Plano de Ação Baixar Arquivo - APAE-BH
Transcrição
Plano de Ação Baixar Arquivo - APAE-BH
Missão Institucional Promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientação, prestação de serviços e apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e à construção de uma sociedade justa e solidária. PLANO DE AÇÃO 2015 1 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente Judith Maria de Magalhães Monteiro Vice-Presidente Sérgio Sampaio Bezerra 1ª Diretora Secretária Efigênia Anacleta Martins Pereira 2ª Diretora Secretária Myriam Bastos Martinho Vieira 1ª Diretor Financeiro Milton Gontijo Ferreira 2º Diretor Financeiro Heraldo Santos Dutra 1ª Diretora Social Lúcia Maria Bellico 2ª Diretora Social Zilda de Oliveira Lopes Diretora de Patrimônio Leda Maria de Mello Coimbra Autodefensores Ítalo Clever da Fonseca Braga Maria de Fátima Leite CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Dirceu Camilo Eduardo Luiz Barros Barbosa Maria Benedita Ferreira Porfiro Maria José Xavier Milton Neuza Aparecida Bonadio Guedes CONSELHO FISCAL Titulares Elisa Maria Vasconcellos Magalhães Laura Veríssimo dos Santos Maria Francisca Assis Camilo Suplentes Izabel Elvira Leodoro Gerardel Paulo Melgaço Valadares Vanda Mundim Queiroz 2 EQUIPE Procuradora Jurídica Maria Tereza Feldner Procurador Jurídico Adjunto João Bosco Pinto Monteiro Superintendente Darci Fioravante Barros Barbosa Assessora Jurídica Virginia Goulart Coordenadora de Planejamento Estratégico Cyntia Mansur Zambaldi Coordenador de Gestão Estratégica Henrique Mendes Ferreira Gerente da Central de Doações Elisa Cláudia Moreira Gerente de Tecnologia de Informação Rodrigo Marquiore Gerente Financeiro Mara Cristina Correa Motta Gerente de Departamento Pessoal Wagner Ferreira Coordenadora de Ações Integradas para o Desenvolvimento da Pessoa com Deficiência Intelectual Patrícia Pinto Valadares Gerente do Programa “Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva” Idelino Júnior Gerente do Programa “Educação Para e Pelo Lazer” Sanderléia Rodrigues Gerente do Programa “Trabalho, Emprego e Renda” Patrícia Pinto Valadares Gerente do Programa “Autogestão, Autodefesa e Família” Luciene Carvalhais Gerente do Programa “Promoção da Saúde” Leda Fioravante Diniz Gerente de Controle e Avaliação do Serviço de Saúde Maria Helenice Oliveira Gontijo Gerente do Programa “Casa Lar” Alina Cynthia Braga dos Santos Silva Assistentes Sociais Elen Azevedo Mariz Maria Cristina Machado Guimarães Nathália Barros de Andrade 3 SUMÁRIO ASSUNTO PÁGINA Introdução 5 Serviços Socioassistenciais 7 Serviços e Ações de Proteção Social Especial – Média Complexidade 11 Serviços e Ações de Proteção Social Especial – Alta Complexidade 25 Programa de Inclusão Produtiva 27 Ações de Defesa de Direitos e garantia de Direitos 30 Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva 38 Ações de Promoção da Saúde 41 Ações de Sustentabilidade Institucional 49 Planejamento Estratégico 50 Gestão Estratégica 51 Considerações Finais 52 ANEXO – Resultados da Pesquisa de Satisfação do Usuário 63 4 Introdução A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Belo Horizonte - APAE-BH, fundada em 15 de abril de 1961, é uma organização social sem fins econômicos, formada por pais, amigos e pessoas com deficiência intelectual e múltipla que, unidos por objetivos comuns, buscam construir uma sociedade mais justa e igualitária. Atualmente, a APAE-BH atende, diretamente, pessoas com deficiência intelectual e múltipla em seu ciclo de vida, promovendo seu desenvolvimento global e a melhoria de sua qualidade de vida, além de prestar atendimento e assessoria a suas famílias. A APAE de Belo Horizonte investe de forma permanente na avaliação de suas ações, avançando no conhecimento e na inovação dos serviços prestados, o que permite estabelecer parcerias com o poder público, visando organizar serviços socialmente relevantes. A entidade conta, também, com a participação permanente e efetiva de seus profissionais, autodefensores e familiares nos conselhos paritários e deliberativos de políticas públicas, exercendo o controle social, dialogando, debatendo e participando da estruturação da rede social do município. A APAE de Belo Horizonte executa serviços, programas e projetos de assistência social, educação e saúde de forma gratuita, permanente e continuada às pessoas com deficiência intelectual, múltiplas e suas famílias, com as seguintes finalidades: a) promover a melhoria da qualidade de vida de crianças, adolescentes, adultos e idosos com deficiência intelectual em seu ciclo de vida, buscando assegurar-lhes o pleno exercício da cidadania; b) prestar serviços de habilitação e reabilitação a este público e promover sua integração à vida comunitária no campo da assistência social, realizando atendimentos, assessoramento e defesa e garantia de direitos, de forma isolada ou cumulativa; c) prestar serviços de educação especial às pessoas com deficiência intelectual; d) oferecer serviços de prevenção na área de saúde, visando assegurar melhor qualidade de vida para as pessoas com deficiência, preferencialmente, intelectual e múltipla; 5 Objetivo Geral Promover a habilitação e reabilitação da pessoa com deficiência intelectual e de sua família de forma continuada e gratuita, por meio de procedimentos e recursos das áreas de assistência social, educação, saúde e trabalho, com vistas à redução de impedimentos e barreiras que dificultam a inclusão social, o acesso aos direitos e à participação plena e efetiva na sociedade. Origem dos Recursos Os recursos necessários à manutenção da APAE de Belo Horizonte são constituídos, em sua maioria, por contribuições de associados e de terceiros, através da Central de Doações da entidade. A instituição conta, também, com convênios firmados com o poder público para execução de Programas e elaboração de projetos para captação de recursos, além da promoção de eventos esporádicos. Infraestrutura Ao longo de sua existência, a APAE de Belo Horizonte conseguiu avanços notáveis, tanto na melhoria de sua estrutura física, quanto na ampliação e aprimoramento dos serviços prestados. Em relação à estrutura física, a instituição conta com dois imóveis, cedidos em regime de comodato, onde se localiza a sua sede, na Rua Cristal, 78, bairro Santa Tereza, com um total de 32 salas. Os serviços e programas serão desenvolvidos nas seguintes estruturas físicas: Serviços Socioassistenciais: 1. Serviço de Proteção Social Especial de Média Complexidade: Programa “Educação Para e Pelo Lazer”: 5 salas para oficinas; Programa “Autogestão, Autodefesa e Família”: 4 salas; 6 2. Serviço de Proteção Social de Alta Complexidade: Acolhimento Institucional – Programa “Casa Lar”: 1 sala para reuniões da equipe; 5 casas no bairro Barreiro, sendo 4 de propriedade da APAE-BH e 1 alugada; e 03 casas no bairro Santa Tereza, sendo 1 casa própria e 2 alugadas, e 1 casa alugada no bairro Floresta. 3. Inclusão Produtiva Programa “Trabalho, Emprego e Renda”: 3 oficinas – Padaria, Sorveteria e Culinária. 4. Defesa de Direitos Agência Jurídica: uma sala para atendimento individual dos usuários e de suas famílias. Pesquisa de Satisfação dos Usuários: entrevista realizada semestralmente com os usuários para avaliarem os serviços prestados pela Apae BH aos seus filhos. 5. Programa “Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva” – Escola Especial Oficina Sofia Antipoff Atendimento educacional de autistas com a metodologia TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children – Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Dificuldades na Comunicação): 2 salas estruturadas; As modalidades de ensino fundamental séries iniciais e a educação de jovens e adultos em 10 turmas ocupando 10 salas; As demais salas são utilizadas como secretaria, biblioteca, informática e lanchonete. Além disso, há também dezoito banheiros, um fraldário, um auditório, uma quadra coberta, uma piscina aquecida, um refeitório, três almoxarifados, uma recepção e dois elevadores. 6. Programa “Promoção da Saúde” – É realizado na Clínica Intervir, localizada na Rua Grafito, 15, com dois ginásios de cinesioterapia, cinco salas de consultório, uma recepção, uma copa, uma sala da administração, um consultório odontológico e um elevador. A instituição possui, ainda, três veículos: uma kombi para atendimento dos moradores das Casas Lares; um Fiat Uno para serviços administrativos e visitas domiciliares realizadas pelas assistentes sociais; 7 um micro-ônibus para deslocamento de usuários em atividades culturais e de lazer nos espaços sociais e comunitários, potencializando a aprendizagem e promovendo a inclusão. 8 9 I. Serviços socioassistenciais: Recursos financeiros estimados a serem utilizados nos Serviços Socioassistenciais : R$3.686.827,06 (três milhões, seiscentos e oitenta e seis mil, oitocentos e vinte e sete reais e seis centavos). 1. ATIVIDADES SOCIOASSISTENCIAIS Descrição: Essas atividades referem-se ao acompanhamento familiar no âmbito da assistência social, como uma intervenção direcionada e compartilhada com as famílias, visando promover a superação das vulnerabilidades e o enfrentamento dos riscos que limitam o exercício da sua cidadania. As atividades desenvolvidas pelas assistentes sociais e psicólogas no acolhimento, avaliação e monitoramento das famílias dos usuários atendidos pela APAE-BH e daquelas que procuram a entidade têm o objetivo de articular ações e criar dispositivos que facilitem a integração entre as famílias e a entidade, entre os usuários e suas famílias, e entre a APAE-BH e a rede de atendimento das diversas políticas públicas, viabilizando os processos na dinâmica: casa – APAE – família – comunidade. Público-alvo: famílias que procuram a APAE-BH buscando o atendimento de seus filhos com deficiência intelectual e múltipla que necessitam de apoios extensivos e generalizados, bem como aqueles que já frequentam os programas da instituição e suas famílias. Capacidade de atendimento: aproximadamente 200 famílias de pessoas com deficiência intelectual. Abrangência territorial: Todas as regionais de Belo Horizonte e da Região Metropolitana. Recursos humanos: Profissional Assistentes Sociais Quantitativo 2 Carga Horária Semanal 30 horas Regime de Trabalho Celetista Esses profissionais realizam atendimentos individuais e coletivos, buscando sempre integrar as equipes de todos os programas da instituição. 10 Atividades a serem desenvolvidas: Acolhimento: Tem o objetivo atender aos usuários com uma escuta qualificada para dar respostas às suas necessidades, seja através dos serviços oferecidos pela entidade ou de ações articuladas com a rede socioassistencial do município, de forma a ampliar seu acesso aos atendimentos e benefícios sociais que possibilitem a melhoria da sua qualidade de vida. A assistente social realizará avaliação inicial dos usuários que procuram os serviços da entidade registrando os dados cadastrais e as queixas e motivos. Após análise do estudo social, o usuário será encaminhado para a avaliação de uma equipe multidisciplinar da APAE-BH e/ou para a rede socioassistencial do município. Anamnese Social/Avaliação Socioeconômica: A assistente social fará o estudo social para entender a realidade socioeconômica das famílias a fim de desvendar as questões sociais, as formas de intervenção e a participação das famílias nos serviços oferecidos pela instituição e na comunidade, trabalhando os determinantes sociais. Após a avaliação, será feita a discussão de caso com o restante da equipe de avaliação diagnóstica e definida, ou não, a admissão da pessoa com deficiência intelectual e múltipla nos programas desenvolvidos pela APAE-BH. Plano de Atendimento Familiar – PAF: Este é o instrumento de planejamento, execução, acompanhamento e avaliação de ações desenvolvidas com as famílias, e tem o objetivo de garantir uma abordagem familiar eficiente, considerando a individualidade de cada membro, o perfil da família, suas vulnerabilidades e potencialidades. É um pacto com a família, com estabelecimento de metas e compromissos para auxiliar o seu cotidiano e criar melhores perspectivas de futuro. Visitas Domiciliares: A visita domiciliar é um instrumento cujo objetivo principal é conhecer as condições de vida dos usuários, para subsidiar as intervenções de acompanhamento familiar. Essas visitas serão realizadas semanalmente, às segundasfeiras, ou quando se fizerem necessárias, e podem ser: • Inicial: quando da entrada do usuário na instituição; • Periódica: quando o usuário ou sua família necessita de acompanhamento; • Emergencial: quano é necessário um acompanhamento mais urgente e sistemático. 11 Acompanhamento dos usuários nos serviços: Serão realizados acompanhamentos das situações de infrequência, dos problemas comportamentais e de conduta dos usuários, das dificuldades e vulnerabilidades familiares, sempre em parceria com os outros profissionais que compõem as equipes dos diversos programas da instituição. Por meio de contatos telefônicos e/ou visitas domiciliares será feito o acompanhamento dos usuários faltosos, com o objetivo de diminuir sua reincidência e, principalmente, estimular o comprometimento das famílias com os serviços oferecidos pela entidade. Encaminhamentos para a rede de serviços de diversas políticas – Referência e Contra referência: Serão realizados encaminhamentos para o Conselho Tutelar, outras instituições, NASF – Núcleo de Apoio à Saúde da Família, Centros de Saúde, CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, Ministério Público, Juizados, Escolas, Centros Culturais, etc. Orientação sociofamiliar: As famílias receberão apoio na sua função protetiva, mobilizando e fortalecendo o convívio familiar e comunitário, incentivando o protagonismo das famílias para melhoria da qualidade de vida, utilizando estratégias de intervenção para discutir e mediar os problemas familiares e propiciar a geração de renda. Orientação em relação aos direitos: Serão oferecidas informações e orientações acerca dos direitos da pessoa com deficiência e serão feitos encaminhamentos para aquisição de Benefícios, Programas de Transferência de Renda e inserção em programas das diversas políticas. Ações eventuais: Poderão ser oferecidos benefícios eventuais de acordo com a necessidade da família, como por exemplo, doação de cestas básicas, refeições, etc. I.2- Serviço De Proteção Social Especial - Média Complexidade: Serviço De Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos e suas Famílias Descrição: Este serviço especializado é direcionado para jovens, adultos e idosos com deficiência intelectual e múltipla que necessitam de apoios extensivos e generalizados e suas famílias e será desenvolvido nas ambiências do Programa “Educação Para e Pelo Lazer” e nas oficinas do Programa “Autogestão, Autodefesa e Família”. 12 A finalidade desses programas é promover a autonomia, a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência intelectual que necessitam de apoios extensivos e generalizados e suas famílias. As ações são pautadas no reconhecimento do potencial da família e do usuário com deficiência intelectual, na sua aceitação, na valorização da diversidade e na inclusão social e comunitária. Estas ações possibilitam a divrsificação das atividades culturais e de lazer e ampliam a rede de pessoas com as quais a pessoa com deficiência e sua família convivem, favorecendo a troca de experiências. Essas intervenções terão o propósito de manter e/ou desenvolver as habilidades dos usuários, fortalecendo seu protagonismo e reduzindo a exclusão social, o isolamento, a discriminação e o preconceito. Público-alvo: Pessoas com deficiência intelectual e seus familiares. Ações a serem realizadas: Promover o máximo de autonomia e independência e a melhoria da qualidade de vida; Desenvolver ações especializadas para a superação das situações violadoras de direitos que contribuem para a intensificação da dependência (isolamento, preconceito, negligência, etc); Prevenir o abrigamento e a segregação dos usuários, assegurando-lhes o direito à convivência familiar e comunitária; Promover o acesso a benefícios, aos programas de transferência de renda e outros serviços socioassistenciais, às demais políticas públicas setoriais e do Sistema de Garantia de Direitos; Fortalecer a convivência familiar e comunitária; Promover atividades culturais e de lazer. I.2.1- Programa “Educação Para E Pelo Lazer” Este Programa é desenvolvido com ações contínuas, planejadas e é constituído de ambiências e grupos artísticos que visam proporcionar aos participantes com deficiência intelectual e múltipla que necessitam de apoios extensivos e generalizados, sejam eles, jovens, adultos ou em processo de envelhecimento, vivências sociais, culturais e de lazer, bem como, o desenvolvimento de competências, habilidades, atitudes, autonomia e 13 independência. Estas ações serão feitas através da arte e de situações reais, e terão como objetivo proporcionar melhor qualidade de vida e o exercício da cidadania. Além disso, as atividades irão contribuir para a resignificação de pensamentos, conceitos e atitudes preconceituosas da sociedade que acabam por reforçar a idéia de segregação e de que a deficiência intelectual e múltipla é uma condição definitiva de incapacidade e de infantilidade. O Programa é desenvolvido em oficinas e grupos artísticos voltados para o ensino, aprendizagem e vivência da arte e da cultura, incluindo observação, experimentação, criação, orientação, aulas teóricas e práticas, atividades de vivências reais, atividades de lazer e apresentações artísticas, priorizando a descoberta de valores, atitudes, aquisição e manutenção das habilidades da vida diária, da vida prática, de interações sociais e aquisição de conhecimentos em diversas áreas. Para tanto, serão desenvolvidas atividades em situações reais para que favoreçam a aprendizagem da forma mais natural possível, possibilitando a generalização desse aprendizado para outros ambientes como a casa e a vida em comunidade. Cada ambiência possui suas atividades planejadas e organizadas de acordo com as necessidades, habilidades e dificuldades dos usuários. Público-alvo: Pessoas com deficiência intelectual que se encontram em situação de dependência e de desproteção social, sem condições para se manter, em isolamento social, com dificuldade de acesso às políticas públicas e fragilidade dos vínculos existentes. Nas ambiências: frequentam jovens, adultos e pessoas com deficiência intelectual e múltipla em processo de envelhecimento, que necessitam de apoios extensivos e generalizados e que já concluíram o ensino fundamental. Nos grupos artísticos: são os usuários com deficiência intelectual e múltipla a partir dos 14 anos de idade, que tenham habilidades e interesse em participar dos grupos artísticos, do coral e da banda de percussão. 14 Recursos humanos: Profissional Assistente social Educador social Fonoaudióloga Gerente Músico Oficineira Percussionista Psicóloga Terapeuta ocupacional Quantitativo 01 05 01 01 01 01 01 01 01 Carga Horária Semanal 30 horas 40 horas 3 horas 30 horas 20 horas 8 horas 20 horas 3 horas 3 horas Regime de Trabalho Celetista Celetista Celetista Celetista Celetista Voluntária Celetista Celetista Celetista Abrangência territorial: Pessoas com deficiência intelectual e múltipla advindas de todas as regionais de Belo Horizonte. Capacidade de atendimento: Nas Oficinas realizadas nas Ambiências: 100 usuários, de segunda a sexta-feira, das 7:30 às 11:30 e das 13:00 às 17:00 horas, duas ou três vezes por semana. Nos Grupos artísticos: 90 usuários, às sextas-feiras, das 9:30 às 11:30 e das 15:00 às 17:00 horas. Os 90 usuários estarão distribuídos da seguinte forma: 60 no coral e 30 na banda de percussão. Atividades a serem desenvolvidas: Oficina Cognitiva e artes manuais: Será realizada na Ambiência Bem Viver e desenvolverá atividades cognitivas e de iniciação em artes manuais, com o objetivo de estimular os participantes a observar, experimentar e explorar diversos materiais e técnicas, bem como, interagir, buscando sempre identificar e valorizar o conhecimento prévio, o desejo, a tolerância e o potencial criativo de cada pessoa. Oficina Comunitária e Atividades de Vida Diária e Prática: Será realizada na Ambiência Vivências e compreenderá atividades da vida diária, da vida prática e de interação familiar e 15 comunitária, buscando enfatizar experiências e vivências relacionadas às questões do dia-adia, questões sociais e intersubjetivas, apontando para a aprendizagem significativa de formação do cidadão. Familiares dos usuários e pessoas da comunidade poderão participar em dias previamente agendados. Oficina de dança e expressão corporal: Será realizada na Ambiência Corpo e Movimento, proporcionando a aprendizagem através de atividades corporais e físicas de baixo impacto, circuitos, jogos rítmicos e teatrais que exploram os movimentos corporais, o equilíbrio e o desenvolvimento do potencial cinestésico, criativo e artístico. Oficina de Musicalização e Comunicação: Será realizada na Sala de Música, proporcionando a aprendizagem através da expressão e dos sons musicais, explorando possibilidades para o desenvolvimento da linguagem, da expressão, da comunicação e do potencial criativo. Grupos Artísticos: Esses grupos serão formados pelos usuários com deficiência intelectual que conseguiram desenvolver e aperfeiçoar as habilidades artísticas. Com focos em música, teatro e percussão, as atividades contribuirão para o processo da aprendizagem vivencial, abrangendo diversos níveis do desenvolvimento cognitivo, emocional, atitudinal, comportamental e artístico, possibilitando o estímulo efetivo das pessoas com deficiência intelectual, o favorecimento da inclusão social e a conquista de melhor qualidade de vida. o Objetivo geral: o Criar e desenvolver ações de formação e produção de conhecimento em dança, música e teatro. o Objetivos específicos: Estimular os usuários a descobrirem e construírem ações artísticas e sociais que tenham significado em suas próprias vidas; Conhecer as possibilidades sonoras e expressivas do movimento corporal e da comunicação; Fazer, criar e atuar de acordo com as escolhas do usuário, respeitando e compreendendo seus limites e possibilidades; Propiciar vivências socioculturais que promovam a inclusão dos usuários. 16 I.2.2 - Programa “Autogestão, Autodefesa E Família” Descrição O Programa “Autogestão, Autodefesa e Família” organiza e disciplina o conjunto de ações socioassistenciais, por meio de atendimento especializado nas situações de vulnerabilidade, risco pessoal e social por violação de direitos das pessoas com deficiência intelectual em situação de dependência e de suas famílias, que contribuam para ampliar suas aquisições, na perspectiva da garantia das seguranças previstas na Política de Assistência Social como: Segurança da Acolhida, Segurança do Convívio Familiar, Comunitário e Social e a Segurança de Desenvolvimento da Autonomia. As ações e atividades deste Programa serão realizadas de forma continuada, permanente, planejada e gratuita, e contemplarão as atividades de atendimento e de defesa e garantia de direitos que visam o convívio ou vivência familiar, comunitária e social; o desenvolvimento da autonomia individual, familiar e social e a sobrevivência a riscos circunstanciais da pessoa com deficiência e sua família. Este programa realizará ações que valorizam a pessoa com deficiência intelectual e sua família, conhecendo suas necessidades, dificuldades e aspirações. Promoverá a construção de estratégias para incentivar o exercício da autonomia e independência dos usuários, a participação e o apoio de sua família. Valorizará e capacitará a pessoa com deficiência intelectual e sua família, dando-lhes voz e incentivando sua participação ativa no Movimento Apaeano e na sociedade para se tornarem protagonistas de seus direitos e deveres. O Programa “Autogestão, Autodefesa e Família” oferecerá um conjunto variado de atividades com vistas ao fortalecimento do papel protetivo da família, conforme abaixo: Promoção da informação; Convivência nos espaços da APAE-BH e na comunidade; Fortalecimento de vínculos familiares; Ampliação das relações sociais; Acesso às tecnologias assistivas de convivência e autonomia; Conhecimento sobre a rede de serviços no território em que vivem; Conhecimento sobre as possibilidades de inclusão produtiva; Orientações para fortalecimento do papel protetivo na família. 17 Público-alvo: Pessoas com deficiência intelectual atendidas pela instituição e suas famílias. Capacidade de atendimento: 45 participantes da Escola de Formação de Autodefensores 50 participantes na capacitação continuada “Ciclo de Debates”, com familiares que formaram na Escola de Mães. 08 participantes do Coletivo de Mulheres. 150 participantes do Projeto Bem-Estar, nas seguintes atividades: Roda de Conversa, Oficinas de Artesanato, Grupo de Vivências, com sessões de Reiki e Dança Sênior. Abrangência territorial: todas as regionais do município de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Recursos Humanos: Profissional Advogada Assistente social Gerente Oficineira Oficineiras Quantitativo Carga Horária Semanal Regime de Trabalho 01 40 horas Celetista 01 30 horas Celetista 01 40 horas Celetista 01 40 horas Celetista 10 4 horas cada Voluntárias Eixos de atuação: Eixo 1 – Autogestão e Autodefesa Para as ações de autogestão serão utilizadas estratégias integradas em todos os programas da APAE-BH por meio de projetos que possibilitem o desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual e múltipla que necessitam de apoios extensivos e generalizados, com o objetivo de melhorar a capacidade de se autogerir, se autocuidar, se expressar livremente, de tomar decisões, de fazer escolhas e de concretizar ações. As ações de autodefesa têm o objetivo de capacitar a pessoa com deficiência intelectual e múltipla acerca de seus direitos e deveres enquanto cidadão, levando-o a pensar, opinar, discutir, buscar soluções e elaborar conceitos. 18 Atividades a serem desenvolvidas: Escola de Formação de Autodefensores: Será realizado o curso de formação de autodefensores, com conteúdo programático pré estabelecido e tem duração mínima de 1 ano, com encontros semanais de 4 horas. O curso será realizado nos turnos da manhã e da tarde e contará com 45 participantes, no máximo. Os alunos frequentarão as oficinas do Programa “Trabalho, Emprego e Renda” e os encontros da Escola de Formação de Autodefensores. Objetivos específicos: Instrumentalizar e valorizar a pessoa com deficiência intelectual e múltipla, assegurando-lhe o exercício da cidadania, ou seja, o controle sobre as decisões que lhe afetam, como políticas que influenciam sua vida e programas estabelecidos para atender suas necessidades. Promover conhecimentos para que os participantes sejam proativos e saibam influenciar a organização dos programas da APAE-BH de forma a atenderem melhor suas necessidades, no sentido de modificar e transformar sua vida. Apoiar a pessoa com deficiência intelectual e múltipla para que ela assuma funções efetivas, tanto na sua vida prática, como na sua vida em sociedade. Promoção da Inclusão Social - Estágio Social Colégio Loyola Este Estágio Social é uma proposta de ação contínua com o Colégio Loyola e será realizado com alunos do 9º ano do ensino fundamental daquele Colégio. Eles participarão de atividades desenvolvidas com os freqüentadores da Escola de Formação de Autodefensores da APAE-BH e das oficinas do Programa “Trabalho, Emprego e Renda”. 19 Eixo 2 – Apoio à Família Para a APAE-BH a família é o núcleo social básico de acolhida, convívio, autonomia, sustentabilidade e protagonismo social. Por isso, este Eixo está organizado dentro do princípio da centralidade da família, que deve receber apoio, orientações, incentivo e estímulo para assumir seu papel nos cuidados, no sustento e na proteção de seu filho(a) com deficiência intelectual e múltipla. As ações desenvolvidas de informação, aprendizagem e troca de experiências, voltado para os pais, mães e familiares das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, tem como objetivo orientá-los e capacitá-los para se tornarem protagonistas na busca de recursos na rede de proteção social para a defesa de direitos de seus filhos com deficiência. Conforme as propostas do Plano de Atendimento Familiar (PAF), elaborado pelas assistentes sociais da entidade, este eixo de Apoio à Família” desenvolverá atividades com os seguintes objetivos específicos: Fortalecer os vínculos familiares e os laços de pertencimento entre seus membros; Promover o desenvolvimento da função protetiva da família; Favorecer a inclusão dessas famílias, combatendo seu isolamento e sua sobrecarga; Incentivar a busca da efetivação dos direitos das famílias e de seus filhos, empoderando-as para que reconheçam suas capacidades. Projetos e ações desenvolvidas no eixo: a) Projeto Bem-Estar As atividades deste projeto têm o objetivo de ampliar a rede de convivência das famílias, incentivar a troca de vivências e de experiências, estimular sua autonomia e empoderamento na busca de novas conquistas e realizações. 20 Ações a serem desenvolvidas: Roda de Conversa: Esta é uma estratégia educativa que continuará sendo utilizada para proporcionar aos pais/e ou responsáveis pelas pessoas com deficiência intelectual, um espaço de diálogo e troca de informações, cuja finalidade é a satisfação das necessidades básicas de aprendizagem, compreensão e empoderamento. Na Roda de Conversa serão desenvolvidas as seguintes atividades: acolhida dos participantes pela condutora do grupo; dinâmicas de descontração que possibilitem a interação dos participantes; leitura de texto reflexivo; conversas em grupo com apresentação de um tema; debates sobre os temas pertinentes. Oficinas de Artesanato: Serão desenvolvidas atividades que possibilitem a aprendizagem de técnicas de artesanato e o desenvolvimento da criatividade e de habilidades específicas, visando à promoção do desenvolvimento humano, econômico e social dos participantes. Entre a programação para este ano, estão as seguintes ações: inovar as oficinas com novas técnicas, estabelecer parceria com artesãos do Centro Mineiro de Referência em Artesanato e promover visitas a outros locais de produção de artesanato. Grupos de Vivências: Serão formados grupos de vivências, com encontros semanais para praticar atividades físicas que promovam novos aprendizados, desenvolvimento da autoestima, desinibição, socialização, etc. I.3 - Proteção Social Especial - Alta Complexidade – Serviço de Acolhimento Institucional Para Pessoas com Deficiência Intelectual I.3.1 - Programa “Casa Lar” Descrição do programa O Serviço de Acolhimento Institucional para a Pessoa com Deficiência Intelectual - Programa “Casa Lar”, é desenvolvido pela Apae de Belo Horizonte desde de 1997 em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, e oferece acolhimento para 54 moradores com deficiência intelectual da extinta FEBEM. 21 Este programa de acolhimento é destinado a jovens e adultos com deficiência intelectual, cujos vínculos familiares estejam rompidos ou fragilizados, que não dispõem de condições de autosustentabilidade e/ou de retaguarda familiar temporária ou permanente. O Programa “Casa Lar” é desenvolvido em unidades residenciais inseridas na comunidade e tem a finalidade de favorecer a construção progressiva da autonomia, da inclusão social e do desenvolvimento de capacidades adaptativas para a vida diária e prática que favoreçam a interação social e comunitária. Este Programa que se preocupa com o sujeito, sua singularidade, história, cultura e vida cotidiana, favorecendo o protagonismo, a autonomia e a inclusão comunitária de seus usuários. Atualmente, o Programa possui 09 Casas Lares inseridas na comunidade, cujos moradores apresentam deficiência intelectual e múltipla e requerem apoios extensivos e generalizados e, para atender a esta demanda, é necessária a participação constante e efetiva de Pais/Mães Sociais e de auxiliares. Recursos humanos específicos: Profissional Quantidade Carga Horária Semanal Regime de Trabalho Assistente Social 01 30 horas Celetista Auxiliares de cuidadores sociais 23 44 horas Celetista Coordenador/psicólogo 01 40 horas Celetista Cuidadores Sociais 13 Integral Celetista Enfermeira 01 30 horas Celetista Fonoaudióloga 01 30 horas Celetista Gerente do Programa 01 40 horas Celetista Gerente de recursos humanos 01 20 horas Celetista Motorista 01 40 horas Celetista Nutricionista 01 30 horas Celetista Psicólogo 01 40 horas Celetista Psiquiatra 01 4 horas Celetista Supervisor administrativo 01 40 horas Celetista Terapeuta ocupacional 01 30 horas Celetista Além dos profissionais listados acima, o Programa conta, também, com 2 assistentes sociais, 2 psicólogos, 1 fisioterapeuta, pedagogos e outros profissionais da instituição. Público alvo e capacidade de atendimento: 54 pessoas com deficiência intelectual e múltiplas vítimas de abandono e/ou sem referência familiar, advindas da extinta FEBEM de Belo Horizonte e encaminhadas pela SEDESE. Abrangência territorial: Extinta FEBEM do município de Belo Horizonte. 22 Ações a serem desenvolvidas Garantir a proteção integral de cada morador; Contribuir para a prevenção do agravamento da deficiência devido ao processo de envelhecimento; Promover a convivência social e comunitária dos moradores; Estimular a manutenção das habilidades existentes e o desenvolvimento de novas habilidades para que os moradores adquiram o máximo de autonomia; Manter e/ou fortalecer os vínculos familiares dos moradores que têm família; Dar continuidade à elaboração de informativo mensal para melhorar a comunicação entre as Casas Lares; Manter organizada e atualizada a documentação pessoal dos moradores como, relatórios, prontuários e outros documentos importantes e, quando necessário, providenciar a emissão da segunda via; Manter atualizados os relatórios circunstanciados; Construir o PDI – Plano de Desenvolvimento Individual dos moradores, juntamente com a equipe técnica do Programa e cuidadores sociais; Orientar os profissionais envolvidos na adoção de posturas condizentes com as necessidades individuais dos moradores, de forma a favorecer o convívio no dia a dia e a aquisição de novas habilidades; Elaborar, juntamente com os cuidadores sociais e auxiliares, o PDC – Plano de Desenvolvimento Coletivo, visando melhorar o funcionamento das Casas Lares; Estimular os cuidadores sociais e auxiliares para que invistam em atividades culturais e de lazer com os moradores, com o apoio da equipe técnica; Incentivar a participação dos cuidadores sociais nas reuniões dos programas da APAE-BH e em outras instituições parceiras nas quais os moradores estejam inseridos; Elaborar o projeto “Cuidar de Quem Cuida”, com o objetivo de motivar os funcionários e diminuir a rotatividade dos mesmos; Reformular o projeto “Caminhada da Promoção da Saúde”; Realizar capacitações contínuas das mães sociais e auxiliares, referentes às necessidades dos moradores e as formas de intervenção que favoreçam seu desenvolvimento; Identificar, planejar e executar intervenções comportamentais que produzam resultados positivos para os moradores; Realizar exames preventivos de saúde e acompanhar a saúde de cada morador levando em consideração suas demandas individuais; Participar de forma efetiva de reuniões com outras entidades e com a rede de serviços (educação – assistência - saúde) que atende os moradores das Casas Lares; 23 Dar continuidade no Programa Economia de Fichas com os moradores; Identificar os moradores em condições de ir para o mercado de trabalho e acompanhar seu processo de inserção; Controlar a compra da medicação mensal que não é liberada ou que esteja em falta no Posto de Saúde; Dar continuidade à manutenção preventiva da estrutura física das Casas Lares; Dar continuidade à busca de imóveis para alugar para as Casas Lares Barreiro e Santa Amélia; Acompanhar os gastos e o consumo de materiais nas Casas Lares. I.4 - Programa De Inclusão Produtiva I.4.1 - Programa “Trabalho, Emprego E Renda” Descrição Este Programa tem a finalidade de capacitar às pessoas com deficiência intelectual no campo dos conhecimentos específicos, habilidades e atitudes laborais, gerando oportunidades para sua inserção no mercado de trabalho. O Programa “Trabalho, Emprego e Renda” oferece ao usuário com deficiência intelectual e múltipla maior variedade de experiências em Oficinas de Formação para o Trabalho, através de atividades práticas e complementares, com vivências do “fazer para conhecer”, definindo seu interesse e desenvolvendo suas capacidades e potencialidades para a vida e para o trabalho. Esta inclusão deve ser entendida como acesso digno ao mundo do trabalho, caracterizado pelo exercício de atividade laboral remunerada. Público-alvo: Pessoas com deficiência intelectual a partir de 16 anos de idade que tenham concluído o Ensino Fundamental. Recursos humanos: Profissional Quantidade Carga Horária Semanal Regime de Trabalho Assistente Social 01 30 horas Celetista Fonoaudiólogo 01 4 horas Celetista Gerente 01 40 horas Celetista Instrutora 02 40 horas Celetista 24 Instrutora Nutricionista Psicólogo 01 01 01 30 horas 15 horas 4 horas Celetista Celetista Celetista Abrangência territorial: Todas as regionais do município de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Eixos de Atuação: Eixo 1: Formação Inicial para o Trabalho Este Eixo tem como objetivo geral favorecer o desenvolvimento humano da pessoa com deficiência intelectual e múltipla através de oficinas com atividades laborais que possibilitam ao usuário aprender a identificar, discriminar e utilizar distintas ferramentas para desenvolver as habilidades específicas e de conhecimentos de uma profissão. Estas atividades práticas, irão proporcionar ao usuário a execução e produção de determinado trabalho ou função com qualidade, produtividade e responsabilidade, de acordo com as demandas do mercado. Atividades a serem realizadas: Criar as condições necessárias para que o usuário adquira o nível máximo de autonomia pessoal; Desenvolver habilidades sociais, de vida diária e de vida prática; Treinar hábitos e atitudes essenciais para a vida e para o trabalho; Facilitar a compreensão do mundo onde vivemos e do mundo do trabalho; Propiciar uma autoavaliação para identificar as aspirações e limitações pessoais do usuário para determinadas tarefas; Capacitar o usuário para viver em sociedade e melhorar sua qualidade de vida; Sensibilizar e conscientizar as famílias sobre a importância de qualificar a pessoa com deficiência intelectual e múltipla para a sua colocação no mercado de trabalho, evidenciando seu potencial laboral. Aperfeiçoar conhecimentos básicos necessários à profissionalização dos usuários; Oferecer aos usuários condições para o desenvolvimento de postura adequada ao trabalho. Ampliar o número de oficinas e de usuários. Organização das oficinas: Serão realizadas 3 oficinas (padaria, sorveteria e informática), duas no turno da manhã e três no turno da tarde, com uma média de 10 usuários em cada uma. Turno da Manhã: Oficinas de Padaria e de Sorveteria 25 Turno da Tarde: Oficinas de Sorveteria, Padaria e Informática. Total de usuários nas oficinas de Formação Inicial para o Trabalho: 50 usuários. Público-alvo: Pessoas com deficiência intelectual que concluíram a EJA anos finais. Metodologia Inicialmente serão desenvolvidas as habilidades de gestão que englobam competências e conhecimentos relativos à autogestão, à melhoria da qualidade de vida, à produtividade, às habilidades interpessoais, responsabilidade, autoestima, observância de regras e leis, integração social, aperfeiçoamento de conhecimentos básicos para o trabalho e para a vida adulta. Por fim, serão aperfeiçoadas, também, as habilidades práticas que compreendem a competência e conhecimentos específicos acerca de processos, métodos, técnicas, normas, regulamentações, tipos de materiais e equipamentos e outros conteúdos específicos das oficinas de trabalho. Eixo 2: Colocação no Trabalho – Inclusão Produtiva: Intermediação de Mão de Obra da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. As atividades deste eixo estarão voltadas para a inserção da pessoa com deficiência intelectual e múltipla em algum tipo de atividade laboral, primordialmente competitiva, e sempre condizente com seu potencial, suas condições físicas e aspirações desta pessoa e, também, com a disponibilidade de vagas existentes no mercado. Nesta etapa, o usuário deverá estar apto a atingir os índices de produtividade, como quantidade e qualidade do produto, além de demonstrar a postura profissional exigida pelo mercado. Atividades a serem desenvolvidas: Ampliar parcerias com empresas para a inserção da pessoa com deficiência intelectual, no mercado de trabalho, promovendo capacitações e palestras de sensibilização direcionadas aos funcionários; Levantar o perfil das vagas existentes nas empresas parceiras, para possível inserção do usuário no trabalho; 26 Visitar empresas para avaliação de possíveis funções e adaptações necessárias para inserção do usuário com deficiência intelectual na atividade; Identificar a função mais adequada ao perfil do usuário, por meio da análise das atividades; Montar um banco de dados contendo informações sobre as vagas disponíveis nas empresas, o perfil da vaga e o perfil dos usuários aptos para encaminhamento ao mercado de trabalho; Orientar e acompanhar, nas empresas, os usuários encaminhados para o trabalho; Sensibilizar as famílias para a inserção do seu filho no mercado de trabalho; Sensibilizar os funcionários da empresa para receber e compreender a pessoa com deficiência intelectual; Orientar as empresas em relação ao recrutamento de profissionais, à legislação específica; sobre a especificidade no treinamento da pessoa com deficiência para a vaga, avaliação da compatibilidade entre a deficiência e a função a ser exercida; Realizar atividades de consultoria nas empresas para garantir a permanência da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. II. Ações De Defesa E Garantia De Direitos II.1- Agência Jurídica Descrição A Agência Jurídica da APAE-BH desenvolve ações de assessoramento político e técnico de defesa e garantia de direitos da pessoa com deficiência intelectual e de sua família. Por meio de processos de conscientização e orientação das famílias e da própria pessoa com deficiência intelectual, buscam-se sua efetiva inclusão social e a conquista de seus direitos através dos mecanismos existentes na sociedade. Além disso, será oferecido apoio jurídico judicial e/ou extrajudicial na busca de soluções de conflitos de modo a fortalecer o exercício efetivo da cidadania e a inclusão social. 27 Recursos humanos Profissional Quantidade Carga Horária Semanal Assistente Social Advogada Gerente 01 01 01 30 horas 40 horas 40 horas Regime de Trabalho Celetista Celetista Celetista Público-alvo: Pessoas com deficiência intelectual e múltipla atendidas pela instituição e seus familiares. Abrangência territorial: Regionais do município de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Atividades a serem realizadas: Criar um espaço para a família expor suas dúvidas, dificuldades e buscar orientações; Promover reuniões periódicas com os responsáveis pelos usuários para divulgar informações e esclarecer dúvidas sobre direitos, deveres e políticas públicas, relacionados ou não à deficiência intelectual; Desenvolver ações de forma integrada com os demais profissionais da APAE-BH para buscar o cumprimento de deveres, a efetividade de direitos e a melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e de sua família Articular, junto aos órgãos públicos, ações direcionadas às demandas das famílias das pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla, a fim de mostrar as dificuldades vivenciadas por elas, discutir políticas públicas e buscar efetividade de direitos; Conscientizar e apoiar a pessoa com deficiência intelectual e sua família na busca de solução de conflitos, de modo a fortalecer e incentivar o exercício da cidadania e a inclusão social; Promover articulações com os órgãos públicos ou entidades privadas, promovendo sua integração, divulgando os direitos, deveres e políticas públicas existentes e buscando a efetividade de direitos e a melhoria na prestação dos serviços; 28 Dar continuidade ao atendimento individual das pessoas com deficiência intelectual e seus familiares com orientação, conciliação, ajuizamento e acompanhamento das demandas judiciais; Participar de encontros com os órgãos públicos, conhecer as discussões atuais e as propostas de trabalho; Trazer outros profissionais para participar das reuniões e Rodas de Conversa e tratar de questões sobre direitos, deveres, políticas públicas, etc.; Buscar parcerias com a FISIOERGO para proferir palestra aos funcionários da APAE BH, sobre postura e alongamentos, de modo a prevenir doenças de trabalho e possíveis demandas trabalhistas; Participar dos encontros da Escola de Formação de Autodefensores; Promover palestras relacionadas aos direitos da pessoa com deficiência intelectual no Ciclo de Debates e nas Rodas de Conversa, e discussões de estratégias que possam ser utilizadas para propiciar a melhoria das políticas públicas e da qualidade de vida, Analisar e acompanhar os Convênios realizados pela instituição; Atualizar o Regimento Interno da entidade, promovendo debates com os gerentes e coordenadores para elaborar a redação final; Acompanhar e apoiar, dentro das possibilidades, as demandas extrajudiciais que envolvam violação ou negativa de direitos e solução de conflitos. II.2- Ciclo De Debates Capacitar de forma continuada os familiares que concluíram a Escola de Pais, para aprofundar nas discussões sobre as políticas públicas e outros temas de interesse do público-alvo, por meio de debates, e troca de experiências, ampliando o conhecimento sobre a deficiência e o processo de desenvolvimento de seus filhos. Os participantes irão orientações em relação a seus direitos, desenvolvendo a autonomia na busca de recursos fora do sistema familiar para a defesa desses direitos. Irão receber também noções de gestão de organizações sociais e informações sobre os desafios enfrentados na gestão de uma APAE. O Ciclo de Debates 29 deverá ter como meta o protagonismo dos membros das da família e a mudança da condição de vulnerabilidade social. Capacidade de atendimento: 50 pessoas II.3-Coletivo De Mulheres Este grupo é formado por familiares das pessoas com deficiência intelectual que participaram da Escola de Mães e desenvolve atividades artísticas e culturais, visando à identificação da feminilidade, do autoconhecimento, do que é o feminino, o que é ser mulher, do que é ser mãe de pessoa com deficiência, etc. O objetivo deste grupo será fortalecer essas mães como mulheres, como grupo e individualmente para a vida familiar e comunitária . II.4- Participação Em Conselhos Gestores De Políticas Públicas A APAE-BH deverá se fazer representar, de forma efetiva, em Conselhos de Direitos: Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal de Assistencia Social, dando continuidade às discussões de políticas publicas e de defesa e a garantia de direitos. II.5 - Pesquisa De Satisfação Do Usuário: A APAE-BH dará continuidade à pesquisa semestral de satisfação dos usuários, com elaboração de gráficos e Relatório Descritivo Anual para balizar as tomadas de decisões da equipe de gestão através da avaliação dos usuários em relação aos serviços prestados aos seus filhos.Além disso, esses gráficos e o relatório serão apresentados às empresas, como forma de demonstrar a performance da instituição em relação à qualidade dos serviços prestados aos seus usuários, visando ao estabelecer futuras parcerias para execução de novos projetos. 30 III. Programa de Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva Recursos financeiros estimado a serem utilizados no Programa de Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva: R$ 520.222,69 ( quinhentos e vinte mil, duzentos e vinte e dois reais e sessenta e nove centavos). Descrição O Programa “Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva” corresponde ao conjunto de ações, procedimentos e estratégias especializadas voltadas para a garantia do percurso escolar e a aprendizagem efetiva das pessoas com deficiência intelectual e múltipla a partir dos 6 anos de idade . A Escola Especial Oficina Sofia Antipoff, mantida pela APAE-BH, pertence ao sistema regular de ensino e é credenciada/autorizada pela portaria nº 232/2003, de 15/03/2003. Recursos humanos Profissional Quantidade Carga Horária Semanal Ajudantes de sala 02 20 horas D social Assistente 01 30 horas Auxiliar 01 4 horas a de dentista Fisioterapia 01 3 horas Fonoaudióloga 02 4 horas Gerente 01 40 horas á Monitores 04 40 horas r Nutricionista 01 10 horas Professor de aula especializada 01 20 horas e Professor regente 34 20 horas Psicólogo 02 4 horas a Secretária escolar 01 40 horas Supervisor pedagógico 02 30 horas Vice-diretora 01 40 horas D Regime de Trabalho Voluntário Celetista Celetista Celetista Celetista Celetista Celetista Celetista Cedido Cedido Celetista Celetista Celetista Celetista Público-alvo: Pessoas com deficiência intelectual e múltipla que necessitam de apoios extensivos e generalizados, com idade mínima de 6 anos para os anos iniciais do ensino fundamental, e com idade igual ou superior a 15 anos para a EJA anos iniciais e finais. Capacidade de atendimento: 180 alunos 31 Abrangência territorial: Todas as regionais do município de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Atividades a serem realizadas: Efetivar a dinâmica educativa, por meio de “Colônias de Aprendizagem”: grupos formados de acordo com as necessidades e interesses comuns dos alunos, com a proposta de que, em algum momento, aqueles que demandam a mesma intervenção pedagógica se reúnam e recebam um acompanhamento que potencialize o seu desenvolvimento; Reestruturar/redividir os espaços físicos (professores, supervisores, vice-direção, salas de atendimento à família); Realizar o fechamento do processo de enturmação e as matrículas dos alunos novatos; Desenvolver projetos de acordo com a temática adotada: Comportamento, linguagem e Aprendizagem; Realizar Assembléia de Pais e Alunos, para apresentação da proposta pedagógica para o ano de 2015; Ampliar a utilização do laboratório de informática para o atendimento de alunos dos Anos Iniciais; Organizar os anais do 2º Seminário de Educação Especial; Realizar pesquisas e utilizar novas tecnologias assistivas, buscando maior desenvolvimento dos alunos; Construir e organizar os projetos específicos para cada turma e readequar os temas para cada ciclo de aprendizagem; Desenvolver práticas pedagógicas que desenvolvam a linguagem e viabilizem a comunicação dos alunos, através da comunicação alternativa e da utilização de tecnologias assistivas; Desenvolver práticas pedagógicas que favoreçam a autonomia e a independência da pessoa com deficiência intelectual e múltipla; Realizar, na EJA séries finais, atividades práticas e concretas através de oficinas que contemplem os conteúdos curriculares de Português, Matemática, Geografia, História, 32 Ciências e Inglês, adequando-as à realidade e ao nível de desenvolvimento de cada aluno; Realizar Ciclo de Palestras Curtas sobre temas relacionados à Escola: Autismo, Comunicação Alternativa, Currículo Funcional, Pedagogia de Projetos, Sexualidade e Aprendizagem, entre outros; Estruturar uma sala com a metodologia do Currículo Funcional sob a supervisão da professora Marise Suplino; Promover a capacitação e o aperfeiçoamento das ferramentas de trabalho e do processo educativo para professores, técnicos e monitores; Capacitar os professores sobre as propostas pedagógicas e os instrumentos de avaliação e acompanhamento dos educandos, conforme definido pelo Programa; Atualizar e manter organizada a documentação da Secretaria, referente aos profissionais, programas, alunos, portarias, autorização funcional, livro de ata de resultado final, etc.; Integrar as atividades pedagógicas com as atividades do Programa “Promoção da Saúde”, com reuniões mensais para o intercâmbio de informações e orientações de acordo com as demandas, avaliando e propondo adaptações físicas e/ou de outra ordem para os alunos, conforme a efetivação do projeto pedagógico da turma; Promover a integração das ações de assistência social com as pedagógicas, realizando o mapeamento das realidades e das necessidades das famílias a fim de promover as intervenções e encaminhamentos necessários dentro e fora da instituição; Realizar reuniões de avaliação trimestral das intervenções e atendimentos realizados com as famílias, com o intuito de monitorar os atendimentos e propor novas ações que melhorem a integração entre família e escola; Dar continuidade à participação do Programa “Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva” no Sistema Integrado de Gestão das APAEs de Minas Gerais (SIGA), tornando-se referência na implantação da Escola de Ensino Especial na modalidade EJA e Ensino Fundamental completo para as APAEs do Estado; Adquirir novos softwares para o laboratório de informática; Realizar a cerimônia de formatura do Ensino Fundamental, modalidade EJA anos finais; Estruturar Projetos Especiais, atendendo às demandas dos alunos; 33 Utilizar outros espaços, como a Biblioteca e o Laboratório de Informática, dando continuidade à aprendizagem em sala de aula e abrangendo projetos de literatura, contação de histórias e pesquisas; Realizar o 5º Seminário de Educação Especial da APAE-BH, no final do ano, com a participação da APAE de Pará de Minas. IV. Ações de Promoção da Saúde Recursos financeiros estimados a serem utilizados nas ações de Promoção da Saúde: R$ 766.231,73 ( setecentos e sessenta e seis mil, duzentos e trinta e um reais e setenta e três centavos). O Programa “Promoção da Saúde” tem como objetivo promover a saúde da pessoa com deficiência intelectual e múltipla em seu ciclo de vida, melhorar a sua capacidade funcional e desempenho humano, contribuindo para sua inclusão social e prevenindo agravos que determinam o surgimento de deficiências. As principais diretrizes deste programa continuarão sendo a promoção da qualidade de vida, a prevenção de deficiências e a atenção integral à saúde, por meio de ações de habilitação e reabilitação e capacitação de recursos humanos. Recursos financeiros a serem utilizados: Convênio SUS e Programa Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência - PRONAS/PCD Recursos humanos: Profissional Quantidade Carga Horária Semanal Regime de Trabalho Assistente Social 01 20 horas Celetista Auxiliar Administrativo 01 40 horas Celetista Auxiliar de Saúde Bucal 01 40 horas Celetista Fisioterapeuta 04 100 horas Celetistas Fonoaudiólogo 05 145 horas Celetistas Neurologista 01 04 horas Celetista Pediatra 01 16 horas Voluntário Psicólogo 02 60 horas Celetistas Terapeuta Ocupacional 04 90 horas Celetistas Psiquiatra 01 05 horas Celetista Enfermeira 01 30 horas Celetista Nutricionista 01 30 horas Celetista Abrangência Territorial: Todas as regionais do município de Belo Horizonte. 34 Público-alvo: Pessoas com deficiência intelectual e múltipla e/ou autismo desde o seu nascimento até a idade adulta atendidas por outros Programas da APAE-BH ou encaminhadas pelos Centros de Saúde da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (SUS). Capacidade de atendimento: 4.446 atendimentos a) Avaliação Multidimensional Realizada por equipe multidisciplinar, esta avaliação é pautada em estudos e critérios científicos, propondo a intervenção e a indicação dos apoios necessários à pessoa com deficiência intelectual e múltipla no que se refere à funcionalidade em seu ciclo de vida, visando à prevenção do agravo da deficiência e o favorecimento de competências sociais para sua autonomia e independência. Ação: Ampliar os protocolos de avaliação de resultados cientificamente validados. Sistema de Classificação de Função Motora Grossa (GMFCS): Este Sistema estandartizado, baseado no desempenho motor, é usado para classificação funcional do prognóstico motor em crianças com paralisia cerebral e abrange cinco níveis de comprometimento motor que vai de 1 (mais leve) a 5 (mais grave), divididos em 4 categorias de idade: até 2 anos, entre 2 e 4 anos, entre 4 e 6 anos, e entre 6 e 12 anos. Alberta Infant Motor Scale: AIMS A AIMS incorpora aspectos da teoria neuromaturacional com atributos relevantes da perspectiva da dinâmica motora e determina os marcos da seqüência do desenvolvimento motor infantil. b) Ações de Prevenção e Atenção Básica Nutrição: Manter a conscientização de hábitos alimentares saudáveis e de vida, através da educação nutricional, favorecendo o controle do açúcar, ingestão hídrica, atividade física e redução do sobrepeso. Médico: Avaliar os usuários com a finalidade de identificar e intervir nos problemas clínicos, neurológicos, psiquiátricos que possam contribuir para o surgimento de alterações comportamentais. 35 Ações de Prevenção, Promoção e Qualidade de Vida c) Intervenção Precoce O atendimento em intervenção precoce (IP) consiste num conjunto de ações de caráter preventivo e terapêutico que envolve crianças de 0 a 6 anos de idade, a família e a sociedade em seu entorno, buscando uma atuação intersetorial e sistêmica para atender às necessidades do usuário. A Intervenção Precoce se divide em: • Intervenção Precoce I (de 0 a 3 anos de idade): 89 usuários • Intervenção Precoce II (dos 4 aos 6 anos de idade): 94 usuários Ações a serem desenvolvidas: • Adequar o serviço à Deliberação CIB-SUS/MG Nº404, de 19 de março de 2013, que institui o Programa de Intervenção Precoce Avançado – PIPA; • Ampliar o número de atendimentos nessa faixa etária (0 a 6 anos) para atender ao quantitativo definido na deliberação de 183 usuários. • Contratar duas fisioterapeutas, uma terapeuta ocupacional, uma fonoaudióloga e um psicólogo para continuar prestando serviços com qualidade a um número maior de usuários. Grupo de Pais: Abordagem familiar: trabalho que será desenvolvido juntamente com a família e os profissionais de psicologia e serviço social. Equipe: assistente social, psicóloga, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, médico e nutricionista. d) Ações de Atenção Integral à Saúde - Reabilitação/habilitação: Ampliar o número de usuários do serviço de acordo com a Deliberação CIB-SUS/MG Nº1403, de 19 de março de 2013, que define os Serviços Especializados de Reabilitação em 36 Deficiência Intelectual da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência do SUS/MG – SERDI, organizado por faixa etária. Dos 7 aos 13 anos de idade: • Oferecer o atendimento interdisciplinar para o desenvolvimento de habilidades essenciais para a autonomia da pessoa com deficiência intelectual, promovendo o seu desenvolvimento integral e o envolvimento familiar. Nº de usuários: 100 Dos 14 aos 27 anos de idade: • Manter o atendimento aos usuários de acordo com as necessidades específicas, mas, também, com enfoque nas novas demandas, vida social, sexual e trabalho. Nº de usuários: 55 Acima dos 28 anos de idade: • Prevenir as alterações comuns ao processo de envelhecimento, tais como: redução da funcionalidade, agravamento de condições associadas, fragilidade psicoafetiva. • Promover ações coletivas que favoreçam a qualidade de vida e bem estar, prescrição de tecnologias assistivas, acompanhar estado nutricional devido a fragilização dos mecanismos de deglutição. Nº de usuários: 35 e) Reabilitação Pedia Suit: O Protocolo Pedia Suit é descrito como um recurso terapêutico composto por uma vestimenta ortopédico-terapêutica combinada com sessões de terapia intensiva de fisioterapia e terapia ocupacional, baseadas em um intenso e específico programa de exercícios para o tratamento de pessoas com paralisia cerebral, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, ataxia, atetose, autismo, transtornos vestibulares, traumatismo crânio-encefálico, síndrome de Down, síndromes genéticas, mielomeningocele e má formação congênita (PEDIA SUIT METHOD, 2008). 37 O Protocolo Pedia Suit tem caráter intensivo, com duração de quatro semanas e de 3 a 4 horas diárias de exercícios associados ao uso de um macacão terapêutico-ortopédico, que promoverá o ajuste biomecânico no usuário. Número previsto de usuários: 24 usuários/ano f) Fisioterapia Respiratória: Realizar atendimentos individualizados com utilização de estratégias, meios e técnicas de avaliação e tratamento não invasivos para otimizar o transporte de oxigênio e prevenir ou minimizar disfunções cardiorrespiratórias, promovendo funcionalidade e qualidade de vida. g) Serviço de Disfagia: Oferecer às crianças com transtorno de deglutição que recebem atendimentos de fisioterapia respiratória e fonoaudiologia com abordagens que visam à manutenção e/ou melhora da ventilação, prevenção de crises e complicações respiratórias, educação do paciente e da família quanto à oferta e manejo dos alimentos. h) Programa Qualidade de Vida: Manter o atendimento em grupo de usuários acima dos 10 anos de idade com diagnóstico clínico de disfunção neuromotora, diagnóstico motor classificado no GMFCS IV e V e topografia quadriparesia espástica, com o prognóstico motor e cognitivo estabilizados. i) Ações Integradas de Saúde / Intersetorialidade Programa “Trabalho, Emprego e Renda”: Manter o acompanhamento e a orientação dos profissionais da saúde para os oficineiros e usuários, durante o desenvolvimento das atividades, visando melhorar o desempenho funcional, o desenvolvimento de suas habilidades laborais e a sua possível inclusão no mercado de trabalho. Programa “Educação Para e Pelo Lazer”: 38 • Manter as orientações aos instrutores das oficinas de atividades ocupacionais com o objetivo de favorecer o desenvolvimento das habilidades sociais, da vida diária, mobilidade, motricidade e equilíbrio, assegurando a manutenção das habilidades adquiridas e o desenvolvimento da autonomia e independência nos cuidados básicos com a saúde. • A partir da liberação de novos recursos do PRONAS/PCD, ampliar o serviço de saúde na prevenção de alterações comuns ao processo de envelhecimento, tais como: redução da funcionalidade, agravamento de condições associadas e fragilidade psicoafetiva. • Promover ações coletivas que favoreçam a melhoria da qualidade de vida e do bem- estar, com prescrição de tecnologias assistivas; • Acompanhar o estado nutricional dos usuários, devido à fragilização dos mecanismos de deglutição. Programa “Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva”: Manter os profissionais da saúde no acompanhamento e orientação dos educadores nas atividades pedagógicas, sociais, físicas, lúdicas e da vida diária e prática, considerando as necessidades e especificidades individuais dos educandos. Programa “Casa Lar”: Manter os atendimentos de reabilitação para os usuários que apresentam necessidades específicas de atendimento, promovendo seu desenvolvimento integral e melhoria de sua qualidade de vida. j) Convênios e Parcerias Manter os convênios com as Universidades FAMINAS e UFMG com estágios de Terapia Ocupacional. Manter o convênio com a UNIVERSO, estágio de Fisioterapia. Manter a parceria com a FEAPAEs-MG, com o Programa SIGA, que promove o intercâmbio de informações entre gestores e profissionais envolvidos com boas práticas de gestão na Rede Apae. 39 k) Estudos Técnicos e Científicos De acordo com a Deliberação CIB-SUS/MG Nº1403, de 19 de março de 2013, que define os Serviços Especializados de Reabilitação em Deficiência Intelectual da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência do SUS/MG – SERDI: • Promover articulação e capacitação com o serviço de saúde, instituições educacionais e serviço de assistência social, objetivando ações de promoção da saúde; • Realizar capacitação dos profissionais e estudos com supervisão presencial ou a distância, através de palestras, seminários e cursos, após publicação de autorização para SERDI II. • Realizar os cursos de capacitação previstos no Projeto PRONAS/PCD: Curso Therapy Taping – Bandagem Terapêutica e Curso de Extensão em Paralisia Cerebral. • Manter as reuniões semanais da equipe de saúde para discussão de casos clínicos, otimizando as intervenções dos atendimentos especializados. V. AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE INSTITUCIONAL V.1- COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Captação de Recursos e Comunicação Institucional Descrição das atividades A Coordenação de Planejamento Estratégico elabora e executa estratégias com metas bem definidas, visando à estabilidade financeira da instituição. Além disso, utiliza ferramentas para divulgação do trabalho realizado pela entidade, fortalecendo sua imagem junto ao público externo. Esta Coordenação deverá envolver o público interno no desenvolvimento de e suas ações, na busca de parceiros responsáveis e na arrecadação de recursos financeiros para viabilizar projetos, manter a qualidade dos serviços prestados e o funcionamento da instituição. Recursos humanos envolvidos: Profissional Qtde. Carga Horária Semanal Regime de Trabalho Coordenador 01 40 horas Celetista Costureira 01 40 horas Celetista Técnico em Comunicação 01 40 horas Celetista Vendedor - Bazar Ponto Chic 01 44 horas Celetista 40 Objetivo geral Planejar as ações a serem desenvolvidas pela entidade e criar estratégias que viabilizem o estabelecimento de parceiras responsáveis com o poder público e com a sociedade civil, visando à execução de seus programas, projetos e atividades de forma eficaz e eficiente. Ações a serem desenvolvidas: Promover cinco eventos voltados para o público externo, visando à captação de recursos financeiros para manutenção da entidade; Promover a divulgação externa dos resultados alcançados pela instituição, através do site institucional e de redes sociais; Divulgar internamente, de forma sistemática, as informações setoriais mais relevantes; Buscar permanentemente doações de produtos para comercialização no Bazar Ponto Chic, dentro das ações para captação de recursos financeiros; Manter contato direto com empresas em busca de parcerias comerciais que associem seus produtos à instituição, com o objetivo de captar recursos financeiros; Acompanhar a execução dos projetos aprovados pelo PRONAS/PCD; Apoiar a agência de comunicação no processo de criação e na confecção de peças publicitárias; Apoiar e acompanhar a empresa contratada no processo de criação do novo site da instituição; Elaborar clipping trimestral de notícias com informações conditas no site, reforçando sobre o impacto das doações nas atividades da Apae BH. V.2- COORDENAÇÃO DE GESTÃO ESTRATÉGICA PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA 2015 Esta previsão orçamentária apresenta todas as despesas fixas e varáveis, bem como a folha de pagamento da APAE de Belo Horizonte para o ano de 2015. Foram utilizados para este cálculo valores dos gastos efetivos de 2014, com uma correção da inflação pelo IPCA-IBGE (Índice Nacional de Preços Consumidor Amplo) de 6,41%. (fonte: FGV – Fundação Getúlio Vargas). É importante destacar que, eventualmente, poderão ocorrer despesas e/ou receitas não previstas na tabela abaixo. 41 Tabela 1 Previsão das Despesas Fixas e Variáveis para 2015 Despesas * Valor Mês Água e Saneamento 2.392,68 Alimentação 2.493,95 Auditoria 177,37 Cartório 133,03 Combustíveis 2.840,70 Correio 86,91 Despesas com promoções e eventos 1.037,60 Energia Elétrica 2.800,35 Gás 1.105,53 Garagem Ônibus 425,68 Impressos e Materiais de escritório 615,91 Limpeza – Serviço Terceirizado 9.267,41 Manutenção de veículos 283,79 Manutenção e conservação predial 779,44 Materiais de higiene e limpeza 2.217,08 Materiais didáticos e pedagógicos 283,79 Materiais para formação profissional 1.064,20 Serviços Prestados – Pessoa Física 42,57 Serviços Prestados – Pessoa Jurídica 3.693,57 Sistemas de Informática do TeleApae 1.084,77 Suprimento de Caixa para Pequenas Despesas 1.596,30 Taxas e contribuições 709,47 Telefonia fixa 3.393,02 Telefonia móvel 1.064,20 Vestuário – Uniformes 177,37 Vigilância 286,00 TOTAL 40.052,67 Valor Ano 28.712,12 29.927,43 2.128,40 1.596,30 34.088,45 1.042,92 12.451,14 33.604,24 13.266,32 5.108,16 7.390,87 111.208,90 3.405,44 9.353,25 26.605,00 3.405,44 12.770,40 510,82 44.322,87 13.017,29 19.155,60 8.513,60 40.716,29 12.770,40 2.128,40 3.432,05 480.632,10 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte. *Inclui todas as despesas fixas e variáveis que conseguimos prever. No entanto, é provável que ocorram outras despesas não previstas. Um dos maiores investimentos para o ano de 2015 continuará sendo na limpeza e conservação, de forma terceirizada, e com despesas na ordem de R$ 111.208,90 ao ano. As vantagens desse processo é a desobrigação do passivo trabalhista e a facilidade de se trocar os funcionários que não se adaptarem à rotina de trabalho. Além disso, após dois anos de terceirização houve uma melhora considerável nesse aspecto. Outra despesa significativa é a relacionada aos serviços contratados de pessoas jurídicas, com o valor de aproximadamente R$ 44.332,00. Aqui estão todas as empresas com as quais a APAEBH possui contratos e manutenções periódicas, como por exemplo, o escritório de contabilidade, empresas que fornecem sistemas de informática para o gerenciamento do TeleApae, manutenção preventiva dos elevadores, das máquinas de xerox e da piscina, medicina do trabalho etc. 42 Seguindo o que ocorreu em 2014, a instituição continuará buscando economias com a alimentação. A previsão para 2015 é que se gaste uma média de R$ 2.500,00 por mês. Serão monitoradas mensalmente as despesas previstas com manutenção predial (R$ 20.000,00/ano), água e saneamento (R$ 30.000,00) e energia elétrica (R$ 35.000,00), buscando-se sempre mantê-las dentro do previsto. As despesas com telefonia fixa estão orçadas em torno de R$ 41.000,00, por ser esta a principal forma de contato do TeleApae com os doadores para agendamento da busca das doações. Na tabela 2, está demonstrada a previsão das receitas para o pagamento das despesas citadas na tabela 1. Tabela 2 Previsão das Receitas para Manutenção em 2015 (R$) RECEITAS Doações e Parcerias Sócios Contribuintes Convênio FNDE – PDDE Apae Energia (50%) Eventos TOTAL Sobra Recursos PREVISÃO VALOR ANUAL 200.000,00 16.000,00 11.020,00 200.000,00 60.000,00 487.020,00 6.387,90 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte *A manutenção e conservação da Apae BH dependerá da captação de recursos de doadores eventuais. Caso os valores previstos sejam alcançados, a APAE-BH, terá sua manutenção sustentável no ano de 2015, com um superávit R$ 6.000,00. Gráfico 1 Receitas Manutenção 2014 Eventos 17% Doações e Parcerias 37% Doações e Parcerias Sócios Contribuintes Convênio FNDE – PDDE Apae Energia (50%) Apae Energia 42% Eventos 2% 3% Fonte: Financeiro/Contábil – Apae de Belo Horizonte 43 Doações e parcerias são as receitas referentes a convênios estaduais, receitas de pequenas vendas realizadas pela Casa do Voluntário, Bazar Ponto Chic, etc. Correspondem também a doações dos associados, de organizações particulares, bem como outras receitas financeiras. FOLHA DE PAGAMENTO As despesas com pessoal ficarão em torno de R$ 279.250,00 ao mês, totalizando aproximadamente R$ 3.351.000,00 ao ano. Nesses valores estão incluídos os pagamentos dos salários, o décimo terceiro, as férias, o plano de saúde, os vales transporte e dissídio coletivo (calculado em 6% pela média histórica). Tabela 3 Previsão Despesas Folha de Pagamento 2015 Rubrica Folha de Pagamento (13, Férias, Impostos, Dissídio) Plano de Saúde Vale Alimentação Vale Transporte TOTAL Mês 248.583,33 7.500,00 9.416,67 13.750,00 279.250,00 Ano 2.983.000,00 90.000,00 113.000,00 165.000,00 3.351.000,00 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte O gráfico 2, abaixo, demonstra a proporção da previsão das despesas do mês com a folha de pagamento e benefícios para o ano de 2015. 44 Gráfico 2 Previsão Despesas Folha Pagamento 2015 3% 4% 3% Folha d Pagam Plano d Vale Alimen Fonte: Financeiro/Contábil – Apae de Belo Horizonte Tabela 4 Previsão de Receitas – Folha de Pagamento 2015 Receitas Tele APAE* SUS** Casa Lar Pronas – 1000 atendimentos Pronas – 646 atendimentos Pedia Suit Apae Energia (50%) Apae Noel Superávit Folha TOTAL Vale Transp 90% Previsão Valor Anual 1.632.000,00 384.000,00 690.000,00 183.12000 118.295,52 120.000,00 200.000,00 38.000,00 9.415,52 3.360.415,52 Fonte: Financeiro/Contábil: Apae de Belo Horizonte *Levando-se em conta que o Tele Apae arrecadará R$ 136.000,00/mês de média ** Levando-se em conta que o teto de R$ 32.000,00 será alcançado todo mês. A tabela acima demonstra como a APAE de Belo Horizonte pretende pagar sua folha no ano de 2015. Para isso, a instituição usará recursos provenientes de sua Central de Doações (TeleApae), do convênio com a Sedese (Programa Casa Lar), recursos provenientes do SUS e das doações feitas através da conta de luz, denominada Apae Energia. E pela primeira vez, a instituição terá o aporte de duas receitas oriundas de convênio firmado com o Ministério da Saúde, denominado PRONAS, realizado através de renúncia fiscal de grandes empresas que possuem seu sistema de contabilização baseada no lucro real. Os recursos extras se devem à ampliação de atendimentos da Clínica Intervir e ao atendimento fisioterápico especializado chamado Pedia Suit. Se os atendimentos forem produzidos em sua totalidade, estas rubricas representarão uma receita na faixa de R$ 421.000,00 em 2015. O que se espera para 2015, é que a APAE-BH tenha equilíbrio e sustentabilidade em seu orçamento, que a arrecadação do TeleApae atinja uma média de R$ 136.000,00/mês totalizando 45 1.632.000,00/ano, que as receitas oriundas do atendimento clínico do SUS permaneçam nos patamares de R$ 32.000,00 ao mês. Com o aporte de recursos vindos/da receita do PRONAS, a folha de pagamento que historicamente era deficitária, mesmo com um aumento de praticamente R$ 100.000,00/ano por ocasião do dissídio coletivo, em 2015 fechará com superávit no valor aproximado de R$ 9.000,00. Assim, pela primeira vez em muitos anos, a APAE-BH se tornará sustentável numa questão tão delicada quanto a folha de pagamento. O problema principal agora deixa de ser a fonte de recurso para a folha de pagamento e passa a ser o desencaixe financeiro. Isso acontece porque a maior fonte de receita, a arrecadação do TeleApae, se dá de forma bem gradual, pois as doações são recebidas durante todo o mês. Dessa forma, é impossível gerar a folha numa única data para toda a instituição. No entanto, consideramos uma boa alternativa buscar financiamentos externos e gerar os pagamentos em data única e, com os recursos que chegam de forma gradativa, efetuar os pagamentos dos financiamentos. CASA LAR As despesas do Programa Casa Lar, hoje com 54 atendidos, serão apresentadas de forma separada. Para 2015, o valor total do convênio do Per Capta é de R$ 1.008.000,00 e continuará sendo repassado em parcelas quadrimestrais. Com esses recursos serão pagos parte da água, luz, telefone, alimentação, alugueis e taxas, folha de pagamento, medicamentos e vales transporte dos funcionários. Tabela 5 Despesas de Manutenção 2015 – Programa Casa Lar – Per Capta Despesas Água, Luz, Telefone Alimentação Alugueis e Taxas Folha de Pagamento Medicação Vale Transporte TOTAL Previsão Valor Anual 72.000,00 60.000,00 102.000,00 690.000,00 66.000,00 18.000,00 1.008.000,00 Fonte: Financeiro/Contábil: Apae de Belo Horizonte Como a folha de pagamento já foi tratada no tópico anterior, os valores para as despesas com manutenção das Casas Lares em 2015, serão definidos da seguinte forma: 46 Para o pagamento de água, luz e telefone foram orçados R$ 72.000,00 e para os aluguéis foi feita a previsão de R$ 102.000,00. Em 2015 as despesas de alimentação permanecerão na ordem de R$ 60.000,00, compra de medicamentos em R$ 66.000,00 e vales transporte para os funcionários da Casa Lar no valor de R$ 18.000,00 ao ano. Gráfico 3 Despesas Per Capta 2014 700.000,00 Água, Luz, Telefone 600.000,00 Alimentação 500.000,00 Alugueis e Taxas 400.000,00 300.000,00 Folha de Pagamento 200.000,00 Medicação 100.000,00 0,00 Vale Transporte Na tabela 6, abaixo, são demonstradas as receitas para manutenção das Casas Lares. Tabela 6 Previsão das Receitas para 2015 – Per Capta – Casa Lar Receitas Convênio com a SEDESE TOTAL Previsão do Valor Anual 1.008.000,00 1.008.000,00 Em seguida, na tabela 7, estão demonstrados os gastos com medicamentos, alimentação, suprimento de caixa, apoio aos trabalhadores, transporte escolar, água, luz, telefone, combustível e manutenção das Casas Lares, que são pagas com o BPC (Benefício de Prestação Continuada). 47 Tabela 7 Previsão de Despesas com Casas Lares 2015 – BPC Despesas Medicamentos Alimentação Suprimento de Caixa para Despesas Casas Lares Repasse Financeiro aos Moradores para Despesas Pessoais Transporte Escolar Água e saneamento Telefonia fixa Energia Elétrica Combustível Manutenção TOTAL 2015 44.939,20 115.721,80 77.523,53 16.180,80 16.852,94 43.817,65 12.360,80 16.289,20 20.221,80 18.088,82 382.000,00 Fonte: Financeiro/contábil: Apae de Belo Horizonte Atualmente, a maior despesa das Casas Lares é com alimentação, que gira em torno de R$ 115.000,00 e é feita com utilização do BPC. Foi projetado um aumento de 6,41% ao ano, conforme o IPCA – IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Em seguida vêm os valores dos suprimentos de caixa, que são os recursos destinados a pequenas e constantes despesas das casas como, por exemplo, açougue, padaria, sacolão, etc. na ordem de R$ 77.000,00. Existem despesas relevantes com medicamentos, água, combustíveis, etc. e, em menor escala, as despesas com manutenção, energia e transporte escolar. Tabela 8 Previsão de Receitas com Casas Lares 2015 - BPC Origem BPC TOTAL Valor 382.000,00 382.000,00 X. CONSIDERAÇÕES FINAIS Desde o início desta gestão, em janeiro de 2014, a APAE de Belo Horizonte tem envidado esforços para levantar os recursos necessários à manutenção da qualidade dos seus serviços. Entre eles, destacamos a aprovação pelo Ministério da Saúde – PRONAS/PCD – Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência do Projeto “Mais Reabilitação”, que possibilitou a oferta do Protocolo de PediaSuit aos usuários que apresentam distúrbio neuropsicomotor. Este tratamento é inovador, de alta tecnologia e utiliza uma órtese dinâmica (suit) com elásticos estimuladores de músculos e tendões, e uma estrutura aramada denominada “gaiola”. 48 A combinação desses equipamentos com exercícios específicos estimula posicionamentos e permite funções que o corpo dos pacientes não atingiria naturalmente, como por exemplo, ficar de pé. Além das iniciativas para levantamento de fundos, APAE-BH continuará cumprindo sua missão institucional e acreditamos firmemente na capacidade de trabalho da equipe de profissionais da instituição para concretizar os anseios e metas previstas para 2015, conforme abaixo: Continuar realizando os 1.000 atendimentos de reabilitação e o tratamento de PediaSuit; Oferecer capacitação aos profissionais da área da saúde e aos professores a fim de melhorar as intervenções com os alunos; Aprimorar as ações de Controle e Avaliação do Serviço de Saúde; Promover a capacitação de 350 profissionais em Neuropsicologia do Desenvolvimento, por meio de parceria com a Federação das APAEs do Estado de Minas Gerais, com financiamento do PRONAS/PCD; Ampliar o número de usuários atendidos no Programa “Trabalho, Emprego e Renda” de 20 para 50; e do Programa “Educação Para e Pelo Lazer” de 70 para 100, dentro da execução do projeto PRONAS/PCD; Adquirir novos equipamentos para os Programas “Educação Para e Pelo Lazer” e “Trabalho, Emprego e Renda” para atender ao aumento do número de usuários; Inserir o Programa “Autogestão, Autodefesa e Família”, da APAE-BH, no Sistema Integrado de Gestão da Rede Mineira das APAEs – SIGA, tornando-se referência para outras APAEs d Minas Gerais e do país. Belo Horizonte, janeiro de 2015. Judith Maria de Magalhães Monteiro Presidente 49