Efeitos do exercício de alto impacto em ossos osteopênicos
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Efeitos do exercício de alto impacto em ossos osteopênicos
RESUMO OKUBO, R. Efeitos do exercício de alto impacto em ossos osteopênicos: estudo experimental em ratas ovariectomizadas. 2013. 104 f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. Effects of high-impact exercise in osteopenics bones: experimental study in ovariectomized rats. Aluno: Rodrigo Okubo Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Shimano Tese 27/02/2013 A osteoporose é uma condição de perda da microarquitetura óssea normal, levando a diminuição da densidade óssea e fragilidade do osso. O tratamento desta condição visa reduzir o risco de fraturas futuras e deve ser adaptado para o paciente individualmente. A ênfase deve ser no reconhecimento precoce e tratamento dos pacientes com alto risco de fraturas. Há alguma evidência de que exercícios de alto impacto sejam particularmente benéficos para aumentar a massa óssea. Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar ratas ovariectomizadas submetidas a um programa de treinamento físico de alto impacto, prévio e após a instalação da osteopenia. Para tal, oitenta ratas Wistar de 10 semanas de idade, foram divididas em programas de prevenção (p) e de tratamento (t) e, subdivididas nos oito grupos seguintes (n = 10): (prevenção) Sham sedentário (Sp), Ovariectomizado sedentário (Op), Sham Treinado (STp), e Ovariectomizado Treinado (OTp); (tratamento) Sham sedentário (St), ovariectomizado sedentário (Ot), Sham treinado (STt), e Ovariectomizado Treinado (OTt). Um período de exercício de 12 semanas foi introduzido, em que os ratos dos grupos treinados saltavam 20 vezes/dia, 5 dias/semana, da altura de 40 cm. Ao final do período experimental, foram realizadas as seguintes análises: dosagem de hormônio folículo estimulante (FSH) e de marcadores ósseos: osteocalcina, OPG e RANK-L, densitometria por absorciometria de raios X de dupla energia (DXA), histomorfometria óssea e testes biomecânicos. Testes estatísticos específicos foram realizados, utilizandose nível de significância de 5%. Os grupos de prevenção e tratamento mostraram resultados semelhantes. Os grupos ovariectomizados apresentaram valores mais elevados de FSH (p <0,05) e massa corpórea (p <0,05). O treinamento de salto aumentou significativamente a densidade mineral óssea (DMO) do fêmur e da vértebra L5 (p <0,05). Força máxima e rigidez dos ossos fêmur e vértebra L5 nos grupos exercitados foram maiores do que nos grupos sedentários (p <0,05). Dosagens de osteocalcina também apresentaram valores mais elevados nos grupos treinados (p <0,05). Animais ovariectomizados apresentaram menores valores de RANK-L e maiores de OPG. Parâmetros histomorfométricos BV/TV, Tb.Th, Tb.N, OV.BV, OS.BS, Ob.S/BS, O.Th, N.Ob/B.Pm foram maiores nos grupos treinados, além disso os parâmetros que indicam reabsorção (Tb.Sp e N.Oc/B.Pm, ES/BS, Oc.S/BS) foram menores nestes grupos (p <0,05). Os resultados sugerem que o treinamento de salto pode ter benefícios potenciais para tratar e prevenir a osteopenia ocasionada pela ovariectomia. Palavras-chave: Osteopenia, Ovariectomia, Terapia por exercício, Medicina de reabilitação.