obesidade SEDENTARISMO
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obesidade SEDENTARISMO
Sedentarismo obesidade ano 6 número 52 | R$ 8,50 | www.revistamercado.com.br + Márcio Atalla Educador físico do quadro Medida Certa, do programa Fantástico, fala dos perigos do sedentarismo e da obesidade que, no Brasil, atingiram níveis jamais vistos e juntos são uma verdadeira bomba relógio para o corpo humano Entrevista Rede social pode morrer? Quem explica é Gil Giardelli, professor da ESPM Política De homicídio a sequestro, os crimes no Congresso Nacional brasileiro Veículos O imponente 300C, símbolo da Marca Chrysler, é (re)lançado no Brasil mercado informe publicitário TOTVS é a Empresa do Ano de Melhores e Maiores 2012 da Exame A fabricante de software também foi contemplada como a melhor na Indústria Digital A TOTVS, líder em desenvolvimento e comercialização de software de gestão empresarial, serviços e tecnologia, é a Empresa do Ano do especial Melhores e Maiores 2012 da Exame. A empresa também foi classificada como a melhor no segmento Indústria Digital. Em sua 39ª edição, o ranking traz diversas classificações, dentre elas as 500 maiores empresas do Brasil, os 200 maiores grupos empresariais do país e, pela primeira vez, o ranking internacional dos 200 maiores grupos da América Latina. Neste ano, a equipe de produção do especial, junto com o Fipecafi, instituição ligada à Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis da Universidade de São Paulo, utilizaram como critério de avaliação as vendas líquidas de companhias de 18 setores da economia. Para analisar o sucesso dessas empresas, foram comparados os resultados obtidos em termos de crescimento, renta- bilidade, saúde financeira, participação de mercado e produtividade por empregado. “É muito gratificante termos sido contemplados por estes prêmios. São, em momentos como este, que olhamos para o que vivemos e nos desafiamos em querer mais, em sonhar mais. A história da TOTVS vem sendo construída em fortes alicerces. Atualmente, estamos trabalhando na nossa quinta fase, que é a de se tornar uma referência global”, declara Laércio Cosentino, presidente da TOTVS. “Eu estava no grupo que escolheu a Empresa do Ano. É muito raro, uma empresa brasileira conseguir disputar em pé de igualdade com os gigantes internacionais, especialmente na área de tecnologia de informação. É um exemplo de que é possível fazer acontecer aqui, com o capital local, com o talento local e com muito trabalho e imaginação. A TOTVS está de parabéns!”, diz Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração e diretor editorial do Grupo Abril. Sobre a TOTVS Líder absoluta no Brasil, com 53,1% de market share*, e também na América Latina com 35,6%, a TOTVS é uma empresa de software, serviços e tecnologia. É a 6ª maior desenvolvedora de sistemas de gestão integrada (ERP) do mundo e a 1ª em países emergentes, sendo líder também no segmento de pequenas e médias empresas (PME) na América Latina. A TOTVS foi a primeira empresa do setor de TI da América Latina a abrir capital e está listada no Novo Mercado da BOVESPA. Suas operações em ERP são complementadas por um amplo portfólio de soluções verticais e por serviços como Consultoria, BPO e Cloud Computing. Para mais informações, acesse o website www.totvs.com. *Fonte: Gartner - “Market Share: All Software Markets, Worldwide, 2011”. mercado www.revistamercado.com.br expediente Diretor Geral Eduardo J. L. Nascimento [email protected] Diretor Comercial Fernando Martini [email protected] Conselho Gestor Eduardo J. L. Nascimento Evaldo Pighini Fernando Martini Conselho Editorial Paulo Sérgio Ferreira Janaina Depiné Analu Guimarães Dr. Joemilson D. Lopes Marconi Silva Santos Pedro Lacerda Marcelo Prado Dalira L. C. M. Carneiro Editor Chefe Evaldo Pighini e Jornalista Responsável MG 06320 JP [email protected] Reportagens Evaldo Pighini Margareth Castro Michele Borges Fabiana Barcelos Laura Pimenta Rosiane Magalhães Talita Nakamuta Alitéia Milagre Renata Tavares Lia Barbosa Revisão Lúcia Amaral Fotografia Mauro Marques (exceto as creditadas) Colaboradora Márcia Amaral Vendas Maurício Ribeiro 55 34 3239 5844 [email protected] Secretaria Edileusa Ribeiro [email protected] Jurídico Thiago Alves OAB 107.533 Capa/Editoração Humpormil Pré-impressão Registro Buraeu Impressão Tiragem 10.000 exemplares Anúncio 55 34 3239 5844 Assinatura 55 34 3239 5844 [email protected] Canal Livre [email protected] Cartas Rua Roosevelt de Oliveira, 345 Sl 14 Bairro Aparecida CEP 38.400-610 Uberlândia - MG - Brasil Edições extras 55 34 3239 5844 e reprints [email protected] Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados. É autorizada a reprodução total ou parcial das matérias, desde que citada a fonte. A Revista MERCADO é uma publicação mensal do Grupo de Mídia Brasil Central (GMBC). Revista MERCADO 55 34 3236 6112 Rua Roosevelt de Oliveira, 345 Sl 14 Bairro Aparecida CEP 38.400-610 Uberlândia - MG - Brasil Copyright © 2008 - Grupo GMBC Todos os direitos reservados. Curta nossa Página. Procure “Revista Mercado” editorial Tem muita gente precisando se mexer Todo alerta é pouco em se tratando dos perigos decorrentes do sedentarismo e da obesidade, que em muitos dos casos estão interligados entre si e se configuram ambos numa bomba relógio prestes a explodir. Por isso, a reportagem de capa desta edição é dedicada a mais uma vez a chamar a atenção do leitor para esses dois males que têm cada vez mais vitimado pessoas em todo o mundo. Considerado um dos principais fatores de doenças cardiovasculares, o sedentarismo é comum entre brasileiros e atinge 80% da população, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Situação mais grave ainda está relacionada à obesidade. Nos Estados Unidos, o caso é tão crítico que 2/3 da população apresenta peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Aqui no Brasil, essa situação, até pouco tempo atrás, não era comum, mas, segundo dados do Ministério da Saúde e do IBGE, atualmente cerca de 30% das crianças e 48% da população adulta do país já estão com sobrepeso. Esses indicadores aproximam o Brasil de uma epidemia que, mantido o ritmo de crescimento atual do número de pessoas acima do peso, no ano de 2020 o nosso país terá se igualado aos EUA, onde a obesidade já é tratada como um sério problema de saúde pública. Diante disso, a MERCADO foi atrás de especialistas nos dois assuntos - sedentarismo e obesidade - para entender os porquês e buscar orientações de como prevenir e combater esses dois males. Um dos profissionais entrevistados é o educador físico e especialista em Nutrição Márcio Atalla, que virou destaque nacional por causa de suas recentes aparições no programa Fantástico, da Rede Globo, no comando dos quadros “Medida Certa” e “Medidinha Certa”. Na matéria, tanto Atalla quanto os demais especialistas entrevistados concordam num ponto: na maioria dos casos não é preciso muito para banir o sedentarismo e acabar com a obesidade, depende mais de força de vontade e de iniciativas como adotar uma dieta balanceada, aliada à prática regular de exercícios, uma receita aparentemente simples, mas que pouca gente consegue seguir. Para muita gente, aqueles que contribuem para aumentar as estatísticas de sedentários e obesos no Brasil, é hora de se mexer. Porém, não paramos por aí. Esta nossa edição está ainda recheada com muitos outros assuntos interessantes. Como exemplo, uma reportagem que mostra a ascensão da mulher no mercado do franchising, em que elas já representam 48% dos proprietários de unidades das mais de duas mil redes franqueadoras presentes no país. Abordamos também, noutra matéria, uma nova tendência nas relações trabalhistas, em que a flexibilidade de horário permitida pelas empresas a funcionários, ou seja, a liberdade para que eles possam gerir a própria jornada de trabalho e cumprir horários mais flexíveis, tem resultado em maior produtividade e, por conseguinte, maior lucratividade. Uma boa leitura a todos! Evaldo Pighini Editor Revista MERCADO | Edição 52 mercado 52 índice Capa O sedentarismo e a obesidade atingiram níveis jamais vistos no Brasil. São males que se não forem combatidos podem causar graves problemas de saúde, inclusive a morte. Especialistas, entre os quais o educador físico Márcio Atalla, do quadro Medida Certa, do Fantástico, falam desses males e de como combatê-los 18 28 Política Artigo.......................................................... 8 Conversa................................................ 10 24 Trabalho Muitas empresas estão apostando no horário flexível de trabalho de olho na produtividade, ou seja, deixando por conta de seus funcionários a liberdade de gerir a própria jornada de trabalho, com possibilidade de até trabalhar em casa Revista MERCADO | Edição 52 Profissões em Filme������������������������� 66 Entrevista Uma rede social pode morrer? Quem responde a essa, entre outras perguntas, é o CEO da Gaia Creative e professor da ESPM, Gil Giardelli. Ele comenta sobre o nascimento, apogeu, queda e uso das redes sociais 32 O setor de franquias cresceu 16,9% em 2011 e acumulou faturamento superior a R$ 88 bilhões. Essa expansão tem atraído cada vez mais a presença feminina no comando de franquias, em que as mulheres já representam 48% entre os proprietários Homicídio, sequestro e associação ao tráfico de drogas. Acusações que levam milhares de cidadãos comuns à cadeia todos os anos, quem diria, também chegaram ao Congresso Nacional, colocando muitos parlamentares na mira do STF 14 Negócios Janeiro 2012 Franchising........................................... 12 Sustentabilidade������������������������������� 68 Ponto de vista...................................... 70 Marketing.............................................. 30 In foco..................................................... 72 Alimentação......................................... 38 Causos empresariais������������������������ 74 Culinária................................................. 40 Moda....................................................... 42 Empresas & Empresários���������������� 62 Literatura............................................... 64 Bazar....................................................... 76 Humor.................................................... 78 Geral........................................................ 80 Educação 34 O Instituto do Coração do Triângulo e a Faculdade Politécnica de Uberlândia fazem parceria com a universidade americana Harvard para oferta de curso a distância em pesquisa clínica, que neste ano diploma 20 profissionais da saúde em Uberlândia Turismo 46 Uma região encantadora, de paisagens exuberantes. Essa é San Carlos de Bariloche, o destino mais procurado pelos brasileiros na temporada de inverno, tanto que a Emprotur espera receber 40 mil brasileiros entre junho e agosto de 2012 Veículos 56 Para quem gosta de espaço, conforto, desempenho e exuberância, o 300C da Chrysler é o carro. A Revista MERCADO acelerou essa máquina, que acaba de ser (re)lançada no Brasil a convite da montadora, no trecho entre São Paulo/ Guarujá/São Paulo Revista MERCADO | Edição 52 mercado artigo *Luiz Fernando Garcia é criador da metodologia de Psicodinâmica em Negócios e responsável pela coordenação do projeto de Educação Empreendedora no ensino médio (MEC/Sebrae), de 2000, que qualificou 12.700 educadores. É também um dos quatro consultores certificados pela ONU para coordenar os seminários e capacitar os coordenadores, facilitadores e trainees do Empretec/Sebrae, entre outros Vantagens do empreendedorismo de saia Por Luiz Fernando Garcia* C ada vez mais presentes no mercado de trabalho, as mulheres já podem dizer que dividem com os homens as mais importantes funções do mundo corporativo. Mas será que, para que isso pudesse ocorrer, elas deixaram de ser “frágeis” ou “sensíveis”? Certamente não. O que acontece é que os atributos genuinamente femininos, antes preconceituosamente tratados como inapropriados para os negócios, hoje já são vistos como competências desejadas, e renderam a elas o devido espaço dentro das empresas. A diferença de comportamento entre os gêneros está baseada em aspectos sociais, culturais e psicológicos, que começam a ser construídos logo nos distintos processos de criação que filhos e filhas recebem dos pais. Se os homens foram os grandes gestores durante a Era Industrial, elas estão exercendo um grande papel nos dias atuais, a chamada Era dos Serviços. O universo do empreendedorismo passou a exigir habilidades como, por exemplo, a facilidade para compor equipes, a persistência e o cuidado com detalhes - características femininas por excelência. Enquanto o homem faz uma recomendação já com a decisão tomada sem qualquer consulta, a mulher procura discuti-la com os demais antes de fechar algo, pois acha importante que todos se sintam integrantes do processo. Apesar de poderem incluir certa dose de sentimentalismo em suas reflexões, as empreendedoras têm mais facilidade para desenvolver atividades intelectuais - o inverso deles, que tendem a ser mais ágeis e práticos. Elas geralmente desenvolvem um bom relacionamento com os clientes, são preocupadas com os colegas e têm impulso para acomodar situações. Quem não gostaria de alguém assim ao lado para as dificuldades do dia a dia? Caso estivesse em uma luta de boxe, a mulher adotaria a estratégia de aguentar os quinze rounds e tentaria vencer por pontos, enquanto o homem optaria por definir o embate com nocaute, pois suportaria apenas até o quinto assalto. Ou seja, mesmo não sendo tão resoluta quanto ele, poderia vencer justamente por persistir a eventos de longo prazo e cheios de variáveis. Adaptadas ao mundo dos negócios atual, as mulheres quebram outro estereótipo: por mais improvável que possa parecer, tendem a valorizar mais o trabalho que os filhos e a família. Entretanto, ao entrarem no dilema empresa x casa, as empreendedoras optam por uma alternativa que expressa a valorização de ambas. Dessa forma, estabelecem como meta atingir o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal, com a utilização de diferentes estratégias para lidar com as demandas dos negócios e da família. Mesmo com forte tendência de encarar a profissão como algo difícil, as mulheres a têm muito mais como um desafio que, propriamente, como um fardo. Contrariando crenças muito difundidas, o trabalho tende a ser vivenciado sem culpa, como algo vantajoso, não se constituindo, portanto, em uma oposição ao lar. Ao buscarem a autorrealização e a independência financeira, elas se sentem instigadas a encarar o duplo desafio negócios-família, enfrentado de forma extremamente positiva. “Empreendedoras de saia” não gerenciam menos ou pior que os homens. Com outra perspectiva de gestão, deixam de lado necessidades machistas e fazem o “feeling feminino” realmente funcionar. B mercado conversa Prezado leitor, O Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) é um campo de batalha que freia a economia nacional. Qualquer que seja o lado ou segmento que se olhe no Brasil - área fiscal, desenvolvimento industrial, educação ou infraestrutura -, observa-se gritante carência de políticas consistentes e duradouras. Isso projeta um cenário híbrido, opondo a moderna gestão empresarial, com suas ações estrategicamente guiadas por metas, prazos, avaliações e correções de rota, ao peso de um Estado anacrônico, burocrático e estacionado em suas conveniências e estruturas. Uma figura que cabe bem a essa situação é a do carro que anda com o freio de mão puxado. Assim permanece o Brasil, a despeito de todo o crescimento econômico registrado na primeira década deste século, em que a taxa de desemprego teve baixa recorde e a mobilidade social registrou avanços inimagináveis doze anos atrás. Nação com relevante inserção no contexto geopolítico mundial na atualidade, o país, cuja taxa de desemprego fechou o mês de janeiro passado com 5,5%, a menor da série histórica do IBGE para o período, e que viu a pobreza absoluta cair de 17,3 para 7 milhões de pessoas em dez anos, convive com um dos piores índices de competitividade industrial da economia globalizada. Sob a pressão de uma carga tributária equivalente a 35% do Produto Interno Bruto (PIB), o empresário brasileiro está sucumbindo ao modus operandi nacional de se baixar regras ao sabor da ocasião e de interesses localizados ou pontuais, especialmente em nossa remendada legislação tributária. Não há planejamento que sobreviva à mudança constante ou à indefinição das regras do jogo. Indústrias nascidas em solo nacional estão migrando para ambientes mais estáveis e favoráveis, como a Índia. Em médio prazo, vislumbra-se o grande risco de que os indicadores macroeconômicos que hoje recheiam o discurso otimista de nossas autoridades cedam lugar a um rosário de lamentos. Será tarde, pois deslocar um parque industrial não é algo tão simples como 10 | Revista MERCADO | Edição 52 José Maria Chapina Alcazar é empresário contábil e presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no estado de São Paulo (Sescon-SP) e do Conselho de Assuntos Tributários da Fecomércio-SP mudar de casa. O caso do ICMS é um dos mais emblemáticos de toda essa conjuntura, questão que entrou mesmo em terreno ardiloso e engendrou um verdadeiro campo de batalha entre os estados, os quais tiveram de desenvolver todo um sistema de inteligência fiscal para flagrar burlas em arranjos estabelecidos entre contribuintes e demais entes federados. Conforme a Constituição Federal de 1988, estados e Distrito federal têm autonomia para legislar em relação ao imposto, não somente sobre as alíquotas, mas também quanto ao momento de cobrá-lo, seja na entrada da mercadoria, na saída ou na extração da nota fiscal. Desde então, eles vêm baixando legislações e normas que lhes permitem tirar o melhor proveito possível dessa que é a sua principal fonte de arrecadação. Uns prejudicando outros, desencadeando o enredo de conflitos que bate às portas do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Nesse aspecto, destacam-se três eventos bastante comuns e perniciosos à atividade produtiva. O primeiro reside nos descontos que os estados de destino das mercadorias, insumos e alguns serviços concedem às empresas fornecedoras, sem que o benefício esteja expresso de maneira transparente quando essa unidade federativa fecha as contas com o estado de origem para os repasses devidos. Trata-se aqui dos mecanismos de crédito e de substituição tributária, dois bons exemplos quanto à complexa, confusa e imbricada “engenharia” em que se transformou a cobrança do ICMS. No final, o empreendedor em dia com os tributos, ou seja, o contribuinte bem intencionado, acaba sofrendo sanções impostas pelos estados de origem, a exemplo do que vem acontecendo no âmbito do governo de São Paulo. Em vez de o Estado buscar solução com as demais federações, o problema recai sobre a parte mais fraca, o empresário que gera empregos. É o caso do programa Tolerância Zero, do governo paulista, que lavrou R$ 2,8 bilhões em autos de infração contra as empresas beneficiadas pe- los estados de destino, somente em janeiro passado. Em fevereiro, a sangria atingiu R$ 3,4 bilhões. O segundo evento que tem prejudicado a indústria diz respeito aos descontos que alguns estados estão oferecendo aos importadores, desde que estabeleçam uma representação local. Assim, mercadorias que chegam ao país, já bastante favorecidas pelo baixo custo em seus países de origem, ganham um plus sobre o preço do produto nacional ao encontrar grande desconto na alíquota do ICMS incidente sobre a transação. Há ainda o jogo com as diferenças nas alíquotas, em que indústrias migram de um estado a outro em busca de vantagem, deixando para trás toda uma infraestrutura cara e parte de uma mão de obra já treinada e especializada. Não é estranho, dessa forma, que São Paulo tenha perdido, em 15 anos, 29% das montadoras e indústrias de autopeças e agora observe movimento semelhante no parque frigorífico de carnes. Além disso, micro, pequenas e médias empresas vivem um problema à parte, pois ao entrar em ação o mecanismo da substituição tributária, veem inócuos os efeitos do Simples Nacional. Originalmente tributados em 1,25% para efeitos de ICMS, esses empresários acabam tendo que recolher 18% pela Margem de Valor Agregado (MVA), problema que levou o Sescon-SP, a Fecomércio de São Paulo e a Fiesp, entidades que compõem o Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor, a entregar ao governo paulista a primeira proposta entre os estados brasileiros para revisar a aplicação da substituição tributária para as MPEs. Finalmente, no caso específico de São Paulo, em vez de o governo encontrar uma solução política, vai atrás dos contribuintes bem intencionados, aplicando sansões e prejudicando-os. É um enredo caro ao segmento produtivo e cujos reflexos negativos sobram, no final das contas, para o contribuinte. Nesse modus operandi, cada um vai repassando seus custos ou perdas a outrem, criando novas regras ou simplesmente abandonando o jogo. É preciso defender o empreendedorismo e coibir a aplicação de sanções em quem gera empregos. B mercado Aprendizagem Corporativa franchising & negócios *Carlos Ruben Pinto Administrador de Empresas, Consultor de Franquias e Varejo. (31) 3282-6688 - [email protected] “A qualidade como item da gestão se compõe dos seguintes pilares: Liderança, Planejamento da Estratégia, Uso das Informações, Descrição de Processos, Recursos Humanos, Resultado do Negócio e Satisfação do Cliente” (Silvio Guerra - Localiza Rent a Car S/A) Por Carlos Ruben Pinto* A ntes de iniciar um projeto de formatação da franquia de sua marca, o empresário deve formular uma série de perguntas. Dentre elas vamos destacar hoje as seguintes: quais os atributos de uma empresa que se propõe a ser uma boa franqueadora? O que pode impedir o sucesso da empresa no sistema de franchising? O novo franqueador sonha em ter franqueados que colaborem e atuem com a máxima eficiência para que cada unidade seja um sucesso. Idealiza acompanhar o desenvolvimento da rede, utilizando-se das tecnologias disponíveis na internet, crescer e ter presença em todo o território nacional. Saindo dos sonhos e analisando o mundo real de um grande número de franqueadores, encontramos os que não treinam efetivamente seus franqueados; outros, que vendem aos franqueados os produtos, transferem serviços e não oferecem a necessária assistência continuada. Soma-se a isso a excessiva rigidez com que outros tantos se propõem a implantar o sistema de franquias, esquecendo-se da ambiguidade do franchising: padrões com flexibilidade! Existem ainda franquias 12 | Revista MERCADO | Edição 52 que não sabem compartilhar os recursos comuns da rede nem promovem a troca livre de experiências e informações entre os franqueados, ocasião em que perdem a oportunidade de aprender com os outros. Um dos fatores críticos de sucesso de uma franquia bem estruturada são treinamentos e suporte à rede; implantação de regras ou normas típicas da gestão dos recursos humanos; e, naturalmente, a necessária liderança do franqueador. É curioso percebermos que os mesmos fatores que promovem o sucesso de uma franquia, quando não executados levam-na ao fracasso. Os treinamentos e o suporte à rede exigem a visão de que, mesmo nova, pequena e inicialmente centrada na figura do franqueador, a franquia se prepare para ser a escola de administração do negócio que está sendo franqueado. É preciso ensinar a execução das tarefas, promover fóruns e garantir à rede que vai se formando a necessária assistência e orientação. No início, por estar ainda em fase de crescimento, cabe ao franqueador ser um “mestre” em sua rede, ouvir, cooperar, identificar as áreas em que os novos franqueados são mais carentes e destinar um de seus bons funcionários para ensinar e estabelecer um relacionamento mais próximo. A implantação de regras ou normas típicas da gestão dos recursos humanos é outro importante pilar da operação, a começar pelas normas de seleção de franqueados. É fundamental selecionar franqueados que se encaixem no perfil definido na formatação da franquia. Treinar bem, especialmente no início de operação da nova unidade, ensinando ao novo franqueado a administrar com eficiência, implantando os controles necessários, com acompanhamento sistemático do dia a dia da operação da empresa. É importante que o novo franqueador tenha ao seu lado uma pessoa com formação ou experiência na área de RH como assistente, para difundir na rede a estratégia e os valores da franquia, administrar os programas de treinamento, avaliar o desempenho da rede e resolver qualquer provável conflito de forma equilibrada e produtiva, implantando um sistema de aprendizagem corporativa e fazendo com que a rede funcione bem. B mercado entrevista Uma rede social pode morrer? Por Evaldo Pighini Foto: Divulgação A Gil Giardelli é CEO da empresa Gaia Creative e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) pós o grande “boom” das redes sociais em 2010/2011, o ano de 2012 se apresenta com um novo cenário em que as redes sociais deixaram de ser vistas como algo passageiro, para desempenhar um papel fundamental como ferramenta de comunicação em tempo real. Empresas, usuários, profissionais ou não estão na Internet e acessando as redes sociais. Com isso, nos últimos tempos milhares de empresas decidiram fazer uso do fantástico mundo das redes sociais, seja por acreditar que elas podem resolver todos os problemas de venda da empresa, ou simplesmente porque o concorrente já criou um perfil. Contudo, trabalhar estrategicamente com marketing no ambiente digital é uma missão não tão simples quanto muitos empresários pensam. Além disso, desde o surgimento e a proliferação da Internet, muitas redes sociais surgiram e se popularizaram, mas depois acabaram perdendo espaço para outras que foram sendo criadas: é o caso do MSN e do próprio Orkut. Então, até que ponto vale a pena apostar todas as fichas em uma rede social, gastando tempo e dinheiro para torná-la popular para depois vê-la perder espaço? Basta perceber que, sem mais tanto apelo mundial, o Orkut foi ultrapassado em dezembro pela rede criada por Mark Zuckerberg. A rede do Google registrou 34,4 milhões de visitantes únicos, enquanto o Facebook marcou 36,1 milhões. Apesar de ainda ser um dos sites mais visitados no Brasil, a tática da Google para o Orkut aponta para outra direção: migrar essa valiosa fatia de audiência para o Google+. Também o Facebook não está mais no auge da sua popularidade, segundo uma pesquisa online. Em seis meses, o tempo de navegação de 34% dos usuários diminuiu e 4/5 dos participantes da pesquisa afirmam nunca ter adquirido um produto ou serviço através de um anúncio ou comentário feito na rede social. Enfim, as redes sociais têm se mostrado volúveis diante da evolução tecnológica e da concorrência. Elas fazem sucesso e, depois de um tempo, não são mais alvo de tanta atenção dos internautas. Mas, em síntese, pode uma rede social morrer? Pelo lado comercial, a rede social tem poder para influenciar a decisão de compra do consumidor ou serve apenas de apoio? Em busca de respostas para essas e outras perguntas, a Revista MERCADO foi atrás do CEO Gil Giardelli, da empresa Gaia Creative, especializada em soluções tecnológicas para Relacionamento Digital, Redes Sociais, Campanhas de Email Marketing e Campanhas de Mobile Marketing. Giardelli é também professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). MERCADO - Desde o advento da Internet, muitas redes sociais nasceram, e as que não morreram, foram perdendo espaço - a Sixdegress, criada em 1997, é um exemplo. Afinal, uma rede social pode morrer? Se sim, por quê? Poderia citar algum exemplo? Por que isso acontece? Gil Giardelli - Isso acontece porque o negócio das redes sociais é baseado em conceitos de contágio emocional, tendência, influência, urgência em querer fazer parte. Ninguém faz um perfil para ficar falando sozinho. Você está lá porque seus amigos estão, as pessoas que você admira estão, as marcas que curte estão. E você que compartilhar seus conteúdos com eles e, principalmente, quer saber o que está acontecendo no mundo - ‘seu mundo, na verdade’. Se as redes não se adaptarem ao contexto em que estão inseridas - sociedade, política, economia e macro tendências atuais -, ou elas se tornam um ambiente focado em “nichos” ou vão ser esquecidas com o tempo. Como exemplos, temos redes como Fotolog e MySpace, que tiveram seu auge, mas hoje passam por repaginação, luta por nicho, ou mais tarde, o total desuso. “Ninguém faz um perfil para ficar falando sozinho. Você está lá porque seus amigos estão, as pessoas que você admira estão, as marcas que curte estão” O Facebook teve uma ascensão fora do comum nos últimos anos, e agora parece também apresentar uma baixa. Haveria uma explicação lógica para isso? Como qualquer outro negócio, o Facebook tem sua curva de valor ao longo do tempo. Na introdução - brilhando como um jovem talento, no seu período de crescimento - acelerado e, agora, no seu período de amadurecimento. A desaceleração é comum, e saberemos, mais para frente, se o período se firmará por bastante tempo ou se a rede começará, de fato, a decair. Com o amadurecimento, além de o crescimento diminuir e perder adesão por parte de quem estava lá apenas por estar, ocorre também o amadurecimento do público. Vamos ver ficar na rede aqueles usuários mais fiéis, que enxergam a marca como útil e que faz parte de seu dia a dia. Os aplicativos dos smartphones, entre outras tecnologias, servem como suporte para propagar mais as redes sociais ou podem agir com um efeito negativo? Com o advento da mobilidade, a possibilidade de se conectar a qualquer hora e de qualquer lugar propaga a urgência de acessarmos nossos perfis nas redes, de compartilharmos o que estamos vendo ou passando no momento, de nos mantermos conectados a todo instante, seja conversando, compartilhando ou fuçando. Todas as novas tecnologias, recursos e ferramentas acabam por expandir o uso das redes. Mas, se a convergência da rede nessas tecnologias não levar em conta que cada canal e ponto de contato têm sua especificidade, ou seja, sua usabilidade, linguagem e estilo, a rede perderá adesão, oportunidades e, com o tempo, usuários. Em sua opinião, na corrida para a criação de novas redes sociais, os seus criadores estariam pecando em algum momento? De repente, caindo na mesmice? Quando uma ideia tão simples faz tanto sucesso como o Facebook e o Instagram, por exemplo, outras ideias similares, ou que bebem da mesma fonte e conceito, irão surgir por natureza. Então, sim, acabamos por cair na mesmice, mas isso acontece em qualquer área e campo de negócio. Há monopólios, há novos talentos, há promessas que rendem bilhões, há promessas que desaparecem no dia seguinte... Mas, como qualquer outro produto, o cliente vai escolher um ou outro, e não todos. Você acha que já criaram alguma rede social “eterna”, que dificilmente sairá de cena? As únicas redes sociais eternas são aquelas que praticamos diariamente, na rua, na padaria, no trabalho, na faculdade. As rodas de conversa, os comentários trocados, as expectativas geradas. As redes sociais digitais, como qualquer outro negócio, refletem o contexto, a época, o momento, a tendência. Se uma rede social souber se adaptar a todo o seu ambiente externo, que impacta em sua concepção e desenvolvimento, quem sabe poderá durar “para sempre”? “Se uma rede social souber se adaptar a todo o seu ambiente externo, que impacta em sua concepção e desenvolvimento, quem sabe poderá durar ‘para sempre?’” Por mais que as estatísticas mostrem que o Facebook está em queda, ele ainda é pauta para muitos assuntos. Por que isso acontece? Você considera que o Facebook ainda seja uma novidade, no caso, para os brasileiros? A Revista MERCADO | Edição 52 | 15 mercado entrevista Para muitos brasileiros ainda é novidade, pois a penetração da rede no país foi lenta, assim como o crescimento de internautas e usuários de redes sociais no geral. O Facebook ainda é pauta, pois além de deter a maioria de internautas no mundo e, agora, de empresas, é um negócio bem estruturado, com planos de longo prazo que implicam lançar novidades e mudanças constantes, adaptando-se ao ambiente e contextos que o influenciam. Assim, mantém todos interessados ou, ao menos, esperando algo novo. sos que mudem esses números. Mas a questão é: há falta de recurso ou ainda não estamos percebendo que “vender” é apenas consequência de uma rede social? Você acha que os internautas sabem usar essas ferramentas? Será que a queda de algumas redes está relacionada ao uso incorreto ou desnecessário por parte dos navegantes? Que conselho daria a usuários das redes sociais? Cada internauta é livre para usar as ferramentas da forma que quiser - claro, dentro das normas da rede/Internet em geral. A Internet é livre, mas é preciso ter bom senso. Assim como se tem bom senso no trabalho, na rua, na escola. É um ambiente público e sua pessoa está se tornando pública também. Com certeza o uso incorreto ou desnecessário desmotiva o uso das redes, mas ao mesmo tempo, cabe às redes se adaptarem a esses tipos de conteúdos e usuários e desenvolverem ambientes mais acolhedores. B Há possibilidades de redes sociais que estão em baixa darem a volta por cima e ficarem em evidência novamente? Sim. Como qualquer outro negócio, a partir de estudos, análises e novos planos traçados é possível fazer ressurgir uma rede. Pode ser uma mudança na estratégia de marca, na mecânica, na proposta geral, enfim... Se as mudanças estiverem de acordo com as necessidades de hoje (e de amanhã), essas redes podem dar a volta por cima. O que pode acontecer também é uma rede que não era lá muito popular se tornar uma das principais, sem mudanças de calibre. Esse foi o caso do Pinterest, por exemplo. Porque, novamente, estamos falando de tendências, época, contextos, sociedade e economia atual... São muitos fatores externos a se considerar. Algumas ideias podem ser tão inovadoras que ninguém as compreende hoje. Muitas empresas estão apostando muitas fichas nas redes sociais como fonte de negócio, principalmente para prospectar vendas. Segundo pesquisas, cerca de 80% dos usuários do Facebook afirmaram nunca ter adquirido um produto ou serviço através de um anúncio ou comentário feito na rede social. Como você avalia isso? Ainda estamos em fase de experimentação. O Facebook tem adaptado quase que semanalmente seus recursos para as empresas com sede em vender. Outras redes e ferramentas têm percebido essa oportunidade e também estão focando esforços em desenvolver recur16 | Revista MERCADO | Edição 52 Foto: Divulgação “A questão é: há falta de recurso ou ainda não estamos percebendo que “vender” é apenas consequência de uma rede social?” mercado Fuja do sedentarismo e dê um basta à obesidade capa Para acabar com o excesso de peso e evitar as várias doenças causadas pelo acúmulo de gordura no organismo, especialistas recomendam a reeducação alimentar aliada à prática de exercícios físicos regulares. A receita é simples, mas pouca gente segue Por Aline Morais e Anderson Tissa A população brasileira está cada vez mais sedentária, e com isso os números da obesidade crescem e junto a preocupação dos profissionais da saúde em combater esse mal capaz de provocar diversas doenças e até a morte. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, quase metade da nossa população está acima do peso. O percentual de “gordinhos” no Brasil passou de 42,7% em 2006 para 48,5% em 2011. No mesmo período, a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8%. Para os especialistas, são índices que poderiam ser diminuídos de formas simples, com mudanças de hábitos alimentares e a prática de atividade física. Porém existe mais um agravante, uma outra pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostra que 49% da nossa população não faz exercícios físicos, ou seja, praticamente metade dos brasileiros são sedentários. “Hoje o sedentarismo é a maior causa de morte, estando ligado diretamente à obesidade, à pressão alta, ao diabetes tipo 2, a problemas cardíacos, a colesterol alto e a um número enorme de outras doenças”, alerta o educador físico e especialista em Nutrição Márcio Atalla. Márcio Atalla foi apresentador do Programa Bem Estar do canal GNT, e ganhou destaque nacional no Programa Fantástico (Rede Globo), no comando do quadro “Medida Certa”, que contou com a participação dos apresentadores Zeca Camargo e Renata Ceribelli. Segundo Atalla, uma pessoa ativa vive com mais qualidade do que uma sedentária. Ele chama atenção para o avanço da obesidade entre as crianças, que aumentou 400% nos últimos 30 anos no Brasil, o que é ainda mais perigoso. “O adulto tem a consciência. Você propõe a atividade e ele tem a responsabilidade. Para a criança, você tem que colocar de forma lúdica, se ele não gostar, ele não vai continuar. Tem que conquistar”, explica. Entretanto, para ele é mais fácil mudar o hábito de uma criança. Para o endocrinologista Joel Rogério H. Filho, os problemas provocados pelo sedentarismo estão geralmente ligados à hipertensão arterial e às doenças cardiovasculares. “O sedentarismo por si só aumenta as chances de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto do coração e derrame cerebral, além, é claro, de levar à obesidade. Existem várias razões para isso. Quando a pessoa se exercita, ocorre um aumento do gasto calórico, contribuindo para a perda de peso, o aumento da captação de glicose pelas células e uma ação antiinflamatória, além da liberação de certas substâncias, como endorfinas, que melhoram o bem-estar, a disposição e o sono. Ou seja, o exercício contribui de forma direta para a redução do risco de várias doenças”, afirma o médico. Uma dúvida frequente está relacionada à escolha do tipo de exercício físico. De acordo com o especialista, a atividade ideal é aquela que traz sensação de prazer e bem-estar. As mais eficazes e indicadas pelo endocrinologista O endocrinologista Joel Rogério Filho: “Cerca de 60% dos pacientes que atendo hoje estão com sobrepeso ou obesos, e destes, a grande maioria é sedentária” são: “aeróbica (caminhadas, ciclismo, corrida, natação, dança, entre outras). O exercício de resistência (musculação) também é eficaz, pois aumenta a massa magra (músculo), evita lesões e, consequentemente, aumenta o gasto calórico”. Porém, antes de iniciar qualquer atividade física, o mais indicado é consultar antes um médico e depois a orientação de um profissional em educação física. Já para os pacientes que estão no grau de sobrepeso ou obesidade, o recomendado é que se mude o estilo de vida de forma gradual. “Cerca de 60% dos pacientes que atendo hoje estão com sobrepeso ou obesos e, destes, a grande maioria é sedentária. O recomendado é que se faça a reeducação alimentar com um cardápio variado, equilibrado e hipocalórico, além de exercício físico de 3 a 5 vezes por semana, com duração de 30 a 60 minutos regularmente”, afirma Joel Filho. A O educador físico Márcio Atalla esteve em Uberlândia recentemente proferindo palestras sobre o sedentarismo e a importância da atividade física na vida das pessoas 18 | Revista MERCADO | Edição 52 Revista MERCADO | Edição 52 | 19 mercado capa Tempo para se exercitar Com a rotina cada vez mais corrida e cansativa, as pessoas estão deixando a saúde em segundo plano. De acordo com o Ministério da Saúde, o sedentarismo aumenta com a idade. Em homens entre 18 e 24 anos, 60,1% praticam exercícios. Esse percentual se reduz para menos da metade aos 65 anos (27,5%). Entre mulheres de 25 a 45 anos, 24,6% se exercitam regularmente. A proporção é de apenas 18,9% entre mulheres com mais de 65 anos. O mínimo de atividade física recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de 150 minutos de atividade aeróbica divididos em cinco dias, ou seja, 30 minutos diários. E ainda mais duas vezes por semana para algum trabalho de massa muscular. Alguns até conseguem cumprir a recomendação da OMS, mas muitas pessoas desistem da atividade física por falta de motivação. O educador físico Márcio Atalla, que atualmente participa do quadro Medidinha Certa, no programa Fantástico, explica as reações do nosso corpo quando começamos uma atividade física. “Nosso corpo é geneticamente preparado para se mover. Ele vai funcionar melhor com o movimento. E o que acontece? Há 40 anos as pessoas tinham um gasto calórico maior, cerca de 500 calorias a mais. Atualmente não é assim. Então, quando um sedentário busca o movimento, o corpo reage contra, o que dificulta o processo’’, ilustra. Mas nem tudo está perdido. “Meu conselho é a consciência. A pessoa deve colocar na cabeça que precisa de 30 minutos diários de atividade física. Esse é o primeiro passo. A partir daí, os três primeiros meses são os mais difíceis, porque o corpo está se adaptando. Após esse período, o corpo começa a aceitar”, afirma Atalla. A estudante Fernanda Gullo Zei, de 20 anos, sabe bem o que é isso. Depois de brigar com a balança que insistia em apontar 74,5 kg, resolveu tomar uma atitude. Entrou para um grupo de reeducação alimentar e começou a praticar exercícios. Em alguns meses perdeu quase 12,5 kg e conseguiu atingir sua meta. Fernanda conta o segredo para se manter motivada. “Primeiro, a minha disponibilidade interna de tentar e encontrar um plano de alimentação adequado, sem restrições. No grupo, pude ouvir depoimentos de pessoas em situações mais difíceis. Então, logo pensava que se eu parasse de me cuidar seria muito pior’’, conta a estudante. Um dos fatores que justifica o aumento do excesso de peso e da obesidade no Brasil é a alimentação desequilibrada, tanto pelo alto consumo de calorias como pelo excesso de alimentos ricos em gordura. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que 34,6% dos brasileiros comem em excesso carnes com gordura, e 29,8% consomem refrigerantes pelo menos cinco vezes por semana. Já quando o assunto é alimentação saudável, os números são bem inferiores - apenas 20,2% ingere a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de cinco ou mais porções por dia de frutas e hortaliças. A pesquisa revela que as mulheres comem mais frutas e hortaliças, enquanto os homens comem mais carne com excesso de gordura. Mas para quem quer perder peso somente com uma alimentação equilibrada, a nutricionista afirma que é possível, desde que o tratamento do excesso de peso e da obesidade seja baseado na mudança de hábitos, incluindo, além da dieta saudável, a prática de atividade física regular. A nutricionista Ana Cristina Tomaz informa que a alimentação balanceada não restringe alimentos, apenas exige moderação Para Ana Cristina, a alimentação saudável deve ser uma preocupação constante. “Alimentar-se bem é o primeiro passo para ter uma vida saudável. O principal ponto que devemos aprender é que a reeducação alimen- tar não consiste em deixar de comer tudo o que se gosta e passar a comer somente frutas, verduras, legumes e alimentos light. Muito pelo contrário, é aprender que você pode comer de tudo, mas sem exageros e de forma equilibrada. As escolhas corretas, associadas a intervalos de 2 a 3 horas, são mais interessantes para a perda de peso do que passar longos períodos do dia em jejum”, afirma. A maioria das pessoas, quando quer emagrecer, recorre a dietas que vê em revistas ou à recomendação de terceiros. Mas o importante é procurar ajuda profissional para que a sua alimentação seja adaptada. “Cada pessoa tem um metabolismo diferente, por isso a dieta deve ser personalizada. O nutricionista é um profissional que, além de avaliar a condição nutricional, prescreve dietas e suplementos quando necessário, o que poderá auxiliar em dicas práticas para a dieta do dia a dia de cada um, como fazer as compras do supermercado, como armazenar os alimentos e prepará-los de maneira mais saudável”, afirma a nutricionista, que ainda recomenda: exercite-se mais e alimente-se melhor. A A estudante Fernanda Zei quis e conseguiu: ela perdeu quase 12,5 kg em pouco mais de quatro meses, após haver se submetido a uma dieta alimentar complementada com atividade física (na foto, a estudante antes, com 74,5 kg, e depois, com 62 kg) Mude os hábitos e alimente-se bem Uma alimentação saudável é baseada no consumo de frutas, verduras e legumes, cereais, carnes magras, entre outros alimentos. Mas não basta ter uma alimentação composta por esses alimentos, eles também devem ser bem distribuídos ao longo do dia, além de estarem em quantidades adequadas segundo o ciclo da vida. Mas e os doces, o sorvete, o salgadinho da festinha ou o san20 | Revista MERCADO | Edição 52 duíche? A nutricionista Ana Cristina Tomaz Araújo explica que esses alimentos não estão proibidos na alimentação equilibrada, mas devem ser consumidos com moderação e eventualmente. “É importante entendermos que esses alimentos, muitas vezes considerados como ‘proibidos’, são ricos em açúcar e em gorduras, principalmente saturada e/ou hidrogenada e/ou poliinsaturada (w6). Esses nutrien- tes devem ser consumidos em baixa quantidade, já que o excesso é prejudicial à saúde. Essa alimentação inadequada não traz para a população somente o excesso de peso, mas também as carências nutricionais, como as anemias por deficiência de ferro e/ou por deficiência de vitamina do complexo B, além de sinais e sintomas de estresse, como perda da memória, fadiga e queda de cabelos”, explica. Alimentação saudável e balanceada: apenas 20,2% da população ingere a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde, de cinco ou mais porções por dia de frutas e hortaliças Revista MERCADO | Edição 52 | 21 mercado capa Emagrecendo a cabeça do obeso A obesidade é resultado de vários fatores, por isso seu tratamento deve contar também com uma equipe multidisciplinar. Entre eles, o psicólogo, que vai tratar das questões afetivas, sociais e também da reformulação dos hábitos do obeso. “Com a ajuda do psicólogo, o paciente vai refletir não apenas sobre as questões orgânicas do seu problema, mas também sobre a parte afetiva. O indivíduo tem que aprender a lidar com as dificuldades, controlar os conflitos emocionais para não buscar refúgio na comida, o que só aumentará o sentimento de descontrole e culpa em relação à sua alimentação”, explica a psicóloga de obesidade, Alessandra Mattar. A terapia, segundo a psicóloga, visa fazer o paciente perceber que existe um pensamento automático Como se classifica a obesidade Inicialmente, faz-se o cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), que apesar de não ser o método mais fidedigno de classificação da obesidade, é bastante simples e pode servir de orientação. O IMC foi criado para uma melhor orientação do público sobre o seu peso em relação à sua altura, resumindo, permite saber se a pessoa está gorda ou magra. O IMC é uma formula matemática com objetivo de sinalizar a magreza excessiva, a obesidade ou a obesidade mórbida. O cálculo do IMC é simples: o seu peso (em quilos) dividido pela sua altura ao quadrado (altura vezes altura). Depois, aplica-se o resultado numa tabela de referência. que o induz a comer em determinadas situações, como de stress e ansiedade, por exemplo. “Se o paciente percebe esse pensamento automático, ele consegue mudar seu comportamento. E o psicólogo vai trabalhar maneiras que podem fazê-lo encarar uma situação de ansiedade sem ser comendo, por exemplo. Se não houver esse acompanhamento psicológico, o paciente vai repetir o mesmo comportamento com as outras dietas que falharam”, conta. Equação para cálculo do IMC Peso (kg) IMC = -------------------- Altura² (m²) A psicóloga Alessandra Mattar explica que aceitar a obesidade e tratá-la não é uma tarefa fácil. Em muitos casos é preciso até um acompanhamento psicológico Exemplo: Considerando uma pessoa com peso de 120 kg e altura 1,65 m Atenção tem que começar cedo “A genética é um fator importante na obesidade das crianças, porém não existe obesidade se não houver um desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético” Há algum tempo, criança “gordinha” era sinônimo de saúde. Hoje, o conceito não é bem esse. A obesidade infantil está sendo tratada como uma epidemia, muito em função das mudanças nos hábitos alimentares das crianças e da população em ge22 | Revista MERCADO | Edição 52 ral. De acordo como a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), a genética é um fator importante na obesidade das crianças, porém não existe obesidade se não houver um desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético. No caso das crianças, Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) no ano de 2008-2009, realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, revela que 36,6% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos estão acima do peso. Os índices de obesidade também estão num patamar elevado, crescendo muito nos últimos 35 anos. Em 1974, apenas 1,4% das crianças eram obesas, saltando para 16,6% em 2009. Verificou-se, ainda, o seguinte padrão: há mais crianças obesas nas localidades urbanas e na região sudeste do Brasil. O sedentarismo e a alimentação inadequada são os grandes responsáveis. “Os alimentos industrializados são muito calóricos, e os mais frequentes nos lanches dessas crianças, e as refeições são feitas de qualquer forma, até mesmo em frente à televisão. As crian- ças de hoje praticam também menos atividades físicas. Os jogos antes eram na rua, na praça, as crianças gastavam muita energia. Hoje, as brincadeiras são em frente à televisão ou ao computador, com todos sentados”, diz Alessandra Mattar. Na alimentação, a nutricionista Ana Cristina recomenda a preferência por alimentos mais frescos e com baixo teor de açúcar e gordura. “Quanto aos refrescos, substitua os artificiais e os refrigerantes por sucos naturais de frutas, diminua o consumo de alimentos de “fast food”, dando sempre preferência aos alimentos frescos e naturais. Siga os horários corretos das refeições, consumindo frutas e/ou bebidas lácteas nos intervalos das principais refeições. Outro ponto importante é o local onde a criança faz as refeições: evite que as crianças se alimentem em frente à TV. Esse comportamento faz com que a criança fique sem atenção, favorecendo o maior consumo de comida”, afirma a nutricionista, que recomenda: “é importante comer bem e se exercitar desde a infância para ter uma vida saudável”. 120 (kg) IMC = ------------------------- = 44,1Kg/m² 1,65 x 1,65 (m²) Ou seja, a pessoa com o peso e altura exemplificados acima apresenta um quadro de obesidade mórbida (confirme na tabela abaixo) Tabela de referência IMC Classificação Abaixo de 18,5 Subnutrido ou abaixo do peso 18,6 a 24,9 Peso normal 25,0 a 29,9 Sobrepeso 30,0 a 34,9 Obesidade Grau I 35,0 a 39,9 Obesidade Grau II 40,0 e acima Obesidade mórbida B Revista MERCADO | Edição 52 | 23 mercado trabalho A representante comercial Kelly Cristina conta que atinge melhores resultados quando está fora da empresa, com liberdade de horário Flexibilidade no trabalho melhora a produtividade Profissionais que têm a liberdade de gerir a própria jornada de trabalho e cumprir horários mais flexíveis são mais produtivos Por Alitéia Milagre Q uem não quer conciliar a vida pessoal com a profissional? Trabalhar em uma empresa que possui políticas de horários flexíveis? Enquanto para uns isso é um sonho, para outros já se tornou realidade. É o caso da representante comercial Kelly Cristina de Moraes, que há sete anos trabalha em empresas com re- 24 | Revista MERCADO | Edição 52 gistro em carteira e que deram a ela essa flexibilidade laboral. Ela conta que pode fazer o seu horário, desde que cumpra suas atividades e apresente resultados. “Eu faço visitas a clientes e fecho negócios o dia todo. Para mim é mais vantajoso do que ficar dentro da empresa. Faço meu horário de serviço, vou ao banco, ao médico quando preciso, sem prejudicar o serviço”, afirma Kelly. Segundo a gestora de recursos humanos da Inthegra, Vianei Altafin, esse benefício é uma tendência de mercado e uma maneira de evitar o turnover. “Quando o profissional tem a liberdade de escolher o horário de trabalho, consegue conciliar melhor a vida laboral com a pessoal, planejar suas tarefas, focar nos resultados e ser mais produtivo”, avalia Vianei Altafin. É justamente esse o caso da representante comercial Kelly Cristina, que precisa apresentar números e relatórios diários. “Todos os dias apresento um relatório diário de quantos clientes visitei e em que ‘pé’ está à negociação com cada um deles. Para atuar dessa forma, é preciso ter perfil, responsabilidade e disciplina. No meu caso, consigo apresentar mais resultados para a empresa do que se eu trabalhasse dentro dela”, destaca Kelly Cristina de Moraes. O advogado Marcus Reis, diretor-presidente da Reis Advogados, explica que são ações positivas, porém que devem ser contabilizadas normalmente pelas empresas. “O que acontece é que a firma deixa de se preocupar com horários de entrada e saída e passa a focar apenas o resultado dos trabalhadores. Isso é bom, mas os gestores precisam atentar se está sendo cumprida uma jornada determinada, conferir o ponto e checar se o profissional não está extrapolando ou deixando de cumprir a rotina de trabalho estipulada pela empresa. Tomar cuidado com esses fatores evitará problemas trabalhistas futuros”, alerta Marcus Reis. Pesquisa - O caso da representante comercial Kelly Cristina e a opinião da gestora de Recursos Humanos Vianei Altafin ganham respaldo num estudo realizado pela HAYS Recruiting Experts Worldwide, em que ficou constatado que 72,7% das empresas usam o benefício da flexi- bilidade para possibilitar qualidade de vida e reter talentos. Já 60,3% afirmaram adotar por limitação física, e 19,8% com o objetivo de alcançar metas de sustentabilidade. “72,7% das empresas usam o benefício da flexibilidade para possibilitar qualidade de vida e reter talentos” O resultado da pesquisa é o mais curioso. Ela mostra que 69,3% dos entrevistados disseram que os resultados entregues pelos colaboradores que trabalham em casa são similares aos de quem marca presença na empresa. O estudo também revelou que o segmento que mais adota essa dinâmica é o de serviços (22,9%), depois o de bens de consumo (13,7%), seguidos do farmacêutico (9,7%) e do de Telecomunicações (5,7%). Mudança de paradigma Na visão de Vianei Altafin, essa mudança de paradigma das empresas vem ao encontro dos avanços do mundo globalizado e atende às grandes organizações, geralmente àqueles colaboradores que desempenham funções em cargos mais altos e as empresas que precisam de profissionais em horários diversificados. “Quando o trabalho tende a ser individualizado e só pode ser desenvolvido por aquele profissional, só ele tem a autonomia para fazê-lo, a exemplo dos profissionais liberais, como advogados, para quem o benefício é válido. O importante é entregar serviço de qualidade no prazo combinado”, explica a gestora. Na Algar Telecom, a flexibilidade de horário faz parte da política do Grupo há 20 anos. Segundo a diretora de Talentos Humanos da Algar Telecom, Marineide da Silva Peres, o benefício depende da cultura, do tipo de negócios e do gestor de cada organização. “Na Algar Telecom esse método tem dado certo porque existe uma relação de confiança e responsabilidade entre os talentos humanos e os líderes da empresa. Não temos marcação e nem controle de A Marineide Peres, diretora de Talentos Humanos da Algar Telecom: “Não temos marcação e nem controle de ponto” Revista MERCADO | Edição 52 | 25 mercado trabalho ponto”, afirma a diretora. Segundo ela, os 1.600 colaboradores têm horário flexível e a liberdade de adaptar seus horários, desde que cumpram seus objetivos e estejam prontos para atender nossos clientes a tempo e a hora, com qualidade. “Nossos talentos humanos encaram essa liberdade de horário como benefício e valorizam isso com muita responsabilidade, e é claro, sob supervisão de bons líderes”, completa. Profissionais mais saudáveis Um bom esquema de trabalho com flexibilidade de horário também influencia positivamente na saúde dos trabalhadores. Segundo o clínico geral do Hospital Santa Genoveva, José Junqueira, quando as pessoas têm o livre arbítrio de escolher o horário para entrar e sair do trabalho, podem dormir melhor e ter níveis de pressão arterial mais equilibrado, diminuindo o cansaço emocional e o estresse psicológico. “Além disso, quando as empresas dão essa liberdade, os empregados se sentem menos obrigados a trabalhar quando estão doentes para não perder o dia”, disse o médico. “O que as empresas precisam entender é que a pré-disposição de oferecer a flexibilidade de horário não significa que o profissional vai trabalhar pouco. O que acontece é que ele vai aperfeiçoar o horário de trabalho, conciliando-o melhor com a vida pessoal. O emprego não pode ser visto ou sentido pelo profissional como um confinamento, e sim como um local prazeroso, com clima organizacional satisfatório e com líderes que dão mais crédito aos seus cola- O médico José Junqueira diz que o empregado que faz o próprio horário de trabalho dorme melhor, tem pressão arterial mais equilibrada e menores chances de cansaço emocional e estresse psicológico boradores”, enfatiza Vianei Altafin. “As empresas querem resultados e produtividade, mas se esquecem de que fatores como uma elevada carga de trabalho, com exigência de curtos prazos de execução, podem desencadear estresse e, consequentemente, outras doenças, como depressão e ansiedade”, conclui o clínico geral José Junqueira. B mercado política Contra o ex-presidente do Senado, Jader Barbalho, que renunciou ao mandato em 2001 para escapar da cassação em meio a uma série de denúncias, pesa suspeita de fazer parte de uma quadrilha acusada de desviar cerca de R$ 1 bilhão da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) Júlio Campos, Jader Barbalho, Carlos Souza e Paulo César Quartiero: parlamentares na mira do STF De homicídio a sequestro, os crimes no Congresso Suspeitas contra quatro parlamentares no STF vão de desvio bilionário a homicídio, passando por associação ao tráfico de drogas e sequestro Do Congresso em Foco H omicídio, sequestro e associação ao tráfico de drogas. Acusações que levam milhares de brasileiros pobres à cadeia todos os anos, quem diria, também chegaram ao Congresso Nacional, somando-se às tradicionais denún- 28 | Revista MERCADO | Edição 52 cias de desvio e mau uso do dinheiro público. Essas suspeitas ajudam a compor o eclético repertório das centenas de processos a que respondem parlamentares no Supremo Tribunal Federal (STF), órgão responsável por investigar e julgar criminalmente deputados e senadores. Conhecer detalhes dos processos em andamento no Supremo é dar de frente com as vísceras do sistema político brasileiro. O Congresso em Foco selecionou quatro casos que, devido à gravidade das denúncias, chamam o eleitor à reflexão. Afinal, quem foi escolhido pela população para legislar em nome dela deveria ser visto como exemplo para toda a sociedade. Mas nem sempre é assim. Um dos vice-líderes do recém-criado PSD na Câmara, o deputado Carlos Souza (AM) é o único parlamentar que responde a processo no Supremo por associação ao tráfico de drogas. Ex-governador de Mato Grosso, o deputado Júlio Campos (DEM-MT) é suspeito de ter encomendado a morte de duas pessoas. O primeiro não comenta o assunto; o segundo contesta a denúncia. Na Câmara desde o início de 2011, o ex-prefeito de Pacaraima (RR), Paulo César Quartiero (DEM-RR), que ficou conhecido nacionalmente por liderar os arrozeiros em um sangrento conflito por terras entre indígenas e não indígenas na reserva Raposa Serra do Sol, é acusado de sequestro e cárcere privado, entre outras coisas, nas 14 investigações (seis já transformadas em ações penais) que acumula no STF. Quartiero é hoje o congressista com mais pendências judiciais na mais alta corte do país. Todas, segundo ele, motivadas por perseguição política em razão de seu papel como líder dos arrozeiros. Excluídos os deputados, o senador com mais problemas na Justiça atualmente é Jader Barbalho (PMDB-PA), que só tomou posse no final do ano passado, meses depois de o Supremo decidir que a Lei da Ficha Limpa só valerá a partir deste ano. São cinco ações penais e dois inquéritos. Contra o ex-presidente do Senado, que renunciou ao mandato em 2001 para escapar da cassação em meio a uma série de denúncias, não pesa suspeita de envolvimento com tráfico de drogas, homicídio ou sequestro. Mas a de fazer parte de uma quadrilha acusada de desviar cerca de R$ 1 bilhão da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Ninguém na cadeia No Brasil, congressistas e outras autoridades só podem ser investigados e julgados criminalmente pela mais alta corte do país. O chamado foro privilegiado foi instituído para evitar eventuais perseguições políticas locais. Mas, por meios tortos, acabou virando um atrativo para a vida política: até 2010, os ministros do Supremo jamais haviam condenado qualquer parlamentar brasileiro. De lá para cá, no entanto, seis foram condenados. Dois escaparam da punição porque seus casos já estavam prescritos na data do julgamento. Outros três, condenados à prisão, ainda contestam a decisão da Justiça. Dois deles, inclusive, seguem no exercício do mandato: Asdrubal Bentes (PMDB-PA) e Natan Donadon (PMDB-RO). B Revista MERCADO | Edição 52 | 29 mercado marketing Segmenta ção é essencial para suces so nas redes sociais Pesquisa mostra que público pode ser classificado de acordo com as atividades que desempenha e essa diferenciação deve ser utilizada a favor das marcas que buscam divulgar seus produtos e serviços Do Mundo do Marketing 30 | Revista MERCADO | Edição 52 relação com as marcas com as quais se identificam e compartilhar esses conceitos com os amigos. As pessoas querem compartilhar as suas experiências”, afirma o pesquisador. para contato com amigos e trocas de mensagens, mas para informação e atividades criativas. Os dados também mostram um desejo maior de interação dos consumidores com as marcas: 90% deles se envolvem ou gostariam de se envolver produzindo, compartilhando ou comprando pelas redes sociais. Nove em cada 10 brasileiros já se relacionam com as empresas de alguma forma. A pesquisa reforça que as redes sociais são um campo promissor para que as empresas trabalhem suas imagens e produtos. Sessenta e cinco por cento das pessoas seguem ou curtem empresas ou serviços pelo menos uma vez por semana, enquanto 83% o fazem ao menos uma vez por mês. “Os consumidores tendem a se engajar mais com as marcas por motivos emocionais. O desejo é mostrar uma Consumidores querem conhecer as marcas Criativos são parcela mais jovem A pesquisa aponta que os usuários criativos e multiplicadores fazem parte da parcela mais jovem da população, de até 24 anos de idade. “Isso mostra que os jovens são um segmento interessante para as empresas que desejam fazer um trabalho de divulgação dos seus produtos em parceria com os consumidores”, completa Casas. De acordo com a análise, atualmente 97% dos usuários de internet no Brasil possuem perfis nas redes sociais e utilizam os sites não apenas Foto: Divulgação O internauta presente nas redes sociais não é homogêneo. Ele pode - e deve - ser segmentado em categorias de acordo com as atividades que desempenha. Para categorizar esses consumidores, a pesquisa “Produção e difusão da mídia social entre brasileiros”, realizada pela empresa eC Metrics, definiu três perfis: criadores, multiplicadores ou passivos. Estar atento a essa diferenciação é importante para que as marcas possam desenvolver ações específicas de acordo com seus objetivos. O estudo observou que a maior parte dos usuários das redes sociais no Brasil pode ser classificada como passivos (72%), aqueles que não criam nem compartilham conteúdos sobre marcas, no entanto leem, coletam e guardam as informações disponíveis nas páginas. Os multiplicadores respondem por 23% dos usuários, e são aquelas pessoas que recebem as informações e passam-nas adiante. “Os multiplicadores comentam aquilo que veem e compartilham com os amigos. Eles são importantes para as marcas que pretendem divulgar seus conteúdos”, explica o pesquisador Iván Casas, coordenador do estudo, em entrevista ao Mundo do Marketing. Em menor índice aparecem os criadores, que respondem por 5% do total, e são aquelas pessoas que produzem materiais sobre as marcas, empresas, produtos e serviços nas redes sociais. Esses usuários são importantes para as empresas que pretendem ter os seus produtos avaliados pelos consumidores e melhorados. O pesquisador Iván Casas: “Consumidores tendem a se engajar mais com as marcas por motivos emocionais” A análise mostra que a subjetividade é a forma mais importante de engajar os consumidores, no entanto, aponta que o conteúdo disponibilizado pelas empresas ainda é pouco segmentado ou personalizado. Entre os fatores subjetivos que fazem com que os internautas sigam as marcas estão compartilhar a apreciação com outras pessoas (31%) e estar associados com algo que consideram legal (31%). A busca de conhecimento também é um ponto importante para os internautas. A análise destaca que 29% buscam aprender mais a respeito das empresas e obter conhecimento sobre os produtos. Entre os fatores sociais e lúdicos, os entrevistados responderam que procuram fazer parte de uma comunidade com a mesma opinião (20%) e defender uma causa (18%). “As marcas precisam divulgar mais conhecimentos e informações e personalizar os seus conteúdos de acordo com a identificação de cada segmento e com a forma como as pessoas querem compartilhar”, diz Casas. B Revista MERCADO | Edição 52 | 31 mercado negócios Mulheres já são 48% dos proprietários de franquias Os dados são de um estudo feito pela Rizzo Franchise, consultoria que estuda o segmento de franchising, que já representa 2,8% do Produto Interno Bruto Nacional Da Redação/Atitude Press O Adriana da Mata, franqueada da Empada Brasil, está entre as mulheres que fizeram crescer as estatísticas da presença feminina no comando de franquias no país 32 | Revista MERCADO | Edição 52 setor de franquias cresceu 16,9% em 2011, acumulando um faturamento superior a R$ 88 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Essa expansão tem atraído cada vez mais a presença feminina no comando de franquias, em que as mulheres já representam 48% entre os proprietários de unidades das mais de duas mil redes presentes no país. Empada Brasil, Ecojardim, Doutor Resolve, LaserStar e Seguralta são alguns dos exemplos. Confiança na marca, possibilidade de atuar em um setor em alta no mercado e desejo de abrir um negócio próprio são as características que mais chamam atenção das empreendedoras. Adriana da Matta é parte dessa estatística. A empresária possui duas lojas e três quiosques da Empada Brasil na capital paulista há sete anos. “Nós, mulheres, somos mais cuidadosas com os negócios, o que se reflete no sucesso das empresas”, afirma. “A mulher consegue, com jeitinho, tirar o melhor de seus funcionários”, complementa. Criada em 1999 por uma família mineira, a rede de empadarias está em constante expansão. A ideia de Adriana, de investir na gestão de pessoas para conferir qualidade ao negócio, é a mesma estratégia adotada por Simone Franceto, de Piracicaba, interior de São Paulo, que começou no início deste ano suas atividades com a Ecojardim, microfranquia especializada em cuidar da nutrição e da beleza dos jardins. “Trabalhei durante cinco anos em uma empresa de tecnologia, mas sempre gostei de natureza e quis ter um negócio pró- prio. A Ecojardim permitiu aliar as duas coisas e tem sido uma experiência muito boa”, diz a franqueada. Simone Franceto investiu na abertura da Ecojardim, microfranquia especializada em cuidar da nutrição e da beleza de jardins Outro exemplo de profissional que trocou o emprego por um negócio próprio é o de Silvia Camilo. Ela deixou o cargo de executiva de contas em uma multinacional de vendas e montou sua franquia da Seguralta, primeira e única rede de franquias do setor de seguros no Brasil. “Escolhi a franquia porque nunca ficamos sozinhos no negócio. A marca dá todo o suporte”, diz a franqueada, que escolheu a área de seguros por ser uma das que mais crescem no país. Além de confiança na bandeira que está sendo franqueada e da afinidade com a área de negócio, também chama atenção das empreendedoras a possibilidade de atuar em uma área que esteja em um bom momento de mercado, como é o caso dos setores da construção civil e de beleza. Silvia Saidah, de 34 anos, por exemplo, montou uma franquia da marca Doutor Resolve, empresa que presta serviços gerais como instalação de pias, pintura de paredes, desentupimento de canos e instalações elétricas. Em poucos meses de atuação, ela já possui 15 funcionários e não reclama do movimento em sua unidade, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Boa parte do quadro de funcionários é composta por mulheres, o que para ela é também uma vantagem, pois avalia que a atuação feminina nesse tipo de serviço acaba sendo uma garantia a mais de qualidade. “Escolhi a franquia porque nunca ficamos sozinhos no negócio. A marca dá todo o suporte” (Silvia Camilo, franqueada da Seguralta) Giani Fernandes, de Florianópolis, Santa Catarina, é outro exemplo. Há um ano ela apostou no setor de beleza e inaugurou sua franquia da LaserStar, especializada em fotodepilação. Para ela, a administração feminina tem sido o segredo de sucesso do seu negócio. “Não gosto de ficar escondida o tempo todo em um escritório, e a franquia da LaserStar permitiu que eu tivesse uma participação em todas as áreas”, afirma. B Revista MERCADO | Edição 52 | 33 mercado educação Harvard faz parceria com instituições de Uberlândia Conceituada universidade americana e uma das mais prestigiadas do mundo une-se ao Instituto do Coração do Triângulo e à Faculdade Politécnica para oferta de curso a distância em pesquisa clínica, que neste ano diploma 20 profissionais da saúde em Uberlândia Por Aline Morais (Serifa) Foto: Reprodução O diretor da Faculdade Politécnica de Uberlândia, Eduardo Galassi, e o médico e diretor do Instituto do Coração do Triângulo (ICT), Roberto Botelho, que se aliaram à Universidade de Harvard para a realização de curso de extensão a distância em pesquisas clínicas 34 | Revista MERCADO | Edição 52 A Harvard Medical School, em parceria com o Instituto do Coração do Triângulo (ICT) e a Faculdade Politécnica de Uberlândia, está oferecendo a profissionais doutorados que atuam no sistema de saúde um curso de extensão sobre os princípios e as práticas da pesquisa clínica. O curso dá suporte teórico sobre como conduzir, analisar e interpretar pesquisas. As aulas são ministradas por meio de videoconferência, em uma das salas da Politécnica, por profissionais de Harvard. Ao final do curso, os alunos participarão de uma avaliação presencial em São Paulo, com professores de Harvard, ou em Boston (fica a critério do aluno) e, após atingirem o escore mínimo requerido, recebem certificado da universidade americana. A escolha da Faculdade Politécnica de Uberlândia para retransmitir o curso ocorreu somente após criteriosa avaliação da instituição, que se destacou pelo empreendedorismo e constante busca por inovações tecnológicas e práticas de ensino. O médico cardiologista e hemodinamicista Rodrigo Alves da Silva, um dos participantes, diz que o curso tem superado suas expectativas. “O curso é surpreendente e realmente superou nossas expectativas. O nível de exigência é alto, contudo os conhecimentos adquiridos valem todos os esforços. Todas as aulas são ministradas na língua Inglesa, e so- mos estimulados a discutir questões pertinentes em fóruns com alunos do mundo inteiro”, afirma Rodrigo. alunos fazem cadastro e envio prévio do currículo à Harvard. As aulas são semanais, com três horas cada. O curso tem duração de 10 meses e é dividido em módulos. “Nosso módulos contemplam aulas virtuais, simultaneamente aplicadas online no mundo inteiro, com possibilidade de realizarmos questionamentos a qualquer momento durante a aula. Temos à disposição monitores para auxílio em questões durante o curso ou fora dele via e-mails. Para a aprovação final, é necessária a obtenção de 70% de acertos e a elaboração de um projeto de pesquisa que será avaliado e pontuado conforme sua qualidade”, conta o aluno. Pesquisa clínica na prática O cardiologista e hemodinamicista Rodrigo Alves é um dos alunos do curso Durante a extensão, os alunos vão conhecer a parte teórica durante videoconferência com professores de Harvard e depois aplicar o que aprenderam. A parte prática da extensão é realizada pelo Núcleo de Educação e Pesquisa Clínica, que foi inspecionado pela FDA - Departamento dos Serviços de Saúde e Humanos dos EUA, que homologou o ICT a realizar pesquisas clínicas. Para participar da extensão, os A pesquisa clínica é a investigação científica que envolve seres humanos. Um novo tipo de fármaco e tratamentos novos para determinada doença são exemplos de casos estudados pelo pesquisador clínico. Seu papel é bem estabelecido em alguns países desenvolvidos, mas no Brasil ainda é pouco explorado. Neste ano, serão formados 300 alunos em todo o mundo, sendo 20 deles de Uberlândia. “É uma honra para a Politécnica ser escolhida para retransmitir este curso. A pesquisa clínica é hoje uma grande necessidade mundial, um mercado que movimenta US$ 37 bilhões por ano nos EUA. Este curso é um dos de mais alto nível mundial que nós, uberlandenses, A Revista MERCADO | Edição 52 | 35 mercado educação temos o prazer de receber”, afirma Eduardo Galassi, diretor da Faculdade Politécnica de Uberlândia. “Este curso é um dos de mais alto nível mundial que nós, uberlandenses, temos o prazer de receber” Para o diretor do Instituto do Coração do Triângulo (ICT), o médico Roberto Botelho, a cidade ganha muito com esse projeto. “É um benefício para toda a comunidade formar profissionais da área da saúde nesse curso e oferecer pessoas qualificadas para o mercado de Uberlândia”, afirma Botelho. De acordo com o médico, a pesquisa cardiovascular, por exemplo, é responsável por 70% do aumento da expectativa de vida da nossa população nos últimos 20 anos. Nesta última década, mais de 1 milhão de novas moléculas foram apresentadas para teste. Em 1960, a mortalidade do infarto do miocárdio era de 30%, hoje é de 4%, quando o paciente é atendido em um hospital de alto nível. A média nacional de mortalidade por infarto chega a 16%. Sobre as instituições parceiras Faculdade Politécnica É uma instituição de ensino superior com cursos de graduação reconhecidos pelo MEC nas áreas de gestão, engenharia, tecnologia e ciências jurídicas. Atua também na educação continuada, com cursos de extensão e pós-graduação. A Politécnica se destaca por estar sempre atenta às necessidades do mercado e pela capacidade de trazer para o conteúdo de seus cursos todo o conhecimento que os profissionais precisam para potencializar o aprendizado. Suas práticas inovadoras estimulam o aluno a construir o seu próprio conhecimento e a desenvolver suas competências técnicas e comportamentais, buscando uma formação consciente e integral. (www.facpoli.edu.br) Instituto do Coração do Triângulo (ICT) Com sede em Uberlândia, o ICT vem se destacando na América Latina pela constante busca de inovação. Foi pioneiro em várias técnicas que contribuíram com aprendizado de centros nacionais e internacionais. Criou benefícios não só para o ensino e a pesquisa, mas também e, principalmente, para a assistência. Hoje, mais de 80% das cidades do Triângulo Mineiro estão conectadas ao ICT para interações clínicas e discussões de casos em tempo real. São realizados anualmente no instituto cerca de 2.700 cateterismos, 800 implantes de stents coronários, 250 ablações por radiofrequência, 250 cirurgias cardíacas, entre outros procedimentos complexos. O último destaque da pesquisa clínica do ICT foram os stents bioabsorvíveis, chamada quarta revolução do tratamento das doenças coronarianas. Somente três centros brasileiros participam desse estudo, o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, o Hospital Albert Einstein, ambos em São Paulo, e o ICT. (www.ict.med.br/). Harvard University mais antiga instituição de ensino superior dos Estados Unidos, criada em 1636, a Universidade de Harvard é conhecida por sua liderança mundial em educação. Os membros do corpo docente são indivíduos apaixonados e curiosos, que continuam a sua própria investigação enquanto lecionam em Harvard. São selecionados por todo o mundo, trazendo consigo uma riqueza diversificada de conhecimento. Hoje, a universidade leciona para 360 mil alunos que vivem nos EUA e mais 190 de outros países. (www.harvard.edu). B Os alunos doutores durante uma das aulas do curso 36 | Revista MERCADO | Edição 52 mercado alimentação Uso Como potencializador de sabor - Realça o sabor de outros ingredientes, como frutas e sucos. Por exemplo, amasse uma banana ou cozinhe maçãs e peras e adoce com um fio de extrato de agave. Na culinária - O extrato pode ser usado no dia a dia para adoçar cafés, chás, sucos, assim como sobremesas, waffles, pães, panquecas, bolos e outros alimentos. Textura - O Extrato de Agave é menos viscoso e dissolve mais facilmente que o mel ou o melado e não açucara. Torta Crudívora de Morangos Ingredientes para a base: •1,5 xícara de castanha-do-pará ou outro tipo de noz e amêndoas; •1 xícara de coco ralado; •8 tâmaras. Ingredientes para o recheio: Extrato - ou xarope de Agave Produção de Agave, em Jalisco, no México Agave, uma boa alternativa ao açúcar Alimento orgânico é menos calórico e três vezes mais doce do que o açúcar Da Redação O extrato de Agave é um grande aliado da alimentação saudável. Sua utilização para adoçar pratos e bebidas pode auxiliar no emagrecimento, pois se trata de um alimento orgânico certificado que apresenta menos calorias e menor índice glicêmico 38 | Revista MERCADO | Edição 52 do que o açúcar - tem 3,34 calorias por grama -, apesar de ser três vezes mais doce. O Agave é uma planta suculenta, pertencente à família Agavaceae, originária do México. É de origem vegetal, 100% natural, sem glúten, sem lactose, tem coloração amarelo clara, odor agradável e textura mais suave que o mel. Da variedade Agave Tequilana, também conhecida como Agave-Azul, é que se extrai o extrato - ou xarope de agave. A produção ocorre através de quebra, filtragens, homogeneização e evaporação da planta, que é cultivada sem nenhum aditivo químico, assim como é feito seu processo de beneficiamento. Poder adoçante três vezes maior que o do açúcar comum Não contém glúten nem lactose Tem 3,34 calorias por grama •2 xícaras de castanhas de caju deixa- das de molho em água por uma noite; •1 colher de sumo de limão; •½ xícara de extrato de Agave azul orgânico; •½ xícara de óleo de coco; •1 colher de extrato de baunilha; •500g de morangos. Fonte de minerais, como ferro, cálcio, potássio e magnésio Ingredientes para adornar: Onde encontrar: Mundo Verde www.mundoverde.com.br •200g de morangos. Curiosidades Agave é um gênero de plantas suculentas da família Agavaceae, originárias, sobretudo, do México, e em menor grau dos Estados Unidos, América Central e América do Sul. Existem catalogadas mais de 180 espécies, algumas das quais largamente cultivadas, como o Agave Sisalana (para produção de Sisal), Agave Tequilana (produção de Tequila), Agave Americana e Agave Attenuata (ambas para fins ornamentais). Utensílios: •Centrífuga ou liquidificador; •Forma com diâmetro de 15 cm. Modo de Preparo: •No liquidificador, processar todos os ingredientes para a base até obter uma pasta; •Dividir a massa em duas partes iguais; •Cobrir o fundo da forma com papel manteiga. Pôr a primeira parte da massa na forma e, com a mão, apertá-la para que grude e tome a forma de bolo. Tirar da forma e separar também o papel manteiga. Passar suavemente para um prato; •Pôr a outra parte da massa no molde e apertá-la da mesma forma que a primeira parte - esta massa deixa-se no molde; •Guardar ambas as partes da massa na geladeira; •Em um liquidificador potente, colocar todos os ingredientes para o recheio - menos os morangos - e processar até obter um creme suave; •Dividir o recheio em duas partes iguais; •Dividir os 500g de morangos em duas partes iguais. Cortar a primeira metade dos morangos em pedaços pequenos - mais ou menos de 1cm; •Misturar esses morangos com a primeira parte do recheio; •Colocar esse recheio na forma sobre a primeira parte da base. Alisá-lo. Guardar no congelador; •Colocar a outra metade dos morangos no liquidificador e batê-los bem. Adicionar a outra metade do recheio e continuar batendo até obter um creme homogêneo; •Tirar a forma (com a primeira parte da base e com a primeira parte do recheio) do congelador (o ideal é ter o creme já congelado). Tirar a outra parte da base da geladeira. Colocá-la suavemente na forma sobre a primeira parte do recheio; •Colocar a outra metade do recheio no molde sobre a outra parte da base. Alisar com uma espátula. Guardar no congelador; •Tirar do congelador 15 minutos antes de consumir e adornar com os morangos. Depois de alguns minutos após tirá-la do congelador, já se pode cortar com uma faca molhada em água quente. B Revista MERCADO | Edição 52 | 39 Fonte: http://revolucaodacolher.org/torta-crudivora-de-morangos/ Receitas com Xarope de Agave Como edulcorante (adoçante) - Para adoçar 250 ml de suco, substitua uma (1) colher de sopa de açúcar (15g) por uma (1) colher de sobremesa de extrato de agave (10g). mercado culinária Ninho de lagosta ao molho de limão O segundo domingo do mês de agosto já tem receita certa. Em homenagem ao Dia dos Pais, a MERCADO com a colaboração da Selmi - detentora das marcas Renata e Galo - apresenta um macarrão especial com conhaque e limão. lagem. Corte a lagosta em cubos e salteie no azeite até que doure. Flambe no conhaque e reserve. Ajuste o sal. Ingredientes • 1 pacote de macarrão (Renata Superiore) tipo tagliarini (500g) • 500 g de carne de lagosta • 2 colheres (sopa) de azeite extra virgem • 4 colheres (sopa) de conhaque para flambar • 4 limões médios (suco) • 1 xícara (chá) de vinho branco • 2 caixas de creme de leite • 1 colher (chá) de sal • Rodelas e raspas de limão para decorar Modo de preparo • Cozinhe a massa conforme as instruções da emba- Molho • Leve ao fogo o limão e o vinho e deixe ferver até que reduza à metade. Junte o creme de leite e as raspas de limão. Ajuste o sal. Sirva porções individuais de massa, molho e lagosta decoradas com rodelas de limão. Dica • Se preferir, substitua a lagosta por camarão. Rendimento • 5 porções. Tempo de preparo • 40 minutos. Bom apetite!!! B mercado moda Blazer preto é curinga no guarda-roupa masculino Da Redação N ão é uma questão de estilo. O blazer, hoje, é uma peça curinga e fundamental no guarda-roupa de qualquer homem. Com a tecnologia usada em favor da moda, novos tecidos mais maleáveis e confortáveis e cortes que agradam a todos os gostos, o blazer passeia entre a informalidade e a casualidade, podendo transformar completamente o visual de quem o veste. Nas estações mais quentes, pode-se usar a peça e abusar dela, mesmo sendo preta. O segredo está na escolha do tecido. Um algodão leve pode ser a solução. Em épocas frias, lã, brim e veludo aquecem e dão charme. Se usado com calça jeans e camiseta branca, o blazer preto pode ter sua manga levemente arregaça- da e denotando um visual elegante e básico. Mas, se as mangas voltam ao comprimento do pulso, a roupa torna-se clássica, conforme explica o consultor de moda da Convicto, Mário Costa. Mas o blazer preto também pode vestir por baixo uma camisa polo. “Nesse caso, é preciso um pouco de cuidado. Melhor escolher uma camisa lisa e sem brasões”, completa Costa. Compondo um visual menos despojado, fica perfeito com uma calça chino cáqui. Essa combinação remete à elegância, porém mantendo a informalidade. “Vestido assim, o homem está perfeito para ir a almoços e jantares de negócios”, afirma Costa. O corte escolhido deve ser o clássico, aquele que mais se aproxima da parte superior do terno. Esse corte é facilmente adaptado a todos os estilos e não anda atrelado a apelos fashions. B O consultor de moda Mário Costa explica que se as mangas do blazer preto voltam ao comprimento do pulso, a roupa torna-se clássica 42 | Revista MERCADO | Edição 52 mercado moda Juliana Paes volta às campanhas da Hope Atriz entra para substituir a top model Gisele Bündchen, que vai se dedicar à própria linha de roupas íntimas - a Gisele Bündchen Brazilian Intimates Da Redação A empresa brasileira HOPE, do segmento de lingerie, acaba de anunciar que a atriz Juliana Paes, que já estrelou as campanhas da marca nos anos de 2008 e 2009, volta a protagonizar as campanhas da empresa. “A personalidade da Juliana tem muito a ver com as nossas clientes: são mulheres autênticas, sedutoras e com alto astral”, diz a diretora de marketing da Hope, Sandra Chayo. As fotos da campanha são assinadas pelo fotógrafo Bob Wolfenson e a beleza por Max Weber. “Estou muito feliz de trabalhar com a HOPE de novo. Adoro as peças da marca e as campanhas, que sempre valorizam as mulheres brasileiras”, diz Juliana Paes. 44 | Revista MERCADO | Edição 52 A nova campanha, idealizada pela agência Giovanni+Draftfcb, tem como mote “Hope. Bonita por Natureza. Assim como a Juliana Paes e você”. A atriz substitui a top model Gisele Bündchen, que após dois anos como protagonista das campanhas da Hope vai se dedicar agora às campanhas da própria linha de roupas íntimas, a Gisele Bündchen Brazilian Intimates, que é produzida e distribuída pela Hope. Hoje são mais de 80 lojas Hope em todo o Brasil e no exterior. A rede conta com duas unidades em Portugal, duas em Israel e uma na Argentina. Além das lojas de marca própria, a empresa também atua no comércio eletrônico por meio do site www.hopelingerie.com.br e fornece para varejos multimarcas no Brasil e no exterior. B Revista MERCADO | Edição 52 | 45 mercado turismo Bariloche - Quando o destino surpreende até os mais exigentes O destino é o mais procurado pelos brasileiros na temporada de inverno, tanto que a Emprotur espera receber 40 mil brasileiros entre junho e agosto de 2012 Da Redação - Fotos Divulgação Bariloche é um destino escolhido por muitos turistas no inverno por conta da neve e, também, por oferecer diversas outras atrações A 46 | Revista MERCADO | Edição 52 mercado U turismo ma região encantadora e com paisagens exuberantes. Assim se apresenta San Carlos de Bariloche, destino preferido entre os brasileiros quando o assunto é neve, além de possuir outras atrações secundárias, como atrativos turísticos, badalação e gente bonita. Neste ano, a cidade promete surpreender ainda mais, devido às inúmeras melhorias e grandes investimentos financeiros que foram realizados na região, em resposta à temporada passada, que foi devastada pelo vulcão chileno, Puyehue. Para aqueles que tiveram que trocar a temporada de neve por algum outro local exclusivo no mundo, a dica é retornar para o frio argentino e apreciar o que Bariloche tem de melhor. Rapidamente podemos listar algumas vantagens, como os maravilhosos resorts, a gastronomia e a enogastronomia, as atrações de compras e os inúmeros roteiros turísticos para quem gosta de neve e outras modalidades esportivas. Uma verdadeira paixão para o povo brasileiro, a arte de comer, de compartilhar com os amigos e apreciar uma nova gastronomia está presente o tempo todo em Bariloche. Faz parte da rotina sair para comer nos melhores restaurantes, experimentar sabores e se surpreender com novidades. Entre as delicias locais indicadas, estão as carnes de caça, variados queijos e frutas vermelhas, além do tradicional cordeiro patagônico. Vale um destaque o tradicional chocolate de Bariloche, conhecido como um dos melhores do mundo. Além disso, a cidade possui a maior quantidade de chocolaterias por habitante do planeta. Diante de tanta variedade de doces sabores, a ordem é se esbaldar sem culpa, afinal, no frio que quase chega abaixo de zero, gastamos muito mais calorias somente para nos manter aquecidos, uma boa desculpa para não se preocupar com as calorias extras. Acompanhando a fartura gastronômica, ainda temos os vinhos nacionais, ou seja, os vinhos argentinos, de excelentes safras e muitos exportados. O vinho é a bebida mais consumida na região, com certeza, porém, o que muitos não sabem, é que existe outro tipo de bebida que vem atraindo a atenção de apreciadores e conhecedores de várias partes do mundo: nesse caso, estamos falando da cerveja - outra paixão brasileira. Em Bariloche existe uma série de produtores que fazem cerveja artesanal. Inclusive existe um tour exclusivo pelas fábricas, e com certeza vale o passeio. Movimento não para Bariloche é emocionante, hospitaleira e muito romântica. Por lá, nunca falta o que fazer. Existem atividades programadas para o ano todo, não somente para a temporada de neve, que dura de junho a agosto. Além das montanhas, onde se pode praticar esqui e snowboard (Cerros Catedral e Otto, onde se pode praticar esqui cross-country e passeio de trenó. Outra opção maravilhosa é simplesmente jogar ou se divertir no esquibunda), 48 | Revista MERCADO | Edição 52 também se destacam o Parque Nacional Nahue l Huapi, a travessia dos lagos andinos até o Chile, a Isla Victoria (no lago) e o Circuito Chico (com 65 km de extensão). Há aulas de esqui para pessoas de todas as idades. Também há a opção de se fazer um belíssimo passeio de Maria Fumaça, tendo a Cordilheira dos Andes como cenário. Para os interessados em turismo de aventura, há uma infinidade de opções para toda a família: rafting, prática da descida em corredeiras d’ água, sempre em equipe, com três opções de percursos: dois do Rio Manso e um no Rio Limay; cavalgadas maravilhosas por cenários incríveis; parapente, que é semelhante à asa-delta e ao paraquedas, com a vantagem de não necessitar de nenhuma experiência ou treinamento físico; e ainda ciclismo de montanha com percursos variados, no gelo escalada e no lago mergulho; além de passeios de trenó com diferentes graus de dificuldade. Para receber os turistas com qualidade, conforto, diversão e sofisticação, foram investidos mais de US$55 milhões em infraestrutura e novas atrações. Entre as novidades da cidade, é importante destacar alguns empreendimentos imobiliários, a adequação e a reforma dos equipamentos de esqui em Cerro Catedral, e o mais importante: a reestruturação do Aeroporto Internacional. Com esse ultimo investimento realizado, o Aeroporto tornou-se o mais moderno e equipado da América Latina, aguardando receber somente durante a temporada mais de 150 voos do Brasil para Bariloche. Esqui para todas as idades Bariloche é hoje o destino mais procurado para prática de esqui durante a temporada de inverno na América do Sul. Com suas belezas naturais e paisagens deslumbrantes, a cidade é emocionante, hospitaleira e romântica. Além das montanhas onde se pode praticar esqui e snowboard (Cerro Catedral) destacam-se o Parque Nacional Nahuel Huapi, a travessia dos lagos andinos até o Chile, Isla Victoria (no lago) e os percursos turísticos chamados Circuito Chico e Circuito Grande. Há aulas de A mercado turismo esqui para pessoas de todas as idades. O Cerro Catedral, considerado o maior e mais desenvolvido centro de esqui do Hemisfério Sul, recebeu um investimento de US$ 10 milhões em melhorias para a temporada de inverno 2012, entre elas aquisições de novas máquinas, melhoria na sinalização, novos obstáculos, prevenção de avalanches, ampliação dos acessos aos meios de elevação, funcionamento sem interrupção por conta do vento e manutenção das pisapistas e caminhonetes. O Catedral é caracterizado por suas inigualáveis paisagens, que abrangem os lagos, vales e montanhas nevadas do Parque Nacional Nahuel Huapi, chegando até a Cordilheira dos Andes, com mais de 70 anos de história. Hoje conta com a maior infraestrutura de meios de elevação (com capacidade de transportar 35 mil pessoas por hora), com mais de 120 quilômetros de pistas e caminhos com infraestrutura de nível internacional. Outro famoso e muito procurado é o Circuito Chico, normalmente o primeiro para quem desembarca na região. Do centro da cidade (de carro) percorre-se 65 quilômetros até a Villa Llao Llao. No caminho, há uma parada no Cerro Campanário, uma das sete melhores vistas do mundo, de acordo com a revista americana “National Geographic”. Ali há oito belíssimos mirantes. Se existir alguém para explicar onde fica o oeste, talvez aviste o Chile, uma cadeia de montanhas nevadas atrás de outra cadeia de montanhas com lagos entre elas. Além disso, opções para toda família não faltam, como o Centro de Ski Nordico, que oferece a combinação perfeita entre esporte e natureza, uma modalidade ideal para todos praticarem. Permite ao esquiador mover-se por todo o tipo de terreno, com subidas, descidas e planos. Caminhadas guiadas com raquetes de neve também são oferecidas. E tem ainda o Piedras Blancas, complexo que conta com 3 mil metros de pistas exclusivas para trenós e meios de elevação para 1.200 pessoas, algo único na América do Sul e feito para toda a família. Entre as atividades oferecidas estão a escola de esqui e a possibilidade de ter aulas de snowboard. O Cerro Oto é um verdadeiro centro recreativo de inverno, pois além do complexo do Teleférico, é rodeado de lojas e da cafeteria giratória. No Vale do Chall Huaco encontra-se o refúgio Neumeyer, onde no inverno se praticam muitas atividades na neve. A mais conhecida é a caminhada com raquetes pelos chamados bosques de lengas, de manhã e de noite. Já no Cerro Lopez pratica-se Canopy, o arborismo na neve. São muitas as opções, todas a poucos minutos do centro de Bariloche. (Mais informações sobre o destino pelo site: www.barilochepatagonia.info) Aventure-se em Bariloche: adrenalina e renovação em meio à natureza Nada de neve, estações de esqui ou pranchas de snowboard. Apesar do estereótipo gelado já criado em cima de San Carlos de Bariloche, na Argentina, cidade popularmente conhecida apenas por seu “sobrenome”, há pontos fortes do destino que vão muito além do frio. Pouco se sabe a respeito no Brasil, mas os esportes invernais são, na verdade, apenas uma importante parcela da infinidade de atividades oferecidas na região. Em meio a paisagens impactantes, quem visita Bariloche tem contato direto com a natureza limpa e pura, cenário perfeito para aproveitar momentos de fuga das A mercado turismo grandes cidades. Entretanto, além da sensação de paz, é possível sentir adrenalina se o desejo for investir nessa proximidade de uma maneira mais agitada, proporcionada pelos esportes de aventura e a grande oferta de excursões e passeios. Entre as opções estão o rafting, o trekking, o arvorismo, o caiaque, o parapente, o canoismo e algumas atividades mais calmas, como trilhas a cavalo e pesca. As outras estações também são chamativas por detalhes peculiares: o outono traz paisagens estonteantes, com montanhas ocres e avermelhadas. O inverno, que vai de junho até setembro, é a conhecida estação da neve, com esportes que vão além do esqui, destinados a toda família. Agora, com o slogan “Quero estar aí!”, Bariloche inicia um trabalho que tem por objetivo atrair brasileiros durante todo o ano à região. A expectativa é de que, nos próximos três anos, mais de 100 mil viajantes oriundos do Brasil desfrutem de outras atrações e roteiros, em um destino colado no Brasil que não é só neve. É tempo de Bariloche! A partir de R$ 1.988 por pessoa em apartamento duplo, com passagem aérea, é possível desfrutar por três noites das belezas naturais e das aventuras da cidade de Bariloche. As operadoras oferecem ainda café da manhã e traslado regular Aeroporto / Hotel / Aeroporto. Confira alguns pacotes: Bariloche e Buenos Aires - Flot Operadora Hotel: Crans Montaña e Aspen Suítes Duração: 7 noites (3 noites em Buenos Aires e 4 em Bariloche) Regime: café da manhã Valor: a partir de US$ 1.999 por pessoa em apartamento duplo Inclui: aéreo bloqueio (ida e volta com saída de São Paulo), traslados, visita panorâmica e assistência cartão Saídas: 8 de Julho Reservas: www.flot.com.br - (11) 4504-4544 Bariloche - Temporada de Inverno - Agaxtur Turismo Duração: 7 noites Saídas: 23 de Junho a 18 de Agosto 2012 Valor: a partir de R$ 3.090 por pessoa em apartamento duplo O que inclui: passagem aérea São Paulo / Bariloche / São Paulo em voo fretado e exclusivo - classe econômica; 07 noites de hospedagem no Hotel Hosteria Aitue em BARILOCHE, com café da manhã; traslados Aeroporto / Hotel / Aeroporto; passeio ao Circuito Chico (com ingresso ao Cerro Campanário) + Cerro Catedral (sem ingresso aos meios de elevação) (exceto para hospedes do Hotel Llao Llao, Catedral e Pire Hue ); 5 dias de aluguel de roupa especial para neve; assistência permanente do escritório local da operadora com guia AGAXTUR; Seguro Cancelamento com Proteção Viagem Travel Ace (consulte condições de seguro). Reservas: www.agaxtur.com.br - (11) 3067.0900 Bariloche Promoção Aerolineas - Agaxtur Turismo Duração: 4 noites Saídas: até 1º de dezembro Valor: a partir de R$ 1.988 por pessoa em apartamento duplo O que inclui: Passagem aérea São Paulo / Bariloche / São Paulo via Buenos Aires com Aerolineas Argentinas em voos regulares; 4 noites de hospedagem no Hotel Crans Montaña com café da manhã; traslado Aeroporto / Hotel / Aeroporto; passeio regular ao Circuito Chico sem ascensão (exceto para hóspedes do hotel Llao Llao) e Isla Victoria Arrayanes; traslados de conexão em Buenos Aires; Seguro Cancelamento com Proteção Viagem Travel Ace (consulte condições de seguro). Reservas: www.agaxtur.com.br - (11) 3067.0900 Bariloche - Maktour Turismo Duração: 7 noites Saídas: 21 e 28 de julho e 4 de agosto Valor: a partir de US$ 2.303 por pessoa em apartamento duplo O que inclui: passagem aérea Rio de Janeiro/ Bariloche/ Rio de Janeiro com Aerolineas Argentinas em voos regulares; 7 noites de hospedagem no Llao Llao Resort Golf - Spa com café da manhã e assistência viagem Reservas: www.maktour.com.br - (11) 3818.2222 B mercado turismo Rio Quente Resorts é também esportes O maior complexo de águas quentes da América Latina tem investido com frequência em sediar eventos esportivos, facilitando assim cada vez mais a internacionalização de sua marca Por Layla Tavares * O s eventos esportivos têm sido a janela para o mundo do Rio Quente Resorts. Eleito o Top Of Mind Resort de Campo - o mais lembrado da categoria em 2011 -, o maior complexo de águas quentes da América Latina investe e amplia as ações esportivas tradicionalmente desenvolvidas em suas instalações e ganha destaque 54 | Revista MERCADO | Edição 52 internacional. Neste ano, apenas dois eventos - o I Algar Telecom Rio Quente Resorts ATP Challenger Tour e a Copa América de Beach Soccer - reuniram cerca de 7 mil pessoas e atraíram a atenção da mídia esportiva para o complexo, que fica a 200 quilômetros de Uberlândia. Segundo o diretor executivo de Experiência e Operações do Rio Quente Resorts, Ronaldo Pacheco, os eventos esportivos realizados no complexo são parte importante da consolidação crescente da marca, além de representarem uma oportunidade de novas parcerias e negócios. “Esses eventos visam a atrair a mídia e a levar a marca do Rio Quente Resorts internacionalmente, mas aliamos a isso ações paralelas de relacionamento com os nossos clientes”, afirmou. O evento mais recente, o I Algar Telecom - Rio Quente Resorts ATP Challenger Tour, que substituiu o future masculino Tennis Classic Rio Quente Resorts -, elevado à categoria Challenger após 13 edições no complexo, aconteceu entre os dias 5 e 12 de maio. O torneio internacional de tênis reuniu competidores de nove países e foi transmitido ao vivo pelo site da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). “É uma projeção internacional extremamente relevante, que eleva a credibilidade do Rio Quente Resorts, um dos únicos resorts aptos a receber um evento esportivo desse porte”, afirmou o diretor de Experiência, Marketing e Vendas do complexo, Manoel Carlos Cardoso. A Copa América de Beach Soccer, realizada em março na Praia do Cerrado, foi outro grande evento de destaque internacional. Transmitida ao vivo para 196 países pela Rede Globo e Sportv, a competição reuniu as seleções da Argentina, Brasil, Estados Unidos e México. I Algar Telecom Rio Quente Resorts ATP Challenger Tour Atletas de 9 países A Copa América de Beach Soccer reuniu seleções dos Estados Unidos, México e Argentina, além do Brasil Rio Quente Cristal Resort: complexo ganha hotel premium O Rio Quente Cristal Resort, inaugurado em março deste ano, é o primeiro hotel premium do complexo. Com 196 apartamentos e 22.750 m², o resort tem a água como elemento central. “Valorizamos a inovação e o refinamento em cada detalhe”, afirmou o diretor de Experiência, Marketing e Vendas, Manoel Carlos Cardoso. O paisagismo é do consagrado Benedito Abbud, que encanta com o Atrio Viridis - o maior jardim suspenso de um resort brasileiro. O novo hotel também preza pela sustentabilidade. “A água é aquecida com sistema solar e empregamos a tecnologia LED na iluminação, reduzindo custos energéticos”, disse Cardoso. Com o Rio Quente Cristal, o complexo atinge a marca de 1,2 mil apartamentos. Novidades sempre O número de acomodações ainda deve crescer nos próximos anos: está prevista para 2015 a inauguração de um novo hotel. De acordo com o diretor de Experiência Executivo, Francisco Costa Neto, de 2007 a 2017 os investimentos no complexo devem somar R$ 402 milhões. A verba contempla ainda a construção da Hot City, centro de entretenimento noturno sob o mesmo conceito de complexos, como a Universal e a Downtown Disney, em dezembro de 2014, e o Centro de Convenções, em 2015. B Transmissão ao vivo pelo site da ATP US$ 35 mil em prêmios Campeão de simples: Guilherme Clezar (somou 80 pontos no ranking mundial) Campeões de duplas: Marcel Felder e Guido Andreozzi (somaram 48 pontos no ranking mundial) Copa América de Beach Soccer Quatro seleções Transmissão ao vivo para 196 países pela Rede Globo e Sportv Rio Quente Cristal Resorts: puro luxo no coração do cerrado brasileiro * A jornalista viajou a convite do Rio Quente Resorts Revista MERCADO | Edição 52 | 55 mercado veículos 300C chega botando banca Novo Chrysler é lançado oficialmente no Brasil, custando a partir de R$ 179.900 Por Evaldo Pighini Fotos: Fernando Bicudo P ara quem gosta de espaço, conforto, desempenho e exuberância, o 300C da Chrysler é o carro. A Revista MERCADO acelerou essa máquina a convite da montadora no trecho entre São Paulo/Guarujá/São Paulo, e o mais difícil nesse desafio foi ter que sair do carro ao final do 56 | Revista MERCADO | Edição 52 teste. Mas, é a vida de jornalista que segue, afinal não é qualquer profissional da área que pode desembolsar R$ 179.900 pelo 300C, preço inicial do carro. Porém, se for para avaliar os concorrentes diretos, o 300C vale literalmente quanto pesa, ou melhor, o que se pede por ele. O 300C é um símbolo da marca Chrysler. Produzido desde 1955, o modelo volta a ser comercializado no Brasil depois de alguns anos de ausência. Sob nova leitura, o carro chega ao país com o objetivo de abocanhar clientes de outras marcas, como Audi A4, Ômega e Genesis, entre outros. Com relação ao preço, os R$ 179,9 mil ficam acima dos valores cobrados pelo Mercedes-Benz Classe C e o BMW Série 3, mas abaixo de outros representantes da categoria do Chrysler, como o Mercedes-Benz Classe E (com quem divide plataforma) e o BMW Série 5. O novo 300C, que deixou de ser comercializado no Brasil há mais de dois anos, sofreu algumas mudanças depois da aquisição do grupo americano Chrysler por parte da Fiat, e deixou de lado o design dos carros antigos para assumir linhas mais modernas e imponentes que, diga-se de passagem, valeram a pena. Entre as principais mudanças, com relação ao modelo 2005, está o novo trem de força Pentastar V6 de 3,6 litros, que despeja 286 cv de potência. São 37 cv de força a mais que a versão anterior. Além disso, para acompanhar a evolução do propulsor, a transmissão do carro também sofreu alterações. Agora, o 300C conta com câmbio automático de cinco velocidades A Revista MERCADO | Edição 52 | 57 mercado veículos Impressões ao dirigir e transmissão E-Shift de oito marchas. Impressionante é que mesmo com esses novos atributos, o modelo chega a alcançar o consumo de 8 km/l na cidade e 13 km/l na estrada. Vale destacar que, apesar de ter um motor de alta potência, o isolamento acústico do veículo é muito bom. E na estrada, mesmo com o carro a 120 km/h, o giro do motor não ultrapassa a impressionante média de 1.500 rpm. No quesito segurança, o 300C traz airbags frontais, laterais dianteiros e do tipo cortina, e mais controle de estabilidade e ABS. Conforto a bordo Para completar as alterações no motor e no câmbio, o sedã conta com auxílio de estacionamento dianteiro e traseiro, ar-condicionado “dual-zone” automático, bancos dianteiros com ajustes elétricos, apoio lombar, ventilação e aquecimento, bancos traseiros aquecidos, computador de bordo com dezenas de funções e informações sobre o funcionamento do carro, coluna de direção com regulagem elétrica de altura e profundidade, controles do sistema de áudio no volante, controle de velocidade de cruzeiro integrado ao volante, espelhos retrovisores com luzes direcionais integradas, rebatíveis eletricamente, aquecidos, memorizados e antiofuscantes, limpadores de para-brisa com sensor de chuva, memória para os ajustes do banco do motorista, retrovisores e rádio, pedais reguláveis eletricamente, com memória, persiana traseira com acionamento elétrico, porta-copos dianteiro climatizado, sistema de entrada e partida sem chaves Enter’N GO, teto solar panorâmico duplo, frente/traseira e volante revestidos de couro e imitação de madeira com aquecimento. Estilo Na parte de fora, o Chrysler 300C 2012 ganhou uma nova grade, que apresenta sete lâminas cromadas que remetem ao novo logotipo da montadora. Os faróis possuem de58 | Revista MERCADO | Edição 52 senho marcante e são formados por refletores bi-xenônio adaptativos e LEDs em forma de “C”, empregando ao sedã uma identidade própria. Já o para-brisa foi inclinado para trás em 7,5 cm, o que melhorou a aerodinâmica, enquanto a visibilidade aumentou em 15% com as colunas “A” mais finas. Os grandes para-lamas dianteiros que sobem do capô esculpido até a traseira descem até as lanternas traseiras verticais redesenhadas. O resultado é uma silhueta inconfundível, uma das assinaturas do modelo. Os faróis de trás também contam com LEDs para reforçar o tratamento de joia à peça e dar uma presença noturna atraente. O visual traseiro é completado com toques mais agressivos, a exemplo do defletor integrado à tampa do porta-malas e das duas ponteiras ovais de escapamento. No interior, tudo foi redesenhado, para oferecer um estilo mais sofisticado e acabamento sensivelmente melhor. Além do revestimento de couro natural e perfurado, foram empregadas superfícies suaves ao toque. A iluminação azul-safira dos mostradores do novo quadro de instrumentos é uma atração à parte. Completa o conjunto o LCD de 3,5’ polegadas do computador de bordo, com dezenas de funções do veículo. A tecnologia também está presente na central multimídia instalada no centro do painel. Com tela de 8,4’, é possível controlar o sistema Uconnect™ Touch, o CD, o DVD e o MP3, além do navegador GPS integrado, da Garmin. O sistema de som é Alpine e conta com dez alto-falantes, inclusive com Subwoofer. O sistema multimídia permite também conectar dispositivos com tecnologia Bluetooth. Também é possível colocar aparelhos como iPod, iPhone e iPad no Uconnect™. Durante o teste que fizemos para experimentar o 300C, dirigimos o carro entre São Paulo e Guarujá (litoral). Ao longo do trajeto, pudemos perceber que, digamos, a “tocada” do veículo permite retomadas rápidas e seguras, e a posição L no câmbio pode ser acionada numa situação em que não se possa esperar pelo kickdown automático - na verdade, ela serve primordialmente para manter o trem de força em marchas baixas, garantindo maior controle em descidas prolongadas ou terrenos escorregadios. Entretanto, sem trocas sequenciais. A condução do 300C aparentemente também ficou mais suave, com pouca vibração na cabine transferida pelo terreno. Cabe ressaltar que o carro foi testado em rodovia de piso bom. Talvez, por isso, o silêncio interno elogiado anteriormente. Durante o teste, não houve oportunidade de experimentar a sensação de viajar no banco de trás, mas, segundo opinião de um jornalista que o fez, o espaço é excelente e oferece muito conforto, que pode ser proporcionado “apenas por um entre-eixos de 3,05 metros”. B Ficha técnica: Chrysler 300c 2012 Motor Pentastar V6 3.6 de 24 válvulas Potência 286 cv a 6.350 rpm Torque 34,7 mkgf a 4.650 rpm Consumo (urbano/rodoviário) 8,1/13,2 km/L Câmbio Automático de oito velocidades Distância entre-eixos 3.052 mm Comprimento 5.044 mm Largura 1.902 mm Altura 1.485 mm Vão livre do solo 120,3 mm Peso em ordem de marcha 1.814 kg Tanque de combustível 72,2 litros Porta-malas 462 litros Revista MERCADO | Edição 52 | 59 mercado econômica, trip-fuel - estimativa de distância a percorrer com combustível na reserva -, marcador de combustível em barras, indicadores de temperatura do líquido de arrefecimento, seletor do modo de potência (PMS) e modo de tração (KTRC). Além das luzes indicadoras de injeção, ABS e neutro. B Foto: Divulgação Kawasaki desembarca no Brasil a Versys 1000 de instrumentos é completo, moderno e de fácil visualização. Apresenta conta-giros com mostrador analógico e moderno display digital, com velocímetro, hodômetro total e parcial A e B, relógio, computador de bordo e função que mostra consumo instantâneo e médio, indicador de pilotagem Foto: Divulgação km para encontrar um posto de gasolina. A Versys 1000 percorre a mesma quilometragem com um tanque de 21 litros. Com boa funcionalidade e ciclística para driblar o trânsito diário e encarar as estradas, a moto traz um eficiente no para-brisa que pode ser ajustado a qualquer momento sem a necessidade de ferramentas, bastando soltar com as mãos as travas que o prendem. Com assento em dois níveis, acomoda e mantém o piloto no lugar ao acelerar forte nas arrancadas, enquanto o garupa poderá desfrutar o visual da estrada do alto de seu posto com toda a segurança. A precisão nas mudanças de direção, sua agilidade e facilidade de manobrar provêm da estabilidade que o chassi, de tubos duplos em alumínio fundido, e o subchassi, em treliça de aço, asseguram. Eles são leves, com pouquíssimos pontos de solda para não perder a rigidez. A distância em relação ao solo é de 155 mm. O som do motor 4 cilindros em linha de duplo comando no cabeçote (DOHC) e 16 válvulas denuncia o poder que há em seus 1.043 cm³. Alcançando torque máximo de 10,4 kgf. m (102 Nm) a 7.700 RPM e com potência de 118 cv (86,8 kW) a 9000 rpm, o motor é alimentado pela injeção eletrônica Keihin. Para completar a obra, o painel Foto: Divulgação Estradeira Versys 1000 apresenta desempenho esportivo com ciclística confortável como a de uma touring Foto: Divulgação veículos Maxtrail é equipada com motor de 118 cv e tem preços a partir de R$ 49.900 Da Redação R eafirmando o compromisso com o consumidor brasileiro, a Kawasaki Motores do Brasil (KMB) acaba de trazer para o país o que há de mais novo 60 | Revista MERCADO | Edição 52 em sua grade de produtos. Isso pouquíssimos meses após a apresentação mundial do modelo no Salão de Milão. Estamos falando da maxtrail Versys 1000. A Versys 1000 vem com a pro- posta principal da realização de longas viagens. Sua autonomia é muito boa comparada à de suas concorrentes, como a Yamaha XT 1200Z Super Ténéré, que tem um tanque de 23 litros e percorre 400 Revista MERCADO | Edição 52 | 61 mercado empresas&empresários consumidor. Nossa meta é superar as expectativas dos nossos clientes e consumidores e ser referência de mercado na produção e comercialização de tomates, tendo como premissas: inovação, qualidade, transparência, confiabilidade e serviço”, diz Edson Trebeschi. Ele atribui o crescimento da empresa à constante preocupação com a transparência, a honestidade e a ética nas relações com parceiros, fornecedores, clientes, colaboradores e governo, bem como com a busca incessante da qualidade dos produtos. A sede da Trebeschi em Araguari, no Triângulo Mineiro Preocupação total - com o meio ambiente e o social de funcionários Tecnologia e sustentabilidade alimentando gente Foto: Divulgação Edson Trebeschi é presidente da Trebeschi Tomates, uma das maiores empresas de produção e comercialização de tomates no Brasil Por Renata Saud F ornecer aos clientes produtos com excelência de qualidade, selecionados eletronicamente e cultivados com as mais avançadas tecnologias de produção disponíveis no mercado e, acima de tudo, com a máxima atenção à segurança e à responsabilidade com o meio ambiente. Foi com esses princípios que a empresa Trebeschi Tomates foi fundada, em 1994, por Edson Trebeschi, presidente da empresa. A empresa nasceu e cresceu como prestadora de serviço na comercialização de tomates, e é, hoje, considerada uma das maiores do ramo no Brasil, com produção pró- 62 | Revista MERCADO | Edição 52 pria e parceria com produtores associados em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. A Trebeschi atua em toda a cadeia produtiva, desde a seleção das sementes, passando pela semeadura em viveiros tecnificados com acompanhamento técnico em que os recursos naturais são utilizados apropriadamente, atendendo às exigências dos órgãos competentes. No cultivo, a empresa atua diretamente nas plantações, com recursos agronômicos e tecnológicos, o que garante um manejo seguro nas plantações e o melhor cuidado no manuseio dos frutos. No Packing House, a qualidade do produto é o principal objetivo. Para alcançá-la, os colaboradores manuseiam a máquina de seleção eletrônica dos tomates, classificando-os por diâmetro, peso e cor, fazendo com que o tomate Trebeschi chegue à mesa do consumidor com sabor e sanidade, garantindo assim qualidade inigualável. Com plantações em regiões distintas - Triângulo Mineiro, Goiás, São Paulo e Santa Catarina -, a empresa fornece tomates de alta qualidade durante todo o ano. “Estamos próximos de nossos clientes, o que favorece o fornecimento do melhor alimento com o frescor natural direto do campo para o mercado A Trebeschi reconhece a importância de zelar pela origem da matéria-prima com o uso consciente das águas legalizadas através do sistema de gotejamento, o manejo seguro de agrotóxicos, bem como com o processo de licenciamento das áreas produtivas. A empresa prioriza a permanência e a solidificação do seu negócio, através da sobrevivência do meio ambiente, da qualidade de vida das pessoas e da oferta de produtos saudáveis durante o ano todo, mantendo o cuidado permanente do solo e das águas nos períodos de safra e entressafra. É com a mesma preocupação na preservação do meio ambiente que a empresa vê a importância de seus colaboradores para o sucesso dos negócios. “Acreditamos na capacidade de transformar a realidade através da energia de nossos colaboradores. Nosso maior investimento tem sido em capital humano. Somos uma empresa jovem e de sucesso, e temos como lema ensejar o sucesso de todos os nossos colaboradores e parceiros de trabalho, tendo sempre a convicção de que a ética, a transparência e a honestidade em nossas ações inspiram relações duradouras e satisfatórias para todos. A Trebeschi conta com profissionais altamente qualificados e treinados, devidamente protegidos com modernos equipamentos de proteção individual, atendendo às normas de segurança do trabalho. “Um dos nossos pilares institucionais é a valorização do ser humano, por isso oferecemos condições seguras de trabalho e tecnologia de ponta para atingir a máxima profissionalização”. Tecnologia ajuda a Trebeschi a sustentar crescimento Desde 2005, a Trebeschi vem contanto com o apoio de um sistema de gestão da Sankhya, empresa uberlandense desenvolvedora de softwares que fornecem soluções de gestão empresarial para gerir seus negócios. O know-how da Sankhya nessa área e os diversos cases de sucesso que a empresa coleciona junto a clientes motivou a escolha da Trebeschi pelo sistema. “Diversos fatores pesam na decisão e na escolha de um software de gerenciamento, entre eles a percepção da confiança que a empresa nos passa. Analisamos várias empresas e a Sankhya supriu essa expectativa”, afirma Edson. Na época em que adquiriu o sistema, a necessidade crucial da Trebeschi era controlar custos, despesas e receitas. “Como somos uma empresa de agronegócios, que engloba produção, comercialização e transporte de produtos in natura, necessitamos de controles adequados e imediatos para tomadas de decisões diariamente”. Com a implantação do sistema, a empresa integrou todas as áreas e passou a controlar em tempo real os processos dos vários setores: Financeiro, Comercial, Produção, Cotação, Pessoal, Contabilização, Patrimonial, Livros Fiscais, Metas e Controle Orçamentário e Configurações. “Sem dúvida, a geração de indicadores e relatórios e o gerenciamento das informações dessas áreas é o maior benefício que qualquer negócio pode ter com a utilização de um software. Quando temos informações, temos como tomar decisões mais acertadamente e planejarmos o futuro da empresa”. Como exemplo, o executivo cita o direcionamento de investimentos em determinado projeto, como também a desistência de projetos agrícolas que através dos controles de custos gerados pelo sistema mos- traram-se inviáveis. A Trebeschi também investe na formação e na certificação de seus colaboradores para a perfeita utilização do sistema. Todos os usuários que utilizam o software passam por um período de treinamento via EAD oferecido pela empresa de software. “Com isso, não precisamos deslocar os funcionários, o que reduz muito os custos. Além do mais, a empresa consegue otimizar sua utilização e potencializar os benefícios de se ter informações sobre os processos para tomadas de decisão. Edson Trebeschi conta que a tecnologia tem contribuído para melhorar a gestão da empresa. “Estamos sempre buscando inovação e aprimoramento tecnológico, e certamente esse nosso investimento tem contribuído para que continuemos crescendo sem perder a qualidade dos produtos que oferecemos”, conclui Édson. B Revista MERCADO | Edição 52 | 63 mercado coluna literatura *Kenia Maria de Almeida Pereira é doutora em Literatura Brasileira pela Unesp/São José do Rio Preto-SP e professora colaboradora do Mestrado em Teoria Literária da Universidade Federal de Uberlândia-MG. Autora de artigos científicos e livros sobre literatura brasileira ([email protected]) Presidente Obama, o casamento gay e a literatura brasileira Por Kenia Maria* O único presidente do mundo, que eu saiba, que veio a público dizer que é a favor do casamento gay, ou união homoafetiva, é o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Parabéns para ele! Meus leitores fiéis, é preciso ter muita coragem para fazer um pronunciamento ao vivo na televisão, dizendo ser a favor do matrimônio entre duas pessoas do mesmo sexo em ano eleitoral. Só o futuro dirá se essa ousadia dará ou não a Obama nova vitória no terreno político. O que importa hoje é que ele virou um ícone do mundo gay, com direito a um arco-íris em forma de auréola estampado na capa da revista Newsweek. Todos sabem do terrível preconceito e da humilhação pelos quais passam injustamente, em pleno século XXI, os homossexuais. Penso que ninguém ignora mais o fato de que 64 | Revista MERCADO | Edição 52 vinte por cento da humanidade deseja alguém do mesmo sexo e que a homossexualidade é tão antiga quanto a vida humana. Mas, mesmo diante de toda informação dis- Adolfo Caminha foi o primeiro escritor brasileiro a ter coragem de publicar um romance de temática homossexual (...) em pleno século XIX ponível sobre o tema, o gay é alvo de piadas sem graça, de risinhos encostados e olhares desaprovadores. E mais: sabemos que ainda há os homofóbicos, aqueles que estão sempre prontos ou a berrar uma lição de moral ou a empunhar uma arma para agredir ou matar quem tem prazer com pessoas do mesmo sexo. Leitores, atentem para esta terrível estatística: “O Brasil é o campeão mundial de crimes contra LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais - Travestis e Transgêneros entram como significante dessa única letra “T”): um assassinato a cada dois dias, aproximadamente 200 crimes por ano”, alerta Luis Mott, antropólogo e fundador do GGB (Grupo Gay da Bahia). Quem quiser saber mais, acesse o link http://www.ggb. org.br/dossier%20de%20assassinatos%20de%20homossexuais%20 em%202009.html Reflitam sobre estes números alarmantes: 200 pessoas são mortas no Brasil, por ano, pelo simples fato de serem homossexuais. Gente, vamos acordar. O homem já foi à Lua, a Marte, nós temos celulares e computadores de última geração, implantamos corações artificiais no peito de frágeis crianças, robôs manejam centros cirúrgicos, o homem voa e, em apenas oito horas, ele deixa o Brasil e chega a Europa. Mas os velhos e arraigados preconceitos acompanham grande parte das pessoas, por mais que elas estejam conectadas com a mais complexa tecnologia. Daí porque a fala afirmativa do presidente dos Estados Unidos pode ajudar muitos casais gays, principalmente os que adotaram crianças ou pensam em fazê-lo. O pronunciamento de Obama pode também ser um antídoto contra o bullying, sofrido por crianças adotadas por casais em união homoafetivas. Lembrei-me agora de que o escritor cearense Adolfo Caminha foi o primeiro escritor brasileiro a ter coragem de publicar um romance de temática homossexual. E isso, meus leitores, em pleno século XIX, em uma sociedade muito mais conservadora e machista que a nossa deste século. Em meio a censuras e escândalos, Caminha publicou, em 1895, o romance O Bom Crioulo, apresentando a um público perplexo uma história picante entre dois marujos: Amaro e Aleixo. Vejam que realmente é preciso ser “um cabra sem medo” para narrar um caso homoerótico entre marinheiros, enfrentar a Marinha e escrever: “Ao pensar nisso, Bom Crioulo sentia uma febre extraordinária de erotismo, um delírio invencível de gozo pederasta... Agora compreendia que só no homem, no próprio homem, ele podia encontrar aquilo que debalde procurara nas mulheres”. (O Bom Crioulo) Não podemos esquecer também de Aluisio Azevedo que, em 1890, publicou O Cortiço, no qual a denúncia social sobre a favelização do Rio de Janeiro se mistura a um encontro homoerótico entre as lésbicas Pombinha e Léonie. Nessa obra, o leitor enfrentará passagens lascivas como estas: “- Vem cá, minha flor!... disse-lhe, puxando-a contra si e deixando-se cair sobre um divã. Sabes? Eu te quero cada vez mais!... Estou louca por ti! E devorava-a de beijos violentos, repetidos, quentes, que sufocavam a menina, enchendo-a de espanto e de um instintivo temor, cuja origem a pobrezinha, na sua simplicidade, não podia saber qual era.” (O Cortiço) Despeço-me, aqui, não sem antes recomendar vivamente a leitura desses dois romances brasileiros do período naturalista. Ambos abriram caminhos para que, mais tarde, tivéssemos importantes autores contemporâneos que explorariam de forma mais complexa e inteligente a temática homoerótica em suas narrativas. João Gilberto Noll, Caio Fernando Abreu, João Silvério Trevisan, são alguns dos escritores brasileiros que não podem faltar na nossa estante. Parece mesmo que, se os discursos políticos podem mudar o mundo, a literatura também não fica atrás, provocando e estimulando o debate sobre “o amor que não ousa dizer o seu nome”. Evoé, Oscar Wilde! B mercado profissões em filme 2 Coelhos Por Kelson Venâncio* 66 | Revista MERCADO | Edição 52 *Kelson Venâncio jornalista e diretor do Cinema e Vídeo - www.cinemaevideo.com.br S e você é daqueles que têm algum tipo de preconceito contra filmes nacionais e pensa que o cinema brasileiro ainda está atrasado no tempo e fica bem longe das grandes produções hollywoodianas, cuidado, pois você pode estar perdendo ótimas produções. Provavelmente quem deve estar vivendo no passado é você. Os longas realizados aqui nunca tiveram tanto espaço no circuito do entretenimento como nos últimos anos. E tudo isso porque conseguiram elementos fundamentais para que um filme caia no gosto popular: direção, interpretações, roteiro e, em alguns casos, até bons efeitos especiais. E se você não viu 2 Coelhos no cinema, então corra para uma locadora próxima e alugue este que para mim é um dos melhores filmes já produzidos pelo cinema nacional. A história de 2 Coelhos é a seguinte: após se envolver em um grave acidente automobilístico, no qual uma mulher e seu filho são mortos, Edgar (Fernando Alves Pinto) é indiciado, mas consegue escapar da prisão graças à influência de um deputado estadual. Logo em seguida ele parte para uma temporada em Miami, de onde retorna com um elaborado plano em que pretende atingir tanto o deputado Jader (Roberto Marchese), que o ajudou, símbolo da corrupção política, quanto Maicon (Marat Descartes), um criminoso que consegue escapar da justiça graças ao suborno de políticos influentes, além de, junto a eles, roubar o cofre público. Instigado, Edgar resolve colocar seu plano em prática e se aventura no mundo da ação em busca de recuperar a grana do cofre e de colocar os criminosos atrás das grades. Enquanto isso, ele se envolve com Júlia (Alessandra Negrini), uma promotora pública que decide ajudá-lo nessa perseguição ao cofre público. Contada dessa forma resumida na sinopse, o filme poderia ser de fácil interpretação e simples, algo muito comum nas produções cinematográficas. Mas o segredo do sucesso de 2 Coelhos está exatamente na fórmula encontrada pelo roteirista e também diretor Afonso Poyart para contar essa história. Usando de uma narrativa do personagem principal, somos apresentados a diversos personagens, em situações diferentes e em momentos distintos, o que a princípio nos deixa até meio confusos. Aí vem a pergunta: “o que isso tem a ver com aquilo”? Mas como acontece com roteiros de grandes produções inteligentíssimas de Hollywood, o nosso querido conterrâneo brasileiro, Afonso Poyart, vai montando aos poucos esse quebra-cabeças, encaixando peça por peça de uma forma magistral, fazendo com que percebamos que tudo faz sentido e finalizando essa obra prima da sétima arte justificando o título e matando 2 coelhos com uma paulada só. O trabalho de Poyart é talvez o melhor desse filme. Além de escrever um roteiro extremamente inteligente, ele faz uma direção incrível e talvez nunca vista antes no cinema nacional. O jogo de câmeras usado nas filmagens é essencial para que viajemos nos pensamentos exagerados de Edgar. E aí, a partir de um simples assalto no trânsito, em que o ladrão leva apenas uma carteira, um celular e um relógio, somos apresentados a diversas situações que na mente dele poderiam ter acontecido caso Edgar resolvesse reagir. As interpretações são outro ponto positivo. Formado por um elenco que em sua maioria talvez nem seja conhecido pelo grande público, todos os atores, sem nenhuma exceção, trabalharam muito bem e podem se gabar de suas atuações. Até mesmo os que fazem uma pequena ponta na produção surgem para fazer bem feito. É claro que os destaques são Fernando Alves Pinto, como Edgar; Alessandra Negrini, como Julia; Marat Descartes, como o chefe do crime Maicon; e Roberto Marchese, como o deputado corrupto Jader. Esse último faz tão bem o papel que imaginamos que é mesmo um político de verdade, já que se parece com a maioria que existe por aí nesse Brasil afora. E, além de tudo isso, ainda tem algo que nunca vimos com tanta intensidade em filmes brasileiros: os efeitos especiais. Aqui eles são uma atração à parte e todos muito bem feitos. Ninguém termina de assistir e pensa: “esses efeitos de filmes nacionais não prestam”. Pelo contrário, em várias ce- nas dá vontade de voltar e assistir de novo. E claro que além desses ótimos efeitos visuais, em 2 Coelhos o trabalho de edição é fantástico, outro grande acerto da equipe dessa produção. Com tantas continuações bombásticas e ruins que surgem por aí no cinema hollywoodiano, bem que esse mestre do cinema nacional, que é Afonso Poyart, poderia se empolgar com sua obra e escrever uma continuação. Adoraria ver Edgar matando com uma cajadada só mais uma centena de coelhos brasileiros sujos e corruptos que mancham o nosso país. B FICHA TÉCNICA Título: 2 coelhos Diretor: Afonso Poyart Elenco: Alessandra Negrini, Caco Ciocler, Fernando Alves Pinto Duração: 108 minutos Ano: 2011 País: Brasil Gênero: ação, policial Censura: 16 anos Nota: 10 Revista MERCADO | Edição 52 | 67 mercado sustentabilidade O que as organizações podem fazer pela sustentabilidade na Terra Da Redação N unca se falou tanto sobre sustentabilidade, principalmente no momento próximo que sucede à realização da Rio +20. Contudo, o que as empresas podem fazer para melhorar os problemas ambientais do planeta? Uma medida possível é o cumprimento dos requisitos da norma NBR 14031, que fornece orientação para projeto e uso da avaliação do desempenho ambiental em uma organização. Ela é aplicável a todas as organizações, independentemente de tipo, tamanho, localização e complexidade. As atitudes empresariais que atendem aos parâmetros de sustentabilidade estão na moda, sendo que isso já existe e começou a se multiplicar e a se espalhar por vários lugares antes degradados do planeta. Muitas comunidades, que antes viviam sofrendo com doenças de todo tipo provocadas por indústrias poluidoras instaladas em suas vizinhanças, viram sua qualidade de vida ser gradativamente recuperada e melhorada ao longo do desenvolvimento desses projetos sustentáveis. Da mesma forma, áreas que antes eram consideradas meramente extrativistas e estavam condenadas ao extermínio por práticas predatórias, hoje têm uma grande chance de se recuperar após a adoção de projetos de exploração com fundamentos sólidos na sustentabilidade e na viabilidade de uma exploração não predatória dos recursos disponíveis. Dessa forma, a exploração e a extração de recursos com mais eficiência e com a garantia da possibilidade de recuperação das áreas degradadas é a chave para que a sustentabilidade seja uma prática exitosa e aplicada com muito mais frequência aos grandes empreendimentos. Preencher as necessidades humanas de 68 | Revista MERCADO | Edição 52 Nos últimos 35 anos, a Amazônia brasileira já perdeu quase 20% de sua cobertura florestal devido a atividades humanas recursos naturais e garantir a continuidade da biodiversidade local, além de manter ou melhorar a qualidade de vida das comunidades inclusas na área de extração desses recursos é um desafio permanente que deve ser vencido dia a dia. A seriedade e o acompanhamento das autoridades e entidades ambientais, bem como o fato de assegurar instrumentos fiscalizatórios e punitivos eficientes, darão ao conceito de sustentabilidade uma forma e um poder agregador de ideias e formador de opiniões ainda muito maior do que já existe nos dias atuais. Na verdade, o governo, as empresas e a sociedade como um todo precisam adotar uma postura proativa em favor da implementação de sistemas de gestão ambiental em todos os níveis. Para se ter uma ideia, nos últimos 35 anos, a Amazônia brasileira já perdeu quase 20% de sua cobertura florestal devido às atividades humanas, principalmente devido à crescente expansão da agropecuária e à exploração ilegal de madeira. A destruição da Amazônia diminui a formação de nuvens de chuva, tornando as florestas mais secas. Por sua vez, florestas mais secas são mais suscetíveis às queimadas e aos efeitos do aquecimento global. O desmatamento e as queimadas na Amazônia são responsáveis por mais de 75% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa, o que coloca o Brasil entre os quatro maiores emissores do mundo e dá ao país uma enorme responsabilidade na implementação de soluções para o problema. Para o Greenpeace, o Brasil precisa adotar metas urgentes e concretas de redução do desmatamento e, consequentemente, das emissões de gases do efeito estufa se quiser barrar os efeitos perversos das mudanças climáticas. Avaliação de Desempenho Ambiental Segundo o presidente da Target Engenharia e Consultoria e do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac), Mauricio Ferraz de Paiva, muitas empresas estão buscando caminhos para compreender, demonstrar e melhorar o seu desempenho ambiental, e isso pode ser obtido administrando com eficácia aqueles elementos de suas atividades, produtos e serviços que podem impactar significativamente o meio ambiente. “A avaliação de Desempenho Ambiental (ADA), que é o objetivo da NBR 14031, é um processo e uma ferramenta de gestão interna, planejada para prover uma gestão com informações confiáveis e verificáveis, em base contínua para determinar se o desempenho ambiental de uma organização está adequado aos critérios estabelecidos pela admi- nistração. Se ela tiver um sistema de gestão ambiental existente, deve comparar o seu desempenho ambiental com a sua política ambiental, objetivos, metas e outros critérios de desempenho ambiental. Se não tiver um sistema de gestão ambiental, a ADA pode auxiliar na identificação dos aspectos ambientais, na determinação dos O presidente do Itenac, Mauricio Ferraz de Paiva aspectos que serão tratados como significativos, no estabelecimento de critérios para seu desempenho ambiental e na avaliação do seu desempenho ambiental com base nesses critérios”. Em resumo, a ADA e as auditorias ambientais ajudam a administração de uma organização a avaliar o status de seu desempenho ambiental e a identificar áreas onde melhorias são necessárias. A ADA é um processo contínuo de coleta e avaliação de dados e informações para fornecer uma avaliação atual do desempenho, assim como as tendências de desempenho ao longo do tempo. Além disso, as auditorias ambientais são realizadas periodicamente para verificar a conformidade com os requisitos definidos. Mais informações: www.itenac.org.br B Revista MERCADO | Edição 52 | 69 mercado ponto de vista Contrapartida?! A mão do governo apedreja e não afaga Da Redação Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil amargou a última colocação no ranking internacional que reflete o retorno do Estado em serviços públicos, através da utilização da receita proveniente dos tributos arrecadados. Os pesquisadores cruzaram a carga tributária das 30 nações que, proporcionalmente, cobram mais impostos, com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas, que leva em conta expectativa de vida, educação e renda. E assim calcularam o retorno de bem-estar à sociedade. Ou seja, nós, brasileiros, vivemos uma atualidade em que impostos/taxas e afins sobrecarregam demasiadamente as forças produtivas e o povo em geral de forma direta e indireta. Enquanto isso, o Estado arrecadador não supre satisfatoriamente as necessidades sociais em diversos setores, tais como saúde, transporte, educação, infraestrutura etc., deixando à mingua toda a sociedade. Diante dessa incômoda situação, dá até para parodiar aquele verso do poeta paraibano Augusto dos Anjos, que diz “A mão que afaga é a mesma que apedreja...”, só que no caso do contribuinte brasileiro, seria: “a mão que apedreja (a do governo) não afaga nunca (o povo brasileiro)”. Com a palavra, o G7... Vivemos um momento ímpar na história de nosso país. Na exata proporção em que amadurecemos nosso processo democrático de alternância de poder, temos também reconhecida nossa capacidade de crescer economicamente de forma sustentável, ancorada nas imensas riquezas que dispomos em todo o território nacional. Crescemos a olhos vistos e temos tido o merecido reconhecimento da liderança que o Brasil já exerce em nível mundial. Contudo, nosso povo ainda sofre... A atual política assistencialista dá o peixe e pouco ensina a pescar. Nossa carga tributária, uma das maiores do mundo, sustenta uma política de benefícios a poucos e sacrifício de todos os demais. Alimenta a corrupção e a impunidade. A saúde é terminal, o ensino é primário, o saneamento é um lixo, o resto é o resto... Dá saudades de nossos inconfidentes em época de derrama. O tema a que se propõe a reflexão já é velho conhecido de todos os brasileiros, e talvez por se tornar tão íntimo não mais nos choque. Com uma carga tributária que coloca o Brasil entre os países com maior tributação no mundo, o mínimo que se espera é que o Estado cumpra sua obrigação com investimentos em todas as áreas sociais, propiciando ao cidadão uma vida digna do ponto de vista da coletividade. Ocorre que a malversação do dinheiro público ainda permeia o cenário político brasileiro, através de administradores públicos que não compreendem o conceito de bem público. A velha máxima da “lei de Gerson” insiste em soar como paradigma para o homem público, que por sua vez atribui à lei de responsabilidade fiscal a culpa pela não realização das atividades públicas. Contudo, a opinião ora posta não pode cair na vala do generalismo, fazendo necessário destacar que já é possível perceber, ainda que não nitidamente, mudança de posturas políticas a nos acalentar e a restaurar nossas esperanças. Por fim, a única solução possível é a união de todos combatendo a corrupção, acompanhando a aplicação das verbas públicas e denunciando desvios. O governo brasileiro caminha de forma acelerada, distanciando-se da aplicação dos recursos públicos para atender as necessidades sociais de sua população. O cidadão brasileiro trabalha quase quatro meses por ano para cumprir com suas obrigações junto ao Estado, e mesmo assim, quando busca o sistema de saúde, de segurança, de transporte e de habitação, encontra descaso e desrespeito total. Agora é a vez de o cidadão consumidor votar e demonstrar o quanto a democracia deve ser valorizada. Uma demonstração de civilidade que deve ser praticada por todos na busca de soluções de desenvolvimento. 70 | Revista MERCADO | Edição 52 Esse assunto carga tributária chega a ser cansativo no Brasil, enquanto a arrecadação com impostos só aumenta - atualmente representa cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, nossos políticos não entendem que seria melhor fazer o “social construtivo”, que ajudaria a aumentar a arrecadação quando a pessoa fosse dignamente ativa por méritos próprios, em vez de fazerem o “social dependente” - deve ser por causa de votos -, quando o cidadão vive dependente da ajuda do governo às custas das bolsas-família e escola, por exemplo. A distribuição de tais auxílios deveria ser mais criteriosa, exigindo dos beneficiários, entre outras contrapartidas, desempenho acima de 70% em sala de aula e envolvimento em serviços voluntários em prol da comunidade, dessa forma economizando certos tipos de gastos nas áreas de Segurança, Educação e Limpeza Urbana. Só que, em nosso país, além de o cidadão trabalhar quatro meses do ano só para pagar impostos, ainda se vê obrigado a gastar com educação, saúde e segurança, atividades de prestação obrigatória por parte do Estado. Como se não bastasse, em países emergentes como o Brasil, por exemplo, China e Índia, o percentual da carga tributária é em torno de 22% do PIB. Assim sendo, conclui-se que a tributação brasileira é injusta para os padrões nacionais, pois também compromete sobremaneira o desenvolvimento econômico nacional, uma vez que é mal distribuída, prejudica a competitividade, inibe investimentos e estimula a informalidade. (*) A ONG G7 - Grupo dos Sete - é formada por grandes instituições sociais ativas na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. São elas: Aciub - Associação Comercial e Industrial de Uberlândia, CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas de Uberlândia, CVT - Conselho de Veneráveis do Triângulo, Fiemg Regional Vale do Paranaíba/CINTAP - Centro Industrial e Integração de Negócios do Triângulo, OAB/MG 13ª Subseccional de Uberlândia, SRU - Sindicato Rural de Uberlândia e SMU - Sociedade Médica de Uberlândia. mercado Foto: Luciana Santos in foco Almoço empresarial Cervejaria Devassa O empresário Paulo Sérgio Ferreira foi homenageado recentemente com a “Comenda Renato de Freitas”, outorga concedida na Câmara Municipal de Uberlândia Os diretores do Uberlândia Shopping, Antonio Eloy (Marketing) e Guilherme Marini (superintendente), durante a recente inauguração da Cervejaria Devassa no referido estabelecimento Cerca de 180 pessoas de Uberlândia e região participaram da 4ª edição do Almoço Empresarial realizado pela Aciub e o Conselho da Mulher Empresária (CME). Em destaque nas fotos, pela ordem, (foto da esquerda) Cláudia Coutinho, presidente do CME; Rogério Nery, presidente da Aciub; e (foto da direita) as empreendedoras Licia Borela, Luciane Lopes, Valéria Cunha, Isabel Rosita e Cristiane Ueda Foto: Luciana Santos Comenda Renato de Freitas Reis na Conamerco O advogado Marcus Reis (de crachá, no centro), presidente do escritório Reis Advogados, com convidados em seu estande montado no XIX Congresso de Administração do Mercosul (Conamerco), evento que neste ano aconteceu simultaneamente com a Feira Internacional de Logística (Movimenta) e o II Encontro das Faculdades de Gestão e Negócios (EnFagen). 72 | Revista MERCADO | Edição 52 Camaru 2012 O presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Thiago Fonseca (na foto, com o microfone), e demais diretores durante lançamento e apresentação oficial da programação da 49ª edição da Exposição Agropecuária de Uberlândia (CAMARU), que acontece no final de agosto e início de setembro deste ano. Cia da Terra Da esquerda para a direita, os sócios da Cia da Terra, Paulo Claudino Peres, Nilson Gamba Jr, Fábio Sangenetto V. Silva, Mailson S. Gundim, Wilson Schulze e Crisol A. Rezende. No centro (de calça verde), o engenheiro agrônomo Alexandre Mendonça de Barros, doutor em Economia Aplicada pela USP, que veio a Uberlândia a convite dos referidos empresários proferir palestra no Focalização Shopping Show, maior evento do agronegócio do Triângulo Mineiro B Revista MERCADO | Edição 52 | 73 mercado causos empresariais *Nege Calil é consultor em Gestão de Pessoas há mais de duas décadas e baseia seus “causos” em experiências reais. Contato: [email protected] Lola Louca (Legislação e Gestão de Pessoas III) Por Nege Calil* L ola entrou de supetão na sala de Waldemar, como costumava fazer sempre que ele estava sozinho: - Ai, que preguiça! Tem dia que trabalhar dá bronquite, unha encravada e revolta!! - Bom-dia, Lola! Quantas vezes já pedi pra não entrar assim em minha sala? E se eu estiver com alguém? -Eu controlo sua agenda, esqueceu? Faz 14 anos que, em todas as manhãs, você reserva a primeira meia hora do dia para ler os jornais. - respondeu, enquanto abria as cortinas do escritório. E que mania de ler 74 | Revista MERCADO | Edição 52 no escuro! Você não tem mais idade pra isso! - Cadê meu café? Você está ficando incompetente... - O médico proibiu, lembra? Aliás, ele devia te receitar uns comprimidos pra memória. Trouxe um suco de caju, sem açúcar. - Agora você determina até o sabor do suco? Só para constar, eu ainda sou o Diretor Financeiro dessa empresa, certo? - Foi o que o RH conseguiu selecionar. Ô povinho ruim de serviço... Waldemar riu. Lola era a única que se atrevia a falar assim com ele. Braço direito do presidente, ele controlava as finanças de uma multinacional. De temperamento normal, extremamente correto com suas responsabilidades profissionais, até seus pares o tratavam como Dr. Waldemar. A equipe o respeitava muito, reconhecia sua capacidade técnica e de liderança. E estremecia cada vez que aquele homem de 1,95 m e mais de 100 kg batia a mão na mesa exigindo correção dos trabalhos e obediência cega aos processos financeiros da empresa. Todos o tratavam com muita cortesia e sem nenhuma intimidade. Só a Lola era diferente, por isso era chamada de louca. Sua irreverência, aliás, levantou suspeitas acerca de suas faculdades mentais. Às vezes cantarolava pelos corredores em voz alta. Várias testemunhas a flagraram falando sozinha. Suas roupas eram de gosto duvidoso e a maquiagem... melhor nem comentar. Conversava com as plantas e fitava as pessoas com olhar penetrante. A gerente de RH, Maria do Carmo, não nutria nenhuma simpatia pelo comportamento de Lola. Comentava com frequência, pelos corredores, que ela não representava a cultura da organização. Advertiu Waldemar várias vezes sobre isso e arriscou-se a pedir a cabeça dela em uma reunião. Como era pedagoga, amparou-se no laudo de uma estagiária de psicologia de seu setor para justificar seu veredicto: - Dr. Waldemar, a Michele aqui presente é estudante de psicologia numa universidade reconhecida. Quero que escute seu parecer sobre sua secretária: - As atitudes de Lola, de acordo com nossa avaliação, insistem na extravagância e não condizem com o comportamento habitual esperado para o cargo que ocupa. Suas ações, em geral, se apresentam desprovidas de bom senso, provocando desconforto nos que a rodeiam. - recitou Michele. Waldemar escutou por cortesia. Macaco velho, foi enfático: - Lola fica! - O RH está cumprindo o seu papel... - Tenho outro assunto sério pra tratar com seu departamento - interrompeu ele. Providencie a demissão da Roberta. Vou desligá-la na próxima segunda, respeitando o final de semana dela. Roberta, além de não corresponder tecnicamente, deixava vazar informações confidenciais sobre os planos financeiros da empresa. Seu gerente, o Lucio, fez vários feedbacks, mas orientando-a a conduzir suas atitudes de outra forma. Tudo em vão. A equipe não tolerava os deslizes dela e a demissão era o único caminho que restara. Com Lucio em férias, Waldemar assumiu a realização do desligamento da moça. Chegou a tal segunda-feira e Lola entrou na sala de Waldemar: - Aqui está a carta de demissão da Roberta! - Ótimo! Pode chamá-la e nos deixe a sós! - Não! - Lola rasgou a carta. - Ficou louca de vez? Vou mandar te internar! - Ela se candidatou à CIPA, sexta-feira, no último dia. Como candidata, tem estabilidade até a eleição. - Tem certeza disso? - Waldemar ligou no RH e confirmou com Maria do Carmo. Lola provocou: - Estranha essa candidatura... Você se reuniu com aquelas duas “latas d’água” na quinta, e no dia seguinte, sexta-feira, a marmota se inscreve para a eleição. - Latas d’água? - indagou Waldemar. - Carregar duas malas é fácil, experimenta carregar duas latas cheias de água, sem molhar... Waldemar riu. Passaram-se as eleições e Lola trouxe a notícia a ele: - Foi eleita! Na outra encarnação, você deve ter jogado truco durante a Santa Ceia. - O que faremos? - Deixa comigo! Waldemar sentiu um frio na espinha, mas optou por confiar. Roberta, por sua vez, não perdeu a chance de provocar: - Oi, Lola! E aí, como seu chefinho querido vai me demitir agora? - CIPA é coisa séria menina, ainda mais em nossa empresa, que preza tanto pela segurança. Não brinca com essas coisas. - Só sei que tô garantida. O grande Waldemar não pode fazer nada comigo! Seu comportamento piorou. Atrasava os prazos de entrega de trabalhos propositalmente. Lucio não confiava a ela nem os trabalhos mais simples, é como se tivesse uma pessoa a menos na equipe. Maria do Carmo ainda reforçava: - Demissão de membro da CIPA, só por justa causa, o que não é fácil de provar. Se demitirmos, ela pode ser reintegrada. Aí que ela sobe no salto de vez. Na reunião de equipe, Lucio implorou a Waldemar e demais colegas: - Preciso de apoio! - Alguém tem alguma sugestão? - manifestou-se um Waldemar desesperado. - Falta pouco! Aguentem firme! manifestou Lola. Ninguém entendeu nada. Alguns acharam que ela estava delirando. Dias depois, ela entrou cantarolando na sala de Waldemar: - “Que será, será! Whatever will be, will be… - Pelo jeito você não tomou sua medicação hoje! - brincou Waldemar. - Pronto! Resolvido! Seja rápido e demita aquela jumenta. - Lola disse firme. - Como assim? - estranhou ele. - Segundo o Valtinho, técnico de segurança, ela não fazia nada na CIPA também. Conturbava as reuniões e se descuidou de um detalhe - se o eleito faltar em mais de quatro reuniões ordinárias, sem justificativa, perde o mandato. De acordo com as listas de presença, ela faltou na quinta reunião ocorrida ontem. Waldemar acionou o RH e o Jurídico de imediato. Cassaram o mandato dela, como manda o figurino. Com a carta de demissão em mãos, Roberta dirigiu-se com fúria a Lola: - Você armou pra mim, sua louca. Você me paga! - Sou louca, mas não sou boba! Profissionais como você são como um furúnculo na empresa. Já vai tarde! Au revoir! Waldemar convocou os gerentes de sua equipe. Fizeram um brinde a Lola, com copos de suco. Lucio elogiou sua esperteza e foi reforçado pelos pares. O diretor concluiu: - Venha cá! Você nos livrou de um grande fardo, merece um abraço! - Tô fora! Chefe é como onça - a gente preserva, mas é bom manter distância! Lola saiu. Todos riram com Waldemar. B Revista MERCADO | Edição 52 | 75 mercado bazar Vichy potencializa a ação da Rhamnose em seu novo anti-idade Chegou em junho ao Brasil o revolucionário antirrugas da Vichy: o Liftactiv Serum 10. Fruto de mais de 10 anos de pesquisas e 7 patentes, o produto traz na composição dupla ação antienvelhecimento através da combinação de dois potentes ativos: Rhamnose (a 10%) e Ácido Hialurônico. Tudo isso em uma textura sérum, ultra-fluida, inspirada na pele das brasileiras. O resultado: transformação global da pele - rugas suavizadas, firmeza recuperada e pele mais uniforme, lisa e luminosa. Para chegar à fórmula de Vichy Serum 10, foram necessárias 180 amostras - um recorde para a marca. O Liftactiv Serum 10 tem apresentação em conta-gotas e é indicado para o tratamento de rugas moderadas a profundas e perda de firmeza moderada a profunda. Após estudo clínico com 40 pacientes em quatro semanas, os resultados foram: menos 27,3% de rugas abaixo dos olhos; menos 21,7% de rugas periorbitais (pés-de-galinha); e menos 16,4% de linha Nasogeniana (bigode chinês). O preço sugerido do produto é R$ 159,90 (SAC: 0800 701 1552). Maybelline lança a coleção Color Show com 40 cores de esmaltes A marca de cosméticos femininos Maybelline acaba de lançar lá fora uma coleção de esmaltes, a Color Show. A novidade conta com 40 cores diferentes, e melhor: todas livres de substâncias alergênicas. No site oficial da Maybelline (http://www.maybelline.com/colorshow), você pode conferir todas as tonalidades. Clicando no seu vidrinho favorito abre-se uma página especial com dicas de como usar a cor, não só nas unhas como também em uma produção. Por enquanto, os esmaltes estão sendo vendidos lá fora, mas com um preço acessível, em torno de U$ 4. Chega ao Brasil o Samsung Galaxy SIII Após muita expectativa, a Samsung Electronics lançou no mercado brasileiro o Samsung Galaxy SIII. Com preço sugerido de R$ 2.099,00, o Samsung Galaxy SIII tem design orgânico inspirado na natureza, e foi criado para interpretar e responder às necessidades dos usuários, proporcionando uma experiência mais conveniente e intuitiva. “O GALAXY SIII é um celular mais inteligente, cujas características foram desenvolvidas para facilitar a vida do usuário. Estamos entusiasmados com sua chegada ao Brasil, um dos primeiros mercados do mundo a receber o produto, e acreditamos que irá superar o desempenho dos seus antecessores da família Galaxy, hoje os smartphones mais vendidos no país”, afirma Michel Piestun, vice-presidente da área de Telecom da Samsung. Vale ressaltar alguns recursos únicos e surpreendentes, como o que mantém a tela acesa enquanto o usuário estiver olhando para ela e ainda permite assistir vídeos enquanto se digitam mensagens. “O Galaxy SIII possui uma câmera de alta qualidade que captura instantaneamente 8 fotos em sequência e indica qual ficou melhor. Ele possui características que os usuários de celulares no Brasil valorizam bastante”, resume Piestun. 76 | Revista MERCADO | Edição 52 Ultrabook Asus Zenbook Prime deve chegar ao Brasil em agosto O Asus Zenbook Prime UX31A é um ultrabook de 13,3 polegadas (há também uma versão de 11 polegadas, o UX21A), que conta com uma incrível tela full HD de 1920x1080 pixels, e que garante um ângulo de visão de 178 graus. Além disso, seu destaque fica por conta do processador Ivy Bridge codinome da terceira geração de chips Intel Core. Trata-se de um notebook com tela muito iluminada. O ângulo de visão é extremo e isso chama bastante a atenção. O ultrabook da Asus tem apenas 17 mm de espessura no seu ponto mais grosso. São 11 mm, na parte mais fina. Ele pesa 1.300 gramas. Na parte de dentro do aparelho, o que se vê agrada. Ele é dotado da terceira geração de processadores da Intel, a Core i7 com clock de 1.9 GHz (ou, ainda, 2,4 GHz se o usuário recorrer ao Turbo Boost). Completam os bits de hardware a memória RAM de 4GB, placa Intel Graphics 4000 e espaço de armazenamento de 256 GB (em disco SSD). O aparelho também tem webcam de 720p, duas entradas USB 3.0 e suporte a conexão micro HDMI. Leitor de cartão SD e porta mini VGA também estão presentes. O suporte a áudio é Bang & Olufsen, há retro iluminação no teclado. O modelo ainda suporta Bluetooth 4.0 e tem, nativamente, placa wireless (compatível com Wi-Fi 802.11 a/b/g/n). No Brasil, o notebook estará nas prateleiras até agosto. Não há uma confirmação de quanto o Ultrabook custará no Brasil. Nos Estados Unidos, o UX31A saí em média por US$ 1,2 mil. Microsof vai lançar o Surface, primeiro tablet da empresa A Microsoft anunciou o lançamento de um tablet com sua própria marca. “Às vezes, equipamento e software funcionam melhor quando pensados juntos”, disse o executivo-chefe da companhia, Steve Ballmer, durante evento realizado em Los Angeles. Batizado de Surface, o tablet da Microsoft terá duas versões: uma com chip ARM e outra com componente da Intel. Na versão ARM, o equipamento terá 3 centímetros de espessura e pesará 676 gramas, com tela de 10,6 polegadas. O modelo Intel terá menos de 14 milímetros de espessura e cerca de 1 Kg. Os dispositivos contarão com uma capa protetora de 3 milímetros batizada de Touch Cover, que pode ser usada como um teclado e trackpad. O preço ainda não foi divulgado. Viva a Rainha Criado em 1953 para marcar a coroação da rainha Elizabeth II, o whisky de luxo Royal Salute deu sequência à tradição celebrando os 60 anos de reinado da monarca com o lançamento da edição limitada Royal Salute Diamond Jubilee (Jubileu de Diamante) com seu whisky 21 anos. A edição comemorativa de Royal Salute Diamond Jubilee é apresentada em um luxuoso frasco de porcelana na cor azul, que representa uma das cores das pedras da coroa britânica, a safira, e traz alguns detalhes na cor prata como o filete com o nome do whisky, idade do mesmo e brasão da destilaria. A tampa da garrafa é uma rolha revestida também na cor prata. Sua embalagem é uma caixa artesanal com um display para a visualização do rótulo. A edição está disponível em mais de 20 mercados ao redor do mundo. A edição limitada Royal Salute Jubileu de Diamante está disponível a partir de junho e continuará no mercado durante as comemorações no Reino Unido. No Brasil, será possível encontrá-la em delicatessens com o preço sugerido de R$ 750 reais. B Revista MERCADO | Edição 52 | 77 mercado humor Veja como é perigoso provocar pessoas inteligentes... N a Câmara, ainda no Rio, quando seu presidente, Ranieri Mazzilli, deu a palavra a Carlos Lacerda, representante do Distrito Federal, o deputado Bocaiúva Cunha foi rápido e gritou ao microfone, sob os risos do plenário: - Lá vem o purgante! Lacerda, num piscar de olhos, respondeu: - Os senhores acabaram de ouvir o efeito! (Risos, muito mais risos, até dos adversários...) T elegramas trocados entre o dramaturgo Bernard Shaw e Churchill, seu desafeto. Convite de Bernard Shaw para Churchill: “Tenho o prazer e a honra de convidar o digno primeiroministro para primeira apresentação de minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver”. Bernard Shaw Resposta de Churchill: “Agradeço ilustre escritor honroso convite... Infelizmente não poderei comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se houver”. Winston Churchill. Q uando Churchill fez 80 anos, um repórter de menos de 30 foi fotografá-lo e disse: - Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos... Resposta de Churchill: - Por que não? Você me parece bastante saudável... B ate-boca no Parlamento inglês. Aconteceu num dos discursos de Churchill em que estava uma deputada oposicionista, Lady Astor - do tipo Heloísa Helena, do PSOL -, que pediu um aparte. Todos sabiam que Churchill não gostava de que o interrompessem em seus discursos. Mas ele concedeu a palavra à deputada. E ela disse em alto e bom tom: - Senhor ministro, se Vossa Excelência fosse meu marido, eu colocaria veneno em seu chá! Churchill, lentamente, tirou os óculos, seu olhar astuto percorreu toda a plateia e, naquele silêncio em que todos aguardavam, lascou: - Nancy, se eu fosse o seu marido, eu tomaria esse chá com prazer! C erta vez, Einstein recebeu uma carta da miss New Orlean’s, que dizia a ele: - Prof. Einstein, gostaria de ter um filho com o senhor... A minha justificativa se baseia no fato de que se eu, como modelo de beleza, tivesse um filho com o senhor, certamente, o garoto teria a minha beleza e a sua inteligência. Einstein respondeu: - Querida miss New Orlean’s, o meu receio é que o nosso filho tenha a sua inteligência e a minha beleza. O General Montgomery estava sendo homenageado, pois tinha vencido Rommel na batalha da África, na 2ª Guerra Mundial. Discurso do General Montgomery: “Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói”. Churchill ouviu o discurso e retrucou: “Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele”. B mercado geral Decreto sobre tributos de bebidas frias é devastador De acordo com a Afrebras, as alterações na legislação irão afetar muito as pequenas empresas, podendo causar o fechamento das fábricas regionais de refrigerantes Por Danielle Ruas O presidente da Afrebras, Fernando Bairros, alerta sobre o impacto nas pequenas empresas de refrigerantes com o Decreto nº 7.742, que altera a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados Nova Lei da Copa prevê “pensão” a ex-jogadores Da Redação O texto da Lei Geral da Copa foi publicado em junho no Diário Oficial da União, com seis vetos. Entre os pontos considerados mais peculiares, está a possibilidade de pagamento para ex-jogadores (titulares ou reservas) que foram campeões das Copas de 1958, 1962 e 1970 (quando o Brasil foi campeão mundial e a estrutura do esporte envolvia cifras menos astronômicas) de uma “pensão mensal” e de um prêmio de R$ 100 mil. “O texto também garante a reserva e venda de ingressos, com 50% de desconto no preço, para estudantes, pessoas com mais de 60 anos e beneficiários de programas sociais de transferência de renda”, explica o advogado Carlos Eduardo Dantas Costa, do Peixoto e Cury Advogados. Ainda sobre a meia-entrada, o texto assegura que haverá, ao menos, 50 mil ingressos à venda pela metade do preço. Também há a determinação de que os calendários escolares sejam ajustados para possibilitar aos estudantes acompanhar a Copa, bem como a possibilidade de que seja declarado feriado nos dias de jogos da seleção brasileira. “No entanto, não há, na lei, referências sobre a liberação ou proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014, o que deverá ser determinado em âmbito estadual”, cita Antonio Carlos Aguiar. Jogadores, campeões pelo Brasil em 1970, estão entre aqueles que poderão receber “pensão mensal” e ainda um prêmio de R$ 100 mil 80 | Revista MERCADO | Edição 52 O Ministério da Fazenda publicou, no dia 4 de junho, no Diário Oficial da União, mudanças no Decreto nº 7.742, divulgado em 31 de maio. Uma das alterações diz respeito aos multiplicadores, que antes eram fixados até 2013, e agora estão fixados até 2015. Outra mudança foi na redução da alíquota de IPI de concentrados produzidos na Zona Franca de Manaus. No decreto do dia 31, a redução era de 27% para 17% a partir de outubro, e para 10% a partir de 2013. Hoje, a redução será somente de 27% para 20% a partir de 01/10/2012, e não menciona uma redução futura. O Decreto nº 7.742 altera a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) e modifica a legislação que trata da incidência do IPI, da Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, do mercado interno e da importação. Ficou estabelecido ainda que, a partir de 2013, os valores da Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI serão divulgados em tabelas constantes de ato específico do Ministério da Fazenda. De acordo com a Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), essas alterações agradam as grandes corporações do setor de refrigerantes e causam impacto imediato para os pequenos fabricantes. “A redução de apenas 7% na alíquota do IPI para concentrados produzidos na Zona Franca de Manaus, somada ao fato de não haver mais benefício de 50% para sucos, faz com que os produtos dos pequenos fabricantes de refrigerantes tornem-se mais caros que as marcas das grandes corporações. Isso torna a concorrência com as grandes corporações ainda mais injusta”, argumenta o presidente da Afrebras, Fernando Rodrigues de Bairros. Na opinião de Bairros, as alterações no decreto são consequência da pressão das grandes corporações sobre o poder público. “Mais uma vez o lobby e a pressão política das grandes corporações se sobressaiu sobre o justo e o correto para o setor. A irresponsabilidade do poder público, ao voltar atrás com as decisões do Decreto, irá liquidar empregos e empresas de refrigerantes regionais de todo o país. É uma situação devastadora que se fortalece e já tem como consequência o fechamento de 14 fábricas nos últimos 12 meses”. A entidade ainda defende que a questão tributária é essencial nesse mercado que já é tão concentrado. “No caso das pequenas empresas de refrigerantes, o tributo é diferencial de concorrência, é o que define os preços e os investimentos nas fábricas. Com o aumento dos impostos, fica impossível investir nas plantas e o aumento do preço terá que ser repassado ao consumidor. Isso dificulta ainda mais a concorrência com as marcas líderes de mercado”, finaliza Bairros. A mercado geral COT lança nova tecnologia Gráfica uberlandense conquista o prêmio Excelência Cícero 2012 O Centro Oncológico do Triângulo - COT lançou recentemente uma nova tecnologia para o tratamento do câncer, a Radioterapia de Intensidade Modulada - IMRT, uma avançada modalidade de tratamento, que permite administrar altas doses de radiação às áreas precisas a serem tratadas, minimizando os efeitos nos tecidos saudáveis de forma muito eficaz. O lançamento foi durante evento médico, que contou com a participação de Samir Abdallah Hanna - radio-oncologista do setor de radioterapia do Hospital Sírio-Libanês e um dos médicos responsáveis pelo tratamento do ex-presidente Lula - que ministrou palestra sobre IMRT para a classe médica. Por Evaldo Pighini Foto: Ascom/Abigraf-MG A Gráfica Brasil e Editora, empresa de Uberlândia, foi uma das grandes vencedoras do Prêmio Mineiro Cícero de Excelência Gráfica 2012 nas categorias Revistas Periódicas de Caráter Variado com Recursos Gráficos Especiais e Folder. A festa de premiação contou com a presença de quase 400 convidados e aconteceu dia 6 de julho, no auditório da CDL de Belo Horizonte (MG). Criado há oito anos, o Cícero premia os profissionais da área gráfica que trabalham na busca da qualidade e do profissionalismo em Minas Gerais, com a preocupação de colaborar e incentivar todos os envolvidos na cadeia de comunicação impressa no estado. Nesta 8ª Edição do Prêmio Mineiro de Excelência Gráfica Cícero, foram contemplados os melhores entre 29 empresas e 484 produtos gráficos inscritos - número recorde na premiação. A Gráfica Brasil e Editora, que conquistou dois prêmios, é associada do Sindicato Intermunicipal das Indústrias Gráficas (Sindigraf), entidade ligada a Fiemg Regional Vale do Paranaíba. “Estes prêmios representam a qualidade do trabalho gráfico desempenhado na cidade de Uberlândia. Espero que na próxima edição venham mais prêmios”, destacou o presidente interino do Sindigraf, Décio Moreira. Os oncologistas Rogério de Araújo e Zaira Medeiros Loureiro, do COT Lei das domésticas deverá pesar no bolso do empregador Da Redação Entrega de premiação (da esquerda para a direita): Fábio Arruda Mortara, presidente da Abigraf nacional; Vicente de Paula Aleixo Dias, presidente da Abigraf-MG; Demolins Parreira, representante da Gráfica Brasil; e Luiz Carlos Dias de Oliveira, ex-presidente da Abigraf 82 | Revista MERCADO | Edição 52 A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 478/10, que amplia os direitos das empregadas domésticas, deve ser votada em breve pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados. A nova lei garante às domésticas direitos semelhantes aos dos trabalhadores do setor privado: jornada de 44 horas semanais, direito à hora extra, adicional por trabalho noturno, FGTS, salário-família e auxílio-creche. Especialistas ressaltam que as novas regras devem pesar no bolso do empregador. “Se a empregada doméstica trabalhar horas extras, por exemplo, receberá as horas e os seus reflexos sobre as demais verbas, como: 13º salário, férias, entre outros. Certamente, o custo do trabalho também pode aumentar em 8% ao mês por conta do recolhimento de FGTS. E em caso de dispensa, haverá multa de 40% também sobre esses 8%”, avalia o professor de Direito do Trabalho da PUC-SP, Ricardo Pereira de Freitas, sócio do Freitas Guimarães Advogados Associados. A advogada Camila Rigo, da área trabalhista do escritório Innocenti Advogados Associados, concorda e completa: “as alterações propostas pelo projeto, se aprovadas, irão acarretar ao empregador doméstico um encargo muito elevado, com o comprometimento da renda familiar. E o aumento nesse encargo levará, consequentemente, a um aumento na informalidade”, salienta a especialista. No Brasil, há cerca de 7,2 milhões de trabalhadores domésticos, dos quais dois milhões não têm carteira assinada. A Comissão Especial da Câmara que analisa o tema ainda não remarcou a votação, que já foi adiada por duas vezes. A Revista MERCADO | Edição 52 | 83 mercado geral Fiemg entrega Agenda Legislativa ao presidente da Assembleia Franqueadora uberlandense é destaque nacional Por Érica Goulart (Ares) A Park Idiomas, empresa uberlandense, está em 1º lugar no setor de franquias no quesito Qualidade de Rede no anuário sobre o mercado de franchising publicado em junho pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios. O impresso é hoje a publicação mais completa do segmento no país. Para isso, é reOs diretores da Park Idiomas, Eduardo alizada uma pesquisa com diversas redes franqueadoras. A Park Idiomas conseguiu destaque também em outros tópiPacheco e Paulo Arruda, com o cos da pesquisa. No setor de idiomas, foram 26 redes pesquisadas. garoto propaganda da marca, Eriberto Na classificação geral, a rede uberlandense Park Idiomas ficou em Leão (centro), na inauguração da primeira 7º lugar, tendo sido uma das sete franqueadoras a receber a clasunidade da rede no Rio de Janeiro sificação cinco estrelas. No quesito Satisfação dos Franqueados, ficou na 5ª posição e, como já mencionado, em Qualidade da Rede, conquistou o 1º lugar, à frente de tradicionais redes de ensino, como Fisk, CNA, Inglux, Yes, Uptime e Number One. Agora, a empresa concorre ao prêmio Melhores Franquias para Trabalhar, promovido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). B 84 | Revista MERCADO | Edição 52 Foto: Divulgação O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (AL-MG), deputado Dinis Pinheiro (PSDB), recebeu em junho um documento intitulado Agenda Legislativa da Indústria Mineira, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado (Fiemg). O documento foi entregue pelo presidente do Sistema Fiemg, Olavo Machado Jr., durante solenidade no Salão Nobre da Assembleia, e destaca 22 proposições que tramitam atualmente no Legislativo e que teriam impacto direto na indústria. A agenda contém um resumo desses projetos, informações sobre sua tramitação e informa, ainda, qual a posição da Federação em relação ao conteúdo da proposição, se é convergente ou divergente. Contém, ainda, ponderações e sugestões de aprimoramento dos projetos. “O objetivo de fazermos esse acompanhamento sistemático dos projetos é garantir que haja mais competitividade, mais desenvolvimento e melhores condições de trabalho em Minas”, informou Olavo Machado. “Essa parceria com a sociedade é o caminho para conseguirmos uma legislação cada vez mais eficiente, que atenda às necessidades do povo mineiro”, disse o presidente Dinis. Meio Ambiente - A posição da Fiemg é favorável à maioria dos projetos listados na agenda, mas há divergências com relação a algumas matérias relacionadas ao meio ambiente. Os empresários temem que normas muito rígidas, mais do que as adotadas em nível nacional, acabem prejudicando a competitividade de Minas, fazendo com que investimentos migrem para outros estados. A agenda destaca que um dos pressupostos seja a “utilização de parâmetros e indicadores econômicos na elaboração das normas ambientais”. O presidente Dinis Pinheiro acredita que a parceria entre a De presidente para presidente: Olavo Assembleia e a Fiemg é fundamental para que os projetos aproMachado Jr., do Sistema Fiemg, e o deputado vados pela Casa possam resultar em geração de emprego e renDiniz Pinheiro, da Assembleia Legislativa de da. “O Legislativo é um palco extraordinário de debates. Nosso Minas, no ato da entrega do documento desejo é sempre aprimorar a legislação, de modo a melhorar a vida dos mineiros”, afirmou Dinis. Foto: Marcelo Metzker/AM Da Redação