MS Clipping
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22 de julho de 2013 MS Clipping Moore Stephens PRECISE. PROVEN. PERFORMANCE. Edição Diária ÍNDICE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .....................................................................................................................................................................2 Fisco vê má-fé em planejamento tributário (Folha de S. Paulo)...........................................................................................................2 Afif defende Supersimples sem restrição (Folha de S. Paulo) .............................................................................................................2 Imposto de Renda (Valor Econômico) ....................................................................................................................................................3 Solução de divergência (Valor Econômico) ...........................................................................................................................................3 Mudanças na tributação podem beneficiar o Brasil (O Estado de S. Paulo) ......................................................................................4 RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA ...............................................................................................................................................4 A velha CLT, até quando? (DCI – SP) .....................................................................................................................................................4 Como sobreviver à demissão após os 50 anos (Valor Econômico) ....................................................................................................5 CONTABILIDADE / AUDITORIA ...............................................................................................................................................................6 A Auditoria e a Importância do Relatório de Auditoria (Blog da Moore Stephens Auditores e Consultores) .................................6 Manobra contábil fere a reputação da Petrobras (Brasil Econômico) .................................................................................................6 OUTROS ASSUNTOS ...............................................................................................................................................................................7 Balanços darão rumo à Bovespa (Valor Econômico) ...........................................................................................................................7 Desoneração da folha não impede alta de importação (Valor Econômico) ........................................................................................8 Rede pretende impulsionar exportações de pequenas (DCI – SP) ......................................................................................................9 China testa limite do atual 'superciclo' das commodities (Valor Econômico) .................................................................................10 Sobre a Moore Stephens Auditores e Consultores A Moore Stephens é uma das maiores redes de auditoria, consultoria e outsourcing contábil do mundo. A empresa é formada por aproximadamente 630 escritórios e está presente em mais de 100 países. Está entre as 12 maiores posições no ranking mundial, com faturamento anual de mais de US$ 2 bilhões. A Moore Stephens Auditores e Consultores presta serviços em auditoria, consultoria tributária e empresarial, tecnologia de informação, outsourcing de serviços contábeis, tributários e administrativos, e corporate finance. Há ainda determinadas divisões, com estruturas próprias, criadas para atendimento de interesses específicos, como a Divisão de Auditoria Interna e a Divisão de Small Business, entre outras. 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Juntas, essas companhias descontaram cerca de R$ 110 bilhões da base de cálculo de seu imposto, fazendo acender um sinal de alerta. O fisco então passou a enquadrar essas operações como "planejamento tributário abusivo". "Elas romperam o limiar do possível", diz Iágaro Jung Martins, coordenador da fiscalização da Receita. A controvérsia levou centenas de corporações ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), no qual está sendo travada uma discussão que pode significar um rombo para o leão ou o fim de muitas empresas. MS News - Abril de 2012 A Receita se prepara para pedir ao Ministério Público Federal que represente essas empresas criminalmente. Os escritórios de advocacia que participaram dessas operações também serão processados, segundo Martins. "Não existe respaldo econômico nessas operações. Elas foram criadas só para a obtenção do benefício fiscal." Martins diz que as representações criminais ocorrerão após o julgamento definitivo das autuações. Mas esse procedimento também é alvo de controvérsia. "A prova de que não há fraude ou má-fé é que existem decisões no Carf favoráveis aos contribuintes", diz o advogado Igor Mauler, da Comissão de Direito Tributário da OAB Nacional. Todas as multas aplicadas foram contestadas no Carf, no qual as empresas tentam reverter as autuações. Algumas, como o Santander, conseguiram reverter a multa. Já o caso da Gerdau está na última instância administrativa. Consultadas, as empresas não quiseram se manifestar devido ao sigilo fiscal. Querem criminalizar uma prática legal, dizem advogados Algumas dessas companhias podem ter de arcar com grandes multas (a média é de R$ 500 milhões por empresa), mas há casos, como o do Santander, em que a autuação chegou a R$ 6 bilhões. Empresas autuadas podem ir à falência caso tenham de pagar os R$ 50 bilhões cobrados pelo fisco, afirmam advogados que defendem as companhias no Carf, o tribunal de recursos da Receita. Tropa de choque "Essas multas são impagáveis", diz a advogada Mary Elbe Queiroz, especialista em direito tributário. "Querem criminalizar uma prática que tem amparo legal." A pressão contra as empresas começou em 2010, quando a Receita criou uma equipe especializada em identificar possíveis fugas fiscais. Hoje, esse time conta com uma centena de auditores, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. A maioria das empresas autuadas passou por reestruturação interna para obter economia de custo, eficiência e retorno aos sócios. Resultado: R$ 50 bilhões em multas contra 102 grandes empresas entre 2010 e 2012. Até 2010, haviam sido aplicadas 37. No primeiro trimestre deste ano, já são 34 os processos em andamento, e a equipe já colocou na mira outras 250 operações. Segundo apurou a Folha, para a Vivo, por exemplo, era caro demais obter financiamentos operando com companhias separadas. Ao juntá-las em uma só, em 2007, houve uma economia de R$ 1 bilhão em custos por ano e o juro cobrado ficou menor. A maior parte das transações monitoradas pelos auditores se refere a fusões e aquisições ou reestruturações dentro do mesmo grupo econômico. Martins, da Receita, estima que, em 60% dos casos, tenha havido "criação fictícia" de ágio, usado indevidamente para abater imposto. Em 2004, a Gerdau fez uma reorganização operacional do grupo. Isso simplificou processos industriais e gerou economia de custos. Gerdau, Vivo, TIM, Oi, Natura e BM&FBovespa estão entre as empresas autuadas que passaram por reestruturações desse tipo. Só a autuação da Gerdau chega, em valores de hoje, a R$ 1 bilhão. Em mais da metade dos casos, o fisco aplicou multa de 150% sobre o imposto supostamente devido por considerar que houve má-fé no planejamento tributário. A multa padrão é de 75%. Na reestruturação, usou ações de uma subsidiária para investir em outra, obtendo ganhos fiscais. A empresa fez o investimento pelo valor de mercado das ações --devido às perspectivas de ganhos futuros. Como esse valor era maior que o valor patrimonial das ações, gerou-se um ágio (diferença entre os dois valores). Na década de 1990, a legislação tributária passou a permitir que o ágio fosse descontado da base de cálculo do Imposto de Renda. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 2 MS Clipping Moore Stephens 22/07/2013 Moore Stephens Em 2002, o governo deu novo incentivo: o imposto sobre operações que geram ganho de capital pôde ser parcelado. Antes, era pago à vista. MS News - Abril de 2012 porta de diálogo com o Estado, e por ela os empresários pediriam, de uma só vez, alvará, licença ambiental, do Corpo de Bombeiros, da vigilância sanitária etc. Isso tornou mais atrativas as operações que geram ágio, como em fusões e aquisições entre companhias do mesmo grupo, e centenas aproveitaram a oportunidade. O problema é que a Receita passou a não considerar a operação legítima. "É como uma pessoa que restitui mais Imposto de Renda inventando despesas médicas", diz Lágaro Martins, coordenador da fiscalização da Receita. "As juntas [comerciais] vão passar da era medieval para a digital", afirmou. Para advogados, essa interpretação cria insegurança. "Se querem acabar com o ágio interno, então, que regulamentem isso", diz Mary Elbe Queiros. Os fiscais da Receita Federal devem considerar como isentos de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) os valores resultantes da distribuição de lucro das sociedades simples, como escritórios ou consultorias de advocacia, contabilidade, arquitetura e economia. Fonte: Folha de S. Paulo (22/07/2013). Afif defende Supersimples sem restrição Em sua primeira aparição pública como ministro-chefe das micro e pequenas empresas, Guilherme Afif Domingos (PSD-SP) defendeu ontem a liberação do regime tributário do Supersimples para negócios de todas as áreas. Segundo Afif, "não tem lógica" que uma empresa de corretores de seguros não possa optar por esse regime de tributação, enquanto contadores são liberados. O Supersimples é um regime tributário para favorecer empresas que faturem até R$ 3,6 milhões por ano. As que optarem por ele podem pagar até oito impostos de uma vez só, com desconto. Pela lei atual, há setores proibidos de pagar impostos pelo regime tributário simplificado, mesmo que a companhia seja de micro ou pequeno porte. É o caso de empresas dos setores financeiro, de bebidas e das que prestem serviços intelectuais, técnicos, científicos ou artísticos. Os contadores foram incluídos no Supersimples com a previsão de contrapartidas, como passar os dados das empresas clientes deles para pesquisas do governo. Para Afif, essa exceção "abre a porteira" para que empresas de demais atividades possam pagar menos. Neste mês, o Senado aprovou a extensão também aos advogados. Afif participou ontem de um almoço da Câmara Portuguesa, voltada a concretização de negócios entre empresas dos país e do Brasil. Falando para uma plateia de executivos, ele disse que seu objetivo é melhorar a posição do Brasil em um ranking do Banco Mundial que mede a facilidade para fazer negócios (atualmente, o país está na posição 121, de um total de 185 economias). Ele anunciou a intenção de facilitar os pedidos de aberturas para negócios --a junta comercial seria a única 3 Fonte: Folha de S. Paulo (22/07/2013). Imposto de Renda O entendimento está na Solução de Consulta Interna nº 12, de 2013. Havia dúvida entre contribuintes e fiscais se deveria ser aplicada, nesse caso, a mesma regra de isenção dos dividendos. Respostas diferentes tinham sido dadas anteriormente pela Receita. A 6ª Região Fiscal (MG), por meio da Solução de Consulta nº 116, de 2009, entendeu que a isenção de IR sobre lucros ou dividendos só se aplicaria ao sócio de capital - aquela que aporta capital na sociedade, não só trabalho intelectual. Já a Solução de Consulta nº 26, de 2012, da 1ª Região Fiscal (DF, GO, MT, MS e TO), dizia que a isenção também seria aplicável ao sócio de serviços. Por meio da nova solução de consulta interna, o Fisco deixa claro que é válida a isenção sobre a distribuição de lucro contanto que seja equivalente ao lucro da empresa no mesmo exercício (ano). Somente sobre o pró-labore incide o IR e a contribuição previdenciária, com retenção na fonte do devido. Fonte: Valor Econômico (22/07/2013). Solução de divergência A Coordenação-Geral de Tributação (Cosit) da Receita Federal decidiu que não são dedutíveis na apuração do lucro real para cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) os tributos e contribuições com exigibilidade suspensa por depósito judicial, recurso administrativo ou liminar em ação judicial. O entendimento consta da Solução de Divergência nº 9, publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira. O mesmo vale para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que tem a mesma base de cálculo do IRPJ. A solução de divergência é editada quando delegacias da Receita Federal têm posições diferentes sobre um assunto. Ela pacifica o entendimento que deve passar a ser usado pelos auditores nas fiscalizações de empresas de todo o país. Fonte: Valor Econômico (22/07/2013). (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 22/07/2013 Moore Stephens Mudanças na tributação podem beneficiar o Brasil O Brasil tem participado das discussões que tentam impor novas regras para as transferências internacionais. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) acompanha o debate por meio do B-20 - grupo de associações empresariais do G-20 - e a expectativa é que um primeiro plano de ação sobre o tema seja divulgado neste mês. Com base nisso, será possível definir em quais pontos poder haver avanço. MS News - Abril de 2012 RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA A velha CLT, até quando? E m tempos de tecnologias fiscais mais ousadas, sob a égide do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), em breve teremos uma novidade abrangendo a escrituração da folha de pagamento e o Livro Registro de Empregados, a e-Social. Uma possível mudança na tributação internacional pode ser benéfica para o Brasil fazer alguns ajustes necessários, segundo José Augusto Fernandes, diretor de Políticas e Estratégia da CNI. Para ele, o governo brasileiro tende a se engajar nas discussões que estão sendo propostas. "Nós achamos que é importante a participação e um envolvimento do Brasil. Até porque na área de tributação internacional, o Brasil tem regras, por vezes, muito peculiares", disse. O governo brasileiro, por exemplo, ainda tem poucos acordos de bitributação. No entanto, todo o esforço intelectual despendido na criação deste ambiente digital trabalhista e previdenciário mais seguro e eficiente ainda toma como base uma Consolidação das Leis do Trabalho nascida em 1943. "Pode ser uma boa oportunidade de o País refletir sobre a necessidade de modernizar o sistema de tributação e ficar mais próximo das regras do mundo", afirmou Fernandes. Em outubro, o Brasil vai ser sede de uma reunião do comitê fiscal do Business Industries Advisory Council (Biac) - um órgão da OCDE - para discutir as questões envolvendo tributações internacionais. Quando a CLT entrou em vigor, não havia hipermercados, shoppings, a aviação engatinhava e o comércio funcionava até o anoitecer, por absoluta falta de iluminação pública e transportes. A indústria brasileira tinha outro ritmo e não competia com vietnamitas, chineses e coreanos, entre outros. Os agentes políticos, burocratas e tecnocratas, principalmente governamentais, não se atentaram para o fato de estarmos diante de uma automação fabulosa, porém desvinculada da mais que desejável reforma trabalhista. Mudança necessária Para chegarmos a um nível de equilíbrio entre as relações de trabalho e o cenário digital de hoje, será preciso investir muito tempo e esforço. Mais que isto, agilidade para que investidores internacionais não desistam do Brasil. As tímidas e escassas atualizações legais nesta área têm sido insuficientes para acompanhar o mundo atual pautado pela dinâmica globalização de recursos, demandas e oportunidades. Na avaliação do diretor da CNI, é difícil tirar esse tema da agenda do comércio internacional. Ele acredita que é importante aperfeiçoar a legislação naquilo que é ela é ineficiente para dar mais segurança jurídica. "Isso pode estar criando um problema de reputação para algumas empresas", afirmou . Com o inevitável choque entre a arcaica CLT e a moderna e-Social, desponta uma questão instigante: será que deveremos priorizar a fiscalização de uma coleção tão antiga de leis num ambiente digital, ou seria mais produtivo unir esforços para atualizar a legislação trabalhista com maior visão de resultados? "Algumas companhias, que não necessariamente estão fazendo algo de errado no mundo, mas aproveitando as diferenças de legislação, passam a ser demonizadas. É importante que haja regras mais claras", afirmou. "Todos os países teriam de fazer mudanças." Ora, será que trabalhadores com o 3º grau completo poderiam escolher entre o regramento da CLT ou de uma convenção coletiva de trabalho específica para o seu setor e, portanto, bastante aderente? Imaginar que uma pessoa não possa entrar em férias sem que tenha sido avisada 30 dias antes, é um retrocesso. O pedido para definir novas regras para transferências internacionais partiu dos países integrantes da OCDE, que solicitaram o estudo ao G-20. O debate também ganha força por causa da atual crise econômica, que tem afetado a área fiscal das economias. Ele também acredita que as mudanças devem ser cuidadosas para não criar um cenário adverso, num momento em que o mundo enfrenta forte crise econômica. "Se você cria um sistema que é anti-investimento e fluxo de capital, pode até estar reduzindo o crescimento da economia global." Só faria sentido se não tivéssemos celular, e-mail ou redes sociais. Contudo, como a e-Social passará a valer a partir de 1º de janeiro de 2014, pelo que se viu e ouviu até agora, tanta novidade tecnológica terá mesmo de conviver com o cumprimento de uma legislação contemporânea à longínqua e já quase inimaginável Era Vargas. Fonte: O Estado de São Paulo (22/07/2013). Fonte: DCI – SP (22/07/2013). (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 4 MS Clipping Moore Stephens 22/07/2013 Moore Stephens Como sobreviver à demissão após os 50 anos Dois anos antes de demitir Toni Mason, a agência de talentos William Morris Endeavor a reposicionou internamente e contratou uma pessoa mais jovem para assumir seu antigo cargo por um salário menor (segundo supõe a própria Toni Mason). "Eles foram aos poucos me tornando mais e mais obsoleta", diz a agente de 66 anos. A companhia foi generosa com seu pacote indenizatório ao demiti-la em 2010, mas a fez prometer, por escrito, que não iria processar a companhia por discriminação em razão da idade. A experiência a deixou mais amarga. "Fiquei 25 anos na empresa. Eles poderiam, pelo menos, ter feito um bolo de despedida. Mas não, tive que sair no mesmo dia", lamenta. Para os trabalhadores mais velhos, esta crise econômica tem sido especialmente dura. Segundo a American Association of Retired Persons (AARP), até maio deste ano os trabalhadores desempregados com 55 anos ou mais estavam tendo de procurar uma nova colocação por 54,2 semanas. Isso é mais do que cinco vezes a média de dez semanas registrada antes do colapso dos mercados em 2008. Também é um período significativamente maior que as 35,9 semanas que os trabalhadores com menos de 55 anos precisam para encontrar um novo emprego. A discriminação por conta da idade é um dos grandes motivos que os trabalhadores mais velhos estão tendo para se reposicionar. Uma pesquisa recente da AARP mostra que 64% dos adultos com idades entre 45 e 74 anos já sofreram alguma forma de discriminação nesse sentido, e 20% disseram que foram preteridos na busca por uma nova oportunidade de trabalho justamente pela faixa etária. É extremamente difícil, no entanto, provar que você foi discriminado. "Cria-se uma situação do tipo 'é a sua palavra contra a minha'", diz Gene Burnard, editor do SeniorJobBank.org, um site especializado em busca de empregos para pessoas mais velhas. E o que é pior: quem decide levar o caso para a Justiça pode acabar em uma lista negra se possíveis empregadores descobrirem que eles já processaram patrões antes. Em vez de brigar contra a discriminação por idade, a maioria dos profissionais mais velhos não tem escolha a não ser tentar superar o problema. O primeiro obstáculo é conseguir uma entrevista de emprego quando seu currículo indica que você já passou por muita coisa. Burnard recomenda incluir nele apenas os anos que você esteve nos empregos mais recentes, enfatizando suas habilidades ao invés do "tempo de estrada". "As pessoas não estão interessadas no que você já fez, mas no que ainda pode fazer por elas", explica. Sites de busca de emprego como o RetirementJobs.com e o de Burnard são úteis, mas o próprio especialista ressalta que eles têm atuação restrita. "Fazer networking pode render muito mais oportunidades de trabalho do que ficar navegando por sites de empregos", afirma. "As pessoas pensam que procurar uma colocação no mercado significa 5 MS News - Abril de 2012 entrar na internet, encontrar vagas abertas, dar alguns cliques, mandar o currículo e pronto. Mas não se trata disso", diz. Para Burnard, o networking deve ser, inclusive, mais fácil para os mais velhos, pois eles têm mais colegas, família e amigos que os trabalhadores mais jovens. Mas, mesmo que seus contatos o levem a uma entrevista, o jovem que estará sentado do outro lado da mesa poderá ter preconceitos. O importante, nesse caso, é você fazer ele perceber sua idade como um ativo. Arlene Handmaker, que se descreve como "na casa mais alta dos 60", tem mais de 30 anos de experiência no setor de cuidados com a saúde em Pittsburgh, sete dos quais atuou como representante de vendas em domicílio. "Eu tinha uma taxa de conversão de visitas em contratos de 98% e o fato de ser mais velha me ajudava. Tínhamos uma jovem na casa dos 20 anos que também trabalhava lá, mas muitas famílias me procuravam e diziam: 'Você pode vir nos atender? Ela simplesmente não nos entende", conta. Os mais velhos precisam andar na corda bamba ao venderem sua experiência sem que pareçam mais espertos que o futuro chefe. "Você não pode chegar para um gerente de recrutamento mais jovem como se fosse um sabichão", diz Tim Driver, fundador da RetirementJobs.com. "É preciso transmitir a mensagem de que, apesar de ter mais de 50 anos, você está pronto para aprender. Isso é muito difícil para muitas pessoas mais velhas e experientes." Certos setores são mais amigáveis aos mais seniores do que outros - especialmente o de varejo. "Uma tendência que estamos percebendo com os empregadores dessa área é que a taxa de satisfação de seus clientes é claramente maior quando eles interagem com uma pessoa mais velha no balcão", diz Driver. É preciso admitir, porém, que trabalhar com vendas no varejo, onde a remuneração é menor, não é o emprego dos sonhos para muitos trabalhadores experientes. O setor de serviços financeiros também tende a ser mais receptivo a esse público, pela mesma razão da indústria de cuidados com a saúde: se você planeja se aposentar, vai querer lidar com alguém que conhece o território. Mas mudar de setor com a idade avançada é difícil. Em 2005, quando estava com 50 e poucos anos, Fred Sanford trocou a divisão de hipotecas de um banco de Chicago pela área de planejamento financeiro no Merrill Lynch em Orlando, Flórida. Ele não havia conseguido construir um patrimônio suficiente com o trabalho anterior para sobreviver à crise. "Fui demitido em 2010, quando minha carteira de negócios não era boa o bastante para me render uma comissão decente", diz ele, hoje com 60 anos. Sanford foi abordado por outras instituições financeiras, mas elas reclamavam do fato de ele não ter uma base de clientes satisfatória. Ele pesquisou outras áreas como relações públicas e vendas, mas não se entusiasmou. Então, voltou-se para a música, que vinha praticando de (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 22/07/2013 Moore Stephens forma amadora desde os 30 anos. Hoje, Sanford toca músicas de Stevie Wonder e Billy Joel em pequenos bares. Sua esposa, uma professora que trabalha com crianças autistas, é agora a principal provedora da família. Na opinião de Toni Mason, os trabalhadores mais velhos enfrentam um dilema. São discriminados pela idade e por serem qualificados demais em suas próprias áreas, mas ao mesmo tempo não podem mudar porque falta experiência para fazer outra coisa. "As pessoas olham para o meu currículo e veem 25 anos de atuação na indústria da música", afirma. O diretor de comunicações corporativas da William Morris Endeavor, Christian Muirhead, procurado pela reportagem disse que a posição anterior de Mason foi eliminada e que não poderia fazer declarações sobre ex-funcionários. Superar a depressão pela perda de um emprego em que se trabalhou a maior parte da vida é sempre o maior obstáculo que os mais velhos enfrentam. Toni Mason afirma que manteve sua sanidade graças a sua coach de carreira Renee Rosenberg e ao grupo de networking Five O'Clock Club. Ela elogia especialmente as conferências telefônicas que o grupo realiza com as pessoas que estão procurando emprego, pois isso a fez perceber que não estava sozinha. "Não me sinto mais tão perdida", diz. "As pessoas que participam dessas ligações têm diferentes graus de qualificação. Algumas delas eram até mais jovens que eu", diz. Atualmente, Toni Mason trabalha de forma independente para uma agência de caçadores de talentos e ganha cerca de metade do salário que tinha na William Morris Endeavor. Ela diz que não tem condições financeiras para se aposentar, mas também não quer isso. "Ainda tenho saúde. Enquanto puder ganhar dinheiro e não precisar recorrer às minhas poupanças, definitivamente continuarei fazendo isso." Fonte: Valor Econômico (22/07/2013). CONTABILIDADE / AUDITORIA MS News - Abril de 2012 ações negociadas em bolsa de valores) e as que são denominadas de grande porte (com faturamento superior a R$ 300 milhões ao ano ou que tenham ativos totais superiores a R$ 240 milhões). No entanto, cada vez mais empresas, mesmo as não obrigadas a isso, por toda a dinâmica atual dos negócios e suas exigências, vêm voluntariamente submetendo suas demonstrações contábeis ao exame de auditores independentes, dentro do processo de boa governança, voltada a acionistas, colaboradores, investidores e sociedade em geral. Contratar uma empresa de auditoria independente, para além da emissão do Relatório formal de auditoria, pode contribuir para revelar aos Administradores os pontos fortes e fracos, em áreas específicas da empresa, contribuindo ainda para demonstrar a existência de riscos nas atividades financeiras e operacionais que de outra forma não seriam evidenciados. De modo que, se utilizando de métodos de trabalhos específicos, a firma de auditoria contribui, lateralmente, mas de forma significativa, para a introdução de aprimoramentos na gestão financeira e administrativa da empresa auditada. Sobre o Relatório de Auditoria em si, como definido nas normas brasileiras de auditoria, opina sobre a fidedignidade das demonstrações contábeis apresentadas, no que se refere à sua adesão às praticas contábeis geralmente aceitas e que devem ser utilizadas em sua preparação. Além desse Relatório, um outro, conhecido como Relatório de Recomendações também é geralmente apresentado, contendo sugestões dos auditores, se for o caso, para a introdução de melhorias no que se refere a controles e registros da empresa, entre outros assuntos relevantes, visando subsidiar o processo de tomada de decisões por parte dos gestores da empresa. Os Relatórios de Auditoria constituem-se em poderosa ferramenta, trazendo informação relevante e benefícios a todos os interessados na empresa, inclusive seus administradores, e suas demonstrações contábeis. A Auditoria e a Importância do Relatório de Auditoria Fonte: Blog da Moore Stephens (22/07/2013). O nível de integração econômica dos negócios, de participação de investidores externos e o aumento da complexidade das transações financeiras geram a necessidade de as empresas buscarem meios para assegurar a fidelidade de suas demonstrações contábeis, para efeito de apresentação externa e interna, enfim para todos os stakeholders. Elemento importante desse processo de governança corporativa é a auditoria efetuada por empresas independentes nessas demonstrações contábeis. A legislação brasileira determina que alguns ramos de atividade sejam obrigatoriamente auditados periodicamente por empresas de auditoria independente. Podemos citar como exemplo as instituições que atuam no mercado financeiro, as empresas de capital aberto (com Manobra contábil fere a reputação da Petrobras Em um cenário de estagnação econômica e desconfiança dos investidores quanto à retomada do crescimento, o governo brasileiro vem se esmerando na técnica da “contabilidade criativa” para fechar suas contas. Em 2012, a meta de superávit primário só foi alcançada porque as autoridades abateram da meta fiscal R$ 39,3 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de antecipar o recebimento de dividendos de estatais e do BNDES e utilizar recursos do Fundo Soberano do Brasil (FSB) que deveriam servir para emergências em épocas de crise. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 6 MS Clipping Moore Stephens 22/07/2013 Moore Stephens Ao todo, foram mais de R$ 40 bilhões só em artifícios contábeis. A mesma estratégia vem sendo adotada pela Petrobras, que promoveu alterações na forma de contabilizar sua dívida exposta à variação cambial para melhorar o resultado do segundo trimestre deste ano. A estatal tirou do balanço deste período os efeitos da variação do dólar, o que deve representar um ganho de R$ 7 bilhões, além de reduzir sua exposição ao câmbio em cerca de R$ 70 bilhões e aumentar a distribuição de dividendos aos acionistas, dos quais o principal é a União. A contabilidade criativa compromete a reputação da Petrobras e afasta ainda mais os investidores, sobretudo em um ambiente de incertezas cada vez maiores sobre o desempenho da economia brasileira. Como se não bastasse tamanha irresponsabilidade, tal artifício desmoraliza as instituições da República e causa uma crise de confiança, além de representar um autoengano do governo que, na verdade, leva ao engano generalizado e prejudica toda a população brasileira. A dilapidação da Petrobras se acentuou a partir da gestão temerária de seu ex-presidente, o petista José Sérgio Gabrielli, que contou com o apoio do governo Lula para transformar a empresa em um reduto dos interesses políticos mais rasteiros. A companhia perdeu 40% do valor de mercado entre 2010 e 2013, caindo da segunda para a quarta posição na lista das maiores empresas de gás e petróleo das Américas. O lucro líquido da Petrobras em 2012 caiu 36% em relação ao ano anterior, o pior resultado desde 2004. Na Bolsa de Valores, a estatal perdeu US$ 32 bilhões em valor de mercado. O malabarismo fiscal, cujo mentor seria o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, também foi adotado em outras áreas do governo, como na transferência para instituições financeiras estatais de bilhões arrecadados no lançamento de títulos do Tesouro, que retornam na forma de pagamentos de "dividendos" para maquiar o superávit primário. No ano passado, o BNDES teve um lucro de R$ 8,1 bilhões e remeteu R$ 12,9 bilhões em dividendos. O mesmo aconteceu com a Caixa Econômica Federal, com R$ 6,4 bilhões lucrados para dividendos de R$ 7,7 bilhões. Mas o preço pago pelas instituições é elevado: segundo o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas, o BNDES perdeu 38% de seu patrimônio entre março de 2011 e março de 2012. Acostumado à falácia da propaganda, que nos últimos dez anos vendeu uma realidade fantasiosa da economia brasileira, o governo distorce dados fiscais para sustentar seu castelo de areia. Se o PT não se preocupa mais com a própria reputação, que ao menos tenha dignidade para preservar a credibilidade das estatais e do país. Fonte: Brasil Econômico (19/07/2013). 7 MS News - Abril de 2012 OUTROS ASSUNTOS Balanços darão rumo à Bovespa Depois de registrar a melhor semana do ano, com ganho de 4,1%, os investidores se perguntam se a Bovespa dará continuidade à trajetória de recuperação nos próximos pregões. "Tudo vai depender de como virão os balanços do segundo trimestre", aponta o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi. "O Ibovespa está entre os índices acionários com pior desempenho no mundo, acumulando perda de mais de 20% em 2013." Nesta segunda-feira, a temporada de resultados ganha ritmo com a divulgação, logo cedo, dos números do Bradesco. Os papéis do banco foram alvo de especulação nos últimos dias, por conta de supostas perdas que sua tesouraria teria amargado na marcação a mercados dos títulos após os fortes ajustes nas taxas de juros e no câmbio. "É preciso observar também se os bancos não vão trazer provisões para eventuais perdas com o grupo "X"", alerta Galdi. Além do Bradesco, Itaú e BTG Pactual possuem exposição às empresas de Eike Batista, entre outros bancos. Analistas ouvidos pelo Valor esperam que o Bradesco apresente lucro na casa dos R$ 3 bilhões no segundo trimestre, resultado 5% maior que o do mesmo período do ano passado. Na sexta-feira, a ação preferencial (PN) do Bradesco recuou 1,59%, para R$ 27,77, enquanto a ordinária (ON) perdeu 2,54%, para R$ 31,05. Ambas ficaram entre as maiores baixas do setor financeiro. Em relatório a clientes, o Credit Suisse chamou atenção para o desconto de 13% da ação PN do Bradesco em relação à ON, considerado exagerado. Historicamente, a PN sempre negociou com prêmio em relação à ON, da ordem de 19%. A inversão das posições aconteceu a partir da inclusão do papel ON na carteira teórica do índice MSCI, em novembro do ano passado, e ganhou força com a entrada do ativo na carteira do Ibovespa, em maio. O Credit Suisse lembra que a ação PN ainda possui liquidez maior que a ON e paga dividendos 10% superiores. Tal desconto de 13% hoje se justificaria apenas na hipótese de venda do banco - considerada remota -, já que o tag along da ON é de 100%, enquanto o da PN é de 80%. Por isso, os analistas do banco recomendam ficar "long" (comprado) na PN em relação à ON. Na sexta-feira, o Ibovespa terminou em baixa de 0,54%, aos 47.400 pontos, com volume de R$ 4,367 bilhões. Entre as ações de maior peso no índice, Vale PNA recuou (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 22/07/2013 Moore Stephens 1,02%, para R$ 27,93; Petrobras PN perdeu 1,36%, a R$ 15,88. Já as ações OGX, sempre voláteis, ficaram de lado, cotadas a R$ 0,50. Um dos assuntos mais comentados nas mesas de operação na sexta-feira foi o artigo de Eike Batista, publicado pelo Valor. Foi a primeira vez que o empresário se pronunciou publicamente sobre a crise das empresas "X". As opiniões de operadores, analistas e investidores sobre o artigo variaram entre o ceticismo e a ironia. O fato é que quase ninguém se comoveu com as palavras de Eike. "Ninguém perdeu tanto quanto eu, e é justo que assim seja. Eu investi em um negócio de risco. É injusto e inaceitável, por outro lado, ouvir que induzi deliberadamente alguém a acreditar num sonho ou numa fantasia", argumentou Eike, ao lembrar que a OGX está no centro da crise de credibilidade que atingiu todo o grupo "X". Fonte: Valor Econômico (22/07/2013). Desoneração da folha não impede alta de importação A desoneração da folha de pagamentos - medida que reduz o custo da mão de obra - e a alíquota adicional de imposto na importação não atingiram pelo menos um dos objetivos: a entrada de produtos estrangeiros cresceu, mesmo com os incentivos. Apesar da política de estímulo à competitividade da indústria nacional, a compra externa de mercadorias produzidas pelos setores beneficiados ganhou mais peso nas importações totais do país. O desembarque de itens beneficiados nos ramos de couro e calçados, confecções, têxtil, móveis, plástico, materiais elétricos, bens de capital e transporte (autopeças, ônibus e naval) subiu, em média, 6% nos últimos 11 meses quando a desoneração da folha já estava em vigor - em relação a igual período anterior. Apesar dessa e de outras medidas, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a entrada de bens estrangeiros dos setores beneficiados avançou mais do que a média nacional. Considerando tudo que o país importou de agosto do ano passado a junho de 2013, as compras internacionais subiram 0,2% na comparação com o mesmo período anterior. Ao decidir incluir um segmento na lista de desoneração da folha, o governo escolhe detalhadamente os itens que, quando produzidos no país, têm direito à redução no pagamento de contribuição previdenciária - um dos maiores custos da indústria. A descrição dessas mercadorias é bem específica. Se um produto com essas mesmas características entrar no Brasil, haverá uma cobrança adicional de Cofins, que pode variar de 1% a 2% a mais em relação à alíquota normal. MS News - Abril de 2012 Junto com a medida para reduzir os gastos dos setores com mão de obra, foi criada, então, mais uma "barreira" à importação. A ideia é aumentar a competitividade das empresas brasileiras, diante da forte entrada de produtos estrangeiros. Levantamento feito pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, mostrou que, nos últimos 11 meses, os desembarques de itens beneficiados nos setores têxtil, couro e calçados, confecções, móveis, plástico, materiais elétricos, bens de capital e transporte somaram US$ 60,4 bilhões, o que representa 28,4% do total importado no período (US$ 212,4 bilhões). No período anterior - agosto de 2011 a junho de 2012 -, a compra externa dessas mercadorias foi de US$ 57 bilhões, ou seja, 26,9% dos US$ 211,9 bilhões importados pelo país. "A desoneração da folha de pagamento levou a uma desaceleração na entrada desses produtos, mas, de fato, esse movimento foi menor que o verificado na importação total", disse uma fonte do governo. Para analistas e para representantes dos setores, a medida é importante, mas não suficiente para aumentar a competitividade da indústria. Outros fatores influenciam, como o câmbio. O real deveria estar ainda mais desvalorizado, segundo empresários. Uma reforma tributária mais ampla é defendida por eles. "As desonerações da folha estão custando caro, sem gerar o efeito esperado", disse Felipe Salto, economista da Tendências Consultoria, relacionando a medida ao aperto fiscal deste ano. Apenas com esse estímulo haverá renúncia fiscal de R$ 16 bilhões em 2013, prevê o Ministério da Fazenda. Para 2014, essa estimativa é de R$ 24,7 bilhões. As empresas beneficiadas deixam de pagar contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos e, em troca, desembolsam um percentual sobre o faturamento. "Essa substituição foi pior do ponto de vista fiscal. É um imposto de pior qualidade e desestimula a atividade ao tributar o faturamento", diz Salto. Segundo o economista, a forma escolhida pelo governo para desonerar a folha beneficia as atividades intensivas em mão de obra, mas não aumenta a competitividade de outros ramos. "Alguns setores se beneficiam e outros não", completou. Procurado, o Ministério da Fazenda não quis comentar os dados. Informou apenas que realiza estudos sobre os efeitos da desoneração - ainda não finalizados - e que serão apresentados à comissão formada por representantes do governo, empresas e trabalhadores para acompanhar e avaliar a medida. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) não respondeu até o fechamento da edição. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 8 MS Clipping Moore Stephens 22/07/2013 Moore Stephens O levantamento foi feito apenas com os produtos listados na lei de desoneração da folha de pagamentos. Cada um tem uma Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), uma espécie de código de barras. Isso possibilita saber o desempenho das importações e das exportações apenas dos itens beneficiados pela medida, e não do setor como um todo. Fonte: Valor Econômico (22/07/2013). Rede pretende impulsionar exportações de pequenas Rede na internet pode estimular globalização de empresas de menor porte. Segundo o ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, sua gestão aprovou a criação de um portal para articular mais de 7 milhões de CNPJs. Será o primeiro passo para uma organização para a comercialização com empresas externas. Durante participação na última sexta-feira em almoço promovido pela Câmara Portuguesa, o ministro, que também exerce o cargo de vice- governador de São Paulo, explicou que as empresas serão organizadas no portal Empresa Simples por faturamento em linguagem taxinômica (padronizada) e assim poderão se conhecer. O site, que tem previsão para ser lançado daqui a cerca de um ano, deve ajudar as empresas que querem exportar, pois funcionará como um catálogo das companhias nacionais. Além do portal, o ministro também lançou em primeira mão algumas diretrizes básicas do seu ministério que tem a ver principalmente com a grande burocracia do País, que segundo ele é " a praga que mais perturba os pequenos". A primeira delas é a "janela única" para a abertura e fechamento das empresas, e que irá fazer as juntas comerciais como única porta de diálogo dos empresários e poder público. Dentro desta ideia de diminuição da burocracia, Afif também anunciou que irá criar um CNPJ único nacional. Carga Tributária Segundo o ministro, apesar do sistema tributário Simples ter facilitado a tributação para as empresas de menor porte, o sistema ainda precisa de ajustes. "O nosso primeiro passo é simplificar o simples. A questão mais reclamada é a adesão de outros setores, principalmente de serviços, e eu advogo a ideia de que o tratamento do Simples tem que ser pelo porte da empresa e não pelo ramo em que ela está, portanto, este é um ponto fundamental que atinge não só a parte fiscal e tributária, mas também a parte burocrática das empresas", disse Afif. MS News - Abril de 2012 fazer parte do sistema, que atualmente está em uma receita bruta de até R$ 3,6 milhões por ano. "A questão das empresas que ultrapassam o faturamento do Simples é um dos pontos em que estamos debruçados, os dados estatísticos ainda apontam que são poucas que estão neste caso, a gente sabe que o empresário não deixa chegar lá e já cria outra empresa para evitar o crescimento, estamos estudando se podermos ter uma tolerância maior para o tempo em que ela pode entrar ou sair sem ser punida", explicou. Ele ainda indicou que a regra do sistema permite que as empresas que exportam podem dobrar o valor máximo e portanto é uma forma de expandir sem sair do Simples. Afif chamou a atenção, durante entrevista aos jornalistas ao final do evento da Câmara, para um fato que ele considerou importante, "um dos pontos que mais tem preocupado o micro e pequeno empresário é a substituição tributária, a substituição tributária fez com que os governos estaduais fossem na indústria antecipar a arrecadação com a alíquota cheia, e desrespeitaram a alíquota da micro e da pequena empresa tirando seu poder de competitividade com os grandes, esse é um ponto que nós vamos ter que mexer e mexer pesado. Vai criar uma grande grita mas nós vamos enfrentar", disse. Ao ser questionado sobre a diretriz do governo de parar com as desonerações, Afif respondeu que "nós estamos tratando de um universo de micro e pequenas empresas, as desonerações que foram feitas sempre foram para as empresas de grande porte, e agora nós queremos gerar emprego, gerar desenvolvimento e tirar carga das costas dos pequenos. Agora chegou a vez dos pequenos com o ministério da micro e pequena empresa", completou. Crédito e Juros Sobre os recentes aumentos da taxa básica de juros (Selic) feita pelo Banco Central o vice-governador disse acreditar que isso não deve influenciar as taxas para as pequenas e micro empresas. "Na verdade não houve um aumento de taxa de juros, houve uma correção da inflação, teve um aumento para retirar, quando a inflação mostrar um decréscimo, como está acontecendo agora deve voltar a um patamar mais baixo", disse. A principal dificuldade em relação ao crédito para as micro e pequenas são as garantias. "Este é um dos pontos que nós vamos abordar, principalmente em relação aos fundos de aval, porque um dos grandes problemas é que aqui só se dá prata quem tem ouro e os fundos de aval funcionam, a grande dificuldade de acesso ao crédito da MPE é a garantia", completou Afif. Fonte: DCI – SP (22/07/2013). Outra questão colocada por ele que deve ser revista é o limite de faturamento que uma empresa deve ter para 9 (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 22/07/2013 Moore Stephens China testa limite do commodities atual 'superciclo' das A fase de alta do "superciclo" das commodities pode ter chegado ao fim para os mercados agrícolas. Com a desaceleração da economia chinesa e a esperada recuperação da oferta mundial, cada vez mais analistas se arriscam a dizer que a escalada iniciada na última década - e que impulsionou economias como a do Brasil - está ficando para trás. De modo geral, as commodities estão caindo desde abril de 2011. No fim de junho, o índice Dow Jones-UBS (que monitora uma cesta de metais, combustíveis fósseis e produtos agrícolas no mercado futuro) atingiu a menor pontuação em três anos. A exceção eram os grãos, que há menos de um ano atingiram as maiores cotações da história depois que a pior seca em 50 anos devastou a produção de milho e soja dos EUA. No entanto, estão agora em forte baixa diante da expectativa de uma supersafra mundial. Nos últimos 12 meses, o preço do milho caiu 36%, o do trigo, 28% e o da soja, 22% na bolsa de Chicago. As agrícolas de origem tropical (as chamadas "soft commodities") estão em tendência de baixa há mais de dois anos. Pressionado por grandes excedentes, o açúcar negociado na bolsa de Nova York caiu quase 30% no último ano, para o menor patamar desde julho de 2010, enquanto o café recuou 35%, aos níveis de setembro de 2009. O que economistas se perguntam é se o movimento atual é apenas uma flutuação típica de um mercado em constante desequilíbrio ou o início da fase de baixa do superciclo - ou seja, de uma longa trajetória de queda nos preços das commodities, como a observada ao longo dos anos 1980 e 1990. Os superciclos das commodities podem ser compreendidos como longas flutuações de preço, ciclos que duram de 30 a 40 anos, divididos em uma fase de alta e outra de queda nas cotações. Em um estudo publicado em 2012, os economistas José Antonio Ocampo e Bilge Erten, da Universidade de Columbia, demonstraram a existência de quatro superciclos desde o último quarto do século 20. No caso dos produtos agrícolas, os três primeiros aconteceram entre 1894-1932, 1932-1971 e 1971-1999. Para todas as commodities, 1999 marca o início do quarto superciclo, com uma alta de preço sem precedente na história capitalista, segundo a consultoria Mckinsey, suficiente para mais do que anular a queda acumulada em todo o século passado. Num intervalo de dez anos, as cotações do petróleo e de metais como o cobre praticamente quintuplicaram, enquanto produtos como milho, soja, trigo e açúcar ficaram até três vezes mais caros. MS News - Abril de 2012 "Penso que ainda estamos na fase de alta do ciclo, mas provavelmente no fim dela", afirma José Antonio Ocampo, em entrevista ao Valor. "A velocidade do crescimento global é o principal determinante dos ciclos. Se o crescimento for mais fraco, e acho que será, então isso pode levar ao fim da alta". Ocampo observa que a fase de elevação dos preços nunca durou mais do que duas décadas nos superciclos anteriores - no caso específico das agrícolas, foram 23 anos de alta no primeiro ciclo (de 1894 até 1917), 19 anos no segundo (de 1932 a 1951) e apenas dois anos no terceiro (1971 a 1973). Desde o início do quarto ciclo, já se passaram 14 anos. Para Ocampo, a sobrevida do ciclo atual depende de como a economia chinesa vai se comportar daqui para frente. "Esse é um fator crítico. O rápido processo de urbanização e aumento da renda na China foi determinante para a alta das commodities, mas o país cresce há duas décadas é há consenso de que está desacelerando", afirma. Segundo diferentes previsões, a China não deve crescer mais do que 7,5% neste ano e pode oscilar entre 6% e 7% até o fim da década - passo cada vez mais distante dos 14,2% registrados em 2007. "Em poucos anos, veremos a China crescer abaixo de 5%", arrisca Pedro Dejneka, analista de commodities agrícolas da PHDerivativos, em Chicago. Para Dejneka, a demanda chinesa por grãos vai continuar forte, mas vai crescer em ritmo mais lento nos próximos anos. "O choque de demanda criado pela rápida ascensão da China - um país sobre o qual quase ninguém falava até os anos 1990 - passou". Outros choques de demanda, como os criados pela Lei dos Combustíveis Renováveis dos Estados Unidos (2007), também já foram absorvidos. Em poucos anos, vale lembrar, o uso de milho para a produção de etanol saltou de praticamente zero para mais de 100 milhões de toneladas. Contudo, essa demanda começa a se estabilizar, uma vez que o aumento do uso de etanol deverá, por lei, se apoiar em outras fontes nos próximos anos. Por essas razões, os preços das matérias-primas tendem a se acomodar em patamares mais baixos daqui para frente. Para o Banco Mundial, os preços nominais em dólar de produtos como soja, milho, trigo, óleo de palma, carne bovina e de frango, além de cobre e petróleo, devem encerrar a década em patamares médios ligeiramente inferiores aos de 2013. Para o consultor de commodities Shawn Hackett, da Hackett Advisors, da Flórida, os preços dos grãos devem "ter um alívio e permanecer bem abaixo de onde estiveram por alguns anos". "Carnes e lácteos são itens alimentícios caros. À medida que a China continue a desacelerar, a demanda por esses produtos mais caros também vai ceder e, naturalmente, o consumo de grãos para (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 10 MS Clipping Moore Stephens 22/07/2013 Moore Stephens fabricação de ração". Hackett afirma, porém, que os preços dos grãos podem ter uma escalada final entre 2017 e 2018, em virtude de eventuais problemas climáticos combinados com uma recuperação da economia chinesa, antes de finalmente entrar em sua fase de queda no ciclo. MS News - Abril de 2012 Contudo, há quem seja cético em relação ao fim da fase de alta do último superciclo. Michael Haigh, chefe global de commodities do Societe Generale, é um deles. Ele lembra que superciclos são processos que podem durar décadas e refletem processos de mudança estrutural na economia - como foi com a ascensão econômica dos EUA no início do século 20, a reconstrução da Europa após a 2ª Guerra e a emergência do Japão entre os anos 1960 e 1970. "O último superciclo decorreu de processos de urbanização, crescimento populacional e da classe média nos países emergentes. A menos que você acredite que essas três coisas serão colocadas em espera, não pode achar que o superciclo acabou". Para o economista, episódios como a quebra do Lehman Brothers, a ameaça de colapso do euro e o "abismo fiscal" americano provocam fortes oscilações nos preços das commodities, mas não mudam a tendência de longo prazo. "Seria como dizer que não há mais incentivos à expansão da fronteira agrícola e aos investimentos em infraestrutura no Brasil, o que não me parece o caso". De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), lembra o economista, cerca de 3 bilhões de pessoas vão ascender às classes médias de consumo até 2030 em todo o mundo, sobretudo na Ásia e no Pacífico, totalizando 4,9 bilhões. Em 2009, segundo o mesmo estudo, esse número era inferior a 2 bilhões de pessoas. "Quando você olha para os aspectos demográficos, não dá para falar em reversão", afirma Haigh. Para ele, o recuou recente das commodities reflete o que ele chama "ciclos de negócios", flutuações mais curtas dentro dos superciclos. "No primeiro superciclo, houve 11 ciclos de negócios, com enorme variação de preços dentro deles". Apenas no superciclo atual, foram dois ciclos de negócios (estouro da bolha imobiliária dos EUA, em 2008, e a crise da zona do euro, em 2011). "Ainda assim, os preços das commodities seguem resilientes, em níveis muito elevados em relação aos períodos de depressão. Quando terminaram os superciclos anteriores, como em 1914 e 1973, o impacto foi muito maior". Fonte: Valor Econômico (22/07/2013). **************************************************** 11 (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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