Obrascon Huarte Lain Brasil SA e Controladas
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Obrascon Huarte Lain Brasil SA e Controladas
Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas (i) Relatório da Administração 2008 (ii) Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 e Parecer dos Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO REFERENTE AO EXERCÍCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 É com muita satisfação que apresentamos aos Senhores Acionistas o Relatório de Administração da Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. relativo ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2008. 1. CONTEXTO DOS NEGÓCIOS E ATIVIDADES NOSSAS ATIVIDADES A OHL Brasil é a maior operadora de rodovias no país em quilómetros administrados, com 3.225 km localizados no principal eixo econômico do país e que possui elevada densidade demográfica. Antes dos Leilões de Rodovias Federais promovidos em outubro de 2007 pela ANTT, a OHL Brasil detinha 100% do capital de 4 concessionárias (Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte: “Concessionárias Paulistas”), todas localizadas no Estado de São Paulo, numa extensão de 1.147 km e com prazos remanescentes de concessão entre 9 e 19 anos. Com a vitória em todos os 5 leilões em que participou, dos 7 lotes leiloados, passou a administrar ao todo 9 concessões de rodovias no Brasil, correspondendo a aproximadamente 22% do total de quilômetros sob concessão no país, já considerando a segunda fase de leilões de rodovias do estado de São Paulo. Ao mesmo tempo, elevou de 13 anos para 19 anos o prazo médio de sua carteira de concessões. Além das concessionárias, a OHL Brasil detem 100% da SPR - Sociedade para Participações em Rodovias S.A.; 100% das construtoras Latina Manutenção de Rodovias Ltda., Latina Sinalização de Rodovias Ltda.e Paulista Infra-Estrutura Ltda, sociedades para fiscalização, gerenciamento de obras e manutenção de rodovias; e 4,68% da STP – Serviços e Tecnologia de Pagamentos S.A., sociedade que tem o propósito de desenvolver negócios relacionados com o sistema de cobrança eletrônica de pedágio, em âmbito nacional. A estratégia de crescimento da OHL Brasil prevê a participação em processos de licitação de novas concessões de infra-estrutura na área de transportes, a participação em processos de PPP (Parcerias Público-Privadas), assim como a possibilidade de aquisição de outras concessionárias já existentes. MERCADO Os programas de concessões de rodovias iniciaram-se a partir de 1994, quando os governos federais e estaduais estabeleceram programas com o propósito de evitar a deterioração das rodovias e promover o crescimento e melhoria da malha rodoviária, através de investimentos da iniciativa privada. Os investimentos em modernização e ampliação da malha rodoviária afetada por estes programas são realizados com recursos provindos da cobrança de pedágios e de financiamentos de longo prazo - Project Finance - concedidos por bancos de fomento e bancos comerciais nacionais e estrangeiros, conjuntamente com aportes de capital realizados pelos acionistas das concessionárias. Atualmente no Brasil existem 51 concessões rodoviárias entre estaduais, federais e PPP’s, com aproximadamente 14.600 km administrados pela iniciativa privada, já considerando o último leilão realizado pela ARTESP em outubro de 2008. Em 2008, o Governo de Minas Gerais por meio do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), apresentou ao mercado 16 lotes totalizando 7 mil km de rodovias para serem licitadas. Diferentemente do já praticado nos últimos leilões de rodovias no Brasil, o governo mineiro não definiu o modelo de concessão, deixando em aberto a possibilidade de concessão comum ou através de Parceria Público-Privada. Programada para ocorrer ainda no primeiro semestre desde ano, a terceira etapa (fase 1) de concessões de rodovias federais passará à iniciativa privada, para administração ao longo de 25 anos e sem pagamento de outorga, cerca de 2 mil km divididos em 3 lotes, todos no estado de Minas Gerais. Serão leiloados a rodovia BR-040, que liga Brasília a Belo Horizonte, o trecho da BR-381 que liga Belo Horizonte a Governador Valadares e todo o trecho da BR-116 que passa pelo estado de Minas Gerais. Adicionalmente, há também projetos de concessão à iniciativa privada em outros modais como ferrovias, portos e aeroportos, que deverão se tornar mais freqüentes nos próximos anos. Deste modo, embora no curto prazo o cenário econômico incerto possa tirar parte do apetite dos investidores para novos negócios, o setor de infraestrutura no país apresenta um importante potencial de expansão, com projetos em distintos segmentos, tendo em vista a necessidade de crescimento do Brasil. 2. CONJUNTURA ECONÔMICA O ano de 2008 foi marcado por sérias turbulências nos mercados financeiros em todo o mundo. Iniciada com a crise imobiliária norte-americana em 2007, quando várias instituições financeiras perderam dinheiro com crédito ao segmento de alto risco, a crise se agravou ainda mais em 2008, quando alguns dos maiores bancos de investimento dos E.U.A.começaram a apresentar os efeitos da crise imobiliária em seus resultados. Para reduzir os problemas causados pela crise de liquidez e assim abrandar os problemas no mercado de crédito internacional, bancos centrais de várias partes do mundo começaram a utilizar uma série de instrumentos financeiros de modo a injetar dinheiro nos mercados, reduzindo o cenário de incertezas sobre necessidade de crédito de algumas companhias. As políticas empregadas pelos bancos centrais começaram a surtir algum efeito ao final de 2008, amenizando a volatilidade nos mercados financeiros em todo o mundo. Contudo, os impactos na economia real ainda são esperados. Países como França, Alemanha, E.U.A. e Japão já vivem um período de recessão. No Brasil, devido ao bom desempenho no ano de 2007, a economia seguiu apresentando crescimento pelo 16º ano consecutivo, impulsionada pelo aquecimento da demanda interna devido, principalmente, a expansão da massa salarial em diversos segmentos. Em 2008 o crescimento do PIB foi de 5,1%, contra 5,4% em 2007. Porém, em virtude da crise de crédito nos mercados internacionais, os impactos na economia brasileira já começam a aparecer. Com a perspectiva de desaceleração da atividade no país, o mercado, de modo geral, aponta para uma expansão aproximada de 1,5% do PIB em 2009. Em meio a este período de incertezas, em 2008, a taxa básica de juros – SELIC, sofreu diferentes intervenções ao longo do ano, encerrando 2008 em 12,75%a.a., superior aos 11,25%a.a. do final de 2007, diferentemente da TJLP que permaneceu em 6,25% ao longo do ano de 2008. A inflação em 2008 medida pelo IPCA/IBGE, foi de 5,9% ante 4,5% em 2007. Já segundo o IGP-M/FGV, os preços avançaram 9,8% em 2008 (7,8% em 2007). Lembramos que o IGP-M é o índice de inflação que corrige as tarifas de pedágio em nossas concessões do estado de São Paulo e o IPCA será o indexador das tarifas nas rodovias federais que passaram a ser administradas pela OHL Brasil. 3. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO De acordo com o Estatuto Social da OHL Brasil, o Conselho de Administração deverá ser composto de, no mínimo 5 membros e, no máximo, 7 membros. O número dos membros do Conselho de Administração é definido nas assembléias gerais de acionistas pelo voto majoritário dos titulares das ações ordinárias. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, cada conselheiro deve ser titular de, pelo menos, uma ação de emissão da Companhia. Em 2008 foram realizadas 10 reuniões do conselho de administração. CONSELHO FISCAL O Estatuto Social da OHL Brasil estabelece que o Conselho Fiscal não é permanente e, sempre que instalado, será constituído por 3 membros e suplentes em igual número. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, o Conselho Fiscal poderá ser instalado pela Assembléia Geral, a pedido de acionistas que representem, no mínimo, 10% das ações ordinárias, com mandato até a primeira Assembléia Geral Ordinária seguinte à sua instalação, sendo que este mesmo percentual das ações tem direito de eleger separadamente um membro do Conselho Fiscal. Instado desde a AGO realizada em 29/04/2008, foram realizadas 5 reuniões do conselho fiscal em 2008. 4. GOVERNANÇA CORPORATIVA Quando a OHL Brasil resolveu abrir seu capital, um dos principais objetivos era desenvolver uma política de Governança Corporativa visando minimizar os potencias conflitos de interesses entre os fornecedores de capital da sociedade e os responsáveis por sua gestão. A OHL Brasil acredita que um mecanismo eficiente de governança corporativa está sustentado por três pilares básicos: • • • Regras de conduta da companhia, que podem ser estabelecidas por lei ou por contrato (governança corporativa propriamente dita). Nível de transparência das informações relevantes prestadas ao mercado (disclosure). Meios empregados para que tais regras sejam efetivamente cumpridas (enforcement). Em 17 de junho de 2005 a OHL Brasil firmou com a Bovespa Contrato de Participação no Novo Mercado, o qual obriga a companhia cumprir as regras de governança corporativa previstas no Regulamento do “Novo Mercado”. A OHL Brasil acredita que sua adesão ao Novo Mercado – o mais alto nível de governança corporativa da Bovespa – traz benefícios a todos os envolvidos. Aos investidores, permite: • • • • Maior acuidade na precificação das ações. Melhora no processo de acompanhamento e fiscalização dos negócios da companhia. Maior proteção quanto aos seus direitos de acionistas. Redução do risco associado ao investimento. À OHL Brasil, por sua vez, possibilita: • • • • Melhora da imagem institucional. Aumento na demanda por suas ações. Valorização de suas ações. Menor custo de capital. 5. FORMADOR DE MERCADO (“MARKET MAKER”) Em janeiro de 2008 foi renovado o contrato com a Ágora Sênior Corretora de Títulos e Valores Mobiliários como instituição Formadora de Mercado, o chamado “Market Maker”. A contratação do “Market Maker” teve por objetivo aumentar o volume negociado, melhorar a liquidez e reduzir a volatilidade de nossas ações no mercado, tendo em vista a política de preço de referencia do agente Formador de Mercado. As tabelas a seguir demonstram o desempenho do Formador de Mercado ao longo dos 4 trimestres de 2008. Volume (R$ Milhões) Volume Médio Diário - OHLB3 Volume Médio Diário Ágora - OHLB3 Particip. Ágora no Vol. Total 1T08 4,9 1,0 20,8% 2T08 5,7 0,9 15,6% 3T08 5,1 0,6 11,4% 4T08 2,1 0,3 14,1% Qtde de Negócios - Média Diária Nº de Total de Negócios - OHLB3 Nº de Negócios Ágora - OHLB3 Particip. Ágora na Qtd. De Negócios 1T08 254 58 22,8% 2T08 178 38 21,2% 3T08 172 32 18,3% 4T08 130 32 24,6% 6. FATOS RELEVANTES SOBRE NOSSOS RESULTADOS A evolução dos nossos negócios está diretamente atrelada ao contexto da economia brasileira, já que o volume do tráfego rodoviário historicamente se relaciona muito com o crescimento econômico do país. O tráfego em nossas rodovias apresentou em 2008 um crescimento de 11,5%, valor acima tanto do PIB de 2008, de 5,1%, quanto do tráfego de veículos no conjunto de concessões brasileiras, que subiu 6,1% segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias - ABCR. Adicionalmente ao crescimento de tráfego, outros significativamente o resultado de nossos negócios em 2008: (i) (ii) (iii) (iv) aspectos influenciaram O reajuste de tarifas de pedágio das concessões do estado de São Paulo de 11,53% em 1º de julho de 2008; A assinatura dos cinco contratos de concessão dos lotes de rodovias federais em 14 de fevereiro de 2008, oficializando a administração de mais 2.078,8 km de rodovias por um prazo de 25 anos; Emissão de R$670 milhões em 18 de julho de 2008 para financiar investimentos previstos nos contratos de concessões. Alterações contábeis trazidas pela Lei nº 11.638/07, tais como a obrigatoriedade da avaliação de ativos e passivos relevantes de longo prazo, tais como “Direito de Concessão” e “Obrigações com o Poder Concedente”, a valor presente (Ajuste a Valor Presente). Anteriormente a Companhia registrava o “Direito de Concessão” e “Obrigações com o Poder Concedente” pelo valor nominal. 7. RODOVIAS FEDERAIS – EVOLUÇÃO DOS NEGÓCIOS Após os Atos de Outorga em favor da OHL Brasil emitidos pela ANTT, em 14 de fevereiro de 2008, a Agência celebrou com as Sociedades de Propósito Específico (Concessionárias), criadas pela Companhia, os contratos de concessão concedendo o direito de explorar e controlar os trechos de Rodovias que compõe cada um dos lotes, pelo prazo de 25 anos. Em 15 de agosto de 2008 as concessionárias federais da OHL Brasil iniciaram a prestação de serviços de atendimento aos motoristas que trafegam diariamente por nossas rodovias. Dentre os serviços oferecidos estão: socorro médico, atendimento a veículos com problemas mecânicos, resgate de animais na pista, inspeção de trafego e telefone 0800, todos operando 24 horas. No mês de dezembro de 2008, 3 concessionárias iniciaram cobrança parcial de pedágios: - Praça 5 na Autopista Planalto Sul; início: 19/12; - Praças 6 e 8 na Autopista Fernão Dias, início: 19/12; - Praças 1 e 4 na Autopista Régis Bittencourt; início: 29/12. Estimamos concluir a fase de implantação das 29 praças de pedágio até o final do 1º semestre de 2009. Essenciais para a melhoria da infra-estrutura viária brasileira, os investimentos nessas rodovias serão destinados à realização de obras e implementação de serviços ao longo desses corredores que unem os mais importantes pólos econômicos do Brasil. Os investimentos terão reflexo direto na qualidade do transporte rodoviário brasileiro, vital para a competitividade do País, com a melhoria das rodovias nos aspectos de segurança, rapidez, economia e conforto. A OHL Brasil pretende obter em suas novas concessões federais os mesmos índices de aprovação verificados entre os usuários de suas concessões de rodovias do interior paulista. 8. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO ASPECTOS GERAIS Em 2008, a Companhia obteve uma receita líquida de R$725,0 milhões, um EBITDA Ajustado de R$474,1 milhões e um lucro líquido de R$105,4 milhões, contra R$615,8 milhões, R$383,7 milhões e R$74,3 milhões em 2007, respectivamente. Estes valores representaram variações de +17,7%, +23,6% e +42,0%, respectivamente. TRÁFEGO e TARIFA Ao longo do ano de 2008, as concessionárias paulistas apresentaram um crescimento de 11,5% em relação ao ano de 2007, alçando a marca de 141,2 milhões de veículos equivalentes pagantes no ano. Segue tabela com a evolução consolidada comparativa do tráfego e da tarifa média para cada uma das Concessionárias Estaduais: Veículos Equivalentes 2.008 2.007 Ano/Ano Autovias 37.985.692 28.967.782 31,1% Centrovias 22.224.692 20.724.823 7,2% Intervias 51.816.703 49.708.988 4,2% Vianorte 29.126.967 27.200.007 7,1% 141.154.054 126.601.600 11,5% 2.008 2.007 Autovias 5,23 5,61 -6,8% Total Estaduais: Tarifa Média (em R$ / veic. Equiv.) Ano/Ano Centrovias 8,27 7,33 12,8% Intervias 4,30 3,99 7,8% Vianorte 6,13 5,69 7,7% Total Estaduais: 5,56 5,27 5,5% Vale ressaltar dois pontos importantes para o entendimento dos crescimentos de tráfego e de tarifa no ano de 2008: (i) (ii) O crescimento de 31,1% no volume do tráfego da concessionária Autovias ocorreu em virtude do desdobramento da Praça de São Simão no segundo semestre de 2007, que permitiu um aumento significativo no tráfego de veículos equivalentes e uma redução na tarifa média da concessionária (6,8%); e O crescimento de 12,8% na tarifa média da concessionária Centrovias em relação ao quarto trimestre de 2007. Esse aumento acima do reajuste tarifário deu-se em virtude do término de obras de duplicação na Rodovia Engenheiro Paulo Nilo Romano, SP-225, no trecho entre Itirapina e Dois Córregos. Neste trecho há duas praças de pedágio (Praça de Dois Córregos – com cobrança em sentido único, interior/capital; e a Praça de Brotas – com cobrança também em sentido único, capital/interior) que reajustaram suas tarifas ao preço de pista dupla no dia 10 de abril (2T08), de acordo com o contrato de concessão, estabelecido pela ARTESP. CONCESSÕES FEDERAIS Em 21 de novembro de 2008, foi publicada pela ANTT no Diário Oficial da União (DOU), deliberação autorizando as concessionárias da OHL Brasil a iniciar à arrecadação nas diferentes Praças de Pedágio, em datas diferenciadas, à medida que fossem concluídas e aptas à operação, atendendo assim os pré-requisitos contratuais. Deste modo, iniciamos a abertura das praças de pedágio em dezembro de 2008 Em dezembro de 2008, 3 concessionárias federais da OHL Brasil iniciaram cobrança de pedágio. Sendo: - 1 praça na Autopista Planalto Sul; início: 19 de dezembro; - 2 praças na Autopista Fernão Dias, início: 19 de dezembro; e - 2 praças na Autopista Régis Bittencourt, início: 29 de dezembro. Deste modo, o trafego pedagiado acumulado no período foi de 997,7 mil veículos equivalentes, conforme demonstrado na tabela a seguir: Tráfego Federais (Desde o Inicio de Operação) Veículos Equivalentes Tarifa (R$) Planalto Sul 128.096 2,70 Fernão Dias 638.639 1,10 Régis Bittencourt 230.922 1,50 Total: 997.657 1,40* * Tarifa Média As tarifas de pedágio foram calculadas de acordo com os contratos assinados com o Governo Federal em 14 de fevereiro de 2008, que estipulam que o valor oferecido no leilão seja corrigido pela variação do IPCA de junho de 2007 ao mês anterior do início da cobrança de pedágio na primeira praça de cada concessão, corrigido anualmente na data de abertura da primeira praça. Resalvamos que os números de tráfego apresentados em dezembro de 2008 não servem de base para qualquer tipo de extrapolação, projeção, inferência ou estimativa do volume de tráfego real para o ano de 2008, bem como para projeções futuras. RECEITA No ano de 2008 a OHL Brasil obteve uma receita bruta de R$794 milhões, apresentando crescimento de 17,6% contra o ano de 2007. Esse crescimento está diretamente relacionado ao aumento do tráfego (+11,5%), ao reajuste contratual das tarifas de pedágio (+11,53%) em 01/07/2008 em nossas Concessionárias Estaduais, além do início de operação de 5 praças de pedágio em três concessionárias federais. Receita Bruta (R$ mil) 2.008 2.007 Autovias 198.823 162.489 22,4% Centrovias 183.790 151.887 21,0% Intervias 223.041 198.123 12,6% Vianorte 178.465 154.830 15,3% 784.119 667.329 17,5% Pedágios - Estaduais: Planalto Sul 346 Fernão Dias Ano/Ano n.d. 703 - n.d. Régis Bittencourt Pedágios - Federais: 346 1.395 - n.d. n.d. Receitas Acessórias 8.459 7.660 10,4% 793.973 674.989 17,6% Total da Receita Bruta: Deduções dos Serv. Prestados (R$ mil) 2.008 2.007 Autovias (17.399) (14.259) 22,0% Centrovias (16.149) (13.815) 16,9% Intervias (19.718) (17.527) 12,5% Vianorte (15.617) (13.575) 15,0% (68.883) (59.176) 16,4% Total Estaduais: Ano/Ano Planalto Sul (27) - n.d. Fernão Dias (53) - n.d. Régis Bittencourt (28) - n.d. (108) - n.d. Total Federais Total: Participação % na Receita Bruta (68.991) (59.176) -8,7% -8,8% 16,6% Os tributos incidentes sobre nossa receita bruta registraram aumento em linha com o crescimento da receita, mantendo a relação Deduções/Receita Bruta em torno de 8,7%. Deste modo, nossa Receita Líquida cresceu 17,7% em relação a 2007, totalizando R$ 725 milhões. Receita Líq. de Serviços (R$ mil) 2.008 2.007 Autovias 183.092 149.678 22,3% Centrovias 169.629 139.809 21,3% Intervias 206.815 183.649 12,6% Vianorte 164.159 142.677 15,1% 723.695 615.813 17,5% Total Estaduais: Ano/Ano Planalto Sul 319 - n.d. Fernão Dias 650 - n.d. Régis Bittencourt 318 - n.d. Total Federais Total: 1.287 724.982 615.813 n.d. 17,7% CUSTOS TOTAIS Os custos totais (custos dos serviços prestados, somados as despesas gerais e administrativas, remuneração da administração, tributárias e outras receitas operacionais) cresceram 7,4%, ou R$ 27,7 milhões, em relação ao ano de 2007. Segue tabela demonstrando composição de nossos custos totais: Custos Totais* (R$ mil) Pessoal 2.008 2.007 Ano/Ano (63.136) (54.693) 15,4% Serviços de Terc., Conserv. Rotina e Outros (110.656) (105.173) 5,2% Depreciação e Amortização (175.501) (162.417) 8,1% Amortização do Ônus Fixo (26.988) (27.307) -1,2% Ônus Variável (24.555) (20.752) 18,3% (2.772) (5.563) -50,2% (403.608) (375.905) 7,4% Tributárias Custo e Despesas Operacionais * Inclui despesas gerais, administrativas, remuneração da diretoria, tributárias e outras receitas operacionais. O aumento de R$ 27,7 milhões nos custos totais da companhia ocorreu devido aos seguintes fatores: (i) R$8,4 milhões resultam do aumento de custo com “Pessoal” em razão do crescimento do quadro de empregados e do dissídio coletivo de 5,0% ocorrido em março de 2008; (ii) Aumento de R$5,4 milhões com custos e despesas de serviços profissionais, de serviços de terceiros e principalmente de conserva de rotina em razão do término de obras de duplicação na Rodovia Engenheiro Paulo Nilo Romano, SP-225, no trecho entre Itirapina e Dois Córrego na concessionária Centrovias; (iii) R$ 13,0 milhões resultaram da finalização de investimentos e consequente início de depreciação de diversas obras executadas nas concessionárias ao longo de 2008, principalmente na concessionária Centrovias. Além disso, a contabilização da depreciação e amortização foi ajustada de modo a nos adequarmos a lei nº 11.638/07; Redução de R$319 mil na conta de “Amortização do Ônus Fixo”, em virtude da contabilização do Ônus Fixo à valor presente, visando nos adequarmos a lei nº11.638/07; R$3,3 do aumento do custo com “Ônus Variável”, em função do crescimento da receita bruta de nossas concessionárias; (iv) (v) (vi) Redução de R$2,8 milhões em nossas despesas “Tributárias” basicamente em virtude da extinção da CPMF no início do ano de 2008. EBITDA e EBITDA AJUSTADO Em 2008, a companhia apresentou um EBITDA de R$523,9 milhões, +21,9% em relação a 2007. A tabela a seguir apresenta os cálculos do EBITDA e do EBITDA Ajustado: EBITDA e EBITDA Ajustado (R$ mil) 2.008 Receita Líquida de Serviços Custo e Despesas Operacionais Custos Operacionais (Ex. Amort. e Depre.) 2.007 Ano/Ano 724.982 615.813 17,7% (201.119) (186.096) 8,1% (118.339) (112.328) 5,4% Ônus Variável (24.555) (20.752) 18,3% Despesas Gerais, Administrativas e Outras (Ex. Amort.) (50.325) (53.016) -5,1% 523.863 429.717 21,9% 72,3% 69,8% (49.759) (46.057) 8,0% (5.239) (4.849) 8,0% EBITDA % EBITDA S/ Rec. Líquida (-) Ônus Fixo pago (Fluxo de Caixa) Autovias Centrovias (7.839) (7.256) 8,0% Intervias (4.878) (4.515) 8,0% Vianorte (31.803) (29.437) 8,0% 474.104 383.660 23,6% 65,4% 62,3% EBITDA Ajustado % EBITDA Ajustado S/ Rec. Líquida O EBITDA Ajustado de 2008 alcançou R$474,1 milhões, com um crescimento de 23,6% em relação a 2007. A margem EBITDA Ajustado atingiu 65,4%, um crescimento de 3,1pp em relação aos 62,3% no ano anterior. RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS LÍQUIDAS As despesas financeiras líquidas da Companhia passaram de R$108,9 milhões em 2007 para R$144,4 milhões em 2008, representando um aumento de 32,6%. A tabela abaixo mostra a composição do resultado de nossas receitas (despesas) financeiras líquidas para os exercícios de 2008 e 2007: Resultado Financeiro (R$ mil) 2.008 2.007 Receitas Financeiras 28.832 11.895 142,4% Despesas Financeiras (173.043) (120.701) 43,4% BNDES/CEF (21.078) (33.345) -36,8% Outras Despesas Financeiras (95.744) (39.429) 142,8% Atualização Monetária do Ônus Fixo* (56.221) (47.927) 17,3% (186) (66) 181,8% (144.397) (108.872) 32,6% (19,9%) (17,7%) Variação Cambial Líquida Resultado Financeiro Líquido % Receita Líquida Ano/Ano * Nos períodos analisados as Despesas com “Atualização Monetária do Ônus Fixo” foram ajustadas de modo a refletirem as normas contábeis introduzidas pela lei nº 11.638/07. O crescimento de R$35,5 milhões em nossa despesa financeira líquida resultou dos seguintes fatores: (i) (ii) (iii) (iv) (v) Aumento de R$16,9 milhões nas receitas financeiras consolidadas, resultante do aumento do saldo de caixa do período e das taxas de remuneração das apliações financeiras; Redução de R$12,3 milhões na conta “BNDES/CEF” devido ao pagamento antecipado em julho de 2008 de financiamentos tomados pelas concessionárias Autovias, Centrovias e Intervias; Aumento de R$56,3 milhões em “Outras Despesas Financeiras” em virtude, do empréstimo de R$670,0 milhões tomado em julho de 2008, pelas concesionarias Autovias, Centrovias e Intervias e despesas com IOF decorrentes das operações de mútuo realizadas pela Companhia; Crescimento de R$8,3 milhões na despesa com “Atualização Monetária do Ônus Fixo” devido ao aumento da variação do IGP-M de 9,8% ao longo de 2008 comparado a 2007, principalmente nos dois primeiros trimestres; e Aumento de R$ 120,0 mil nas despesas com variação cambial. LUCRO LÍQUIDO No ano de 2008, o Lucro Líquido foi de R$105,4 milhões, representando um crescimento de 42% em relação ao ano anterior. Alem do crescimento do volume de veículos pedagiados e do reajuste tarifário, este aumento sobre 2007, ocorreu também em virtude do desdobramento da praça de São Simão em meados de 2007, fazendo assim com que a concessionária passasse a ter 5 praças de pedágio. Lucro Líquido (R$ Milhões) +42,0% 105.4 74.2 2007 2008 INVESTIMENTOS Os investimentos em 2008 totalizaram R$679,5 milhões. Abaixo apresentamos a composição dos investimentos realizados em cada trimestre e no acumulado de 2008: Investimentos Fluxo de Caixa (R$ mil) Autovias 1T08 % 11.243 22,7% 9.844 10,3% Centrovias 16.312 32,9% 12.293 12,8% 5.623 11,3% 7.903 Intervias Vianorte 2T08 % 3T08 % 4T08 % 2008 % 18.383 7,4% 7.885 2,8% 47.355 7,0% 19.283 7,7% 9.253 3,3% 57.141 8,4% 8,2% 14.012 5,6% 15.448 5,4% 42.986 6,3% 10.241 3,6% 49.218 7.940 16,0% 10.378 10,8% 20.659 8,3% Estaduais 41.118 82,8% 40.418 42,1% 72.337 28,9% 42.827 15,1% Federais 7.591 15,3% 47.444 49,4% 172.085 68,9% 301.309 106,1% 528.427 921 1,9% 8.093 8,4% 5.477 2,2% (60.091) -21,2% (45.600) -6,7% 284.045 679.527 100,0% Outros Investimentos* Total Concessionárias 49.630 100,0% 95.955 100,0% 249.899 100,0% 100,0% 196.700 7,2% 28,9% 77,8% * Investimentos em outras sociedades e ajustes de consolidação. Concessões Estaduais: Foram investidos em nossas concessionárias estaduais ao longo do ano de 2008 R$196,7 milhões. As principais obras realizadas em 2008 foram: (i) (ii) (iii) (iv) Recuperação de pavimento ao longo da rodovia SP-310 – Rodovia Washington Luis e implantação de viaduto no município de Cordeirópolis (SP); (Centrovias) Implantação de dispositivo de entroncamento na SP-147, Km 64 – Mogi Mirim (SP). (Intervias) Implantação de dispositivos de retornos e passarelas (Autovias). Implantação de via marginal pavimentada, SP-322 – localizada entre Pitangueiras e Ibitiuva. (Vianorte) Atualizamos nossas projeções de investimentos que serão direcionados para cumprir com nossas obrigações decorrentes dos contratos de concessão estaduais no decorrer dos próximos cinco anos. Com isso, estimamos investir R$170 milhões em 2009 e R$300 milhões entre 2010 e 2013. Concessões Federais: Ao longo do ano de 2008 foram investidos cerca de R$528,4 milhões em nossas concessionárias federais. Dentre as principais obras realizadas estão: (i) realização dos trabalhos iniciais de recuperação das rodovias, tais como recuperação dos pavimentos e obras de arte, melhoria na sinalização e cortes de vegetação e (ii) construção das praças de pedágio. Atualizamos nossas projeções de investimentos que serão direcionados para cumprir com nossas obrigações decorrentes dos contratos de concessão federais no decorrer dos próximos cinco anos. Com isso, estimamos investir R$1,1 bilhão em 2009 e R$3,1 bilhões entre 2010 e 2013. Os serviços de atendimento ao usuário como socorro mecânico, atendimento médico de emergência, telefones 0800, viaturas de inspeção de tráfego, de combate a incêndio e apreensão de animais, foram iniciados em 15 de agosto de 2008. Quaisquer fatos ou atrasos nos investimentos que modifiquem as condições contratuais deverão ser motivos de reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos no futuro POSIÇÃO FINANCEIRA A dívida consolidada líquida (empréstimos e financiamentos menos caixa, bancos e aplicações financeiras) encerrou o ano de 2008 em R$915,4 milhões, apresentando um crescimento de R$478,8 milhões em relação a 2007. Este crescimento do endividamento líquido está relacionado ao empréstimo tomado em julho de 2008, no valor de R$670,0 milhões, para fazer frente aos investimentos demandados por nossas rodovias federais. A totalidade do nosso endividamento em 31 de dezembro de 2008 está denominada em Reais, sendo 11,3% correspondente a contratos com BNDES e CEF, com vencimentos de longo prazo e juros atrelados a TJLP, e 88,7% corresponde a contratos atrelados a CDI. Em razão do aumento do endividamento líquido, nosso Grau de Alavancagem medido pela relação Divida Líquida/EBITDA Ajustado (últimos 12 meses), encerrou o ano de 2008 em 1,9x. 9. DIVIDENDOS Nossos acionistas têm direito a receber, no mínimo, um dividendo obrigatório de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos do artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações. Caso os órgãos de administração informem à assembléia geral ordinária que a distribuição de dividendos não é recomendável face aos investimentos necessários para o ano, os acionistas poderão decidir pela sua distribuição ou não. A Assembléia Geral Ordinária realizada em 29 de abril de 2008, aprovou o pagamento de dividendos referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2007, os quais totalizam o montante de R$17,7 milhões, correspondente à R$0,258143 por ação ordinária. A distribuição dos dividendos aos Acionistas foi realizada no dia 15 de maio de 2008, sendo que as ações da Companhia passaram a ser negociadas “ex-dividendos” a partir de 30 de abril de 2008. 10. RELAÇÕES COM INVESTIDORES Em linha com as exigências da segmentação do “Novo Mercado” da Bovespa e visando as boas práticas de governança corporativa, a área de Relações com Investidores da OHL Brasil busca assegurar a equidade na disseminação de informações prestadas ao mercado, sempre respeitando as normas regulatórias do setor. Ao longo do ano de 2008, a OHL Brasil representada pela área de Relações com Investidores participou de: 2 road shows internacionais, 6 conferencias e mais de 100 reuniões com analistas e investidores realizadas no escritório da OHL Brasil. As ações da OHL Brasil (OHLB3), listadas no segmento de “Novo Mercado” da Bovespa, encerraram o ano de 2008 em R$12,57 com uma desvalorização de 44,1%, assim como o índice Ibovespa apresentou uma desvalorização de 41,2% encerrando o ano de 2008 em 37.550 pontos. O volume total negociado do ativo no ano foi de R$1,16 bilhões, atingindo 48.107 negócios. Cotação OHLB3 - 2008 (R$) 30 25 20 12,57 15 10 dez-07 jan-08 f ev-08 mar-08 abr-08 mai-08 jun-08 jul-08 ago-08 set-08 out-08 nov-08 dez-08 11. RECURSOS HUMANOS GESTÃO DE PESSOAS A estratégia de recursos humanos do Grupo OHL Brasil tem como princípio básico o desenvolvimento humano e profissional dos nossos empregados, pautada pela busca permanente do diálogo, visando proporcionar segurança, estabilidade, qualidade de vida e oportunidades de crescimento. Para tanto, desenvolvemos políticas e processos que promovam ainda mais o desenvolvimento profissional, dentro de um ambiente que respeita a diversidade e igualdade de oportunidades, buscando despertar o melhor de cada ser humano. Vale reforçar que todos os nossos processos e contratos de trabalho dos empregados e parceiros seguem rigorosamente a legislação pertinente. Além disso, nos comprometemos em nossos Valores Filosóficos, com a construção e o cultivo da ética em nossas relações, o estímulo ao profissionalismo, lealdade e confiabilidade, buscando sempre inovação no nosso dia-a-dia. Em 2008, nosso quadro de empregados cresceu, em recorde histórico, 146% em comparação com o ano anterior. Isso se deu por conta da implantação da operação das cinco novas concessões federais. Grupo Holding Estaduais Autovias Centrovias Intervis Vianorte Federais Fernão Dias Fluminense Litoral Sul Planalto Sul Régis Bittencourt Construtoras Latina Manutenção Paulista Total 2007 27 1.154 180 168 554 252 211 177 34 1.392 2008 64 1.200 186 175 579 260 926 301 133 147 108 237 1.413 1.151 262 3.603 Outros Contratos de Trabalho Terceiros Estagiários TOTAL 2007 2.206 2.206 2008 5.017 6 5.023 ROTATIVIDADE Estamos atentos ao aumento do índice de rotatividade de empregados. O crescente índice de rotatividade apresentado na Vianorte deveu-se, especificamente, ao processo de incorporação desta empresa ao grupo OHL Brasil Rotatividade Estaduais Autovias Centrovias Intervias Vianorte1 Total 2007 2008 0,92 0,17 1,19 17,93 0,92 1,18 1,27 14,28 5,05 4,41 1- A incorporação da Vianorte ocorreu em dezembro de 2006 DIVERSIDADE Mesmo com o rápido crescimento de nosso quadro de empregados, evoluimos na promoção da diversidade. Apesar de sermos uma organização com participação majoritária de homens, 79% no Grupo, a média das empresas OHL Brasil, Vianorte, Planalto Sul e Regis Bittencourt atingiram um índice mais equilibrado, de 54% entre os gêneros. % Homens e Mulheres Mulheres 21% Homens 79% Enquanto isso, a média de idade está equilibrada em 34 anos para todas as empresas. Média - Idade 39 31 31 33 Br as il 34 L 32 33 O H 35 Re gi s 35 Au to via s Ce nt ro via s In te rv ia s Vi an or te Fe rn ão D. Fl um in en se Li to ra lS . Pl an al to S. 38 A base de formação educacional do efetivo de pessoal centra-se no Ensino Médio (antigo Segundo Grau), com 56,9% da nossa população. 21,4% possuem superior completo, dos quais 3,1% (112) são Engenheiros. Mestres e Doutores, apenas 0,2% da população. Formação Educacional 56,9% 21,4% 8,2% 4,4% 4,7% 2,4% 1,8% 1º GRAU Ensino Fundamental Completo Ensino Fundamental Incompleto Ensimo Médio Completo Ensino Médio Incompleto Superior Completo Superior Incompleto 0,1% 0,1% Mestrado Doutorado No ano de 2008 a concessionária Intervias recebeu do Ministério do Trabalho e Emprego o certificado de aderência a legislação de inclusão de portadores de deficiência física. DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL Temos como prática estabelecida oferecer a formação técnica para o exercício das funções e apoiar o desenvolvimento pessoal e profissional dos nossos empregados. As temáticas para o desenvolvimento profissional na OHL Brasil estão divididas em quatro pilares: Cultura OHL, Capacitação para a Função, Formação e Liderança. Cultura OHL Integração e disseminação dos conteúdos que refletem a cultura do Grupo no Brasil e no mundo. Capacitação para a Função Treina as competências funcionais e processos específicos de áreas e grupos de funções. Formação Liderança Apóia a especialização técnica de funções chave, e estímulo ao desenvolvimento de idiomas. Incentiva o desenvolvimento de nosso corpo de líderes e da busca e formação das novas gerações. LIDERANÇA Investimos continuamente na evolução de nossa liderança, no que diz respeito à gestão empresarial e de pessoas, visando que nossa equipe consiga a partir disso, se engajar numa causa maior, ampliando a percepção da sua contribuição para o crescimento e desenvolvimento da organização como um todo. Foram investidas 1.267 horas de treinamento, divididas nas seguintes temáticas: Produtividade, Meio Ambiente, Segurança e Pessoas. SAÚDE E SEGURANÇA Um dos pilares da estratégia de gestão de pessoas é a segurança física, a saúde e o bemestar de todos os empregados da OHL Brasil. Em 2008 foi implantado o Comitê de Segurança no Trabalho e Comportamento na Rodovia, representado por todos os técnicos e engenheiros de segurança das empresas e que tem como objetivo disseminar e compartilhar experiências entre todas as empresas do Grupo, com intuito de minimizar cada vez mais os riscos de acidentes envolvidos na operação. REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS As empresas do Grupo OHL Brasil oferecem um pacote de remuneração atraente e alinhado as praticas de mercado, o que contribui para a atração e retenção dos profissionais. O salário mínimo praticado é 40% superior em relação ao salário mínimo do país. O pagamento da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) referente ao exercício social de 2008 será realizado em 2009, de acordo com critérios tais como performance, assiduidade, nível de responsabilidade e tempo de serviço. 12. RESPONSABILIDADE SOCIAL Ao longo principalmente da última década, tem-se intensificado a discussão sobre o papel que as empresas possuem para minimizar os problemas sociais e ambientais. A visão tradicional que identificava que as empresas tinham como única função a geração de empregos e o desenvolvimento de produtos e serviços de forma lucrativa foram perdendo força e está sendo substituída por uma nova visão que considera a necessidade de a empresa incorporar os interesses dos diversos públicos impactados pela sua atuação. A OHL Brasil é um exemplo deste novo olhar e possui como um dos seus compromissos o desenvolvimento de relacionamento com as comunidades lindeiras à sua área de concessão, tendo como foco projetos relacionados a educação, saúde, cultura e meio-ambiente. EDUCAÇÃO Criado em 2001, o Projeto Escola OHL Brasil conta com uma abrangência envolvendo 6.500 professores, 129.000 alunos de 199 escolas públicas em 48 municípios que constitui parte da rede de rodovias administradas pela OHL Brasil. A proposta possui uma metodologia própria, com os materiais pedagógicos específicos para diferentes gerações escolares – Ensino infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e o EJA (Educação de Jovens e Adultos) e se consolidou como um importante projeto para o resgate de valores cidadãos, envolvendo a comunidade, família e sociedade. O Projeto atende à determinação do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), contempla os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e dos Parâmetros Curriculares Nacional (PCNs). Com a crença que o ser humano é capaz de promover mudanças e que a escola é um ambiente possível para o exercício da participação cidadã, o projeto tem como objetivo: humanizar o trânsito por meio da educação de valores gerando reflexões sobre o tema trânsito, oportunizando aprendizagens que conduzam ao universo das relações humanas e do convívio social, que favoreçam o exercício pleno da cidadania, através de um trabalho de inclusão, no qual a ética se faz presente. O Projeto Escola OHL Brasil se fundamenta na introdução no plano pedagógico do tema trânsito nas diversas áreas curriculares, proporcionando o desenvolvimento de atividades práticas, de acordo com as necessidades e realidade local. Além disso, a metodologia aplicada nos revela que projetos sociais bem focalizados podem contribuir para o desenvolvimento social, mudando as condições do entorno da comunidade e se tornando um exemplo para a implantação de iniciativas que almejam atingir em maior escala e dimensão os graves problemas sociais existentes no Brasil. - Programa Viva Ciclista: Os ciclistas que trafegam nas rodovias são o alvo de outra ação do Projeto Escola OHL Brasil. A Campanha Viva Ciclista, realizada nas passarelas das concessionárias, educa o público e distribui um kit com adesivos refletivos para serem colados na bicicleta. Uma pesquisa complementa a ação que tem como proposta traçar um perfil dos ciclistas que utilizam a rodovia, para futuras adequações do meio urbano. Criado em 2006, o Programa atendeu até os dias atuais 663 ciclistas. - Programa Passarela Viva: Incentivar o uso da passarela e reduzir o número de atropelamentos nas estradas. Este é o objetivo da Campanha Passarela Viva que orienta os pedestres sobre o uso correto da passarela. O Programa teve início em 2006 e já atendeu 922 pedestres. - Programa Viva Motociclista: A campanha promove ações educativas de segurança para o motociclista, especialmente nas rodovias. Durante a realização da campanha, no estacionamento das praças de pedágio das concessionárias, o motociclista é recebido por uma equipe do Atendimento Pré-Hospitalar. Os motociclistas ganham ainda adesivos refletivos para serem colados na moto e no capacete, além de um folheto com orientações sobre direção defensiva e dicas práticas de segurança como verificar diariamente o funcionamento dos principais itens do veículo e utilizar os equipamentos de proteção. O Programa conta com o atendimento de 3.946 motociclistas. SAÚDE O Programa de Saúde para Caminhoneiros é uma atividade dirigida a estes usuários que transitam pelas rodovias administradas por nossas concessionárias. Tem como objetivo permitir o acesso a orientações e exames de saúde que os alertem para problemas que possam interferir no exercício de sua profissão. Até Dezembro de 2008 foram atendidos 112 mil motoristas. Os programas recebem nomes diferentes em cada concessionária, mas a idéia é única: (i) (ii) (iii) (iv) Saúde na Estrada na Autovias; Pit Stop na Vianorte; Mais Saúde na Estrada na Centrovias e Saúde na Boléia na Intervias Temos parcerias com empresas e instituições públicas, o que permite a realização de exames como glicemia, colesterol, triglicérides, pressão arterial, peso e altura (IMC), eletrocardiograma e exame clínico para prevenção do câncer de próstata; vacinação; avaliação odontológica e prevenção do câncer de boca; avaliação médica (cardiologista, clínico geral, urologista, médico do tráfego, etc.) e avaliação física com profissionais especializados; tratamento odontológico; procedimentos com podólogas; orientação quanto às doenças sexualmente transmissíveis, distúrbio do sono, incontinência urinária, disfunção erétil e uso indiscriminado de medicamentos; distribuição de preservativos e medicamentos da dose certa (sob apresentação de receita médica); etc. Além destas campanhas, temos um “Posto de Atendimento ao Caminhoneiro”, localizado na Rodovia Anhanguera Km 164 Pista Norte, com ambulatório médico e odontológico, operado por profissionais especializados. Este posto tem como objetivo detectar o universo de motoristas portadores de doenças, encaminhá-los para atendimento especializado a fim de evitar o agravamento de seu quadro clínico, identificar fatores de risco/pré-disposição para doenças cardiovasculares, identificar fatores de risco para acidentes de trânsito e contribuir para a redução do índice de acidentes e mortes no trânsito, estimulando mudanças de hábito e atitudes dos caminhoneiros nas rodovias. Até dezembro de 2008 foram atendidos 17 mil caminhoneiros. CULTURA Em 2008, a OHL Brasil, por meio de suas concessionárias, atuou no apoio a projetos culturais variados com base nas leis de incentivo fiscal, principalmente a Lei Rouanet. Os apoios têm como foco a promoção da cultura presente nas regiões por onde passam as rodovias administradas pela OHL Brasil e àquelas de caráter geral. Os principais projetos para os quais foram destinados recursos em 2008 foram: - Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, instituição fundada em 1938, é a segunda orquestra mais antiga e em atividade no Brasil, gerida pela Associação Musical de Ribeirão Preto. A contrapartida do patrocínio é dada por meio de apresentações que a orquestra faz em localidades indicadas pela OHL. Exemplo disto é a apresentação no encerramento do Julho Cultural, na cidade de Jaú e os Concertos Natalinos OHL Brasil realizados nas cidades de Cravinhos, Sertãozinho, Ribeirão Preto, São Carlos, Ituverava, São Joaquim da Barra e Bocaína, onde a OHL apresentou oficialmente as seis telas do renomado pintor Benedito Calixto, restauradas com apoio da empresa. - Revista Porta Luvas, publicação que tem como objetivo a promoção e a divulgação da cultura regional e que conta com patrocínio exclusivo da OHL Brasil. Tem tiragem de 180 mil exemplares a cada trimestre, distribuídos nas praças de pedágio, instituições de ensino e de cultura, Ministério da Cultura, Biblioteca Nacional, etc. A revista é uma iniciativa da Emana Cultura; - Festival Chorando Sem Parar, realizado em dezembro de 2008 em uma praça pública de São Carlos, que permitiu acesso gratuito da população a mais de dez horas de choro, estilo musical legitimamente brasileiro. Durante o festival, músicos da região e de vários pontos do País e alguns do exterior apresentam de forma ininterrupta, interpretando choros. No encerramento, artistas renomados também apresentaram. Em 2008, Elza Soares e Luiz Melodia foram os músicos convidados. Estima-se que cerca de oito mil pessoas assistiram, no decorrer do dia, as apresentações do Chorando Sem Parar. - Restauração de telas de Benedito Calixto, na cidade de Bocaína, interior de São Paulo. As telas foram pintadas nas paredes da Igreja Matriz daquela cidade e necessitavam de restauro. São obras do patrimônio cultural da Humanidade. A OHL Brasil patrocinou o restauro de seis das 13 telas existentes. A entrega oficial foi na noite do dia 12 de Dezembro, no interior da Igreja Matriz, com uma apresentação memorável da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. - Doutores da Alegria, organização mundial que, por meio de sua representação no Brasil, visita hospitais e leva alegria para crianças que estejam internadas. Ao interagirem com essas crianças, os artistas, vestidos de palhaços, fazem brincadeiras e contribuem para a recuperação das crianças. Pesquisas demonstram que 85,4% das crianças visitadas apresentaram evidências de melhoras clínicas. Os Doutores da Alegria trabalham em 28 hospitais do País. - Oficina de Leitura, projeto desenvolvido em Ribeirão Preto pela organização Fundação Palavra Mágica. Tem como objetivo o estímulo à leitura, o que é realizado por meio de oficinas junto às escolas da região. - Feira do Livro de Ribeirão Preto, mega evento econômico e cultural (uma das quatro mais importantes feiras do setor que se realizam no Brasil). Acontece em praças públicas e espaços culturais dos entornos dessas praças, em área aproximada de 16 mil metros quadrados. Em 2008, estima-se que 400 mil pessoas visitaram e/ou participaram dos espaços, palestras, shows, filmes, oficinas e workshops realizados. É também uma grande oportunidade para a comercialização e lançamento de livros, o que beneficia os autores nacionais, caracterizando-se, ainda, por ser uma difusora de cultura e conhecimento. - Santa Catarina, Olhar dos viajantes, livro que tem o meio ambiente como foco, e que retrata o estado de Santa Catarina, onde a OHL possui a concessionária Autopista Litoral Sul, por meio de suas paisagens, diversidades geográfica, étnica e cultural. As fotografias são produzidas pelo fotógrafo Eurico Sales, inspiração para os textos do jornalista Luiz Americano. A estrada é a primeira referência. - Funcine-Fundação Lacan, para o filme Divã, produção nacional com pré-estréia prevista para Abril. No elenco, Lilia Cabral, José Mayer, Reinaldo Gianechini. A direção é de José Alvarenga Júnior. - Apae de Limeira, instituição que trabalha com portadores de necessidades especiais. Por meio da Lei Rouanet, a OHL Brasil contribui para a inclusão dessas pessoas. A APAE mantém um curso de educação musical, que resultou em uma banda musical composta pelos assistidos da instituição. - Luiz Claret Ferreira – Livro Nossas Memórias, DVD que reúne filmes antigos sobre a história política da cidade de Batatais, onde estão presentes renomadas personalidades da política nacional. APOIO A INSTITUIÇÕES ASSISTENCIAIS O trabalho voluntário e essencial de várias entidades que desenvolvem a assistência social como meio de inclusão e de cidadania recebeu o apoio da OHL Brasil em 2008, destinado para as seguintes instituições: - Casa das Mangueiras, de Ribeirão Preto. Entidade que, por meio da atividade laboral, procura dar ocupação para crianças e jovens carentes e desassistidos. Além disso, inclui conceitos de preservação e recuperação do meio ambiente, com o desenvolvimento de artesanato e a utilização de material reciclado. - Nosso Lar, em São Carlos. Também assiste crianças e jovens que necessitam de assistência social, a qual é feita por meio de atividades esportivas e culturais. - Projeto Esporte Cidadão e ABCD Bandeirantes, na cidade de Rio Claro, que recorre à prática do esporte, formando atletas oriundos da população da cidade. MEIO AMBIENTE Seja por meio de apoio a projetos desenvolvidos nas regiões onde está presente, seja por meio de gestão em relação ao Meio Ambiente, a OHL Brasil desenvolve várias ações de caráter educativo e de conscientização, tanto de seus funcionários como da população. Destaque para o plantio de mais de 825 mil mudas de árvores nativas, até dezembro de 2008, efetuado principalmente em áreas degradadas e de mata ciliar, o que contribui para a recuperação dessas áreas. Ocorreu em Setembro de 2008, em comemoração ao dia internacional da árvore, a distribuição de saquinhos com sementes de ipê amarelo em todas as praças de pedágio das concessionárias Estaduais, totalizando 110.000 saquinhos que continham, em média, 3 sementes cada. O programa Via das Águas da Autovias, que já conquistou diversas premiações em responsabilidade social, como o 4º Benchmarking Ambiental Brasileiro, pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia e pelo IBTTA e agora corporativo, foi apresentado na Espanha em Outubro de 2008 no Foro do Congresso Mundial de Conservação (WCF) organizado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). O programa Carbon Free, da Vianorte, recebeu menção honrosa no 5º Benchmarking Ambiental Brasileiro, pela neutralização de carbono realizada no Km 358 da rodovia Armando de Salles Oliveira. 13. INSTRUÇÃO CVM 381/2003 Em atendimento à determinação da Instrução CVM 381/2003, informamos que, no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2008, nossos Auditores Independentes foram contratados apenas para prestar serviços de auditoria externa relacionados aos exames das demonstrações financeiras da companhia. 14. VINCULAÇÃO À CLAÚSULA COMPROMISSÓRIA DE ARBITRAGEM A Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula Compromissória constante em seu Estatuto Social. 15. AGRADECIMENTOS Agradecemos aos nossos usuários, funcionários, acionistas, comunidades vizinhas, instituições governamentais, fornecedores, prestadores de serviços, financiadores e demais colaboradores. São Paulo, 13 de março de 2009. A Administração Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 e Parecer dos Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 - 5° andar - Sala 502 13091-611 - Campinas - SP Brasil Tel.: +55 (19) 3707-3000 Fax: +55 (19) 3707-3001 www.deloitte.com.br PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. São Paulo - SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais, controladora e consolidado, da Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. (“Sociedade”) e controladas, levantados em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido (controladora), dos fluxos de caixa e do valor adicionado correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade e de suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Sociedade e de suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, controladora e consolidado, da Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e controladas em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido (controladora), os seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme mencionado na nota explicativa nº 2, em decorrência das mudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil ocorridas durante 2008, as demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, apresentadas para fins de comparação, foram ajustadas e estão sendo reapresentadas, como previsto nas Normas e Procedimentos de Contabilidade - NPC 12 - Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros. São Paulo, 9 de março de 2009 DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8 José Carlos Amadi Contador CRC nº 1 SP 158025/O-0 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. E CONTROLADAS BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007 (Valores expressos em milhares de reais - R$) ATIVO CIRCULANTE Caixa e bancos Equivalente de caixa Contas a receber Contas a receber - sociedades ligadas Estoques Despesas antecipadas Imposto de renda e contribuição social diferidos Impostos a recuperar Adiantamentos para novos projetos Dividendos a receber Outros créditos Total do ativo circulante NÃO CIRCULANTE Realizável a longo prazo: Aplicações financeiras restritas Impostos a recuperar Contas a receber - sociedades ligadas Imposto de renda e contribuição social diferidos Despesas antecipadas Depósitos judiciais Outras contas a receber Total do realizável a longo prazo InvestimentosInvestimentos em controladas e coligadas Imobilizado Intangível Diferido Total do ativo não circulante TOTAL DO ATIVO Nota explicativa 4 4 5 17 6 7 8 17 9 8 17 7 6 20 10 11 12 13 Controladora 2008 2007 765 4.567 102 6.879 34 6.439 247 8.580 116 27.729 424.041 3.106 116 427.263 274 19.530 180 1.962 61 1.117 6.839 15.109 76 45.148 6.541 22.135 251 28.927 Consolidado 2008 2007 =K17-J17 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 42.827 73.457 38.449 87 3.390 4.771 5.222 11.875 247 4.957 185.282 5.036 1.717 8.001 4.772 146 19.672 13.839 50.600 30.366 87 1.479 3.714 5.976 2.600 6.839 2.720 118.220 16.807 8.290 12.627 195 1.407 39.326 751.430 3.771 231 755.432 678.233 3.187 59 681.479 1.053 1.817.522 376.236 158.507 2.353.318 1.053 1.194.591 414.068 1.609.712 1.210.424 755.554 2.558.272 1.767.258 CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Fornecedores Obrigações sociais Obrigações fiscais Imposto de renda e contribuição social diferidos Outras contas a pagar Provisões diversas - sociedades ligadas Cauções contratuais Dividendos propostos Credores pela concessão Total do passivo circulante NÃO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Fornecedores Credores pela concessão Provisão para contingências Receita diferida Imposto de renda e contribuição social diferidos Contas a pagar - sociedades ligadas Outras contas a pagar Total do passivo não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reservas de lucros Ajuste do patrimônio líquido - variação cambial no capital Total do patrimônio líquido TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota explicativa 14 15 7 17 16 17 18 14 18 20 7 17 21 Controladora 2008 2007 Consolidado 2008 2007 826 2.890 812 117 1.004 13 25.041 30.703 1.056 1.664 617 112 824 17.785 22.058 101.646 124.662 20.921 54.919 4.576 22.473 978 24.944 25.041 54.533 434.693 119.204 32.005 11.063 17.896 886 4.751 824 5.671 17.785 49.153 259.238 365.828 365.828 - 935.070 361.660 3.495 429 9.022 10 1.309.686 398.655 32 360.141 5.995 391 9.303 7 774.524 549.083 287.081 549.083 206.684 549.083 287.081 549.083 206.684 (22.271) 813.893 (22.271) 733.496 (22.271) 813.893 (22.271) 733.496 1.210.424 755.554 2.558.272 1.767.258 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 2 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto o lucro por ação) Nota explicativa Controladora 2008 2007 Consolidado 2008 2007 RECEITA BRUTA DE SERVIÇOS Serviços prestados Deduções dos serviços prestados - - 793.973 (68.991) 674.989 (59.176) RECEITA LÍQUIDA DE SERVIÇOS - - 724.982 615.813 CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS - - (331.714) (309.657) 141.689 - 93.873 - - 85 LUCRO BRUTO 141.689 93.873 393.268 306.241 RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Gerais e administrativas Remuneração da Administração Tributárias Amortização do ágio em investimentos Outras receitas operacionais líquidas (19.509) (1.564) (2.325) 1.056 (10.017) (2.295) (1.476) 933 (63.994) (7.812) (2.772) (9.419) 2.684 (57.996) (5.090) (5.563) (9.419) 2.401 119.347 81.018 311.955 230.574 17.571 (31.294) (186) (13.909) 6.331 (12.609) (66) (6.344) 28.832 (173.043) (186) (144.397) 11.895 (120.701) (66) (108.872) 105.438 74.674 167.558 121.702 (53.300) (8.820) (44.163) (3.279) 105.438 74.260 OUTRAS RECEITAS Equivalência patrimonial Outras 10.a 10 LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras Despesas financeiras Variação cambial, líquida 23 23 LUCRO OPERACIONAL ANTES DOS IMPOSTOS IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Correntes Diferidos 24 24 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO LUCRO POR AÇÃO COMPONENTE DO CAPITAL SOCIAL NO FIM DO EXERCÍCIO - R$ - (414) - 105.438 74.260 1,53 1,08 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 3 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADORA) PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007 (Valores expressos em milhares de reais - R$) Nota explicativa SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 (ORIGINALMENTE REPORTADOS) Ajustes de exercícios anteriores Destinação do ajuste para reserva de lucros 2 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 (AJUSTADOS) Lucro líquido: Originalmente reportado Ajustes registrados em 2008 relacionados ao resultado de 2007 Lucro líquido do exercício ajustado Destinação do lucro líquido para reserva de lucros Dividendos propostos 2 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 (AJUSTADOS) Lucro líquido do exercício Destinação do lucro líquido para reserva de lucros Dividendos propostos SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 21 Reservas de lucros Retenção Legal de lucros Capital social 549.083 8.810 122.483 - - 18.916 549.083 8.810 141.399 - 3.744 - 52.731 - 549.083 12.554 194.130 - 5.272 - 75.125 - 549.083 17.826 269.255 Lucros acumulados Ajuste do patrimônio líquido - variação cambial no capital - (22.271) 18.916 (18.916) - 74.878 (618) 74.260 (56.475) (17.785) 105.438 (80.397) (25.041) - (22.271) (22.271) (22.271) Total 658.105 18.916 677.021 74.878 (618) 74.260 (17.785) 733.496 105.438 (25.041) 813.893 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 4 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007 (Valores expressos em milhares de reais - R$) Nota explicativa FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido do exercício Ajustes para conciliar o lucro líquido com o caixa gerado pelas atividades operacionais: Depreciação e amortização Amortização de ágio em investimentos Baixa de ativo imobilizado pelo valor residual Imposto de renda e contribuição social diferidos Despesas de juros, líquidas Reversão de receita diferida Equivalência patrimonial Constituição (reversão) de provisão para contingências Recebimento de juros sobre o capital próprio Recebimento de dividendos Redução (aumento) dos ativos operacionais: Contas a receber Estoques Despesas antecipadas Impostos a recuperar Contas a receber - sociedades ligadas Recebimento de dividendos - exercícios anteriores Outros Aumento (redução) dos passivos operacionais: Fornecedores Obrigações sociais Obrigações fiscais Cauções contratuais Outros Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais Controladora 2008 2007 Consolidado 2008 2007 105.438 74.260 105.438 74.260 661 47 7.682 (141.689) 18.440 228.215 410 20 7.775 (93.873) 11.025 186.912 202.489 9.419 4.509 8.820 143.217 38 (2.500) - 189.724 9.419 4.075 3.279 111.392 18 2.149 - 85 27 4.473 (4.917) 15.109 (2.895) 1.083 (55) (1.010) (3.771) (8.215) (1.911) (876) (2.702) (5.602) (230) 1.226 195 67 231.934 (291) 1.168 561 39 184.253 31.571 8.861 27.146 7.924 (5.949) 521.677 14.166 2.468 1.279 1.752 401.511 (1.500) 6.592 (190.000) (184.908) (94) (136.000) (136.094) (679.527) (158.528) (11.931) (2.476) 6.592 15.869 (830.001) (250.405) (1.477) 8.350 (243.532) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Empréstimos e financiamentos: Captações Pagamentos Pagamento de credores pela concessão Pagamento de dividendos Envio de mútuos para empresas ligadas Recebimento de mútuos de empresas ligadas Captação de mútuos de empresas ligadas Caixa líquido gerado pelas (utilizado nas) atividades de financiamento 310.135 (317.178) (17.738) (418.000) 25.283 356.000 (61.498) 180.000 (190.383) (41.815) (21.500) 36.325 (37.373) 1.002.033 (574.367) (49.759) (17.738) 360.169 394.719 (539.844) (45.874) (41.815) (232.814) AUMENTO (REDUÇÃO) DO SALDO DE DISPONIBILIDADES (*) (14.472) 10.786 51.845 (74.835) 19.804 9.018 64.439 139.274 DISPONIBILIDADES NO FIM DO EXERCÍCIO 5.332 19.804 116.284 64.439 DIVULGAÇÃO COMPLEMENTAR DE INFORMAÇÕES SOBRE OS FLUXOS DE CAIXA Juros pagos Imposto de renda e contribuição social 7.043 - 10.506 166 45.819 44.848 39.452 31.735 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aquisições do ativo imobilizado Adições ao diferido Adições ao intangivel Acréscimos às aplicações financeiras restritas Adiantamentos para novos projetos Valor resgatado das aplicações restritas Adições aos investimentos Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento DISPONIBILIDADES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 10 10.a 10.a (4.167) (265) (132) (4.280) (3.626) (*) Inclui caixa, bancos e aplicações financeiras de disponibilidade imediata. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 5 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. E CONTROLADAS DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007 (Valores expressos em milhares de reais - R$) Controladora 2008 2007 RECEITAS Prestação de serviços Outras receitas INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS Custos dos serviços prestados Custo da concessão (amortização) Outros VALOR ADICIONADO BRUTO DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO (RETIDO) VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Resultado de equivalência patrimonial Receitas financeiras Outros VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Pessoal e encargos: Remuneração direta Benefícios FGTS Impostos, taxas e contribuições: Federais (incluindo IOF) Estaduais Municipais Outros Remuneração de capitais de terceiros: Juros Aluguéis Outras Remuneração de capitais próprios: Dividendos Lucros retidos Consolidado 2008 2007 - - 790.315 5.081 795.396 671.803 4.682 676.485 - - 103.891 85.779 5.395 195.065 88.158 74.871 8.694 171.723 - - 600.331 504.762 661 410 211.908 199.143 (661) (410) 388.423 305.619 141.689 17.571 1.057 160.317 93.873 6.331 930 101.134 28.832 1.060 29.892 11.895 930 12.825 159.656 100.724 418.315 318.444 6.152 358 331 5.606 235 224 38.296 10.455 3.229 35.512 9.697 2.935 14.010 1 29 119 4.255 24 (147) 113.892 118 39.620 249 86.605 110 34.146 368 68.560 6.592 (341) 20.327 12.891 10.582 5.685 101.854 4.612 552 25.041 80.397 159.656 17.785 56.475 100.724 25.041 80.397 418.315 17.785 56.475 318.444 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6 OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. E CONTROLADAS NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E DE 2007 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando de outra forma indicado) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. (“Sociedade”) foi fundada em 9 de novembro de 1998 e tem como atividades principais: • Execução por administração, empreitada ou subempreitada, de construção civil, inclusive serviços auxiliares ou complementares, exceto fornecimento de mercadorias fora do local de prestação dos serviços. • Realização de estudos, cálculos, projetos, ensaios e supervisões relacionados às atividades de engenharia e construção civil. • Realização de obras de infraestrutura em geral, compreendendo, sem restrição, serviços de construção civil, terraplanagem em geral, sinalização, reforço, melhoramento, recuperação, manutenção e conservação de estradas e engenharia consultiva em geral. • Exploração, direta e/ou por meio de consórcios, de negócios relativos a obras e/ou serviços públicos no setor de infraestrutura em geral, por meio de qualquer modalidade de contrato, incluindo, mas não se limitando a, parcerias público-privadas, autorizações, permissões e concessões. • Participação em outras sociedades que desenvolvam as atividades relacionadas anteriormente. Com base nos seus objetivos sociais, a Sociedade participa, em 31 de dezembro de 2008, em concessionárias de rodovias do Estado de São Paulo e de rodovias federais, conforme demonstrado a seguir: Concessionárias estaduais: • 100% da Autovias S.A. (“Autovias”). • 100% da Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. (“Centrovias”). • 100% da Concessionária de Rodovias do Interior Paulista S.A. (“Intervias”). • 100% da Vianorte S.A. (“Vianorte”). Concessionárias federais: • 100% da Autopista Planalto Sul S.A. (“Planalto Sul”). • 100% da Autopista Fluminense S.A. (“Fluminense”). • 100% da Autopista Fernão Dias S.A. (“Fernão Dias”). 7 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas • 100% da Autopista Régis Bittencourt S.A. (“Régis Bittencourt”). • 100% da Autopista Litoral Sul S.A. (“Litoral Sul”). A Sociedade tem participação de 100% na Latina Manutenção de Rodovias Ltda. (“Latina Manutenção”), de 100% na Paulista Infra-Estrutura Ltda. (“Paulista”) e de 100% na Latina Sinalização de Rodovias Ltda. (“Latina Sinalização”), sociedades que prestam serviços para as concessionárias mencionadas anteriormente. A Sociedade tem ainda participação de 100% na SPR - Sociedade para Participações em Rodovias S.A. (“SPR”), que tem por objeto social a participação em outras sociedades como sócia, acionista ou cotista, bem como o exercício de quaisquer atividades relacionadas com seu objeto social, podendo representar sociedades nacionais ou estrangeiras. A SPR tem participação de 100% do capital social da Vianorte. As operações das concessões rodoviárias detidas pelas controladas da Sociedade são como segue: Trecho sob concessão Concessionária Autovias Centrovias Intervias Vianorte Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul Franca, Batatais, Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos e Santa Rita do Passa-Quatro Cordeirópolis a São Carlos/Itirapina a Bauru Itapira, Mogi-Mirim, Limeira, Piracicaba, Conchal, Araras, Rio Claro, Casa Branca, Porto Ferreira e São Carlos SP-330 - Rodovia Anhanguera, SP-322 - Rodovia Attílio Balbo/Rodovia Armando Salles de Oliveira, SP-328 - Rodovia Alexandre Balbo/Contorno Norte de Ribeirão Preto e SP-325/322 - Av. dos Bandeirantes BR-116/PR/SC, compreendendo o trecho entre Curitiba e a Divisa SC/RS, objeto do processo de licitação correspondente ao Lote 2 BR-101/RJ, compreendendo o trecho entre a Divisa RJ/ES e a Ponte Presidente Costa e Silva BR-381/MG/SP, compreendendo o trecho entre Belo Horizonte e São Paulo BR-116/SP/PR, compreendendo o trecho entre São Paulo e Curitiba BR-116/BR-376/PR - BR-101/SC, compreendendo o trecho entre Curitiba e Florianópolis Início das operações Término da concessão Investimentos necessários (próximos cinco anos) R$ milhões (não auditados) 2008 2007 01/09/1998 09/06/1998 31/08/2018 09/06/2019 110 99 107 118 18/02/2000 17/01/2028 130 130 06/03/1998 06/03/2018 131 138 19/12/2008 15/02/2033 407 - Abril de 2009 (*) 15/02/2033 640 - 18/12/2008 15/02/2033 764 - 24/12/2008 15/02/2033 1.474 - Abril de 2009 (*) 15/02/2033 1.010 - (*) Data estimada. As concessionárias estaduais Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte, independentemente da manutenção e conservação necessárias para manter o nível de serviço adequado durante o período de concessão, deverão devolver os sistemas rodoviários em bom estado, com a atualização adequada à época da devolução e garantia de prosseguimento da vida útil por seis anos das estruturas em geral, principalmente do pavimento. Nesse período, subsequentemente à devolução, não deverá ocorrer a necessidade de serviços de recuperação nem reforços nas obras de arte especiais, em virtude das manutenções destinadas a preservar as estruturas das rodovias. 8 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Extintas as concessões, retornam ao Poder Concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios vinculados à exploração do sistema rodoviário transferidos às concessionárias estaduais, ou por elas implantados no âmbito das concessões. A reversão será gratuita e automática, com os bens em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção e livres de quaisquer ônus ou encargos. As concessionárias terão direito à indenização correspondente ao saldo não amortizado ou depreciado dos bens cuja aquisição, devidamente autorizada pelo Poder Concedente, tenha ocorrido nos últimos cinco anos dos períodos das concessões, desde que realizada para garantir a continuidade e a atualidade dos serviços abrangidos pelas concessões. Por meio do Termo Aditivo e Modificativo nº 11, de 21 de dezembro de 2006, foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo - ARTESP o reequilíbrio da adequação econômico-financeira do Contrato de Concessão da Centrovias. Esse reequilíbrio foi concedido por meio da prorrogação do prazo de concessão por mais 12 meses sem alteração do valor do ônus fixo. Dessa maneira, o período de exploração da concessão passa a ser até 9 de junho de 2019. Por meio do Termo Aditivo e Modificativo nº 14, de 21 de dezembro de 2006, foi autorizado pela ARTESP o reequilíbrio da adequação econômico-financeira do Contrato de Concessão da Intervias. Esse reequilíbrio foi concedido por meio da prorrogação do prazo de concessão por mais 95 meses sem alteração do valor do ônus fixo. Dessa maneira, o período de exploração da concessão passou a ser até 17 de janeiro de 2028. No caso das concessionárias federais Planalto Sul, Fluminense, Fernão Dias, Régis Bittencourt e Litoral Sul, seus Estatutos Sociais preveem a abertura do capital até dois anos após a data de início dos Contratos de Concessão, conforme determinado nos referidos contratos. Extintas as concessões federais, retornam ao Poder Concedente todos os bens vinculados às concessões e os direitos e privilégios decorrentes destas, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou encargos, inclusive social-trabalhistas, e cessam, para essas concessionárias, todos os direitos emergentes do contrato. A reversão dos bens far-se-á com o pagamento, pelo Poder Concedente, das parcelas dos investimentos vinculados aos bens adquiridos pela concessionárias federais, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com a prévia aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT, com o objetivo de garantir a continuidade e a atualidade das concessões. A Planalto Sul entrou em operação de forma parcial em 19 de dezembro de 2008, iniciando a cobrança de pedágio na BR-116/km 233 - SC. A Fluminense estima que estará em plena operação em abril de 2009 (informação não auditada). A Fernão Dias entrou em operação de forma parcial em 18 de dezembro de 2008, iniciando a cobrança de pedágio na BR-381/km 659 e 546 - MG. A Fernão Dias estima que estará em plena operação em junho de 2009 (informação não auditada). 9 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Em 24 de dezembro de 2008, a Régis Bittencourt obteve da ANTT permissão para início da cobrança de pedágio nas praças de pedágio concluídas. Em 29 de dezembro de 2008, iniciou parcialmente sua operação com a cobrança de pedágio na BR-116/km 298 e 485 - SP. A Régis Bittencourt estima que estará em plena operação em maio de 2009 (informação não auditada). A Litoral Sul estima que estará em plena operação em abril de 2009 (informação não auditada). Latina Manutenção A Latina Manutenção, constituída no ano 2005, tem por objetivo a conservação, a exploração de atividades de construção, administração e manutenção de obras relacionadas às rodovias administradas pelo Grupo OHL Brasil. Paulista A Paulista, constituída no ano 2005, tem por objetivo a conservação e a exploração de atividades de fiscalização e administração de obras relacionadas às rodovias administradas pelo Grupo OHL Brasil. Latina Sinalização A Latina Sinalização foi constituída em 27 de novembro de 2008 e tem como objetivo social a prestação de serviços de implantação e de sinalização viária e serviços correlatos. Até 31 de dezembro de 2008, a Latina Sinalização não teve nenhuma operação e, portanto, suas demonstrações financeiras não tiveram nenhum impacto nas demonstrações financeiras da controladora e consolidadas. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Sociedade e de suas controladas foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Em razão das alterações na Lei nº 6.404/76, no que se refere ao Capítulo XV - Exercício Social e Demonstrações Financeiras, introduzidas pela Lei nº 11.638/07 e pela Medida Provisória nº 449/08, as práticas contábeis adotadas no Brasil passaram por diversas modificações durante o ano 2008, documentadas sob a forma de pronunciamentos editados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, os quais foram acatados pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM e pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC. Os principais efeitos contemplados nas demonstrações financeiras da Sociedade e de suas controladas em 31 de dezembro de 2008 decorrentes dessas modificações são os seguintes: • Obrigatoriedade de a Sociedade e suas controladas analisarem, periodicamente, a capacidade de recuperação dos seus ativos, com o objetivo de assegurar que a perda por não-recuperação seja registrada como resultado de decisões para descontinuar atividades ou quando há evidência de que os resultados das operações não serão suficientes para assegurar a realização de referidos saldos - CPC 01. As análises realizadas pela Sociedade e por suas controladas durante 2008 não indicaram a necessidade de registro de provisão em adição às já registradas. 10 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas • Introdução do conceito de ajuste a valor presente para as operações ativas e passivas de longo prazo e para as relevantes de curto prazo - CPC 12. • Capitalização de operações de arrendamento mercantil (“leasing” financeiro) - CPC 06. • Adoção do conceito de ativos intangíveis - CPC 04. Saldos, no montante de R$261.819, foram reclassificados do ativo imobilizado para o ativo intangível. • Eliminação do resultado não operacional e classificação dos itens anteriormente classificados nesse grupo contábil como itens operacionais - Medida Provisória nº 449/08. • Divulgação da demonstração dos fluxos de caixa em substituição à demonstração das origens e aplicações de recursos - CPC 03. • Divulgação da demonstração do valor adicionado - CPC 09. • Os saldos constantes do ativo diferido foram mantidos e serão amortizados em exercícios futuros com base na taxa de amortização de 10% ao ano, conforme facultado pela Medida Provisória nº 449/08. As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2007, apresentadas para fins de comparação, foram ajustadas para refletir as práticas contábeis adotadas no encerramento do exercício findo em 31 de dezembro de 2008, conforme determina a NPC 12 - Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros, do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, de acordo com o CPC 13 Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08. Adicionalmente, foram preparadas as demonstrações dos fluxos de caixa e do valor adicionado para o exercício findo em 31 de dezembro de 2007. Os efeitos nas demonstrações financeiras individuais (controladora) e consolidadas em 31 de dezembro de 2007 decorrentes das modificações descritas estão demonstrados a seguir: 2007 Crédito (débito) Referente a exercícios anteriores - saldos de abertura: Ajuste a valor presente dos “credores pela concessão” Efeitos tributários sobre o ajuste a valor presente Ajuste de contabilização de “leasing” Efeitos tributários sobre contabilização de “leasing” Total 30.506 (10.245) (2.038) 693 18.916 Receita (despesa) Referente ao resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2007: Ajuste a valor presente dos “credores pela concessão” Efeitos tributários sobre ajuste a valor presente Ajuste de contabilização de “leasing” Efeitos tributários sobre contabilização de “leasing” Total (734) 250 (203) 69 (618) 11 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Princípios de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas compreendem os saldos da Sociedade e de suas controladas, nas quais possui participação direta ou indireta de 100% do capital votante, demonstrada a seguir. Na consolidação foram eliminados os investimentos nas controladas, os saldos a receber e a pagar, as receitas, as despesas e os lucros não realizados entre as empresas: Participação - % 2008 2007 Direta Indireta Direta Indireta Autovias Centrovias Intervias Vianorte SPR Latina Manutenção Paulista Latina Sinalização Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 - 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 - b) Aplicações financeiras Demonstradas pelo valor de aplicação, acrescido dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços, e não excedem o seu valor de mercado. c) Contas a receber Apresentadas pelo valor de realização nas datas dos balanços. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída, se necessária, com base em estimativas de perda. Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, a Sociedade e suas controladas não identificaram a necessidade de registro de provisão para devedores duvidosos. d) Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos O imposto de renda e a contribuição social correntes são apurados dentro dos critérios estabelecidos pela legislação fiscal vigente. O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são registrados com base no saldo de prejuízo fiscal, base de cálculo negativa da contribuição social e diferenças temporárias entre os livros fiscais e os contábeis, considerando as alíquotas de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social. 12 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas O imposto de renda e a contribuição social diferidos passivos são registrados com base no ajuste a valor presente do saldo de credores pela concessão, contabilizados pela Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte. e) Imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição ou de construção, incluindo encargos financeiros elegíveis à capitalização e itens objeto de contratos que se classificam como “leasing” financeiro, deduzido das depreciações estabelecidas segundo as taxas consideradas compatíveis com a vida útil-econômica dos bens, limitada, quando aplicável, ao prazo da concessão. As desapropriações e indenizações executadas de acordo com os termos das concessões são registradas ao custo pago a terceiros e são amortizadas durante o prazo da concessão. Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, a Sociedade e suas controladas não identificaram a necessidade de provisão para redução ao valor recuperável do imobilizado. f) Intangível No consolidado, corresponde aos ágios que foram cindidos da OHL Brasil Participações em Infraestrutura Ltda. (“OHL Participações”) e incorporados nas concessionárias, conforme nota explicativa nº 12. Adicionalmente, o intangível compreende o direito de outorga da concessão que está demonstrado a valor presente, apurado à razão de 5% ao ano, conforme nota explicativa nº 18. g) Diferido No consolidado, corresponde aos gastos pré-operacionais incorridos pelas controladas que administram as concessões de rodovias federais até 31 de dezembro de 2008 ou data de início de suas operações, se esta for anterior. As despesas pré-operacionais serão amortizadas em dez anos a partir do início das operações das controladas. A partir de 2009, o registro das despesas pré-operacionais será feito diretamente ao resultado, nas despesas operacionais, em virtude do determinado pela Medida Provisória nº 449/08. h) Empréstimos e financiamentos Contabilizados ao valor original, acrescido da atualização monetária e dos juros incorridos até as datas dos balanços. i) Credores pela concessão Correspondem às parcelas fixas a pagar ao Poder Concedente, atualizadas segundo os Contratos de Concessão e ajustadas a valor presente à razão de 5% ao ano, conforme nota explicativa nº 18. j) Provisão para contingências Registrada com base na opinião da Administração da Sociedade e de suas controladas e dos seus advogados no montante das perdas prováveis em relação aos processos em aberto nas datas dos balanços. 13 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas k) Receitas de serviços Reconhecidas no período de competência, quando da utilização das rodovias pelos usuários. l) Lucro por ação Calculado com base na quantidade de ações existentes na Sociedade nas datas de encerramento dos exercícios. m) Uso de estimativas A elaboração das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a consideração de premissas por parte da Administração que afetam os valores dos ativos e passivos apresentados nas datas de encerramento das demonstrações financeiras, bem como os valores das receitas e das despesas durante o exercício reportado. Para elaborar essas demonstrações financeiras, a Administração da Sociedade e de suas controladas preparou várias estimativas e premissas, inclusive a seleção da vida útil do imobilizado, a provisão para contingências passivas, a adequação das provisões para imposto de renda, outras despesas provisionadas e o valor justo de saldos que se classificam como instrumentos financeiros. Os valores reais podem diferir dessas estimativas. 4. CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA 2008 2007 Controladora Consolidado Controladora Consolidado Caixa e contas bancárias Equivalente de caixa Total 765 4.567 5.332 42.827 73.457 116.284 274 19.530 19.804 13.839 50.600 64.439 Os saldos de equivalente de caixa são representados por aplicações financeiras de liquidez imediata e são remunerados por índices que variam de 100% a 104% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. 5. CONTAS A RECEBER Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, estão representadas por: 2008 2007 Controladora Consolidado Controladora Consolidado Receitas acessórias a receber Pedágio eletrônico a receber Cupons de pedágio a receber Arrecadação de cartão de crédito Outras Total 102 102 403 35.100 1.768 281 897 38.449 180 180 364 27.881 1.660 287 174 30.366 14 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 6. DESPESAS ANTECIPADAS Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, estão representadas por: 2008 2007 Controladora Consolidado Controladora Consolidado Despesas antecipadas - circulante Despesas antecipadas - não circulante (a) (b) 34 - 4.771 - 61 - 3.714 195 (a) No consolidado, referem-se a prêmios pagos por contratos de seguros da Autovias, Centrovias, Intervias, Vianorte, Latina Manutenção, Paulista, Planalto Sul, Fluminense, Fernão Dias, Régis Bittencourt e Litoral Sul. (b) Referem-se a custos com financiamentos da Autovias. 7. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, estão representados por: Consolidado 2008 2007 Ativo circulante: Ágio amortizado advindo de sociedade cindida Diferenças temporárias Total (a) (c) 4.012 1.210 5.222 4.012 1.964 5.976 Ativo não circulante: Ágio amortizado advindo de sociedade cindida Diferenças temporárias Total (a) (c) 5.242 2.759 8.001 10.031 2.596 12.627 Passivo circulanteAjuste a valor presente da conta “Credores pela concessão” (b) 4.576 886 Passivo não circulanteAjuste a valor presente da conta “Credores pela concessão” (b) 9.022 9.303 (a) Calculado com base na alíquota de 34% (imposto de renda e contribuição social) sobre o valor do ágio previamente amortizado em sociedade cindida e posteriormente incorporada, em consonância com a legislação fiscal vigente. O reconhecimento desse ativo está baseado na expectativa de sua realização com lucros tributáveis a serem gerados pelas controladas que incorporaram o acervo cindido nos próximos exercícios. (b) Calculado com base na alíquota de 34% (imposto de renda e contribuição social) sobre o ajuste a valor presente do direito de outorga, conforme nota explicativa nº 18. (c) Compreendem efeitos sobre ativos e passivos que representam diferenças temporárias entre a apuração dos resultados contábil e fiscal. 15 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 8. IMPOSTOS A RECUPERAR Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, estão representados por: 2008 Controladora Consolidado 9. 2007 Controladora Consolidado Imposto de renda e contribuição social IRRF sobre aplicações financeiras IRRF sobre juros sobre o capital próprio IRRF sobre mútuo PIS e COFINS a recuperar IRRF sobre serviços de terceiros Impostos federais a recuperar Total 1.469 1.780 2.914 5.825 354 8.687 360 3.296 1.662 6 6 6.439 3.296 1.662 1.885 2.039 16 13.592 1.237 242 7.658 1.237 242 173 185 6 10.890 Circulante Não circulante 6.439 - 11.875 1.717 1.117 6.541 2.600 8.290 APLICAÇÕES FINANCEIRAS RESTRITAS Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, estão representadas por: Não circulante Consolidado 2008 2007 Aplicações financeiras (*) 5.036 16.807 (*) Representadas por depósitos em conta restrita a título de garantia de pagamento do financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES (“Project Finance”) da Vianorte em 2008 e Intervias em 2007. A partir de janeiro de 2001, as referidas controladas, por determinação das condições contratuais, sempre que necessário, vêm caucionando valores, até o limite de 5% de sua receita bruta mensal, limitado ao triplo do valor do último pagamento de principal acrescido dos juros. 16 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 10. INVESTIMENTOS Os saldos dos investimentos em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 estavam assim representados: 2008 2007 Controladora Consolidado Controladora Consolidado Serviço e Tecnologia de Pagamentos S.A. Latina Manutenção Paulista Autovias Centrovias Intervias Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul SPR Ajuste aos saldos dos investimentos pela eliminação de resultados não realizados entre controladas Outros investimentos Total 1.034 2.687 (5.206) 141.529 84.252 144.830 24.956 31.001 55.709 44.077 34.001 228.694 1.034 - 1.034 1.525 (4.527) 140.803 202.926 151.818 1 1 1 1 1 224.492 1.034 - (36.153) 19 751.430 19 1.053 (39.862) 19 678.233 19 1.053 O ajuste aos saldos dos investimentos pela eliminação de resultados não realizados representa lucros registrados pelas controladas já extintas OHL Participações e Latina Infraestrutura S.A. (“Latina”) com o Consórcio Construtor Paulista (“CCP”), que também era controlado de forma indireta pela Sociedade, em virtude de obras realizadas para empresas controladas da Sociedade em anos anteriores. Esse montante é realizado de forma linear mensalmente pelo prazo da concessão da Autovias, que detém os respectivos ativos imobilizados. a) As participações permanentes em 31 de dezembro de 2008 são representadas por: Lucro líquido Participação Patrimônio (prejuízo) no capital Equivalência líquido do exercício social - % patrimonial OHL Participações Autovias Latina Manutenção Paulista Centrovias Intervias Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul SPR Total (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) (vii) (vii) (viii) (viii) (viii) 141.529 26.043 20.620 84.252 144.830 24.956 31.001 55.709 44.077 34.001 228.694 42.140 25.383 17.139 39.750 48.473 (45) (292) 99 4.202 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 2.424 43.425 2.687 966 39.750 48.473 (45) (292) 99 4.202 141.689 17 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas (i) O resultado de equivalência patrimonial na OHL Participações corresponde à parcela de realização dos lucros não realizados em transações com o CCP, de R$2.424 no exercício. Em 3 de abril de 2007, a OHL Participações foi incorporada pela Sociedade. (ii) O resultado de equivalência patrimonial na Autovias inclui a parcela de realização dos lucros não realizados em transações com o CCP de R$1.285 no exercício. A Autovias distribuiu e pagou no exercício R$7.019 de juros sobre o capital próprio. A Autovias também declarou R$34.395 de dividendos, tendo sido pagos R$31.783. (iii) O resultado de equivalência patrimonial na Latina Manutenção inclui reversão de lucros não realizados em obras executadas, líquidos de realização, com as concessionárias, principalmente as que operam as rodovias federais, de R$22.696 no exercício de 2008. No exercício de 2008, a Latina Manutenção distribuiu e pagou dividendos de R$1.525. (iv) O resultado de equivalência patrimonial na Paulista inclui reversão de lucros não realizados em obras executadas, líquidos de realização, com as concessionárias, principalmente as que operam as rodovias federais, de R$16.173 no exercício de 2008. No exercício de 2008, a Paulista distribuiu e pagou dividendos de R$1.645. (v) No exercício de 2008, a Centrovias distribuiu e pagou R$8.064 de juros sobre o capital próprio e declarou R$150.360 de dividendos, tendo sido pagos R$148.017. (vi) No exercício de 2008, a Intervias distribuiu e pagou R$6.610 de juros sobre o capital próprio e declarou R$48.851 de dividendos, tendo sido pagos R$45.249. (vii) No exercício de 2008, a Sociedade integralizou capital de R$25.000 na Planalto Sul e R$31.000 na Fluminense. (viii) No exercício de 2008, a Sociedade integralizou capital de R$56.000, R$44.000 e R$34.000 nas concessionárias Fernão Dias, Régis Bittencourt e Litoral Sul, respectivamente. A Régis Bittencourt também distribuiu dividendos de R$23 no exercício de 2008. b) O valor futuro dos créditos tributários por lucros não realizados entre sociedades investidas é de aproximadamente R$43.960 em 31 de dezembro de 2008 (R$25.846 em 31 de dezembro de 2007) e está contabilizado dentro do ajuste de redução do imobilizado pela eliminação dos resultados não realizados (vide nota explicativa nº 11). 18 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 11. IMOBILIZADO Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, os saldos estão representados por: Taxa anual média ponderada de depreciação - % Edifícios Benfeitorias em bens de terceiros Móveis, utensílios e instalações Outras imobilizações Total 4 33,33 10 14,60 Taxa anual média ponderada de depreciação - % Edifícios Imobilizado em rodovia - obras e serviços Pavimentos e recapeamentos Equipamento mobiliário Móveis, utensílios e instalações Desapropriações Indenizações Conjunto de defensas Benfeitorias em bens de terceiros Outras imobilizações Imobilizado em andamento (*) Ajuste pela eliminação de resultados não realizados, líquidos dos efeitos tributários (nota explicativa nº 10) Total 4 Controladora 2008 Depreciação Custo acumulada 2.776 928 761 998 5.463 (506) (629) (262) (295) (1.692) Consolidado 2008 Depreciação Custo acumulada 2.776 (506) Valor líquido 2007 Valor líquido 2.270 299 499 703 3.771 2.335 251 309 292 3.187 Valor líquido 2007 Valor líquido 2.270 2.335 888.395 233.016 16.147 20.612 22.824 928 15.718 192 4.845 39.750 8,77 14,31 13,55 15,53 6,41 6,72 15,31 30,60 19,58 - 1.495.629 688.031 34.390 55.586 30.347 1.243 44.046 1.051 41.873 410.299 (443.573) 1.052.056 (363.035) 324.996 (15.541) 18.849 (34.465) 21.121 (7.697) 22.650 (398) 845 (28.135) 15.911 (629) 422 (8.434) 33.439 410.299 - (85.336) 2.719.935 (85.336) (50.171) (902.413) 1.817.522 1.194.591 (*) Refere-se a obras em andamento nas rodovias, tais como pavimentação, acostamentos, canteiro central, obras de arte especiais, terraplanagem, implantação do sistema de arrecadação, sinalização e outros. A distribuição das obras em andamento por controlada é como segue: Consolidado 2008 2007 Autovias Centrovias Intervias Vianorte Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul Total 9.167 6.012 8.033 4.175 55.526 87.320 94.716 48.779 96.571 410.299 6.746 19.845 9.809 3.350 39.750 19 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas As adições no ativo imobilizado ocorridas após a contratação da concessão, não sujeitas à indenização por parte do Poder Concedente quando do término da concessão e cujas vidas úteis estimadas sejam superiores ao período da concessão, são depreciadas com base no período restante do Contrato de Concessão. As controladas terão direito à indenização correspondente ao saldo não amortizado ou depreciado dos bens ou investimentos em determinadas condições, desde que autorizado pelo Poder Concedente, realizada para garantir a continuidade e a atualidade dos serviços abrangidos. No caso das rodovias estaduais, essa indenização limita-se a adições ocorridas durante os últimos cinco anos da concessão. 12. INTANGÍVEL Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, os saldos líquidos estão representados por: Controladora 2008 Taxa anual média ponderada de Amortização Valor amortização - % Custo acumulada líquido Direito de uso de software 20 323 (92) 231 Consolidado 2008 Taxa anual média ponderada de Amortização Valor amortização - % Custo acumulada líquido Ágio incorporado pelas sociedades: SPR (a) Autovias (b) Centrovias (b) Intervias (c) Direito de outorga da concessão: Autovias Centrovias Intervias Vianorte Direito de uso de software Total (d) (d) (d) (d) 10 20 20 20 94.182 192 9.474 60.029 5 4,6 4,85 8,96 20 28.254 40.280 28.434 254.971 6.987 522.803 (19.622) (96) (4.737) (25.005) 74.560 96 4.737 35.024 2007 Valor líquido 59 2007 Valor líquido 83.979 134 6.632 35.007 (14.598) 13.656 15.068 (20.990) 19.290 21.142 (11.491) 16.943 17.831 (45.666) 209.305 232.139 (4.362) 2.625 2.136 (146.567) 376.236 414.068 (a) Ágio na aquisição da Vianorte pela SPR. O ágio registrado na SPR é amortizado em 120 meses, considerando a expectativa de lucratividade futura da Vianorte. (b) Refere-se ao ágio proveniente da incorporação da parcela cindida, em junho de 2006, da OHL Participações, que detinha participação no capital social da Autovias. Esse ágio foi gerado com base na expectativa de rentabilidade futura do investimento e vem sendo amortizado em cinco anos, a partir de julho de 2006. 20 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas (c) Refere-se ao ágio proveniente da incorporação da parcela cindida, em junho de 2006, da OHL Participações. Esse ágio foi gerado com base na expectativa de rentabilidade futura do investimento e vem sendo amortizado em cinco anos, a partir de julho de 2006. Em 4 de fevereiro de 2009, foi assinado, entre a Intervias e seus ex-acionistas, o Instrumento Particular de Pagamento de Superveniência Ativa, no valor de R$10.019. Por esse instrumento, a Intervias reconhece superveniência ativa referente à diferença no valor das tarifas praticadas no período de 1º de julho a 31 de dezembro de 2003 em virtude da aplicação parcial do reajuste tarifário previsto no Contrato de Concessão. Esse valor foi adicionado ao ágio correspondente à Intervias em 31 de dezembro de 2008 e será amortizado pelo mesmo período do ágio gerado originalmente. (d) Refere-se ao valor assumido para exploração do sistema rodoviário. Esse valor foi ajustado ao valor presente e está sendo amortizado pelo prazo da concessão. Vide nota explicativa nº 18. O CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 determinou que, a partir de 2009, ágios não serão mais amortizados, mas sim testados anualmente quanto à sua recuperação. Entretanto, pelo fato de os ágios detidos pela Sociedade e por suas controladas referirem-se a concessões com prazo de duração finito, estes continuarão sendo amortizados em 2009, sendo alterado o período de amortização para o prazo remanescente das concessões. 13. DIFERIDO Consolidado 2008 Gastos pré-operacionais: Pessoal Custos contratuais da concessão Conservação de rodovias Materiais e serviços de terceiros Depreciação/Amortização Tributários Financeiros Outros Total 24.527 32.078 56.007 34.150 7.825 8.472 (5.117) 565 158.507 Refere-se a gastos pré-operacionais das concessionárias federais com implantação das concessões, representadas por estudos de viabilidade, reformas e obras nas faixas de domínio necessárias para equalização de necessidade de reparos emergenciais nas rodovias e serviços prestados de acordo com o estabelecido nos Contratos de Concessão, incorridos até a data de início da cobrança dos pedágios. Os gastos pré-operacionais serão amortizados em dez anos conforme a expectativa de retorno desses gastos pela Administração da Sociedade e de suas controladas, de acordo com a Medida Provisória no 449/08. 21 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 14. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, estão representados por: Empresas/Instituições credoras Autovias: BNDES - “project finance” BNDES Unibanco (BNDES) Caixa Econômica Federal Banco Itaú BBA Banco Fibra Banco Votorantim (BNDES) Banco Itaú BBA (BNDES) Banco Votorantim - FINAME (BNDES) Unibanco Banco Itaú BBA Banco Bradesco Banco Citibank Banco Votorantim Banco Santander - CCB Banco Bradesco - CCB Banco do Brasil - CCB Banco Dibens - “leasing” Banco Dibens - “leasing” Banco Dibens - “leasing” Centrovias: BNDES - automático Itaú BNDES - automático Unibanco BNDES - “project finance” Banco Bradesco - CCB Banco Santander - CCB Banco do Brasil - CCB Encargos antecipados Intervias: BNDES Unibanco Banco Itaú BBA Banco Bradesco Banco Citibank Banco Votorantim Banco Itaú - “sale leaseback” Banco Bradesco - CCB Banco Santander - CCB Banco do Brasil - CCB Outros Encargos antecipados Encargos 2008 2007 Consolidado Consolidado Não Não Vencimento final Circulante circulante Circulante circulante (a) (b) (c) (a) (c) (d) (d) (c) TJLP + 5% a.a. TJLP + 5% a.a. TJLP + 3,95% a.a. TJLP + 6% a.a. CDI + 2,3% a.a. 101,8% do CDI TJLP + 3,3% a.a. TJLP + 3,45% a.a. Novembro de 2010 Abril de 2011 Maio de 2012 Novembro de 2010 Junho de 2009 Junho de 2009 Setembro de 2012 Junho de 2012 1.293 1.773 2.609 25.217 676 330 1.705 4.224 1.832 815 10.697 1.293 1.100 10.708 1.613 22.420 175 59 20.262 2.976 5.958 20.261 2.600 2.492 1.247 (d) (c) (c) (c) (c) (c) (h) (h) (h) TJLP + 3,3% a.a. CDI + 0,083% a.m. CDI + 0,083% a.m. CDI + 0,083% a.m. CDI + 0,083% a.m. CDI + 0,083% a.m. CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. 100% CDI 100% CDI 100% CDI Fevereiro de 2013 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2009 Novembro de 2009 Fevereiro de 2011 40 572 573 741 573 296 2.117 2.117 2.578 9 89 63 144 15.500 15.500 15.500 15.500 8.000 57.478 57.478 69.973 74 462 462 462 462 239 96 97 - 15.500 15.500 15.500 15.500 8.000 8 88 - TJLP + 3,95% a.a. TJLP + 3,30% a.a. TJLP + 5% a.a. CDI +1,037% a.a. CDI +1,037% a.a. CDI +1,037% a.a. Junho de 2012 Outubro de 2012 Agosto de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 1.664 835 5.538 5.538 4.305 (4.093) 4.234 2.366 90.000 90.000 70.000 (136) 662 40 21.843 - 4.181 1.320 36.014 - TJLP + UMBNDES + 5% a.a. CDI + 1% a.a. CDI + 1% a.a. CDI + 1% a.a. CDI + 1% a.a. CDI + 1% a.a. CDI Over CETIP CDI +1,037% a.a. CDI +1,037% a.a. CDI +1,037% a.a. CDI + 2% a.a. Julho de 2011 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Novembro de 2010 Junho de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 Janeiro de 2010 Maio de 2011 891 891 891 891 436 3.065 3.768 3.768 3.888 55 (4.223) 24.500 24.500 24.500 24.500 12.000 1.533 77.500 77.500 80.000 (93) 16.852 731 731 731 731 356 2.732 83 - 40.366 24.500 24.500 24.500 24.500 12.000 4.098 - TJLP + 4,5% a 7,5% a.a. TJLP + 4,9% a.a. TJLP + 6,3% a.a. TJLP + 0,35% a.m. TJLP + 2,18% a.a. CDI + 0,37% a.m. TJLP + 3,48% a.a. CDI + 1,5% a.a. TJLP + 3,3% a.a. 1,52% a 1,87% a.m. 1,53% a 1,66% a.m. 1,66% a.m. CDI + 1,82% a.a. Agosto de 2013 Março de 2008 Julho de 2010 Fevereiro de 2007 Abril de 2010 Outubro de 2008 Abril de 2012 Fevereiro de 2009 Fevereiro de 2013 Abril de 2009 Junho de 2008 Janeiro de 2008 Fevereiro de 2010 24.791 483 526 393 3.367 65 123 161 53.063 282 167 917 248 121 17.222 229 485 3.369 364 425 233 492 128 28 155 73.484 759 622 1.042 123 280 (a) (h) (h) (h) (e) (f) (f) (f) (f) (f) (g) (h) (h) (h) Vianorte: BNDES (i) Banco Safra - FINAME (i) Banco ABC - FINAME (i) Banco ABC - conta garantida (i) Unibanco - “Prosoft” (i) Banco Fibra - “compror” (i) Unibanco - FINAME Banco Bradesco - capital de giro Banco Votorantim - FINAME Banespa - “leasing” (i) Banco Itaú - “leasing” (i) Banco Bradesco - “leasing” (i) Banco Dibens - “leasing” (i) 22 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Empresas/Instituições credoras Encargos 2008 2007 Consolidado Consolidado Não Não Vencimento final Circulante circulante Circulante circulante Latina: Banco Itaú BBA - FINAME Unibanco - FINAME Banco Itaú - “leasing” Banco Dibens - “leasing” (j) (j) (k) (k) 11,5% a.a. 7,75% a.a. CDI CDI Janeiro de 2012 Maio de 2013 Abril de 2011 Junho de 2011 150 245 104 448 215 1.351 139 672 138 99 - 345 129 - Planalto SulBanco Votorantim - FINAME (l) TJLP + 2,60% a.a. Agosto de 2013 81 392 - - Fluminense: Banco Votorantim - BNDES Banco Votorantim - BNDES (l) (l) TJLP + 2,60% a.a. TJLP + 2,60% a.a. Agosto de 2013 Setembro de 2013 19 163 81 2.018 - - Fernão Dias: Banco Itaú - FINAME Banco Votorantim - FINAME (l) (l) TJLP + 2,60% a.a. TJLP + 2,60% a.a. Agosto de 2013 Agosto de 2013 180 323 1.820 3.885 - - Régis BittencourtBanco Votorantim - FINAME (l) TJLP + 2,60% a.a. Setembro de 2013 234 3.018 - - Litoral SulBanco Votorantim - FINAME (l) TJLP + 2,60% a.a. Agosto de 2013 16 54 - - 101.646 935.070 119.204 398.655 Total Autovias, Centrovias e Intervias (a) A Autovias e seus acionistas assumiram certos compromissos de caráter financeiro e econômico. A Autovias manteve referidos compromissos dentro dos limites estabelecidos contratualmente durante a vigência desses contratos, os quais foram liquidados durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2008. (b) Refere-se a financiamento de longo prazo, com vencimento em abril de 2011, para implementação de um sistema integrado de monitoração e controle da operação do sistema rodoviário. Em 31 de dezembro de 2008, as garantias estão representadas por notas promissórias, no valor total de R$7.897. (c) Financiamentos de capital de giro com vencimentos entre 2009 e 2013. Em 31 de dezembro de 2008, as garantias estão representadas por notas promissórias, no valor total de R$32.106, e aval da Sociedade. (d) As garantias estão representadas por aval da Sociedade. (e) Contrato de abertura de crédito firmado com o BNDES em 11 de maio de 2001 para financiamento de obras e serviços de recuperação, melhoramento, manutenção, conservação, ampliação, operação e exploração das rodovias operadas pela Intervias, além de recursos para financiamento de equipamentos cadastrados no programa de Financiamento de Máquinas e Equipamentos FINAME. Essa operação foi liquidada em julho de 2008. (f) Cédula de Crédito Bancário - CCB obtida pela Intervias com bancos privados em 27 de setembro de 2007 para pagamento de juros sobre o capital próprio e dividendos à sua controladora. Essas operações estão garantidas por aval da Sociedade. (g) Refere-se a financiamento na modalidade “leasing” financeiro do sistema de monitoramento de estradas. (h) Referem-se à obtenção das CCBs com o Banco Santander Brasil S.A., Banco Bradesco S.A. e Banco do Brasil S.A. durante o exercício de 2008. A Sociedade, na figura de avalista, e suas controladas Autovias, Centrovias e Intervias assumiram, entre outros, os seguintes compromissos de caráter financeiro e econômico constantes no Contrato de Cessão Fiduciária de Direitos e no Contrato de Penhor de Ações: Compromissos das controladas e da Sociedade: • Realizar cessão fiduciária das parcelas que couberem às empresas dos direitos emergentes do Contrato de Concessão e dos direitos de crédito decorrentes da cobrança de pedágio. • Proceder à interveniência/anuência da ARTESP no caso de alterações contratuais. • Defender-se, como também defender os direitos dos credores, de forma tempestiva e eficaz, de qualquer ato, ação, procedimento ou processo que possa, de qualquer forma, afetar o Contrato de Cessão Fiduciária de Direitos, o Contrato de Concessão Rodoviária e o Contrato de Penhor de Ações. • Manter em dia o cumprimento de suas obrigações previstas no Contrato de Concessão Rodoviária, e não praticar, sem expressa anuência dos credores, nenhum ato que resulte na renúncia de direitos da prestadora da garantia ou na exoneração da ARTESP de qualquer das suas obrigações. 23 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas • Não ceder, transferir, alienar, gravar nem vincular, a nenhum título, nem de nenhuma forma atribuir a terceiros, nenhuma prerrogativa sobre os direitos cedidos fiduciariamente, nem sobre quaisquer créditos, presentes ou futuros, que individualmente compõem o direito fiduciário. • Notificar os credores de qualquer modificação na concessão que possa ser considerada substancial para as CCBs e o Contrato de Cessão Fiduciária de Direitos, bem como comunicá-los sobre qualquer acontecimento que possa depreciar ou ameaçar a garantia prestada nesse instrumento. • Manter os ativos fixos com cobertura de seguros nos termos da regulamentação da ARTESP. • Estabelecer limitação sobre fusões e aquisições e reorganizações societárias, salvo se o resultado dessas operações não afetar a capacidade de pagamento das obrigações oriundas do financiamento. • Limitar a venda de ativos de valor superior a R$5.000. • Manter controle direto ou indireto das empresas pela Sociedade. • Manter a razão entre a dívida líquida e o “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization” - EBITDA inferior ou igual a três vezes durante o cumprimento do contrato de financiamento. • Manter o Índice de Cobertura do Serviço da Dívida igual ou superior a 1,3. • Não distribuir dividendos nem juros sobre o capital próprio aos acionistas superiores a 25% dos lucros líquidos gerados a partir de setembro de 2008. Compromissos específicos da Sociedade: • Manter penhor da totalidade das ações emitidas pela Autovias, Centrovias e Intervias e as ações que, porventura, forem atribuídas durante a vigência do contrato. • Complementar o saldo devedor caso o penhor de ações não seja suficiente para liquidar as obrigações garantidas. Vianorte (i) Os financiamentos estão garantidos por penhor dos bens adquiridos, reserva de meios de pagamento (parcela do produto de cobrança de tarifas de pedágio), aplicações financeiras vinculadas apresentadas no realizável a longo prazo, fiança e avais da Sociedade. Adicionalmente, além das garantias prestadas, os seguintes compromissos deverão ser observados: Da Vianorte • Não obter novos empréstimos de curto prazo, inclusive renovações, cujo valor acumulado supere R$3.000, com data-base 10 de novembro de 2000, reajustados pelo Índice Geral de Preços de Mercado - IGP-M, sem autorização expressa do BNDES (valor equivalente a R$6.345 em 31 de dezembro de 2008). • Não alienar nem onerar bens operacionais a terceiros, com exceção de veículos de pequeno porte. • Não distribuir dividendos nem juros sobre o capital próprio durante o período de carência do financiamento até a completa realização do projeto financiado. • Manter um “índice de cobertura do serviço da dívida” de, no mínimo, 1,20, o qual é calculado pela divisão do lucro apurado antes das despesas financeiras, das despesas com imposto de renda e contribuição social e das despesas com amortização e depreciação, pelo somatório das amortizações de juros e parcelas de financiamentos no exercício. • Manter uma relação mínima entre o patrimônio líquido e o passivo total de 30%, desconsiderando-se os efeitos negativos decorrentes da contabilização da outorga devida ao Poder Concedente e considerando no passivo total as obrigações relativas aos arrendamentos mercantis. • Manter seguro destinado à garantia das parcelas do produto da cobrança do pedágio com cobertura mínima equivalente a 90 dias de arrecadação e franquia aceitável pelo BNDES. Da Sociedade • Manter, até a completa realização do projeto financiado, o capital social subscrito e integralizado da Vianorte, em valor correspondente a pelo menos 20% do total dos investimentos realizados no projeto financiado. • Suprir, até a completa realização do projeto financiado, mediante aumentos de capital, em dinheiro, as insuficiências de recursos necessários à execução do projeto. • Manter, durante a vigência do contrato, suas atuais participações no capital social da Vianorte, e não alienar, caucionar, gravar nem onerar as respectivas ações sem a prévia e expressa anuência do BNDES. • Votar, até a completa realização do projeto financiado, em Assembleia Geral de Acionistas, contrariamente à distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio pela Vianorte. • Manter caucionada em favor do BNDES, durante a vigência do contrato, a totalidade das ações ordinárias da Vianorte. 24 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Latina (j) Refere-se à aquisição de equipamentos para prestação de serviços. As garantias em 31 de dezembro de 2008 estão representadas por aval dos acionistas. Esse contrato está sujeito a certas cláusulas restritivas que implicam vencimento imediato, no caso de descumprimentos relacionados a localização e identificação dos bens imobilizados, não ceder nem transferir os direitos e as obrigações decorrentes desse financiamento e de outras ações que tenham impacto no desenvolvimento de seus negócios. (k) Refere-se à aquisição de veículos para prestação de serviços. As garantias em 31 de dezembro de 2008 estão representadas pelos próprios bens. Planalto Sul, Fluminense, Fernão Dias, Régis Bittencourt e Litoral Sul (l) Financiamento para aquisição e instalação de equipamentos nas praças de pedágio. Os financiamentos estão garantidos por notas promissórias e aval da Sociedade. Em 31 de dezembro de 2008, as parcelas relativas ao principal dos financiamentos no passivo não circulante apresentavam os seguintes vencimentos: Consolidado 2010 2011 2012 2013 Total 886.744 21.507 18.076 8.743 935.070 A Sociedade e suas controladas estão em negociação com os bancos credores das principais dívidas a vencer em 2010 visando à prorrogação dos prazos (informação não auditada). A Administração entende que a Sociedade e suas controladas cumpriram as cláusulas restritivas contidas nos contratos de financiamento nas datas das demonstrações financeiras. 15. OBRIGAÇÕES FISCAIS Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, estão representadas por: 2008 2007 Controladora Consolidado Controladora Consolidado Imposto de renda Contribuição social IRRF PIS COFINS Outros tributos federais Outros tributos municipais Total 785 25 2 812 23.910 9.544 3.218 596 2.877 6.588 8.186 54.919 111 73 71 329 33 617 7.204 2.892 1.450 466 2.147 535 3.202 17.896 16. CAUÇÕES CONTRATUAIS Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, estão representadas por: Controladora 2008 2007 Retenção de 5% referentes a prestadores de serviços (*) 13 Consolidado 2008 2007 - 24.944 5.671 (*) No consolidado, refere-se a 5% do valor das notas fiscais relativas à prestação de serviços por empreiteiras, que será pago após o término e a aprovação da obra pela Administração da Sociedade e de suas controladas. 25 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 17. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, estão substancialmente representadas pelas seguintes operações: 2008 2007 Controladora Consolidado Controladora Consolidado Contas a receber - circulante: OHL Concesiones S.L. Ambient Serviços Ambientais Ribeirão Preto S.A. Autovias - juros sobre o capital próprio Centrovias - juros sobre o capital próprio Autovias (a) Intervias (a) Centrovias (a) Vianorte (a) Planalto Sul (b) Fluminense (b) Fernão Dias (b) Régis Bittencourt (b) Litoral Sul (b) Latina Manutenção Total 86 86 86 86 1 52 34 43 29 820 1.114 1.474 1.785 1.440 1 6.879 1 87 1 1.850 7 11 7 1.962 1 87 Dividendos a receber: Autovias Centrovias Intervias Régis Bittencourt Total 2.612 2.343 3.602 23 8.580 - 6.433 8.676 15.109 - 61.071 61.284 112.149 121.379 68.158 424.041 - 22.135 22.135 - 68 341 569 13 13 1.004 68 341 569 978 101 258 465 824 101 258 465 824 15.025 47 15.025 47 Contas a receber - não circulante: Centrovias - mútuo Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul Total Provisões diversas - circulante: OHL Concesiones S.L. Hur S.A. Obrascon Huarte Lain S.A. (Espanha) Latina Manutenção Paulista Total Dividendos propostosParticipes em Brasil S.L. (c) (d) (d) (d) (d) (d) 26 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 2008 2007 Controladora Consolidado Controladora Consolidado Contas a pagar - não circulante: Autovias Centrovias Intervias Total (d) (d) (d) 117.579 46.448 201.801 365.828 - - - (a) Referem-se a despesas administrativas das concessionárias estaduais pagas pela Sociedade. (b) Referem-se a rateios de custos e despesas administrativas das concessionárias federais pagos pela Sociedade. (c) Contratos de mútuo com taxa de juros equivalentes a 100% da variação do CDI com vencimento a partir de junho de 2010. (d) Contratos de mútuo com taxa de juros equivalentes a 100% da variação do CDI mais 1,037% ao ano com vencimentos a partir de dezembro de 2009. Referidos saldos foram mantidos integralmente no ativo não circulante em virtude do estágio inicial das operações das controladas em questão. O fluxo futuro de recebimento desses mútuos será determinado em consonância com o perfil do endividamento consolidado da Sociedade e de suas controladas. Receitas (despesas) financeiras, líquidas Controladora 2008 2007 Autovias Centrovias Intervias Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul Obrascon Huarte Lain S.A. (Espanha) Hur S.A. Total (4.211) (313) (5.652) 663 853 1.350 1.552 692 (99) (87) (5.252) 2.088 768 290 72 60 3.278 A remuneração da Administração da Sociedade no exercício de 2008 foi de R$7.812 (R$5.090 em 2007), estando esse valor relacionado à remunerações fixa e variável no montante de R$5.978 (R$4.196 em 2007), a encargos sociais e a benefícios no valor de R$1.834 (R$894 em 2007). 18. CREDORES PELA CONCESSÃO Referem-se ao saldo do ônus das concessões obtidas pela Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte, o qual é composto pelos valores devidos ao Departamento de Estradas de Rodagem - São Paulo - DER/SP pela outorga da concessão ajustados a valor presente. 27 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas As concessões de rodovias federais não compreendem pagamentos de concessão, por referirem-se à modalidade de oferta de menor tarifa de pedágio. As concessões são liquidadas em 240 parcelas mensais e consecutivas, tendo sido paga a primeira em setembro de 1998 pela Autovias, junho de 1998 pela Centrovias, fevereiro de 2000 pela Intervias e março de 1998 pela Vianorte. O montante é reajustado pela mesma fórmula e nas mesmas datas em que o reajustamento for efetivamente aplicado às tarifas de pedágio, com vencimento no último dia útil de cada mês. Conforme estabelecido no Contrato de Concessão, as tarifas de pedágio são reajustadas em julho com base na variação do IGP-M ocorrida até 31 de maio. Dessa maneira, o montante da obrigação foi determinado conforme segue: Consolidado Valor presente Valor nominal (*) 2008 2007 2008 2007 Circulante Autovias Direito de outorga Parcela variável Centrovias Direito de outorga Parcela variável Intervias Vianorte Direito de outorga Parcela variável Direito de outorga Parcela variável Total (a) 5.510 516 4.979 458 5.658 516 5.114 458 (a) 8.244 506 7.447 422 8.466 506 7.652 422 (b) 5.195 657 4.636 570 5.269 657 4.762 570 30.226 34.347 415 460 49.153 55.879 31.044 415 50.437 (a) 33.445 460 54.533 (*) Valores inseridos somente como informação adicional. (a) Valor variável, correspondente a 3% da receita bruta efetivamente obtida mensalmente, com vencimento até o último dia útil do mês subsequente. (b) Valor variável, correspondente a 3% da receita de pedágio e 25% das receitas acessórias efetivamente obtidas mensalmente, com vencimento até o último dia útil do mês subsequente. Consolidado Valor presente Valor nominal (*) 2008 2007 2008 2007 Não circulante Autovias Centrovias Intervias Vianorte Total Direito de outorga Direito de outorga Direito de outorga Direito de outorga 38.906 38.637 50.197 50.988 56.858 56.631 72.944 74.316 40.821 39.961 54.376 54.432 225.075 224.912 287.114 293.491 361.660 360.141 464.631 473.227 (*) Valores inseridos somente como informação adicional. 28 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Os montantes de curto e longo prazos da conta “Credores pela concessão” são ajustados a valor presente com base nos prazos de vencimento de cada concessão, utilizando a taxa de desconto de 5% ao ano, que representava a taxa de juros média real para transações de longo prazo de títulos de baixo risco à época da transação. A quantidade de parcelas a serem pagas em 31 de dezembro de 2008 está assim representada: Parcelas Não Total Circulante circulante a pagar Autovias Centrovias Intervias Vianorte 12 12 12 12 104 101 121 98 116 113 133 110 Durante o exercício de 2008, o valor pago ao Poder Concedente pelas concessionárias está assim representado: Outorga Fixa Variável Autovias Centrovias Intervias Vianorte Total 5.239 7.839 4.878 31.803 49.759 5.966 5.490 7.477 5.348 24.281 Valor pago 11.205 13.329 12.355 37.151 74.040 19. GARANTIAS E SEGUROS (INFORMAÇÃO NÃO EXAMINADA PELOS AUDITORES INDEPENDENTES) As concessionárias, por força contratual, mantêm regularizadas e atualizadas as garantias que cobrem a execução das funções de ampliação e conservação especial e das funções operacionais, de conservação ordinária da malha rodoviária e do pagamento da parcela fixa do ônus da concessão, quando aplicável. Adicionalmente, as concessionárias mantêm coberturas de seguros necessárias e suficientes para garantir uma efetiva e completa cobertura de riscos inerentes ao desenvolvimento de todas as suas atividades, inclusive seguros do tipo “todos os riscos” para os danos materiais, cobrindo perda, destruição ou dano de todos os bens que integram a concessão, de acordo com os padrões internacionais para empreendimentos dessa natureza, nas seguintes modalidades: riscos de construção, projetista, maquinário e equipamentos de obra, danos patrimoniais, avaria de máquinas e perda de receitas. 29 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Em 31 de dezembro de 2008, as coberturas de seguros são resumidas como segue: Modalidade Riscos cobertos Autovias Todos os riscos Riscos de engenharia Riscos patrimoniais/perda de receita Responsabilidade civil Garantia Garantia de cumprimento das funções de ampliação Garantia de cumprimento das funções operacionais de conservação e de pagamento mensal (ônus variável) Garantia de pagamento mensal (ônus fixo) Limites de indenização Centrovias Intervias Vianorte 10.276 163.150 20.100 18.120 163.450 7.380 31.381 56.882 19.196 3.000 37.957 21.423 18.750 37.540 43.636 17.190 50.010 8.506 45.330 12.463 60.063 8.938 44.449 50.304 Modalidade Riscos cobertos Limites de indenização Planalto Fernão Régis Fluminense Dias Sul Bittencourt Todos os riscos Riscos de engenharia Riscos patrimoniais/perda de receita Responsabilidade civil 10.000 50.000 15.000 65.533 50.000 15.000 34.550 55.000 10.000 312.749 12.000 16.800 141.695 12.000 16.800 Garantia Garantia de execução do Contrato de Concessão 35.755 51.564 92.538 807.200 248.055 Litoral Sul 20. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS A Sociedade e suas controladas têm reclamações judiciais pendentes de resolução correspondentes, fundamentalmente, a ações cíveis derivadas de responsabilidade civil em relação aos usuários das rodovias, bem como a processos trabalhistas. A Administração constituiu, com base na opinião de seus advogados, uma provisão para cobrir as perdas que provavelmente possam ocorrer relativas às referidas ações judiciais e estima que a decisão final destas não afetará significativamente o fluxo de caixa, a posição financeira nem o resultado das operações da Sociedade e de suas controladas. A movimentação do saldo consolidado das provisões para contingências durante o exercício de 2008 é conforme segue: 2007 Cíveis Trabalhistas Fiscais Depósitos judiciais Total 3.308 2.207 657 6.172 (177) 5.995 Consolidado Adições Reversões Utilizações 574 724 4 1.302 (126) 1.176 (1.065) (1.738) (661) (3.464) 35 (3.429) (256) (94) (350) 103 (247) 2008 2.561 1.099 3.660 (165) 3.495 A Sociedade e suas controladas são parte em processos cíveis, trabalhistas e fiscais ainda em andamento, advindos do curso normal de suas operações, classificadas como de risco possível por seus advogados, para os quais não foram constituídas provisões para contingências. Tais processos representam R$15.488, R$5.050 e R$1.530, respectivamente, em 31 de dezembro de 2008. 30 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas Os depósitos judiciais classificados no ativo não circulante referem-se a discussões judiciais para as quais não há provisão registrada, em virtude de o respectivo risco ser classificado como possível ou remoto. 21. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 é de R$549.083 e está representado por 68.888.888 ações ordinárias sem valor nominal, conforme demonstrado a seguir: Quantidade de ações subscritas Participação % Participes em Brasil S.L. Skopos Adm. de Recursos Ltda. Credit Suisse Hedging Griffo Kendall Develops S.L. Conselho Administrativo Outros Total 41.333.326 7.105.800 3.648.400 3.444.445 7 13.356.910 68.888.888 60,00 10,30 5,30 5,00 0,00 19,40 100,00 Cada ação ordinária tem direito a um voto nas deliberações da Assembleia Geral. b) Reservas de lucros e distribuição de dividendos (controladora) Reserva legal e retenção de lucros O Estatuto Social da Sociedade prevê que o lucro líquido do exercício, após a destinação da reserva legal, na forma da lei, poderá ser destinado à reserva para contingências, à retenção de lucros previstos em orçamento de capital a ser aprovado pela Assembleia Geral de Acionistas ou à reserva de lucros a realizar, observado o artigo 198 da Lei nº 6.404/76. Em 31 de dezembro de 2008, foi constituída reserva legal de R$5.272, equivalente a 5% do lucro líquido do exercício, em conformidade com as disposições legais e estatutárias. O montante de lucros destinado à reserva de retenção objetiva proporcionar capital de giro à Sociedade, para fazer frente aos investimentos em curso, principalmente nas controladas que detêm concessões de rodovias federais. A Administração irá submeter à aprovação da Assembleia Geral Ordinária, que irá aprovar as demonstrações financeiras, o orçamento de capital que contempla referidos investimentos. Distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio O Estatuto Social da Sociedade prevê que esta distribuirá, no mínimo, dividendo obrigatório de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. 31 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas O cálculo dos dividendos estatutários, correspondentes aos exercícios de 2008 e de 2007, é demonstrado a seguir: 2008 Lucro líquido do exercício Reserva legal de 5% Base de cálculo Dividendos estatutários obrigatórios Total 2007 105.438 74.878 (5.272) (3.744) 100.166 71.134 25% 25% 25.041 17.785 22. INSTRUMENTOS FINANCEIROS a) Exposição a riscos cambiais Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, a Sociedade e suas controladas não possuíam nenhum ativo ou passivo denominado em moeda estrangeira. b) Exposição a riscos de taxas de juros A Sociedade, por meio de suas controladas, está exposta a taxas de juros flutuantes, relacionadas às variações da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP e da variação do CDI, relativos a empréstimos em reais. As taxas de juros das aplicações financeiras são, na sua maioria, vinculadas à variação do CDI e da taxa SELIC. c) Concentração de risco de crédito Instrumentos financeiros que potencialmente sujeitam a Sociedade e suas controladas a concentrações de risco de crédito consistem primariamente de caixa e bancos, aplicações financeiras, cauções contratuais e contas a receber. A Sociedade e suas controladas mantêm contas correntes bancárias, aplicações financeiras e conta de reserva com instituições financeiras aprovadas pela Administração de acordo com critérios objetivos para diversificação de riscos de crédito. Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, a Sociedade, por meio de suas controladas, possuía valores a receber da empresa CGMP - Centro de Gestão de Meios de Pagamento S.A. de R$35.100 e R$27.881, respectivamente, decorrentes de receitas de pedágios arrecadadas pelo sistema eletrônico de pagamento de pedágio - “Sem Parar”, registrados na conta “Contas a receber”. A Sociedade possui uma carta de fiança firmada por um banco de primeira linha para garantir a arrecadação do contas a receber mencionado anteriormente. 32 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas d) Valor contábil e valor justo dos instrumentos financeiros - consolidado O valor contábil e o valor justo dos instrumentos financeiros da Sociedade e de suas controladas em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 aproximam-se, em virtude de sua natureza e das características das condições contratadas, as quais são refletidas nos saldos contábeis. Os saldos elegíveis são ajustados a valor presente. A Sociedade e suas controladas não operam com instrumentos financeiros derivativos nem outros instrumentos de risco. Em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, a Sociedade e suas controladas não detinham transações de instrumentos financeiros derivativos nem outros instrumentos de risco semelhantes. 23. RESULTADO FINANCEIRO Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e de 2007, está representado por: Controladora 2008 2007 Consolidado 2008 2007 Receitas financeiras: Juros ativos Aplicações financeiras Outras Total 11.541 6.025 5 17.571 Despesas financeiras: Encargos financeiros Atualização monetária do ônus da concessão Outras Total 31.294 12.077 110.710 77.324 - 56.221 36.379 532 6.112 6.998 31.294 12.609 173.043 120.701 4.109 2.222 6.331 12.185 15.741 906 28.832 2.092 9.803 11.895 33 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas 24. RECONCILIAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL A reconciliação entre a taxa efetiva e a taxa nominal do imposto de renda e da contribuição social nas demonstrações do resultado referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 é como segue: Controladora 2008 2007 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social Alíquota vigente Expectativa de despesa de imposto de renda e contribuição social, de acordo com a alíquota vigente Ajustes para a alíquota efetiva: Equivalência patrimonial Ágio advindo de empresa cindida e incorporada amortizado Juros sobre o capital próprio Amortização do ágio não dedutível (Vianorte) Provisões sobre as quais não houve reconhecimento de efeitos diferidos de imposto de renda e contribuição social Efeito de eliminações de resultados entre sociedades registrados líquidos de imposto de renda e contribuição social Prejuízos fiscais sobre os quais não houve reconhecimento de efeitos diferidos de imposto de renda e contribuição social Outros Despesa contabilizada Consolidado 2008 2007 105.438 34% 74.674 34% 167.558 34% 121.702 34% (35.849) (25.389) (56.970) (41.379) 48.176 (7.376) - 31.917 (3.397) - (768) (3.202) (768) (3.202) (6.249) (429) (6.249) (429) - - 2.502 2.024 1.298 - (3.630) 514 (414) 331 2.236 (62.120) (5.000) 1.312 (47.442) - (414) - (53.300) (8.820) (44.163) (3.279) Despesa de imposto de renda e contribuição social composta por: Corrente Diferido Os efeitos de determinados itens na reconciliação mencionada, sobre os quais não houve reconhecimento de imposto de renda e contribuição social diferidos, decorrem de situações fiscais específicas de empresas que não atenderam às condições previstas na norma contábil para o respectivo reconhecimento do ativo fiscal diferido. Determinados ajustes de consolidação, referentes à eliminação de lucros não realizados, são registrados líquidos dos efeitos fiscais correspondentes. 25. EVENTOS SUBSEQUENTES a) Em janeiro e fevereiro de 2009, as concessionárias federais realizaram distribuições públicas de notas promissórias comerciais para o Banco Santander S.A. e BES Investimento do Brasil S.A., nominativas, em série única com valor nominal de R$1.000, com o aval da Sociedade e com vencimento para 180 dias. Os valores das distribuições públicas foram como segue: Planalto Sul Fluminense Fernão Dias Régis Bittencourt Litoral Sul Total 28.000 27.000 54.000 56.000 35.000 200.000 34 Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. e Controladas A taxa de remuneração é de 100% da variação acumulada da taxa DI com sobretaxa de 5% ao ano. b) Durante janeiro e fevereiro de 2009, as concessionárias federais concluíram e iniciaram suas operações, conforme segue (informações não auditadas): • Planalto Sul - duas praças de pedágio localizadas na BR-116/km 152 e 081 - SC e duas na BR-116/km 204 e 134 - PR. Todas as praças de pedágio dessa concessionária estão em operação. • Fluminense - três praças de pedágio localizadas na BR-101/km 040, 123 e 299 - RJ. Das cinco praças de pedágio, três estão em operação e duas estão previstas para entrar em operação em março e abril de 2009. • Fernão Dias - duas praças de pedágio localizadas na BR-381/km 007 - SP e BR-381/km 805 - MG. Das oito praças de pedágio, quatro estão em operação, três estão previstas para entrar em operação em março de 2009 e uma está prevista para entrar em operação em junho de 2009. • Régis Bittencourt - duas praças de pedágio localizadas na BR-116/km 426 - SP e BR-116/km 057 - PR. Das seis praças de pedágio, quatro estão em operação e duas estão previstas para entrar em operação em março e maio de 2009. • Litoral Sul - duas praças de pedágio localizadas na BR-376/km 637 - PR e BR-101/km 001 - SC. Das cinco praças de pedágio, duas estão em operação, uma está prevista para entrar em operação em março de 2009 e duas estão previstas para entrar em operação em abril de 2009. RO0134*.* 35
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Grupo internacional de construção, concessões e serviços, listado na bolsa de Madri desde 1991;
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