PRODUTO 02-A – DIAGNÓSTICO PARCIAL – Leitura Técnica – PDF
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PRODUTO 02-A – DIAGNÓSTICO PARCIAL – Leitura Técnica – PDF
MUNICÍPIO DE ITIQUIRA/MT PLANO DIRETOR MUNICIPAL – ITIQUIRA/MT Produto 02-A: Diagnóstico Parcial Leitura Técnica MARÇO/2015 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL CONTRATAÇÃO/SUPERVISÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE ITIQUIRA/MT Praça Frei Liberato, 311, Centro CEP: 78.790-000 Itiquira - MT Site: www.itiquira.mt.gov.br CNPJ: 03.370.251/0001-56 Telefone: (65) 3491-1061 Prefeito Municipal – Humberto Bortolini 1 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL EXECUÇÃO Razão social: Nome fantasia: CNPJ: Endereço: Telefone/fax: Telefone celular: E-mail: Registro do CREA: 2 Assessoria Técnica Ambiental Ltda. Cia Ambiental 05.688.216/0001-05 Rua Marechal José Bernardino Bormann, nº 821, Batel Curitiba, PR. CEP: 80.730-350. (0**41) 3336-0888 (0**41) 9243-4831 [email protected] PR-41043 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL EQUIPE TÉCNICA DA CONSULTORIA Supervisão Supervisão Pedro Luiz Fuentes Dias CREA/PR18299/D Engenheiro Florestal Supervisão Sandra Mayumi Nakamura CAUA28547-1 Arquiteta e Urbanista Coordenação Coordenação Técnica Geral Daniela G. Diniz de Almeida CREA/PR 128989/D Tecnóloga em Química Ambiental Coordenação Técnica Geral Letícia Schmitt Cardon de Oliveira CAU A46913-0 Arquiteta e Urbanista Coordenação Técnica Walter Gustavo Linzmayer Adjunta Arquiteto e Urbanista Coordenação Técnica Mayra Mayumi Aihara Adjunta Arquiteta e Urbanista CAU A33852-4 CAU 138434-1 Equipe de Apoio Geral Lucas Mansur Schimaleski CREA-PR 141646/D Geógrafo Aspectos físico-ambientais Cassio Kiyonori Nakamura Oceanógrafo Aspectos de infraestrutura e Naiade Tami Isozaki CREA-PR 139243/D serviços Engenheira Civil Aspectos socioeconômicos e Gisele Leopoldino territoriais Zootecnista Aspectos legais Rosamaria Milléo Costa OAB-PR 20.026 Advogada Aspectos econômicos e Fernanda Tiemi Hagi institucionais Economista Aspectos territoriais e Verena Geraldi Costa socioculturais Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo Geral Ana Júlia M. Molinari Gonçalves Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo 3 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL DO PDM Decreto Municipal nº. 10/2015 Coordenador Municipal Felipe Domiciano Lemos Vice-coordenador Municipal Rinaldo Alves da Silva MEMBROS: Secretaria Técnico (Suplente) Secretaria Municipal de Gabinete Elia Teresinha Blusamarello (Davina Inácio da Silva) Secretaria Municipal de Assistência Social Suzana Francisca da Silva (Natalia de Andrade Vidotti) Secretaria Municipal de Meio Ambiente Oscar Adriel Teodoro de Menezes (Juarez Vieira da Silva) Secretaria Municipal de Agricultura Cristian Marin (Valeria Furquim) Secretaria Municipal de Administração Fabiano Dalla Valle (Ailton José da Rocha) Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Odeci Terezinha Dalla Valle (Ana Maria Moraes e Souza) Secretaria Municipal de Educação Jane Gobbi (Marly Lemes de Oliveira) Secretaria Municipal de Saúde Lucimara Garcia da Silva (Thabatha Melissa Pereira da Silva) Secretaria Municipal de Infraestrutura Aguinaldo Furtado de Moraes (Marcelo Fianco) 4 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Secretaria Municipal de Turismo Fabiano Dalla Valle (Claudelino da Silva Langue) Secretaria Municipal de Finanças Alex Alves da Silva (Alberto Rezende Mendonça) Secretaria Municipal de Esportes e Lazer Adalberto Pereira de Anicésio (Antônio Marcos Custodio da Silva) Secretaria Municipal de Cultura Manoel Dourado Marques (Bruno Henrique Nascimento) Secretaria Municipal de Trânsito Maria Luiza Rufino (Uisley da Silva Lima) Secretaria Municipal de Indústria e Comércio Irma Dallastra (Jhonatan Presotto) 5 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL NÚCLEO GESTOR DE ELABORAÇÃO DO PDM Decreto Municipal nº 11/2015 Representantes da Sociedade Civil Organizada Entidade Nome COMÉRCIO Samaroni Trevisol SINDICATO RURAL Alberto Montagna CONSELHO FUNDEB Antônio Alves de Oliveira Filho AGRICULTORES FAMILIARES Edifaldo Ferreira da Silva RELIGIOSO Frei Ailton Campos de Castro CÂMARA MUNICIPAL Licurguio Lins de Souza 6 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL APRESENTAÇÃO O presente documento configura o Produto 02-A – Diagnóstico Parcial, referente à elaboração do Plano Diretor Municipal (PDM) do município de Itiquira – MT, apresentado pela Assessoria Técnica Ambiental Ltda. (Cia Ambiental) em atendimento de parceria firmada entre a América Latina Logística S.A. (ALL) e a empresa citada. O “Diagnóstico” delineia os diversos aspectos da realidade atual do município de Itiquira, a partir da leitura técnica realizada nessa etapa do processo de elaboração do PDM, possibilitando uma melhor percepção do município para a execução das fases seguintes pertinentes a este Plano. Assim, o presente documento é constituído da leitura técnica parcial (produto 02-A), que se configura no levantamento de informações primárias e secundárias existentes acerca do município, sendo composto por: introdução; contextualização regional; aspectos físico-ambientais; aspectos territoriais; aspectos de infraestrutura e serviços; aspectos socioculturais; aspectos econômicos; e aspectos institucionais. Tratando-se de um documento parcial, este produto deve ser apreciado em especial pela equipe técnica da Prefeitura Municipal e pelos membros do Núcleo Gestor do PDM. Os itens sinalizados em amarelo, encontram-se em desenvolvimento ou aguardando informações da Prefeitura Municipal e demais órgãos, conforme descrição. 7 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL SUMÁRIO CONTRATAÇÃO/SUPERVISÃO 1 EXECUÇÃO 2 EQUIPE TÉCNICA DA CONSULTORIA 3 EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL DO PDM 4 NÚCLEO GESTOR DE ELABORAÇÃO DO PDM 6 APRESENTAÇÃO 7 1. INTRODUÇÃO 19 2. CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL 20 2.1. ANTECEDENTES HISTÓRICOS 20 2.2. LOCALIZAÇÃO 24 2.3. ACESSOS 25 2.4. PLANEJAMENTO REGIONAL 27 2.4.1. MESORREGIÃO SUDESTE MATO-GROSSENSE 29 2.4.2. MICRORREGIÃO: RONDONÓPOLIS 31 2.4.3. MACRORREGIÃO AGROECONÔMICA DO IMEA 32 2.4.4. REGIONAL DE SAÚDE 34 2.5. VOCAÇÃO REGIONAL 35 2.6. CENTRALIDADE E RELAÇÃO COM OS MUNICÍPIOS VIZINHOS 35 3. ASPECTOS FÍSICO-AMBIENTAIS 37 3.1. CLIMA E AR 37 3.1.1.1. Climatologia regional 37 3.1.1.2. Classificação climática 37 3.1.1.3. Precipitação pluviométrica total 38 3.1.1.4. Temperatura 40 3.1.1.5. Umidade 43 3.1.1.6. Circulação atmosférica 45 3.1.1.6.1. Ventos 48 3.2. GEOLOGIA 49 3.2.1. UNIDADES GEOLÓGICAS 51 3.2.1.1. Formação Ponta Grossa 51 3.2.1.2. Formação Furnas 52 3.2.1.3. Formação Aquidauana 54 3.2.2. CONTEXTO GEOTECTÔNICO E ESTRUTURAL 55 8 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 3.2.3. ASPECTOS GEOLÓGICOS LOCAIS 55 3.3. GEOMORFOLOGIA 56 3.3.1. UNIDADES GEOMORFOLÓGICAS 57 3.3.2. HIPSOMETRIA 57 3.3.3. DECLIVIDADES 58 3.4. SOLOS 58 3.4.1. CARACTERIZAÇÃO PEDOLÓGICA 58 3.5. RECURSOS HÍDRICOS 58 3.5.1. RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS 58 3.5.1.1. Caracterização hidrográfica (regiões e bacias hidrográficas) 58 3.5.2. QUALIDADE DA ÁGUA 59 3.5.3. USOS DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS 59 3.5.4. LANÇAMENTOS DE EFLUENTES EM CORPOS HÍDRICOS 59 3.5.5. RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS 59 3.5.5.1. Unidades aquíferas e domínios hidrogeológicos 59 3.5.5.1.1. Uso da água subterrânea em Itiquira 59 3.5.5.2. Captações e potencial de exploração (outorgas) 59 3.6. RECURSOS MINERAIS E DIREITOS MINERÁRIOS (EM DESENVOLVIMENTO) 60 3.6.1. SUBSTÂNCIAS MINERAIS EXPLORADAS NO MUNICÍPIO 60 3.7. RISCOS GEOAMBIENTAIS 61 3.7.1. PROCESSOS EROSIVOS E MOVIMENTAÇÃO DE MASSA GRAVITACIONAL 63 3.7.1.1. Erosão fluvial 63 3.7.2. INUNDAÇÕES 63 3.8. SÍTIOS GEOLÓGICOS E POTENCIAL GEOTURÍSTICO MUNICIPAL 63 3.9. VEGETAÇÃO 63 3.9.1. ENQUADRAMENTO FITOGEOGRÁFICO REGIONAL 63 3.9.2. COBERTURA VEGETAL 63 3.9.3. USO DO SOLO 64 4. ASPECTOS TERRITORIAIS 65 4.1. DEMOGRAFIA 65 4.1.1. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA POPULAÇÃO 65 4.1.2. CRESCIMENTO OU EVASÃO DA POPULAÇÃO 67 4.1.3. MIGRAÇÃO 67 4.1.4. ESTRUTURA POPULACIONAL 69 4.1.5. DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL POR RENDA 71 4.2. HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO DO MUNICÍPIO 72 4.3. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO MUNICIPAL 73 9 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 4.4. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO 73 4.4.1. PERÍMETRO URBANO 74 4.4.2. BAIRROS 75 4.4.3. ZONEAMENTO E PARCELAMENTO DO SOLO URBANO 75 4.4.4. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO ATUAL 76 4.4.4.1. Assentamentos precários 80 4.4.4.2. Ocupação irregular 80 4.4.4.3. Áreas ou Zonas Especiais de Interesse Social 80 4.4.5. TIPOLOGIAS DE USO URBANO 81 4.4.5.1. Usos residenciais 81 4.4.5.2. Usos comerciais e serviços 82 4.4.5.3. Usos industriais e de mineração 84 4.4.5.4. Usos institucionais 86 4.4.5.5. Usos especiais 88 4.4.6. COLÔNIA E ASSOCIAÇÕES DE PESCADORES 88 4.4.7. VAZIOS URBANOS 89 4.5. ÁREAS VERDES 92 4.5.1. ARBORIZAÇÃO URBANA 92 4.5.2. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 92 4.5.3. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 92 4.6. HABITAÇÃO 94 4.6.1. ESTRUTURA INSTITUCIONAL 94 4.6.2. PROGRAMAS E AÇÕES 94 4.6.3. DOMICÍLIOS 95 4.6.4. DÉFICIT HABITACIONAL 97 4.7. PATRIMÔNIO HISTÓRICO, CULTURAL, PAISAGÍSTICO, ARQUEOLÓGICO E ARTÍSTICO 97 4.7.1. BENS TOMBADOS 4.8. PREÇO DA TERRA 101 4.9. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO RURAL 101 4.9.1. LOCALIDADES RURAIS 103 4.9.2. PAISAGEM RURAL 106 4.10. POTENCIAL TURÍSTICO 107 4.10.1. ATRATIVOS NATURAIS 108 4.10.2. ATRATIVOS ARTIFICIAIS 109 4.10.3. INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS DE APOIO 111 4.10.4. ORGANIZAÇÃO TURÍSTICA 111 10 99 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 4.10.5. DEMANDA TURÍSTICA 111 4.10.6. PROJETOS 111 5. ASPECTOS DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS 112 5.1. CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO MUNICIPAL 112 5.1.1. ESTRADAS RURAIS 115 5.2. CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO URBANO 116 5.2.1. HIERARQUIA VIÁRIA 117 5.2.1.1. Principais vias urbanas 117 5.2.2. PAVIMENTAÇÃO DAS VIAS URBANAS 117 5.2.3. CALÇADAS 119 5.2.4. CICLOFAIXAS 121 5.2.5. SINALIZAÇÃO VIÁRIA 121 5.3. PONTES 123 5.4. CONFLITOS DO SISTEMA VIÁRIO 125 5.5. CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES 126 5.5.1. TRANSPORTE INTERMUNICIPAL 127 5.5.2. TRANSPORTE MUNICIPAL 127 5.5.3. TRANSPORTE ESCOLAR 128 5.5.4. FROTA DE VEÍCULOS 129 5.6. SISTEMA FERROVIÁRIO 130 5.7. SANEAMENTO 133 5.7.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA 134 5.7.1.1. Manancial e captação 135 5.7.1.2. Recalque e adução de água bruta 135 5.7.1.3. Estação de Tratamento de Água (ETA) 135 5.7.1.4. Recalque e adução de água tratada 135 5.7.1.5. Reservação 135 5.7.1.6. Rede de distribuição 136 5.7.1.7. População total e urbana abastecida 137 5.7.1.8. Problemas com o abastecimento de água 139 5.7.1.9. Projetos previstos 139 5.7.1.10. Qualidade da água 139 5.7.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO 140 5.7.3. DRENAGEM 141 5.7.3.1. Microdrenagem 142 5.7.3.2. Macrodrenagem 143 5.7.3.3. Problemas ocorridos no município 144 11 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 5.7.4. RESÍDUOS SÓLIDOS 144 5.7.4.1. Coleta convencional 146 5.7.4.2. Coleta seletiva 149 5.7.4.3. Limpeza urbana 149 5.7.4.4. Resíduos hospitalares 150 5.7.4.5. Resíduos inertes 151 5.8. ENERGIA ELÉTRICA 151 5.9. ILUMINAÇÃO PÚBLICA 154 5.10. COMUNICAÇÃO 155 5.10.1. SERVIÇOS DE TELEFONIA FIXA, MÓVEL E INTERNET 155 5.10.2. SERVIÇOS DE CORREIOS 156 5.10.3. CANAIS DE COMUNICAÇÃO LOCAL 157 6. ASPECTOS SOCIOCULTURAIS 158 6.1. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 158 6.2. SAÚDE 160 6.2.1. PROGRAMAS PREVENTIVOS DE SAÚDE 163 6.2.2. AVALIAÇÃO DAS CONDICIONANTES DE SAÚDE 164 6.3. EDUCAÇÃO 167 6.3.1. PROGRAMAS E PROJETOS EXISTENTES 169 6.3.2. AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE EDUCAÇÃO 170 6.4. ASSISTÊNCIA SOCIAL 172 6.4.1. PROGRAMAS E PROJETOS EXISTENTES 173 6.5. CULTURA, ESPORTE E LAZER 173 6.5.1. PROGRAMAS E PROJETOS EXISTENTES 178 6.6. SEGURANÇA PÚBLICA 179 7. ASPECTOS ECONÔMICOS 180 7.1. DINÂMICA ECONÔMICA 180 7.2. OCUPAÇÃO E RENDA 180 7.2.1. ÍNDICES DE DESEMPREGO 180 7.3. ATIVIDADES PRIMÁRIAS 180 7.3.1. AGRICULTURA 183 7.3.2. PECUÁRIA 185 7.3.3. SILVICULTURA 187 7.3.4. PISCICULTURA 189 7.3.5. MINERAÇÃO 189 7.4. ATIVIDADES SECUNDÁRIAS 190 7.5. ATIVIDADES TERCIÁRIAS 190 12 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 7.5.1. 8. TURISMO ASPECTOS INSTITUCIONAIS 190 191 8.1. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA 191 8.1.1. PLANEJAMENTO E GESTÃO MUNICIPAL 191 8.1.2. CONTROLE INTERNO MUNICIPAL 191 8.1.3. SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS 191 8.1.4. CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL 191 8.1.5. TERCEIRIZAÇÃO 191 8.2. FINANÇAS PÚBLICAS E ORÇAMENTO PÚBLICO 191 8.2.1. RECEITA PÚBLICA MUNICIPAL 191 8.2.2. DESPESAS PÚBLICAS 191 8.2.3. CÓDIGO TRIBUTÁRIO DO MUNICÍPIO 192 8.2.4. INDICADORES FISCAIS 192 8.2.5. CAPACIDADE DE ENDIVIDAMENTO 192 8.3. RECURSOS HUMANOS 192 8.4. GESTÃO DEMOCRÁTICA E ORGANIZAÇÕES SOCIAIS 192 8.4.1. CONSELHOS MUNICIPAIS 192 8.4.2. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS COMUNITÁRIAS 192 8.4.3. FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO LOCAL 192 8.5. ESTRUTURA NORMATIVA E LEGAL 192 8.5.1. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL 193 8.5.1.1. Lei Orgânica 193 8.5.1.2. Código tributário municipal 196 8.5.1.3. Leis urbanísticas 196 8.5.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL 199 8.5.3. LEGISLAÇÃO FEDERAL 200 8.5.4. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES PRELIMINARES 206 9. AVALIAÇÃO SISTÊMICA 208 10. REFERÊNCIAS 209 11. ANEXOS 219 13 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – BRASÃO DE ARMAS DO MUNICÍPIO DE ITIQUIRA. 23 FIGURA 2 – BANDEIRA DO MUNICÍPIO DE ITIQUIRA. 23 FIGURA 3 – LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITIQUIRA. 25 FIGURA 4 – ACESSOS AO MUNICÍPIO DE ITIQUIRA. 26 FIGURA 5 – PLANEJAMENTO REGIONAL. 28 FIGURA 6 – MESORREGIÃO SUDESTE MATO-GROSSENSE. 30 FIGURA 7 – MICRORREGIÃO DE RONDONÓPOLIS. 32 FIGURA 8 – MACRORREGIÕES DO IMEA. 33 FIGURA 9 – PRECIPITAÇÃO TOTAL EM ITIQUIRA ENTRE 1980 A 2009. 39 FIGURA 10 – PRECIPITAÇÃO MÉDIA MENSAL EM ITIQUIRA ENTRE 1980 A 2009. 40 FIGURA 11 – TEMPERATURAS MÉDIAS ANUAIS DE 1980 A 2009 EM ITIQUIRA. 41 FIGURA 12 – TEMPERATURAS MÉDIAS MENSAIS DE 1980 A 2009 EM ITIQUIRA. 42 FIGURA 13 – MÉDIA ANUAL DA UMIDADE RELATIVA DO AR EM ITIQUIRA DE 2006 A 2007. 44 FIGURA 14 – MÉDIA MENSAL DA UMIDADE DO AR EM ITIQUIRA DE 2005 A 2007. 45 FIGURA 15 – DIREÇÃO MÉDIA DOS VENTOS EM ITIQUIRA – SÉRIE HISTÓRICA 2005-2007. 49 FIGURA 16 – MAPA GEOLÓGICO SIMPLIFICADO DA BACIA DO PARANÁ COM PROFUNDIDADE DO EMBASAMENTO. 50 FIGURA 17 – PIRÂMIDE ETÁRIA DE ITIQUIRA E MATO GROSSO. 70 FIGURA 18 – PERÍMETRO URBANO DE ITIQUIRA. 75 FIGURA 19 – VISTAS DOS USOS EM ITIQUIRA. 77 FIGURA 20 – EDIFICAÇÕES COM RECUOS FRONTAIS VARIADOS. 78 FIGURA 21 – VISTAS DE ÁREAS PÚBLICAS DE ESPORTE E LAZER. 79 FIGURA 22 – VISTAS DOS USOS EM OURO BRANCO DO SUL. 80 FIGURA 23 – VISTA DE RESIDÊNCIA EM ADOBE. 81 FIGURA 24 – VISTAS DE RESIDÊNCIAS EM ALVENARIA. 82 FIGURA 25 – VISTAS DE COMÉRCIO. 83 FIGURA 26 – VISTAS DE SERVIÇO. 83 FIGURA 27 – TERMINAL DE ITIQUIRA. 84 FIGURA 28 – INDÚSTRIA PRODUTORA DE SEMENTES. 84 FIGURA 29 – VISTA DO SERINGAL. 85 FIGURA 30 – VISTA DE ÁREA DO SERINGAL RETIRADO. 85 FIGURA 31 – VISTA DE ANTIGA ESTRUTURA DE BENEFICIAMENTO DA BORRACHA. 86 FIGURA 32 – VISTA DA PREFEITURA MUNICIPAL (ESQ.) E DA CÂMARA DE VEREADORES (DIR.). 86 FIGURA 33 – VISTA DE IGREJA E PRAÇA EM ITIQUIRA. 87 FIGURA 34 – VISTA DO FÓRUM. 87 14 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL FIGURA 35 – VISTAS DO COMPLEXO TURÍSTICO BEIRA RIO. 87 FIGURA 36 – VISTAS DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (ESQ.) E PRAÇA ANDRÉ MAGGI (DIR.) EM OURO BRANCO DO SUL. 88 FIGURA 37 – VISTAS DO CEMITÉRIO DE ITIQUIRA. 88 FIGURA 38 – VISTAS DE TERRENOS NÃO OCUPADOS. 90 FIGURA 39 – VISTAS DE TERRENOS VAZIOS COM DEPOSIÇÃO IRREGULAR DE ENTULHOS E RESÍDUOS. 90 FIGURA 40 – VISTAS DOS TERRENOS NÃO OCUPADOS EM OURO BRANCO DO SUL. 91 FIGURA 41 – VISTA DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL DEPOSITADOS EM TERRENO VAZIO EM OURO BRANCO DO SUL. 91 FIGURA 42 – VISTA DE RESÍDUOS DEPOSITADOS EM TERRENO VAZIO EM OURO BRANCO DO SUL. 92 FIGURA 43 – VISTAS DE LOTEAMENTOS POPULARES EM ITIQUIRA. 95 FIGURA 44 – CASA FEITA DE ADOBE. 100 FIGURA 45 – CAPELA NOSSA SENHORA APARECIDA. 100 FIGURA 46 – MUSEU ACELINO RODRIGUES OLIVEIRA – ARO. 100 FIGURA 47 - RAÍZES EXPOSTAS DAS SERINGUEIRAS APÓS O ARRANQUE DAS ÁRVORES. 102 FIGURA 48 – VISTAS DA LOCALIDADE DE OURO BRANCO DO SUL 104 FIGURA 49 – VISTAS DA VILA MICHELIN 105 FIGURA 50 – VISTAS DE SERINGAIS. 106 FIGURA 51 – VISTAS DE PLANTAÇÕES DE EUCALIPTO. 106 FIGURA 52 – VISTAS DE PASTO. 107 FIGURA 53 –VISTAS DE PLANTAÇÃO DE SOJA. 107 FIGURA 54 – VISTAS DE CACHOEIRA EM ITIQUIRA. 108 FIGURA 55 – VISTAS DE CACHOEIRA EM ITIQUIRA. 109 FIGURA 56 – VISTA DO COMPLEXO TURÍSTICO BEIRA RIO. 109 FIGURA 57 – VISTA DA QUADRA POLIESPORTIVA DO COMPLEXO TURÍSTICO BEIRA RIO. 110 FIGURA 58 – VISTA DA ACADEMIA AO AR LIVRE DA PRAÇA ANDRÉ MAGGI, EM OURO BRANCO DO SUL. 110 FIGURA 59 – VISTA DA PRAÇA ANDRÉ MAGGI EM OURO BRANCO DO SUL. 111 FIGURA 60 – RODOVIAS E ESTRADAS MUNICIPAIS DE ITIQUIRA. FONTE: ITIQUIRA, 2015. 113 FIGURA 61 – VISTA DE ACESSO A SEDE URBANA DE ITIQUIRA PELA MT-040 (ESQ.); VISTA DE ACESSO À ITIQUIRA PELA MT-299 À LESTE (DIR.). 114 FIGURA 62 – VISTA DE ACESSO À SEDE URBANA PELA MT-299 À SUDOESTE (ESQ.); VISTA DE ACESSO À ITIQUIRA PELA MT-370 (DIR.). 115 FIGURA 63 – VISTA DE MELHORIAS NA ESTRADA SENTIDO FAZENDA BANDEIRANTE. 116 FIGURA 64 – VISTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTRADA NA REGIÃO DO PANTANAL. 116 FIGURA 65 – VISTAS DE ESTRADAS RURAIS DE ITIQUIRA. 116 FIGURA 66 – VISTAS DE VIAS COM PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA EM ITIQUIRA. 118 15 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL FIGURA 67 – VISTAS DE VIAS SEM PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA NA LOCALIDADE DE OURO BRANCO DO SUL. 118 FIGURA 68 – VISTA DE CALÇADA EM PLACAS DE CONCRETO. 120 FIGURA 69 – VISTA DE RAMPA PNE NA CALÇADA. 120 FIGURA 70 – VISTAS DE VIAS COM CALÇADA INADEQUADA OU OBSTRUÍDA. 121 FIGURA 71 – VISTA DE SINALIZAÇÃO HORIZONTAL TRANSVERSAL. 122 FIGURA 72 – VISTA DE SINALIZAÇÃO HORIZONTAL LONGITUDINAL. 122 FIGURA 73 – VISTA DE PLACA DE SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO EM ITIQUIRA. 123 FIGURA 74 – VISTAS DE PLACAS DE SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA EM ITIQUIRA. 123 FIGURA 75 – VISTA DE PONTE DE ACESSO AO MUNICÍPIO DE ITIQUIRA PELA MT-370. 124 FIGURA 76 – VISTA DA PONTE DE PEDESTRES SOBRE O RIO ITIQUIRA. 124 FIGURA 77 – VISTAS DE PONTES NA REGIÃO RURAL DE ITIQUIRA. 125 FIGURA 78 – VISTAS DA FINALIZAÇÃO DA OBRA DA PONTE DE CONCRETO EM ITIQUIRA. 125 FIGURA 79 – VISTAS DE ÔNIBUS ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE ITIQUIRA. 129 FIGURA 80 – TRAÇADO DA FERRONORTE EM MATO GROSSO. 132 FIGURA 81 – VISTAS DO TERMINAL FERROVIÁRIO DE ITIQUIRA. 133 FIGURA 82 – VISTA REL-01. 136 FIGURA 83 – VISTA RAP-01. 136 FIGURA 84 – VISTAS DE ELEMENTOS DE MICRODRENAGEM EM ITIQUIRA. 143 FIGURA 85 – VISTAS DO LIXÃO EM ITIQUIRA. 148 FIGURA 86 – VISTA DE LIXEIRA PÚBLICA EM ITIQUIRA. 150 FIGURA 87 – VISTA DE TRABALHADOR REALIZANDO PODA NAS RUAS DE ITIQUIRA. 150 FIGURA 88 – VISTA DE ÁREA DESTINADA PARA A DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS HOSPITALARES EM ITIQUIRA. 151 FIGURA 89 – VISTAS DE POSTES DE ENERGIA ELÉTRICA NA ÁREA URBANA DE ITIQUIRA. 153 FIGURA 90 – VISTAS DE LINHA E ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM ITIQUIRA. 154 FIGURA 91 – VISTAS DE POSTES DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM LOCAIS PÚBLICOS EM ITIQUIRA. 155 FIGURA 92 – VISTAS DE POSTES DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM LOGRADOUROS EM ITIQUIRA. 155 FIGURA 93 – VISTA DE TELEFONE PÚBLICO EM ITIQUIRA (ESQ.); VISTA DE TORRE DE TELECOMUNICAÇÃO EM ITIQUIRA (DIR.). 156 FIGURA 94 – AGÊNCIA DOS CORREIOS EM OURO BRANCO DO SUL. 156 FIGURA 95 – VISTAS DE UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO BAIRRO POXORÉO. 160 FIGURA 96 – VISTA DO PSF CENTRAL DE ITIQUIRA. 161 FIGURA 97 – VISTAS DO HOSPITAL MUNICIPAL OSNIR BORTOLINI. 161 FIGURA 98 – VISTAS DO PRONTO ATENDIMENTO ADROALDO GATTO EM OURO BRANCO DO SUL. 161 FIGURA 99 – VISTA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM OURO BRANCO DO SUL. 162 FIGURA 100 – ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER EM ITIQUIRA. 165 16 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL FIGURA 101 – MORTALIDADE INFANTIL ATÉ 1 ANO DE IDADE. 166 FIGURA 102 – TAXA DE FECUNDIDADE. 167 FIGURA 103 – VISTA DA ESCOLA ESTADUAL BONIFÁCIO SACHETTI EM OURO BRANCO DO SUL. 168 FIGURA 104 – EVOLUÇÃO DA TAXA DE EDUCAÇÃO EM ITIQUIRA. 171 FIGURA 105 – PERCENTUAIS EDUCACIONAIS DE ADULTOS. 172 FIGURA 106 – VISTAS DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES INOCENTINO BORTOLINI 174 FIGURA 107 – VISTAS DO COMPLEXO TURÍSTICO BEIRA RIO. 175 FIGURA 108 – VISTA DA QUADRA COBERTA DO JARDIM ARCO-ÍRIS. 176 FIGURA 109 – VISTA DO GINÁSIO “ROBERTÃO” 176 FIGURA 110 – VISTAS DE PRAÇA E ACADEMIA AO AR LIVRE NA SEDE. 177 FIGURA 111 – VISTAS DA QUADRA COBERTA DA ESCOLA MUNICIPAL JORGE EDUARDO RAPOSO. 177 FIGURA 112 – VISTAS DO CAMPO DE FUTEBOL (ESQ.) E PRAÇA CENTRAL DE OURO BRANCO DO SUL (DIR.). 178 FIGURA 113 – VISTAS DA PRAÇA ANDRÉ MAGGI E ESTRUTURAS DE ACADEMIA AO AR LIVRE. 178 FIGURA 114 – EVOLUÇÃO DO PIB MUNICIPAL DO SETOR PRIMÁRIO EM MIL REAIS (2001 – 2011). 181 FIGURA 115 – VISTA DE PLANTIO DE SOJA. 184 FIGURA 116 – EFETIVO DE REBANHO. 185 FIGURA 117 – REBANHO BOVINO. 186 FIGURA 118 – ESPÉCIES DE FLORESTAS PLANTADAS EM ITIQUIRA. 187 FIGURA 119 – VISTA DE ESQUERDA SERINGAL (À ESQ.) E VISTA DE ÁREA APÓS ARRANQUE DAS ÁRVORES (A DIR.) 188 FIGURA 120 – PLANTAÇÃO DE EUCALIPTO. 189 17 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL LISTA DE TABELAS TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO REGIC, 2007. 36 TABELA 2 – TAXA DE CRESCIMENTO DE ITIQUIRA E MATO GROSSO (%). 67 TABELA 3 – MIGRANTES EM ITIQUIRA DE 2005 A 2010. 68 TABELA 4 – POPULAÇÃO RESIDENTE EM ITIQUIRA POR LOCAL DE NASCIMENTO E GÊNERO. 68 TABELA 5 – POPULAÇÃO RESIDENTE EM ITIQUIRA POR FAIXA ETÁRIA E GÊNERO, 2010. 69 TABELA 6 – RENDIMENTO DE PESSOAS COM 10 ANOS OU MAIS EM ITIQUIRA. 71 TABELA 7 – DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES POR TIPO. 96 TABELA 8 – DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES POR TIPO DE REVESTIMENTO DAS PAREDES EXTERNAS. 96 TABELA 9 – USO E OCUPAÇÃO DO SOLO RURAL. 101 TABELA 10 – EFETIVO DE REBANHO. 101 TABELA 11 – ESPÉCIES E ÁREAS DE FLORESTAS. 103 TABELA 12 – FROTA DE VEÍCULOS DE ITIQUIRA. 129 TABELA 13 – CARACTERÍSTICAS DOS RESERVATÓRIOS DE ITIQUIRA. 136 TABELA 14 – INDICADORES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA. 137 TABELA 15 – INDICADORES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA. 138 TABELA 16 – INDICADORES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POR FAMÍLIA ATENDIDA. 139 TABELA 17 – INDICADORES DE ESGOTO SANITÁRIO EM ITIQUIRA. 140 TABELA 18 – ÍNDICE DE POPULAÇÃO EM DOMICÍLIOS COM COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS. 145 TABELA 19 – INDICADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM ITIQUIRA POR NÚMERO DE FAMÍLIAS. 146 TABELA 20 – POPULAÇÃO EM DOMICÍLIOS COM ENERGIA ELÉTRICA. 152 TABELA 21 – PORCENTAGEM DE FAMÍLIAS COM ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA AO LONGO DOS ANOS EM ITIQUIRA. 153 TABELA 22 – IDHM DE ITIQUIRA E MATO GROSSO 159 TABELA 23 – TIPO DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE EM ITIQUIRA. 160 TABELA 24 – NÚMERO DE LEITOS EM ITIQUIRA. 162 TABELA 25 – LONGEVIDADE, MORTALIDADE E FECUNDIDADE DE ITIQUIRA 165 TABELA 26 – ESTABELECIMENTOS DE ENSINO EM ITIQUIRA. 168 TABELA 27 – ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES NO MUNICÍPIO. 181 TABELA 28 – PRINCIPAIS ATIVIDADES AGRÍCOLAS EM ITIQUIRA E RENDIMENTO POR HECTARE. 184 TABELA 29 – EFETIVO DE REBANHO DO MUNICÍPIO DE ITIQUIRA. 186 TABELA 30 - ESPÉCIES E PRODUÇÃO DA PISCICULTURA EM ITIQUIRA. 189 18 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 1. INTRODUÇÃO O Plano Diretor Municipal, conforme preconiza a Lei Federal nº 10.257/2001, também conhecida como Estatuto da Cidade (BRASIL, 2001), é obrigatório para municípios inseridos em “área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional” (BRASIL, 2001). Neste caso, “os recursos técnicos e financeiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos entre as medidas de compensação adotadas” (BRASIL, 2001). Neste contexto se insere Itiquira, município que vem sofrendo transformações em decorrência da implantação da ferrovia e do terminal intermodal (Malha Norte - Segmento III, Terminal de Itiquira e Terminal de Rondonópolis) fatos que podem gerar diversos impactos sobre o território municipal e na qualidade de vida da população. Assim, fica caracterizada a necessidade de elaboração do PDM de Itiquira, de modo a considerar os novos cenários do município e os impactos na realidade atual. O “Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental do empreendimento (EIA–RIMA): Segmento III da ferrovia Ferronorte, trecho Alto Araguaia/MT – Rondonópolis/MT, e terminal de Rondonópolis” (CIA AMBIENTAL, 2010), recomendou como uma das medidas a elaboração do Plano Diretor Municipal para o município de Itiquira, para que absorvesse no seu escopo as novas demandas para o desenvolvimento sustentável do município, a partir da implantação da ferrovia e terminal e seus impactos sobre a realidade local. 19 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 2. CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL A análise do município de Itiquira perpassa, primeiramente, pela região na qual está inserido. Este contexto se refere, especialmente, a questões históricas de formação do município, localização, acessos, centralidade e relação com os municípios do entorno, planejamento e vocação regional. 2.1. Antecedentes históricos Inicialmente, a região de Itiquira era habitada por povos indígenas, sendo provavelmente o extremo sul da área de atuação do povo bororo. Em junho de 1897 foi realizada a primeira exploração no sertão leste matogrossense, comandada pelo sertanista Antônio Cândido de Carvalho, sendo este o primeiro explorador a perceber que o potencial econômico da região era voltado às atividades agropecuárias (ITIQUIRA, 2014). A pecuária foi a atividade que impulsionou o desenvolvimento da região, atraindo novos moradores devido a divulgação da qualidade das terras, surgindo assim grandes e prósperas fazendas, como a de propriedade do pioneiro Serafim de Carvalho. Em 1924, um fato teve importante papel na história do município: cerca de 800 homens militantes da Coluna Prestes liderados pelo tenente Siqueira Campos invadiram e tomaram por alguns dias as fazendas da região, sacrificando criações e destruindo plantações, além de matar alguns moradores. Algumas famílias fugiram para as matas esperando que os militantes fossem embora. O episódio teve fim quando tropas do Governo foram enviadas para por fim à situação, causando diversas batalhas entre os militantes e as tropas legalistas. Algumas famílias perderam suas criações e tiveram suas plantações completamente destruídas (ITIQUIRA, 2014). 20 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Itiquira é uma palavra de origem tupi que significa “água vertente”, “água em abundância” e dá nome ao rio onde a exploração de diamantes atraiu vários aventureiros. Em 1932 a exploração do diamante ganhou força na região, atraindo pessoas de diversas regiões em busca do sonho de riqueza (MARQUES, 2004). Com a chegada de novos exploradores, outras áreas propícias para extração de diamante foram encontradas, como o Vale do Ribeirão das Velhas, atraindo ainda mais garimpeiros que sofreram com um surto de malária. Esse fato fez com que o então Serviço Nacional da Malária realizasse pela primeira vez o serviço de profilaxia contra a endemia. A exploração de diamantes continuou após a epidemia, e mais garimpeiros, principalmente vindos do Rio das Garças, instalaramse às margens do Rio Itiquira e assim formaram o primeiro povoado. Surgiram também os primeiros comerciantes a se fixarem no local, sendo que em 1935 foi instalada a primeira farmácia de Itiquira. Nessa época Itiquira ainda era vinculada ao município de Coxim, sendo elevado à categoria de Distrito de Paz em abril de 1936, através da Lei Estadual n° 13 (MARQUES, 2004). Com o aumento de moradores na região, foi aprovada em 1937 a Lei Estadual n° 118 que reservou a área de 3.600 hectares para a instalação oficial do patrimônio de Itiquira. Nos anos 1940, a atividade garimpeira começou a perder força na região, mas o povoado continuou a crescer, com fatores marcantes na época, como a chegada do primeiro padre e do médico Dr. Varela. Assim começaram os primeiros passos para a emancipação do município, iniciados com a visita do governador Julio Muller, o qual possuía a intenção de fixar a mão-de-obra ociosa dos garimpos decadentes. Além de aprovar a instalação oficial do patrimônio de Itiquira, delegou ao juiz de paz do município de Alto Araguaia ensinar o ofício a José Ferreira de Carvalho, não sendo mais necessário aos moradores se deslocarem até o 21 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL referido município registrar nascimentos e casamentos (MARQUES, 2004). Para efetivar a emancipação era necessária a existência de 500 eleitores, mas na época poucos possuíam o título de eleitor. Coube então a Adelino Campos empreender uma odisseia pela região para inscrever e fotografar 509 eleitores, e depois de muitas dificuldades conseguiu registrar todos os títulos. Itiquira foi emancipada em 01 de dezembro de 1953, através da Lei Estadual n° 654. A região voltou a crescer quando, no final dos anos 1960, uma iniciativa governamental com incentivos fiscais, que tinha objetivo de atrair capital e tecnologia para o desenvolvimento da região, trouxe investidores das regiões sul e sudeste, principalmente na atividade pecuária. No início da década de 1970 os gaúchos e paranaenses tentaram implantar a lavoura mecanizada, sem obter sucesso devido a diferença de clima, solo e tecnologia do sul do pais. Foi então que o governo, percebendo o potencial da região, implantou o programa Polocentro, para incentivar a produção agrícola no cerrado, sendo fundamental para o estímulo da produção de grãos em Itiquira, além de promover aumento populacional, que registrou o maior crescimento na década de 1970 (MARQUES, 2004). Atualmente o município de Itiquira possui sua economia baseada na agricultura e pecuária, sendo um dos maiores produtores de soja do Estado de Mato Grosso (ITIQUIRA, 2014). Os elementos marcantes da história do município, além das atividades atuais, estão presentes em seus símbolos, representados pelo Brasão de Armas e a Bandeira, conforme figura 1 e figura 2 a seguir. 22 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 1 – Brasão de armas do município de Itiquira. Fonte: ITIQUIRA, 2014. Figura 2 – Bandeira do município de Itiquira. Fonte: ITIQUIRA, 2014. O Brasão de Armas possui na base do escudo a soja e o algodão, as principais culturas do município. No escudo estão representados o diamante, como origem histórica, o boi e o trator como as atividades atuais. O rio representa o Rio Itiquira, elemento importante no surgimento e desenvolvimento do município, até hoje potencial turístico e fonte de belas paisagens. A hidrelétrica e o trem representam o progresso e a industrialização, além das riquezas tecnológicas e o crescimento. A estrela dourada representa o orgulho de pertencer ao Estrado do Mato Grosso. A 23 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL cor verde escuro presente no escudo simboliza a natureza, o crescimento, fertilidade, exuberância, harmonia e estabilidade (ITIQUIRA, 2014). 2.2. Localização O município de Itiquira está localizado na região sudeste do Estado do Mato Grosso, latitude 17º12’32″ sul e a uma Llongitude 54º 09’ 01″ oeste, estando a uma altitude de 522 metros (ITIQUIRA, 2013). Com área de 8.722,48 km² (IBGE, 2010), faz divisa com os municípios de Barão de Melgaço e Santo Antônio do Leverger a oeste, Rondonópolis e Pedra Petra ao norte, Alto Garças e Alto Araguaia a leste, Corumbá e Sonora ao sul, fazendo assim divisa com o estado de Mato Grosso do Sul, conforme a figura 3 abaixo. Está a uma distância de 347 Km da capital do estado, Cuiabá, à qual tem acesso através da MT-370. O município faz parte da microrregião de (MARQUES, 2004). 24 Rondonópolis, distante 170 Km deste município Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 3 – Localização do Município de Itiquira. Fonte: CIA AMBIENTAL, 2015; a partir de IBGE, 2009. 2.3. Acessos O município de Itiquira possui dois acessos por estradas federais, através das rodovias BR-163 e BR-364, e três acessos por estradas estaduais, através da rodovia MT-370 ou Rodovia Joaquim Domingos do Amaral que liga o município à BR-163, a rodovia MT-299 interliga a BR-163 à BR-364, além de ser ligação para os municípios de Alto Araguaia e Alto Garças e a rodovia MT-040, que faz a ligação do município com Rondonópolis. A figura 4 a seguir ilustra os acessos ao município. 25 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 4 – Acessos ao município de Itiquira. Fonte: SINFRA/MT, 2009; IBGE, 2009; Cia Ambiental, 2010. Adaptado por: Cia Ambiental, 2015. Há previsão de estender o traçado da ferrovia até Cuiabá, sendo que até o momento já foram implantados os seguintes trechos: Terminal do Alto Araguaia até o Terminal de Itiquira, de Itiquira até o Terminal de Rondonópolis. 26 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL O Município de Itiquira não possui aeroporto, sendo os mais próximos o Aeroporto Municipal de Rondonópolis, distante 133 km e o Aeroporto de Barra do Garças, distante 360 km. Existe ainda o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Cuiabá, distante 349 km. De acordo com a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, Itiquira possui dois aeródromos privados registrados (ANAC, 2015). 2.4. Planejamento regional Ainda que cada município preserve sua autonomia, o entrelaçamento entre as unidades é imprescindível para o planejamento das políticas públicas de interesse comum. Deste modo, as interações entre municípios com relações territoriais, econômicas ou sociais são importantes e inevitáveis para o desenvolvimento das regiões. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adota como divisão para fins estatísticos escalas subsequentes de abrangência regional, as microrregiões e mesorregiões, que tem como universo de análise as Unidades da Federação. Neste item será abordada a dinâmica regional na qual o município de Itiquira se insere, descrevendo a mesorregião e microrregião a qual pertence, assim como as demais estruturas administrativas de planejamento regional. A figura 5, a seguir, apresenta os diferentes arranjos que envolvem o planejamento regional do qual o município faz parte. Cada um dos diferentes recortes será descrito nos subitens a seguir. 27 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 5 – Planejamento regional. Fonte: Cia Ambiental, 2015, a partir de: IBGE, 2009; IMEA, 2010. 28 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 2.4.1. Mesorregião Sudeste Mato-Grossense O IBGE (2010) classifica como mesorregião uma área individualizada contida em uma unidade Federativa, que apresenta formas de organização espacial definidas pelos seguintes fatores: o processo social como determinante, o quadro natural como condicionante e a rede de comunicação e de lugares como elemento de articulação espacial. Através destas três dimensões devera-se possibilitar que o espaço delimitado como mesorregião possua caráter próprio e possa ser utilizada como ferramenta para análises estatísticas e para o planejamento regional. O Estado do Mato Grosso possui seu território dividido em 5 mesorregiões, e o município de Itiquira encontra-se na mesorregião Sudeste MatoGrossense, como um dos municípios limites da mesorregião, ao sul, conforme a figura 6 a seguir. (MATO GROSSO, 2013). 29 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 6 – Mesorregião Sudeste Mato-Grossense. Fonte: Cia Ambiental, 2015; a partir de IBGE, 2009. A mesorregião Sudeste Mato-Grossense, além dos critérios utilizados pelo IBGE e pela sua proximidade territorial, também apresenta como fator de divisão: a atividade extrativista de mineração e a pecuária bovina. Sua formação conta com uma subdivisão em 4 microrregiões, descritas no item a seguir (IBGE, 1990). 30 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 2.4.2. Microrregião: Rondonópolis As mesorregiões sofrem uma nova divisão denominadas de microrregiões, as quais apresentam mais detalhes e especificações quanto ao uso e ocupação do solo. Porém, estas particularidades podem não estar relacionadas ao caráter de unicidade ou uniformidade de atributos, mas sim, à estrutura de produção, podendo ser agropecuária, industrial, extrativismo mineral ou pesca (IBGE, 2000). A Mesorregião Sudeste Mato-Grossense possui sua subdivisão em 4 microrregiões: Alto Araguaia, Primavera do Leste, Tesouro e Rondonópolis (IBGE,1991). Itiquira pertence à microrregião de Rondonópolis, onde fazem parte outros sete municípios: Dom Aquino, Jaciara, Juscimeira, Pedra Preta, São José do Povo, São Pedro da Cipa e Rondonópolis (RONDONÓPOLIS, 2010), que dá nome a microrregião, conforme a figura 7. 31 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 7 – Microrregião de Rondonópolis. Fonte: Cia Ambiental, 2015; a partir de IBGE, 2009. A microrregião de Rondonópolis, conta como cidade principal Rondonópolis. Possuindo elevada taxa populacional, maior do que os outros municípios presentes em sua microrregião, assim como sua importância econômica. 2.4.3. Macrorregião Agroeconômica do IMEA Visando facilitar o levantamento de dados e dimensionar a economia agropecuária do Estado do Mato Grosso, o Instituto Matogrossense de 32 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Economia Agropecuária – IMEA (2010), realizou um estudo para agrupar os municípios do Estado sob o ponto de vista agroeconômico e o dividiu em sete regiões (figura 8). Figura 8 – Macrorregiões do IMEA. Fonte: IMEA, 2010. Elaborado por: Cia Ambiental, 2015. O município de Itiquira insere-se na Macrorregião Sudeste do IMEA, assim como os seguintes municípios: Araguaiana; Araguainha; Barra do Garças; 33 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Campo Verde; Dom Aquino; General Carneiro; Guiratinga; Jaciara; Juscimeira; Nova Brasilândia; Novo São Joaquim; Paranatinga; Pedra Preta; Planalto da Serra; Pontal do Araguaia; Ponte Branca; Poxoréo; Primavera do Leste; Ribeirãozinho; Rondonópolis; Santo Antônio do Leste; São José do Povo; São Pedro da Cipa; Tesouro; Torixoréu. Os polos econômicos desta macrorregião são: Rondonópolis, Barra do Garças e Primavera do Leste. (IMEA, 2010). Esta macrorregião, situada sobre o bioma cerrado, é caracterizada pela diversidade do sistema de produção. Na porção oeste da macrorregião a pecuária é a atividade dominante, na porção norte é a agricultura, no leste a cana-de-açúcar é predominante, na porção central (Rondonópolis) é a mais diversificada, desenvolvendo as atividades citadas anteriormente. (IMEA, 2010). A macrorregião sudeste também se caracteriza pelo trânsito e comércio intenso com as macrorregiões do entorno. A logística de ligação do estado de Mato Grosso com o Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país é realizada por meio das estradas que cortam a macrorregião onde o município de Itiquira se insere. 2.4.4. Regional de saúde O município faz parte do Consórcio Regional de Saúde Sul de Mato Grosso (CORESS – MT) conforme a Lei Municipal n° 579/2007 (ITIQUIRA, 2007), juntamente com outros municípios. O consórcio, no entanto, encontra-se em desuso pela saída do município sede Rondonópolis. Rondonópolis era sede do consórcio e principal cidade fornecedora de serviços, principalmente especializados, devido a sua importância e maioridade demográfica em relação aos municípios da região. Contudo, 34 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL em 2010, o município pediu o desligamento do consórcio alegando não receber os recursos repassados pelo Governo do Estado. Mesmo sem estar participando oficialmente do Consórcio, Rondonópolis ainda apoia os municípios vizinhos, continuando como referência nos atendimentos, por ser o único município da região que possui boa estrutura (A TRIBUNA, 2010). 2.5. Vocação regional Em desenvolvimento. 2.6. Centralidade e relação com os municípios vizinhos Segundo o relatório sobre as Regiões de Influência das Cidades – REGIC 2007, o IBGE (2008) delimita a influência das cidades de acordo com os centros e as suas áreas de atuação, seja ela de escala regional, estadual ou nacional. A hierarquia dos centros urbanos definida pelo REGIC 2007 levou em conta os centros de gestão do território, a intensidade de relacionamentos e a dimensão da região de influência. Assim, os centros urbanos brasileiros foram divididos em: Metrópoles; Capitais Regionais; Centros Sub-Regionais; Centros de Zona; e Centros Locais (IBGE, 2008). De acordo com esta classificação, o município de Itiquira possui centralidade definida como “Centro Local”, uma vez que sua atuação não extrapola os limites do seu município, servindo apenas aos seus habitantes. A maior parte dos municípios do entorno possuem o mesmo nível de influência que Itiquira, exceto Alto Araguaia e Corumbá os quais são classificados como “Centros de Zona” e Rondonópolis que aparece como “Centro Sub Regional”. Estes municípios estão sobre influência 35 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL direta de Cuiabá, como “Capital Regional”. As capitais regionais se relacionam com o estrato superior da rede urbana, uma vez que possuem capacidade de gestão imediatamente inferior às metrópoles e apresentam área de influência de âmbito regional, atraindo um grande número de atividades. Segundo o estudo, Cuiabá, assim como os demais centros sobre a sua influência, estão relacionados às metrópoles de São Paulo e Brasília. Como metrópoles são classificados os principais centros urbanos do país, que se caracterizam pelo seu grande porte, pelos fortes relacionamentos e pela extensa área de influência direta (IBGE, 2007). Assim, a rede de influência dos municípios do entorno de Itiquira se dá da seguinte forma: Tabela 1 – Classificação REGIC, 2007. Metrópole São Paulo Brasília Capital Regional Cuiabá Centro Sub Regional Rondonópolis Centro de Zona Centro Local Alto Araguaia Corumbá Itiquira Pedra Preta Alto Garças Sonora Barão de Melgaço Santo Antônio do Leverger Fonte: IBGE, 2008. 36 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 3. ASPECTOS FÍSICO-AMBIENTAIS 3.1. Clima e ar Entende-se por clima uma sucessão de tipos de tempo, e por tempo o estado da atmosfera em um dado lugar e momento. Para definir o clima, necessita-se estudar a atuação de diversos parâmetros meteorológicos, sendo os principais: temperatura do ar, velocidade e direção do vento, precipitação, umidade relativa do ar, insolação, pressão atmosférica, evaporação e evapotranspiração. Como também os fatores geográficos: latitude, longitude, altitude e continentalidade. 3.1.1.1. Climatologia regional Climatologia compreende os diferentes fenômenos climáticos que podem ser associados tanto às variações meteorológicas quanto a um conjunto de variações aleatórias dos elementos meteorológicos, cuja principal ferramenta é a estatística. 3.1.1.2. Classificação climática O território do Estado de Mato Grosso, localizado entre as latitudes de 8º a 18º S, encontra-se na região tropical onde a continentalidade, a extensão territorial, as variações do relevo e a circulação atmosférica influenciam na pluviosidade e na distribuição espacial da temperatura. Em função desta localização, apresenta elevados totais de radiação solar incidentes na superfície do solo praticamente o ano todo. O comprimento do dia indica pequenas variações entre os solstícios de inverno e verão. Resultam assim, o domínio de climas equatoriais e tropicais quentes com pequena variação térmica sazonal e anual. 37 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Segundo o estudo de Souza et al. (2013), a classificação climática de Köppen, que se baseia principalmente na distribuição dos valores de temperatura e precipitação durante as estações do ano, o Estado de Mato Grosso devido a sua grande extensão territorial, abrange basicamente dois tipos climáticos distintos do tipo Aw (clima tropical úmido, com inverno seco e chuvas máximas de verão) e Cwa (clima tropical de altitude, com inverno seco e verão quente), contemplando os dados de 13 estações meteorológicas convencionais (EMC’s) da rede de estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Ocorre, assim, no estado temperaturas elevadas durante o ano todo, com pequenas variações térmicas anuais. Pela classificação de Thornthwaite ocorrem maiores variabilidades de tipos climáticos, contudo, predomina as características de clima megatérmico, com concentrações da ETP no verão inferiores a 40% (SOUZA et al., 2013). 3.1.1.3. Precipitação pluviométrica total Conforme Tucci (2007), precipitação é toda água proveniente do meio atmosférico que atinge a superfície terrestre. Neblina, chuva, granizo, orvalho, geada e neve são formas diferentes de precipitação. A chuva é considerada o tipo de precipitação mais importante visto que tem capacidade para produzir escoamento. Ainda, segundo o estudo de Souza et al. (2013), a precipitação média anual do Estado de Mato Grosso apresenta valores médios muito elevados que variam entre 1.200 a 2.000 mm, com a região Norte e médio Norte do Estado concentrando os maiores índices pluviométricos com valores muitas vezes superiores a 2.000 mm. Já ao sul a média de precipitação anual é mais baixa, em torno de 1.200 mm. 38 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Para a avaliação da precipitação foram calculados e plotados os valores médios mensais e anuais de precipitação para o município de Itiquira. Para isto foram utilizadas séries de dados disponibilizadas pela estação meteorológica da antiga Michelin, em Itiquira. O período utilizado foi de janeiro de 2005 a janeiro de 2009 como consta no EIA-RIMA da ferrovia (CIA AMBIENTAL, 2010). A distribuição da precipitação ao longo dos anos para a estação de Itiquira é indicada na figura 9 a seguir. Figura 9 – Precipitação total em Itiquira entre 1980 a 2009. Fonte: CIA AMBIENTAL, 2010. O município de Itiquira apresenta precipitação média anual em torno de 1.660 mm, sendo que em 2009 a precipitação anual acumulada registrada foi de 1.400 mm. A média mensal de precipitação fica em torno de 140 mm, conforme a figura a seguir. 39 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 10 – Precipitação média mensal em Itiquira entre 1980 a 2009. Fonte: CIA AMBIENTAL, 2010. 3.1.1.4. Temperatura Segundo Silva (1998), a amplitude térmica anual do ar é influenciada principalmente pela localização geográfica. Para um mesmo hemisfério, os valores médios de temperatura do ar aumentam com a redução da latitude, enquanto que a amplitude térmica se amplia com o aumento da latitude. As massas de ar e a altitude também exercem efeitos sobre a temperatura do ar. Áreas mais elevadas apresentam temperaturas médias e amplitudes térmicas menores para uma mesma latitude. O Estado de Mato Grosso é dividido em duas faixas considerando diferentes valores de temperatura média. Ao norte predominam temperaturas na faixa de 25 a 27°C e ao sul, a média é mais baixa, entre 23 e 25 °C. 40 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Para a avaliação da variação térmica na região foram calculados e plotados os valores médios de temperatura média, máxima e mínima. Para o município de Itiquira, foram utilizadas séries de dados fornecidas pelas estações meteorológicas da Michelin, situadas nesse município. A temperatura média anual para o município é de 24°C, sendo que no ano de 2009 a média ultrapassou este valor ficando em 24,8 °C. A média das máximas fica em torno de 34,4°C. O valor da média de temperatura máxima para Itiquira em 2009, 30,9 °C, bem abaixo do valor médio da série histórica, sendo o menor valor registrado no período considerado. O maior valor de temperatura máxima registrado foi de 40 °C nos meses de setembro e outubro de 2007 (figura 11 ). Figura 11 – Temperaturas médias anuais de 1980 a 2009 em Itiquira. Fonte: CIA AMBIENTAL, 2010. Quanto às temperaturas mínimas, ficam em torno de 13,6 °C, sendo que o mínimo registrado foi de 1,0 °C, em julho de 1981. Nos últimos anos a 41 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL média das temperaturas mínimas aumentou. Em 2009, houve um grande aumento da média das mínimas em relação à média geral da série histórica consistindo no maior valor médio registrado, 18,4 °C, e, ao mesmo tempo, houve diminuição das temperaturas máximas. A distribuição de temperatura ao longo do ano no município de Itiquira apresenta a sazonalidade típica, com redução da temperatura nos meses de inverno e acréscimo na medida em que se aproxima do verão. Apesar disto, a variabilidade anual das temperaturas médias é reduzida. Os valores médios variam entre 21,3°C (julho) e 25,7 °C (outubro). A maior variabilidade identificada é em relação às temperaturas mínimas, que variam em 10°C ao longo do ano, sendo o máximo em janeiro e fevereiro (em média 17,7 °C) e o mínimo em julho (7,7°C). As temperaturas máximas apresentam pouca variação, as mais altas ocorrem no mês de setembro, chegando, em média, a 36,8°C (figura 12 ). Figura 12 – Temperaturas médias mensais de 1980 a 2009 em Itiquira. Fonte: CIA AMBIENTAL, 2010. 42 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 3.1.1.5. Umidade Conforme Tucci (2007), a umidade do ar caracteriza-se pelo vapor d’água contido na atmosfera, e é um elemento essencial do ciclo hidrológico, sendo a fonte de todas as precipitações no qual controla as taxas de evaporação do solo e reservatórios e a transpiração dos vegetais. Para avaliação da umidade do ar existem vários índices, tais como: umidade absoluta (kv), umidade relativa (U), umidade específica (q) pressão parcial do vapor d’água (e) e razão de mistura (w). Dentre estes a umidade relativa é mais amplamente difundida entre as medidas utilizadas. Este parâmetro climatológico é definido como: a relação percentual entre a quantidade de ar úmido contido em um dado volume de ar e a quantidade que este volume poderia conter se estivesse saturado, à temperatura ambiente. Este valor pode ser variável tanto pela adição ou remoção de umidade do ar como pela mudança de temperatura. Os valores de umidade relativa medidos para o município de Itiquira foram fornecidos pela estação meteorológica do INMET (CIA AMBIENTAL, 2010). A variação anual e média mensal deste parâmetro é indicada nas figuras a seguir: 43 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 13 – Média anual da umidade relativa do ar em Itiquira de 2006 a 2007. Fonte: CIA AMBIENTAL, 2010. Em Itiquira a média anual da umidade relativa do ar, para os três anos considerados, é de 79% (figura 13 ). Apresenta valores acima de 80% de novembro a abril (período chuvoso), em maio a umidade começa a decrescer atingindo o valor mínimo no mês de agosto (figura 14 ). 44 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 14 – Média mensal da umidade do ar em Itiquira de 2005 a 2007. Fonte: CIA AMBIENTAL, 2010. 3.1.1.6. Circulação atmosférica A circulação geral atmosférica é determinada pelo fluxo médio de ventos sobre o planeta, tendo a força principal da circulação global o gradiente norte e sul de temperatura que existe devido ao aquecimento diferenciado no Equador e nos polos. A circulação surge para transportar o calor do Equador aos polos para tentar eliminar este desequilíbrio. A diferença de calor no globo resulta em pressão desigual, que ocasionam mais movimentações do ar por sua densidade e consequentemente os ventos. Os ventos convergem para os cinturões de baixa pressão (caracterizados por movimento ascendente do ar) e divergem dos centros de alta pressão (caracterizados por movimentos descendentes). 45 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL O Estado de Mato Grosso localiza-se entre o cinturão de alta subtropical sul e a baixa equatorial, mais precisamente na região tropical. As regiões tropicais têm como característica pouca variabilidade de condições climáticas em relação à média climatológica no tempo. Outra característica importante é a presença dos ventos alísios, persistentes ao longo do ano. O estado caracteriza-se por ser uma região de transição entre os climas quentes de latitudes baixas e os climas tropicais do Brasil Central, devido à sua grande extensão latitudinal. As condições de tempo e de clima são geralmente determinadas pela dinâmica ou pelos sistemas da atmosfera que afetam toda a América do Sul, além dos fatores geográficos, como posição no continente sul-americano, extensão em latitude e altitude. Segundo Silva et al., (1998), essa dinâmica está vinculada à atuação dos centros de ação inter e extratropicais: centros de alta pressão subtropicais do Atlântico Norte (anticiclone dos Açores), do Atlântico Sul (anticiclone do Atlântico Sul), do Pacífico Sul (anticiclone do Pacífico), altas pressões polares (anticiclone migratório polar) e depressões amazônicas e do Chaco. A localização do Estado de Mato Grosso, o qual dista do Oceano Atlântico entre 1.400 a 2.000 km, confere padrões climáticos sazonais com alternância numa estação seca (de maio a setembro) e uma estação úmida (de novembro a abril). A grande extensão territorial faz com que a estação chuvosa no extremo meridional geralmente se inicie com 1 a 2 meses de antecedência. Assim também o início da estação seca é antecipado no sul (março-abril). Estas características territoriais fazem com que persista na estação chuvosa um esquema de circulação atmosférica de superfície associado às baixas pressões do Continente Sul Americano. Por outro lado, na estação seca ocorre o avanço dos centros 46 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL de alta pressão sobre as áreas centrais da América do Sul (SEPLAN, 2000). As regiões de alta pressão normalmente desfavorecem a formação de nuvens e mantêm o tempo estável (tempo bom, sem precipitação). Todavia, quando o sistema de alta pressão em superfície traz ventos úmidos do oceano para o continente, favorece a formação de nuvens e a ocorrência de nevoeiros e neblinas. As regiões de baixa pressão favorecem a condição de tempo instável e a formação de nuvens convectivas e por isso estão relacionadas aos períodos chuvosos (CPTEC, 2010). A circulação para a região central do Brasil se caracteriza de maneira geral por céu limpo entre os meses de maio a junho, consequência da permanência de um anticiclone (centro de alta pressão) formado pelo ramo descendente da circulação de Hadley (célula de circulação caracterizada por movimento superior ascendente na baixa equatorial e movimento descendente nos trópicos), e céu com máximo de nebulosidade de novembro a fevereiro, devido à banda de nebulosidade que corta a Amazônia e o Brasil central de noroeste para sudeste, relacionada à Zona de Convergência do Atlântico Sul. A permanência deste centro de alta pressão sobre o Estado (maio-junho) caracteriza o trimestre mais seco da região, sendo que em maio e se desloca para norte em junho e nordeste em julho. A faixa contínua de nebulosidade que fica sobre o Estado determina períodos prolongados com altos índices pluviométricos (trimestre mais chuvoso), com máximo em dezembro, janeiro e fevereiro e se desloca para Sul-Sudeste. Outro fator importante é que os deslocamentos das massas de ar influenciam e determinam a circulação de superfície da região. As 47 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL principais massas de ar que atuam sobre a região e são responsáveis pelas características do tempo são as massas de ar Equatorial Continental (Ec) e Polar Atlântica (Pa). A Ec é uma massa quente e úmida vinda da parte central e ocidental da Amazônia que se desloca no sentido nordeste sudeste em direção à Depressão Continental do Chaco durante a primavera-verão. A maior parte da precipitação do Estado depende deste tipo de fluxo responsável pelo transporte de umidade proveniente da Amazônia. No final da primavera ocorre o encontro da Ec com a Pa, ocasionando chuvas frontais. Já a massa de ar Polar Atlântica vinda do Oceano Atlântico é responsável pelas frentes frias que ocorrem com maior frequência no inverno, principalmente no Sul e Sudeste do Brasil. A entrada desta massa de ar na região de Mato Grosso é facilitada pela configuração do relevo e ocorre no sentido sul-norte, ao longo dos eixos dos grandes vales fluviais, favorecendo a ocorrência de estiagem durante o inverno e de episódios de chuvas frontais no período de primavera e no verão. A Frente Polar Atlântica produz no inverno graus diferenciados de resfriamentos episódicos como parcialmente responsável pela também produção nas de outras chuvas. estações A faixa é de nebulosidade de sudoeste para nordeste que atinge o Estado a partir de maio é ligada aos deslocamentos frontais da Frente Polar, em território brasileiro. 3.1.1.6.1. Ventos Os dados de direção e velocidade dos ventos foram fornecidos pela Michelin para a estação convencional M152, localizada a 280 metros de altitude no município de Itiquira, para o período de 2005 a 2009, conforme ilustra a figura 15 . 48 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 15 – Direção Média dos ventos em Itiquira – série histórica 2005-2007. Fonte: CIA AMBIENTAL, 2010. Em Itiquira predominam os ventos de Leste (E). Em menor frequência ocorrem ventos de Norte (N) e Noroeste (NO). Já a velocidade média dos ventos para o município fica em torno de 3,9 m/s, muito acima do valor médio registrado para o município vizinho (Rondonópolis). No inverno, os ventos são mais intensos, atingindo uma média de 4,4 m/s no mês de agosto. 3.2. Geologia A geologia do Estado do Mato Grosso é formada por três grandes províncias geotectônicas distintas. A primeira é definida pelas Bacias Sedimentares do Fanerozóico, com idade inferior a 540 Ma. A segunda é a Província Tocantins estruturada durante o Ciclo Orogênico Brasiliano, com 49 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL idades entre 960 e 540 Ma. A terceira corresponde ao Cráton Amazônico, estabilizado em tempos pré-Brasilianos e idade superior a 1 Ga (CIA AMBIENTAL, 2010). O município de Itiquira situa-se na borda oeste da porção noroeste da bacia do Paraná. Os sedimentos da atual bacia do Paraná foram depositados sobre uma vasta área do continente Gondwânico (figura 16 – ), implantado e desenvolvido a partir do final do ciclo Brasiliano (700-450 Ma). Figura516 – Mapa Geológico simplificado da Bacia do Paraná com profundidade Figura – Mapa Geológico simplificado da Bacia do Paraná com profundidade do embasamento (Extraído de Milani,do 1997). embasamento. Fonte: MILANI, 1997. 50 Devido ao posicionamento geotectônico e às seqüências tectono-sedimentares existentes, a Bacia do Paraná é considerada uma típica bacia intracratônica, caracterizando-se basicamente como uma depressão topográfica, que foi alvo Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 3.2.1. Unidades geológicas Devido ao posicionamento geotectônico e às sequências tectono- sedimentares existentes, a Bacia do Paraná é considerada uma típica bacia intratônica, caracterizando-se basicamente como uma depressão topográfica, que foi alvo de incursões marinhas e que recebeu sedimentos provindos das áreas mais elevadas. A bacia é caracterizada por uma forma elíptica com eixo maior na direção NE-SW, sendo preenchida por pacotes de rochas sedimentares e vulcânicas com idades que variam desde o Siluriano até o Cretáceo Superior (SCHOBBRNHAUS, 1984). O Município de Itiquira é representado pelas Formações Ponta Grossa, Furnas e Aquidauana, descritas a seguir. 3.2.1.1. Formação Ponta Grossa As rochas da Formação Ponta Grossa foram descritas pela primeira vez por Derby (1878), na cidade de Ponta Grossa no Paraná. Oliveira (1912) nomeou estas mesmas rochas como schistos de Ponta Grossa. A formação Ponta Grossa é a unidade predominante na região do município, juntamente com a formação Furnas. A mesma aflora em toda a porção leste do município de Itiquira, e a sua espessura é variável em razão da erosão que atuou sobre seus litotipos. A espessura máxima encontrada na região foi de 360 metros em um poço perfurado pela SANEMAT na localidade de Nova Catanduva, MT. A maior profundidade descrita na bacia foi de 653 metros em Apucarana, PR (CIA AMBIENTAL, 2010). 51 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL A formação Ponta Grossa sobrepõe-se à formação Furnas por contato gradual e concordante, sendo aquela sobreposta pela formação Aquidauana por discordância erosiva e também pela cobertura detritolaterítica ou aluviões recentes. Por vezes, o contato tanto com a formação Furnas como com a formação Aquidauana é por falha normal. A formação em questão apresenta conteúdo fossilífero (macro e microscópico) que a definiram como unidade. No município de Itiquira, a formação Ponta Grossa é definida por uma sequência de folhelhos e siltitos cinza a cinza-esverdeado na base. No topo ocorrem intercalações de arenitos finos a muito finos, micáceos, feldspáticos, estratificados de cor branca, marrom ou esverdeados. São frequentes as bioturbações e níveis centimétricos de conglomerado na base (CIA AMBIENTAL, 2010). 3.2.1.2. Formação Furnas Esta unidade é composta de arenitos quartzosos, esbranquiçados a arroxeados, médios a grosseiros, localmente conglomerático, finos ou argilosos e foram definidos por Oliveira (1912). Em sua porção inferior predominam arenitos feldspáticos de granulação grossa, texturalmente imaturos. Ocorrem ainda, de forma descontínua, arenitos conglomeráticos e conglomerados quartzosos. Na sucessão das camadas em direção ao topo da unidade, os arenitos apresentam-se menos feldspáticos e de granulação mais fina com contato interdigitado com argilitos. Alguns autores consideram concordante que o contato com a Formação Ponta Grossa identificaram interdigitação entre ambas. 52 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL A estrutura sedimentar predominante é a estratificação acanalada. Ocorrem, subordinadamente, depósitos residuais de seixos de argila, e intervalos com estratificação cruzada plana e plano-paralela. Os níveis de conglomerado quartzoso são mais frequentes na base da formação. No Estado de Mato Grosso a formação Furnas ocorre ao longo das bordas norte e noroeste da Bacia do Paraná. Apresenta até 195 m de espessura aflorante e seu contato inferior é uma superfície erosiva definido por um evento transgressivo sobre unidades mais antigas. Porém, o contato superior é transicional com os folhelhos da formação Ponta Grossa. A idade da formação Furnas é considerada como se estendendo do NeoSiluriano ao Eo-Devoniano (ASSINE, 1996). A interpretação do ambiente deposicional tem suscitado muitas discussões. Bigarella et al. (1966), consideraram origem marinha para a formação. Northfleet et al. (1969), admitiram origem fluvial. Já, Assine et al. (1994), propuseram que a formação Furnas foi depositada em sistemas de deltas construídos por rios entrelaçados. Borgui (1996), e Assine (1996), consideraram a unidade como resultado do retrabalhamento marinho de paleocorrentes flúviocosteiras. O ambiente de sedimentação é atribuído a uma origem marinha costeira ou continental fluvial. A faciologia da unidade não é homogênea devido à ocorrência de fácies continentais na base. Conforme se aproxima do topo, são verificados depósitos transicionais e costeiros que caracterizam um sistema de deltas constituídos por rios entrelaçados e retrabalhados por ondas de marés. 53 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 3.2.1.3. Formação Aquidauana Foi descrita pela primeira vez por Lisboa (1909) que a denominou de arenito Aquidauana. No estado do Mato Grosso do Sul, Almeida (1948) reescreveu a formação como um pacote de arenitos com cimento ferruginoso e siltitos, folhelhos vermelhos, conglomerados e níveis de tilito na borda ocidental da Bacia do Paraná. Esta unidade assenta-se discordantemente sobre rochas da formação Furnas, próximo a cidade de Aquidauana. O contato superior é com a formação Botucatu. A formação foi descrita por Beurlen (1956), como constituída por sedimentos clásticos e arenitos finos a médios. Ocorrem, ainda, grãos de feldspato e quartzo arredondados e, por vezes, angulosos. Já Fiori & Landim (1980), a descreveram como constituída de arenitos variados, lamitos e diamictitos com abundância de material argiloso. A área de estudo compõe-se, essencialmente, de arenitos vermelhos a roxos, friáveis, porosos, compostos principalmente por quartzo, às vezes feldspato com cimento ferruginoso e escassa matriz arenosa e argilosa. Na Serra da Petrovina observam-se três conjuntos litológicos com posição estratigráfica definida, são estes: Primeiro, inferior, arroxeados, às é vezes formado por esbranquiçados arenitos ou vermelho- avermelhados, médios a grosseiros, feldspáticos e níveis conglomeráticos com intercalações subordinadas de siltitos e diamictitos finos. Os arenitos apresentam estratificação cruzada acanalada, composição 54 quartzosa, com grãos angulosos a Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL subarredondados e, por vezes, com cimento ferruginoso. Nos planos de estratificação podem acumular seminerais pesados que indicam deposição em fundo de canal. Segundo, intermediário, é composto por siltitos finamente estratificados, vermelho Secundariamente, são arroxeado observados ou vermelho arenitos tijolo. arcoseanos, folhelhos cinza (fossilíferos) e bolsões ou lentes de diamictito vermelhos. Observa-se estratificação plano-paralela, marcas de onda e, localmente, estruturas de sobrecarga como diápiros e dobras convolutas. Terceiro arenosos conjunto, superior, predomina vermelho-arroxeados mais os finos sedimentos e melhor selecionados do que os do conjunto inferior. São observadas estratificação plano paralela e estratificação cruzada. Na região de Itiquira, a formação Aquidauana ocorre sob a forma de uma larga faixa de direção NE-SW condicionada por falhas de gravidade e com relevo escarpado. A espessura total da unidade é variável. Na Serra da Petrovina a leste de Itiquira atinge 360 metros de espessura. 3.2.2. Contexto geotectônico e estrutural Em desenvolvimento. 3.2.3. Aspectos geológicos locais Em desenvolvimento. 55 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 3.3. Geomorfologia A região de Itiquira encontra-se inserida na unidade Planaltos e Chapadas da Bacia Sedimentar do Paraná, subdividida em dois compartimentos: Planalto Setentrional da Bacia do Paraná e Planalto dos Guimarães. Em decorrência das variadas e complexas feições geomorfológicas, neste último é possível reconhecer três compartimentos individualizados: Chapada dos Guimarães, Planalto de Casca e Planalto dos Acantilados (CIA AMBIENTAL, 2010). A subunidade Planalto dos Acantilados é uma feição geomorfológica formada por um conjunto de alta complexidade, elaborado em litologias sedimentares paleozóicas e mesozóicas da Formação Aquidauana, Formação Ponta Grossa, Grupo Bauru e Formação Botucatu. A área toda foi fortemente influenciada pela tectônica, o que originou patamares estruturais posicionados em diferentes níveis altimétricos, relevos residuais de topo plano e escarpas associadas a linhas de falha. Posicionada entre as cotas de 400 e 750 m, esta unidade articula-se ao sul com o Planalto do Taquari/Alto Araguaia, a oeste e noroeste com a Chapada e Planalto dos Guimarães, a norte com a Depressão de Paranatinga, a nordeste com a Depressão do Araguaia e a leste adentra o Estado de Goiás. Compreende três compartimentos distintos: superior (altitudes entre 500 e 750 metros), intermediário (altitudes entre 350 e 500 metros) e inferior (cotas abaixo de 350 metros) (CIA AMBIENTAL, 2010).. O município de Itiquira localiza-se geomorfologicamente no compartimento inferior. Este corresponde a duas áreas rebaixadas alongadas, situadas abaixo da cota de 350 metros, embutidas entre os Planaltos Taquari/Alto Araguaia e dos Guimarães, na porção sudeste do estado do Mato Grosso (CIA AMBIENTAL, 2010). 56 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL A primeira área, posicionada a oeste, corresponde à bacia do alto Rio São Lourenço. Constitui um subcompartimento elaborado nos arenitos da Formação Aquidauana, dissecado em formas de topos tabulares medianamente amplas, ocorrendo formas aguçadas localmente. Articuladas a este modelado, ocorrem formas de topos convexos, medianamente extensas e com incisão mais forte da drenagem, entalhados nos arenitos da Formação Ponta Grossa. Esta área caracterizase por uma depressão monoclinal embutida na borda da Bacia do Paraná. A segunda área, localizada à sudeste da primeira, é esculpida em sedimentos da Formação Ponta Grossa, resultando em formas predominantemente convexas pouco extensas, fracamente entalhadas pelos canais de drenagem, associadas a formas tabulares, onde a incisão da drenagem é mais forte. Ocorrem ainda, isoladamente, formas aguçadas muito dissecadas nas proximidades dos compartimentos mais elevados (SANEAR, 2009). A esta unidade estão associados, ainda, declividades inferiores a 15% e os solos podzólicos vermelhos e amarelos, principalmente latossolos e argissolos, localizados nas regiões de relevo aplainado (SANEAR, 2009). 3.3.1. Unidades geomorfológicas Em desenvolvimento. 3.3.2. Hipsometria Em desenvolvimento. 57 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 3.3.3. Declividades Em desenvolvimento. 3.4. Solos Em desenvolvimento. 3.4.1. Caracterização Pedológica Em desenvolvimento. 3.5. Recursos hídricos O município de Itiquira está situado em região de dispersão de águas representado pelo Planalto dos Alcantilados e pelas serras Caiapó e São Jerônimo. Localizado na Região Hidrográfica do Alto Paraguai e, localmente, na Unidade Hidrográfica da Grande Bacia do Prata, o município tem como principal curso d’água o rio Vermelho, afluente do rio São Lourenço, que deságua na Bacia do Paraguai, a qual drena 336.000 km² de terras brasileiras. 3.5.1. Recursos hídricos superficiais Em desenvolvimento. 3.5.1.1. Caracterização hidrográficas) Em desenvolvimento. 58 hidrográfica (regiões e bacias Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 3.5.2. Qualidade da água Em desenvolvimento. 3.5.3. Usos das águas superficiais Em desenvolvimento. 3.5.4. Lançamentos de efluentes em corpos hídricos Em desenvolvimento. 3.5.5. Recursos hídricos subterrâneos Em desenvolvimento. 3.5.5.1. Unidades aquíferas e domínios hidrogeológicos Em desenvolvimento. 3.5.5.1.1. Uso da água subterrânea em Itiquira Em desenvolvimento. 3.5.5.2. Captações e potencial de exploração (outorgas) Em desenvolvimento. 59 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 3.6. Recursos minerais e direitos minerários (em desenvolvimento) O município de Itiquira, embora carente de bens minerais considerados nobres, possui abundantes materiais industriais que são utilizáveis na construção civil, como: areia, argila, brita e, em menor escala, cascalho laterizado. A areia é utilizada diretamente sem qualquer tratamento prévio. A brita resulta apenas de processos de britagem de arenitos silicificados. A argila é empregada na indústria de cerâmica vermelha e requer tratamento do tipo queima. Os depósitos de areia situam-se, particularmente, ao longo da calha dos rios e nas partes internas dos meandros que permite exploração através de dragagem. Os depósitos de argila podem ser classificados em dois tipos. O primeiro, mais antigo, de melhor qualidade e maior volume é associado à formação Ponta Grossa. O segundo, mais jovem, é de qualidade inferior com menos volume e ocorre como formas pontuais localizadas em planícies de inundação. O arenito silicificado da formação Furnas fornece a brita e apresenta reservas praticamente inesgotáveis. O cascalho formado por concreções detrito-lateríticas é encontrado preferencialmente sobreposto à formação Furnas. Sua utilização limita-se à pavimentação de estradas vicinais do município. 3.6.1. Substâncias minerais exploradas no município Em desenvolvimento. 60 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 3.7. Riscos geoambientais No Estado do Mato Grosso as atividades econômicas no planalto são basicamente a pecuária e a agricultura extensiva, e na planície a que mais se destaca é a pecuária extensiva. Estas atividades podem causar enormes prejuízos na forma de perda de solo por erosão, assoreamentos de rios e planaltos e elevação no nível de inundações por ocasião de cheias nas planícies, caso não possuam controle adequado. O desaparecimento de riachos e nascentes transformados em “areões” úmidos como consequência do assoreamento é mais uma visível evidência da participação humana na aceleração do processo erosivo. Acelerados e potencializados pela intervenção humana, os efeitos da evolução natural do processo erosivo e de transporte de material, podem ser nitidamente observados no planalto e na planície. No planalto, a manifestação mais visível do processo erosivo em curso está na grande quantidade de voçorocas, nas feições de relevo residual, produzindo modelos dissecados sob ação da drenagem. As localidades mais suscetíveis a processos erosivos correspondem a relevos escarpados e relevos de transição interplanáltica, em terrenos de substrato arenítico. Estas condições de relevo se manifestam na região da Serra Petrovina e Serra São Jerônimo e avançam na direção norte até as cabeceiras de tributários do Rio São Lourenço. É a área de domínio de arenitos da formação Aquidauana e formação Furnas com a formação Marília. Em escarpas e nas cornijas mais proeminentes ocorrem escorregamentos e quedas de blocos. No sopé das formas, onde se apresentam rampas de colúvio e tálus, a evolução do processo natural é o ravinamento. 61 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Na vertente leste da Serra São Jerônimo e na vertente norte da Serra da Jibóia, em que o relevo mais enérgico é associado à formação Marília, é notada a concentração de processos erosivos, principalmente ravinas. As vertentes escarpadas da Serra São Jerônimo que se voltam para a planície pantaneira mostram um grande número de cicatrizes no relevo ligadas a evolução natural das formas. Essas vertentes são suportadas por arenitos das formações Furnas e Vila Maria. O relevo de sopé é suportado por metamorfitos do Grupo Cuiabá. Escorregamentos e quedas de blocos são comuns. Por indução da ocupação e de estradas sempre se manifestam ativos com a vegetação presente reduzindo a incidência de processos. Os chapadões e os relevos rebaixados ao longo de calhas, sustentados por Furnas e Vila Maria, com relevos mais suaves e solos mais permeáveis, apresentam maior incidência de erosão. A mesma situação é observada nos domínios de colinas e argilitos da formação Ponta Grossa, inclusive com incremento de ravinas de portes variados associado à pelo menos uma grande voçoroca. O impacto da erosão é sentido mais diretamente nos cursos d’água do que nos solos. O assoreamento das calhas é generalizado tanto maior quanto mais próximo de estradas, núcleos urbanos e chapadões com intensa mecanização agrícola. Além do assoreamento por erosão de encostas, os rios estão muito afetados por lançamento de efluentes urbanos. O mais impactado é o rio Vermelho que recebe o esgoto de Rondonópolis e outras pequenas cidades. Os efeitos já estão sendo sentidos no rio São Lourenço, em trecho de planície pantaneira. 62 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL A presença de lixo urbano é outro fator de grande impacto ambiental. Nenhuma das cidades da região têm disposição adequada para resíduos sólidos das mais diversas naturezas. Há o simples despejo do material, muitas vezes no interior de erosões. Acresce-se a este fato, o lançamento de material carreado para dentro da bacia, que lá permanece e não segue adiante devido a um efeito de decantação causado pela queda de declividade. 3.7.1. Processos erosivos e movimentação de massa gravitacional Em desenvolvimento. 3.7.1.1. Erosão fluvial Em desenvolvimento. 3.7.2. Inundações Em desenvolvimento. 3.8. Sítios geológicos e potencial geoturístico municipal Em desenvolvimento. 3.9. Vegetação Em desenvolvimento. 3.9.1. Enquadramento fitogeográfico regional Em desenvolvimento. 3.9.2. Cobertura vegetal Em desenvolvimento. 63 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 3.9.3. Uso do solo Em desenvolvimento. 64 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 4. ASPECTOS TERRITORIAIS A análise territorial de Itiquira foi desenvolvida com base em dados primários coletados em levantamento in loco e de informações repassadas pelos diferentes secundários de setores da instituições Prefeitura brasileiras Municipal, além consagradas de de dados pesquisa e estatística. Com a finalidade de se obter um panorama da condição territorial do município serão abordados a seguir aspectos de demografia, uso e ocupação do solo urbano e rural, instrumentos de planejamento utilizados, áreas verdes, habitação, patrimônio, preço da terra e potencial turístico. 4.1. Demografia Alguns dos aspectos territoriais, econômicos e sociais tendem a refletir dinâmicas e tendências populacionais, possíveis de serem avaliadas através da análise demográfica de um município. Essa análise possibilita o planejamento de diretrizes das políticas públicas voltadas a atender as necessidades básicas da população. Para a formação do quadro populacional de Itiquira foram considerados os componentes demográficos de distribuição espacial, crescimento e projeção da população, migração e urbanização. 4.1.1. Distribuição espacial da população A relação entre a população e a superfície do território, geralmente expressa em habitantes por quilômetro quadrado (hab./km²), é o que se entende por densidade demográfica ou populacional. O município conta com uma população de 11.478 habitantes (IBGE, 2010), em uma área total de 8.722,48 km². A estimativa total para a 65 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL população em 2014 é de 12.293 habitantes. Itiquira apresenta densidade demográfica de 1,32 hab./km² (IBGE, 2010), valor inferior ao registrado no estado (3,36 hab./km²) e no país (23 hab./km²). Entre os 141 municípios do estado do Mato Grosso, Itiquira está na posição de número 58 em relação ao número de habitantes. Assim, a população de Itiquira representa 0,37% da população do estado, sendo as cidades mais populosas a capital Cuiabá, seguida de Várzea Grande e Rondonópolis. (IBGE, 2010). Quanto à distribuição espacial, verifica-se que a maior parte da população, 7.036 habitantes (61%), reside na área rural, sendo apenas 4.442 pessoas residentes da área urbana, configurando uma taxa de urbanização de 39%, bastante inferior à do estado, de 82% e do país, 85%. (IBGE, 2010). Embora a área urbana municipal represente uma parcela bastante pequena do território, mesmo com a minoria da população residindo nesta porção, a densidade demográfica registrada foi bem superior à densidade rural. O IBGE (2013) subdivide os municípios em setores censitários: unidades territoriais de controle cadastral de coleta, constituídas por áreas contíguas, e que possuem parâmetros de dimensão mais adequados à operação de coleta. A figura x a seguir demonstra a distribuição populacional de Itiquira, densidade demográfica, de acordo com os setores censitários. Em desenvolvimento. 66 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 4.1.2. Crescimento ou evasão da população A região onde se encontra o município de Itiquira possui diferentes históricos de crescimento populacional desde seu surgimento. Inicialmente, o primeiro crescimento notável ocorreu quando se iniciou a atividade garimpeira, com a chegada de muitas pessoas à região em busca de riqueza. Na sequência, um maior aumento populacional só foi notado quando o governo incentivou a ocupação e produção agrícola nas terras do Mato Grosso, no fim da década de 1970. Outros fatores contribuíram para o contínuo crescimento, como a implantação de indústrias de borracha, contudo, não foi tão expressivo. Mesmo assim, Itiquira continuou a apresentar taxas de crescimento positivas, conforme demonstra a tabela a seguir. Tabela 2 – Taxa de crescimento de Itiquira e Mato Grosso (%). Período 1991-2000 Itiquira 1,56 Mato Grosso 2,38 2000-2010 2,24 1,94 Fonte: PNUD, 2013. Conforme a tabela acima, é possível notar que Itiquira apresentou crescimento contínuo, diferente do Estado, o qual apresentou diminuição na taxa de crescimento. 4.1.3. Migração O movimento espacial da população, migração, pode ser ocasionado por diversos fatores, pincipalmente os relacionados à ordem econômica – emprego e renda – e à qualidade de vida. Com base nos dados do Censo 2010 (IBGE), em 2010 2.274 pessoas moravam no município de Itiquira a menos de 5 anos, representando 67 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL cerca de 20% da população total (11.478 habitantes), conforme a tabela 3 a seguir: Tabela 3 – Migrantes em Itiquira de 2005 a 2010. População Rural Urbana Total Homens 836 425 1.261 Mulheres 667 346 1.013 1.503 771 2.274 Total Fonte: IBGE, 2010. Conforme a tabela acima, 66% dos migrantes, totalizando 1.503 pessoas, destinaram-se à área rural do município, sendo a maior parcela de homens. Em menor número, a parcela de migração para a área urbana constituiu 34% do total, também com predominância masculina. Outro dado disponível através do Censo 2010 é a região de nascimento da população do município, conforme o gênero, como apontado na tabela 4. Tabela 4 – População residente em Itiquira por local de nascimento e gênero. Local de nascimento Total Homens Mulheres Brasil - sem Especificação 88 45 44 Região Centro-Oeste 8.399 4.484 3.914 Região Nordeste 1.084 681 402 85 40 45 769 419 350 1.053 556 498 Região Norte Região Sudeste Região Sul Total 11.478 6.225 Fonte: IBGE, 2010 5.253 Mesmo não representando detalhadamente o processo migratório no estado, conforme os dados, 73% dos moradores de Itiquira nasceram na região Centro-Oeste. O restante da população se originou das demais 68 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL regiões do país, sendo as maiores contribuições da região Nordeste, com 9,44%, e da região sul, com 9,17%. 4.1.4. Estrutura populacional A principal fonte sobre dados populacionais e distribuição por idade em nível municipal é fornecida através dos dados obtidos pelo censo do IBGE. De acordo com o último censo (IBGE, 2010), a população de Itiquira é composta pela quantidade de pessoas de cada faixa etária de acordo com o gênero, conforme a tabela a seguir. Tabela 5 – População residente em Itiquira por faixa etária e gênero, 2010. FAIXA ETÁRIA HOMENS MULHERES TOTAL 0 a 4 anos 472 436 908 5 a 9 anos 10 a 14 anos 545 555 446 507 991 1.062 15 a 19 anos 516 461 977 20 a 24 anos 25 a 29 anos 552 554 469 558 1.021 1.112 30 a 39 anos 40 a 49 anos 1.124 887 938 705 2.062 1.592 50 a 59 anos 60 a 69 anos 549 317 424 179 973 496 70 ou mais 155 108 263 Fonte: IBGE, 2010. Com relação à faixa etária, o município de Itiquira possui os maiores valores na população com idades entre 30 e 39 anos, em um total de 2.062 habitantes. Em seguida está a população compreendida na faixa etária entre 40 e 49 anos, com 1.592 habitantes. Com base na análise de gênero, Itiquira possui mais residentes do sexo masculino, sendo a maior parte compreendida na faixa etária entre 30 e 39 anos, somando 1.124 pessoas. As mulheres somaram 938 pessoas na mesma faixa etária. 69 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Outra forma de definir a estrutura da população é através da análise da pirâmide etária, um gráfico que determina a população conforme faixa etária e gênero. Essa análise é importante para determinar a evolução da população e planejamento publico a médio e longo prazo. A seguir, na figura 17, a distribuição da população conforme a idade, além de sua comparação a nível estadual. Figura 17 – Pirâmide etária de Itiquira e Mato Grosso. Fonte: IBGE, 2010. Apresentando uma base larga e ápice estreito, o gráfico indica que a população do município é jovem. A medida que essa população envelhece e os nascimentos diminuem, a pirâmide passa a ter uma forma mais retangular, o que caracteriza uma população mais envelhecida. Em Itiquira, é possível notar que a base da pirâmide acompanha a tendência estadual. Contudo, a partir da faixa etária de 15 a 19 anos, até a faixa de 20 a 24 anos possui uma notável queda no número de pessoas, principalmente do sexo feminino. A pirâmide só volta a seguir a tendência do estado a partir da faixa etária de 25 a 29 anos, e novamente o sexo feminino é o que apresenta o maior aumento. Com isso, a pirâmide de 70 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Itiquira apresenta uma base irregular, possuindo uma população jovem de idades entre 5 e 14 anos, diminuindo visivelmente na faixa de 15 a 24 anos, e voltando a aumentar na faixa entre 25 a 39 anos, onde se encontra a maior parte da população. 4.1.5. Distribuição populacional por renda A distribuição populacional por renda do município pode ser observada na tabela 6 a seguir: Tabela 6 – Rendimento de pessoas com 10 anos ou mais em Itiquira. Classes de rendimento nominal mensal Absoluto Mais de 1/2 a 1 salário mínimo 811 Mais de 1 a 2 salários mínimos 2.222 Mais de 2 a 3 salários mínimos 782 Mais de 3 a 5 salários mínimos 558 Mais de 5 a 10 salários mínimos 296 Mais de 10 a 15 salários mínimos 45 Mais de 15 a 20 salários mínimos 7 Mais de 20 a 30 salários mínimos 6 Sem rendimento 674 Fonte: IBGE, 2010 Nota: Salário mínimo utilizado: R$ 510,00. Do total da população economicamente ativa (PEA), 3.679 eram homens e 2.033 eram mulheres. Conforme a tabela apresentada, das pessoas com algum rendimento e economicamente ativas, a maior parte recebia de 1 a 2 salários mínimos, representando 45% da população com rendimento economicamente ativa, sendo 1.673 homens e 638 mulheres. A parcela da população que não apresentava rendimentos somou 3.866 pessoas, sendo que destas, 674 eram economicamente ativas. Do total, 1.529 homens e 2.338 mulheres não apresentavam rendimentos. 71 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 4.2. Histórico de ocupação do município Os primeiros registros com relação à região começaram no século XIX, com algumas expedições realizadas na busca por riquezas. A região do município de Itiquira era originalmente ocupada por índios, provavelmente do povo bororo. Depois de algumas tentativas em colonização, os primeiros vilarejos só começaram a aparecer quando se iniciou a exploração de diamantes, por volta de 1932. Antes disso, grandes e produtivas fazendas eram maioria na região. (MARQUES, 2004). Apesar da época mineradora ter durado somente até a década de 1940, o governo do estado queria manter a mão de obra ociosa das minerações e iniciou os processos para a instalação oficial do município. Mesmo sem a emancipação oficial, a região continuou a principalmente pelas terras férteis. Visando isso, atrair moradores, o governo criou iniciativas para atrair investidores e tecnologia à região, e nos anos 1970, concretizou tais investimentos com programas voltados à agricultura, o que além de proporcionar aumento da produção agrícola, registrou o maior crescimento populacional da década. (MARQUES, 2004). Um dos fatores determinantes para a ocupação do Mato Grosso foi o incentivo do governo do estado, com ações dirigidas de colonização entre os anos 50 e 70, que tiveram maiores resultados quando foram implantadas as políticas de integração nacional, que visavam integrar grandes vazios demográficos ao processo produtivo brasileiro. Essa política foi fundamental para a implantação de novas estradas. Como consequência da melhoria dos acessos, as produções agrícolas e de extração começaram a aumentar, demandando mão de obra e atraindo novos moradores à região. 72 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL No período de 1970 a 1985, Itiquira aumentou expressivamente sua área cultivável. Este aumento foi resultante da lavoura de soja, fazendo com que o município ocupasse a primeira colocação na produção estadual de grãos naquela época. Outra cultura que contribuiu expressivamente para o aumento da área de lavouras permanentes foi a da seringueira, introduzida pela empresa Edouard Michelin no município. Este último acontecimento também contribuiu para o início da ocupação da localidade de Ouro Branco do Sul. 4.3. Instrumentos de planejamento municipal Em desenvolvimento. 4.4. Uso e ocupação do solo urbano O grau de urbanização brasileiro tem se mostrado como uma taxa crescente, reflexo de um processo acelerado, que ocorre frequentemente de forma desordenada e já conta com 84,93% dos habitantes residindo em áreas urbanas (IBGE, 2010). De acordo como o Censo 2010 (IBGE, 2010), só na última década este crescimento representou o incremento de, aproximadamente, 23 milhões de habitantes urbanos. Embora a população urbana de Itiquira não se enquadre nesta tendência, questões relacionadas ao uso e ocupação do solo urbano devem ser levadas em consideração no planejamento territorial do município. Deste modo, com as mudanças que a região de Itiquira vem presenciando ao longo dos últimos anos, torna-se essencial a estruturação e ordenamento do território, visando orientar e disciplinar a expansão demográfica e o uso e ocupação do solo. 73 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL A análise de uso e ocupação do solo urbano de Itiquira foi desenvolvida com base na legislação urbanística municipal, nos dados fornecidos pela Prefeitura Municipal e na realidade observada através de levantamentos in loco. Os itens descritos a seguir têm como objetivo a formação de um panorama geral dos aspectos territoriais da área urbana municipal, com a finalidade de que estes possam embasar as diretrizes e ações do planejamento territorial de Itiquira. Como o município de Itiquira não possui Plano Diretor anterior ao em elaboração, algumas regulamentações ainda são inexistentes no município, conforme especificadas nos subitens que seguem. 4.4.1. Perímetro urbano No município de Itiquira não há lei específica delimitando o seu perímetro urbano. No entanto, existem duas leis que tratam da zona urbana: Lei Municipal n° 536/2005 e n° 858/2014. A primeira “dispõe sobre a área descrita como zona urbana”, declarando como zona urbana uma área situada na localidade de Ouro Branco do Sul. A segunda “dispõe sobre a ampliação da zona urbana do município de Itiquira”. Porém, não se tem conhecimento da legislação que tratou da zona urbana da sede de Itiquira, tendo apenas essa última citando a sua ampliação Apesar de não haver regulamentação legal, o perímetro urbano municipal foi delimitado em duas áreas distintas, uma corresponde à sede do município e a outra à localidade de Ouro Branco do Sul, conforme demonstra a figura 18 a seguir: 74 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 18 – Perímetro urbano de Itiquira. Fonte: ITIQUIRA, 2015. Adaptado por: Cia Ambiental, 2015. 4.4.2. Bairros O município de Itiquira não possui divisão de bairros delimitada por legislação municipal. 4.4.3. Zoneamento e parcelamento do solo urbano Zoneamento é a divisão da cidade e das áreas urbanizáveis em zonas de usos diferentes, visando ordenar o crescimento da cidade e proteger os 75 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL interesses da coletividade, assegurando condições mínimas de habitabilidade e o uso racional do solo. O município de Itiquira não possui zoneamento e parcelamento do solo urbano regulamentados por legislação municipal, sendo assim, não há, excetuando as áreas citadas nas leis n° 536/2005 e n° 858/2014, uma definição de parâmetros de uso e ocupação do solo urbano, nem de parcelamento, definidos no município. A Lei Municipal n° 536/2005 define para a área localizada em Ouro Branco do Sul, os seguintes requisitos: os lotes terão área mínima de 240 m² (duzentos e quarenta metros quadrados), qualquer que seja a testada (frente); as áreas destinadas ao sistema de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, não serão inferiores a 35% (trinta e cinco por cento) da área total do loteamento. A Lei Municipal n° 858/2014, por sua vez, define para a área de ampliação da zona urbana, as seguintes condições: os lotes terão área mínima de 200 m² (duzentos metros quadrados), qualquer que seja sua testada (frente); as áreas destinadas ao sistema de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, não serão inferiores a 35,0% (trinta e cinco por cento) da área total do loteamento. 4.4.4. Uso e ocupação do solo urbano atual O uso e ocupação do solo atual de um município pode ser analisado por meio do levantamento de dados e informações que permitam identificar as dinâmicas do processo de urbanização e as pressões exercidas pelos atores sociais em relação às legislações urbanísticas vigentes. Deve-se 76 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL ainda considerar as diversas condicionantes dos aspectos físicos do território sobre o qual recaem o uso e a ocupação da terra urbana. A análise referente ao município de Itiquira deve ainda considerar as diferentes condicionantes dos aspectos físicos do território sobre o qual recaem o uso e a ocupação da terra urbana, questões relacionadas à tipologia de atividades, às densidades e à altura das edificações, verificadas e projetadas. A sede urbana do município de Itiquira é caracterizada pela baixa verticalização com edificações de até dois pavimentos. Os usos predominantes são o residencial e misto, de serviços e comércio, conforme ilustram as figuras a seguir: Figura 19 – Vistas dos usos em Itiquira. 77 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Observa-se, em alguns locais, a carência de parâmetros de ocupação do solo urbano da sede, principalmente no que se refere à padronização de recuos e afastamentos das edificações, como ilustra a figura 20 a seguir. Tais fatores, muitas vezes acabam prejudicando a mobilidade de pedestres devido à obstrução dos passeios, entre outros. Figura 20 – Edificações com recuos frontais variados. As áreas públicas da sede são destinadas à algumas praças e áreas de esporte e lazer, como o Complexo Turístico Beira Rio e academias ao ar livre, conforme ilustram as figuras que seguem: 78 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 21 – Vistas de áreas públicas de esporte e lazer. Em Ouro Branco do Sul, o uso e ocupação do solo também caracteriza-se pela baixa verticalidade e edificações de uso residencial, comercial e de serviços, conforme a figura 22. 79 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 22 – Vistas dos usos em Ouro Branco do Sul. 4.4.4.1. Assentamentos precários Aguardando informações. 4.4.4.2. Ocupação irregular Aguardando informações. 4.4.4.3. Áreas ou Zonas Especiais de Interesse Social Aguardando informações. 80 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 4.4.5. Tipologias de uso urbano 4.4.5.1. Usos residenciais A Constituição Federal de 1988 garante o direito social básico à moradia em um conceito que envolve não somente a edificação, mas também o acesso à infraestrutura e aos serviços urbanos. O uso residencial é predominante em relação aos demais no município de Itiquira, sendo as edificações geralmente térreas, unifamiliares, de característica construtiva em alvenaria. Embora em pequena quantidade, são encontradas algumas residências em sistema construtivo tipo adobe, conforme imagens a seguir. Em Ouro Branco do Sul a configuração predominante também é residencial, com sistema construtivo em alvenaria. Figura 23 – Vista de residência em adobe. 81 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 24 – Vistas de residências em alvenaria. 4.4.5.2. Usos comerciais e serviços Em Itiquira é presente a configuração de comércio de bairro, para atender a população local, com estabelecimentos como: pequenos supermercados, padarias, lojas de confecção, farmácias e oficinas. É possível notar também os serviços de pequeno porte, como: salões de beleza, consultórios odontológicos, postos de combustíveis e bancos – conforme demonstram as figuras a seguir. 82 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 25 – Vistas de comércio. Figura 26 – Vistas de serviço. Outro empreendimento de influência no município é o terminal de grãos em Itiquira. É um empreendimento privado, com capacidade de escoar a produção de 4,5 milhões de toneladas por ano de grãos (SEARA, 2015). Devido à sua localização, o terminal atende a produtores, cerealistas e cooperativas do município e região. 83 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 27 – Terminal de Itiquira. 4.4.5.3. Usos industriais e de mineração O município não possui grandes estruturas industriais, sendo frequentes as indústrias voltadas ao agronegócio, como transporte de grãos e indústria de sementes, geralmente localizadas na área rural. Figura 28 – Indústria produtora de sementes. Outra importante atividade desenvolvida no município era a extração de borracha realizada em cerca de 10 mil hectares da empresa Michelin, até 2009, quando a empresa foi vendida ao Grupo Maggi, com a justificativa que os seringais não produziam o suficiente. A empresa possuía uma 84 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL grande estrutura da indústria da borracha, com uma fábrica para o processamento, uma plantação em escala industrial e vilas residenciais para os trabalhadores. Com a venda da área, as vilas estão sendo desocupadas e as seringueiras retiradas, para dar lugar a uma nova tipologia de produção agrícola (G1, 2009). Figura 29 – Vista do seringal. Figura 30 – Vista de área do seringal retirado. 85 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 31 – Vista de antiga estrutura de beneficiamento da borracha. 4.4.5.4. Usos institucionais Entre os usos institucionais destacam-se a Prefeitura Municipal, a Câmara de Vereadores, as igrejas, as praças, entre outros ilustrados a seguir. Figura 32 – Vista da Prefeitura Municipal (esq.) e da Câmara de Vereadores (dir.). 86 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 33 – Vista de igreja e praça em Itiquira. Figura 34 – Vista do Fórum. Figura 35 – Vistas do Complexo Turístico Beira Rio. 87 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 36 – Vistas da Unidade Básica de Saúde (esq.) e praça André Maggi (dir.) em Ouro Branco do Sul. 4.4.5.5. Usos especiais Para este estudo foi considerado como uso especial o cemitério. A preocupação com o atendimento da demanda é evidente, sendo possível observar que o mesmo passou por uma ampliação, que já está quase toda ocupada, como demonstrado a seguir. Figura 37 – Vistas do cemitério de Itiquira. 4.4.6. Colônia e associações de pescadores Aguardando informações. 88 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 4.4.7. Vazios urbanos Atualmente existem diversos conceitos em torno do item vazio urbano, mas para efeitos de análise, corresponderá aos lotes sem edificação, ou subutilizados, que não são qualificados como espaços livres públicos (CLEMENTE, 2012). De acordo com o Estatuto das Cidades, no que se refere ao desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, em se tratando de controle e ordenação de uso do solo, devem ser evitados: a deterioração das áreas urbanizadas; a utilização inadequada dos imóveis urbanos; a retenção especulativa, que resulte em sua não utilização; o parcelamento do solo; a edificação ou uso excessivos ou inadequados da infraestrutura urbana. (BRASIL, 2001). Com base nesse princípio, o levantamento dos terrenos vazios se torna importante para identificar a situação, e possível disponibilidade ou intenção de ocupação dos mesmos. Em Itiquira foi possível verificar a existência de diversas áreas de vazio urbano (figura 38). Tais elementos estruturadores da forma urbana representam áreas ociosas, providas de infraestrutura e que, desta forma, não cumprem sua função social. Em decorrência, algumas dessas áreas são utilizadas como depósito de entulhos e resíduos (figura 39) ou estão sem manutenção (presença de mato), acarretando problemas de saúde e segurança pública. 89 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 38 – Vistas de terrenos não ocupados. Figura 39 – Vistas de terrenos vazios com deposição irregular de entulhos e resíduos. Em Ouro Branco do Sul os vazios urbanos são ainda mais presentes, há quadras 90 inteiras desocupadas, mas que possuem delimitação e Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL infraestrutura. Outro problema identificado foi o depósito de resíduos nos terrenos vazios, conforme ilustram as imagens abaixo. Figura 40 – Vistas dos terrenos não ocupados em Ouro Branco do Sul. Figura 41 – Vista de resíduos de construção civil depositados em terreno vazio em Ouro Branco do Sul. 91 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 42 – Vista de resíduos depositados em terreno vazio em Ouro Branco do Sul. 4.5. Áreas verdes Em desenvolvimento. 4.5.1. Arborização urbana Em desenvolvimento. 4.5.2. Áreas de Preservação Permanente Em desenvolvimento. 4.5.3. Unidades de Conservação Em âmbito nacional, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) é responsável por estabelecer as categorias e conceitos de manejo para as áreas de proteção brasileiras, além de regulamentar as atividades possíveis de serem desenvolvidas em cada área. O SNUC foi criado em 1982 como um plano de objetivos específicos para conservação ambiental no Brasil. Contudo na época não havia amparo legal ao plano, fator que só começou a ocorrer com a Constituição Federal, que em seu 92 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL art. 225, determina a necessidade da criação de espaços territoriais de proteção especial, que só podem ser alterados através de lei, onde é proibido a utilização que de alguma forma comprometa a proteção. (BRASIL, 1988). Assim, depois do SNUC ser aprovado em 1992, entrou em vigor somente no ano de 2000, através da Lei n° 9.985 e é regulamentada pelo Decreto n° 4.340, como um conjunto de unidades de conservação federais, estaduais e municipais. É composto por 12 categorias de Unidades de Conservação, que são ainda agrupados em duas esferas de proteção distintas: Proteção Integral e Uso Sustentável dos recursos naturais. As unidades inseridas no grupo da Proteção Integral possuem regras e normas mais restritivas, visto que seu objetivo principal é a preservação. Nessas unidades só é permitido o uso dos recursos naturais de forma indireta, como turismo ecológico e pesquisa científica. Já o grupo de Uso Sustentável permite a coleta e uso dos recursos naturais, porém, de forma não abusiva e que não impeça a perenidade dos recursos renováveis e processos ecológicos. Além de assegurar a conservação ambiental, as UC também tem por objetivo atrair o ecoturismo e educação ambiental, e repassar recursos financeiros às unidades gestoras, com políticas como o ICMS Ecológico. De acordo com a Secretaria de Estado e Meio Ambiente, Mato Grosso foi o sexto estado no país a implementar o ICMS Ecológico, denominação para critérios relacionados a busca por soluções a problemas ambientais. Esses critérios definem quanto cada município recebe na repartição de recursos financeiros arrecadados com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS. No Estado, o ICMS Ecológico possui base legal na Lei Complementar n° 073/2000, e é regulamentado pelo Decreto Estadual n° 93 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 2.758/2001. O município de Itiquira possui sete áreas que poderiam ser consideradas Unidades de Conservação, mas nenhuma delas está cadastrada no Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Entre essas áreas estão a APA do Pontal Rio Itiquira com Rio Correntes, o Parque Natural da Cachoeira do Rio Roncador e o Parque Natural do Rio Congonhas. No entanto, estas áreas são consideradas Unidades de Conservação pelo município e pelo Estado. 4.6. Habitação 4.6.1. Estrutura institucional Dentro da estrutura administrativa municipal, Itiquira conta com a Secretaria Municipal de Assistência Social como responsável pelos programas habitacionais realizados pelo município, Governo Estadual e Federal. A Secretaria é responsável pela abertura das inscrições para os projetos, que ocorrem, por exemplo, através do cadastro no Programa Bolsa Família, do Governo Federal. 4.6.2. Programas e ações Entre os programas dos quais Itiquira faz parte está o “Minha Casa, Minha Vida” que é subdividido entre os financiados pelo Governo Federal e os financiados por empresas privadas. De acordo com dados fornecidos pela Prefeitura, os financiados pelo Governo Federal em parceria com o Estado e o município somam 100 unidades, enquanto os financiados através do programa “Minha Casa, Minha Vida – Família Paulista” somam 40 unidades. Outro programa citado é o “BarraFar”, com 30 unidades. (ITIQUIRA, 2015). 94 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Os loteamentos populares, como ilustram as figuras a seguir, são mencionados pela prefeitura, com os seguintes nomes e unidades disponíveis: Residencial Santo Antônio, 270 unidades; Loteamento Jardim Planalto, 84 unidades; Loteamento Ouro Branco do Sul, 70 unidades. (ITIQUIRA, 2015). Figura 43 – Vistas de loteamentos populares em Itiquira. Para auxiliar a Prefeitura Municipal, em especial a Secretaria de Assistência Social, são realizados cadastros através do próprio Governo, a exemplo do Bolsa Família ou ONGs não governamentais, como a ONG Itiquiunida, que em parceria com a Igreja Católica faz um cadastro das famílias interessadas, que depois passam por uma triagem. Essa ONG também auxilia na construção das casas, através de parcerias com órgãos governamentais. (A TRIBUNA, 2009). 4.6.3. Domicílios De acordo com os dados do Censo Demográfico do IBGE 2010 (IBGE, 2010), em Itiquira havia um total de 3.618 domicílios particulares permanentes, sendo a maior parte, aproximadamente 61% domicílios localizados na área rural, devido a sua extensão e à existência de antigas vilas residenciais que atendiam a indústrias da região. 95 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL A partir do total de domicílios particulares permanentes, a maior parte era do tipo casa, 95,44%, seguidos pelas casas de vila ou condomínio, em total de 3,22%. Ainda foram constatados casa de cômodos, cortiço ou cabeça de porco, além de apartamentos, em menor número, conforme a tabela 7 a seguir. Tabela 7 – Domicílios particulares permanentes por tipo. Apartamento 14 Casa Casa de vila ou Casa de cômodos, cortiço em condomínio ou cabeça de porco 117 26 3.461 Total 3.618 Fonte: IBGE, 2010. Outra análise possível de acordo com os dados do IBGE é em relação ao tipo de material das paredes externas dos domicílios, sendo que a maioria, tanto na área urbana como na área rural, era de alvenaria com revestimento, totalizando cerca de 89%. Na sequência, com cerca de 8% figuravam os domicílios de alvenaria sem revestimento. Entre os outros materiais das paredes externas, os domicílios da área rural apresentaram os maiores números de casas de madeira e taipa revestida e não revestida, enquanto os domicílios da área urbana apresentaram somente madeira e taipa não revestida, e em menor número, conforme a tabela a seguir. Tabela 8 – Domicílios particulares permanentes por tipo de revestimento das paredes externas. Tipo de material Rural Urbano Total Alvenaria com revestimento 1.918 1.297 3.215 Alvenaria sem revestimento 183 107 290 Madeira aparelhada 53 15 68 Madeira aproveitada 17 - 17 Outro material - 9 9 Taipa não revestida 17 6 23 96 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Tipo de material Rural Urbano Total Taipa revestida 5 - 5 Fonte: IBGE, 2010. 4.6.4. Déficit habitacional Em desenvolvimento. 4.7. Patrimônio histórico, cultural, paisagístico, arqueológico e artístico A Constituição Federal, em seu artigo 216, preconiza que o patrimônio cultural brasileiro “constitui os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”. Incluem as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. O município de Itiquira não possui lei específica tratando do patrimônio arqueológico, natural, cultural ou artístico. Contudo, promove em sua Lei Orgânica, no art. 8°, a proteção histórica e cultural conforme leis e ações fiscalizadoras federal e estadual. (ITIQUIRA, 1990). Garante também, em sua Lei n° 289 a criação do Código de Defesa do Meio Ambiente que tem por objetivo a proteção do patrimônio ambiental. (ITIQUIRA, 1994). No âmbito cultural, o município apresenta uma marcante diversidade desde sua pré-história, existindo vestígios arqueológicos no Rio Sozinho, 97 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL além de inscrições rupestres próximos à usina hidrelétrica de Itiquira e em fazendas privadas. A passagem e permanência de pessoas de diferentes regiões e costumes por Itiquira contribuiu para a formação do diversificado patrimônio cultural, principalmente relacionado ao modo de vida de pequenas comunidades rurais. Esse processo também foi marcado pelo encontro dessas culturas, com lutas e conflitos sociais. (ITIQUIRA, 2014). Dentre os patrimônios culturais do município está a escultura do Garimpeiro, localizada na Praça das Bandeiras, erguida em homenagem ao primeiro garimpeiro a se instalar na região, José Costa Ramos. Outra escultura, chamada Metamorfose está localizada na Praça Serafim Carvalho, também faz parte do patrimônio cultural do município. Integram ainda a lista de patrimônio cultural de Itiquira a Igreja Nossa Senhora do Carmo, o complexo esportivo José Carneiro de Oliveira e o Ginásio de Esportes Robertão, o parque de exposições, além das festas tradicionais do município. (CIA AMBIENTAL, 2010). Como a região do município de Itiquira primeiramente ocupada por índios, existem hoje alguns vestígios arqueológicos dessas épocas. Em pesquisa realizada junto ao Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), existem quatro sítios arqueológicos registrados em Itiquira. Alguns desses sítios apresentam fragmentos cerâmicos, pinturas e gravuras rupestres ou estruturas funerárias. Além dessas, existem registros não confirmados de cerâmicas nos limites municipais, e sítios localizados em fazendas de propriedade particular. Alguns sítios localizados no município estão em fase de resgate. Este trabalho é realizado através da orientação e supervisão de arqueólogos que trabalham para a Usina Ponte Preta. (MARQUES, 2004). 98 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 4.7.1. Bens tombados O Estado do Mato Grosso, através da Lei n° 9.107/2009, garante a proteção do patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado, além de descrever o processo de tombamento e seus efeitos. (MATO GROSSO, 2009) Em nível nacional, a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional ocorre através do Decreto-lei 25/1937, que preconiza: Art. 1 o Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no País e cuja preservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. §1 o - Os bens a que se refere o presente artigo só serão considerados parte integrante do patrimônio histórico e artístico brasileiro, depois de inseridos separada ou agrupadamente num dos quatro livros do tombo, de que trata o art. 4. desta lei. §2 o - Equiparam-se aos bens a que se refere o presente artigo e são também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, bem como os sítios e paisagens que importe conservar ou proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana.. Não existem no momento bens tombados no município de Itiquira, tanto em âmbito estadual como em âmbito federal. Apesar de não possuir nenhum bem tombado, Itiquira possui forte ligação com sua história e sua origem nos garimpos e fazendas, com diversas referências em seu complexo turístico e festividades. Entre os atrativos com valor histórico estão casas de adobe, a Capela Nossa Senhora Aparecida e o Museu Acelino Rodrigues, que guarda um pouco da história do município através de objetos, fotos e documentos. (ITIQUIRA, 2014). 99 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 44 – Casa feita de adobe. Figura 45 – Capela Nossa Senhora Aparecida. Figura 46 – Museu Acelino Rodrigues Oliveira – ARO. 100 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 4.8. Preço da terra Em desenvolvimento. 4.9. Uso e ocupação do solo rural As principais atividades desenvolvidas na zona rural de Itiquira são a agricultura e pecuária. As lavouras temporárias possuem maior área de cultivo em relação às lavouras permanentes. Conforme o Censo Agropecuário do IBGE (2006), entre as culturas das lavouras temporárias destacam-se a soja, o milho, algodão, sorgo e a cana-de-açúcar, e a cultura de destaque da lavoura permanente é a seringueira. A Tabela 9 mostra as áreas das atividades desenvolvidas na área rural do município. Tabela 9 – Uso e ocupação do solo rural. Atividade Área (ha) Lavouras 209.483 Pastagens 303.770 Matas e/ou Florestas 201.224 Sistemas Agroflorestais 9.405 Tanques, lagos, açudes e/ou área de águas 1.462 públicas para exploração da aquicultura Fonte: IBGE, 2006. Elaborado por Cia Ambiental, 2015. A pecuária praticada em Itiquira é basicamente a bovinocultura, tanto de corte quanto de leite, porém, há outras criações. A tabela 10 demonstra o efetivo de rebanho das principais criações de Itiquira. Tabela 10 – Efetivo de rebanho. Rebanho Bovino Quantidade (cabeças) 268.525 101 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Rebanho Quantidade (cabeças) Suíno 21.365 Galináceos 21.894 Fonte: IBGE, 2013. Elaborado por Cia Ambiental, 2015. A prática da silvicultura em Itiquira era muito importante para a economia da região, destacando a seringueira. Mas a partir de 2009 está ocorrendo mudanças no cenário agrícola da região. Segundo Góes (2009), as Plantações Michelin, controlada pela multinacional francesa, acertaram a venda de uma área com cerca de 8 mil hectares plantados com seringueiras, para o Grupo Maggi. De acordo com as notícias, a decisão de abandonar a exploração agrícola extensiva da seringueira na região foi devido a razões climáticas. Por esse motivo a grande parte dos seringais estão sendo arrancados para destinar a área para outros usos (figura 47). Figura 47 - Raízes expostas das seringueiras após o arranque das árvores. Em 2007, Shimizu, et.al., publicou um diagnóstico das plantações florestais do estado do Mato Grosso e foi constatado que o município possuía 10.468 hectares de florestas plantadas, conforme pode ser visto na tabela 11. 102 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Tabela 11 – Espécies e áreas de florestas. Espécie Área (ha) Seringueira 8.600 Urograndis (eucalipto) 1.233 Camaldulensis (eucalipto) Citriodora 620 15 Fonte: Shimizu, et.al., 2007. Elaborado por Cia Ambiental, 2015. Observa-se que em Itiquira, a maior área de florestas plantadas em 2007 era de seringueiras, seguidas dos eucaliptos. Com a saída das Plantações Michelin, no entanto, este cenário vem sofrendo modificações. 4.9.1. Localidades rurais Segundo ALL (2011), as comunidades rurais do município de Itiquira são Ouro Branco do Sul, Mineirinho, BR-163, Corichão e Cabeça de Boi. Ouro Branco do Sul, no entanto, é considerado pela Prefeitura Municipal como área urbana, apresentando características diferentes das demais áreas rurais em função da proximidade da BR-163 e das três vilas da Michelin, isoladas em meio às plantações de Hevea (seringueira). Conforme citado anteriormente, a venda das plantações da Michelin também está impactando nas localidades rurais, pois as três vilas instituídas pela empresa para abrigar seus trabalhadores, estão sendo desocupadas. 103 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 48 – Vistas da localidade de Ouro Branco do Sul 104 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 49 – Vistas da Vila Michelin 105 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 4.9.2. Paisagem rural A paisagem rural de Itiquira é evidenciada por áreas de plantações de seringais (figura 50), eucaliptos (figura 51), pastagens (figura 52) e lavouras temporárias (figura 53) – paisagem mais comum, com destaque para as áreas de plantação de soja, milho e algodão. Essa paisagem muda conforme a época do ano devido ao período de cultivo de cada cultura. Figura 50 – Vistas de seringais. Figura 51 – Vistas de plantações de Eucalipto. 106 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 52 – Vistas de pasto. Figura 53 –Vistas de plantação de soja. 4.10. Potencial turístico O município de Itiquira possui grande potencial turístico em sua zona rural, principalmente pela grande quantidade e diversidade de cachoeiras e rios. Além disso, uma parte do município é constituída do Pantanal Mato-grossense, porém, atualmente sem grande aproveitamento turístico. (MARQUES, 2004). Na área urbana, o potencial turístico está na preservação da memória histórica do município, como a Praça dos Garimpeiros (Praça da Bandeira), local onde se fixaram os primeiros garimpeiros que originaram o município, e a partir dai surgiram algumas das estruturas da cidade, como 107 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL a primeira igreja, e onde eram realizadas as festas da cultura local. Na praça existe uma escultura que homenageia os garimpeiros. 4.10.1. Atrativos naturais Entre os principais atrativos naturais de Itiquira estão as diversas cachoeiras espalhadas pelo município, dentre as quais destacam-se a Cachoeira da Leopoldina, com 25 metros de altura e possibilidade da prática de Rappel, a Cachoeira Roncador, palco de confronto das tropas legalistas e os militantes da Coluna Prestes em 1927 e a Cachoeira do Cumprido, uma das mais procuradas pela população devido a formação de um lago não muito profundo ideal para crianças. Os rios figuram também como importantes fontes de lazer para os moradores da região, com prainhas e lugares aptos ao banho, além de locais famosos como o sumidouro do Itiquira. Contudo, algumas das cachoeiras, rios e prainhas utilizadas pela população não possuem estrutura adequada, como banheiros, lanchonete, água potável, além de serem de difícil acesso. Figura 54 – Vistas de cachoeira em Itiquira. 108 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 55 – Vistas de cachoeira em Itiquira. 4.10.2. Atrativos artificiais Entre os atrativos artificiais destaca-se o Complexo Turístico Beira Rio, construído pela Prefeitura às margens do Rio Itiquira como uma opção de lazer para a população. A estrutura conta com quadras para futebol e vôlei de areia, quadras poliesportivas, espaço para shows e eventos, quiosques para piquenique, lanchonetes e espaço para banho de sol. Figura 56 – Vista do Complexo Turístico Beira Rio. 109 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 57 – Vista da quadra poliesportiva do Complexo Turístico Beira Rio. Entre as prainhas mais procuradas está a do Rio Itiquira, na porção urbana, onde a prefeitura criou uma praia artificial em ambas as margens do rio para o lazer da população. Em Ouro Branco do Sul, um dos principais atrativos é a praça André Maggi, que conta com quadras de vôlei e futebol de areia, pista de skate e academia ao ar livre. Figura 58 – Vista da academia ao ar livre da praça André Maggi, em Ouro Branco do Sul. 110 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 59 – Vista da praça André Maggi em Ouro Branco do Sul. 4.10.3. Infraestrutura e serviços de apoio Aguardando informações. 4.10.4. Organização turística Aguardando informações. 4.10.5. Demanda turística Aguardando informações. 4.10.6. Projetos Aguardando informações. 111 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 5. ASPECTOS DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS Segundo Zmitrowicz e Neto (1997), infraestrutura urbana pode ser caracterizada como o “conjunto de sistemas técnicos de equipamentos e serviços necessários ao desenvolvimento das funções urbanas”. Por sua vez, essas funções podem ser definidas em aspectos sociais, econômicos e institucionais. O processo de ampliação urbana na maior parte dos municípios brasileiros vem ocorrendo de forma acelerada e desordenada, não apresentando planejamento e padrões urbanísticos e ambientais adequados, muitas vezes pela falta de recursos financeiros. Dessa forma, torna-se fundamental a solução de problemas com a ineficiência e carência de serviços de infraestrutura básica como abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, manejo de resíduos sólidos, transmissão de energia elétrica, entre outros (BRASIL, 2005). Deste modo, este capítulo apresentará os principais aspectos de infraestrutura e serviços: sistema viário, saneamento, energia elétrica, iluminação pública e comunicação. 5.1. Caracterização do sistema viário municipal As diversas rodovias que cruzam o município têm importante papel no escoamento da produção do Estado, principalmente após a instalação do terminal ferroviário localizado as margens da MT-299. A principal rodovia de acesso a Itiquira é a BR-163 que atravessa o município de norte a sul e passa ao lado do distrito de Ouro Branco do Sul e a região de Mineirinho, que também pode ser acessada pela MT-299 vindo da sede urbana de Itiquira. A BR-163 possui pavimentação asfáltica 112 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL em todo trecho que passa por Itiquira e é a principal ligação de Itiquira com o município de Rondonópolis, fonte da maior parte de movimentação intermunicipal de Itiquira. O município também é cortado pela MT-471 de norte a sul, pela MT-299 de leste a oeste, pela MT-464 e MT-040. A maior parte das rodovias que interceptam Itiquira ainda não possuem pavimentação asfáltica, com exceção da BR-163, MT-370 e um trecho da MT-299, como mostra a . Figura 60 – Rodovias e estradas municipais de Itiquira. Fonte: ITIQUIRA, 2015. 113 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL A sede urbana de Itiquira tem como acessos apenas rodovias estaduais: MT-299, MT-040 e MT-370. A MT-040 (), que realiza o acesso a sede urbana a norte, passou por recuperações em 2013 através de parceria entre o Governo do Estado de Mato Grosso e produtores rurais da região que enfrentavam problemas diariamente com a situação precária da rodovia (ITIQUIRA, 2013). A MT-299 possui pavimentação asfáltica entre o trecho que faz a ligação entre o distrito de Ouro Branco do Sul e a sede urbana como é verificado na Figura 60. De acordo com notícias publicadas pela Prefeitura de Itiquira (2013), a MT-299 também recebeu melhorias no mesmo ano com aplicação de lama asfáltica em seu trecho urbano até a ponte sobre o Rio Itiquira. Porém, os trechos de acesso mais adjacentes a sede ainda não possuem pavimentação asfáltica como é possível observar na e na . Já a MT-370 que possibilita o acesso a sede urbana de quem vem de Rondonópolis, possui pavimentação e sinalização adequada em todo trecho que passa por Itiquira (). Figura 61 – Vista de acesso a sede urbana de Itiquira pela MT-040 (esq.); Vista de acesso à Itiquira pela MT-299 à leste (dir.). 114 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 62 – Vista de acesso à sede urbana pela MT-299 à sudoeste (esq.); vista de acesso à Itiquira pela MT-370 (dir.). 5.1.1. Estradas rurais O município de Itiquira possui área e população rural significativamente maior do que a urbana, logo a circulação da população entre as localidades rurais e sede urbana ocorre principalmente através de estradas rurais, como é possível analisar através da que dispõe todas as estradas rurais do município, também chamadas de estradas vicinais. Diante da importância que essas estradas têm para o município, existe a necessidade de que se assegurem as condições adequadas de tráfego das vias. Em fevereiro de 2014 o município foi contemplado com uma motoniveladora, através de ações do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), para realizar obras de conservação e recuperação de estradas rurais da região. Desde a aquisição do equipamento e de mais quatro caminhões com recursos da própria prefeitura, muitas estradas vicinais vem recebendo as melhorias adequadas e de forma constante figura 64 (ITIQUIRA, 2015). 115 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 63 – Vista de melhorias na Figura 64 – Vista de recuperação de estrada sentido Fazenda Bandeirante. estrada na região do pantanal. Fonte: ITIQUIRA, 2015. Fonte: ITIQUIRA, 2014. Entre as estradas vicinais estão: estrada de acesso à Fazenda Bandeirante, estrada de acesso à Fazenda Duas Irmãs, entre outras, como é possível observar na . Figura 65 – Vistas de estradas rurais de Itiquira. 5.2. Caracterização do sistema viário urbano A malha viária pode ser definida como o conjunto de vias do município, 5.2. classificadas e hierarquizadas segundo critério funcional e padrões urbanísticos (PORTO ALEGRE, 1999). 5.2. 5.2. 116 5.2. Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL A configuração espacial da sede urbana de Itiquira tem como condicionantes o Rio Itiquira e as rodovias estaduais MT-299 e MT-370 que passam pelo seu território, logo, a malha viária é afetada por esses fatores. A malha viária da sede urbana possui traçado geométrico retilíneo, com quadras em sua maioria quadradas com dimensão de 110 m e algumas retangulares. Já a malha viária de Ouro Branco do Sul possui dois padrões predominantes: quadras quadradas de 140m e retangulares de 140 por 70m. 5.2.1. Hierarquia viária A hierarquia viária diz respeito à classificação das vias de acordo com sua respectiva função viária de forma a prover um sistema em equilíbrio e abordar cada via de acordo com sua função. 5.2.1.1. Principais vias urbanas Em desenvolvimento. 5.2.2. Pavimentação das vias urbanas A pavimentação tem como principal função resistir aos esforços causados pelo tráfego de veículos e melhorar as condições de rolamento. Vias com pavimentação adequada garantem a segurança do usuário, além de conservar suas propriedades por muito mais tempo sem que precise de manutenções. Diante do exposto, quando se aborda o tema sistema viário, um dos principais itens a ser destacado e discutido é a pavimentação das vias. Na região da sede urbana de Itiquira quase todas as vias possuem pavimentação asfáltica e em relativo bom estado de conservação. Já em 117 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Ouro Branco do Sul algumas vias não são asfaltadas. As vias urbanas do município foram recuperadas em 2013, através de uma ação da Secretaria de Infraestrutura, com camada de lama asfáltica que funciona como uma capa sobre o asfalto antigo e evita operações tapa-buraco por um longo período (ITIQUIRA, 2013). A situação atual das vias asfaltadas de Itiquira podem ser verificadas pela e: Figura 66 – Vistas de vias com pavimentação asfáltica em Itiquira. Figura 67 – Vistas de vias sem pavimentação asfáltica na Localidade de Ouro Branco do Sul. 118 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Apesar da maior parte das ruas da área urbana possuir revestimento adequado, a maioria das rodovias que dão acesso ao município, assim como as estradas que interligam as regiões ainda apresentam deficiências nesse aspecto como foi abordado no item 5.1. 5.2.3. Calçadas O código de trânsito brasileiro (CTB) de 1997 faz uma discriminação entre passeios e calçadas. De acordo com o CTB as calçadas fazem parte da via, porém, separadas por níveis diferentes, não tem função de circulação de veículos, somente para trânsito de pedestres e, quando possível, implantação de mobiliário urbano, sinalização e vegetação. Já os passeios são parte da calçada ou da pista de rolamento, destinada exclusivamente à circulação de pedestres. No caso de fazer parte da pista de rolamento, a separação é feita através de pintura ou barreira física. As calçadas dos logradouros de Itiquira não possuem padronização, sendo grande parte de placas de concreto de 40 por 40 cm como é visto na figura 68. O município não possui legislação sobre acessibilidade global, logo, é rara a presença de elementos padronizados que facilitem a circulação de portadores de necessidades especiais (PNE) (figura 69). 119 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 68 – Vista de calçada em placas Figura 69 – Vista de rampa PNE na de concreto. calçada. Em muitas vias não existe calçada adequada, apresentando obstruções e obstáculos ao longo do caminho ou descontinuidade, o que ocasiona dificuldade de circulação e risco à segurança, como na . Observa-se também rampas de acesso de veículos às edificações em desconformidade com as normas de acessibilidade de pedestres. 120 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 70 – Vistas de vias com calçada inadequada ou obstruída. 5.2.4. Ciclofaixas As ciclofaixas são vias exclusivas de tráfego de ciclista. Se encontram como elemento importante de urbanização uma vez que garantem a segurança e conforto dos ciclistas, além de incentivar tal prática. O município de Itiquira não possui ciclovias ou ciclofaixas em seu domínio. 5.2.5. Sinalização viária A sinalização de trânsito é a forma pela qual se regula, adverte, orienta, informa, controla a circulação de veículos e pedestres nas vias terrestres. Quando da sua necessidade serão colocados ao longo da via sinais de 121 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL trânsito previstos no Código de trânsito ou em legislação complementar (TRANSITOBR, 2015). A sinalização horizontal no município se restringe aos cruzamentos com o símbolo de “pare” como o da figura 71. Poucas vias possuem sinalização longitudinal com a delimitação das faixas pintadas e as que apresentam estão mal conservadas, como observa-se na figura 72. Figura 71 – Vista de sinalização Figura 72 – Vista de sinalização horizontal transversal. horizontal longitudinal. A sinalização vertical por sua vez, possui três subdivisões: sinalização de indicação que objetiva identificar as vias, os destinos e os locais de interesse, assim como guiar os usuários de veículos quanto aos percursos, os destinos, as distâncias e serviços auxiliares; sinalização de regulamentação que tem como finalidade informar os usuários das condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias, quando desrespeitadas ocasionam penalidade e a sinalização de advertência que alertam os usuários da via sobre condições potencialmente perigosas com característica de recomendação (BRASIL, 2007). Na maior parte dos cruzamentos é possível ver placas de regulamentação, normalmente são placas de “pare” juntamente com a sinalização 122 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL horizontal adequada (). Ao longo das vias também é presente a sinalização de advertência como as da , apontando lombadas e travessia de pedestres. Já as placas de indicação são mais difíceis de serem encontradas no município. As placas apresentam bom estado de conservação e sem sinais de vandalismo. Figura 73 – Vista de placa de sinalização de regulamentação em Itiquira. Figura 74 – Vistas de placas de sinalização de advertência em Itiquira. 5.3. Pontes O município de Itiquira está localizado às margens do Rio Itiquira, porém, 5.3. há apenas uma ponte na sede urbana para atravessá-lo de veículo. A ponte faz a passagem de quem vem ou volta do município pela MT-370 no 5.3. sentido noroeste (). 123 5.3. Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 75 – Vista de ponte de acesso ao município de Itiquira pela MT-370. O município ainda conta com uma ponte sobre o Rio Itiquira exclusiva para pedestres. A ponte fica a aproximadamente 240m da ponte de veículos, possui guarda-corpo adequado e pode ser analisado na . Figura 76 – Vista da ponte de pedestres sobre o Rio Itiquira. Como o município possui a área rural bastante extensa e entremeada por muitos córregos, existem diversas pontes. Estas são, em sua maioria, de madeira, normalmente sem guarda-corpo ou passarela para pedestres como é apresentado na : 124 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 77 – Vistas de pontes na região rural de Itiquira. A conclusão da primeira ponte feita em concreto na região rural do município ocorreu no início desse ano sobre o córrego Boa Esperança e liga a sede ao assentamento Santa Ana (figura 78). A intenção da prefeitura é que as pontes das estradas vicinais sejam substituídas por pontes de concreto, as quais demandam menos manutenção e são mais seguras para a população que trafega pela região (ITIQUIRA, 2015). Figura 78 – Vistas da finalização da obra da ponte de concreto em Itiquira. Fonte: ITIQUIRA, 2015. 5.4. Conflitos do sistema viário Itiquira possui uma extensão pequena de área urbana, longe das rodovias federais mais movimentadas do estado, além de possuir uma malha viária 125 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL regular. Assim, não apresenta problemas graves em seu sistema viário urbano. Em relação ao sistema viário municipal, os maiores conflitos presentes relacionam-se à falta de pavimentação adequada em algumas estradas rurais e rodovias federais, assim como a falta de segurança das pontes. O terminal ferroviário instalado às margens da MT-299 no município de Itiquira carecia de logística adequada para o descarregamento quando foi inaugurado. Motoristas chegaram a ficar dois dias esperando em congestionamentos de mais de 20 Km de extensão (AGORA MT, 2013). Atualmente, no entanto, após a instalação do terminal de Rondonópolis, o terminal de Itiquira acabou tendo seu uso diminuído, reduzindo assim, os congestionamentos decorrentes. 5.5. Caracterização dos sistemas de transportes O transporte público coletivo possibilita a locomoção da população visando democratizar a mobilidade de forma planejada para todos os cidadãos de forma gratuita em alguns casos ou mediante pagamento de uma tarifa. Tem como vantagem economizar espaços públicos para sua concretização demandando menos de 10% de toda a área destinada ao sistema viário em comparação ao transporte particular de automóveis. Cabe ao poder público prover e assegurar o adequado funcionamento dos meios de transporte públicos, que por sua vez, devem se adaptar às características da região sujeitos a adequações quantitativas e qualitativas constantes de acordo com a dinâmica urbana (RECK, 2015). 126 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 5.5.1. Transporte intermunicipal As regiões lindeiras ao município de Itiquira encontram-se em constante movimentação devido aos novos terminais instalados no município e em Rondonópolis. Com a geração de novos empregos na região, o transporte intermunicipal também aumentou sua demanda. O transporte intermunicipal em Itiquira é realizado apenas por via terrestre através de locomoção particular ou de ônibus fretados com horários preestabelecidos. As empresas que possuem mais linhas para o município são a São Luiz e a Andorinhas, porém, outras empresas também realizam o transporte entre municípios como a viação Nova Integração, Viação Motta, Viação Ouro e Prata e Eucatur. Entre os destinos mais procurados estão Rondonópolis, Coxim, Sonora, Rio Verde, São Gabriel do Oeste, Campo Grande e Cuiabá (TEM ÔNIBUS, 2015). A população residente na localidade de Ouro Branco do Sul reivindica a implementação de um terminal rodoviário na região. Sem o terminal, o deslocamento fica difícil, pois além de não haver ônibus que pare na região, motoristas que passam pela BR-163 não aceitam passageiros que não tenham comprado passagens (A TRIBUNA MATO GROSSO DIGITAL, 2014). 5.5.2. Transporte municipal Em 2007 foi instituída a Lei n° 587 que regulamenta o sistema de transporte coletivo do município e também aprova a delegação à empresas terceiras para realizar tal serviço mediante outorga de concessão onerosa. 127 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Até o presente momento não há empresa realizando o transporte coletivo no município de Itiquira. 5.5.3. Transporte escolar O Município de Itiquira possui ampla extensão rural, consequentemente a população rural também é mais expressiva. A demanda de transporte escolar na região rural é maior sendo o foco principal da prefeitura suprir essa necessidade. Desde 2013, Itiquira vem investindo na compra de veículos não só para transporte escolar, mas também para suas diversas áreas de necessidade, com a finalidade de atender a população com uma frota própria e diminuir custos que os serviços terceirizados causam. Desde que iniciou-se as aquisições de novos veículos, o município vem contanto com o auxílio de outros programas externos como o “Caminho da Escola” do Governo Federal que tem como escopo, de acordo com o FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, “renovar a frota de veículos escolares, garantir segurança e qualidade ao transporte dos estudantes e contribuir para a redução da evasão escolar”. O programa já concedeu dez novos ônibus para o transporte escolar no município (ITIQUIRA, 2014). A frota atual busca atender aos estudantes da zona rural, zona urbana e os universitários, os quais fazem o movimento pendular diariamente com o município vizinho Rondonópolis. Em 2013, estimava-se que 1120 alunos, das redes municipal e estadual, utilizavam o transporte escolar diariamente, que é ofertado gratuitamente pela prefeitura do município. Atualmente são 32 ônibus escolares próprios, sendo 2 para o transporte universitário da sede e Ouro Branco do Sul. O 128 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL transporte universitário é feito também por empresas terceirizadas para suprir a demanda (ITIQUIRA, 2013). Figura 79 – Vistas de ônibus escolar no município de Itiquira. 5.5.4. Frota de veículos O município de Itiquira possui pouco mais que 3.300 veículos em sua frota, de acordo com dados do DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito. A tabela 12 apresenta um comparativo entre as frotas do ano de 2009 e 2014 no município e o acréscimo que ocorreu neste período. Tabela 12 – Frota de Veículos de Itiquira. Acréscimo no Tipo de Veículo 2009 2014 Automóvel 491 1.020 107,7% Caminhão 83 137 65,1% Caminhão Trator 25 49 96,0% Caminhonete 200 418 109,0% Camioneta 33 42 27,3% Ciclomotor 1 3 200,0% Micro-ônibus 11 24 118,2% Motocicleta 759 1.100 44,9% Motoneta 199 362 81,9% Ônibus 28 82 192,9% período 129 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Acréscimo no Tipo de Veículo 2009 2014 Quadriciclo 1 1 0,0% Reboque 10 25 150,0% Semirreboque 16 40 150,0% Triciclo 1 2 100,0% Utilitário 2 10 400,0% Total 1.859 3.314 78,3% período Fonte: DENATRAN, 2014. Observa-se que os ciclomotores, ônibus, utilitários, reboque e semirreboque foram os veículos que apresentaram maior acréscimo nos últimos cinco anos, porém, os tipos de veículos que apresentam maior número no município são os automóveis e as motocicletas. 5.6. Sistema ferroviário O transporte ferroviário possui grande importância estratégica para o Brasil, uma vez que possibilita a movimentação de grandes cargas por longas distâncias, elevada eficiência energética, baixo índice de emissões de poluente e baixo custo de operação e de manutenção (BRASIL, 2014). Mesmo o sistema ferroviário apresentando tantos aspectos positivos e configurando-se como a opção mais adequada para o transporte de cargas no Brasil, ele ainda representa cerca de 20% da matriz de transportes nacional contra 60% do sistema rodoviário, enquanto que em países ditos desenvolvidos a proporção entre ferrovias e rodovias é quase a mesma ou as ferrovias superam o número de rodovias. Apesar de ainda insuficiente para atender a demanda requerida pelo transporte ferroviário, cerca de 40 bilhões de reais estavam previstos para serem investidos entre os anos de 2013 e 2015 pelo Governo Federal através do Programa de Investimento em Logística (PIL) com o objetivos de expandir a malha ferroviária, 130 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL construir novos acessos aos portos, adequar trechos, realizar manutenção permanente em trechos e implantar novo modelo de concessão ferroviária (CNT, 2013). Neste contexto o estado de Mato Grosso carecia de serviços de transporte para o escoamento de sua produção de grãos e pecuária até o porto de Santos. Até então o terminal ferroviário mais próximo localizava-se no município de Alto Araguaia onde também terminava o traçado da ferrovia do estado. Fator que limitava o crescimento econômico da região e também encarecia o valor do produto, pois os custos com transporte rodoviário são cerca de 30% maiores do que o ferroviário (CIA AMBIENTAL, 2010). Diante de tal demanda, a ALL – América Latina Logística, concessionária que administra a ferrovia, expandiu o traçado de Alto Araguaia até Rondonópolis, passando por Itiquira como é possível conferir na figura 80, além de instalar um terminal ferroviário em Itiquira e outro em Rondonópolis (WINTERS, 2011). 131 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 80 – Traçado da Ferronorte em Mato Grosso. Fonte: SINFRA/MT, 2009; IBGE, 2009; Cia Ambiental, 2010. Adaptado por: Cia Ambiental, 2015. Com investimento total previsto de 700 milhões, as obras iniciaram em 2010 com o trecho entre Alto Araguaia e Itiquira juntamente com o terminal ferroviário em Itiquira, tendo sido inauguradas em 2012. A apresenta a situação atual do terminal ferroviário de Itiquira. 132 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 81 – Vistas do Terminal Ferroviário de Itiquira. A instalação do terminal ferroviário em Itiquira e o terminal intermodal em Rondonópolis forneceram condições de competitividade à região, alavancando o desenvolvimento de todos os setores da economia dos municípios atingidos. Possibilita a geração de polo de desenvolvimento, gerando empregos, renda, progresso, além de melhorar significativamente o escoamento da produção mato-grossense (ANTF, 2012). 5.7. Saneamento A Lei Federal Nº 11.445/2007 estabelece as diretrizes nacionais sobre o saneamento básico, e cria o Plano Nacional de Saneamento Básico que, por sua vez, define o termo como o “conjunto de serviços, infraestruturas e instalações de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais urbanas”. Conforme informação da Universidade Federal de Mato Grosso, Itiquira está inserida num projeto de elaboração de Plano de Saneamento Básico para os municípios com menos de 50 mil habitantes no estado. A ação está sendo promovida juntamente com a FUNASA e teve seu termo de execução assinado em outubro de 2014 (UFMT, 2014). 133 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 5.7.1. Abastecimento de água Como cita Tsutiya (2006), o Sistema de Abastecimento de Água (SAA) em quantidade e qualidade corretas, são umas das prioridades fundamentais para a população tanto pelas necessidades ligadas à saúde quanto para seu desenvolvimento industrial. Ele é constituído por ações, infraestruturas e instalações necessárias ao provimento de água potável à população, desde sua captação até as ligações prediais e seus respectivos instrumentos de medição (BRASIL, 2007). De forma geral um sistema de abastecimento de água é composto pelas etapas de captação e adução de água bruta, tratamento, reservação e distribuição de água tratada. O gerenciamento dos serviços de abastecimento de água em Itiquira é realizado pelo DAE – Departamento de Água e Esgoto instituído em 2006 pela Lei Municipal n° 559/2006. O órgão é responsável pela administração dos serviços públicos de abastecimento de água e também de esgotamento sanitário compreendendo planejamento, execução, operação e manutenção dos sistemas, além de realizar medição de consumo, faturamento e arrecadação das tarifas dos usuários. O sistema de abastecimento de água em Itiquira é constituído de cinco poços principais que abastecem a população (ANA, 2015). Em 2013 foi realizada a troca da bomba do poço central, responsável por abastecer grande parte da cidade, que anteriormente possuía capacidade de 30.000 litros por hora para uma de 60.000, buscando, resolver problemas de falta de água (ITIQUIRA, 2013). No fim de 2014, a Prefeitura de Itiquira concedeu cerca de 30 mil reais à localidade de Ouro Branco do Sul para a realização de um poço artesiano 134 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL com o objetivo de beneficiar aproximadamente 110 famílias com o abastecimento de água (ITIQUIRA, 2014). 5.7.1.1. Manancial e captação Mananciais são as fontes naturais da água utilizada pelo ser humano, podendo ser de águas superficiais como rios e lagos e águas subterrâneas como os lençóis freáticos (BRASIL, 2007). Como o município é abastecido apenas por poços artesianos, o tipo de manancial utilizado é o subterrâneo através de cinco poços tubulares profundos (CIA AMBIENTAL, 2010). 5.7.1.2. Recalque e adução de água bruta Aguardando informações. 5.7.1.3. Estação de Tratamento de Água (ETA) Aguardando informações. 5.7.1.4. Recalque e adução de água tratada Aguardando informações. 5.7.1.5. Reservação Os reservatórios do sistema de abastecimento de água tem como objetivo regularizar as variações de vazão e pressão, além de reservar água para possível situação emergencial (ABNT, 1994). De acordo com o relatório do Ministério das Cidades (2008), o município conta com dois reservatórios, cada um abastecendo um setor do 135 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL município. As características desses reservatórios estão dispostas na tabela 13. Tabela 13 – Características dos reservatórios de Itiquira. Reservatório Volume (m³) Tipo Material REL-01 150 Elevado Concreto RAP-01 250 Apoiado Metálico Fonte: BRASIL, 2008. A figura 82 e a figura 83 apresentam os reservatórios do sistema de abastecimento de água de Itiquira. Figura 82 – Vista REL-01. Figura 83 – Vista RAP-01. Fonte: BRASIL, 2008. 5.7.1.6. Rede de distribuição A rede de distribuição de água é constituída por um conjunto de condutos e acessórios com o objetivo de levar água potável dos reservatórios de 136 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL forma contínua, em quantidade, qualidade e pressão adequada para a população (ABNT, 1994). A rede de distribuição do SAA de Itiquira possui dois setores de distribuição, atendidos por gravidade pelos reservatórios. No fim de 2014 estavam sendo concluídas as obras de universalização do sistema de abastecimento de água no município com investimentos oriundos da FUNASA – Fundação Nacional de Saúde e do Ministério da Saúde. Nova canalização foi instalada com ligação a atual rede de distribuição de Itiquira (ITIQUIRA, 2014). 5.7.1.7. População total e urbana abastecida Apesar do fornecimento de água para população ser um serviço básico e de direito de todo cidadão, em Itiquira a situação ainda é precária, estima-se que somente 68% da população total é atendida pelo sistema de abastecimento do município como é possível verificar nas tabelas a seguir. A tabela 14 apresenta os indicadores de abastecimento de água de Itiquira nos anos de 2012 e 2013. Tabela 14 – Indicadores de abastecimento de água. Indicador 2012 2013 Total da população de Itiquira 11.822 12.109 Total da população urbana de Itiquira 4.575 4.686 População total atendida com abastecimento de água 7.419 8.250 3.999 4.200 Total de ligações (ativas e inativas) 2.688 3.250 Ligações ativas 2.586 3.201 Economias ativas 2.688 3.250 População urbana atendida com abastecimento de água 137 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Indicador 2012 2013 Volume de água produzida (1.000m³/ano) 860 887 Fonte: BRASIL, 2014; BRASIL, 2014. Como já dito, cerca de 68% da população é atendida pelo SAA de Itiquira, no entanto, a situação melhora um pouco com a população urbana apresentando índices chegando a 90% de atendimento. É possível verificar também que a quantidade de economias e ligações no município são bastante próximas. A tabela 15 mostra como a população é atendida pelos serviços de abastecimento de água. Tabela 15 – Indicadores de abastecimento de água. Indicadores Domicílios Rede geral 2.673 Poço ou nascente na propriedade 684 Poço ou nascente fora da propriedade 191 Rio, açude, lago ou igarapé 65 Outro 5 Total 3.618 Fonte: IBGE, 2010. Em relação aos domicílios, a porcentagem que é atendida pelo sistema de abastecimento aumenta um pouco chegando a 74%. Porém muitas residências ainda utilizam de outras fontes para captar a água a ser utilizada. A tabela a seguir mostra os mesmo dados de abastecimento da população de Itiquira por família atendida. 138 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Tabela 16 – Indicadores de abastecimento de água por família atendida. Ano N° de famílias Rede pública Poço ou nascente Outro sistema 2009 4.607 3.438 1.147 22 2010 4.429 3.370 1.041 18 2011 4.465 3.407 1.331 19 2012 4.618 3.315 1.286 17 2013 4.618 3.271 1.331 16 2014 4.292 2.972 1.304 16 Fonte: BRASIL, 2015. Analisando a tabela 16, nota-se um decréscimo no número de famílias no município. Porém, a população atendida pela rede pública de abastecimento mantém-se praticamente na mesma proporção em relação ao número total de famílias, representando cerca de 70%. 5.7.1.8. Problemas com o abastecimento de água Aguardando informações. 5.7.1.9. Projetos previstos Aguardando informações. 5.7.1.10. Qualidade da água A Portaria n° 2914/2011 do Ministério da Saúde dispõe sobre os padrões de potabilidade de água para consumo humano. A portaria estipula que parâmetros físico-químicos e biológicos devem ser analisados. As águas subterrâneas possuem naturalmente maior proteção do que as águas superficiais, dessa forma, estão muito menos suscetíveis a contaminação por esgoto ou efluente industrial, além de possuírem qualidade mais estável. Apesar deste fato, as águas subterrâneas passam 139 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL muito tempo em contato com minerais que compõem o subsolo, logo deve-se diminuir esse teor de minerais através de tratamentos específicos (REVISTA TAE, 2013). Em 2008 a potabilidade da água captada nos poços estava desativada devido a falta de manutenção nos dosadores (BRASIL, 2008). Atualmente, a água captada para consumo em Itiquira passa por simples desinfecção. 5.7.2. Esgotamento sanitário De acordo com esgotamento Plano sanitário infraestruturas e Nacional pode instalações ser de Saneamento elucidado operacionais como de Básico (2013), as “atividades, coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente”. O município de Itiquira não conta com projeto ou serviço de esgotamento sanitário de coleta e tratamento que consiga atender a maioria da população. As soluções adotadas pela população são o uso de fossas rudimentares e sépticas, ligação direta na rede pluvial, entre outras, como é possível verificar na tabela 17. Tabela 17 – Indicadores de esgoto sanitário em Itiquira. Indicador Domicílios Sem banheiro e sem sanitário 12 Com banheiro de uso Fossa rudimentar 3.417 exclusivo do domicílio Fossa séptica 55 Rede geral de esgoto ou pluvial 57 Vala 7 140 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Indicador Domicílios Total 3.536 Fossa rudimentar 46 Fossa séptica 1 Outro 12 Rede geral esgoto ou pluvial 1 Vala 10 Total 70 Com sanitário Fonte: IBGE, 2010. Como o município não conta com uma rede de coleta de esgoto, a maior parte da população utiliza de fossas rudimentares (aproximadamente 97% dos domicílios). Fossas rudimentares são poços escavados em terra com a função de receber e acumular o lançamento de esgoto primário (excretas humanas) e esgoto secundário. Já fossa séptica é um dispositivo também enterrado destinados a receber o esgoto para separar e sedimentar material orgânico e mineral transformando-o em material inerte (BRASIL, 2013). 5.7.3. Drenagem O processo de urbanização descontrolada e sem planejamento podem afetar de forma direta o manejo das águas pluviais e a drenagem urbana, principalmente devido a impermeabilização excessiva da superfície, o que causa aceleramento do escoamento superficial produzindo maiores picos de vazões. Dentre as principais consequências geradas por esses processos são as erosões, assoreamentos e as inundações. Como forma de diminuir esses riscos, é imprescindível o controle do escoamento das águas pluviais, por meio de obras de drenagem, associado ao estabelecimento de parâmetros e ao controle efetivo do uso e ocupação, à preservação de fundos de vale e à fiscalização sobre a remoção da cobertura vegetal. (BRUSCHI et al., 2002). 141 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL O sistema de drenagem pluvial urbana tem como objetivo escoar o excesso de água, seja em área urbana ou rural, evitando que ocorram inundações ou outros problemas que coloquem em risco a segurança da população. É composto essencialmente de dois subsistemas que requerem atenção quanto ao planejamento e projeto distintos: a microdrenagem e a macrodrenagem (SÃO PAULO, 2012). As responsabilidades quanto aos serviços de drenagem pluvial ficam a cargo da Secretaria de Infraestrutura de Itiquira. 5.7.3.1. Microdrenagem A microdrenagem tem como principal atribuição coletar e conduzir as águas pluviais até o sistema de macrodrenagem, além recolher a água das chuvas das vias públicas, evitar alagamentos e oferecer segurança aos usuários das vias (KAMURA et al., 2014). Entre os elementos estruturais que compõem a microdrenagem estão: as sarjetas e sarjetões; as bocas de lobo; as caixas de ligação; as galerias de águas pluviais; os poços de queda e poços de visita (FENDRICH E MALUCCELI, 2000). A figura a seguir apresenta alguns dos elementos de microdrenagem presentes no município. Alguns estão em bom estado de conservação, porém, muitos apresentam a estrutura danificada e sem manutenção aparente. 142 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 84 – Vistas de elementos de microdrenagem em Itiquira. 5.7.3.2. Macrodrenagem A macrodrenagem pode ser definida como o conjunto de ações estruturais 5.7.3.2. e não-estruturais visando evitar inundações e suas possíveis consequências. As estruturas hidráulicas mais usuais de macrodrenagem 5.7.3.2. são: “retificação e ampliação das seções de canais naturais; construção de canais artificiais; galerias de grandes dimensões; estruturas auxiliares de 5.7.3.2. controle dissipação de energia, amortecimento de picos, proteção contra erosões e assoreamento, travessias e estações de bombeamento.” (UFOP, 5.7.3.2. 2015). 5.7.3.2. Em desenvolvimento. 5.7.3.2. 143 5.7.3.2. Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 5.7.3.3. Problemas ocorridos no município Nos últimos anos, o município de Itiquira vem sofrendo com chuvas intensas e o principal dano causado é quanto à condição da pavimentação das vias, muitas ficam sem condições de trafegabilidade. No final do ano de 2011 ocorreu uma enchente que destruiu a ponte que ligava o município de Itiquira a Ribeirão das Velhas e que proporcionava o acesso a indústria de calcário Petrocal, e também causou problemas para a zona rural (PRIMEIRA HORA, 2011). Em 2012, muitos municípios de Mato Grosso foram atingidos por fortes chuvas que derrubaram aterros, danificaram pontes e deixaram estradas sem condições adequadas de trafegabilidade. A situação foi tão grave que muitos municípios decretaram situação de emergência incluindo Itiquira (OLHARDIRETO, 2013). No começo de 2015, devido as chuvas de final e começo de ano, as estradas rurais precisaram ser reparadas, pois não havia condição adequada de tráfego (ITIQUIRA, 2015). Nos últimos cinco anos, segundo o IBGE (2013), o município teve registro de problemas relacionados com alagamento sendo atingido por processo erosivo acelerado, porém, não foi atingido por enxurradas e inundações bruscas. O Município tem mapeado as áreas de risco de enchentes e inundações e possui programa habitacional para a realocação da população de baixa renda que habite as áreas de risco. 5.7.4. Resíduos sólidos De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010, resíduos sólidos pode ser definido como “material, substância, objeto ou bem 144 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível”. As ações de prevenção, regulação e fiscalização de danos ambientais, assim como, a coleta de resíduos sólidos, estão a cargo da Prefeitura de Itiquira (BRASIL, 2008). A tabela 18 apresenta a evolução da abrangência nos serviços de coleta de resíduos sólidos em Itiquira. Tabela 18 – Índice de população em domicílios com coleta de resíduos sólidos. Ano Porcentagem da população atendida 1991 71,32 2000 97,21 2010 99,18 Fonte: PNUD, 2013. É possível verificar que no ano de 2010 quase toda a população urbana do município era atendida pelo serviço de coleta de resíduos, porcentagem que aumentou muito em relação aos anos passados analisados. Porém, a tabela 19 apresenta o número de famílias que é atendida pelos serviços de coleta de resíduos no município. Essa tabela também apresenta os dados de gerenciamento de resíduos sólidos por família em Itiquira. 145 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Tabela 19 – Indicadores de resíduos sólidos em Itiquira por número de famílias. Ano N° de famílias do município N° de famílias N° de famílias com N° de famílias com lixo lixo queimado com lixo a céu coletado /enterrado aberto 2009 4607 3573 974 60 2010 4429 3534 848 47 2011 4465 3567 850 48 2012 4618 3527 1043 48 2013 4618 3518 1062 38 2014 4292 3214 1047 31 Fonte: BRASIL, 2015. A porcentagem de família que possui serviço de coleta de resíduos convencionais vem caindo ao longo dos anos, chegando a 75% em 2014 ao passo que a porcentagem da população que utiliza de outros processos para dar fim ao seus resíduos vem crescendo, dado preocupante que deve ser observado com maior atenção no município. 5.7.4.1. Coleta convencional A coleta convencional diz respeito a coleta de resíduos residenciais (domésticos). Esses resíduos podem ser interpretados como aqueles decorrentes das atividades domiciliares ou comerciais cujas características sejam análogas as dos resíduos domiciliares. São geralmente constituídos por embalagens plásticas, vidros, restos de alimentos, papéis, cascas, folhas, sementes, entre outros (BRASIL, 2012). Os serviços de coleta convencional de resíduos sólidos em Itiquira é realizado pela própria prefeitura. Geração per capita Aguardando informações. 146 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Coleta A coleta de resíduos residenciais em Itiquira era realizada por um caminhão caçamba sem as adequações necessárias para exercer tal atividade, necessitava de constantes reparos e muitas vezes derramava detritos no processo de compactação, o que causava mau odor por onde passava. Entretanto, o município adquiriu no fim de 2014 um novo equipamento com recursos próprios. O novo caminhão tem capacidade de 12 m³ e tem como objetivo agilizar a coleta e sanar antigos problemas como o mau odor (ITIQUIRA, 2014). As áreas atendidas pela coleta de resíduos domiciliares são a sede urbana, algumas localidades rurais e o localidade de Ouro Branco do Sul (CIA AMBIENTAL, 2010). Transporte e transbordo O transporte é feito pelo caminhão de coleta e o município não possui estação de transbordo, direcionando-se diretamente ao lixão do município. Destinação final Os resíduos residenciais possuem destinação inadequada legalmente, destinando-os para os lixões. Os lixões não possuem qualquer tipo de tratamento ou controle sobre os resíduos que ali são depositados. Além de poder comprometer diretamente a saúde das pessoas que circulam e trabalham nessas áreas devido ao eventual depósito de resíduos hospitalares, resíduos tóxicos e a presença de animais que podem carregar vetores patogênicos, o meio ambiente também corre sérios riscos através de dispersão de agentes contaminadores pelo ar de putrefação de alimentos e animais mortos; vazamento de chorume nos corpos d’água, além da liberação de gás metano que é altamente tóxico ( CAVALCANTE; FRANCO, 2007). 147 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL De acordo com a Lei n° 12.305/2010 (BRASIL, 2010), os municípios brasileiros teriam até a data de 2 de agosto de 2014 para adequarem a situação de seus lixões, quando existentes. Porém, o município de Itiquira ainda não regularizou a situação. O lixão fica localizado na MT-040, aproximadamente a cinco quilômetros da sede urbana para acomodação final de todo lixo coletado no município. O resíduo é coletado e transportado diretamente para o lixão onde os resíduos são acomodados sem controle e fiscalização, como é possível conferir na . Figura 85 – Vistas do lixão em Itiquira. 148 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 5.7.4.2. Coleta seletiva A coleta seletiva refere-se ao recolhimento de materiais recicláveis que por sua vez, são aqueles previamente separados e podem ser reciclados ou reutilizados como: papéis, plásticos, vidros, metais, entre outros. A coleta seletiva também tem importante papel socioambiental, uma vez que sensibiliza os cidadãos sobre os problemas que o desperdício de recursos naturais e poluição causam ao meio ambiente (LIXO.COM.BR, 2015). O município ainda não dispõe do serviço de coleta seletiva. A prefeitura no entanto, está buscando implantá-la tanto na sede urbana quanto em Ouro Branco do Sul, mas ainda não dispõe dos equipamentos e estrutura necessários. Coleta De acordo com dados do EIA da Malha Norte (CIA AMBIENTAL, 2010), muitas propriedades rurais realizam a separação do resíduos reciclável, porém, tem dificuldade de dar a devida destinação. 5.7.4.3. Limpeza urbana Aguardando informações. 149 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 86 – Vista de lixeira pública em Figura 87 – Vista de trabalhador Itiquira. realizando poda nas ruas de Itiquira. Fonte: ITIQUIRA, 2015. 5.7.4.4. Resíduos hospitalares Coleta Aguardando informações. Transporte e transbordo Aguardando informações. Destinação final O lixão que recebe os resíduos comuns possui uma área destinada aos resíduos de serviços de saúde como é possível ver na . 150 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 88 – Vista de área destinada para a disposição de resíduos hospitalares em Itiquira. 5.7.4.5. Resíduos inertes Coleta Aguardando informações. Transporte e transbordo Aguardando informações. Destinação final Aguardando informações. 5.8. Energia elétrica A energia elétrica é a principal fonte de calor, luz e força utilizada no mundo nos dias de hoje. Avanços tecnológicos, atividades domésticas, econômicas, entre outras atividades humanas só são possíveis através de fornecimento de energia elétrica. Ela pode ser obtida através de várias 151 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL fontes primárias de energia como energia hidrelétrica, termelétrica e nuclear (ELETROBRAS, 2015). A concessionária responsável pelo abastecimento de energia elétrica em Itiquira é a CEMAT – Centrais Elétricas Matogrossense. A tabela 20 apresenta a evolução da abrangência dos serviços de energia elétrica em Itiquira. Tabela 20 – População em domicílios com energia elétrica. Ano Porcentagem da população atendida 1991 74,58 2000 93,68 2010 98,79 Fonte: PNUD, 2013. Através da análise da tabela 20 é possível concluir que a porcentagem da população que possui energia elétrica em suas residências vem crescendo e no ano de 2010 chegava a quase 100%. A tabela 21 apresenta os dados de abastecimento de energia elétrica por família disponíveis no website do DATASUS. 152 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Tabela 21 – Porcentagem de famílias com abastecimento de energia elétrica ao longo dos anos em Itiquira. N° de famílias com Porcentagem da energia elétrica população atendida 4.607 4.417 95,88 2010 4.429 4.257 96,12 2011 4.465 4.292 96,13 2012 4.618 4.454 96,45 2013 4.618 4.480 97,01 2014 4.292 4.182 97,44 Ano N° de famílias total 2009 Fonte: BRASIL, 2015. É possível constatar que a abrangência dos serviços de energia elétrica, apesar de pouco, devido ao alto índice de atendimento do serviço, vem crescendo ao longo dos anos e quase toda a população de Itiquira possui energia elétrica em suas moradias. As imagens a seguir apresentam elementos do sistema de transmissão de energia do município de Itiquira. Figura 89 – Vistas de postes de energia elétrica na área urbana de Itiquira. 153 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 90 – Vistas de linha e elementos de transmissão de energia elétrica em Itiquira. O município conta com duas UHE (Usina Hidrelétrica) em seu território, a UHE Itiquira com capacidade de geração de 156.060 Kw e a UHE Ponte de Pedra com capacidade instalada de 176, 10 MW (CIA AMBIENTAL, 2010). Em 2013 estava sendo debatida a instalação de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) no Rio Itiquira, a PCH Itiquira III. A PCH seria implantada nos municípios de Itiquira e Santo Antônio do Leverger. A empresa responsável pelo empreendimento protocolou EIA/RIMA junto à SEMA em 2012 (ITIQUIRA, 2013). 5.9. Iluminação pública As luminárias dos logradouros de Itiquira são padronizadas e estão acopladas aos postes de energia elétrica. Já as luminárias de espaços públicos como praças são peculiares com alturas e formatos diferentes entre si. Melhorias na iluminação pública na localidade de Ouro Branco do Sul foram realizadas no fim de 2014, a praça André Maggi recebeu nova iluminação, as academias ao ar livre e canchas também foram renovados. 154 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 91 – Vistas de postes de iluminação pública em locais públicos em Itiquira. Figura 92 – Vistas de postes de iluminação pública em logradouros em Itiquira. 5.10. Comunicação A comunicação pode ser avaliada como principal instrumento de desenvolvimento no qual as pessoas podem trocar, dividir, divulgar e receber informações rapidamente. Os principais meios de comunicação utilizados para informações no município são: rádio, jornal, internet e TV. 5.10.1. Serviços de telefonia fixa, móvel e internet O serviço de telefonia móvel no município é oferecido pela empresa Vivo. Já os serviços de telefonia pública são ofertados pela Oi. A internet banda 155 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL larga é oferecida também pela Oi e pela Inexa Tecnologia (ITIQUIRA, 2015). Figura 93 – Vista de telefone público em Itiquira (esq.); vista de torre de telecomunicação em Itiquira (dir.). 5.10.2. Serviços de correios O município de Itiquira possui duas agências dos correios em seu território: a AC Itiquira que fica no centro atendendo as residências e comércios e a agência comunitária Plantações e Michelin () (ITIQUIRA, 2015). Figura 94 – Agência dos correios em Ouro Branco do Sul. 156 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 5.10.3. Canais de comunicação local Por ser um município com pouco mais de dez mil habitantes e ainda estar se desenvolvendo economicamente, a oferta de meios de comunicação ainda é restrita. Itiquira conta com uma rádio local, a Rádio Difusora na frequência 1080 Hz e uma emissora de televisão, a TV Itiquira afiliada da SBT no município. Não ocorre circulação de jornal no município (ITIQUIRA, 2015). De acordo com o decreto legislativo n° 291 de 2009, foi outorgada a permissão a empresa Sampaio & Martins Ltda. de explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada no município por dez anos. 157 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 6. ASPECTOS SOCIOCULTURAIS O entendimento do conceito qualidade de vida constitui hoje um campo interdisciplinar, ultrapassando sua origem na área da saúde. Entende-se assim que esta concepção envolve parâmetros das áreas de educação, cultura, esportes, lazer, meio ambiente, segurança pública, assistência social, saúde, emprego e renda. Buscando este entendimento sobre as condições de bem estar da população de Itiquira, analisa-se neste item um panorama da realidade sociocultural local, por meio dos índices de desenvolvimento humano, assim como, outros aspectos como saúde, educação, assistência social, cultura, esporte, lazer e segurança pública. 6.1. Índice de Desenvolvimento Humano O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida geral do desenvolvimento de cada país, utilizando dados de três pilares principais (educação, longevidade e renda), formando o índice de forma sintética para representar o desenvolvimento. Esse índice foi criado justamente para contrapor outro muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que só utiliza dados econômicos. (PNUD, 2013). Uma variação metodológica do IDH, que é global, criou o IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal como uma forma de acompanhar a evolução dos municípios nas três principais dimensões de desenvolvimento, as mesmas do IDH: a oportunidade de ter uma vida longa e saudável, ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas e ter acesso ao conhecimento, ou seja, longevidade, renda e educação. (PNUD, 2013). Itiquira apresentou um IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal em 2010 de 0,693, o que configura o município na faixa de 158 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Desenvolvimento Humano Médio, que ocorre nos valores de IDHM entre 0,600 e 0,699. De acordo com os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, o município figura a 2.105° posição no ranking do IDHM nacional, calculado com base nos 5.565 municípios do Brasil, dentre os quais 2.104 estão em situação melhor e 3.461 em situação pior. Entre os 141 municípios de Mato Grosso, Itiquira ocupa a posição de número 55. Entre estes, 54 possuem melhor IDHM, e 87, pior. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) ainda analisa que entre 2000 e 2010, Itiquira apresentou o IDHM com uma taxa de crescimento de 28,10%, passando de 0,541 para 0,693. Entre as dimensões que apresentaram o maior crescimento em termos absolutos estão educação, seguida de renda e longevidade, conforme a tabela 22. Outro indicador positivo foi a redução da distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, chamado hiato de desenvolvimento, que foi reduzido em 66,88% entre 2000 e 2010. (PNUD, 2013). Tabela 22 – IDHM de Itiquira e Mato Grosso Unidade territorial Itiquira Mato Grosso Componentes Longevidade Renda Educação Total IDHM 2000 0,740 0,665 0,301 0,541 Longevidade 0,740 Renda 0,689 Educação 0,426 Total 0,601 Fonte: PNUD, 2013. IDHM 2010 0,812 0,694 0,591 0,693 0,821 0,732 0,635 0,725 159 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 6.2. Saúde De acordo com dados obtidos no CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde, Itiquira possuía, em 2014, um total de 23 estabelecimentos de saúde, conforme a tabela a seguir. (BRASIL, 2014). Tabela 23 – Tipo de estabelecimentos de saúde em Itiquira. Descrição Total Centro de saúde/unidade básica 4 Hospital geral 1 Pronto socorro geral 1 Consultório isolado 6 Clinica/centro de especialidade 1 Unidade de apoio diagnose e terapia (sadt isolado) 1 Unidade móvel de nível pré-hospitalar na área de urgência 1 Farmácia 4 Unidade de vigilância em saúde 2 Central de regulação de serviços de saúde 1 Secretaria de saúde 1 Total 23 Fonte: BRASIL, 2014. A seguir são ilustradas algumas estruturas de saúde localizadas em Itiquira e na localidade de Ouro Branco do Sul. Algumas delas estão sendo ampliadas ou em construção. _ Figura 95 – Vistas de Unidade Básica de Saúde do Bairro Poxoréo. 160 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 96 – Vista do PSF Central de Itiquira. Figura 97 – Vistas do Hospital Municipal Osnir Bortolini. Figura 98 – Vistas do Pronto Atendimento Adroaldo Gatto em Ouro Branco do Sul. 161 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 99 – Vista da Unidade Básica de Saúde em Ouro Branco do Sul. Por ser um município com demografia menor que os da região, Itiquira depende de serviços de saúde especializados oferecidos por esses outros municípios. Por esse motivo, o município participava, através da Lei Municipal n° 579, do Consórcio Regional de Saúde Sul de Mato Grosso, cuja cidade sede era Rondonópolis, município que concentrava a maior oferta de serviços, principalmente em atendimentos específicos. Com a saída de Rondonópolis em 2010, o Consórcio não teve continuidade devido a importância do município em relação aos demais. Apesar disso, Rondonópolis continuou a oferecer atendimentos a municípios da região (A TRIBUNA, 2010). Em 2014, o número total de leitos em Itiquira somavam 36, e todos eram atendidos pelo SUS. Tabela 24 – Número de leitos em Itiquira. Descrição Sus Não Sus 3 0 20 0 1 0 CIRÚRGICO CIRURGIA GERAL CLÍNICO CLINICA GERAL COMPLEMENTAR UNIDADE ISOLAMENTO 162 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Sus Não Sus OBSTETRICIA CIRURGICA 1 0 OBSTETRICIA CLINICA 1 0 PEDIATRIA CLINICA 10 0 TOTAL CLÍNICO/CIRÚRGICO 23 0 TOTAL GERAL MENOS COMPLEMENTAR Fonte: BRASIL, 2014. 35 0 Descrição OBSTÉTRICO PEDIATRICO Mesmo tratando-se de um município de pequeno porte e demografia, considerando o número de leitos e a população, o município de Itiquira apresentou índices acima do recomendado pela Portaria n.º 1101/GM de 2002 do Ministério da Saúde, a qual estipula valores entre 2,5 e 3 leitos a cada mil habitantes. No município foram registrados aproximadamente 12 leitos a cada mil habitantes, considerando-se a população projetada para 2014, de 12.293 habitantes (IBGE, 2010). Em relação ao atendimento, a prefeitura disponibilizou os dados quantitativos das consultas, sendo que a maior ocorrência é nas Unidades de Saúde, com 13.533 consultas anuais. Em seguida figura o Pronto Atendimento, com 9.963 consultas. O Centro de Reabilitação e o Hospital recebem os menores números de consultas por ano, sendo 7.452 e 7.903, respectivamente. (ITIQUIRA, 2015). Entre as principais doenças registradas em Itiquira estão as relacionadas ao aparelho circulatório, ao aparelho respiratório e as neoplasias. 6.2.1. Programas preventivos de saúde Com o objetivo de promover a saúde e os hábitos saudáveis, além de trabalhar na prevenção de doenças, a prefeitura municipal através da Secretaria Municipal de Saúde cria diversos programas e campanhas 163 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL educativas com a intenção de esclarecer a população sobre como detectar certas doenças, o que fazer quando diagnosticado e quais os tratamentos possíveis. Entre os programas citados pela prefeitura estão a Campanha Outubro Rosa e Novembro Azul. Para as mulheres, a Campanha Outubro Rosa visa instruir sobre o câncer de mama e o de colo de útero, e durante o mês as unidades de saúde atendem durante certos dias com horários estendidos para realização de exames preventivos e distribuição de material informativo. (ITIQUIRA, 2013). Para os homens, a Campanha Novembro Azul tem por objetivo alertar sobre o câncer de próstata e informar sobre o exame e as formas de tratamento. Outros programas citados pela prefeitura são relativos a doenças comuns, mas que pela falta de informação ainda desencadeiam preconceito ao portador, com a Tuberculose, a Hanseníase e as Hepatites Virais. Por isso, a prefeitura cria campanhas educativas para alertar e informar aos cidadãos sobre as doenças. É realizado também no município a Semana da Saúde. (ITIQUIRA, 2015). 6.2.2. Avaliação das condicionantes de saúde Através de indicadores a respeito da natalidade, longevidade e a mortalidade consegue-se avaliar os níveis e os padrões de saúde da população de determinada localidade, ao mesmo tempo em que se almeja os subsídios para definir as diretrizes de ação e políticas públicas que consiga atender o todo da população. A seguir, estão apresentados os dados de 1991, 2000 e 2010 de Itiquira. 164 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Tabela 25 – Longevidade, Mortalidade e Fecundidade de Itiquira Indicadores de Itiquira 1991 2000 2010 Esperança de vida ao nascer (em anos) 67,1 72,4 73,7 24,6 19,2 17,4 3,2 2,7 2,3 Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) Fonte: PNUD,2013. A figura a seguir demonstra a evolução da esperança de vida ao nascer ao longo das décadas nas escalas municipal, estadual e nacional. Figura 100 – Esperança de vida ao nascer em Itiquira. Fonte: Cia Ambiental, 2015; com base em PNUD,2013. De acordo com os dados do PNUD (2013), a esperança de vida ao nascer em Itiquira, que compõe a classificação de Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), aumentou em quase 7 anos entre 1991 e 2010, passando de 67,1 anos para 73,7. Contudo, no ano de 2010, a expectativa de vida média da população, ficou pouco abaixo das médias estadual e nacional que atingiram, respectivamente, 74,3 e 73,9 anos. 165 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Em relação à taxa de mortalidade infantil, os dados analisados se referem a crianças com idade inferior a um ano de idade. A figura a seguir compara a evolução do índice de mortalidade infantil em Itiquira, Mato Grosso e Brasil. Figura 101 – Mortalidade Infantil até 1 ano de idade. Fonte: Cia Ambiental, 2015; com base em PNUD,2013. O Município de Itiquira no ano 2000 possuía a taxa de mortalidade de 19,2 por mil nascidos vivos e passou em 2010 para 17,4 por mil nascidos vivos, ou seja, uma redução de 9,37%. Entre 1991 e 2010, a redução foi de 29%. As taxas estadual e nacional também sofreram reduções ao longo das décadas. Em 1991 e 2000 registrando valores bastante superiores ao de Itiquira, aproximando-se do município em 2010. Uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas é registrar as taxas de mortalidade infantil abaixo de 17,9 óbitos por mil nascidos vivos. No cenário nacional, estadual e do município de Itiquira, essa meta já foi atingida. 166 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Em relação à fecundidade, calculada através da quantidade de filhos que uma mulher possui, observa-se que a taxa vem diminuindo no município nas ultimas duas décadas, conforme demonstra a figura a seguir. Figura 102 – Taxa de fecundidade. Fonte: Cia Ambiental, 2015; com base em PNUD,2013. Em Itiquira observa-se uma redução na taxa de fecundidade, passando de 3,2 filhos em 1991 para 2,3 filhos em 2010, uma redução de 28,12% registrada no período. O município segue assim o fenômeno nacional que é a redução da fecundidade devido às situações que a mulher vivencia atualmente como o mercado de trabalho, métodos contraceptivos, entre outros. 6.3. Educação Conforme dados do Censo Escolar 2014 (INEP, 2014), o município de Itiquira possui dez escolas da rede pública em sua estrutura escolar. Dentre elas, oito são de dependência administrativa municipal e duas de dependência administrativa estadual. A tabela a seguir apresenta a estrutura educacional conforme a etapa de ensino e dependência administrativa. 167 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Tabela 26 – Estabelecimentos de ensino em Itiquira. Etapa de Ensino Creche Infantil e Fundamental Fundamental Fundamental e Médio Estabelecimento Creche Municipal Branca de Neve Creche Municipal Zelavir Jose Wanz EMEB Francisco Andrea Marchett EM Jorge Eduardo Raposo de Medeiros EMEB Jose Rodrigues da Silva EMEB Anfilofio de Souza Campos EMEB São João Batista EMPG Santo Antonio do Paraiso EE Bonifacio Sachetti EE Dom Aquino Correa Fonte: INEP, 2014. Dependência Administrativa Localização Municipal Urbana Municipal Urbana Municipal Rural Municipal Rural Municipal Urbana Municipal Urbana Municipal Rural Municipal Rural Estadual Rural Estadual Urbana A figura a seguir demonstra uma das escolas estaduais, localizada em Ouro Branco do Sul. Figura 103 – Vista da Escola Estadual Bonifácio Sachetti em Ouro Branco do Sul. Em relação as etapas de ensino, a maior parte das escolas de dependência administrativa municipal atende entre a educação infantil e ensino fundamental. Entre elas, duas são creches, quatro atendem à educação infantil e fundamental e duas são exclusivamente fundamental. Já as duas escolas de dependência estadual atendem ensino fundamental 168 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL e médio. O ensino de jovens e adultos (EJA) é ofertado em duas escolas municipais, a EMEB Jorge Eduardo Raposo de Medeiros, na zona rural, e na EMEB Anfilofio de Souza Campos, na zona urbana. Quanto à localização, Itiquira apresenta o mesmo número de escolas rurais e urbanas, sendo cinco em cada, demonstrando um equilíbrio em relação às etapas de ensino. A única etapa não ofertada na área rural é a creche (educação infantil). Segundo o IBGE (IBGE, 2012), as matrículas ocorridas no município são todas feitas na educação pública, sendo que a maior parte, 65%, é realizada no ensino fundamental, seguido do ensino médio com 23% e a educação infantil, com 11%, num total de 2.936 matrículas. 6.3.1. Programas e projetos existentes O município de Itiquira possui alguns programas voltados à educação em parceria com o Governo Federal e Estadual, conforme citados a seguir: Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa Esse programa é um compromisso assumido entre os Governos Federal, Estaduais e Municipais como forma de assegurar a alfabetização de todas as crianças até os oito anos de idade, no final do 3° ano do ensino fundamental. Além de alfabetizar em língua portuguesa, os governos se comprometem a alfabetizar também em matemática, aplicar avaliações anuais realizadas pelo INEP junto aos concluintes do 3° ano do fundamental, e no caso dos municípios que aderirem ao programa, os governos estaduais devem se comprometer a apoiá-los. (BRASIL, 2013). Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais 169 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL O programa do Governo Federal tem por objetivo apoiar a organização e oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE) como forma de complemento educacional a estudantes com deficiência, superdotados ou com transtornos de desenvolvimento que frequentem as classes comuns do ensino regular. São disponibilizados às escolas públicas de ensino regular materiais pedagógicos, mobiliário e equipamentos de informática para o atendimento especializado. (BRASIL, 2013). Programa Pró-funcionário O principal objetivo do programa federal em parceria com os governos estaduais é melhorar a formação dos funcionários das escolas da rede pública, através da oferta de cursos técnicos em educação nas seguintes habilitações: alimentação escolar, gestão escolar, multimeios didáticos, meio ambiente e infraestrutura escolar. (BRASIL, 2013). De acordo com dados da Prefeitura Municipal, fazem parte ainda os programas municipais: Sala de Apoio a Aprendizagem, o Plano Municipal de Educação, a Informatização das Escolas e a Sala do Educador. (ITIQUIRA, 2015). 6.3.2. Avaliação dos indicadores de educação De acordo com o PNUD, um dos fatores que compõe o IDHM Educação é a proporção de jovens e crianças que completaram determinados ciclos de ensino (fundamental e médio) ou ainda estão frequentando a escola. (PNUD, 2013). Com base nos dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013), a dimensão de Educação foi a que mais cresceu em termos absolutos, tanto entre os anos de 1991 a 2000 quanto 2000 a 2010, 170 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL apresentando os crescimentos de 0,128 e 0,290 respectivamente, como pode ser observado na figura a seguir. Figura 104 – Evolução da taxa de educação em Itiquira. Fonte: Cia Ambiental, 2015; com base em PNUD, 2013. É possível notar que o maior crescimento ocorre nos primeiros anos, e possui uma grande diferença com relação ao crescimento nos últimos anos. Isso ocorre por diversos fatores, como desistência por reprovações, motivos de trabalho, entre outros. Esse crescimento se deve principalmente ao aumento da proporção de crianças que frequentavam a escola, indicador que serve para avaliar a situação da educação entre a população. Em Itiquira, entre 1991 e 2010 a proporção de crianças entre 5 e 6 anos na escola aumentou 68%. A proporção de crianças com idade entre 11 e 13 anos com fundamental completo ou nos últimos anos aumentou em 51%, seguidos da faixa etária entre 15 e 17 anos com fundamental completo e 18 e 20 anos com ensino médio completo, com aumento registrado em 50 e 34 pontos percentuais, respectivamente. (PNUD, 2013). 171 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Em relação à educação para adultos, de 18 anos ou mais, a figura a seguir compara a situação do município de Itiquira, do Mato Grosso e Brasil. Figura 105 – Percentuais educacionais de adultos. Fonte: Cia Ambiental, 2015; com base em PNUD,2013 Para os dados totais de Itiquira, é possível observar que aproximadamente 41% dos adultos possuíam o ensino fundamental completo, 27% o ensino médio completo e 7% o ensino superior completo. A maior porcentagem corresponde ao ensino fundamental completo, tanto em nível municipal, estadual e nacional, sendo respectivamente 41%, 48% e 51%. O município de Itiquira, em comparação com as taxas estadual e federal, possui menores porcentagens de adultos com ensino fundamental, médio e superior. Com relação ao analfabetismo, no entanto, Itiquira atingiu uma taxa de 9% da população, sendo menor que a do Estado, com 11% e que do país, com 12%. 6.4. Assistência Social De acordo com dados fornecidos pela Prefeitura de Itiquira (ITIQUIRA, 2015), no quesito assistência social o município possui um CRAS – Centro 172 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL de Referência da Assistência Social, que é uma unidade pública responsável pela organização e oferta de serviços socioassistenciais nas áreas de vulnerabilidade e risco social dos municípios (BRASIL, 2015). 6.4.1. Programas e projetos existentes Entre os programas de assistência social oferecidos pelo município de Itiquira está o programa federal Bolsa Família, que através do cadastro das famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos possui objetivo de criar política pública e, em alguns casos, transferir renda, retirando as famílias da condição de miséria e extrema pobreza. A partir da inscrição no programa é gerado o NIS (Número de Inscrição Social), com o qual as famílias podem participar em diversas políticas públicas ofertadas pelo governo, como aquisição de medicamentos, Há outros programas disponibilizados pela prefeitura como: Atendimento Social, Carteirinha do Idoso, Acesso ao Trabalho, Oficina de Violão, Oficina de Bordado, Oficina de Pintura, Habitação e Grupo Conviver. Todos os programas oferecidos pelo CRAS abrangem toda a população, mas existe a prioridade aos inscritos no cadastro único. 6.5. Cultura, esporte e lazer A qualidade de vida de uma certa população pode ser medida conforme a oferta de equipamentos de cultura, lazer e esportes. As ações realizadas com essas atividades visam o bem-estar da população através do incentivo a prática de exercícios, diminuição do estresse e maior convivência entre os cidadãos, além de manter viva certas tradições e valores culturais. 173 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL De acordo com dados fornecidos pela Prefeitura, entre os eventos culturais realizados no município estão o Rodeio realizado no Parque de Exposições em julho, o Carnaval em fevereiro e o Festival Náutico e Aniversário do Município em dezembro realizado no Complexo Turístico Beira Rio. Na localidade de Ouro Branco do Sul são realizados o Rodeio em maio e a Festa da Virada em dezembro. (ITIQUIRA, 2015). As figuras a seguir ilustram o Parque de Exposições. Figura 106 – Vistas do Parque de Exposições Inocentino Bortolini No quesito esporte e lazer, o município possui o Complexo Turístico Beira Rio, que oferece uma quadra descoberta, uma quadra de futebol de areia e outra de vôlei de areia. O Estádio Municipal José Carneiro de Oliveira, com capacidade para 3.000 pessoas possui campo de futebol soçaite, pista de atletismo com 400 metros e caixa de areia de 400 metros. Ainda são listados as quadras cobertas do bairro Arco-Íris e da Rua Lúcio Mendonça Primo, com capacidade para 2000 pessoas, a quadra da Escola Municipal de Educação Básica Anfilófio de Souza Campos e o Ginásio Poliesportivo “Robertão”. (ITIQUIRA, 2015). A seguir as figuras demonstram algumas das estruturas voltadas ao esporte e lazer da população de Itiquira. 174 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 107 – Vistas do Complexo Turístico Beira Rio. 175 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 108 – Vista da quadra coberta do Jardim Arco-Íris. Figura 109 – Vista do Ginásio “Robertão” Outras opções de lazer e esporte encontradas em Itiquira são as praças e academias ao ar livre, que de acordo com a Prefeitura somam cinco unidades na sede e três em Ouro Branco do Sul. Algumas dessas estruturas estão representadas nas figuras a seguir. 176 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 110 – Vistas de praça e academia ao ar livre na sede. Em Ouro Branco do Sul também encontram-se disponíveis equipamentos para prática de esportes e lazer, como a quadra de futebol na Praça Central e a Praça André Maggi, que oferece quadra de futebol e vôlei de areia, academia ao ar livre e pista de skate, conforme ilustram as figuras a seguir. A Escola Municipal Jorge Eduardo Raposo também possui uma quadra coberta e um campo de futebol soçaite. (ITIQUIRA, 2015). Figura 111 – Vistas da quadra coberta da Escola Municipal Jorge Eduardo Raposo. 177 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 112 – Vistas do campo de futebol (esq.) e Praça Central de Ouro Branco do Sul (dir.). Figura 113 – Vistas da Praça André Maggi e estruturas de academia ao ar livre. 6.5.1. Programas e projetos existentes Aguardando informações. Embora o calendário esportivo esteja em fase de aprovação, entre os campeonatos municipais realizados pela prefeitura, estão os de Futsal e 178 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Soçaite de Itiquira - sede e em Ouro Branco do Sul, a Copa Pé Duro de Futsal e a Copa Centro América de Futsal. Outros eventos também são realizados com o apoio da prefeitura, como a Corrida do Trabalhador, os Passeios Ciclísticos e o Festival Náutico. Entre os campeonatos de diversas modalidades realizados estão os Jogos Abertos Regionais, os Jogos Escolares Regionais e os Jogos Estudantis. Na semana da independência são realizados os Jogos da Pátria de Itiquira. (ITIQUIRA, 2015). 6.6. Segurança pública Os serviços de segurança pública de Itiquira são subordinados à Secretaria de Estado de Segurança Pública, desempenhados pela Polícia Judiciária Civil. Encontra-se no município uma Delegacia de Polícia Civil, localizada na Avenida Ludovico Riva Neto, no Centro da cidade. Já a Polícia Militar é representada pelo 3° Pelotão de Polícia Militar de Itiquira, destacamento do 4° Comando Regional, localizado em Rondonópolis. O município não possui Corpo de Bombeiros, sendo o mais próximo o 3° Batalhão de Bombeiros Militar de Rondonópolis, distante aproximadamente 140 km. 179 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 7. ASPECTOS ECONÔMICOS 7.1. Dinâmica econômica Em desenvolvimento. 7.2. Ocupação e renda Em desenvolvimento. 7.2.1. Índices de desemprego Em desenvolvimento. 7.3. Atividades primárias As atividades primárias correspondem ao setor responsável pela geração de matéria-prima a ser absorvida, em grande parte, pelo setor secundário. As atividades deste setor são compostas pela agricultura, pecuária, extrativismo vegetal, mineração, caça e pesca. A agropecuária e a silvicultura representam as atividades que caracterizam a maior parte do município de Itiquira. Na agricultura destaca – se a produção de soja, milho e algodão. Já na pecuária destacase a bovinocultura. Com relação a silvicultura as espécies cultivares mais importantes são a seringueira e o eucalipto. No período entre 2001 e 2011, o município de Itiquira registrou uma evolução do valor do PIB do setor primário de forma irregular, apresentando crescimentos e quedas de valores conforme demonstra a figura a seguir. 180 Valor adicionado bruto em mil reais Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 415.000 403.082 365.000 327.455 320.805 315.000 326.087 320.433 280.852 265.000 254.447 242.804 226.155 215.000 165.000 164.334 115.000 2001 118.288 2002 2003 2004 2005 2006 Ano 2007 2008 2009 2010 2011 Figura 114 – Evolução do PIB municipal do setor primário em mil reais (2001 – 2011). Fonte: IBGE, 2013. Elaborado por Cia Ambiental, 2015. Para as atividades primárias, no período analisado ocorreu um crescimento do PIB de cerca de 36%, o qual foi atingido após algumas oscilações. O maior crescimento registrado de um ano para o outro foi em 2003-2004, por outro lado, o maior decréscimo ocorreu em 2005-2006. Em Itiquira os produtores estão organizados em duas cooperativas, dez associações e um sindicato. A seguir, a Tabela 27 lista as organizações de produtores existentes no município. Tabela 27 – Organização dos produtores no município. Tipo da instituição Cooperativa Nome COOPER UNA (Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores Rurais de Itiquira e região); COOPSOB (Cooperativa dos Seringueiros de Ouro Branco do Sul) Associações Ass. dos Pequenos Produtores Vitoria da União SANTA ANA; Ass. dos Pequenos Produtores Rurais de Itiquira – APRI – I; Ass. dos Pequenos Produtores Rurais de Itiquira – APRI – II; Ass. dos Pequenos Produtores Rurais GRUPO AMIGOS; 181 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Tipo da instituição Nome Ass. dos Pequenos Produtores Rurais NOSSA SENHORA APARECIDA I; Ass. dos Pequenos Produtores Rurais do SAPE – APROSA; Ass. dos Pequenos Produtores de Leite de Itiquira – ASPLI; Ass. Agricultores Familiares Ouro Branco - AAGRIFOB; ASSOCIAÇÃO DO PANTANAL; ASSOCIAÇÃO DO RIO CORRENTE. Sindicato Sindicato dos Pequenos Produtores Rurais de Rondonópolis; São José do Povo e Itiquira – Sub Sede Itiquira. Fonte: ITIQUIRA, 2015. Elaborado por: Cia Ambiental, 2015. Segundo informações da Secretaria Municipal de Agricultura (ITIQUIRA, 2015), esta pasta desenvolve algumas ações para auxiliar os produtores do município, listadas a seguir: Reformulação e fortalecimento da COOPER UNA, em conjunto com a Prefeitura e a Secretaria de Agricultura. Os produtores entregam seus produtos para a Cooperativa para atender a demanda da merenda escolar no município; Criação de uma feira onde os pequenos produtores rurais atendem a população, a mesma acontece todas as sextas-feiras em parceira com a COOPER UNA e a Prefeitura; Em parceria com a Prefeitura foi construído o Abatedouro de frango, no Assentamento Tio Elias para atender a demanda das famílias, onde entregam os frangos abatidos e congelados para a merenda escolar; Em parceria com a Prefeitura foram distribuídas sementes de milho, feijão, adubo e sementes de hortaliças aos pequenos produtores rurais em 2013/2014; Em parceria com a prefeitura e o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA), realizam-se visitas técnicas de médico veterinário e de inseminador para atendimento clínico aos 182 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL animais, vacinação contra febre aftosa e brucelose nas campanhas de vacinação de 2013/2014; e acompanhamento no abate de frango; Vendas de mudas de frutas a preço de custo para os pequenos produtores rurais; Parceria com a prefeitura municipal através da Secretaria de Transporte e Infraestrutura na distribuição de matéria orgânica para pequenos produtores rurais dos assentamentos Tio Elias, Santa Ana, Nossa Senhora Aparecida, Grupo Amigos e produtores tradicionais; Em parceria com os pequenos produtores rurais dos assentamentos Tio Elias e Santa Ana, houve a coleta de amostra de solo, para preparo e plantio de milho para silagem em 2013/2014; Projeto na implantação da piscicultura em tanque rede, parceria com a prefeitura na Cooperativa de Seringueiros de Ouro Branco do Sul (COOPSOB); Através do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável – CMDRS, em parceria com a Prefeitura, a Secretaria de Agricultura e a EMPAER, foi realizado o 2º Torneio Leiteiro Municipal. Com o recurso arrecadado foi possível a aquisição de um motocultivador (tratorito) para atender aos pequenos produtores. 7.3.1. Agricultura As principais atividades agrícolas de Itiquira estão divididas em culturas perenes (lavouras permanentes), que após a colheita não se faz necessário novo plantio, e as culturas anuais (lavouras temporárias) que após a colheita é preciso novo plantio. As produções das culturas perenes que se destacam são: a banana, que corresponde a 2% da produção, e a borracha correspondendo a 98% (IBGE, 2013). 183 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Em relação as produções das culturas anuais destacam-se a soja com 39% da produção (figura 115), seguido do milho com 32%, a cana-deaçúcar com 23% e o algodão e sorgo com 3% cada. Figura 115 – Vista de plantio de soja. A tabela 28, mostra as principais atividades agrícolas em Itiquira e o rendimento por hectare. Tabela 28 – Principais atividades agrícolas em Itiquira e rendimento por hectare. Área plantada Rendimento (ha) médio (Kg/ha) Banana 18 8.000 Borracha 3.750 2.160 Algodão 13.150 3.816 Cana–de-açúcar 5.000 72.000 Feijão 3.000 900 Mandioca 4 10.000 Milho 102.500 4.976 Soja 210.000 3.000 Sorgo 15.000 3.000 Cultura Produtos PERENE ANUAL Fonte: IBGE, 2013. Elaborado por Cia Ambiental, 2015. 184 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Nota-se na que a cultura da soja, principal produção no município, apresenta maior área plantada, no entanto, o maior rendimento médio por hectare é da cana-de-açúcar. A região apresenta aproximadamente 420 produtores, sendo 180 produtores de algodão e 220 de soja, feijão, arroz e milho (ITIQUIRA, 2015). 7.3.2. Pecuária A pecuária em Itiquira tem como principal atividade a criação de bovinos, que corresponde 85% do rebanho efetivo no município, conforme pode ser visto na figura 116. Caprino 783 0% Ovino 457 0% Galináceos 21.894 7% Suíno 21.365 7% Equino 1.641 1% Bovino 268.525 85% Figura 116 – Efetivo de rebanho. Fonte: IBGE, 2013. Elaborado por Cia Ambiental, 2015. A figura 117 a seguir mostra o rebanho bovino, às margens da rodovia. 185 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 117 – Rebanho bovino. Segundo Itiquira (2015), o município conta com aproximadamente 386 produtores de gado bovino, onde 90 deles se dedicam a bovinocultura de corte e o restante a bovinocultura leiteira, com produtividade aproximada de 283 mil litros/mês. As outras criações como: suinocultura, avicultura, ovinocultura entre outras, contam com 300 produtores. A tabela 29 mostra a quantidade de cabeças por tipologia de rebanho. Tabela 29 – Efetivo de rebanho do município de Itiquira. Tipo de Rebanho Quantidade (cabeças) Bovino 268.525 Equino 1.641 Suíno 21.365 Caprino 783 Ovino 457 Galináceos 21.894 Fonte: IBGE, 2013. Elaborado por Cia Ambiental, 2015. 186 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Pelos dados da tabela apresentada confirma-se que o rebanho bovino – o qual apresenta também maior número de cabeças – os galináceos e os suínos são os rebanhos mais representativos do município. Conforme citado anteriormente, a Prefeitura de Itiquira, em parceria com os pequenos produtores do assentamento Tio Elias, construiu um abatedouro de frango e cedeu o espaço para os produtores por meio de comodato. Toda a produção, de 1.200 a 1.400 frangos por mês é absorvida pela própria prefeitura (ITIQUIRA, 2015). 7.3.3. Silvicultura Segundo Shimizu, et.al. (2007), Itiquira possui área de floresta plantada de 10.468 ha, com a espécime Seringueira ocupando 82% da área de silvicultura. Na figura a seguir, é possível observar as proporções das espécimes cultivadas na região. Camaldulensis 620 6% Citriodora 15 0% Urograndis 1.233 12% Seringueira 8.600 82% Figura 118 – Espécies de florestas plantadas em Itiquira. 187 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL A partir de 2009 a prática do cultivo de seringueira se modificou com a venda das áreas de plantio (figura 119), conforme citado anteriormente, no capítulo 5. Figura 119 – Vista de esquerda seringal (à esq.) e vista de área após arranque das árvores (a dir.) No município explora-se também o eucalipto (figura 120), as duas espécies cultivadas são o Urograndis (Eucalyptus urophylla x E. grandis) e Camaldulensis (Ecalyptus camaldulensis), a primeira espécie tem como principal uso a fabricação de papel e a segunda é utilizada geralmente para reflorestamento e sua madeira pode ser usada para construção, dormentes, moirões e carvão. A Citriodora (Corymbia citriodora) que é espécie florestal com menor área de cultivo na região (Shimizu, et.al., 2007), tem sua produção destinada para a extração de óleos essenciais de grande valor comercial. 188 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Figura 120 – Plantação de Eucalipto. Fonte: SHIMIZU, et.al., 2007. Elaborado por: Cia Ambiental, 2015. 7.3.4. Piscicultura A prática da piscicultura na região ainda é pequena, no entanto, de acordo com informações da Prefeitura, alguns assentamentos estão iniciando esta atividade. Segundo o IBGE (2013), em Itiquira existe a produção de algumas espécies de peixes como pode ser visto na tabela 30 a seguir. Tabela 30 - Espécies e produção da piscicultura em Itiquira. Espécies Produção (kg) Pintado, cachara, cachapira, pintachara e surubim 50 Pirapitinga 200 Tambacu, tambatinga 1.500 Fonte: IBGE, 2013. Elaborado por Cia Ambiental, 2015. 7.3.5. Mineração Aguardando informações. 189 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 7.4. Atividades secundárias Em desenvolvimento. 7.5. Atividades terciárias Em desenvolvimento. 7.5.1. Turismo Em desenvolvimento. 190 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 8. ASPECTOS INSTITUCIONAIS 8.1. Estrutura administrativa Em desenvolvimento. 8.1.1. Planejamento e gestão municipal Em desenvolvimento. 8.1.2. Controle interno municipal Em desenvolvimento. 8.1.3. Sistema de informações municipais Em desenvolvimento. 8.1.4. Consórcio intermunicipal Em desenvolvimento. 8.1.5. Terceirização Em desenvolvimento. 8.2. Finanças públicas e orçamento público Em desenvolvimento. 8.2.1. Receita pública municipal Em desenvolvimento. 8.2.2. Despesas públicas Em desenvolvimento. 191 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 8.2.3. Código tributário do município Em desenvolvimento. 8.2.4. Indicadores fiscais Em desenvolvimento. 8.2.5. Capacidade de endividamento Em desenvolvimento. 8.3. Recursos humanos Em desenvolvimento. 8.4. Gestão democrática e organizações sociais Em desenvolvimento. 8.4.1. Conselhos municipais Em desenvolvimento. 8.4.2. Organizações sociais comunitárias Em desenvolvimento. 8.4.3. Fórum de desenvolvimento local Em desenvolvimento. 8.5. Estrutura normativa e legal As atividades aqui desenvolvidas tem por suporte as três esferas nacionais de 192 legislação: federal, estadual e municipal, considerando-se as Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL legislações de aplicação direta e indireta sobre a elaboração do Plano Diretor. Os temas mais detalhadamente abordados neste relatório são: a legislação estruturante municipal; o arcabouço legal urbanístico municipal; o arcabouço legal ambiental municipal e estadual; o arcabouço legal institucional e administrativo municipal, a legislação estadual e a legislação federal pertinentes, com destaque ao Estatuto da Cidade. A caracterização municipal, em seu aspecto legal, estabelecerá análise e avaliação da legislação municipal, estadual e federal, relacionada a aspectos de meio ambiente, recursos naturais, uso e ocupação do solo urbano e rural, infraestrutura e serviços, urbanos e regionais, paisagem, serviços sociais, habitação, setores produtivos, turismo, emprego e renda, administração pública, base tributária e financeira, recursos humanos, organização comunitária, e outros temas relevantes. A partir da realização dessa análise prévia dos dados obtidos, detalhados a seguir, será possível estabelecer as interferências, ajustes e alterações necessárias à legislação de cunho municipal, em um adequado diagnóstico, e posteriores propostas e projetos de lei. 8.5.1. Legislação municipal 8.5.1.1. Lei Orgânica A caracterização municipal tem por fonte fundamental a Lei Orgânica Municipal, promulgada em 24 de março de 1990, e revisada pelas Emendas nº 01 a 21/2012, na qual se destaca a competência privativa do Município de Itiquira em legislar sobre assuntos de interesse local; promover, no que couber, adequado ordenamento territorial mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo 193 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL urbano; elaborar e executar a política de desenvolvimento urbano com o objetivo de ordenar as funções sociais das áreas habitadas do Município e garantir o bem estar de seus habitantes; elaborar e executar o plano diretor como instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana (art. 8º). Ao tratar dos servidores públicos estabelece a Lei Orgânica que o regime jurídico único dos servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas é o estatuário, vedada qualquer outra vinculação de trabalho (art. 98). Os bens municipais encontram-se igualmente regulados pela Lei Orgânica, em especial a sua propriedade, incluindo as terras devolutas (art. 7º). Ao tratar da tributação e do orçamento estabelece sobre os princípios gerais, instituindo impostos, taxas e contribuição de melhoria decorrente de obras públicas (art. 56), e sobre as finanças públicas (art. 65 a 69). Quanto ao orçamento, define três instrumentos: o Plano Plurianual; as diretrizes orçamentárias anuais e os orçamentos anuais (art. 65). A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e dos órgãos ou entidades da administração pública municipal, quanto à legalidade, legitimidade, à economicidade, à aplicação das subvenções e à renúncia de receitas é exercida pela Câmara de Vereadores, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder (art. 34). A Ordem Econômica e Social é objeto de regulamentação da Lei Orgânica (art. 70), tendo por suporte os seguintes princípios: I - Autonomia municipal; 194 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL II - Propriedade privada; III - Função social da propriedade; IV - Livre concorrência; V - Defesa do consumidor; VI - Defesa do meio ambiente; VII - Redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - Busca do pleno emprego; IX - Tratamento favorecido para as cooperativas e empresas brasileiras de pequeno porte e microempresas. A política de desenvolvimento urbano executada pelo Poder Público Municipal, conforme diretrizes fixadas em leis, têm por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções da cidade e seus bairros, dos distritos e dos aglomerados urbanos e garantir o bem estar de seus habitantes. (art. 73). O instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana do município de Itiquira é o Plano Diretor, sendo garantida a participação popular através de entidades representativas da comunidade, nas fases de elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do plano diretor. O Plano Diretor a ser elaborado deverá contemplar áreas de atividade rural produtiva, respeitadas as restrições decorrentes da expansão urbana, e o processo de sua elaboração deverá obedecer as seguintes etapas sucessivas (art. 74-A): I - definição dos problemas prioritários do desenvolvimento urbano local e dos objetivos e diretrizes para o seu tratamento; II - definição dos programas, normas e projetos a serem elaborados e implementados; 195 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL III - definição do orçamento municipal para o desenvolvimento urbano, juntamente com as metas, programas e projetos a serem implementados pelo Poder Executivo. A política da Ordem Social do Município de Itiquira engloba políticas no âmbito da saúde; da assistência social; da educação, cultura e desporto; do meio ambiente; dos deficientes, das crianças e do idoso. Ao final, destaca-se que a guarda municipal, destinada a proteção dos bens, serviços e instalações do Município será normatizada mediante lei complementar (art. 55). 8.5.1.2. Código tributário municipal Nesta temática verifica-se a ocorrência da Lei Municipal nº 247/1991, que estabelece o Código Tributário Municipal, e suas alterações. O Código Tributário Municipal estabelece sobre tributos de competência do Município e as relações jurídicas deles emanadas, envolvendo as normas gerais de direito tributário estabelecidas na Legislação Federal, aplicáveis ao Município, as de seu interesse cuja exigência é de sua competência constitucional; a matéria tributária, nominando os tributos que lhe são atribuídos na forma da Constituição, as normas específicas de tributação e as limitações ao poder de tributar e determina o processo fiscal e normas de sua aplicação. 8.5.1.3. Leis urbanísticas 1. DA LEGISLAÇÃO ESTRUTURANTE MUNICIPAL Em conformação ao art. 29 da Constituição Federal de 1988, o Município de Itiquira tem por legislação estruturante a sua Lei Orgânica, 196 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL promulgada em 24 de março de 1990, na qual se destaca a competência privativa do Município de Itiquira em legislar sobre assuntos de interesse local; promover, no que couber, adequado ordenamento territorial mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; elaborar e executar a política de desenvolvimento urbano com o objetivo de ordenar as funções sociais das áreas habitadas do Município e garantir o bem estar de seus habitantes; elaborar e executar o plano diretor como instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana (art. 8º). Em sintonia com a Constituição Federal, levanta-se o aspecto da política urbana, estabelecida nos artigos 176 a 189 da Lei Orgânica. 2. DO ARCABOUÇO LEGAL URBANÍSTICO A Lei Orgânica do Município de Itiquira determina que “...o plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório independentemente da quantidade de habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana “ (art. 73, §1º). Conforme o Censo do IBGE (2010), a população de Itiquira é de 11.478 habitantes, com estimativa para 2014 de 12.293 habitantes. Complementar, por força do art.41, I do Estatuto da Cidade, Itiquira, em função da instalação de empreendimento de significativo impacto no desenvolvimento do município, há necessidade de elaborar o Plano Diretor, adotando providências municipais no sentido de realizá-lo, que são: Foi promulgada a Lei nº.693/2010, que autoriza o Poder Executivo a celebrar Termo de Convênio com a Empresa ALL – América Latina 197 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Logística Malha Norte S/A, para o objetivo de elaboração do Plano Diretor para o município de Itiquira, e dá outras providências. Foi promulgado: o Decreto nº 10/2015 que nomeia a equipe técnica municipal do Plano Diretor; Foi promulgado o Decreto nº 11/2015, que nomeia os servidores que compõem o Núcleo Gestor de elaboração do Plano Diretor Municipal. Por outra banda ocorrem legislações municipais esparsas, que são: Lei 240/1991 – Institui o Código de Postura; Lei 288/1994 – Dispõe sobre o uso do solo urbano no Município de Itiquira; Lei 289/1994 - Dispõe sobre a criação do código de Defesa do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Município de Itiquira; Lei 535/2005 – Institui o Plano Diretor Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório do Aproveitamento Hidroelétrico de Ponte de Pedra, localizado nos Municípios de Itiquira, Estado de Mato Grosso e Sonora, Estado de Mato Grosso do Sul; Lei 536/2005 - Dispõe sobre a área descrita como Zona Urbana, na localidade denominada de Ouro Branco do Sul; Lei 749/2012 – Institui o Código de Obras; Lei 780/2013 – Autoriza o Município a desvincular-se do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental “Nascentes do Araguaia” (CIDESANA), a reintegrar-se ao Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social da Região Sul do Estado; Lei 794/2013 – Dispõe sobre o Sistema Municipal de Cultura; Lei 858/2014 - Dispõe sobre a ampliação da zona urbana do Município de Itiquira/MT. 198 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL Em relação aos Conselhos e Fundos municipais, o município de Itiquira definiu as seguintes estruturas: Lei 284/1994 – Institui o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente; Lei 296/1994 – Institui o Fundo Municipal de Saúde (alterado pela Lei nº 676/2010); Lei nº 338/1997 – Institui o Fundo Municipal de Assistência Social; Lei 382/1999 –Institui o Conselho e o Fundo Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico do Município de Itiquira; Lei 389/1999 – Institui o Conselho Municipal de Cultura; Lei 797/2013 – Institui o Conselho Municipal de Assistência Social. Os Conselhos e Fundos Municipais existentes devem ser revistos e incorporados ao Plano Diretor Municipal em elaboração, para perfeito sintonia com o mesmo. 8.5.2. Legislação estadual O Governo do Estado do Mato Grosso estabelece normativas em políticas públicas, a saber: Lei Estadual nº 5.734/1991 – Cria o Conselho Estadual de Desenvolvimento Urbano; Lei Estadual nº 7.638/2002 – Estabelece a Política Estadual de Abastecimento e Esgotamento sanitário; Lei Estadual nº 7.862/2002 – Estabelece a política Estadual de Resíduos Sólidos; Lei estadual nº 8.221/2004 – Estabelece a Política Estadual de Habitação de Interesse Social; 199 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 8.5.3. Legislação federal Destacam-se em esfera federal as seguintes legislações, incidentes sobre o plano diretor municipal: Lei nº 4.320/64, que institui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal; Lei Federal nº 4.771/65, que institui Código Florestal; Lei Federal nº 6.766/79, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano; Lei Federal nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente; Lei Federal nº 6.902/81, que dispõe sobre a criação de Estações Ecológicas, Áreas de Proteção Ambiental e outras; Lei Federal nº 9.433/97, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; Lei Federal nº 9.985/2000, que regulamenta o art. 225, §1º, incisos I, II III e IV da Constituição Federal e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza; Lei Complementar nº 101/2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal; Lei Federal nº 10.257/2001, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal e estabelece diretrizes gerais da política urbana; Lei Federal nº 11.107/2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências; Lei Federal nº 11.445/2007, que Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de 200 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Lei Federal nº 12.335/2010, que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Em conjunto às legislações acima citadas serão consideradas as suas respectivas regulamentações. O ESTATUTO DA CIDADE Promulgada em 10 de julho de 2001, a Lei Federal nº 10.257/2001, também denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social, regulando o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana. Regulamentando o Plano Diretor, em seus artigos 39 a 42, são demonstradas na referida norma legal as diretrizes gerais da política urbana, a serem adotadas, a saber: I. garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; II. gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; III. cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social; 201 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL IV. planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente; V. oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais; VI. ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infraestrutura urbana; d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como polos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente; e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização; f) a deterioração das áreas urbanizadas; g) a poluição e a degradação ambiental. VII. integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência; VIII. adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área de influência; IX. justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização; 202 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL X. adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bemestar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais; XI. recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos; XII. proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico; XIII. audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população; XIV. regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais; XV. simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais; XVI. isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse social. Importante destaque a ser realizado refere-se aos instrumentos que, para os fins de política pública urbana, são: I. Planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; 203 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL II. planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões; III. planejamento municipal, em especial: a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual; f) gestão orçamentária participativa; g) planos, programas e projetos setoriais; h) planos de desenvolvimento econômico e social; IV. institutos tributários e financeiros: a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana IPTU; b) contribuição de melhoria; c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros; V. institutos jurídicos e políticos: a) desapropriação; b) servidão administrativa; c) limitações administrativas; d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano; e) instituição de unidades de conservação; f) instituição de zonas especiais de interesse social; g) concessão de direito real de uso; h) concessão de uso especial para fins de moradia; i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios; j) usucapião especial de imóvel urbano; k) direito de superfície; l) direito de preempção; 204 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL m) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso; n) transferência do direito de construir; o) operações urbanas consorciadas; p) regularização fundiária; q) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos; r) referendo popular e plebiscito; VI. Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV). No que tange ao Plano Diretor propriamente dito, destaca-se de pleno as seguintes diretrizes ao seu desenvolvimento: I. O plano diretor deve ser aprovado por lei municipal, e é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana; II. O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas; e III. O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo. Ressalta-se também a aplicabilidade da Medida Provisória nº 2.220, de 04 de setembro de 2001, referente a concessão de uso especial para fins de moradia. 205 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 8.5.4. Conclusão e recomendações preliminares É primordial destacar a ausência da regulamentação da política de desenvolvimento do município de Itiquira na forma de seu Plano Diretor (destacando-se as determinações da Lei Orgânica Municipal), encontrando-se o mesmo em elaboração no presente momento. Da análise da legislação corrente, verifica-se que ocorre em esfera municipal um conjunto de normas, administrativas e urbanísticas, que dão hoje o arcabouço que vêm sendo aplicado pelos administradores municipais. Este arcabouço, por sua vez, nos demonstra que o quadro municipal apresenta legislações dispersas, tornando complexa a sua compatibilidade. Exemplo deste fato é o Código de Posturas – Lei Municipal nº 240/1991, e o Código de Obras – Lei Municipal nº 749/2012, em franca desconexão. A necessária compatibilização das leis municipais se dará entorno da construção da política urbana de desenvolvimento da cidade, encerrando as disparidades entre os instrumentos legais municipais de desenvolvimento da cidade. Ao final da análise, verifica-se que a Lei Orgânica Municipal orienta no sentido de se estabelecer a política de ordem social do município, nas áreas de saúde; da assistência social; da educação, cultura e desporto; do meio ambiente; dos deficientes, das crianças e do idoso, tudo devendo ser desenvolvido no âmbito do Plano Diretor. Assim, este arcabouço precisará sofrer uma releitura e competente atualização, a partir principalmente da Lei Complementar Federal nº 206 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 101/2000 e da Lei Federal nº 10.257/2001, em todos os pontos estabelecidos pela legislação ora nomeada, em franco atendimento a Lei Orgânica Municipal. 207 Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 9. Em desenvolvimento. 208 AVALIAÇÃO SISTÊMICA Plano Diretor Municipal Município de Itiquira/MT Diagnóstico PARCIAL 10.REFERÊNCIAS A TRIBUNA MATO GROSSO DIGITAL. Moradores cobram terminal rodoviário em Ouro Branco. 2014. Disponível em: <http://www.atribunamt.com.br/2014/09/moradores-cobram-terminal-rodoviario-emouro-branco/>. Acesso em: 05/02/2015. A TRIBUNA. Parceria resulta em casas para carentes. Matéria publicada em 28/06/2009. Disponível em: <http://www.atribunamt.com.br/2009/06/parceria-resultaem-casas-para-carentes/>. Acesso em: 13/02/2015. A TRIBUNA. Rondonópolis deixa o Consórcio da Saúde. Matéria publicada em 4 de março de 2010. Disponível em: <http://www.atribunamt.com.br/2010/03/rondonopolisdeixa-o-consorcio-de-saude/>. Acesso em: 29/01/2015. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12217: Projeto de reservatório de distribuição de água. Rio de Janeiro, 1994. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 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