tratamento
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Prof. Diogo Mayer Fernandes Clínica Cirúrgica Medicina Veterinária - Anhanguera • SÃO AFECÇÕES QUE ACOMETEM COMUMENTE OS CÃES E GATOS • ALTOS ÍNDICES DE TRAUMAS E ALGUMAS DOENÇAS • COMPROMETIMENTO DA CIRCULAÇÃO ÓSSEA, PERDA TECIDUAL E PERDA DA FUNÇÃO • DOR, ATROFIA MUSCULAR E DESUSO • IATROGÊNICA • MÚSCULOS, ESQUELETO, TENDÕES E LIGAMENTOS • INTEGRIDADE DAS ESTRUTURAS • DESLIZAMENTO DAS FIBRAS DE ACTINA E MIOSINA, ENTRADA DE CÁLCIO • CÁLCIO É EXTRAÍDO DA MATRIZ ÓSSEA SITUADA NAS ESTRUTURAS ÓSSEAS, ATRAVÉS DO EQUILÍBRIO HORMONAL DA PARATIREÓIDE, PARATOHORMÔNIO X CALCITONINA (TIREÓIDE) DEFINIÇÃO - É uma solução de continuidade completa ou incompleta, em estruturas ósseas ou cartilagens provocadas por um agente físico ou patológico - Foco da fratura é o conjunto de tecidos lesados em consequência da fratura, nervos, tendões, vasos, músculos e ligamentos FISIOPATOLOGIA -Trauma, Como ocorre? - Secundário à manifestações sistêmicas (neoplasias ósseas, osteomielites, hiperparatireoidismo...) - Membros torácicos, membros pélvicos, crânio, mandíbula, maxila e coluna vertebral SINAIS CLÍNICOS: FRATURA DE MEMBROS - Desvios anatômicos - Inchaço, claudicação, creptação, dor - Relutância em andar - Escoriações, sangramentos e secreções ATENDIMENTO AO ANIMAL POLITRAUMATIZADO - Primeiro: Esqueça a fratura! - Exame clínico geral - Controle da dor - Avaliação ortopédica - Imobilização - Radiografia BANDAGEM DE ROBERT JONES POR QUÊ REALIZAR A IMOBILIZAÇÃO? - Evitar lesões adjacentes - Redução do edema - Evitar fratura exposta - Facilitar o manuseio durante raio-x - Conforto ao paciente DIAGNÓSTICO - Radiográfico - Posições: Cr/Ca + L/L ou Dorso-Palmar/ Dorso-Plantar CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS - PROXIMAIS, DISTAIS OU DIAFISÁRIAS - EPIFISÁRIAS (SALTER e HARRIS) - ARTICULAR, METAFISÁRIAS OU EPIFISÁRIAS - DIAFISÁRIAS SÃO CLASSIFICADAS DE ACORDO COM A DIREÇÃO DA LINHA DE FRATURA - COMPLETA OU INCOMPLETA - AVULSÃO - FECHADA OU ABERTA (EXPOSTA) AVULSÃO IMPACTAÇÃO TRATAMENTO Tração Compressão Cizalhamento Rotação Flexão - Cirurgia x Imobilização - Alinhamento ósseo ou desvio parcial do eixo anatômico - Coaptação externa: Talas Gesso Hemigesso Aparelho de Thomas Fixadores esqueléticos - Coaptação interna Placas compressivas Parafusos Pinos intramedulares Hastes Bloqueadas Suturas Ósseas CARACTERÍSTICAS DOS IMPLANTES E IMOBILIZAÇÕES PLACAS Neutralizam todas as forças, porém podem lesionar o canal medular e comprometer a vascularização óssea PARAFUSOS Ótimos estabilizadores, utilizados para fixação das placas, possuem vários tamanhos e características, são bem aplicados em fraturas articulares e em pequenos fragmentos PINOS INTRAMEDULARES São implantes de fácil aplicação, custo baixo, porém não neutralizam as forças de rotação e cizalhamento HASTES BLOQUEADAS Ao contrário dos pinos intramedulares, neutralizam todas as forças, porém necessitam de materiais específicos para sua aplicação com um maior custo SUTURAS ÓSSEAS Fios de aço, cerclagem, hemicerclagem, braçadeira de náilon, fios de náilon, são ótimos quando aplicado com outras técnicas para neutralizar forças FIXADORES ESQUELÉTICOS EXTERNO Fácil aplicação, custo baixo, porém fica em contato com o meio exterior, cuidado com osteomielite!!! TALAS Ótima aplicabilidade, permite trocas frequentes. Pode promover instabilidade entre as trocas GESSOS Ótimo custo benefício, não permite trocas, cuidado com lesões secundárias e iatrogênicas HEMIGESSOS Ótima aplicabilidade, permite trocas frequentes QUAL DEVO UTILIZAR??? IMOBILIZAÇÃO TEMPORÁRIA X TERAPÊUTICA Como realizar... ANESTESIA TRAÇÃO FLEXÃO IMOBILIZAÇÃO CONFIRMAÇÃO RAIO-X ACOMPANHAMENTO SEMANAL RETIRADA DO IMPLANTE COM TOTAL CICATRIZAÇÃO ÓSSEA ACOMPANHAMENTO RADIOGRÁFICO 30, 60 E 90 DIAS NÃO UNIÃO, UNIÃO RETARDADA E MÁ UNIÃO RÁDIO E ULNA DE RAÇAS TOYS CARACTERÍSTICA ÓSSEA, FISIOPATOLOGIA TRATAMENTO FISIOPATOLOGIA - Atropelamentos e brigas, patológica (osteomielite, neoplasias ósseas) - Fratura completa em ramo lateral (proximal, distal ou em terço médio ou sínfise - Desarticulação ATM - Levam à exposição óssea comumente - Tratamento emergencial SINAIS CLÍNICOS - Desalinhamento ósseo - Relutância em fechar a cavidade oral - Sialorréia - Dor - Anorexia - Desidratação DIAGNÓSTICO - Clínico e Radiográfico - Ventro-medial/latero-dorsal TRATAMENTO - Antibioticoterapia e controle da dor, terapia de suporte - Alinhamento ósseo: focinheira esparadrapada ou focinheira de náilon (não utilizar focinheiras comuns) - Fratura de sínfise mandibular: sutura óssea com cerclagem ou fio de náilon em 8 -Fratura de ramo mandibular lateral: estabilização com placa óssea, fixador esquelética, polímero de resina, suturas ósseas - Mandibulectomia - IMPORTANTE: Alimentação pastosa 30 dias FISIOPATOLOGIA - Acometimento grave - Pode envolver qualquer segmento da coluna vertebral - Compressão da medula espinal com déficits neurológicos SINAIS CLÍNICOS - Trauma agudo - Paresia ou paralisia de membros - Dor, sensibilidade ao toque, distúrbios urinário e intestinais - Arqueamento da coluna - Relutância em movimentar a coluna cervical - Vocalização DIAGNÓSTICO - Radiográfico - Posicionamento TRATAMENTO - Repouso absoluto - Corticóide (hidrocortisona, prednisona, dexametasona, metilprednisolona) - Manitol (descompressão medular) - Analgésicos (morfina, tramadol, butorfanol, meperidina) - Adesivos de fentanil (local) - Estabilização com implantes (placas, pinos, parafusos..) -Acupuntura e Fisioterapia - Laxantes - Colares Cervicais - Sondagem uretral - Uso de fraldas FISIOPATOLOGIA: -Origem Bacteriana - Pode acometer qualquer estrutura óssea - Mais comum monomicrobianas Streptococcus intermedius e S. aureus - Pode ser polimicrobianas: Streptococcus spp., Proteus spp., E. coli, Klebsiella spp, Pseudomonas spp. e bactérias anaeróbicas (Clostridium spp., Actinomyces spp., Peptostreptococcus spp, Bacteroides spp e Fusobacterium spp.) - Odor fétido, sequestro de fragmentos ósseos e evidências de bactérias com morfologias diferentes em esfregados corados por Gram - Hematógena ou pós-trauma - “Fraturas expostas” - Extensão dos tecidos lesionados e alteração no suprimento sanguíneo, criação de um biofilme e instabilidade de reparo de fratura - Pode ser piorado com a presença de corpos estranhos na região (implantes, fios, sujidades) DIAGNÓSTICO - Baseia-se nos sinais clínicos, anamnese e achados radiográficos ACHADOS DE ANAMNESE - Cirurgias recentes - Exposição óssea - Ferimentos por mordedura SINAIS CLÍNICOS - Inflamação, dor, hiperemia, rubor, edema, hipertemia, depressão e anorexia - Hipertermia mais de 48 horas associada a neutrofilia com desvio à esquerda - Drenagem de secreção, fistulização, claudicação, atrofia muscular RADIOGRAFIA - Edema de tecidos moles - Pode não ocorrer alteração radiográficas aguda -Silhueta periosteal com deposição de tecido ósseo novo em padrão lamelar com orientação perpendicular ao eixo longitudinal do osso - Perda da densidade óssea de aspecto trabeculado (lise óssea) ACHADOS LABORATORIAIS - Neutrofilia com desvio à esquerda com aumento eritrocitário DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - Culturas antimicrobianas devem ser coletados do tecido ósseo para realizar a diferenciação TRATAMENTO - Antibioticoterapia - Cultura e antibiograma - Terapia prolongada por 30 dias - Utilizar antibióticos de largo espectro Amoxicilina + ácido clavulânico Cefalosporinas de última geração (convência, ceftiofur) Cefalexina com gentamicina Enrofloxacino Clindamicina -Tratamento cirúrgico: Lavagem, drenagem e desbridamento do tecido lesionado Enxertia óssea (osso esponjoso) Retirada de implantes (instabilidade ou sequestro ósseo) O QUE FAZER? 1. ANTIBIOTICOTERAPIA INTRAVENOSA E CONTROLE DA DOR 2. UTILIZAR TÉCNICAS DE ASSEPSIA CIRÚRGICA 3. TRICOTOMIA AMPLA 4. LAVAGEM DO TECIDO SOB PRESSÃO SOLUÇÃO ANTISSÉPTICA (DILUIÇÃO) 5. SUTURAR???? PONTOS DE ANCORAGEM 6. IMOBILIZAÇÃO E EXAMES COMPLEMENTARES R-X E HEMATOLOGIA, OUTROS