Programa Avante
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Programa Avante
edição 23 fevereiro março 2013 Tranquilidade inspiradora Com ambiente acolhedor, o Oiti Café serve pratos inspirados na cozinha baiana e na mediterrânea SITE DE SUCESSO Especialistas ensinam a montar uma página eficiente na web ESTRATÉGIA Evitar a alta rotatividade dos funcionários é fundamental para que o negócio prospere. Saiba como! ora ag re d do ve c ui an ciclá do me am l 100% bie nte Nova Ti os Ne et e góci ck io Cristina Luz, proprietária do Oiti Café Dica do chef: aprenda a preparar bruschettas tradicionais, de abobrinha e de berinjela 4.000 cantaloop.com.br Mais de PROFISSIONAIS INSCRITOS no SERVIR. SÓ FALTA VOCÊ E SEUS FUNCIONÁRIOS! SERVIR PROGRAMA TICKET® DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL O programa é gratuito e conta com mais de 4.000 inscrições em todo o Brasil. São garçons, cozinheiros, atendentes e ajudantes, além dos próprios donos de restaurantes, que estão participando dos cursos promovidos pela Ticket® em parceria com a ATN e a CNTur. Ponha mais tempero no seu negócio você também, participe e incentive seus funcionários a fazer um dos cursos de capacitação profissional do SERVIR. Você aperfeiçoa os conhecimentos de gestão do seu negócio e ajuda seus funcionários a crescer profissionalmente. Quer saber mais? Acesse: www.programaservir.com.br e confira os cursos ministrados e o Telecentro mais perto de você. C100M100J35N35 Ticket , ajudando a crescer e atender. ® C0M100J100N0 PARCERIAS: Associação Telecentro de Informação e Negócios Sumário 06 Na Ponta do Lápis 08 Estratégia Como medir a produtividade dos funcionários Evitar o turnover é possível desde que o empregador esteja atento. Saiba como! 10 Receita de Sucesso Cristina Luz apresenta o Oiti Café, espaço que inspira tranquilidade aos frequentadores, em plena agitação da cidade de São Paulo 10 14 Ponto de Vista 16 Menu Internacional Como conquistar o real engajamento do seu time Criado por um mexicano, o burrito – tortillas de trigo recheadas com carne – era entregue por ele junto ao seu burro 18 Ideias de Valor A forma correta de tornar o ambiente acessível aos deficientes físicos e visuais 20 Chá das Cinco A chef Ana Luiza Trajano, do restaurante Brasil a Gosto, ensina como organizar o estoque e armazenar os alimentos 22 Tecnologia Ter um site eficaz é o primeiro passo para que o estabelecimento seja reconhecido no ambiente virtual. Confira dicas de especialistas 24 Fala, Sebrae 26 Dica do Chef 16 20 Momento de oportunidades Victor Pires, chef do Bravo Bistrô, ensina a montar bruschettas tradicionais e requintadas 28 Gôndola Social Maior campanha em prol do câncer infantojuvenil, o McDia Feliz vendeu cerca de 1,6 milhão de Big Mac na última edição 30 Consultoria Vencedor do concurso Melhor PF do Brasil, promovido pela Ticket®, o Santa Ana Bistrô recebe a consultoria da PHR Phamilia Ribeiro 32 Fique por Dentro 34 Saindo do Forno 4 fev | mar 2013 28 22 Na Ponta do Lápis A QUE R A P M A J E S S O D O T ESPECIALISTAS DÃO DICAS DE COMO MOTIVAR NO AMBIENTE DE TRABALHO E INDICAM A MELHOR FORMA DE MEDIR A PRODUTIVIDADE Por Luiz Fukushiro Bater o ponto no horário certo ou fazer hora extra não medem a produtividade de um funcionário. Antes de tudo é preciso decidir o que é produtividade para seu estabelecimento. Atingir uma meta em um tempo específico? Servir um determinado número de pessoas? Gerar satisfação no cliente? Embora todas as empresas queiram esses três objetivos, cada um deles exige uma capacidade diferente do funcionário. Uma saída então para definir o que é prioritário para o estabelecimento é buscar o que se deseja, aquilo que é realmente importante para os negócios: os clientes. “As medidas de qualidade do serviço representam uma estimativa da percepção dos clientes a respeito do serviço prestado. Assim, é necessário, em primeiro lugar, compreender as necessidades e expectativas dos clientes”, diz Edvaldo Rodrigues, consultor de RH da ACE Recursos Humanos. Medir a satisfação do serviço é um dos desafios tanto de proprietários como de consultores, por tratar-se de um critério altamente subjetivo. Formulários de atendimento podem ajudar, mas nada substitui o contato direto com quem visita a casa. A informatização do sistema de atendimento auxilia na geração de indicadores, ainda assim, caso o estabelecimento não conte com essa tecnologia, não há com que se preocupar. “Nada melhor do que distribuir uma prancheta com tabelas de controle para seu caixa e seu gerente. Depois basta computar o resultado mensal e premiar os funcionários que tiverem melhor desempenho”, sugere Daniel Pereira, fundador e CEO da Luz Consultoria, especializada em pequenos negócios. 6 fev | mar 2013 ADE ODUTIvID R P A D T HECKlIS C DE PROELHORAR E MEDIÇÃO D A M E NO PARA M T LA IS P S O M M ÍD U U U A R R U T A R S NT NE OS CONST O CO N PARA IMPLA ÃO PRESSIO N SO A PASS . S E A D P A O ID A IV . T LIMA E, SIG ORES A PRODU AURE UM C DUTIVIDAD S CONSULT IOS OU INST AS DE TRÊ R Á IC N D SO IO S . A C O N D FU TIVIDA PETITIV IS A PARTIR E É PRODU ENTE COM U M Q A D O A , . B O R T E EN EXAC TISTRABALHO STABELECIM BIENTE DE NÇADA, A SA A M A LC O A A R PARA SEU E IC SE D ETA A PREJU NENTOS EM SER UMA M ÃO DOS FU DE ATENDIM DE? PODE O R E M L Ú IE A MOTIVAÇ N N , D A E E T D -S RTA N A E E E R ST LI C B LI A C LEM SPECIA DE ELE FAÇÃO DO . DICA DO E OSTRE ON C M O T E E S. E O IO D IC R T A P Á N E IME O. CION MPLICID HORÁRIO D ESTABELEC USCAR A SI O B A É D LA JU U A M FÓR MPO E CO M O PORTA.” PEREIRA: “A ÃO N O T E A EVOLUÇ ALMENTE IM E E R V E R NCE E U S Q B R M O “O SER U PERFO MA FOCO N RES. PODE DORES DE O A D A IC D IC -OS D IN O IN D S E S DO OCIAN OLES D FONTES DO ÁRIOS, ASS MA, CONTR N E IO ST A C DEFINA AS SI N M D U FU OR DOS ESA”, IN IC ES. GERADO P PRIA EMPR OS CLIENT Ó M R O P C A D RELATÓRIO SA S R NVE CO M O UISA OU CO LEMOS. S. MESA, PESQ IO R Á N IO E D UA R D O OOS FUNC D O Ã M A Ç S INDICAD R A E U SIT , REVEJA O QUE ESP IO O R S, Á E CONFIRA A SS D E A O C SSID MENT , SE NE SUAS NECE O PLANEJA ENTO QUE M IM O C C E H O N CONHEÇA O SM E DIFERIA O REC RES. ME GO, QUAL QUE PODE MOSTRAR-S E E R O D P IL O M U P E Q E A O D D CAR AMBÉM A REALIDA NÃO COLO DE TER E T RABALHO. ADO PARA T ID E GOSTARIAM U D AS. C . S E E T B Õ N RE MUITO AIX AS CONDIÇ ALTAS NEM RIO Á O N IT MELHORAR U IO M C S N META DO FU É CIMENTO NANCEIRO RECONHE FI O S N U N SE Ô N B E P MPRE UM CIMENTO O. NEM SE RECONHE O : PRODUTIV A IC D . A O. ALTERNATIV EM PÚBLIC A MELHOR EALIZADO R O D N A U AZ Q É MAIS EFIC MOTIVAR É PRECISO Este mote é unânime entre os consultores: é preciso dar reconhecimento aos funcionários que se destacam. E premiar financeiramente os mais produtivos mostra-se como a saída mais comum, mas pode não ser a mais efetiva. “Existem várias formas de motivar um colaborador, mas, para isso, a empresa precisa conhecer quais são as expectativas dele”, alerta Edvaldo. Isso pode ser medido em uma pesquisa de clima ou com o bom e velho diálogo. Lembre-se também de que reconhecimento é algo social, e não meramente monetário. “Uma salva de palmas ou um cartaz de funcionário do mês é melhor do que prêmios em dinheiro. Dê algo para o funcionário levar para casa e aproveitar com a família, como eletrodomésticos ou ingressos para parques de diversão. Nada traz mais satisfação e orgulho do que o reconhecimento de seus familiares”, explica Daniel. A motivação também se origina a partir do alinhamento dos valores da casa com os dos funcionários. Para estarem motivados e produzirem bem, os envolvidos precisam gostar do que fazem e ver sentido no trabalho. É possível conseguir isso por meio de treinamentos ou daquilo que alguns consultores têm chamado de mentoring, ou seja, ajudar o funcionário a direcionar sua carreira. “O chefe deve prover contínuo desenvolvimento do colaborador, passando-lhe a cultura e a metodologia da casa ao mesmo tempo que monitora a competência e o potencial dele”, explica Eduardo Lemos, consultor sócio da Perform. fev | mar 2013 7 Estratégia Turnover A ALTA ROTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS ABALA A ESTRUTURA DA EMPRESA, GERA CUSTOS ADICIONAIS E PREJUDICA A PRODUTIVIDADE Por Rodrigo Gallo 8 Imagine uma empresa que não consegue manter seu quadro de funcionários fixo por muito tempo. A toda hora, chega a vez de um colaborador trocar de emprego – e muitas vezes a proposta da concorrência nem foi tão alta assim. Isso se repete de uma forma tão frequente que, em poucos meses, o ambiente de trabalho fica completamente renovado, e isso não é nada bom para a empresa. O problema é que a saída de um funcionário implica na seleção, contratação e treinamento de um substituto. E tudo isso, claro, toma tempo. É tempo para receber currículos, fazer uma boa triagem, convocar potenciais candidatos para entrevistas, realizar testes e dinâmicas e, por fim, o tempo legal para a contratação. Depois disso, ainda há mais um prazo: o tempo que o novo colaborador vai levar para se adaptar à nova casa e às novas funções. O resultado disso é uma inevitável queda de produtividade. Além, claro, de custos em todas essas etapas. Essa rotatividade de pessoal é conhecida no ambiente corporativo como turnover. A situação é realmente preocupante. Uma pesquisa do Datafolha, divulgada em abril de 2012, revela que 22% dos brasileiros assumem estarem infelizes com o trabalho e que cogitam a possibilidade de trocar de emprego. Alguns fatores costumam ser determinantes para a elevação da taxa de turnover. Salário, talvez, seja o principal deles. Afinal, se o patrão paga pouco, é comum que o funcionário mude de emprego na primeira oportunidade. Mas outras coisas significativas também contam, e muito, para a decisão do colaborador, como benefícios, clima ruim (competitividade extrema, chefes truculentos) e falta de perspectivas de carreira. Apesar disso, de acordo com o diretor executivo da Innovia Training & Consulting, Ricardo Barbosa, muitos empresários ainda se espantam ao descobrir que a questão salarial não é a única a influenciar o alto índice turnover. fev | mar 2013 COMO COMBATER Há uma questão importante a ser tratada, já que funcionários tendem a não falar mal da empresa na frente dos chefes. Então, como o empregador consegue perceber os problemas que levam ao turnover na empresa? Uma das formas é pegar a ponta final do problema, ou seja, quem está saindo. Ao fazer o desligamento de um trabalhador, é importante aplicar um rápido questionário para entender por que o colaborador decidiu trocar de emprego. Outra tática, talvez um pouco mais delicada, seria realizar entrevistas com funcionários e chefes, tomando cuidado para não haver nenhuma retaliação diante de possíveis respostas desagradáveis. “É fundamental que o setor de RH da empresa consiga descobrir em pouco tempo por que os funcionários mudam tanto de emprego”, conta o analista de Recursos Humanos e Carreira Breno Silva. “Essa história de entrevistas é realmente eficiente, mas precisa ter um entendimento de que funcionário que reclama do chefe e da empresa não pode ser punido. Pelo contrário: precisa-se entender que esse processo melhorará as condições de trabalho.” Após todos esses quesitos serem devidamente avalia- dos, é possível encontrar os motivos do turnover. E cabe à empresa – principalmente ao seu setor de recursos humanos – criar mecanismos para melhorar o ambiente de trabalho. Ou seja, criar planos de carreira, aumentar salários defasados em relação ao mercado e buscar uma forma de equilibrar a difícil relação entre funcionários e chefes, e até mesmo entre colegas de trabalho, de modo a minimizar conflitos e reduzir insatisfações. Por fim, seguindo uma sugestão de Barbosa, o empregador poderá fazer um comparativo de sua empresa com os principais concorrentes. E por falar em chefe, o consultor empresarial Fernando Tadeu Perez lembra que parte dos problemas de relacionamento está diretamente ligado à chefia da empresa. “Gerente cria metas, cobra horário, pontualidade e organiza o ambiente de trabalho. Só que o líder é o responsável por tornar o ambiente melhor, mais produtivo e auxiliar no desenvolvimento da equipe. Esse é o tipo ideal de chefe”, explica. Os empregadores precisam entender que perder bons funcionários com frequência indica a quantidade de problemas a serem resolvidos na empresa. IDEnTIfIqUE AS CAUSAS DA ROTATIvIDADE EM SUA EMPRESA • COMPARE OS SALÁRIOS COM A CONCORRÊNCIA PARA VER SE HÁ UMA DEFASAGEM MUITO GRANDE; • VEJA TAMBÉM SE OS CONCORRENTES OFERECEM BENEFÍCIOS MAIS ATRAENTES; • FALTA DE PLANO DE CARREIRA E DE POSSIBILIDADE DE CRESCIMENTO PROFISSIONAL AUMENTAM A INSATISFAÇÃO; • PENSE SE NÃO É NECESSÁRIO CRIAR UM SISTEMA DE RECICLAGEM DOS FUNCIONÁRIOS PARA VALORIZAR A MÃO DE OBRA. SE FOR O CASO, OFEREÇA BOLSAS PARA CURSOS; • VERIFIQUE A QUANTIDADE DE FALTAS E DE ATESTADOS MÉDICOS, PRINCIPALMENTE ÀS SEGUNDAS-FEIRAS, O “DIA MUNDIAL” DE SE PROCURAR EMPREGO; • VEJA SE OS CHEFES SÃO APENAS GERENTES OU SE ELES SÃO LÍDERES CAPAZES DE ADMINISTRAR FUNCIONÁRIOS E MELHORAR O AMBIENTE DE TRABALHO. fev | mar 2013 9 Receita de Sucesso gastronô Arquitetura COM PROJETO ARQUITETÔNICO INSPIRADO EM HÉLIO OITICICA, O OITI CAFÉ & GASTRONOMIA TRAZ UM CONCEITO DE COZINHA VARIADA, RESGATANDO O PRAZER QUE AS REFEIÇÕES PROPORCIONAM Por Thayna Santos Fotos Marinheiro Manso Família Oiti reunida: Cristina com o chef Pedro e sua equipe 10 fev | mar 2013 mica Jornalista por formação e com um meio curso de arquitetura no currículo, a simpática Cristina Luz acabou, com o tempo, enveredando para o ramo de eventos. Chegou a coordenar quatro eventos por semana, uma verdadeira “loucura”, sem horários e dias definidos. Atraída por novos desafios, e em busca de tranquilidade para o seu dia a dia, começou a prestar atenção em um imóvel no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo. A experiência com fornecedores gastronômicos expandiu seus horizontes, e o mundo dos alimentos chamou a atenção. Foi assim que surgiu a ideia de abrir um restaurante. Para o esboço do projeto, Cristina convidou o chef Pedro Franco, que a princípio atuou como um consultor do processo embrionário. “Com o tempo, ele acabou se apaixonando pelo projeto”, conta. Esse foi o início de uma parceria que deu muito certo. O envolvimento e a sinergia transformou, em 2011, o Oiti Café & Gastronomia numa extensão de suas próprias casas. UM PARCEIRO DE VERDADE A habilidade para coordenar eventos fez de Cristina uma pessoa prática e administrativa, combinação perfeita para a parceria com o chef, que há 11 anos vive o corre-corre das cozinhas. Pedro iniciou sua carreira com um estágio no Fasano e trabalhou por cinco anos na rede. Embarcou para Salvador e no restaurante “Mistura” teve o desafio de chefiar a sua primeira cozinha. Depois de um ano, foi para o Rio de Janeiro, um pouco desiludido com a profissão. “Procurei emprego em outras áreas, mas, graças a Deus, não consegui encontrar nem de vendedor de loja de roupas, conta Pedro, bem-humorado. A solução foi inaugurar um pequeno bistrô, que acabou como self-service. Só que o estilo não estava na essência do chef. “Até nisso a gente combina”, afirma Cristina. A ideia de uma boa alimentação não envolve os restaurantes por quilo para os dois. “A gente busca na verdade a satisfação e o conforto da pessoa que vem para comer”, diz. Para ele, a comida é um agregador. É preciso sentir prazer na hora da refeição, não comer apenas para repor as energias do corpo. A maturidade de pensamento do chef decorre das experiências de vida. Morou na Itália, em 18 cidades, com a proposta de conhecer, comer, experimentar e trabalhar. Lá aprendeu sobre a cozinha clássica e a qualidade dos alimentos e vegetais, que de tão frescos vinham com terra e tudo, entregues na porta do restaurante. Clientes com a mão na massa NÃO É SÓ O CHEF PEDRO E SUA EQUIPE QUE PODEM COZINHAR NO OITI; OS CLIENTES TÊM O MESMO DIREITO. A CASA OFERECE UM CURSO DE CULINÁRIA PARA OS AMANTES DA GASTRONOMIA. COM DIREITO A ROUPAS E CHAPÉU DE CHEF, ELES APRENDEM A COZINHAR E PREPARAM SEU PRÓPRIO JANTAR, ALÉM DE QUE CADA UM PODE LEVAR UM ACOMPANHANTE, E QUANDO TUDO FICAR PRONTO, ELES SENTAM À MESA PARA EXPERIMENTAR A PRÓPRIA CRIAÇÃO. 11 fev | mar 2013 Receita de Sucesso CADA PRATO É UM PRATO A experiência no ramo de eventos fez de Cristina uma pessoa prática e administradora “A comida é um agregador, aqui o prazer conta mais, e o coração está em tudo o que fazemos”, expõe Pedro, explicando que, por mais que exista um cardápio fixo, os pratos não saem iguais todos os dias. “Se a gente está um pouquinho mais angustiado, alegre ou triste, dá pra perceber a diferença”, diz. E, embora os pratos sejam elaborados, há neles uma simplicidade evidente. Com ingredientes de boa qualidade, a cozinha aproveita o que há de melhor em cada alimento. “Cada ingrediente em si é lindo, basta trabalhar bem a matéria-prima que ele se torna maravilhoso!”, explica Pedro, dando destaque para o “Linguini ao vulgare”, feito com tomate, salsinha, molho à base de vinho branco e concha de vulgare. O cardápio reflete a personalidade do chef e os seus princípios. Tem um quê da gastronomia baiana e mediterrânea, uma mistura dos dois, o que Cristina diz se tratar de uma cozinha “meditaiana”. No início, o menu era de muitos frutos do mar, mas, para agradar os homens, a carne vermelha foi incorporada. São servidos 80 pratos/dia, e a maior parcela de público continua sendo feminina. SENTIR-SE EM CASA “A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. O trecho de música dos Titãs, escrita em uma das paredes, reflete a essência do restaurante. Além da boa comida, as portas do Oiti estão abertas para exposições de arte. A diversão fica por conta da alegria e do prazer de receber. Há um garçom e três garçonetes, que já adotaram os seus próprios clientes. Todas as reuniões realizadas e as decisões são feitas em conjunto por toda a “família Oiti”. “Essa abertura é fundamental, pois eles, melhor do que ninguém, percebem o que pode ser melhorado ou trocado”, afirma a empresária. Pedro e Cristina acham muito importante ter feedback, todos têm liberdade de conversar, sugerir e criticar. “Muitos se tornam amigos e fazem questão que almocemos na mesa deles”, aponta. A região tem um grande fluxo de pessoas e muitos restaurantes. Mas o sucesso do Oiti se dá pelo cuidado e pela preocupação com o bem-estar, da hora em que se chega até a hora de partir. “Quando o cliente chega, tem uma jarra com água fresca a sua espera, para ele se refrescar e conseguir fazer o pedido com calma. Isso é respeito!”, explica Cristina. É um tempo agradável que se pode passar entre plantas, em um ambiente tranquilo, com música e tudo mais que faz com que a pessoa se desligue do mundo, do trabalho e relaxe. Cristina não tem a pretensão de aumentar o espaço do Oiti, mas afirma que deseja abrir uma nova unidade. “No mesmo estilo pequeno, gostoso, aconchegante e com a comida feita para cada cliente”, encerra. 12 fev | mar 2013 Inspirações SÃO MAIS DE 300 PENEIRAS INSTALADAS NO TETO, E, QUANDO O SOL ESTÁ A PINO, ELAS SÃO COLOCADAS EM UM TELHADO DE VIDRO PARA QUE OS RAIOS NÃO ATRAPALHEM, DE MODO QUE O AMBIENTE NÃO PERDE A LUZ NATURAL. “NÓS LITERALMENTE TAMPAMOS O SOL COM A PENEIRA”, BRINCA CRISTINA, QUE TEVE O RESPALDO DA ARQUITETA NINA RODRIGUES. O NOME OITI REPRESENTA A RESISTÊNCIA DAS IDEIAS E PRINCÍPIOS, O MESMO SIGNIFICADO QUE CARREGA A ÁRVORE OITICICA. AS CORES E OS QUADRADOS USADOS PARA COMPOR O LOGO – LARANJA, VIOLETA E VERDE – SÃO INSPIRADOS NO ARTISTA PLÁSTICO HÉLIO OITICICA (ORIGEM DO NOME DO LOCAL). VÁRIOS PONTOS DA DECORAÇÃO FAZEM REFERÊNCIAS ÀS SUAS OBRAS, COMO OS METAESQUEMAS NA PORTA DE VIDRO E NAS PLACAS PARA DISTINGUIR OS BANHEIROS FEMININO E MASCULINO. 13 fev | mar 2013 Divulgação Ponto de vista Como conquistar o real engajamento do seu time Por Alexandre Prates, Especialista em Liderança, Desenvolvimento Humano e Performance Organizacional Vamos direto ao ponto: qual é o verdadeiro propósito de um líder? Eu não conheço outro que não seja engajar as pessoas para resultados. Perceba a força desta frase. Quando consideramos uma pessoa engajada, estamos afirmando que ela encontrou um real motivo para empenhar o seu potencial. Há diferentes maneiras para incentivar o engajamento de um time, entre elas: DEFINA CLARAMENTE OS RESULTADOS QUE AS PESSOAS DEVEM ENTREGAR Muitos profissionais confundem o real propósito do seu trabalho. Existe uma grande diferença entre as atribuições do cargo e os resultados. As atribuições do cargo são as ações que se deve realizar para produzir resultados. Uma pessoa não pode pensar que por chegar, sair no horário e fazer tudo o que lhe é atribuído, ela será valorizada como um grande profissional. Portanto, não converse com os colaboradores apenas sobre o trabalho, fale sobre resultados, motivação, e, principalmente, sobre a satisfação com as atividades realizadas. Esses são os reais propósitos para a dedicação de qualquer profissional. 14 fev | mar 2013 EXPONHA A CAUSA DA EMPRESA E A SUA CAUSA COMO LÍDER As pessoas se comprometem com a causa da empresa e do líder, e não com a empresa e com o líder. Esse é o ponto principal. Os colaboradores querem empenhar o seu potencial em empresas que se importam com seu futuro, da mesma forma que se comprometem com líderes que se importam com o seu desenvolvimento profissional. Dificilmente, um colaborador se comprometerá com uma empresa apenas porque ela é grande, e também não seguirá um líder só porque ele é capa de revistas de negócios, mas sim, porque contribui para o seu crescimento e aprendizagem. CONHEÇA E RESPEITE OS SONHOS DE CADA UM O principal erro de um líder é deduzir que todos querem a mesma coisa, ou seja, “eu pago altas comissões, o que mais eles querem?”. Apesar de essencial, o dinheiro não motiva todo mundo. Ser promovido também não. Muitas vezes um reconhecimento em público motiva mais um colaborador do que os recursos financeiros, assim como uma carta de agradecimento, assumir um projeto ou participar de reuniões importantes. E como descobrir o que motiva cada um? Simples, pergunte! Esse é o único caminho. É importante saber que quando uma pessoa atua em harmonia com seus valores, naturalmente terá um alto desempenho. Publieditorial Seguro para restaurantes cobre até arrastões EVITAR PREJUÍZOS FINANCEIROS CAUSADOS POR ROUBOS AOS ESTABELECIMENTOS É O QUE FAZ DO “PORTO SEGURO BARES E RESTAURANTES” ATRATIVO AOS SEGURADOS Para evitar que os proprietários de bares e restaurantes tenham prejuízos com os arrastões, a Porto Seguro oferece o “Porto Seguro Bares e Restaurantes” com cobertura para esse tipo de situação. O seguro, desenvolvido exclusivamente para atender às necessidades desses estabelecimentos, conta com garantias para roubo de bens e quantias em dinheiro (Subtração de Bens e Valores), além de oferecer indenização para os danos sofridos pelos funcionários e clientes (Responsabilidade Civil). “É importante considerar a necessidade de investir em garantias que evitem prejuízos ao patrimônio e às pessoas nessas ocorrências”, comenta Edson Frizzarim, diretor de Ramos Elementares da Porto Seguro. Em caso de arrastões, as coberturas de Subtração de Bens e Valores repõem ao segurado os valores referentes a mercadorias, equipamentos e quantias em dinheiro roubadas. Bens que pertencem aos clientes agora também são cobertos, com indenização variável, conforme o sistema de proteção do estabelecimento. Já a cobertura de Responsabilidade Civil garante indenização aos funcionários do estabelecimento em casos de morte, invalidez permanente ou danos corporais ocorridos durante o exercício do trabalho. Cobre ainda prejuízos em decorrência de danos causados aos clientes pelo fornecimento de comestíveis e bebidas para consumo. A contratação dessas três coberturas está condicionada à cobertura básica de Incêndio, Explosão e Fumaça. O “Porto Seguro Bares e Restaurantes” também possui outras garantias, que podem ser adicionadas conforme a necessidade, como a contaminação e deterioração de mercadorias em ambientes frigorificados, que garante perdas causadas às mercadorias, em decorrência de danos no sistema de refrigeração ou da falta de energia, desde que o evento perdure por um período superior a 24 horas. Outro tipo de cobertura é a de despesas para a aquisição de um novo ponto comercial, em decorrência de incêndio, explosão ou fumaça, limitadas a 10% do limite máximo de indenização da garantia Despesas Fixas. A cobertura para ocorrências abrange inclusive mesas, cadeiras e demais utensílios localizados em áreas abertas ou semiabertas, assim como para problemas cotidianos, como quebra de louças, porcelanas e cristais de uso exclusivo e regular do estabelecimento segurado. Porto Seguro Bares e Restaurantes www.portoseguro.com.br 15 fev | mar 2013 Menu Internacional s o t i r r s u o B exican m COM A D CHEA ICANO E R O TRIG R UM MEX SEU E D LA MO A PO O D RTIL C A O I T O R A PRAT FOI C O E N A ÇÃO V U A L G CAR O E V ENTR LENA RE E U Santos Q P Thayna r o P M OE BURR 16 fev | mar 2013 No ano de 1910 o mundo assistiu à primeira das grandes revoluções do século XX, a Revolução Mexicana. Liderada por Francisco I Madero, a luta contra o governo do então presidente ditador Porfírio Diaz, foi caracterizada pela ascensão de líderes socialistas, liberais e anarquistas em prol do movimento agrário. No final das contas, Madero se tornou uma completa frustração para o povo, que vendo a revolta não acabar, decidiram fugir e cruzar a fronteira com os Estados Unidos. Em meio a esse movimento migratório, surgiu o burrito. Veridiane Feltrim, proprietária e gerente do restaurante mexicano Nacho Libre, na zona oeste de São Paulo, conta que o prato foi feito pela primeira vez por um mexicano chamado Juan Mendes, vendedor de comidas típicas, instalado na fronteira do México com os Estados Unidos, mais precisamente na Ciudad Juarez, atravessada pelo Rio Bravo. Por lá, o tempero mexicano do Sr. Mendes despertou a lembrança dos contemporâneos que cruzaram a fronteira. Para que as comidas não esfriassem ao serem levadas aos Estados Unidos, o vendedor decidiu enrolar o feijão, a carne, o tomate e o molho em grandes tortillas — discos de massa feita de trigo. As encomendas logo aumentaram, e Juan comprou um burro para agilizar as entregas. As tortillas, então transportadas pelo animal, começaram a ser reconhecidas pelos clientes como a comida do “burrito”. INGREDIENTES TRADICIONAIS E RECHEIOS INOVADORES Até hoje, em todas as partes do mundo, a massa da tortilla é feita de farinha de trigo, milho, sal e água. “Nós procuramos adaptar a comida mexicana ao paladar brasileiro, sem perder a essência”, conta Veridiane. Na cozinha do restaurante Nacho Libre o recheio do burrito tradicional é temperado com pimentões verdes e vermelhos, pimenta-branca e alguns condimentos, como curry e tempero baiano. A variedade de recheios é um capítulo à parte. Há tortillas de filé mignon grelhado com barbecue, de abobrinha e berinjela grelhadas, de azeitonas e guacamole, de queijo cheddar e chilli beans, entre tantos outros. “Os apimentados ainda são os mais vendidos”, informa a gerente. Está aí um ótimo ponto de partida para quebrar o preconceito de que as comidas mexicanas são gordurosas e extremamente condimentadas. “Servimos uma comida saborosa e saudável, rica em proteínas, vitaminas e minerais, capaz de aliar sabores fortes e combinações de ingredientes de maneira simples”, diz Veridiane. 17 fev | mar 2013 Ideias de Valor ACESSIBILIDADE: UMA QUESTÃO DE CIDADANIA ESTABELECIMENTOS ADAPTADOS E ACESSÍVEIS A TODOS SÃO SINÔNIMO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL Por Marina Erbolato 18 fev | mar 2013 Cadeirante há 23 anos, o paulistano Christian Matsuy, escreve o blog “Mão na Roda – Guia de sobrevivência do cadeirante cidadão”, junto com outros quatro amigos cariocas. O time se uniu para fazer um mapeamento dos locais de fácil acesso para as pessoas em situações iguais ou semelhantes a eles. Partindo do princípio que acessível é um ambiente sem barreiras a fim de facilitar a circulação e a comunicação de pessoas, deficientes ou não, os autores narram suas experiências em dezenas de bares e restaurantes. “Avaliamos também a qualidade dos pratos e do serviço para que as postagens não fiquem só focadas na questão da acessibilidade”, explica. Apesar de esse assunto ser cada vez mais comentado, para ele, ainda há muito chão pela frente. “Teremos dois grandes eventos, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, onde receberemos turistas do mundo todo e, apesar do aumento da quantidade de lugares acessíveis, ainda não é suficiente. Isso fere diretamente o direito de ir e vir”, observa Matsuy. DENTRO DA LEI Entre os tópicos mais criticados pelos autores estão: entrada, estacionamento, disposição e tamanho das mesas, e banheiro adaptado. Para Christian, o problema mais comum ainda são as mesas de altura inadequada ou com pés que impedem a aproximação ideal para fazer as refeições — situação recorrente em bares, padarias e restaurantes. Evitar tais problemas não só é possível como necessário, defende a arquiteta Thais Frota, especialista em acessibilidade. Há uma lei no Código Brasileiro — a de número 10.098/2000 — que estabelece normas e critérios, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para que todos os lugares sejam acessíveis a pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Lembrando que essas adaptações devem ser feitas com a ajuda de um arquiteto ou profissional especializado. “Adaptar com base no ‘achismo’ não vai tornar o lugar 100% acessível”, diz Thais. REGRAS BÁSICAS Existem algumas regras básicas a serem seguidas por todos os estabelecimentos. Pelo menos 5% do total das mesas, ou ao menos uma delas, deve ter no máximo 80 cm de altura a partir do piso; já os corredores para a circulação dos clientes precisam ter a largura mínima de 90 cm. Os caixas e os balcões de atendimento rápido devem ter a altura mínima de 105 cm do piso. Bandejas, talheres, pratos, copos, temperos, alimentos e bebidas têm que estar dentro da faixa de alcance manual – os dois últimos distribuídos de forma a permitir o alcance visual. A altura máxima do passa-pratos está entre 0,75 m e 0,85 m do piso, em caso de self service, pelo menos metade dos bufês deve ser acessíveis. Dentro dos sanitários, a movimentação do cadeirante precisa ocorrer na lateral, diagonal e perpendicular, além da instalação de barras de apoio ao lado e atrás da latrina – a espessura e a distância entre essas barras são especificadas pela ABNT. Outra escolha que exige atenção dos empresários é o piso: uma superfície regular, firme, estável e antiderrapante. A inclinação transversal poderá alcançar até 2% para pisos internos e 3% para os externos, com inclinação máxima de 5%. A inclinação das rampas resultará de um cálculo baseado na altura e no comprimento. A forma como os funcionários tratam a pessoa com deficiência também conta pontos a favor do estabelecimento. Cabe ao garçom avisar aos cegos o que está à esquerda e o que está à direta da mesa, assim como oferecer uma versão do cardápio em braile, transcrita por instituições especializadas. Em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, a lei exige que os estabelecimentos que comercializam refeições e lanches tenham pelo menos um cardápio com a impressão em braile. UM EXEMPLO DE CIDADANIA A rede de restaurante norte-americana Applebee’s, fixada no Brasil desde 2004, é um exemplo de que se preocupar com a acessibilidade dá certo. Segundo o porta-voz da empresa, Oswaldo Martins Netto, franqueado da rede no Estado de São Paulo, todas as unidades estão dentro dos padrões de acessibilidade. “Consideramos esse tipo de preocupação como um ato de cidadania e inclusão social”, diz. Adaptações nas unidades não são necessárias uma vez que os restaurantes já tem estrutura para atender a todos. “Nossos arquitetos e engenheiros estão orientados a elaborar projetos para que a legislação seja devidamente atendida”, garante. Até mesmo os restaurantes instalados dentro dos shopping centers oferecem a acessibilidade adequada. Mesmo quando o estabelecimento está lotado é possível se locomover com a cadeira de rodas sem problemas. Para Matsuy, um restaurante bem projetado é garantia de retorno na certa. 19 fev | mar 2013 Chá das Cinco Compras bem guardadas CONFIRA AS DICAS DA CHEF ANA LUIZA TRAJANO, DO RESTAURANTE BRASIL A GOSTO, PARA ARMAZENAR ALIMENTOS E MANTER O ESTOQUE IMPECÁVEL Divulgação Por Thayna Santos Ser criteriosa faz parte da personalidade da chef Ana Luiza Trajano, do Brasil a Gosto. Em seu restaurante, o estoque está sempre organizado e devidamente catalogado, o que para ela, impacta diretamente no bom funcionamento do negócio. O método próprio, criado por quem trabalhava como administradora de empresas antes de comandar os fogões, tem como objetivo evitar o desperdício e a contaminação. Semanalmente, Ana e sua equipe fazem o balanço do estoque, estabelecendo dias específicos para as compras de cada tipo de produto, que só são armazenados depois de higienizados e embalados a vácuo. Mesmo com o uso de um software especializado, a chef prefere manter uma planilha plastificada em que seus colaboradores marcam entradas e saídas dos ingredientes durante todo o expediente. Envolver a todos no processo é outra estratégia usada por Ana para despertar a responsabilidade coletiva, e manter as geladeiras e as prateleiras sempre em ordem. TICKET® E NEGÓCIOS: QUAL A MELHOR FORMA DE ARMAZENAR ALIMENTOS NO ESTOQUE? ANA TRAJANO: Tem alimentos que precisam ser armazenados em câmaras frias e outros em estoque seco. Na câmara fria, eu tenho uma divisão de praças, assim consigo manter uma pessoa responsável por cada setor. Quando o produto chega ao estabelecimento ele é higienizado, antes mesmo de chegar à cozinha. As embalagens são trocadas, é embalado a vácuo e só depois vai para a câmara fria. 20 fev | mar 2013 T.N.: É PRECISO USAR ETIQUETAS NAS EMBALAGENS? A.T.: Sim, constando a validade e o nome do produto. Deixo fora das câmaras uma lista diária dizendo tudo o que está lá dentro. Se eu passo no corredor, olho, e sei exatamente qual o meu estoque. T.N.: SERIA MELHOR DIGITALIZAR ESSA LISTA? A.T.: No restaurante, gosto de usar uma folha plastificada com todos os itens contidos no estoque. Nela escrevemos com canetas apagáveis todas as entradas e saídas que acontecem ao longo do dia. Quando o expediente é encerrado, um colaborador faz o balanço geral. Essa pessoa, responsável pela contagem, tem que assinar e escrever a data. Se o controle fosse de papel, seria um desperdício muito grande. Aliás, o sistema eletrônico também gera o estoque semanal, mas eu prefiro fazer manualmente. T.N.: COMO É O ESTOQUE DO BRASIL A GOSTO? A.T.: Divido meu estoque por “praças”, cada uma tem uma geladeira e um freezer. Os itens de geladeira e de freezer seguem os mesmos procedimentos, todos limpos antes de entrarem nas praças. Os funcionários são treinados para colocar diariamente os itens antigos na frente e os mais novos atrás. Deixo todas as proteínas juntas em um freezer de quatro portas, ele é separado por carne de boi, de porco, aves e peixes. Tenho também uma geladeira de descongelamento. Para evitar o risco de contaminações, não entram no estoque as caixas de papelão — só embalagens próprias e sacos a vácuo —, nem produtos não identificados ou não etiquetados de acordo com nossos padrões. T.N.: SE A EMBALAGEM É RETIRADA, COMO FAZ PARA TER O CONTROLE DO FORNECEDOR? A.T.: Guardo todas as etiquetas em uma pasta, chamada pasta de procedência. Toda terça e sexta-feira os funcionários revisam essa pasta, jogando as etiquetas antigas fora e colocando as da semana vigente. T.N.: EXISTE ALGUM TIPO DE PRODUTO QUE REQUER MAIOR CUIDADO NA ARMAZENAGEM? A.T.: Todos os peixes e frutos do mar. Por oferecer um maior risco de contaminação, eles não podem ser misturados com carnes, frangos etc. T.N.: COMO FUNCIONA SEU PROCESSO DE COMPRAS? A.T.: As compras no Brasil a Gosto são semanais, em dias específicos. Toda quinta eu compro proteína, na terça, os descartáveis, na quarta, é dia de comprar bebidas. Só o hortifrúti que chega todos os dias. As compras escalonadas ajudam a não congestionar o estabelecimento com as entregas, mas comprar aos picados requer organização em dobro, caso contrário, poderá atrapalhar o controle dos estoques. T.N.: O QUE FAZER PARA NÃO TER SURPRESAS COM A FALTA DE ALGUM INGREDIENTE? A.T.: Conferimos e fazemos um balanço das vendas todos os dias da semana, assim dá para ter uma noção do quanto está vendendo de cada item. Isso é só uma estimativa. Essa semana, por exemplo, ganhamos o prêmio com um prato à base de carne seca, daí que já entramos com 40 kg do produto, prevendo uma maior procura. Até por isso, tudo o que é publicado na mídia coloco no mural dos funcionários, assim eles entendem o direcionamento das vendas. T.N.: OS SEUS COLABORADORES RECEBEM TREINAMENTO ESPECÍFICO PARA ORGANIZAR O ESTOQUE? A.T.: A equipe é capacitada para organizar e ter conhecimento de todos os pratos servidos. O processo foi montado por mim. Antes de ser chef de cozinha, fui administradora, sou muito sistemática e sempre que troco o menu já monto as fichas técnicas com os ingredientes e o rendimento para apresentar aos meus colaboradores. T.N.: JÁ ACONTECEU ALGUM ERRO NO ESTOQUE DO BRASIL A GOSTO? A.T.: Estamos sempre sujeitos a errar, mas o que importa é fazer todos se sentirem responsáveis pela organização. Nunca cheguei a abrir o restaurante faltando algum item, mas já aconteceu de pela manhã não ter algum ingrediente e eu precisar ir até o mercado próximo comprar. Pago muito mais caro, mas não deixo o cliente desatendido. T.N.: E NO CASO DE PEDIDOS PARA EVENTOS, COMO FUNCIONA O ESTOQUE E A ARMAZENAGEM? A.T.: Sempre levo uma nutricionista para fazer a auditoria no espaço do evento. No caso de precisar montar uma cozinha no ambiente, ela dá todas as orientações para não termos problemas. Quanto às compras, logo que recebo o pedido a chefe de eventos gera uma lista de compras e de produção, com a quantidade necessária de cada coisa, a partir daí começamos o trabalho. 21 fev | mar 2013 Tecnologia Da sua empresa PARA O MUNDO OS SITES AINDA SÃO A PRINCIPAL FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO DIGITAL DAS EMPRESAS. VEJA COMO TORNÁ-LOS MAIS VISÍVEIS E EFICIENTES Por Leonardo Andolini Diante de tantas opções tecnológicas, os empresários acabam deixando de lado o jeito mais simples (se não o básico) de apresentar o próprio negócio ao mundo. “Muito mais do que um folder eletrônico, o site deve ser um canal de relacionamento 24 horas com o cliente”, afirma Jônatas de Lima Silva, web designer há seis anos, e responsável por mais de 70 projetos em todo Brasil. Para Lima, existem alguns pontos fundamentais para a página da empresa ser eficiente. Um bom começo, é colocar as informações mais relevantes na home page, como por exemplo, os contatos. A lógica é simples: quanto menos tempo a pessoa passar procurando a informação, maiores as chances de ela permanecer no site. Sempre deixe claro o que é a empresa, o que ela faz e, se possível, use depoimentos de clientes e parceiros para reforçar a web page. POR ONDE COMEÇAR A web designer paulistana Carolina Pereira já pegou casos em que o site parecia um livro. “Os textos corriam por todos os lados da página. Era quase impossível navegar mais do que 10 segundos lá”, diz. Ela conta que o uso de imagens é bem-vindo quando a foto explica o mesmo que um texto de cinco linhas. “É como dizem: uma imagem vale mais do que mil palavras”. E vale mesmo. Só não pode exagerar na dose. “Reduza o que puder para que o site seja fácil de navegar e desperte o interesse do visitante”, conta Silva. Páginas com muita informação ten- 22 fev | mar 2013 qUAnTO CUSTA fAzER UM SITE? De acordo com o web designer Jônatas de lima Silva, sites institucionais (sem gerenciadores de conteúdo) com até cinco páginas e um formulário de contato custam entre R$ 1200 e R$ 1600. A manutenção, geralmente, é cobrada por quantidade de atualizações ou mensalmente, a partir de R$ 100 por página. Para quem não dispõe desse recurso financeiro, há uma alternativa. O Blogger oferece aos usuários ferramentas simples e didáticas para criar um blog com fotos, links, informações, formulário de contato, entre outros recursos, que podem deixar a página atrativa aos clientes. Depois de pronto, basta o usuário comprar o domínio “.com”, disponibilizado pelo próprio Blogger por cerca de R$ 30 anuais, para ter o seu endereço registrado na web. 8 PASSOS PARA UM SITE DE SUCESSO 1 2 3 4 5 6 7 8 PRáTICO E DIRETO: seja simples e reduza as informações sem que elas percam sua principal função, a de informar. UMA IMAgEM vAlE MAIS DO qUE MIl PAlAvRAS: sempre que possível, use imagens para evitar textos extensos. Em programas de edição de imagem, como o Photoshop, existe a opção “salvar imagem para web”, para deixar a foto mais leve. InfORMAçõES RElEvAnTES: páginas com excesso de informação e imagens tendem a sobrecarregar e confundir o leitor. Coloque apenas o essencial para atrair a atenção e manter o layout da página apresentável. EM COnSTRUçãO: nunca coloque links no site que direcionem o visitante para páginas que ainda não foram feitas ou que estão em construção. ATUAlIzAçãO: atualize periodicamente o site para que as pessoas voltem a visitá-lo. COnTATO E newsletter: coloque um formulário de contato com a opção de receber as novidades do site. Isso mantém o contato com aqueles que têm interesse no seu portal. AgIlIDADE: se o site não mostra alguma informação num período de 15 a 30 segundos, o visitante cancela e vai para outra página. Por isso, não encha a página com coisas que demoram para carregar. SEO: o search engine Optimization consiste em melhorar a visibilidade do site nas ferramentas de busca. vale a pena investir. dem a sobrecarregar e confundir. Portanto, coloque apenas o essencial para atrair a atenção. Uma dica importante: evite links que levem o visitante para a famosa “Página em construção”. Nada pior do que frustrar o internauta. ERROS COMUNS NA INTERNET Quem não se lembra dos pop-ups? O site nem carregou completamente, mas as desagradáveis janelas já pipocam na tela, incomodando o internauta. “O uso de pop-ups diminuíram consideravelmente. Muitas vezes eram uma pegadinha para o leitor, que precisa fazer uma investigação para encontrar a opção “fechar”, brinca Carolina. As músicas também não são bem-vindas na página de um negócio. “O visitante acessa o site da empresa por uma questão de negócio, não de lazer. Se ele quiser ouvir música ele vai ao show”, diz Silva. Além disso, o som deixa a web page mais lenta. A atenção também vale para a formatação do endereço eletrônico. Um fundo preto com letras de cor branca ou amarela força a vista do internauta. Na dúvida, use branco no background e preto na fonte. E lembre-se: compatibilidade é fundamental. O site deve funcionar na maioria dos navegadores, como o Internet Explorer, Google Chrome e Firefox. 23 fev | mar 2013 Fala, Sebrae Momento de Karen Sitta Fortini e Souza, Coordenadora Nacional da Carteira de Bares e Restaurantes do Sebrae Sendo considerado um dos setores mais importantes da cadeia do turismo, os serviços de alimentação fora do lar têm crescido significativamente, demandando, com isso, uma maior atenção e amadurecimento do mercado. São mais de 1,5 milhão de empresas empregando cerca de 6 milhões de pessoas, sendo bares e restaurantes as atividades mais representativas. Identificar oportunidades e conquistar o cliente são alguns dos fatores-chave para aproveitar esse momento de crescimento da demanda. A sazonalidade, o período de férias, a chegada dos grandes eventos são aspectos que devem ser considerados. É importante que o empresário saiba planejar suas estratégias e tomar decisões diante dos desafios decorrentes desse cenário, aliado à diversidade cultural do Brasil. Perceber as oportunidades não significa contratar mais funcionários, ampliar os horários de atendimento e ter um faturamento maior, mas, sim, inovar na forma de se relacionar com o cliente e fidelizá-lo. Ter uma equipe bem treinada, profissionais qualificados e um ambiente no qual as boas práticas de higiene e manipulação estão adequadas, fará uma grande diferença. Conquiste o seu cliente! Na atualidade, os negócios são motivados e direcionados pelo comportamento de quem tem a decisão de compra. Os consumidores estão cada vez mais exigentes. Por isso, é importante que o empresário os conheça. 24 fev | mar 2013 Divulgação oportunidades A relação com os clientes está deixando de ser somente de compra e venda. Os garçons, o empresário, a recepcionista, todos estão e precisam estar envolvidos no processo. Já pensou em transformar seu negócio em um ambiente onde novas experiências possam ser desfrutadas? No qual as sensações e o encantamento sejam a cara do seu negócio? Dados do estudo “Alimentação Fora do Lar na Visão do Consumidor Brasileiro”, realizado pela Gouvêa de Souza, mostram que 32% dos respondentes gostam de experimentar comidas diferentes nos fins de semana e 17% durante a semana. A busca pelo lazer, pelo novo e pelo criativo tem sido o motivo de escolhas dos destinos gastronômicos. Promover a gastronomia local e criar uma identidade são desafios e reflexões importantes para esse setor. Histórias podem ser contadas no próprio cardápio, tradições culturais e costumes podem ser cultivados. Estar atento às oportunidades também é gerir bem o seu negócio, da mesma forma que inovar é diferencial competitivo. Pense nisso. EXCLUSIVAS BASES PARA MOLHOS E RECHEIOS A inspiração do chef elevada a máxima facilidade O reconhecido Creme Culinário Leco agora em 3 novas versões que vão facilitar sua produção de molhos e recheios. COM EXTRATO NATURAL DE CARNE SABOR REQUINTADO DE QUEIJOS SABOR SUAVE PERMITE O TOQUE DO CHEF, NÃO É MOLHO PRONTO. Visite nosso site: www.vigor.com.br/foodservice NOVA EMBALAGEM Dica do Chef Entrada nA COzInHA DO BRAvO BISTRÔ, O CHEf vICTOR PIRES ESPECIAlIzOU-SE EM PREPARAR BRUSCHETTAS TAnTO nO SABOR TRADICIOnAl COM TOMATES PICADOS qUAnTO nAS vERSõES MAIS REqUInTADAS À BASE DE ABOBRInHA E BERInJElA Por Luciana Albuquerque Fotos Marinheiro Manso Elas são assadas, saborosas e figuram como entrada nos cardápios dos restaurantes. Em diferentes versões, e tão fáceis de preparar, as bruschettas ainda surpreendem. Originárias do centro da Itália, seu nome deriva da palavra bruscatto, que quer dizer tostada ou torrada, podendo ser no forno ou na grelha. Antigamente os trabalhadores rurais não podiam comprar pão todos os dias, então untavam pães velhos com azeite. Daí surgiu a receita: uma fatia de pão italiano tostada na grelha, passada no alho, untada com azeite e polvilhada com sal. O azeite continua sendo o ingrediente principal, mas algumas adaptações foram feitas para inovar, a maioria delas dizendo respeito ao sabor. “Aqui no restaurante nós servimos o trio de bruschettas de abobrinha, berinjela e tomate. Todas levam azeite e um confit (espécie de conserva) de alho”, conta Victor Pires, chef do Bravo Bistrô, que fica na Mooca, tradicional bairro italiano da capital paulista. Para acompanhá-las, o chef indica um bom vinho tinto e dá a dica: “É fundamental usar ingredientes de alta qualidade, como tomate orgânico e manjericão fresco, que tenham mais sabor e qualidade, além de um bom queijo e azeite extravirgem. Escolha o pão italiano, respeitando o cozimento crocante da bruschetta”. E buon appetito! O chef Victor Pires, do Bravo Bistrô 26 fev | mar 2013 Bruschetta de abobrinha Ingredientes • 2 fatias de pão italiano • 2 ramos pequenos de alecrim • 50 ml de azeite extravirgem • 60 ml de vinho branco • 200g de abobrinha italiana • Pimenta-preta moída em grãos a gosto • 100g de queijo parmesão • 2 dentes de alho • Sal a gosto Modo de preparo Para o confit de alho, faça um papelote com papel alumínio, no qual serão embalados o dente de alho, o azeite, o alecrim e o vinho branco. Asse por 45 minutos a 180°. Lave as abobrinhas e lamine na diagonal. Tempere-as em um refratário com sal, azeite e pimenta-preta moída. Lamine o outro alho em fatias finas para refogar com a abobrinha. Cozinhe a abobrinha e o alho em azeite por cinco minutos no máximo. Disponha fatias de pão italiano e cubra-as com queijo parmesão e com o confit de alho. Asse por no máximo cinco minutos a 250º e regue com um fio de azeite quando for servir. Bruschetta de tomate Ingredientes • 2 fatias de pão italiano • 2 pétalas de manjericão • 2 tomates italianos maduros • 100g de queijo mussarela • Pimenta-preta moída em grãos a gosto • 100 ml de azeite extravirgem • Sal a gosto Modo de preparo Corte o tomate em cubos pequenos, retirando as sementes e temperando com pimenta-preta moída, azeite extravirgem, orégano e sal. Misture bem e reserve. Passe um pouco de azeite no pão italiano. Coloque sobre as fatias de pão o tomate e o queijo mussarela. Leve ao forno por cinco minutos. Na hora de servir, regue com um fio de azeite. Bruschetta de berinjela Ingredientes • 40 ml de vinagre balsâmico • 2 fatias de pão italiano • 1 cebola pera • 50 ml de azeite extravirgem • 20g de açúcar cristal • 200g de berinjela • 80g de queijo tipo Pecorino • Pimenta-preta moída em grãos a gosto • 20g de castanha-do-pará • Sal a gosto Modo de preparo Pique a cebola e a berinjela em cubos e cozinhe as duas, juntas, no azeite. Acrescente o vinagre balsâmico e o açúcar, para quebrar a acidez, e reserve. Passe azeite no pão italiano. Disponha sobre ele a berinjela temperada e cubra com o queijo. Leve ao forno por cinco minutos e finalize com pedaços de castanha-do-pará. 27 fev | mar 2013 Gôndola Social Sabor de solidariedade HÁ QUASE 25 ANOS NO BRASIL, O “McDIA FELIZ” É A MAIOR CAMPANHA EM PROL DA CAUSA DO CÂNCER INFANTOJUVENIL Por Thayna Santos Desde 1988 os brasileiros têm um dia marcado no calendário da solidariedade: o McDia Feliz. Todas as lojas da rede de lanchonete americana, que hoje são mais de 700, revertem a venda do Big Mac para instituições sem fins lucrativos engajadas no tratamento de crianças e adolescentes com câncer. Há mais de 30 anos a empresa abraçou a causa ao fundar a primeira Casa Ronald McDonald, na Filadélfia. Referência para tantos outros projetos sociais brasileiros, o McDia Feliz, que acontece geralmente no mês de agosto, existe antes mesmo de a rede chegar ao país. “Faz parte da filosofia da empresa retribuir às comunidades nas quais os restaurantes estão instalados”, declara o superintendente do Instituto Ronald McDonald, Francisco Neves. O Instituto é o coordenador do McDia Feliz, considerado uma das maiores campanhas no combate ao câncer infantojuvenil, cujo objetivo é ajudar as instituições atuantes, na busca pela saúde e pela qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. 28 fev | mar 2013 PROJETOS TRANSPARENTES Todo o processo da campanha é realizado de forma justa e transparente. No Brasil existem muitas instituições a serem beneficiadas e para a escolha, é realizado um cadastro prévio. Segundo Neves, todas elas devem apresentar os projetos a serem avaliados pelo Conselho Científico e Executivo do Instituto Ronald McDonald. “O Conselho é fundamental para garantir legitimi- A campanha em números 30 mil dade, porque é formado por médicos e profissionais ligados ao câncer infantojuvenil, que atuam em todo o país”, explica o superintendente. As instituições passam ainda pela aprovação da Comissão do Conselho Executivo — formada por representantes das empresas mantenedoras —, que verificam a viabilidade das ações. A maioria dos projetos apresentados envolvem reformas e ampliações, construção de casas de apoio, compra de equipamentos, veículos para transporte de pacientes e realização de eventos científicos. No dia da campanha, o McDonald´s permite que as instituições beneficiadas comercializem acessórios, camisetas, entre outros materiais, para aumentar o valor da arrecadação. “Depois de recebidas as doações, os projetos são acompanhados e auditados, de forma que haja a comprovação da utilização do dinheiro para a finalidade acordada”, completa Francisco. Além do McDia Feliz, a empresa também está envolvida em outros projetos, como a coleta de óleo e a “Gincana Bom Vizinho”, na qual os restaurantes da rede incentivam a limpeza das ruas, as campanhas de vacinação e o plantio de mudas na comunidade em que estão inseridos. VOLUNTÁRIOS É A MÉDIA DE COLABORADORES PARTICIPANTES DO PROJETO R$ 130 milhões FOI O VALOR DOADO DESDE A PRIMEIRA CAMPANHA, EM 1988 1,6 milhão DE BIG MAC FORAM VENDIDOS EM 2012. A MAIOR ARRECADAÇÃO REGISTRADA ATÉ HOJE R$ 18 mil É O VALOR APROXIMADO DA ARRECADAÇÃO DE 2012, BENEFICIANDO 77 PROJETOS E 59 INSTITUIÇÕES EM TODO O PAÍS 29 fev | mar 2013 Conselhos VALIOSOS Marinheiro Manso Consultoria COM A ORIENTAÇÃO DE UM CONSULTOR, O SANTA ANA BISTRÔ ENCONTROU A MELHOR FORMA DE USUFRUIR DOS PRÊMIOS CONQUISTADOS NO CONCURSO “MELHOR PF DO BRASIL” Por Thayna Santos Depois da emoção de ser eleito o “Melhor PF do Brasil” com sua galinhada acompanhada de quiabos crocantes, preparada pela chef Elaine Sá, o responsável pela administração do Santa Ana Bistrô, Flademir Sá, e a equipe da Ticket® conversaram com um consultor para saber quais as reais necessidades do estabelecimento e a melhor forma de investir o prêmio em melhorias para o restaurante – compromisso acordado entre a empresa e o vencedor. Para isso, a empresa PHR Phamília Ribeiro – consultoria multidisciplinar especializada em bares e restaurantes – disponibilizou o seu representante em São Paulo, o gastrônomo Luís Rodrigo Roma. Antes mesmo da visita, a cozinha do estabelecimento já havia sido reformada para receber os novos equipamentos. A instalação elétrica foi uma das mudanças, sendo agora trifásica, justamente para receber o forno combinado elétrico Practica de 6gns, modelo c6, prêmio do concurso para o restaurante vencedor. “É uma cozinha legal e engrenada; ser premiado com um forno foi essencial para eles”, afirma o consultor, que achou o ambiente rústico, apropriado para a cidade de São Paulo. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Logo que chegou ao estabelecimento, Luís Rodrigo observou as dependências. A cozinha, a disposição das mesas, se o cardápio estava de acordo, os funcionários, entre outros tantos aspectos, que fazem o negócio funcionar corretamente. “Primeiro, vejo o fluxo da cozinha, a saída dos pratos e a formulação do cardápio. Como aqui é um bistrô, uma de suas características, que devem ser respeitadas, é a rapidez na hora de preparar o prato”, explica o gastrônomo. Entre os pontos mais importantes de uma consultoria, segundo ele, está saber quais são os projetos do proprietário, para depois orientá-lo. 30 fev | mar 2013 A consultoria foi feita pelo gastrônomo Luís Rodrigo Roma PROJETOS BEM DEFINIDOS Diariamente, após o fechamento do bistrô, Flademir passava horas lançando as notas fiscais para a Receita Federal. Por isso, um dos pedidos foi a compra de um software especializado, capaz de poupar todo esse trabalho. A ideia também agradou o consultor Rodrigo. “Pode ter uma telinha touch screen para que o garçom faça o pedido, o qual irá direto para a cozinha”, sugere Roma. Com a aquisição desse software, o processo ficará mais ágil e eficiente. Junto ao novo sistema, aconteceu também a compra do suporte para acomodar o forno, de uma bancada para a geladeira e da instalação de gás de rua, assim o proprietário poderá retirar o botijão da cozinha. Em 2013, o Santa Ana continuará servindo a sua galinhada, agora, com uma estrutura digna do título. Fique por Dentro Sem fórmula pronta Na defesa da liberdade da improvisação no ato de cozinhar, o renomado chef inglês Glynn Christian apresenta o livro “Como cozinhar sem receitas”. Para ele, a cozinha envolve tantos fatores que acompanhar passo a passo uma receita, como uma fórmula matemática, é um erro. Glynn ensina a combinar os sabores sem reproduzir integralmente receitas prontas; explica como discernir gostos e sabores; e como reconhecer afinidades entre os ingredientes. O autor quer deixar os sentidos dos leitores mais aguçados e, para isso, aborda temas como: diferenças entre os ingredientes, segredos sobre a sensibilidade bucal e a influência da temperatura. Editora Gutenberg, 264 páginas, R$ 37,90. Negócios de família Administrar uma empresa não é tarefa fácil. Se for familiar então, pode ser ainda mais difícil. O que fazer para minimizar os riscos, expandir os negócios e garantir a continuidade das empresas familiares? Para ajudar a resolver essas questões, os autores Domingos Ricca e Sheila Madrid Saad apresentam o livro “Governança Corporativa nas Empresas Familiares: Sucessão e profissionalização”. Com uma linguagem simples, a publicação apresenta os conceitos de empresa familiar e de governança corporativa, além da necessidade de um código de ética, em que serão apontadas as responsabilidades da administração e da gestão de pessoas. Editora CLA, 125 páginas, R$ 33,00. Receitas digitalizadas Com a intenção de ajudar aqueles que não têm tanta intimidade com a cozinha, José Barão produziu um livro de receitas digital. Segundo o autor, a ideia surgiu da própria vontade de comer um bolo simples. Como não sabia fazer, pediu a receita para a mãe e conseguiu prepará-lo. Desde então, acredita que qualquer pessoa disposta a aprender pode cozinhar. O livro “Receita Fácil” tem onze receitas simples e práticas, como bolos, panquecas e bolinhos de arroz. A obra pode ser baixada no site da Livraria Cultura www.livrariacultura.com.br Destinado para quem quer criar um negócio expressivo, o livro “Empreendedores Extraordinários”, de John A. Byrne, traz cases de empreendedores de sucesso. Ao longo de suas páginas, o autor dá dicas de como construir empresas duradouras, liderar pessoas, ser mais criativo e superar obstáculos. Além de contar aos leitores histórias inspiradoras, como a da Starbucks e a da FedEx, nos faz conhecer os insights das pessoas que criaram ações capazes de revolucionar o mercado. Editora Campus/ Elsevier, 264 páginas, R$ 59,90 32 fev | mar 2013 Imagens reprodução A inspiração do sucesso Saindo do Forno Chocolate na cozinha Para preparar sobremesas que tenham chocolate na receita, a Harald apresenta sua linha “Harald Melken Doce Cozinha!”, com sete produtos que facilitam o preparo de recheios, coberturas e sobremesas. As novidades incluem gotas de chocolate ao leite com ótimo derretimento; chocolate em pó 50%, de sabor marcante; chocolate em pó 100%, sem adição de açúcar; chocolate meio amargo, de sabor nobre; chocolate ao leite, com ótimo rendimento e cremosidade; chocolate branco, com mais leite do que os demais chocolates brancos; e açúcar de confeiteiro, perfeito para polvilhar. Todos esses produtos são comercializados em embalagens de 200g e de 500g. Molhos e recheios pré-prontos Dar o toque do chef ficou ainda mais fácil com os molhos e recheios criados pela Vigor. A linha “Creme Culinário Tradicional Leco”, além de não talhar, está disponível em três diferentes versões: creme de carne com extrato natural e um sabor requintado de vinho, perfeito para substituir a etapa do demi-glace (base para diversos molhos); sabor quatro queijos, que dispensa a utilização de queijos de alto custo; e creme para carnes brancas e vegetais, que mantém o sabor natural dos alimentos. Queijo cremoso De origem brasileira e capaz de resistir às altas temperaturas sem se desintegrar, o requeijão ganhou espaço nas cozinhas de restaurantes, hotéis, lanchonetes e cafés. Ele dá um sabor especial ao recheio de pizzas, sanduíches, tortas, entre outras delícias. Na medida certa para o mercado de food service, a Piracanjuba lançou o Requeijão Cremoso na embalagem de 1,8 kg. O produto é armazenado em bisnagas plásticas maleáveis e já pode ser encontrado nas prateleiras de todo o Brasil. Culinária americana Tradicionais na mesa de café da manhã dos americanos, as panquecas, os muffins e os cookies caíram no gosto dos brasileiros. E para facilitar o preparo dessas delícias, a Krusteaz acaba de desembarcar no Brasil, trazendo uma linha feita com ingredientes de alta qualidade, distribuída com exclusividade pela Aurora Fine Brands. O destaque é, sem dúvida, a Krusteaz Buttermilk Pancake Mix, uma mistura especial para preparar a clássica panqueca americana. Outras misturas que também chegaram por aqui são: a Krusteaz Banana Nuit Muffin Mix, a Fat Free Wild Blueberry Muffin Mix, a Fat Free Cranberry Orange Muffin Mix e a Chocolate Chunk Cookie Mix. Experimente! Onde encontrar Harald 0800 177 101 34 fev | mar 2013 Vigor 0800 724 6433 Piracanjuba 0800 722 1718 Krusteaz 0800 771 1600 Toda a resistência do curaenas p em a 3 HOR AS