Comparação Entre Os Métodos Da Ultrassonografia E Tomografia

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Comparação Entre Os Métodos Da Ultrassonografia E Tomografia
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ARTIGO DE REVISÃO
Vol. 01 N.01
© 2014 Revista de Tecnologia Aplicada a Saúde
Comparação Entre Os Métodos Da Ultrassonografia E Tomografia
Computadorizada Para Rastreio De Aneurisma Da Aorta Abdominal
1a
2b
Gonçalves, M. S. ; Virgens, T. S. ;
1
Graduando em Tecnologia em Radiologia do IFBA, Salvador-Bahia, Brasil
2
Graduando em Tecnologia em Radiologia do IFBA, Salvador-Bahia, Brasil
Resumo
Objetivo: O presente estudo constitui-se de uma revisão
bibliográfica que teve por objetivo comparar os métodos da
USG e TC, destacando as vantagens e desvantagens de cada
uma das técnicas, considerando aspectos relevantes como:
Acessibilidade ao exame, praticidade de realização do exame e
acurácia das técnicas, utilização de radiação ionizante, do
contraste, custo e riscos à saúde. Metodologia: Para a
realização dessa pesquisa, foi realizado o levantamento
bibliográfico, nas bases de dados disponíveis, através de
artigos periódicos publicados em bibliotecas com acesso a
internet. Foram encontrados 56 artigos sobre a temática
abordada, utilizando palavras chave, todos em língua
portuguesa, inglesa e espanhola, durante o período de 2005 e
2014, dentre os quais apenas 3 preencheram os critérios da
pesquisa. Resultados: A USG, é uma técnica não invasiva,
não utiliza contraste, radiação ionizante e possui um baixo
custo, oferecendo menor risco ao paciente. A TC por outro
lado, utiliza radiação ionizante, possui alto custo de exame,
utiliza contraste e oferece maior risco à saúde.A USG é uma
excelente método para detecção de AAA por ser, não invasiva,
e de fácil execução. Durante alguns estudos, a USG,
apresentou sensibilidade superior à TC. Por outro lado a TC
sofre menos influencia do tecido adiposo com relação à USG e
possui rápida velocidade de exame.Conclusão: Concluímos
que a USG é um exame de alto valor diagnóstico, sendo a
principal indicada para o rastreio e diagnóstico de AAA por
ser um método de fácil utilização, baixo custo, seguro, e com
elevada acurácia.
Palavras-chave: Tomografia computadorizada, aneurisma,
aorta abdominal, Ultrassonografia.
Abstract
a
Graduando em Tecnologia em Radiologia, Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Bahia - IFBA - Campus Salvador, Rua Emídio dos
Santos, s/nº - Barbalho, Salvador-Ba - CEP: 40301-015 (e-mail:
[email protected]).
b
Graduando em Tecnologia em Radiologia, Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Bahia - IFBA - Campus Salvador, Rua Emídio dos
Santos, s/nº - Barbalho, Salvador-Ba - CEP: 40301-015 (e-mail:
[email protected]).
Objective: This study consisted of a literature review that
aimed to compare the methods of the USG and
CT, highlighting the advantages and disadvantages of each
technique, considering relevant aspects: Accessibility to the
exam, the exam practicality and accuracy of each
technique, ionizing radiation, contrast, cost and health
risks. Methodology: To carry out this research, the literature
review was conducted in the databases available through
regular articles published in libraries with internet
access. Were found 56 articles on the theme discussed , using
the key words : Computed tomography , abdominal aortic
aneurysm, Ultrasound, diagnostic, all in Portuguese , English
and Spanish, during the period 2005 and 2014 , of which only
3 met the search criteria. Results: The USG is a non-invasive
technique does not use contrast, ionizing radiation and has a
low cost, offering lower risk to the patient. CT on the other
hand, utilizes ionizing radiation, have high cost of
examination using contrast and provides a higher risk for
health. The USG is an excellent method for detection AAA be
non-invasive and easy to perform. For some studies, the USG
had higher sensitivity than CT. Moreover CT suffers less
influence of fat in relation to the USG and has rapid
examination speed. Conclusion: We conclude that USG is a
high-value diagnostic test , the main suitable for the screening
and diagnosis of AAA to be a method of easy to use,
inexpensive, safe , and with high accuracy.
Keywords: Computed tomography; aneurysm; abdominal aortic;
ultrasonography.
I.
INTRODUÇÃO
Aneurisma da aorta abdominal (AAA) é uma patologia de
alta incidência em indivíduos acima dos 65 anos de idade,
cursando silenciosamente em grande parte dos casos, está
associada à presença de hipertensão arterial (HAS) e é
frequentemente diagnosticada incidentalmente quando da
realização de exames para outras patologias.¹
Estudos têm demonstrado um aumento na incidência do
aneurisma de aorta. Dos anos 70 para os anos 90 a incidência
dobrou, impulsionada pela melhoria nos métodos de imagem,
principalmente pelo advento da tomografia computadorizada
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(TC) e também pelo aumento na expectativa de vida da
população².
O presente estudo constitui-se de uma revisão bibliográfica
que teve por objetivo comparar os métodos da USG e TC
destacando, as vantagens e desvantagens de cada uma das
técnicas
considerando,
aspectos
relevantes
como:
Acessibilidade ao exame, praticidade de realização do exame e
acurácia das técnicas, utilização de radiação ionizante,
contraste, custo e riscos à saúde.
O aneurisma da aorta é definido como uma área de
dilatação permanente na qual o diâmetro máximo é pelo
menos 50% maior que a aorta normal ou o segmento normal
logo acima do aneurisma(3).
Existem referências, na literatura, que consideram o
aneurisma de aorta abdominal como uma dilatação maior que
3 cm no seu maior diâmetro verdadeiro(4).
Os fatores de risco, para o aneurisma da aorta abdominal
são os mesmo da aterosclerose: idade maior que 50 anos, sexo
masculino, tabagismo e doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC)4.
A indicação diagnóstica mais importante de um AAA é uma
massa pulsável nas proporções médias superior do abdome.
Aproximadamente 80% desses aneurismas podem ser
palpados. Um sopro sistólico pode ser ouvido sobre a massa.
A USG ou TC é empregada para determinar o tamanho,
comprimento e localização do aneurisma. Quando o aneurisma
é pequeno, a USG é realizada a intervalo de 6 meses até que a
patologia alcance tamanho em que a cirurgia para evitar
ruptura seja mais benéfica que as possíveis complicações deste
procedimento. Alguns aneurismas permanecem estáveis
durante muitos anos5.
O ultrassom da aorta abdominal é útil para identificar e
detectar seletivamente o AAA, para medir as mudanças no
diâmetro em um diagnóstico de AAA e avaliar as
complicações de doenças da aorta abdominal. Afeta ramos ou
causa possíveis distúrbios relacionados, tais como doença
aterosclerótica oclusiva os vasos ilíacos ou esplênicos (figura
3) 6.
Os AAA possuem um índice de expansão que varia de 2–4
mm por ano para aneurismas menores que 4 cm, de 2–5 mm
por ano para aneurismas entre 4–5 cm e de 3–7 mm para
aneurismas maiores que 5 cm. O risco de ruptura em quatro
anos é de 2% para aneurismas menores que 4 cm, 10% para
aneurismas entre 4–5 cm e 22% para aneurismas maiores que
5 cm. 8
A TC é hoje um dos métodos mais comuns de diagnóstico
por imagem. Esse método permite distinguir diferenças de
densidade da ordem de 0,5% entre tecidos.9 A TC é uma
tecnologia denominada de multi-detectores (TCMD), com
pelo menos 16 cortes por rotação. Este método utiliza radiação
ionizante e contraste iodado e tem sua principal aplicação
clínica centrada no diagnóstico da doença coronariana.7
Ecografia vascular é uma técnica disponível à beira do leito,
o que permite a exploração rápida. A ausência de radiação,
riscos ao contraste são outros fatores positivos. 6
A arteriografia dentro da TC é um excelente método
radiológico para identificar várias alterações da aorta e é
considerada hoje uma das formas mais avançadas para um
diagnóstico preciso dessa patologia. 6
A TC tem evoluído muito nos últimos 5 anos, com o
aumento do número de detectores (em torno de 64 e 256) e
também o avanço do software utilizado. Estes avanços
permitem obter uma melhor resolução espacial (superior a da
arteriografia por ressonância magnética), uma resolução
temporal excelente, com curto tempo de exame (15 à 20
segundos) e diversos cortes e reconstruções fornecendo ótimas
imagens.6
Figura 1 -: Exibição de imagens e métodos de análise em TC
Infra AAA é exibido em três projeções. O painel principal é uma imagem
sagital oblíqua. Os planos de referência são mostrados nas projeções
ortogonais correspondentes por um contínuo de linhas azul (o azul linhas
tracejadas indicam a espessura do corte, como também marcar na barra de
ferramentas à esquerda). Você pode rever todos os dados que se deslocam de
um lado para outro no sagital, para cima e para baixo a projeção axial ou de
frente para trás no coronal ou ligar qualquer um deles. Um mural irregular
trombo dentro do AAA é reconhecida. 6.
Figura 2 - Exibição de imagens e métodos de análise em TC
Mostrado AAA endoprótese com uma projeção axial (centro), usando o 3D
(canto superior direito) a reconstrução de uma imagem coronal (centrodireita) e em uma projeção sagital (canto inferior direito). A imagem axial
mostra uma grande AAA com trombose em torno das linhas do enxerto e
calcificação espalhados em todos os cortes. A imagem volumétrica
reconstrução 3D mostra a aorta assim como de enchimento de contraste, isto
é, sob a luz da aorta não aneurismática e enxerto. 6
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II. METODOLOGIA
A avaliação de doenças vasculares pela TC apresenta
aplicação clínica consagrada, se destacando ainda mais
recentemente com a tecnologia da TCMD. Exames de toda a
aorta torácica e abdominal podem ser realizados em menos de
20 segundos, com alta sensibilidade e especificidade,
podendo, inclusive, se realizar a avaliação de endopróteses.10
Figura 3 - Ecografia vascular da aorta abdominal
Pode exibir aumento do comprimento da aorta e seus segmentos abaixo, para
além das origens celíaca, mesentérica superior e rim. Nesta projeção só
reconhece o aneurisma da aorta abdominal, no eixo longitudinal na maioria
do segmento abdominal. Capacidade ultrassom para detectar a presença
aneurismas abdominais é evidente. Por convenção, o diâmetro a aorta
abdominal medidos em uma projeção sobre o eixo curto para assegurar que o
diâmetro medido é o máximo.6
Para a realização dessa pesquisa, foi realizado o
levantamento bibliográfico, nas bases de dados disponíveis,
através de artigos periódicos publicados em bibliotecas com
acesso a internet, onde nelas, o usuário pode fazer buscas por
assunto, por periódico ou por meio de palavras-chaves. As
principais fontes de pesquisa foram o LILACS, que é a base
produzida pelas instituições que integram o Sistema LatinoAmericano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde
e o SciELO (Sientific Eletronic Library Online), que é uma
biblioteca virtual piloto que abrange uma coleção selecionada
de periódicos científicos brasileiros com base hospedada e,
Fapesp. (GIL, 2002).
Foram encontrados 56 artigos sobre a temática abordada,
utilizando-se as palavras chave: Tomografia computadorizada,
aneurisma de aorta abdominal, Ultrassonografia, diagnóstico,
todos em língua portuguesa, inglesa e espanhola, durante o
período de 2005 e 2014, dentre os quais apenas 3 preencheram
os critérios da pesquisa.
Foram utilizados como critério de exclusão artigos que
apesar de estarem compreendidos na utilização das palavras
chaves porém não apresentam qualquer relevância para
documentação desse projeto.
A utilização inicial dos 03 artigos selecionados houve
análise inicial do resumo e posteriormente análise da
discussão, analise dos dados e resultados apresentados.
III. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados obtidos estão organizados na tabela 1.
Tabela 1 – Tabela comparativa entre TC e USG
TC
USG
Radiação ionizante
Sim
Não
Acessibilidade
Menor
Maior
Custo do exame
Maior
Menor
Riscos à saúde
Maior
Menor
Acurácia da técnica
Maior
Menor
Contraste
Sim
Não
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Para Silva et al, a detecção de doentes assintomáticos em
risco e não implica complicações associadas nem aumento
substancial do tempo do exame uma vez que a USG é não invasiva, de fácil execução e de reconhecida fiabilidade na
identificação de AAA.
Azevedo et al (2005), durante sua pesquisa, evidenciou que
a USG apresentou uma sensibilidade superior à TC quando
utilizado para avaliação do diâmetro antero-posterior e
transversal, sendo comprovando essa diferença durante ato
cirúrgico. Ele traz também que a USG é o método de imagem
mais indicado para o diagnóstico de AAA sendo um técnica
não-invasivo, prático e específico. Collins et al, mantém
afirmação de Azevedo que o USG é um método seguro tanto
para diagnóstico e monitoramento de AAA.
Segundo França et al, as vantagens da TC com relação a
USG, é o fato da qualidade do exame ser menos influenciada
pela obesidade e por possuir rápida aquisição das imagens. Por
outro lado, as limitações incluem potencial risco para
carcinogênese, devido à repetida exposição à radiação
ionizante (uma preocupação incipiente entre a maioria dos
médicos nos EUA e, provavelmente, também no Brasil). O
risco de complicações associadas com o uso de contraste
iodado, trata incluindo reações alérgicas, insuficiência renal, e
do elevado custo de o exame. USG, por sua vez, não é
invasivo, de baixo custo, amplamente acessível, e, quando
efetuada por médicos experientes e com equipamento
adequado, mostrou boa correlação com angiografia no
diagnóstico de extravazamento e excelente correlação na
avaliação de fluxo no segmento aórtico abdominal e na
medição do diâmetro do aneurisma.
IV. CONCLUSÃO
Apesar da TC ser considerada padrão ouro, é um exame
caro que demanda investimento ainda maior nesses
equipamentos. Além de expor o paciente à radiação ionizante,
existe contra-indicações no uso do contraste em alguns casos.
Contudo, é um exame que é pouco influenciado pelo tecido
adiposo quando comparado com a USG e possui rápida
aquisição das imagens.
Concluímos que a USG é um exame de alto valor
diagnóstico, sendo a principal indicada para o rastreio e
diagnóstico de AAA por ser um método de fácil utilização,
baixo custo, seguro, e com elevada acurácia.
Disponível
em:
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