sítios de Niamey e de Ouagadougou. As obras de Abidjan, de Bamako e de Lomé foram iniciadas. Em Cotonou, uma parcela foi adquirida no mês de Novembro de 2005. Tratando-se da segurança, o programa de reforço dos dispositivos, iniciados em todos os sítios do BCEAO, foi levado a termo a nível da segurança do banco e do controlo dos acessos aos prédios. A renovação das instalações de segurança incêndio deverá acabar em 2006. Neste âmbito, estudos arquitecturais foram iniciados em todos os países para a realização dos SAS de controlo dos camiões dos bancos nas entradas das concessões das Agências Principais e Auxiliarias. As salas de triagem e de caixas foram remodeladas com vista a melhorar as condições de trabalho tendo em vista os constrangimentos inerentes à multiplicação das máquinas de tratamento das notas 2.3 – Sistema de informação e de comunicação Os trabalhos realizados durante o ano 2005 tinham como objectivo reforçar a segurança e a disponibilidade dos sistema de informação, melhorar os instrumentos de comunicação e de colaboração, consolidar as infraestruturas existentes e controlar os encargos. Assim, as principais diligências cumpridas eram relativas : - à renovação dos servidores e dos postos de trabalho ; - à evolução da arquitectura técnica da rede local da Sede ; - à renovação dos cabos e das redes locais nas Agências Principais ; - à continuação da migração para soluções livres ; - à refundição da Intranet ; - à implantação de uma plataforma de formação à distância ; - à realização de novas aplicações informáticas. Os servidores, micro-computadores e impressoras adquiridos antes de 2000 foram substituídos por novos equipamentos. A nova infraestrutura instalada apoia-se num sistema de armazenamento de rede do tipo SAN (stockage area network). Assim, as aquisições abrangeram 175 servidores, 817 microcomputadores e 195 impressoras. Com vista a reforçar a segurança interna, uma nova arquitectura de rede local, baseada na mais forte segmentação, foi elaborada e implantada na Sede. Uma nova rede de cabos e elementos activos capazes de suportar os débitos oferecidos pelos equipamentos informáticos instalados foram instalados nas Agências Principais. No âmbito da redução dos encargos, o Banco Central prosseguiu a migração dos sistemas e as aplicações informáticas para soluções livres. Assim, o programa de processamento de texto OpenOffice foi generalizada ao conjunto dos postos de trabalhos. Os novos servidores em produção foram configurados com o sistema de exploração Linux. Por outro lado, novas aplicações informáticas foram realizadas numa plataforma de desenvolvimento livre. Estas aplicações cobrem os domínios da gestão dos indicadores de actividades, o seguimento dos tempos de actividades dos agentes, a gestão da conjuntura e dos indicadores económicos, a gestão das férias dos agentes, e a contabilidade analítica. Relatório Anual do BCEAO - 2005 61 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO Uma intranet foi igualmente concebida e realizada em torno de programas livres. O novo sistema incorpora funcionalidades evoluídas de trabalho participativo . O Banco adquiriu uma plataforma de formação à distância com módulos de curso sobre programa de processamento de texto OpenOffice, as aplicações informáticas, a gestão e o inglês, com vista a aumentar a produtividade e a eficiência dos Agentes. 2.4 – Modernização da documentação e dos arquivos A modernização da documentação e dos arquivos do BCEAO, iniciada desde 2000, tem como finalidade dotar o Banco de um sistema integrado permitindo a partilha dos recursos arquivistas e documentários em todos os seus sítios, mediante instrumentos informáticos adequados e tornar os locais de armazenamento dos documentos mais funcionais e conformes às normas de conservação e de segurança. As acções realizadas em 2005 neste âmbito envolveram essencialmente a formação do pessoal encarregue da gestão da documentação e dos arquivos sobre o programa documentário Alexandrie e os trabalhos relativos à elaboração de um sistema de classificação dos documentos correntes. Uma sessão de formação para as funções avançadas do programa documentário, Alexandrie, foi organizada de 25 a 27 de Julho de 2005 na sede do BCEAO. Reuniu quatorze (14) participantes provenientes da sede do Banco Central, das suas Direcções Nacionais e do Secretariado Geral da Comissão Bancária da UMOA. O sistema de classificação dos documentos correntes permite completar os procedimentos relativos à gestão dos arquivos intermediários e dos arquivos definitivos. A sua implementação tem como finalidade disponibilizar para os agentes, instrumentos de ajuda à classificação dos documentos conservados nos escritórios, a fim de encontrá-los facilmente em caso de pesquisa. 62 Relatório Anual do BCEAO - 2005 No âmbito da preparação desta operação, um inquérito por questionário foi levado a cabo junto de uma amostra de agentes de enquadramento e sessões de entrevista foram efectuadas com um painel de secretários, para avaliar as necessidades. A exploração dos dados recolhidos vai permitir implantar uma política de harmonização das práticas em matéria de classificação dos documentos nos secretariados das Direcções dos Serviços Centrais, assim como planos de classificação dos documentos corrente por Serviço. 2.5 - Dispositivo de controlo das activi dades e das operações Os trabalhos realizados durante o ano 2005 inscrevem-se essencialmente no âmbito da continuação do reforço do dispositivo de controlo implantado em 2003, baseado numa gestão eficaz dos riscos. Estes trabalhos debruçaram-se sobre a concepção de instrumentos de controlo assim como acções de formação e de sensibilização. Relativamente ao controlo de primeiro nível, a título dos instrumentos de controlo, as diligências referem-se à melhoria dos reportings dos resultados dos controlos, à avaliação do controlo interno, à elaboração dos procedimentos e modos operatórios e à actualização da base de dados dos textos e procedimentos regulamentares sobre a rede intranet. O quadro do reporting dos resultados dos controlos das operações foi objecto de ordenamentos para reforçar a exaustividade e a qualidade das informações relativas aos riscos corridos assim como as causas dos disfuncionamentos constatados. Para permitir uma melhor apreensão da natureza dos riscos relevados durante os controlos, procedeu-se uma definição precisa dos riscos genéricos compondo as famílias de riscos deliberadas em 2003. A avaliação da qualidade do controlo interno das actividades foi efectuada sob forma de auto-avaliação. Esta diligência necessitou por um lado, a definição dos principais compo- QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO nentes do controlo interno do Banco, a saber o ambiente do controlo, a avaliação dos riscos, as actividades de controlo, a comunicação e o sistema de informação, assim como a pilotagem e, por outro lado, a elaboração de questionários segundo as actividades e os componentes do controlo interno. A auto-avaliação foi realizada graças ao desenvolvimento de uma aplicação informática. Os resultados obtidos permitiram determinar os riscos residuais por operação e por centro. A elaboração dos procedimentos e modos operatórios prosseguiu-se em 2005. Assim, a maioria das Direcções dos Serviços Centrais finalizaram a redacção dos seus manuais de procedimento. Esta redacção está em curso a nível das Direcções Nacionais. Por outro lado, a necessidade de assegurar a disponibilidade e a acessibilidade dos textos e procedimentos regulamentares, e limitar assim os disfuncionamentos ligados ao seu desconhecimento, traduziu-se pela entrada na rede intranet dos documentos conexos adoptados pelo Banco em 2005. Tratando-se da inspecção e da auditoria interna, segundo nível de controlo, os trabalhos de adaptação e de modernização dos instrumentos e métodos de trabalho induzidos pela introdução da função de auditoria interna foram prosseguidos com a instauração das missões de balanços de seguimento. Estas missões visam a verificar o estado da implementação, pelas estruturas controladas, das recomendações formuladas pelas diferentes missões. Além disso, missões de avaliação da qualidade do controlo das operações, da apreciação da eficiência das actividades levadas a cabo pelas estruturas operacionais foram prosseguidas. Neste sentido, missões de auditoria foram organizadas com vista a avaliar respectivamente o dispositivo e as instalações de segurança assim como a segurança da informação do Banco. Missões de destruição das notas foram igualmente executadas em apoio às operações de desmonetização com o objectivo de restaurar em todos os sítios do Banco, as normas regulamentares de ocupação de cada um dos compartimentos das caves e limitar os riscos de património e de emissão associados às actividades ligadas à conservação dos valores. Por outro lado, missões de supervisão de passação de serviço e de tarefas de agentes ocupando funções de direcção e de Chefe de Agência foram realizadas. A eficiência da exploração dos instrumentos concebidos e o reforço da cultura dos riscos necessitaram uma formação dos utentes. A este propósito, no âmbito do dispositivo de primeiro nível, cinco acções de sensibilização e de formação sob forma de visioconferência ou de encontros com as estruturas operacionais foram organizadas durante o período de 22 de Março a 22 de Agosto de 2005. Debruçaram-se sobre a redacção dos modos operatórios e procedimentos do Banco, o conteúdo dos reportings mensais, a metodologia de recenseamento e de seguimento dos novos riscos, o controlo interno e as modalidades de auto-avaliação assim como o uso da aplicação informática conexa. No âmbito do reforço das capacidades dos inspectores e dos auditores internos, o destaque foi colocado numa formação baseada no domínio das técnicas de auditoria próprias ao ambiente de um Banco Central. Os inspectores e auditores internos beneficiaram igualmente de uma formação específica em auditoria informática visto a importância da evolução dos sistemas de informação do Banco. Relativamente ao terceiro nível de controlo, o controlo externo, o dispositivo em vigor na sequência da actualização em 2004 dos ter- Relatório Anual do BCEAO - 2005 63 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO mos de referências para o controlo das contas do BCEAO não foi alterado. Uma Missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) permaneceu na Sede do BCEAO de 18 a 29 de Julho de 2005 para efectuar uma reforma das medidas de salvaguarda dos seus recursos e actualizar a primeira avaliação realizada em Outubro de 2001. O objectivo visado era assegurar-se de que os sistemas de controlo, de contabilidade, de informação e de auditoria assim como o quadro legal do Banco Central são de natureza a garantir a salvaguarda dos seus recursos. 2.6 – Dispositivo do controlo de gestão O desdobramento do dispositivo de controlo de gestão no seio do Instituto de emissão prosseguiu-se em 2005 com a implantação do primeiro plano de empresa do Banco Central. Além da elaboração deste instrumento de pilotagem, os trabalhos de implementação do controlo de gestão prosseguiram-se com nomeadamente a actualização da segmentação das actividades por centro, a produção dos indicadores e das bússolas de gestão e o arranque do projecto de automatização do tratamento dos indicadores. Estabelecido para um período de três anos (2006 – 2008), o plano de empresa salienta as orientações estratégicas do Banco Central e a sua declinação em objectivos de médio e curto prazos. Foi construído em volta de dezoito (18) profissões. Em 2005, os trabalhos de implementação do sistema de controlo de gestão debruçaram-se nomeadamente sobre : - a actualização da lista das actividades e indicadores por profissão ; - a produção dos indicadores e quadros de bordo de gestão ; - o arranque do projecto de automatização do tratamento dos indicadores. 64 Relatório Anual do BCEAO - 2005 Tendo em vista a criação das profissões «gestão e supervisão dos sistemas de pagamento» e «pilotagem e gestão dos desempenhos», assim como a evolução das actividades ligadas à gestão da informática e das telecomunicações, uma actualização da lista das actividades e operações por ofício foi realizada. Assim, 1.825 operações elementares foram recenseadas. Na base destas operações elementares, foi determinado 241 actividades que foram agrupadas em 18 ofícios. Os indicadores e fichas de indicadores do conjunto dos Centros de responsabilidade foram igualmente actualizados. No quadro do seguimento das actividades por ofício e da melhoria dos desempenhos dos Centros de responsabilidade, os quadros de bordo de gestão mensais, trimestrais e semestrais do Governador e dos Directores Nacionais, foram regularmente produzidas. Por outro lado, os resultados dos indicadores dos dois precedentes exercícios foram explorados, com vista da determinação das normas internas de gestão. O objectivo procurado era dispor dos dados de referência no âmbito da elaboração dos quadros de bordos. O controlo de gestão do BCEAO entrou na sua fase de implementação com o início da produção manual dos indicadores em Janeiro de 2003 a nível das direcções dos Serviços Centrais e Agências principais. Esta permitiu a elaboração quadros de bordo de gestão do Governador e dos Directores Nacionais. Na espera da aquisição de um programa que considere todas as vertentes do controlo de gestão, o BCEAO pretendeu automatizar o tratamento dos indicadores. A este propósito, um documento descritivo das necessidades foi elaborado. Em resposta às necessidades exprimidas, uma aplicação do tipo «Web» denominada SAGINA (Sistema Automatizado de Gestão dos Indicadores de Actividades) foi QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO desenvolvida e apresentada Dezembro de 2005. a 14 de O projecto SAGINA tem como objectivo principal a automatização do tratamento dos indicadores, com vista a facilitar a recolha dos dados e a melhoria dos prazos de produção dos quadros de bordo de gestão. Este projecto visa a : - minimizar os riscos ligados às manipulações da fase de produção manual dos indicadores. Estes riscos dizem respeito essencialmente sobre a perda das informações, a não fiabilidade dos dados e a ocorrência de erros ; - partilhar, em tempo real, informações conjuntas a todos os sítios ; - uniformizar os métodos de trabalho a nível de cada Centro de responsabilidade. - o instrumento de armazenamento da base de dados das profissões, actividades, operações e indicadores ; - o instrumento de tratamento e de agregação dos resultados dos indicadores de gestão e de seguimento das actividades do Banco ; - o instrumento de restituição e de reporting das bússolas de gestão. Foram realizados testes de receita da aplicação SAGINA, com vista à sua implementação. No total, os trabalhos de implementação dos instrumentos de pilotagem prosseguiram-se durante o exercício de 2005. A próxima disponibilidade dos elementos de cálculo dos custos deverá permitir a execução integral do controlo de gestão no seio do Instituto de emissão. A automatização do tratamento dos indicadores constitui para o controlo de gestão : Relatório Anual do BCEAO - 2005 65 QUADRO INSTITUCIONAL E ADMINISTRAÇÃO DO BCEAO 66 Relatório Anual do BCEAO - 2005 VII - CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO A milhões em relação ao exercício precedente. s contas do Banco Central deliberadas a 31 de Dezembro de 2005 foram marcadas pelo ordenamento do quadro institucional e regulamentar de gestão das reservas de câmbio a nível da conta de operações e pela continuação da implementação das normas IAS/IFRS. No activo, esta diminuição resulta essencialmente da redução dos activos em moedas estrangeiras e das operações por conta dos Tesouros Nacionais. No passivo, a redução é imputável aos depósitos efectuados junto do Instituto de Emissão e aos compromissos para com o Fundo Monetário Internacional (FMI). 1 – ANÁLÍSE DO BALANÇO O total do balanço fixou-se em 5.099,9 mil milhões, acusando um recúo de 38,4 mil Quadro 28 : Evolução comparada do balanço (em mil milhões de FFA) Variação 2004 2005 Valor % 244,8 315,5 70,7 28,9 Activo Activos em ouro Fundo Monetário Internacional Activo em moedas estrangeiras 28,6 48,0 19,4 67,8 3 513,8 3 453,8 -60,0 -1,7 477,7 473,0 -4,7 -1,0 Créditos sobre as instituições de crédito e Tesouros Nacionais Operações p/c Tesouros nacionais 599,7 514,3 -85,4 -14,2 Imobilizações (1) 202.3 211,9 9,6 4,7 71,4 83,4 12,0 16,8 5 138,3 5 099,9 -3 38,4 -0 0,7 Notas e moedas em circulação 1 988,1 2 213,9 225,8 11,4 Contas credoras e depósitos 1 226,3 1 003,8 -222,5 -18,1 18,7 7,3 -11,4 -61,0 4,1 4,4 0,3 7,3 615,9 519,2 -96,7 -15,7 27,3 31,0 3,7 13,6 Outros activos Total Passivo Transferências a realizar Compromissos em moedas estrangeiras Compromissos para com o FMI Provisões para riscos Outros passivos Capital e Reservas (1) Resultado Total 180,1 163,0 -17,1 -9,5 1 058,5 1 148,6 90,1 8,5 19,3 8,7 -10,6 -54,9 5 138,3 5 099,9 -3 38,4 -0 0,7 (1) Os números do exercício 2004 foram revistos para torná-los comparáveis com os do exercício 2005. Fonte : BCEAO. Relatório Anual do BCEAO - 2005 67 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO 1.1 – Análise dos postos do Activo O valor mercantil do stock do ouro fixou-se em 315,5 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005 contra 244,8 mil milhões a 31 de Dezembro de 2004, ou seja uma progressão de 70,7 mil milhões, devido exclusivamente à apreciação da cotação média da onça do ouro que passou de 208.701 FCFA a 31 de Dezembro de 2004 para 269.001 FCFA a 31 de Dezembro de 2005. Com efeito, o volume do stock do ouro permaneceu idêntico ao do exercício precedente, ou seja 36.484,42 quilogramas (1.173.001,38 onças). Os activos sobre o Fundo Monetário Internacional estabeleceram-se em 48 mil milhões contra 28,6 mil milhões a 31 de Dezembro de 2004, ou seja um aumento de 19,4 mil milhões devido essencialmente à evolução da posição de reserva. Com efeito, a posição de reserva dos Estados da União junto do FMI passou de 23,5 mil milhões a 31 de Dezembro de 2004 para 45,9 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005, ou seja um aumento de 22,4 mil milhões em relação à evolução dos activos do FMI em moeda nacional. Em contrapartida, os activos em Direitos Especiais de Saque do Banco Central diminuíram de 3,0 mil milhões situando-se em 2,1 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005 contra 5,1 mil milhões a 31 de Dezembro de 2004. Os activos em moedas estrangeiras fixaram-se em 3.453,8 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005 contra 3.513,8 mil milhões um ano antes, ou seja uma contracção de 60,0 mil milhões consecutiva à degradação do saldo líquido das transferências com o estrangeiro. Os activos em divisas detidos na conta de operações passaram de 3.449,4 mil milhões a 31 de Dezembro de 2004 para 1.835,6 mil 68 Relatório Anual do BCEAO - 2005 milhões a 31 de Dezembro de 2005, ou seja uma baixa de 1.613,8 mil milhões ou 46,8%. Esta situação justifica-se pela modificação das disposições da Convenção da Conta de operações pela Adenda n° 1 assinada a 20 de Setembro de 2005 entre o BCEAO e o Tesouro francês, com entrada em vigor a 1 de Setembro de 2005. Assim, a política de gestão das reservas de câmbio foi orientada a partir de Setembro de 2005, no sentido de uma diversificação dos suportes de investimento dos activos em divisas. De facto, a carteira de instrumentos financeiros detida pelo Banco Central fixou-se em 1.567,3 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005. 2004 2005 Variação Valor % Em mil milhões de FCFA Conta de operações 3 449,4 1 835,6 -1 613,8 -46,8 Correspondentes na Zona Franco -6,8 -12,2 -5,4 79,4 Zona Franco 9,2 10,8 1,6 17,4 Instrumentos financeiros 0,0 1 567,3 1 567,3 - Correspondentes fora Reserva das notas estrangeiras 3,8 4,1 0,3 7,9 4,5 4,9 0,4 8,9 53,7 43,3 -10,4 -19,4 3 513,8 3 453,8 -6 60,0 -1 1,7 Agência Monetária da África ocidental Créditos a ligar Total Fonte : BCEAO. Os créditos do BCEAO baixaram de 4,7 mil milhões para se situarem em 473 mil milhões contra 477,7 mil milhões a 31 de Dezembro de 2004. CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO A 31 de Dezembro de 2005, a decomposição dos créditos do Banco apresenta-se como se segue : 2004 2005 Variação Valor % Em mil milhõesde FCFA Créditos / os estabelecimentos de crédito 2,5 11,7 9,2 368,0 Créditos / Tesouros Nacionais 475,2 461,3 -1 13,9 -2 2,9 Créditos monetários 382,4 368,9 -13,5 -3,5 Créditos financeiros 92,8 92,4 -0,4 -0,4 477,7 473,0 -4 4,7 -1 1,0 Total 1.2 – Análise dos postos do Passivo As notas e moedas em circulação fixaram-se em 2.213,9 mil milhões contra 1.988,1 mil milhões a 31 de Dezembro de 2004. As contas credoras e os depósitos passaram de 1.226,3 mil milhões em 2004 para 1.003,8 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005, ou seja uma redução de 222,5 mil milhões, justificando-se como se segue : 2004 Variação Valor % Em mil milhões de FCFA Bancos e instituições estrangeiras Fonte : BCEAO. 2005 66,0 79,1 13,1 19,8 96,3 71,7 -24,6 -25,5 651,0 522,9 -128,1 -19,7 399,6 317,6 -82,0 -20,5 13,4 12,5 -0,9 -6,7 1 003,8 -2 222,5 -1 18,1 Bancos e instituições As operações efectuadas por conta dos Tesouros Nacionais fixaram-se em 514,3 mil milhões contra 599,7 mil milhões em 2004, ou seja uma contracção de 85,4 mil milhões induzida pelos desembolsos e os reembolsos seguintes : comuns da União Estabelecimentos de créditos Tesouros Nacionais e outros organismos públicos Outras contas de depósitos FAS FRPC RCF Outros Total Em mil milhões de FCFA 0,5 549,9 0,2 49,1 599,7 desembolsos 0,0 21,8 0,0 0,0 21,8 Reembolsos -0,5 -114,3 -0,2 0,0 -115,0 0,0 7,8 7,8 0,0 56,9 514,3 Saldo a 31/12/05 0,0 457,4 1 226,3 Fonte : BCEAO. Saldo a 31/12/04 Reavaliação Total Fonte : BCEAO. As Imobilizações passaram de 202,3 mil milhões em 2004 para 211,9 mil milhões em 2005, ou seja uma alta de 9,6 mil milhões. A título das operações com o Fundo Monetário Internacional, os compromissos recuaram de 96,7 mil milhões fixando-se em 519,2 mil milhões contra 615,9 mil milhões, um ano antes. As provisões para riscos e encargos progrediram de 3,7 mil milhões fixando-se em 31,0 mil milhões em 2005 contra 27,3 mil milhões em 2004. Os outros passivos passaram de 180,1 mil milhões a 31 de Dezembro de 2004 para 163,0 mil milhões a 31 de Dezembro de 2005, ou seja uma baixa de 17,1 mil milhões. Relatório Anual do BCEAO - 2005 69 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO A rubrica capital e reservas fixou-se em 1 148,6 mil milhões, em aumento de 90,1 mil milhões, na sequência das seguintes variações : 2005 Variação Valor Em mil milhões de FCFA PRODUTOS Produtos das operações de crédito 12,2 12,3 Em mil milhões de FCFA Produtos sobre activos estrangeiros 106,6 100,6 -6,0 134,1 134,1 0,0 - Conta de operações 106,2 88,1 -18,1 Prémio de fusão 43,6 43,6 0,0 - Juros sobre activos em divisas 0,4 6,1 5,7 Reserva estatutária 59,8 62,7 2,9 Reserva geral 49,4 49,4 0,0 - Produtos sobre instrumentos de financeiros 6,4 2004 2005 Variação Valor Capital Reserva especial de reavaliação 11/01/94 18,9 18,9 0,0 0,0 6,4 41,7 55,2 13,5 Outros produtos 33,0 5,6 -27,4 193,5 173,7 -1 19,8 Encargos de juros 17,5 16,2 -1,3 - Encargos com operações com o FMI 1,7 2,3 0,6 - Encargos/as operações com os outros corresp. 0,1 0,1 0,0 - Juros pagos à clientela 15,7 12,3 -3,4 - Encargos com instrumentos financeiros 0,0 1,5 1,5 Encargos com operações de câmbio 22,0 28,1 6,1 Despesas de funcionamento 37,6 98,9 -10,6 - Despesas da circulação fiduciária 37,6 27,6 -10,0 71,3 -0,6 TOTAL de reavaliação do ENCARGOS 77,2 77,2 0,0 Reserva de reavaliação do ouro 6,6 77,3 70,7 Reservas para riscos de refinanciamento Outras reservas 19,7 19,7 0,0 0,0 4,3 4,3 Intervalo de reavaliação dos imóveis 106,6 106,6 0,0 Novo adiamento 356,1 344,8 -11,3 Fundo de reavaliação das divisas 138,5 162,0 23,5 - Custos gerais Fundos gerais para 0,1 Produtos sobre operações de câmbio Reserva especial ouro 11/01/94 Dotações 21,8 19,5 -2,3 - Dotações para amortizações 16,1 15,4 -0,7 Fonte : BCEAO. - Dotações para provisões 5,7 4,1 -1,6 2 – CONTA DE PERDAS E LUCROS Outros encargos 3,4 2,3 -1,1 174,2 165,0 -9,2 No final de doze meses de actividades, a gestão do Banco apresentou em 2005, um resultado positivo de 8,7 mil milhões, uma diminuição de 10,6 mil milhões em relação ao exercício precedente. RESULTADO DO EXERCÍCIO 19,3 8,7 -10,6 193,5 173,7 -1 19,8 risco bancário Total 48,0 1 058,5 48,0 1 148,6 0,0 90,1 de um exercício ao outro, os produtos passaram de 193,5 mil milhões para 173,7 mil milhões e os encargos de 174,2 mil milhões para 165 mil milhões. Repartem-se da forma seguinte : 70 2004 Relatório Anual do BCEAO - 2005 S/TOTAL TOTAL Fonte : BCEAO. CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO 2.1 - Produtos Os produtos fixaram-se em 173,7 mil milhões em 2005 contra 193,5 mil milhões em 2004, ou seja uma baixa de 19,8 mil milhões ou 10,2% resultando da evolução dos elementos seguintes : Os produtos das operações de crédito permaneceram estáveis fixando-se em 12,3 mil milhões. Esta situação provém essencialmente dos efeitos contrastados da ligeira subida dos proveitos provenientes dos créditos aos estabelecimentos de crédito e aos Tesouros Nacionais, e da redução da remuneração dos títulos de Estado detidos pelo Banco e dos produtos saídos dos saldos devedores e dívidas consolidadas. 2004 2005 Variação Valor % Em mil milhões de FCFA - Refinanciamento dos estabelecimentos de crédito - Créditos aos Tesouros Nacionais - Produtos sobre Títulos de Estado - Saldos devedores e créditos consolidados Total 0,8 1,1 0,3 37,5 10,7 10,9 0,2 1,9 0,4 0,3 -0,1 -25,0 0,3 0,0 -0,3 -100,0 12,2 12,3 0,1 0,8 Fonte : BCEAO. de um exercício ao outro, os produtos adquiridos sobre os activos estrangeiros passaram de 106,6 mil milhões para 100,6 mil milhões, ou seja uma redução de 6,0 mil milhões devido à implementação do novo quadro institucional e regulamentar de gestão das reservas de câmbio. Com efeito, os produtos recebidos a título da remuneração dos activos depositados na conta de operações junto do Tesouro francês fixaram-se em 88,1 mil milhões em 2005 contra 106,2 mil milhões em 2004, ou seja uma redução de 18,1 mil milhões consecutiva à diminuição do nível dos activos detidos na conta de operações na sequência da aplicação das claúsulas da Adenda n° 1 à Convenção de Conta de Operações. Em contrapartida, os produtos provenientes da carteira de instrumentos financeiros fixaram-se em 6,4 mil milhões. Os outros produtos estabeleceram-se em 5,6 mil milhões contra 33 mil milhões em 2004, ou seja um retrocesso de 27,4 mil milhões. São constituídos principalmente pelos produtos diversos (1,7 mil milhão), as retomas das e provisões e amortizações (2,8 mil milhões), os produtos durante os exercícios anteriores (0,8 mil milhão e os produtos excepcionais (0,3 mil milhão). 2.2 - Encargos Os encargos do exercício fixaram-se em 165 mil milhões em 2005 contra 174,2 mil milhões em 2004, ou seja um recúo de de 9,2 mil milhões devido essencialmente à evolução contrastada dos encargos com as operações de câmbio e das despesas de funcionamento que situaram-se respectivamente em 28,1 mil milhões e em 98,9 mil milhões em 2005 contra 22 mil milhões e 109,5 mil milhões em 2004. A redução de 10,6 mil milhões das despesas de funcionamento resulta do efeito conjugado da redução das despesas de manutenção da circulação fiduciária e dos custos gerais que diminuíram respectivamente de 10 mil milhões e de 0,6 mil milhão. Esta baixa significativa é o resultado dos esforços feitos no âmbito do reforço da contenção dos encargos do Instituto de Emissão. As dotações para amortizações e provisões situaram-se em 19,5 mil milhões contra 21,8 mil milhões um ano antes. Os outros encargos recuaram de 1,1 mil milhão fixando-se em 2,3 mil milhões em 2005 contra 3,4 mil milhões em 2004. Relatório Anual do BCEAO - 2005 71 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO 3 – CONTROLO DAS CONTAS A verificação das contas das Agências do BCEAO foi efectuada pelos Controladores Nacionais designados pelos Ministros encarregues das Finanças, em aplicação do artigo 64 dos Estatutos, no final de um procedimento de concurso público : - no Benin, o gabinete BENIN EXPERTISE, representado por Alidou KOUSSE ; - no Burkina, o gabinete SECCAPI, representado por Françoise TOE SAWADOGO ; - na Côte d’Ivoire, o gabinete DELOITTE & TOUCHE, representado por René EDI ; - na Guiné-Bissau, o gabinete BDO/MBA, representado por Marie BA ; - no Mali, o gabinete SARECI, representado por Bourahima SIBY ; 72 Relatório Anual do BCEAO - 2005 - no Níger, o gabinete MAZARS & GUERARD/KMC, representado por Hassane KENEYE ; - no Senegal, o gabinete SYNERGIES AUDIT & CONSEILS, representado por Libasse DIAGNE ; - no Togo, o gabinete AFRIQUE AUDIT & CONSULTING, representado por Anani CLOMEGAH. O controlo da contabilidade centralizada foi realizado pelo gabinete COOPERS & LYBRAND/DIEYE, representado por Aziz DIEYE. O controlo da aplicação das disposições da Convenção de Conta de operações assinado a 4 de Dezembro de 1973 entre a França e os Estados membros da União foi efectuado, para a República francesa, por Michel REVEYRAND e para a União, pelo gabinete COOPERS & LYBRAND/DIEYE, Comissário Controlador. CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO 4 - RELATÓRIO SOBRE O CONTROLO DOS ESTADOS FINANCEIROS DO BANCO CENTRAL DOS ESTADOS DA ÁFRICA OCIDENTAL RELATÓRIO DE OPINIÃO Exercício encerrado a 31 de Dezembro de 2005 Coopers & Lybrand/Dièye 2, Place de l’Indépendance Immeuble BIAO - 1º andar B.P. 188 - DAKAR Tél. : 821.85.88 - 821.86.71 Telecópia : 821.75.94 Membro de Coopers & Lybrand (international) Exmos Senhores Administradores do Banco Central dos Estados da África Ocidental-BCEAO Avenue Abdoulaye FADIGA DAKAR Senhores Administradores, Em execução da missão que nos foi confiada pelo Conselho de Ministros da UMOA em 11 de Setembro de 2003, apresentamos-lhes o nosso relatório sobre o controlo do balanço e da conta de resultado do BCEAO relativo ao exercício encerrado a 31.12.2005, t anexados ao presente relatório. A nossa missão de Comissário Controlador inclui a auditoria das contas da Sede do BCEAO e da centralização das contas das Direcções nacionais, as mesmas auditadas pelos Controladores Nacionais dos diferentes países membros da UMOA. A preparação das demonstrações de resultados cabe exclusivamente à gestão do Banco Central, sendo o nosso papel verificar a conformidade com as normas contabilísticas internacionais. Uma auditoria consiste em analisar, por sondagens, os elementos probatórios que justificam as diferentes rubricas das demonstrações de resultados. Uma auditoria consiste igualmente em apreciar que os princípios contabilísticos foram constamente aplicados e que as estimativas significativas efectuadas para o finalizar as contas são razoáveis. Pensamos que o nosso trabalhode controlo podem legitimamente servir de base à expressão de uma opinião sobre as demonstrações de resultados do Banco Central. A nossa auditoria efectuou-se conforme às normas internacionais de auditoria tais como definidas pelo IFAC e abrangeu todas as diligências que julgamos necessárias, considerando a utilização no que diz respeito às Direcções Nacionais, de trabalhos realizados sob as suas responsabilidades pelos controladores nacionais. Devido à crise sócio-política na Côte-d’Ivoire desde o exercício de 2002, as agências de Bouaké, Korhogo e Man tiveram que suspender as suas actividades entre Setembro e Outubro de 2002. Por outro lado, estas Agências foram objecto de ataques cuja avaliação de prejuízo não foi realizada em razão da insegurança prevalecente na zona. Por conseguinte, o Controlador Nacional para a Côte d’Ivoire não pude auditoriar as contas destas Agências para nos permitir-exprimir uma opinião sobre as referidas contas. Em conclusão dos nossos trabalhos, e considerando o acima descrito, somos do parecer que as contas do BCEAO encerradas a 31 de Dezembro de 2005 são regulares e sinceras e reflectem a situação financeira do Banco assim como o resultado das suas operações encerradas na mesma data. Feito em Dakar, a 13 de Junho de 2006 Aziz DIEYE Associado-Director Relatório Anual do BCEAO - 2005 73 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO RELATÓRIO SOBRE A MUDANÇA DE MÉTODO Coopers & Lybrand/Dièye 2, Place de l’Indépendance Immeuble BIAO - 1° andar B.P. 188 - DAKAR Tél. : 821.85.88 - 821.86.71 Telecópia : 821.75.94 Membro de Coopers & Lybrand (international) Exmos Senhores Administradores do Banco Central dos Estados da África Ocidental –BCEAOAvenue Abdoulaye FADIGA DAKAR Senhores os Administradores, Em conformidade com os princípios contabilísticos internacionais (Norme IASC 1), as demonstrações de resultados devem ser estabelecidas e apresentadas de um exercício para outro segundo as normas, métodos e formas fixados com vista a permitir a sua comparabilidade no espaço e no tempo. A derrogação deste princípio fundamental apenas pode justificar-se pela procura de uma melhor imagem fiel. O Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) procedeu durante o exercício em apreço a uma mudança de método relativamente à contabilização do remanescente das despesas dos signos monetários ligadas à operação de desmonetização da gama de 1992 num montante de 25 061 milhões de FCFA que inicialmente deviam ser amortizados em 3 anos. Durante este exercício, o Banco decidiu adoptar definitivamente as novas normas contabilísticas internacionais e recorreu, de facto, às disposições da norma IFRS 1 fixando as condições de primeira aplicação dos IFRS. Sendo a primeira aplicação das normas IAS/IFRS uma mudança de métodos contabilísticos no sentido de IAS 8, o impacto da mudança do referencial é imputado aos capitais próprios de abertura na data de transição. As normas de auditoria internacionais requerem nestas circunstâncias que o Comissário Controlador faça um relatório na base dos elementos fornecidos. Este relatório deve determinar a incidência da mudança de método sobre os estados financeiros. A Mudança efectuada traduziu-se da seguinte forma : 31/12/2004 (Em milhões de FCFA) Resultado antes da mudança de método Resultado depois da mudança de método Incidência da Mudança de método 19 276 -5 785 -25 061 Feito em Dakar, a 13 de Junho de 2006 Aziz DIEYE Associado-Director 74 Relatório Anual do BCEAO - 2005 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO 5 - DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS DO BCEAO A 31 DE DEZEMBRO DE 2005 BALANÇO DO BCEAO A 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Em milhões de FCFA 31/12/2005 ACTIVO Activos em ouro Activos sobre o Fundo Monetário Internacional Activos em moedas estrangeiras Créditos sobre os estabelecimentos de crédito Crédito sobre os Tesouros Nacionais Operações por conta dos Tesouros Nacionais Imobilizações (1) Outros créditos TOTAL 315 47 3 453 11 461 514 211 83 539 980 806 655 360 308 879 381 31/12/2004 244 28 3 513 2 475 599 202 71 807 612 776 462 262 717 306 396 Variação 70 19 -59 9 -13 -85 9 11 732 368 970 193 902 409 573 985 5 099 908 5 138 338 -3 38 430 PASSIVO Notas e moedas em circulação Contas credoras e depósitos Transferências a realizar Engajamentos em moedas estrangeiras Engajamentos para com o Fundo Monetário Internacional Provisões para riscos e encargos Outros passivos Capital e Reservas (1) Resultado 2 213 870 1 003 856 7 337 4 386 519 180 30 996 163 040 1 148 589 8 654 1 988 086 1 226 294 18 635 4 130 615 898 27 287 180 152 1 058 580 19 276 225 784 -222 438 -11 298 256 -96 718 3 709 -17 112 90 009 -10 622 TOTAL 5 099 908 5 138 338 -3 38 430 (1) : Os números do exercício 2004 foram revistos para torná-los comparáveis com os do exercício 2005. Relatório Anual do BCEAO - 2005 75 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO CONTA DE PERDAS E PROVEITOS DO BCEAO A 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Em milhões de FCFA Produtos de juros Encargos de juros Resultados de juros Dividendos Produtos das comissões Encargos das comissões Resultado líquido das comissões Resultado líquido das operações sobre Instrumentos financeiros Produtos sobre operações de câmbio Encargos sobre operações de câmbio Resultado líquido de câmbio Produto líquido bancário Outros produtos ordinários (1) Total dos produtos líquidos Manutenção da circulação Custos gerais Outros encargos ordinários (1) Dotações líquidas com amortizações e provisões Encargos de exploração geral Resultado do exercício 31/12/2005 106 445 14 670 91 775 403 22 87 -6 65 4 881 55 202 28 125 27 077 124 071 2 390 126 461 27 609 71 350 2 166 16 682 117 807 8 654 (1) : Os números do exercício 2004 foram revistos para torná-los comparáveis com os do exercício 2005. 76 Relatório Anual do BCEAO - 2005 31/12/2004 118 846 17 419 101 427 294 23 80 -5 57 0 41 661 22 030 19 631 121 295 27 460 148 755 37 668 71 867 3 368 16 576 129 479 19 276 Variação -12 401 -2 749 -9 9 652 109 -1 7 -8 8 4 881 13 541 6 095 7 446 2 776 -25 070 -2 22 294 -10 059 -517 -1 202 -106 -1 11 672 -1 10 622 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO ESTADO DE VARIAÇÕES DOS CAPITAIS PRÓPRIOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Em milhões de FCFA Capital Saldo a 1 de Janeiro de 2004 Reavaliação do ouro Levantamento de reserva sobre riscos de refinanciamento Afectação em reservas Financiamento dos órgãos comunitários Lucro do exercício Saldo a 31 de Dezembro de 2004 Efeitos das modificações Mudança de método contabilístico Saldo modificado a 1 de Janeiro de 2005 134 120 Prémios de fusão Reservas Novo adiamento 43 587 511 191 6 555 381 190 -1 055 8 053 134 120 43 587 381 190 9 116 134 120 43 587 134 120 43 587 524 744 356 129 Total dos capitais próprios 1 079 204 6 555 -8 053 -1 055 - -1 063 19 276 -1 063 19 276 19 276 1 102 917 -25 061 Ajustamento de valor Reavaliação do ouro Afectação em reservas Benefício do exercício Saldo a 31 de Dezembro de 2005 524 744 Resultados cumulados -25 061 19 276 1 077 856 1 70 732 30 573 -11 297 -19 276 8 654 1 70 732 8 654 626 050 344 832 8 654 1 157 243 Relatório Anual do BCEAO - 2005 77 CONTAS FINANCEIRAS DO BCEAO QUADRO DOS FLUXOS DE TESOURARIA A 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Em milhões de FCFA 2005 2004 Juros & comissões recebidas 173 294 193 142 Juros e comissões pagas -46 571 -42 897 Somas pagas a fornecedores e ao pessoal -98 959 -109 535 Dotações para as amortizações e as provisões -19 537 -21 754 Actividade de exploração Excedente de exploração antes da variação dos activos de exploração (a) (Aumento) ou redução dos activos de exploração (b) 8 227 18 956 -1 1 067 792 138 782 Créditos sobre os Estabelecimentos de crédito -9 193 5 502 Créditos sobre os Tesouros Nacionais 13 902 22 809 85 409 134 190 -1 157 910 -23 719 Operações por conta dos Tesouros Nacionais Outros créditos de exploração Aumento ou (redução) dos passivos de exploração (c) -1 137 093 -8 84 040 225 784 -39 555 -222 438 88 215 -11 298 9 383 Engajamentos -96 462 -151 066 Outras dívidas de exploração -17 112 14 348 Notas & moedas emitidas Contas correntes e depósitos Transferências a realizar Provisões para riscos e encargos Retratamento resultado exercício anterior Fluxo líquido de tesouraria proveniente da actividade de exploração (1)=(a+b+c) 3 709 3 751 -19 276 -9 116 -1 1 196 658 73 698 Actividade de investimento Aquisição de imobilizações financeiras -2 140 -4 364 Aquisição de outras imobilizações -7 433 -34 504 Produtos de cedência de elementos de activos 24 26 403 294 -9 9 146 -3 38 548 Reserva estatutária 2 891 1 368 Reserva geral 4 150 6 685 Dividendo recebidos Fluxo líquido de tesouraria proveniente da actividade de investimento Actividade de financiamento Reserva de reavaliação ouro 70 732 6 555 Reserva de reavaliação das divisas 23 532 - 1 054 -11 297 0 Novo adiamento Outros resultados directamente afectados aos fundos próprios 1 0 90 009 13 554 -1 1 115 795 48 704 3 787 195 3 738 491 do exercício (6) = (4+5) 2 671 400 3 787 195 Composição da tesouraria e dos equivalentes de tesouraria Activos em ouro Activos sobre o Fundo Monetário Internacional Activos em moedas estrangeiras Total 2005 315 539 47 980 2 307 881 2 671 400 Fluxo líquido de tesouraria proveniente da actividade de financiamento (3) Variação líquida de tesouraria (4) = (1+2+3) Tesouraria e equivalentes de tesouraria na abertura do exercício (5) Tesouraria e equivalentes de tesouraria no encerramento Em milhões de FCFA 78 Relatório Anual do BCEAO - 2005 2004 244 807 28 612 3 513 776 3 787 195 ANEX0 CRONOLOGIA DAS PRINCIPAIS MEDIDAS DE POLÍTICA MONETÁRIA ADOPTADAS PELO BCEAO ENTRE 2002 E 20051 7 Janeiro de 2002 O Banco Central procedeu, valor 7 de Janeiro de 2002, à sua primeira oferta pública para emissão de títulos do Banco Central a referentes ao ano de 2002. Para o efeito, 400 títulos de um valor nominal global de 20,0 mil milhões e de uma duração de duas semanas foram colocados em adjudicação. A oferta pública registou a participação de seis intervenientes que propuseram um montante total de 17,3 mil milhões, tendo sido aceite16,8 mil milhões. A taxa marginal fixou-se em 5,00%. 16 de Abril de 2002 O Banco Central aumentou de 3,00% para 9,00%, o coeficiente das reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos do Mali, a partir do período de constituição que começou a 16 de Abril de 2002. Assim, os coeficientes das reservas obrigatórias aplicáveis nos bancos na UMOA estabeleceram-se como se segue, a partir de 16 de Abril de 2002 : - Benin : 9,00%; - Burkina : 3,00%; - Côte d'Ivoire : 5,00%; - Guiné-Bissau : 3,00%; - Mali : 9,00%; - Níger : 5,00%; - Senegal : 9,00%; - Togo : 3,00%. Tratando-se dos estabelecimentos financeiros distribuidores de créditos, o coeficiente das reservas obrigatórias permaneceu inalterado a 5,0% no conjunto dos Estados da UMOA. 7 de Julho de 2003 Em relação aos resultados favoráveis registados em matéria de contôlo da inflação e, de modo geral, de estabilidade monetária, o Banco Central decidiu reduzir as suas taxas directoras de 100 pontos de base, a partir da segunda-feira 7 de Julho de 2003. Assim, a taxa de redesconto passou de 6,50% para 5,50% e a taxa de pensão de 6,00% para 5,00%. Esta flexibilidade da política das taxas de juro foi a expressão da confiança do Instituto de emissão comum na capacidade do sistema financeiro da União para assegurar o financiamento são e adequado da recuperação da economia regional. Acompanhou a dinâmica do mercado financeiro regional que se animou graças nomeadamente às emissões de títulos públicos, organizadas em diversos Estados da União, com o apoio do BCEAO. Por fim, este desaperto monetário traduziu a confiança do sector privado, dos poupadores, dos investidores e das instituições financeiras na solidez dos mecanismos de funcionamento da União Monetária. 20 de Outubro de 2003 A análise da conjuntura económica, monetária e financeira deixando aparecer sinais incentivadores de retomada actividade económica na maioria dos Estados da União, uma confirmação da desaceleração dos preços e uma consolidação das reservas de câmbio, o Banco Central decidiu prosseguir a flexibilidade das suas condições monetárias, reduzindo a suas taxas directoras de 50 pontos de base, a partir da segunda-feira a 20 de Outubro de 2003. Assim, a taxa de redesconto passou de 5,50% para 5,00% e a taxa de pensão de 5,00% para 4,50%. 1 Trata-se de medidas tendo levado a uma modificação dos instrumentos da política monetária. Relatório Anual do BCEAO - 2005 79 ANEXO Este novo abrandamento da política monetária foi a expressão da confiança do Instituto de emissão comum na capacidade do sistema financeiro em contribuir para o financiamento são e a menor custo da recuperação da actividade económica nos Estados membros. Acompanhou igualmente a dinâmica do mercado financeiro regional que se animou graças nomeadamente às emissões de títulos públicos, organizadas em diversos Estados da União, com o apoio do BCEAO. 16 de Março de 2004 O Banco Central aumentou de 9,00% para 13,00%, o coeficiente das reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos do Benin, a partir do período da constituição que se inicia a 16 de Março de 2004. Assim, os coeficientes das reservas obrigatórias aplicáveis nos bancos da UMOA fixaram-se como se segue, a partir de 16 de Março de 2004 : - Benin : 13,00% - Burkina : 3,00% - Côte d'Ivoire : 5,00% - Guiné-Bissau : 3,00% - Mali : 9,00% - Níger : 5,00% - Senegal : 9,00% - Togo : 3,00% Para os estabelecimentos financeiros distribuidores de créditos, o coeficiente das reservas obrigatórias permaneceu inalterado a 5,00% para o conjunto dos Estados da UMOA. 22 de Março de 2004 com base nas evoluções favoráveis constatadas ao nível da orientação da actividade económica, do controlo da inflação e da consolidação das reservas de câmbio, o Banco Central decidiu prosseguir a flexibilidade das suas condições monetárias, reduzindo as suas taxas directoras de 50 pontos de base, a partir de segunda-feira 22 de Março de 2004. Assim, a taxa de redesconto passou de 5,00% para 4,50% e a taxa de pensão de 4,50% para 4,00%. Este novo abrandamento da política monetária, depois da redução de 150 pontos de base das taxas directoras em 2003, traduz a confiança do Instituto de emissão comum na capacidade do sistema financeiro em apoiar a retoma da actividade económica constatada nos Estados membros da União, por um financiamento a um custo menor. Visava igualmente incentivar as iniciativas de investimentos necessários à consolidação da actividade económica. 16 de Junho de 2005 O Banco Central aumentou os coeficientes das reservas obrigatórias aplicáveis aos bancos de 13,00% para 15,00% no Benin, de 3,00% para 7,00% no Burkina e de 5,00% para 9,00% no Níger, a partir do período de constituição que se inicia a 16 de Junho de 2005. Assim, os coeficientes fixaram-se como se segue, a partir de 16 de Junho de 2005 : - Benin : 15,00% - Burkina : 7,00% - Côte d'Ivoire : 5,00% - Guiné-Bissau : 3,00% - Mali : 9,00% - Níger : 9,00% - Senegal : 9,00% - Togo : 3,00% Para os estabelecimentos financeiros distribuidores de créditos, o coeficiente das reservas obrigatórias permaneceu inalterado a 5,00% para o conjunto dos Estados da UMOA. 80 Relatório Anual do BCEAO - 2005 ANEXO PRINCIPAIS DOCUMENTOS PUBLICADOS PELO BANCO CENTRAL DOS ESTADOS DA ÁFRICA OCIDENTAL Periódicos 1 – Relatório anual do BCEAO – de 1956 a 2005 - (anual) 2 - Notas de informação e Estatísticas – de 1956 a 2004 - Estatísticas monetárias (mensal) - Estatísticas económicas (trimestral) - Estudos e pesquisa (trimestral) - Informações gerais (trimestral) 3 – Boletim mensal de conjuntura – de Outubro de 2005 a Março de 2006 4 – Boletim mensal de estatísticas monetárias e financeiras – de Janeiro de 2005 a Março de 2006 5 - Nota trimestral de informação – de Março de 2005 a Março de 2006 6 – Anuário dos Bancos e Estabelecimentos Financeiros – de 1967 a 2004 - (anual) 7 – Balanços dos Bancos e Estabelecimentos Financeiros – de 1967 a 2004 – (anual) - Balanços dos bancos – de 1967 a 2003 - Balanços e contas de resultados dos bancos e estabelecimentos financeiros - 2004 8 – Compilação dos textos legais e regulamentares de 2003 9 – Monografias dos Sistemas Financeiros Descentralizados – de 1993 a 2003 (anual) Obras 10 - Plano Contabilístico Bancário da UMOA (4 volumes) – Dakar : edição BCEAO, Agosto de 1994 - Compilação das instruções relativas à contabilização e à avaliação das operações bancárias - Volume I : Quadro regulamentar geral - Volume II : Documentos de síntese - Volume III : Transmissão dos documentos de síntese 11 – História da UMOA (3 volumes em francês e em inglês) – Paris : edição Georges Israël, Janeiro de 2000 12 – Sistema Contabilístico da África Ocidental (SYSCOA) (4 volumes) - Plano contabilístico geral das empresas – Paris : edição Foucher, Dezembro de 1996 - Guia de aplicação – Paris : edição Foucher, Outubro de 1997 - Sistema minimal de tesouraria – Paris : edição Foucher, Outubro de 1997 - Quadros de passagem – Paris : edição Foucher, Outubro de 1997 13 – Metodologia de Análise Financeira – Dakar : edição BCEAO, 2004 - Relatório Anual do BCEAO - 2005 81 RELATÓRIO ANUAL DE 2005 IMPRIMERIE BCEAO VERSÃO RESUMIDA Avenue Abdoulaye Fadiga BP 3108 - Dakar - Sénégal www.bceao.int Original : Francês
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