Dermatopatologia - Blog Elsevier Saúde
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Dermatopatologia NOOSHIN K. BRINSTER, MD; VINCENT LIU, MD; A. HAFEEZ DIWAN, MD, PHD; PHILLIP H. MCKEE, MD, FRCPATH Referência de primeira linha para diagnósticos patológicos das doenças cutâneas • Encontre informações de maneira rápida e fácil em um formato padronizado e de fácil consulta. • Confirme seus diagnósticos com fotografias coloridas de excelente qualidade que demonstram o aspecto clássico de cada doença. • Encontre rapidamente as respostas que você procura, em textos concisos, dispostos em tópicos. • Leia as informações dos mais destacados especialistas da área. Classificação de Arquivo Recomendada DERMATOLOGIA PATOLOGIA www.elsevier.com.br/medicina Este livro tem conteúdo extra e gratuito no site www.elsevier. com.br/expertconsult. Registre o código que está no verso da capa, dentro deste livro, e conheça uma nova maneira de aprender: • visualize o banco de imagens do livro para uso em seus estudos Além desse conteúdo, o código também permite o acesso gratuito ao conteúdo integral do livro em inglês no site www.expertconsult.com A aquisição desta obra habilita o acesso aos sites www.elsevier.com.br/ expertconsult e www. expertconsult.com até o lançamento da próxima edição em inglês e/ou português, ou até que esta edição em inglês e/ou português não esteja mais disponível para venda pela Elsevier, o que ocorrer primeiro. WWW.ELSEVIER.COM.BR/EXPERTCONSULT Nooshin K. Brinster Vincent Liu Brinster A.Hafeez Diwan Liu Phillip H. McKee Diwan McKee Dermatopatologia Economize tempo ao diagnosticar doenças de pele. Este livro é estruturado para ajudá-lo a revisar as principais características patológicas das doenças de pele, confirmar rapidamente seu diagnóstico e identificar com precisão mais de 400 doenças cutâneas. QUEM É EXPERT CONSULTA! WWW.ELSEVIER.COM.BR/EXPERTCONSULT WWW.ELSEVIER.COM.BR/EXPERTCONSULT Dermatopatologia Dermatopatologia Nooshin K. Brinster, MD Assistant Professor Departments of Pathology and Dermatology Director of Dermatopathology Services Virgina Commonwealth University Medical Center Richmond, Virginia Vincent Liu, MD Clinical Associate Professor Departments of Dermatology and Pathology University of Iowa Carver College of Medicine Iowa City, Iowa A. Hafeez Diwan, MD, PhD Associate Professor and Director of Dermatopathology Departments of Pathology & Immunology and Dermatology Baylor College of Medicine Houston, Texas Phillip H. McKee, MD, FRCPath Formerly Associate Professor of Pathology and Director, Division of Dermatopathology Department of Surgical Pathology Brigham and Women’s Hospital and Harvard Medical School Boston, Massachusetts C1840.indd i 12/12/11 6:11:22 PM © 2012 Elsevier Editora Ltda. Tradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por Saunders – um selo editorial Elsevier Inc. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. ISBN: 978-85-352-4739-8 Copyright © 2011 by Saunders, an imprint of Elsevier Inc. This edition of Dermatopathology, 1st edition by Nooshin K. Brinster, Vincent Liu, A. Hafeez Diwan, Phillip H. McKee is published by arrangement with Elsevier Inc. ISBN: 978-1-4160-9976-5 Capa Folio Design Editoração Eletrônica Thomson Digital Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, n° 111 – 16° andar 20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ Rua Quintana, n° 753 – 8° andar 04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP Serviço de Atendimento ao Cliente 0800 026 53 40 [email protected] Preencha a ficha de cadastro no fi nal deste livro e receba gratuitamente informações sobre os lançamentos e promoções da Elsevier. Consulte também nosso catálogo completo, os últimos lançamentos e os serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br NOTA O conhecimento médico está em permanente mudança. Os cuidados normais de segurança devem ser seguidos, mas, como as novas pesquisas e a experiência clínica ampliam nosso conhecimento, alterações no tratamento e terapia à base de fármacos podem ser necessárias ou apropriadas. Os leitores são aconselhados a checar informações mais atuais dos produtos, fornecidas pelos fabricantes de cada fármaco a ser administrado, para verificar a dose recomendada, o método e a duração da administração e as contraindicações. É responsabilidade do médico, com base na experiência e contando com o conhecimento do paciente, determinar as dosagens e o melhor tratamento para cada um individualmente. Nem o editor nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventual dano ou perda a pessoas ou a propriedade originada por esta publicação. O Editor CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ P338 Patologia de alto rendimento : dermatopatologia / Nooshin K. Brinster ... [et al.] ; [tradução Denise Costa ... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2011. 624p. : 28 cm Tradução de: Dermatopathology Inclui índice ISBN 978-85-352-4739-8 1. Pele - Doenças - Manuais, guias, etc. 2. Pele - Fisiopatologia - Manuais, guias, etc. I. Brinster, Nooshin K. 11-6408. 26.09.11 04.10.11 C1845.indd ii CDD: 616.507 CDU: 616.5-091.8 030153 12/12/11 6:22:20 PM REVISÃO CIENTÍFICA E TRADUÇÃO Revisão Científica Bernard Kawa Kac Mestrando pela Fundação Oswaldo Cruz Coordenador do Serviço de Documentação Científica Histopatológica do Laboratório Anatomical-Lab do Rio de Janeiro Patologista Associado do Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro Patologista Consultor do Serviço de Dermatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro Patologista Consultor do Serviço de Radiologia da Policlínica Geral de Botafogo (Rio de Janeiro) Ilustrador Médico Tradução Adriana Pittella Sudré Mestre em Patologia Professora Assistente da disciplina de Parasitologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Claudia Coana Bacharel em Letras/Tradução pelo Centro Universitário Ibero-Americano (UNIBERO) Claudia Fernanda Dias Souza Pós-Graduanda em Dermatologia pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro Pós-Graduada em Clínica Médica pela Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ) Denise Costa Rodrigues Pós-graduada em Tradução pela Universidade de Franca (Unifran) Bacharel em Tradução pela Universidade de Brasília (UnB) Licenciada em Letras (Língua e Literatura Inglesas) pela UnB Eduardo Bornhausen Demarch Graduado Médico pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) Pós-graduando em Dermatologia pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e Escola Médica de Pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) Érica Bertolace Slaibi Pós-graduada em Clínica Médica pelo Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro Felipe Nazareth de Matos Pinto de Carvalho Médico Generalista Fernanda Waehneldt Rocha Pires Graduada em Medicina pela Universidade Gama Filho (UGV) Médica Estagiária do Serviço de Dermatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro Fernando Diniz Mundim Professor Adjunto do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Fred Bernardes Filho Médico Estagiário do Serviço de Dermatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro Gustavo Morgan Horta Dermatologista Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) iii C1850.indd iii 1/27/12 11:44:53 PM iv Revisão Científica e Tradução Juliane Roberta de Aragão Mendes Pereira Médica Generalista Maria Victória Pinto Quaresma Santos Médica Estagiária do Serviço de Dermatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro Marília Gabriela Ribeiro Rafael Graduada em Medicina pela Universidade Católica de Brasília (UCB/DF). Pós-graduanda em Dermatologia pelo Hospital Mário Kröeff – Rio de Janeiro C1850.indd iv 12/12/11 6:26:01 PM Para o meu amor, Derek, e nossos quatro rostos sorridentes: Layla, Maya, Neda e Ella. Independentemente de qualquer coisa... Nooshin Brinster Para minha simplesmente maravilhosa esposa, Saba, meus dois filhos, meus pais e minhas três irmãs. Hafeez Diwan Para todos os pacientes que nos honram, os professores que nos inspiram, os alunos que nos desafiam e as famílias que nos completam; este livro é para vocês. Vince Liu Para Gracie e meus quatro filhos, cujas vidas se concentram na dermatopatologia! Phillip McKee C1855.indd v 12/12/11 6:29:59 PM AGRADECIMENTOS Dermatopatologia é um livro cuja criação e conclusão não teriam sido possíveis sem a liderança determinada de Phillip McKee. Seus mais altos padrões de dedicação incomensurável são inspiradores e somente igualados à sua paixão e ao seu senso de humor. Foi um presente trabalhar e aprender com um mestre. Também sou grato ao velho amigo, Vince Liu, que me convidou para participar do projeto. Agradeço aos residentes de dermatologia e ao corpo docente da Faculdade de Medicina da Virginia, que forneceram as muitas fotografias clínicas e biopsias cutâneas que se adequaram a este livro. Também tive a sorte de contar com o apoio administrativo de Jeanette MacFarland e Carol Burney, que sempre estiveram prontas para ajudar, mesmo quando solicitadas na última hora. Sou extremamente grata ao grupo da Elsevier, incluindo William Schmitt, diretor de publicações; Andrew Hall, editor de desenvolvimento; Kristine Feeherty, gerente de projeto, e Steve Stave, gerente de design. O apoio da minha família foi fundamental. Meus pais, Masoud e Vida, incentivaram todos os meus empreendimentos, desde a infância até hoje, com muito amor. Sou muito grata pelo amor e orientação do meu amado marido, Derek, e de nossas filhas queridas, Layla, Maya, Neda e Ella. Eles suportaram todas as longas horas (principalmente depois do horário de dormir) despendidas na escrita deste livro. Sinto-me particularmente grata pelo fato de nossa última filha ter demonstrado uma fantástica noção de tempo, atrasando a sua chegada a este mundo até que o livro estivesse concluído. Nooshin K. Brinster Uma obra desse tipo não aconteceria sem a ajuda de muitos. Em primeiro lugar, agradeço a todos os pacientes que tive o privilégio de ter conhecido. Em segundo lugar, quero agradecer a todos aqueles que me ensinaram a arte e a ciência da dermatologia e da dermatopatologia. Em terceiro lugar, devo muito a todos os estudantes de medicina, residentes e estudantes de especialização que inspiraram o meu apreço pelo ensino. Em quarto lugar, muito obrigado a Chris Huber por sua inestimável contribuição na parte burocrática. E, finalmente, por seu apoio incansável durante o sacrifício tremendo deste empreendimento, um agradecimento especial à Paula. Vince Liu Gostaria de agradecer aos seguintes colegas e amigos pela ajuda: Jonathan Curry, Doina S. Ivan, Alexandre J. Lazar, Daniel Ostler, Jose Plaza, Victor G. Prieto, Ronald P. Rapini, Carlos Torres-Cabala, Wei Lien-Wang e Darren Whittemore. Doina Ivan foi especialmente útil na preparação do capítulo sobre Metástases Cutâneas – ela acrescentou e aperfeiçoou muito esta seção. E um agradecimento especial a Saba, Sara e Hasan, que me toleraram e me apoiaram em muitos fi ns de semana e à noite, quando eu personificava Greta Garbo, querendo ficar sozinha por longos períodos de tempo para trabalhar neste livro. Hafeez Diwan Sou grato a Bill Schmitt da Elsevier, que pensou nesse conceito pela primeira vez, e a Andy Hall (também da Elsevier), cuja paciência e apoio durante a elaboração deste livro foram determinantes. Foi um prazer trabalhar no projeto com Nooshin, Vince e Hafeez, embora o meu papel tenha sido limitado à edição (às vezes bastante grande!) e à fotografia. Como sempre, eu aprendo muito com os outros. Também sou extremamente grato a Eduardo Calonje, Alex Lazar, Thomas Brenn, Wayne Grayson e Iskander Chaudhry, que continuamente fornecem casos para estudo e fotografias fascinantes de vários projetos de livros que dominam a minha vida. Finalmente, e de grande importância, nunca iria conseguir nada se não fosse pela paciência e pelo apoio de Gracie, que — além de ser minha esposa, alma gêmea e melhor amiga — nunca hesita em sua luta para manter-me no caminho certo. Às vezes ela acha isso uma tarefa hercúlea! Phillip McKee Os autores são gratos aos seguintes amigos que gentilmente contribuíram com casos: M. Avram, F. Awadalla, D. Barber, C. Baum, M. Blanes, T. Brenn, E. Calonje, I. Chaudhry, J. Cohen, G. Dorer, L. Edsall, A. Farrajoli, S. Granter, W. Grayson, B. Horvath, E. Hudgins, D. Jones, B. Kockentiet, A. Lazar, P. E. LeBoit, S. Lyle, M. Maiberger, S. R. Mays, F. McMullen, D. Metze, M. Michal, J. Nunley, J. C. Pascual, S. Peck, L. Requena, M. Saeb, A. Schiedel, D. Slater, B. Swick, I. Van den Berghe, K. Vu, D. Whittemore, S.-B. Woo, L. Yarbrough e B. ZeIger. Os autores também agradecem a N. P. Smith. vi C1860.indd vi 12/12/11 6:33:47 PM APRESENTAÇÃO Patologia de Alto Rendimento, com acesso a expertconsult. com é uma série nova de manuais de patologia que fornecem referências rápidas para o patologista e para o estudante atarefado. O estudo de dermatopatologia requer avaliação e compreensão da doença “macroscópica”, ou seja, o aspecto clínico dos distúrbios cutâneos, assim como os achados histológicos. Ao integrar as manifestações clínicas e patológicas, chega-se a um diagnóstico significativo. Com isso em mente, Dermatopatologia é organizado por padrões histológicos, posteriormente classificados por doença. As manifestações clínicas e patológicas de cada doença são apresentadas e, quando pertinente, são fornecidas fotografias clínicas. Várias fotografias patológicas são incluí- das para cada doença, como imuno-histoquímica e imunofluorescência, para ilustrar as muitas faces e fases de cada doença. Além disso, o texto é apresentado em tópicos para facilitar a consulta rápida e para aprendizagem ao microscópio. Esperamos que este livro forneça informações valiosas e práticas para os patologistas gerais, dermatopatologistas, residentes e outros especialistas correlatos. Nooshin K. Brinster, MD Vincent Liu, MD A. Hafeez Diwan, MD, PhD Phillip H. McKee, FRCPath vii C1865.indd vii 12/12/11 6:39:48 PM C1865.indd viii 12/12/11 6:39:48 PM SUMÁRIO I. DERMATITE INFLAMATÓRIA A . DERMATITE ESPONGIÓTICA Dermatite Atópica, 2 Dermatite Seborreica, 4 Dermatite de Contato Alérgica, 5 Eczema Disidrótico (Ponfolix), 7 Dermatite de Estase, 8 Erupção Espongiótica por Fármaco, 10 Reação à Picada por Artrópode, 11 Incontinência Pigmentar (Síndrome de Bloch-Sulzberger), 13 Pitiríase Rósea, 15 Dermatite Fotoalérgica (Fototóxica/Fotoalérgica), 17 B. DERMATITE PSORIASIFORME e PUSTULOSA Psoríase, 19 Síndrome de Reiter, 22 Pitiríase Rubra Pilar, 24 Dermatose Pustulosa Subcórnea, 26 Pustulose Exantematosa Generalizada Aguda, 27 Melanose Pustulosa Neonatal Transitória, 28 Líquen Simples Crônico e Prurigo Nodular, 29 Nevo Epidérmico Verrucoso Inflamatório Linear, 31 C. DERMATITE de INTERFACE Eritema Multiforme, 32 Necrólise Epidérmica Tóxica/Síndrome de StevensJohnson, 34 Lúpus Eritematoso, 36 Dermatomiosite, 40 Doença de Enxerto versus Hospedeiro (DEVH), 42 Dermatite de Interface da Infecção por HIV, 44 Pitiríase Liquenoide, 46 D. DERMATITES LIQUENOIDES Líquen Plano, 48 Reação Liquinoide por Fármaco, 50 Erupção Fixa por Fármaco, 52 Líquen Estriado, 54 Líquen Nítido, 56 Eritema Discrômico Persistente (Dermatose Cinzenta), 57 Ceratose Liquenoide, 58 E. DOENÇAS ACANTOLÍTICAS Pênfigo Foliáceo, 59 Pênfigo Eritematoso, 61 Pênfigo por IgA, 62 Pênfigo Vulgar, 63 Pênfigo Vegetante, 65 Pênfigo Paraneoplásico, 66 Doença de Darier (Ceratose Folicular), 68 Doença de Hailey-Hailey (Pênfigo Familiar Benigno), 69 Doença de Grover (Dermatose Acantolítica Transitória), 71 F. DERMATITES VESICULOSAS SUBEPIDÉRMICAS Penfigoide Bolhoso, 73 Penfigoide (Herpes) Gestacional, 75 Penfigoide da Mucosa (Cicatricial), 77 Epidermólise Bolhosa Adquirida, 79 Epidermólise Bolhosa Congênita, 81 Dermatite Herpetiforme, 83 Dermatose por IgA Linear, 85 Porfiria Cutânea Tarda, 87 Pseudoporfiria, 89 G. DERMATITES GRANULOMATOSAS Granuloma Anular, 90 Necrobiose Lipoídica, 92 Nódulo Reumatoide, 94 Dermatite Neutrofílica e Granulomatosa em Paliçada, 95 Xantogranuloma Necrobiótico, 97 Sarcoidose, 99 Doença de Crohn Cutânea, 101 Granulomas de Corpo Estranho, 102 H. DERMATITES PERIVASCULARES SUPERFICIAIS e PROFUNDAS Eritema Anular Centrífugo, 104 Urticária, 105 Erupção Polimorfa à Luz, 107 I. FOLICULITE, PERIFOLICULITE e INFLAMAÇÃO das Glândulas Sudoríparas Acne Vulgar, 109 Rosácea, 111 Hidradenite Supurativa, 113 Acne Agminata, 115 Foliculite, 116 Foliculite Eosinofílica, 118 Hidradenite Écrina Neutrofílica, 119 Acne Queloidiana da Nuca, 120 J. ALOPECIA Alopecia Areata, 121 Alopecia Androgenética, 123 Celulite Dissecante (Foliculite Dissecante), 125 Síndrome de Degeneração Folicular, 126 Foliculite Decalvante, 127 Líquen Planopilar (LPP) e Alopecia Fibrosante Frontal, 129 K. VASCULITE e VASCULOPATIA Vasculite Leucocitoclástica (VLC), 131 Púrpura de Henoch-Schönlein (PHS), 133 Vasculite Urticariforme, 135 Granuloma Facial, 137 Eritema Elevado Diutino, 139 Poliarterite Nodosa, 140 Granulomatose de Wegener, 142 ix C1870.indd ix 12/12/11 6:43:56 PM x Sumário Síndrome de Churg-Strauss (Granulomatose Alérgica com Angiíte), 144 Coagulopatia Disseminada Intravascular (CID), 145 Crioglobulinemia, 147 Síndrome de Anticorpo Antifosfolipídio, 149 Necrose por Varfarina, 150 Embolização por Cristais de Colesterol, 151 Arterite de Células Gigantes (Temporal), 152 Atrofia Branca (Vasculite Livedoide), 154 Vasculite Linfocítica, 156 Perniose, 157 Doença de Degos, 158 Púrpura Pigmentada, 159 L. DERMATITE FIBROSANTE/ ESCLEROSANTE Morfeia, 161 Esclerodermia (Esclerose Sistêmica), 163 Líquen Escleroso, 165 Fibrose Sistêmica Nefrogênica, 167 Dermatite por Radiação, 169 M. PANICULITES Eritema Nodoso, 170 Paniculite Associada à Deficiência de ␣1-antitripsina, 172 Paniculite Pancreática, 173 Necrose Gordurosa Subcutânea do Recém-nascido, 174 Vasculite Nodular/Eritema Indurado, 175 Lúpus Profundo, 177 Necrose Gordurosa Factícia e Traumática, 179 Lipodermatoesclerose (Paniculite Esclerosante), 181 Paniculite Infecciosa, 183 N. OUTRAS DERMATOSES INFLAMATÓRIAS Síndrome de Sweet (Dermatose Neutrofílica Febril Aguda), 184 Pioderma Gangrenoso, 186 Doença de Behçet, 188 Celulite Eosinofílica (Síndrome de Wells), 190 Fasciite Eosinofílica (Síndrome de Schulman), 192 Balanite de Zoon, 193 O. DISTÚRBIOS de CERATINIZAÇÃO Ictiose Vulgar, 194 Ictiose Recessiva Ligada ao X, 195 Ictiose Lamelar, 196 Eritrodermia Ictiosiforme Bolhosa Congênita, 197 Ceratodermia Palmoplantar (CPP), 198 Poroceratose, 200 Paraceratose Granulosa Axilar, 202 II. DERMATITES INFECCIOSAS A . INFECÇÕES VIRAIS Verruga Vulgar, 204 Verruga Plantar, 205 Verruga Plana, 206 Condiloma Acuminado, 207 Molusco Contagioso, 208 Herpes Simples, 209 Vírus Varicela-Zóster (VVZ), 211 Ectima Contagioso (ORF, em inglês), 212 C1870.indd x B. INFECÇÕES BACTERIANAS Impetigo, 213 Síndrome da Pele Escaldada por Estalaficocos, 215 Fasciite Necrosante, 216 Ectima, 217 Angiomatose Bacilar, 219 Actinomicose, 220 Granuloma Inguinal, 221 Antraz, 223 Infecções por Corinebactérias, 225 Doença de Lyme, 226 Sífilis, 228 Lúpus Vulgar, 231 Infecções Micobacterianas Atípicas, 232 Hanseníase 235 C. INFECÇÕES FÚNGICAS Dermatofitose, 238 Tinha Versicolor, 241 Candidíase, 242 Foliculite por Pityrosporum, 244 Micetoma, 245 Blastomicose Norte-americana, 247 Histoplasmose, 249 Criptococose, 251 Coccidioidomicose, 253 Paracoccidioidomicose (Blastomicose Sulamericana), 255 Cromoblastomicose (Cromomicose), 256 Feo-hifomicose, 258 Esporotricose, 260 Aspergilose, 261 Zigomicose, 263 D. OUTRAS INFECÇÕES Prototecose, 265 Rinosporidiose, 266 Leishmaniose, 267 Amebíase Cutânea, 269 Oncocercose, 270 Esquistossomíase (Bilharziose), 271 Escabiose, 272 Tungíase, 274 III. DERMATOSES NÃO INFLAMATÓRIAS A. TRANSTORNOS METABÓLICOS e DEGENERATIVOS Eritema Necrolítico Migratório, 276 Acrodermatite Enteropática, 277 Amiloidose Cutânea, 278 Milium Coloide do Adulto, 281 Milium Coloide Juvenil, 282 Gota, 283 Líquen Mixedematoso/Escleromixedema, 285 Escleredema (Buschke), 286 Mixedema Pré-Tibial, 287 Mucinose Folicular, 289 Calcinose Cutânea, 291 Calcifilaxia, 293 Condrodermatite Nodular da Hélice, 295 B. DOENÇAS do COLÁGENO e dO TECIDO ELÁSTICO Pseudoxantoma Elástico, 297 Elastose Perfurante Serpiginosa, 299 12/12/11 6:43:56 PM xi Sumário Colagenose Perfurante Reacional, 301 Doença de Kyrle Hyperkeratosis Follicularis et Parafollicularis in Cutem Penetrans, 302 C. DISCROMIAS Vitiligo, 303 Pigmentação Induzida por Fármacos, 305 IV. NEOPLASIAS A . CISTOS e PSEUDOCISTOS Poro Dilatado de Winer, 308 Cisto Epidermoide (Infundibular), 309 Cisto Pilar (Triquilemal), 310 Tumor Pilar Proliferante, 311 Esteatocistoma, 313 Cisto Piloso Velo Eruptivo, 314 Hidrocistoma, 315 Cisto Cutâneo Ciliado, 317 Cisto Dermoide, 318 Cisto Mixoide (Mucoso) Digital, 319 B. NEOPLASIAS MELANOCÍTICAS Efélide, 320 Lentigo, 321 Lentigo em Mancha de Tinta, 323 Mácula Melanótica Labial, 324 Nevo Melanocítico, 325 Nevo Acral, 330 Nevo Melanocítico Congênito, 332 Nevo Halo (Nevo de Sutton), 334 Nevo de Células em Balão, 336 Nevo Recorrente (Persistente) (Pseudomelanoma), 337 Nevo Genital (da Linha Láctea, Flexural Atípico) (Nevo de Locais Anatômicos Especiais), 339 Nevo Displásico, 341 Nevo de Spitz, 344 Nevo de Células Fusiformes Pigmentado (Nevo de Reed), 347 Nevo de Ota (Nevo Fusocerúleo Oftalmomaxilar) e Nevo de Ito (Nevo Fusocerúleo Acromioclavicular), 349 Nevo Azul, 350 Nevo Combinado, 352 Nevo Penetrante Profundo, 353 Melanoma, 355 C. NEOPLASIAS QUERATINOCÍTICAS Nevo Epidérmico, 364 Ceratose Seborreica, 365 Ceratose Folicular Invertida (Ceratose Seborreica Irritada), 367 Estucoceratose, 368 Fenômeno de Borst-Jadassohn, 369 Acantoma de Grandes Células, 370 Acantoma Acantolítico, 371 Disceratoma Verrucoso, 372 Acantoma de Células Claras, 373 Ceratose Actínica, 374 Carcinoma Espinocelular In Situ, 376 Carcinoma de Células Escamosas, 377 Ceratoacantoma, 380 Carcinoma Verrucoso, 382 Carcinoma Basocelular, 384 C1870.indd xi D. NEOPLASIAS FOLICULARES Tricoepitelioma, 388 Tricoepitelioma Desmoplásico, 390 Triquilemoma, 391 Triquilemoma Desmoplásico, 393 Tumor do Infundíbulo Folicular (Infundibuloma), 394 Acantoma de Bainha Pilosa, 395 Hamartoma Folicular Basaloide, 396 Tricoblastoma, 397 Tricofoliculoma, 399 Pilomatricoma, 400 Linfadenoma Cutâneo, 402 Carcinoma Triquilemal, 403 Carcinoma Matricial (Carcinoma Pilomatricial, Pilomatricoma Maligno), 405 E. NEOPLASIAS SEBÁCEAS Nevo Sebáceo de Jadassohn (Nevo Organoide), 407 Hiperplasia Sebácea, 409 Adenoma Sebáceo, 410 Sebaceoma, 411 Carcinoma Sebáceo, 412 F. NEOPLASIAS ÉCRINAS/APÓCRINAS Poroma, 414 Tumor Ductual Dérmico, 415 Siringofibroadenoma Écrino (Nevo Acrossiríngio), 416 Siringoma, 417 Hidradenoma Nodular, 418 Siringoma Condroide (Tumor Misto), 420 Espiradenoma Écrino, 422 Cilindroma, 423 Siringocistoadenoma Papilífero, 424 Hidradenoma Papilífero, 425 Adenoma Tubular Apócrino (Adenoma Tubular Papilar), 426 Adenoma Écrino Papilar, 427 Carcinoma Microcístico Anexal, 428 Carcinoma Cístico Adenoide, 431 Porocarcinoma Écrino, 432 Carcinoma Mucinoso Cutâneo Primário, 434 Hidradenocarcinoma (Acrospiroma Maligno, Hidradenocarcinoma de Células Claras), 436 Carcinoma Ductal Écrino, 438 Adenocarcinoma Papilar Digital Agressivo, 439 Carcinoma Apócrino, 440 G. NEOPLASIAS FIBROSAS, FIBRO-HISTIOCÍTICAS e MIOFIBROBLÁSTICAS Cicatriz Hipertrófica, 442 Queloide, 443 Pápula Fibrosa, 444 Acrocórdon (Pólipo Fibroepitelial, Apêndice Cutâneo), 446 Fibroceratoma Digital Adquirido, 447 Angiomixoma Superficial, 448 Fibromatose Palmar (Contratura de Dupuytrens), 449 Fasciite Nodular, 450 Elastofibroma, 452 Fibroma da Bainha Tendinosa, 453 Tumor de Células Gigantes da Bainha Tendinosa, 454 Fibromatose de Corpos de Inclusão (Fibromatose Digital Neonatal), 455 12/12/11 6:43:56 PM xii Sumário Hamartoma Fibroso Neonatal, 456 Fibroma Esclerótico (Colagenoma Estoriforme), 457 Miofibromatose Neonatal (Infantil) e Miofibroma Solitário, 458 Mioepitelioma, 460 Tumor Fibroso Solitário, 462 Dermatofibroma (Histiocitoma Fibroso), 464 Histiocitoma Fibroso Celular, 467 Histiocitoma Fibroso Atípico, 469 Dermatomiofibroma, 470 Dermatofibrossarcoma Protuberante (DFSP), 471 Fibroblastoma de Células Gigantes, 473 Fibroxantoma Atípico, 474 Histiocitoma Fibroso Maligno Superficial (Sarcoma Pleomórfico Superficial - SOE), 475 Sarcoma Epitelioide, 476 H. NEOPLASIAS VASCULARES Hiperplasia Endotelial Papilar Intravascular (Tumor de Masson), 478 Hemangioma Capilar Lobular (Granuloma Piogênico), 479 Mancha Cor de Vinho do Porto, 480 Hemangioma Neonatal (Nevo em Morango, Hemangioma Infantil/Juvenil, Hemangioendotelioma Neonatal/Infantil), 481 Hemangioma Cavernoso, 482 Hemangioma Arteriovenoso (Malformação Arteriovenosa, Aneurisma Cirsoide), 483 Hemangioma em Cereja (Hemangioma Senil, Mancha de Campbell de Morgan), 484 Angioceratoma, 485 Hemangioma “Hobnail” (Hemangioma Hemossiderótico em Alvo), 486 Hemangioma de Células Fusiformes, 487 Angio-Histiocitoma de Células Multinucleadas, 488 Hemangioma Epitelioide (Hiperplasia Angiolinfoide com Eosinofilia), 489 Angioendoteliomatose Reativa, 491 Linfangioma Circunscrito, 492 Tumor Glômico/Glomangioma, 493 Miopericitoma, 495 Hemangioendotelioma Epitelioide, 496 Sarcoma de Kaposi, 497 Angiossarcoma Cutâneo, 500 Angiossarcoma Epitelioide, 502 I. NEOPLASIAS NEURAIS-NEUROENDÓCRINAS Neuroma Traumático, 503 Neuroma de Morton (Metatarsalgia), 504 Neurofibroma, 505 Schwannoma (Neurilemoma), 507 Neuroma Encapsulado em Paliçada (Neuroma Circunscrito Solitário), 509 Tumor de Células Granulosas, 510 Neuretequeoma (Neuretequeoma Mixoide, Mixoma Dérmico de Bainha Nervosa), 512 Neurotecoma Celular, 514 Perineurioma, 515 Glioma Nasal, 517 Tumor Maligno da Bainha de Nervos Periféricos (Neurofibrossarcoma, Schwannoma Maligno), 518 Carcinoma de Células de Merkel, 520 J. NEOPLASIAS MUSCULARES K. NEOPLASIAS ADIPOSAS, ÓSSEAS e CARTILAGINOSAS Lipoma, 527 Angiolipoma, 529 Lipoma de Células Fusiformes, 530 Lipoma Pleomórfico, 532 Lipossarcoma, 533 Osteoma Cutâneo, 535 Condroma de Tecido Mole, 536 L. NEOPLASIAS T-NK) DE CÉLULAS T, (e DE CÉLULAS Pseudolinfoma de Células T, 537 Dermatite Actínica Crônica (Reticuloide Actínico), 539 Micose Fungoide, 541 Síndrome de Sézary, 546 Reticulose Pagetoide, 548 Pele Frouxa Granulomatosa, 549 Linfoma de Células T Cutâneo Primário Epidermotrópico Agressivo de Células Citotóxicas CD8Positivas, 551 Papulose Linfomatoide, 552 Linfoma Anaplásico de Grandes Células (LAGC), 554 Linfoma de Células T Subcutâneo Semelhante a Paniculite, 556 Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (LLTA), 558 Linfoma Extranodal de Células T/NK Extralinfonodal, Tipo Nasal, 560 Linfoma de Células T Gama/Delta, 561 M. NEOPLASIAS de CÉLULAS B Pseudolinfoma de Células B (Hiperplasia Linfoide Cutânea), 562 Linfoma de Células B Cutâneo Primário da Zona Marginal/Imunocitoma, 564 Linfoma Cutâneo Primário Centrofolicular (LCPCF), 567 Linfoma Cutâneo Primário Difuso de Grandes Células B, 569 Linfoma de Células B Intravascular, 571 Granulomatose Linfomatoide, 573 N. NEOPLASIAS XANTOMATOSAS, HISTIOCITÁRIAS, Mastocitárias, MIELOIDES e PLASMOCITÁRIAS Xantomas, 575 Xantogranuloma (Juvenil), 577 Xantoma Disseminado, 579 Xantoma Verruciforme, 581 Doença de Rosai-Dorfman, 582 Retículo-Histiocitoma, 584 Histiocitose de Células de Langerhans, 586 Mastocitose Cutânea, 588 Leucemia Cutânea, 591 Plasmocitoma, 593 O. METÁSTASES CUTÂNEAS/IMPLANTAÇÃO Endometriose Cutânea, 594 Metástases Cutâneas, 595 Doença de Paget Extramamária, 599 Leiomioma e Angioleiomioma, 523 Leiomiossarcoma, 525 C1870.indd xii 12/12/11 6:43:57 PM K. VASCULITE E VASCULOPATIA VASCULITE LEUCOCITOCLÁSTICA (VLC) Definição Principais diagnósticos diferenciais • Destruição vascular de pequenas vênulas cutâneas mediada por neutrófilos resultando em fragmentação de neutrófilos (leucocitoclasia) • • • • Vasculite urticariforme Púrpura de Henoch-Schönlein Dermatoses neutrofílicas (p. ex., síndrome de Sweet) Vasculopatias trombóticas Manifestações clínicas Epidemiologia • A VLC surge em diversas situações: reações de hipersensibilidade a fármacos, infecções, doenças do tecido conjuntivo (p. ex., lúpus eritematoso sistêmico), vasculites associadas ao ANCA (p. ex., granulomatose de Wegener) e paraneoplasias • Pode afetar crianças e adultos Apresentação • Pápulas e placas palpáveis e eritemato-violáceas que não desaparecem com digitopressão • São distribuídas ao longo das extremidades, com destaque para áreas pendentes; tronco e extremidades superiores podem estar envolvidos • Variavelmente sensíveis ou pruriginosas • Associada a edema de extremidade inferior • Em casos associados a vasculite sistêmica, podem ser observados envolvimento renal (p. ex., hematúria), gastrointestinal (hematoquesia), pulmonar (hemoptise) ou do SNC (ataque isquêmico transitório/AVE) Prognóstico e tratamento • O prognóstico depende da causa subjacente (p. ex., infecção, fármaco, autoimune, paraneoplasia) • Sintomas constitucionais em casos associados a infecções, doenças reumatológicas ou estados de hipersensibilidade generalizados • A associação a vasculite sistêmica (p. ex., vasculite associada ao ANCA) pode ser mais grave, crônica • Tratamento direcionado à causa subjacente (p. ex., tratar a infecção subjacente, doença reumatológica, retirada do medicamento agressor) • Os corticosteroides sistêmicos geralmente melhoram a doença cutânea • Imunossupressão adicional pode ser necessária para vasculites que afetam outros sistemas orgânicos Fig. 1. Vasculite leucocitoclástica. Púrpura palpável coalescendo em grandes placas na coxa. Patologia Histologia • Edema endotelial com necrose fibrinoide de pequenas vênulas • Geralmente, um intenso infiltrado neutrofílico; eosinófilos podem estar presentes • Extravasamento circundante de hemácias e debris de cariorrexia neutrofílica • Edema dérmico variável • Inflamação mista mononuclear variável Imunopatologia/colorações especiais • Pela imunofluorescência direta, fibrinogênio, C3 e imunoglobulinas (IgM, IgG e IgA) podem ser observados circundando vasos Fig. 2. Vasculite leucocitoclástica. As regiões pendentes são comumente afetadas. (Coleção do falecido Dr. NP Smith; the Institute of Dermatology, London) 131 C0380.indd 131 12/8/11 10:15:37 PM Vasculite Leucocitoclástica (VLC) 132 Fig. 3. Vasculite leucocitoclástica. Visão em pequeno aumento mos- Fig. 4. Vasculite leucocitoclástica. Edema maciço resultou na forma- trando hemorragia maciça na derme superior. ção de um início de bolha subepidérmica. Fig. 5. Vasculite leucocitoclástica. Há necrose fibrinoide evidente Fig. 6. Vasculite leucocitoclástica. Notar o extravasamento de hemá- das vênulas superficiais. cias e infiltrado celular inflamatório misto com leucocitoclasia. Fig. 7. Vasculite leucocitoclástica. Há depósito de C3 ao redor de vasos superficiais em um paciente com artrite reumatoide e púrpura palpável. C0380.indd 132 12/8/11 10:15:56 PM PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖENLEIN (PHS) Definição • Venulite de pequenos vasos, mediada por IgA, mais comum em crianças; pode afetar a pele, articulações, rins e trato gastrointestinal Manifestações clínicas Epidemiologia • • • • A maioria dos casos ocorre em crianças (dois a 10 anos) Predileção por meninos (2:1) Pico de incidência no inverno Pode ocorrer após vacinação ou infecção (faringite, otite média, trato respiratório superior) • Reação adversa a medicamento também está implicada Apresentação • • • • Febre Púrpura palpável em extremidades e glúteos Lesões iniciais podem ser urticariformes Outros sinais/sintomas potenciais incluem: • Proteinúria e hematúria • Artralgia • Dor abdominal • Sangramento gastrointestinal, intussuscepção • Orquite Prognóstico e tratamento • A maioria dos pacientes tem um excelente prognóstico • Complicações em longo prazo incluem doença renal: • Geralmente branda em crianças mais novas • Crianças mais velhas e adultos são mais propensos a desenvolver nefrite • Incluem-se no tratamento: • Corticosteroides sistêmicos • Agentes imunossupressores poupadores de esteroide (p. ex., azatioprina, ciclofosfamida) Fig. 1. Púrpura de Henoch-Schönlein. Pápulas palpáveis, purpúricas, que não desaparecem quando submetidas a digitopressão, no membro inferior com lesão linear abaixo do joelho devido a fenômeno de Koebner. Patologia Histologia • Vasculite leucocitoclástica de pequenos vasos afetando vênulas pós-capilares Imunopatologia/colorações especiais • A imunofluorescência direta demonstra depósito de IgA dentro de pequenos vasos • C3 e fibrogênio podem estar presentes Principais diagnósticos diferenciais • Outras causas de vasculite leucocitoclástica • Vasculite por IgA não-PHS Fig. 2. Púrpura de Henoch-Schönlein. Visão em pequeno aumento mostrando inflamação perivascular superficial e profunda com extravasamento de hemácias. 133 C0385.indd 133 12/8/11 10:22:35 PM Púrpura de Henoch-Schöenlein (PHS) 134 Fig. 3. Púrpura de Henoch-Schönlein. Neutrófilos circundando vasos e Fig. 4. Púrpura de Henoch-Schönlein. Neutrófilos e cariorrexia ao extenso edema da derme. redor de vasos dérmicos. Fig. 5. Púrpura de Henoch-Schönlein. Notar o depósito proeminente de fibrina ao redor dos vasos. Fig. 6. Púrpura de Henoch-Schönlein. Necrose fibrinoide da parede do vaso, cariorrexia e neutrófilos circundantes. Fig. 7. Púrpura de Henoch-Schönlein. Notar a perda do núcleo da célula endotelial no canto superior direito. Fig. 8. Púrpura de Henoch-Schönlein. Imunofluorescência direta C0385.indd 134 apresenta IgA nos vasos da derme papilar. 12/8/11 10:22:40 PM VASCULITE URTICARIFORME • Venulite de pequenos vasos classicamente de baixo grau manifestando-se como lesões urticariformes que podem ser idiopáticas ou associadas a doença sistêmica • Em paciente com hipocomplementemia e lúpus eritematoso sistêmico subjacente, pode haver depósito de complemento e imunoglobulinas ao longo da membrana basal da junção dermoepidérmica (ou seja, teste positivo para banda lúpica) Manifestações clínicas Epidemiologia Principal diagnóstico diferencial Definição • Predileção por mulheres • Todas as idades podem estar afetadas, com maior incidência na meia-idade • Há dois tipos: normocomplementêmica e hipocomplementêmica • Fármacos (especialmente inibidores da conversão de angiotensina, penicilina e sulfa) são causadores em alguns casos • Outras causas de vasculite leucocitoclástica Apresentação • Pápulas urticariformes que duram mais de 24 horas e involuem com púrpura • As lesões podem ser anulares ou em alvo • As lesões podem ser pruriginosas ou em queimação • Associada a artralgia e edema de mãos e pés • O tipo hipocomplementêmico é associado a maior incidência de envolvimento sistêmico: • Proteinúria, hematúria, glomerulonefrite • Doença pulmonar: derrame pleural • Doença gastrointestinal: dor abdominal, sangramento • Gamopatia • O tipo hipocomplementêmico também está fortemente associado às doenças do tecido conjuntivo, como o lúpus eritematoso • Outras associações potenciais incluem doença inflamatória intestinal, hepatites ou outras infecções virais, crioglobulinemia, fotossensibilidade e reação adversa a fármacos Fig. 1. Vasculite urticariforme. Pápulas eritematosas escurecidas, difusas, ovaladas e de poucos centímetros distribuídas na coxa esquerda. Prognóstico e tratamento • O prognóstico é determinado pela presença ou ausência de condições subjacentes • Geralmente, de curso prolongado • Tratamento: • Depende da extensão da doença sistêmica • Formas brandas da doença podem responder a anti-histamínicos, AINEs, dapsona e colchicina • Doença sistêmica e mais grave pode requerer corticosteroides sistêmicos e imunossupressores poupadores de corticosteroides Patologia Histologia • Venulite leucocitoclástica de pequenos vasos • Linfócitos podem ser conspícuos • Frequentemente, com características de baixo grau, principalmente em estágios iniciais • Pode ser observada vasculite exuberante, embora com menor frequência Fig. 2. Vasculite urticariforme. Um exemplo mais exuberante com numerosas lesões eritematosas e tumefeitas. (Cortesia do Dr. J Nunley; Virginia Commonwealth University, Richmond) Imunopatologia/colorações especiais • Imunofluorescência direta demonstra C3, imunoglobulinas e fibrinogênio ao redor dos vasos 135 C0390.indd 135 12/8/11 10:26:43 PM Vasculite Urticariforme 136 Fig. 3. Vasculite urticariforme. Visão em grande aumento de uma lesão recente mostrando edema e um infiltrado intersticial de neutrófilos, eosinófilos e linfócitos. Fig. 4. Vasculite urticariforme. Esse exemplo apresenta vasculite Fig. 5. Vasculite urticariforme. Visão em pequeno aumento de um Fig. 6. Vasculite urticariforme. Observar a alteração de interface, caso associado a lúpus eritematoso sistêmico. edema e infiltrado linfocítico. Fig. 7. Vasculite urticariforme. Visão em grande aumento demonstrando degeneração hidrópica de células basais e extravasamento de hemácias. Fig. 8. Vasculite urticariforme. Nesse caso, as células inflamatórias são praticamente todas linfócitos. C0390.indd 136 franca com necrose fibrinoide. Tais características óbvias são incomuns na vasculite urticariforme. 12/8/11 10:26:56 PM GRANULOMA FACIAL Definição • Condição benigna e crônica de placas ou nódulos geralmente na face, caracterizada histologicamente por vasculite inflamatória mista de pequenos vasos Manifestações clínicas Epidemiologia • Adultos • Predileção por homens • Possível predileção por peles de fototipo mais claro Apresentação • Pápulas, placas ou nódulos bem nítidos, de castanho-avermelhados a roxo-azuladas, de poucos milímetros a poucos centímetros • Superfície geralmente lisa, esticada • Proeminência do orifício folicular pode conferir um aspecto de casca de laranja • Distribuídas classicamente sobre as bochechas, testa, queixo, nariz • Às vezes, outras áreas fotoexpostas estão envolvidas • Geralmente assintomático Fig. 1. Granuloma facial. Discretas pápulas tumefeitas coalescendo em placas com aspecto de casca de laranja sobre a bochecha. Prognóstico e tratamento • • • • • • • • Condição benigna Terapia com laser (p. ex., laser de luz pulsada) Crioterapia Corticosteroides tópicos/intralesionais Tacrolimo tópico Antibióticos sistêmicos Agentes anti-inflamatórios (p. ex., dapsona) Excisão Patologia Histologia • Zona grenz (faixa subepidérmica e perifolicular da derme superficial sem inflamação • Vasculite leucocitoclástica com necrose fibrinoide e cariorrexia às vezes evidentes • Extravasamento de hemácias e depósitos dispersos de hemossiderina • Infiltrado nodular de células inflamatórias mistas incluindo neutrófilos, linfócitos, numerosos eosinófilos e ocasionais mastócitos • Fibrose dérmica perivascular em lesões mais antigas Fig. 2. Granuloma facial. Visão em pequeno aumento mostrando um denso infiltrado dérmico com a zona grenz poupando a derme papilar. Imunopatologia/colorações especiais • Geralmente, não relevante (achados de fibrinogênio perivascular e na zona da membrana basal, IgG e ocasionais IgM podem ser vistos por imunofluorescência direta) Principais diagnósticos diferenciais • Eritema elevatum diutinum • Reação de hipersensibilidade a picada por artrópode Fig. 3. Granuloma facial. Observar a preservação da derme papilar subepidérmica. 137 C0395.indd 137 12/8/11 10:31:37 PM Granuloma Facial 138 Fig. 4. Granuloma facial. Há preservação do epitélio folicular. Fig. 5. Granuloma facial. Visão em grande aumento mostrando um intenso infiltrado rico em eosinófilos. Fig. 6. Granuloma facial. Tumefação endotelial e depósito perivas- Fig. 7. Granuloma facial. Lesão antiga mostrando fibrose dérmica. cular de fibrina estão presentes. Embora considerada característica típica, a vasculite franca raramente é vista, exceto, talvez, em lesões iniciais. C0395.indd 138 12/8/11 10:31:41 PM ERITEMA ELEVADO DIUTINO Definição • Uma forma rara de vasculite leucocitoclástica crônica manifestando-se como placas sobre superfícies extensoras e potencialmente associada a doenças sistêmicas Manifestações clínicas Epidemiologia • Homens e mulheres são igualmente afetados • Ampla faixa etária, porém é mais comum na meia-idade • Condição rara Apresentação • Placas eritematovioláceas e nódulos amarelados que assumem uma tonalidade mais escura com o tempo • Localizado na região do dorso das mãos, pés, cotovelos, joelhos; superfície extensora, perto de articulações • Simétrico • As lesões podem ser ocasionalmente pruriginosas ou dolorosas • Outros sintomas incluem: • Doença ocular: ceratite, uveíte, esclerite • Artralgia • Outras associações sistêmicas: • Infecção viral: HIV, hepatite B • Paraproteinemia: gamopatia monoclonal por IgA • Doença inflamatória intestinal • Infecções bacterianas recorrentes (estreptocócicas) • Lúpus eritematoso Fig. 1. Eritema elevatum diutinum. Nódulos violáceos, firmes sobre articulação do metacarpo e face lateral do dedo. (Cortesia do St. John’s Institute of Dermatology, London) Prognóstico e tratamento • Boa resposta à dapsona • Outros tratamentos possíveis incluem sulfapiridina ou niacinamida Patologia Histologia • Lesões iniciais: • Vasculite leucocitoclástica • Infiltrado dérmico de células inflamatórias mistas com neutrófilos evidentes e cariorrexia • Lesões tardias: • Tecido de granulação • Fibrose frequentemente com aparência estoriforme • Vasculite leucocitoclástica de baixo grau pode estar presente Fig. 2. Eritema elevatum diutinum. Visão em pequeno aumento mostrando lesão multinodular intensamente inflamada com septo fibroso de entremeio. Imunopatologia/colorações especiais • A imunofluorescência direta demonstra um padrão de vasculite leucocitoclástica, isto é, imunoglobulinas, C3 e fibrinogênio ao redor de vasos Principais diagnósticos diferenciais • Granuloma facial • Síndrome de Sweet • Dermatofibroma (lesões tardias) Fig. 3. Eritema elevatum diutinum. Proliferação fusiforme e estoriforme associada a um intenso infiltrado neutrofílico. Cariorrexia é evidente. 139 C0400.indd 139 12/8/11 10:38:40 PM D. NEOPLASIAS FOLICULARES TRICOEPITELIOMA Definição • Tumor folicular benigno semelhante ao carcinoma basocelular Manifestações clínicas Epidemiologia • Geralmente acomete adultos, porém a forma hereditária pode se manifestar em crianças • Ocorre mais comumente em indivíduos brancos; negros também são afetados • Variante solitária • Forma disseminada familial transmitida hereditariamente de modo autossômico dominante • Síndrome de Brooke-Spiegler: tricoepiteliomas hereditários múltiplos mais cilindromas e espiradenomas (ligada a uma mutação no gene CYLD ) Apresentação Fig. 1. Tricoepitelioma. Múltiplas pápulas cor da pele sobre a parte central da face. • Pápula cor da pele, com frequência em forma de domo, firme, lisa, de 2 a 3 mm; pode se assemelhar ao carcinoma basocelular • Distribuído sobre a face, especialmente pregas nasolabiais, nariz, lábio superior cutâneo, couro cabeludo • Tronco e membros mais raramente afetados • Múltiplas lesões vistas na forma familiar • Tricoepitelioma solitário gigante localizado na área perianal (classificado atualmente como tricoblastoma) Prognóstico e tratamento • Tumor benigno • Excisão cirúrgica curativa; recorrências raras Patologia Histologia Fig. 2. Tricoepitelioma. Ilhotas circunscritas de células basaloides estão presentes na derme. • Tumor epitelial folicular na derme disposto em pequenos cordões e ninhos basaloides com formação de paliçada periférica • Continuidade variável com a epiderme • Mitoses raras • Cistos queratinosos comuns, mas podem não estar presentes • Papilas de folículos capilares rudimentares vistas juntamente com corpos mesenquimais papilares • Tumor situado num estroma fibrótico • Artefato de retração e estroma mucinoso ausentes • Reação de corpo estranho à queratina e calcificações podem ser proeminentes Imunopatologia/colorações especiais • Tricoepiteliomas positivos para CK20 e CD34 • Bcl-2 cora periferia do tricoepitelioma, difusamente no carcinoma de células basais Fig. 3. Tricoepitelioma. Esse padrão enredado é uma característica Principais diagnósticos diferenciais típica. • Carcinoma de células basais • Tricoblastoma • Hamartoma folicular basaloide 388 C1150.indd 388 12/9/11 8:08:38 PM 389 Tricoepitelioma Fig. 4. Tricoepitelioma. Condensação de células do estroma for- Fig. 5. Tricoepitelioma. Esse campo vem de uma pequena lesão mando corpos mesenquimais papilares é uma característica diagnóstica. Observar a ausência de um artefato de retração. facial. Notar as pequenas ilhotas irregulares de células tumorais. Não há artefato de retração nem depósito de mucina. Fig. 6. Tricoepitelioma. Este é um campo do meio da lesão. Fig. 7. Tricoepitelioma. Os núcleos se mostram intensamente basofílicos. Não há pleomorfismo nem atividade mitótica. Fig. 8. Tricoepitelioma. Em alguns exemplos, os queratocísticos são característicos. C1150.indd 389 Fig. 9. Tricoepitelioma. Observar o estroma bem desenvolvido. 12/9/11 8:09:03 PM TRICOEPITELIOMA DESMOPLÁSICO Definição • Tumor folicular benigno, classificado como uma variante do tricoepitelioma Manifestações clínicas Epidemiologia • Geralmente acomete adultos • Ocorre mais comumente em indivíduos brancos • Predileção pelo sexo feminino Apresentação • Manifestação clínica inicial semelhante à do tricoepitelioma convencional: pápula cor da pele, com frequência em forma de domo, firme, lisa, de alguns milímetros, com depressão central; pode se assemelhar ao carcinoma basocelular • Distribuído sobre a face, especialmente pregas nasolabiais, nariz, lábio superior cutâneo, couro cabeludo • Tronco e membros menos comumente afetados Fig. 1. Tricoepitelioma desmoplásico. Visão em pequeno aumento característica mostrando cordões epiteliais, cistos e focos de calcificação. Há múltiplos pontos de continuidade na epiderme. Prognóstico e tratamento • Tumor benigno • Excisão cirúrgica; porém, recorrências são comuns Patologia Histologia • Pode evidenciar continuidade com a epiderme ou os folículos capilares • Cordões epiteliais infiltrativos com estroma esclerótico proeminente • Pequenas células basofílicas com citoplasma indistinto, mitoses raras • Envolve a derme superior e média (nunca infiltra tecido adiposo subcutâneo) • Cistos queratinosos, calcificações e inflamação granulomatosa • Não é raro nevo banal coexistente • Ausência de diferenciação ductal (PAS- diástase, EMA, ACE) • Ausência de diferenciação perineural Fig. 2. Tricoepitelioma desmoplásico. Os cordões são constituídos de células epiteliais uniformes com núcleo hipercromático pequeno. Imunopatologia/colorações especiais • Não contribuinte Principais diagnósticos diferenciais • Carcinoma infiltrativo de células basais • Carcinoma microcístico anexial Fig. 3. Tricoepitelioma desmoplásico. Esse exemplo mostra uma complexa mistura de cordões epiteliais e células de um nevo banal. 390 C1155.indd 390 12/9/11 8:12:53 PM TRIQUILEMOMA Definição • Tumor folicular benigno da bainha externa Manifestações clínicas Epidemiologia • Ampla faixa etária afetada; entretanto, visto habitualmente em pessoas de meia-idade • Lesão solitária apresenta incidência igual nos dois sexos; predominância de mulheres na doença de Cowden • Ocorre mais comumente em indivíduos brancos Apresentação • • • • Pápula firme da cor da pele Solitária ou múltipla (doença de Cowden) Tamanho de 2 a 3 mm a > 1 cm Tipicamente de superfície lisa ou de configuração verrucosa • Localizada comumente na face, com frequência nas regiões perinasais e periorificiais Fig. 1. Triquilemoma. Pápula solitária em forma de domo e da cor da pele, de 2 a 3 mm, sobre a superfície cutânea do lábio superior. Prognóstico e tratamento • Lesão benigna • Excisão cirúrgica, eletrocirurgia, cirurgia a laser são opções de tratamento • Lesões múltiplas associadas a doença de Cowden: condição autossômica dominante ligada a mutações no gene PTEN, cuja constelação de características inclui múltiplos tumores, como carcinomas de mama, tireoide e endométrio; polipose do colo intestinal; papilomatose oral; ceratose acral e fibromas escleróticos dérmicos Patologia Histologia • Hiperceratose ou paraceratose, ocasionalmente com corno cutâneo • Pode haver uma arquitetura verruciforme, com papilomatose superficial • Proliferação lobular de pequenas células uniformes de origem epidérmica; pode estar relacionada à bainha externa folicular • Formação de paliçada periférica característica, frequentemente com membrana basal hialinizada adjacente • Alteração de células claras, por vezes acentuada, devida ao glicogênio • Ausência de pleomorfismo ou de atividade mitótica Fig. 2. Triquilemoma. Visão panorâmica mostrando um tumor epitelial circunscrito com conexões focais epidérmicas e foliculares (Cortesia de D Whittemore, DO; University of Texas, Houston). Imunopatologia/colorações especiais • Glicogênio intracitoplasmático demonstrável por positividade ao PAS e sensibilidade a diástase Principais diagnósticos diferenciais • • • • Hidroacantoma simples Poroma écrino Ceratose folicular invertida Carcinoma escamoso (de células claras) Fig. 3. Triquilemoma. As células epiteliais têm citoplasma vacuolado e núcleo vesiculoso uniforme (Cortesia de D Whittemore, DO; University of Texas, Houston). 391 C1160.indd 391 12/9/11 8:16:58 PM Triquilemoma 392 Fig. 4. Triquilemoma. Esse campo mostra uma paliçada nuclear. Fig. 5. Triquilemoma. Observar a membrana basal eosinofílica espessada (Cortesia de D Whittemore, DO; University of Texas, Houston). Fig. 6. Triquilemoma. O citoplasma é PAS positivo. C1160.indd 392 12/9/11 8:17:04 PM H. NEOPLASIAS VASCULARES HIPERPLASIA ENDOTELIAL PAPILAR INTRAVASCULAR (TUMOR DE MASSON) Definição • Um trombo em organização com hiperplasia papilar de células endoteliais. Considerada uma condição reativa. Manifestações clínicas Epidemiologia • Adultos jovens • Mais comum em mulheres Apresentação • Cabeça, pescoço e parte distal dos membros • Nódulo ou cisto • Tipicamente menos de 2 cm Prognóstico e tratamento • Benigna, mas pode apresentar recorrência após a excisão Patologia Histologia Fig. 1. Hiperplasia endotelial papilar intravascular. Visão em pequeno aumento de um hemangioma apresentando trombose focal. • Forma primária: dentro de um vaso sanguíneo • Forma secundária: dentro de um hemangioma ou hematoma • Trombo em organização com papilas recobertas de endotélio • Múltiplas camadas endoteliais ausentes • Inicialmente centros papilares constituídos de eritrócitos degenerados; posteriormente material hialino • Ausência de atipia, atividade mitótica ou necrose Imunopatologia/colorações especiais • Não relevante Principal diagnóstico diferencial • Angiossarcoma Fig. 2. Hiperplasia endotelial papilar intravascular. Aparência característica de diminutas papilas cobertas por uma única camada de células endoteliais. 478 C1470.indd 478 12/9/11 3:40:12 PM HEMANGIOMA CAPILAR LOBULAR (GRANULOMA PIOGÊNICO) Definição • Neoplasia vascular benigna caracterizada por um padrão de crescimento lobular Manifestações clínicas Epidemiologia • • • • Crianças e adultos Comum Predileção pelo sexo feminino Desencadeantes incluem traumatismos, gravidez, anticoncepcionais orais, retinoides orais, inibidores do fator de crescimento da epiderme, indinavir (inibidor da protease) Apresentação • Cabeça, pescoço e braços • Também nas gengivas, especialmente em mulheres grávidas • Nódulo de 1 a 2 cm de crescimento rápido, frequentemente ulcerado, eritematoso ou azulado • Sangra facilmente • Solitário ou múltiplo Fig. 1. Hemangioma capilar lobular. Pápula hemorrágica de crescimento rápido e friável, na fronte de uma mulher grávida (Cortesia de B Kockentiet, MD; Virginia Commonwealth University, Richmond). Prognóstico e tratamento • Elevada frequência de recorrência local após a excisão incompleta ou a crioterapia; por vezes se associa a múltiplas lesões satélite Patologia Histologia • Lesão exofítica, frequentemente ulcerada, constituída de múltiplos lóbulos de pequenos vasos • Endotélio se mostra geralmente normal, embora possa ser encontrada uma variante atípica em raras ocasiões • Mitoses são com frequência conspícuas • Inflamação em lesões ulceradas • Um colarete epidérmico é visto com frequência • Já foi descrita uma variante intravenosa Imunopatologia/colorações especiais Fig. 2. Hemangioma capilar lobular. Visão panorâmica mostrando um tumor vascular exofítico lobulado. • Não relevante Principais diagnósticos diferenciais • Angiomatose bacilar • Angiossarcoma Fig. 3. Hemangioma capilar lobular. Visão em grande aumento mostrando vasos nutridores e células endoteliais proliferativas. 479 C1475.indd 479 12/9/11 3:48:39 PM MANCHA COR DE VINHO DO PORTO Definição • Malformação vascular congênita, por vezes associada a lesões neurais/meníngeas, oculares e dos membros Manifestações clínicas Epidemiologia • Mais comum malformação vascular congênita • Pode ser familial Apresentação • Lesão vermelha a violácea, presente na face desde o nascimento • Lesão cresce e não regride • Com o tempo pode haver uma hipertrofia dos tecidos moles relacionada à malformação • Síndromes relacionadas: • Síndrome de Sturge-Weber: mancha cor de vinho do Porto na parte superior da face (ramo oftálmico do nervo trigêmeo), envolvimento leptomeníngeo e cortical ipsilateral • Síndrome de Klipper-Trénaunay: membro inferior (geralmente unilateral), varicosidades, hipertrofia de tecidos moles e ossos Fig. 1. Mancha cor de vinho do Porto. Há uma mancha purpúrica violácea, com pápulas focais envolvendo os ramos oftálmico e maxilar do nervo trigêmeo (Da coleção do falecido NP Smith, MD; the Institute of Pathology, Londres). Prognóstico e tratamento • Tratamento a laser é opção para o componente superficial • Pode ser difícil a condição desaparecer totalmente • Síndrome de Sturge-Weber pode se associar a convulsões, glaucoma, deficiência mental, calcificações cerebrais • Síndrome de Klippel-Trénaunay pode se associar a ulcerações, infecções, escoliose, trombose venosa profunda e embolia pulmonar Patologia Histologia • Vasos dérmicos dilatados, não um hemangioma verdadeiro Imunopatologia/colorações especiais • Não relevante Fig. 2. Mancha cor de vinho do Porto. A lesão consiste em vasos dilatados, alguns dos quais estão trombosados. Principal diagnóstico diferencial • Hemangioma Fig. 3. Mancha cor de vinho do Porto. A lesão se caracteriza por veias dilatadas com células endoteliais normais. 480 C1480.indd 480 12/9/11 3:57:50 PM HEMANGIOMA NEONATAL (HEMANGIOMA RUBI, HEMANGIOMA INFANTIL/JUVENIL, HEMANGIOENDOTELIOMA NEONATAL/JUVENIL) Definição • Uma neoplasia vascular benigna que ou é congênita ou ocorre durante o período neonatal Manifestações clínicas Epidemiologia • Início é congênito ou se evidencia durante o período neonatal • Mais comum em meninas; incidência mais alta em bebês prematuros • Ocorre mais comumente em indivíduos brancos • O tumor mais comum do período neonatal • Os fatores de risco maternos incluem idade materna avançada, pré-eclâmpsia, placenta prévia Apresentação • • • • • Pápulas ou nódulos vermelhos Tipicamente menos de 5 cm Proliferam inicialmente, depois involuem Podem ulcerar Síndrome PHACES (anormalidades da fossa posterior, hemangiomas, anormalidades arteriais, defeitos cardíacos, anormalidades oculares, fenda esternal/ abdominal) Fig. 1. Hemangioma neonatal. Pápula mamilonada profundamente eritematosa, presente desde o período neonatal no dorso de uma menina. Prognóstico e tratamento • Maioria (75%) das lesões remite espontaneamente após 7 a 9 anos • Tratamento reservado para as lesões que causa obstrução visual ou das vias aéreas, sangramentos • Lesões viscerais podem ocasionar insuficiência cardíaca devido ao débito elevado • Opções de tratamento incluem: excisão, laser, crioterapia, corticosteroides intralesionais, interferon- ␣ sistêmico Patologia Histologia • Proliferação vascular multilobular • Vasos revestidos por endotélio proeminente, porém não atípico • Mitoses frequentes • Um vaso “nutridor” pode estar presente na base da lesão • Lesões em regressão ou regredidas evidenciam fibrose Fig. 2. Hemangioma neonatal. Na derme encontram-se múltiplas lesões vasculares proliferativas lobuladas distintas. Imunopatologia/colorações especiais • Coloração imuno-histoquímica para o transportador de glicose-1 (Glut-1) positiva Principais diagnósticos diferenciais • Angioblastoma em tufos • Granuloma piogênico Fig. 3. Hemangioma neonatal. A coloração imuno-histoquímica para Glut-1 é positiva nas células endoteliais lesionais. Observe as hemácias também coradas. 481 C1485.indd 481 12/9/11 4:05:31 PM HEMANGIOMA CAVERNOSO Definição • Uma neoplasia vascular benigna frequentemente presente ao nascimento Manifestações clínicas Epidemiologia • Mais comum em neonatos e em crianças • Associação a síndromes (ver em Apresentação) Apresentação • • • • Frequentemente presente ao nascimento Mais comumente na região da cabeça e pescoço Nódulos macios vermelhos ou azuis Pode se associar a síndromes: síndrome de Maffucci (hemangiomas cavernosos, encondromas, risco de desenvolvimento de condrossarcoma); síndrome de Kasabach-Merritt (coagulopatia devida ao acúmulo e ao consumo de sangue e plaquetas no interior da lesão); síndrome de blue rubber bleb nevus 2 (lesões no trato gastrointestinal, pele, SNC e fígado) • Variante sinusoidal se manifesta no tronco e nos membros de adultos, especialmente do sexo feminino (na mama) Fig. 1. Hemangioma cavernoso. Uma grande massa compressível com pápulas violáceas sobrejacentes no ombro de um lactente. Prognóstico e tratamento • Menor probabilidade de regressão que o hemangioma capilar • Normalmente não apresenta recorrência após o tratamento (excisão, laser, crioterapia, corticosteroides intralesionais, interferon- ␣ sistêmico) Patologia Histologia • Vasos de paredes finas, dilatados, na derme e no tecido subcutâneo • Ausência de atipia de células endoteliais • Variante sinusoidal é constituída de vasos dilatados estreitamente aglomerados, dando origem a uma aparência sinusoidal Fig. 2. Hemangioma cavernoso. Há inúmeros vasos de paredes finas dilatados na derme. Imunopatologia/colorações especiais • Não relevante Principal diagnóstico diferencial • Excepcionalmente pode ser confundido com um angiossarcoma bem diferenciado Fig. 3. Hemangioma cavernoso. Os vasos estão revestidos por uma monocamada de células endoteliais. Não há atipia citológica. 482 C1490.indd 482 12/9/11 4:12:54 PM Dermatopatologia NOOSHIN K. BRINSTER, MD; VINCENT LIU, MD; A. HAFEEZ DIWAN, MD, PHD; PHILLIP H. MCKEE, MD, FRCPATH Referência de primeira linha para diagnósticos patológicos das doenças cutâneas • Encontre informações de maneira rápida e fácil em um formato padronizado e de fácil consulta. • Confirme seus diagnósticos com fotografias coloridas de excelente qualidade que demonstram o aspecto clássico de cada doença. • Encontre rapidamente as respostas que você procura, em textos concisos, dispostos em tópicos. • Leia as informações dos mais destacados especialistas da área. Classificação de Arquivo Recomendada DERMATOLOGIA PATOLOGIA www.elsevier.com.br/medicina Este livro tem conteúdo extra e gratuito no site www.elsevier. com.br/expertconsult. 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