Borsato estatueta
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Campinas Edital - 2 Torneio de Tênis e Sócio-Esportivo - 4 e 5 Evento BicBanco - 9 e 10 Água Para a Saúde (foto) - 12 IBEF EM REVISTA Foto arquivo CPFL Foto arquivo CPFL Informativo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Campinas Edição n° 94 - Novembro/2006 O EQUILIBRISTA 2006 O vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da CPFL Energia, José Antonio de Almeida Filippo (foto ao lado), recebe a sua estatueta no dia 25 de novembro. O maior prêmio regional de finanças chega a 16ª edição. Veja na página 3 PESQUISA RSE O Ibef-Campinas apresentou aos jornalistas, em coletiva de Imprensa (foto), pesquisa inédita sobre Responsabilidade Social Empresarial. Págs. 6, 7 e 8 PRÊMIO DESTAQUES 2006 Fertilizantes Heringer (Indústria) PricewaterhouseCoopers (Prestador de Serviços) Magazine Luiza (Comércio) Usina Açucareira Ester (Empresa Brasileira) Grupo Primavera (Responsabilidade Social) Expediente O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças – Ibef é uma entidade sem fins lucrativos, formada por profissionais de finanças, que têm como objetivo o desenvolvimento profissional e social, através do intercâmbio de informações técnicas, dos interesses comuns nos negócios, da efetiva participação, da representatividade institucional e da formação de opinião. A entidade foi fundada no Rio de Janeiro, em 1971. Em Campinas, o Ibef foi constituído em 1986, é uma Entidade Pública Municipal (Lei n° 12.070 de 10/09/ 2004) e conta atualmente com cerca de 400 associados. No Brasil, o Ibef tem entidades também em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, reunindo cerca de 5 mil associados. O Ibef é filiado a International Association of Financial Executives Institute (IAFEI), organização sediada em Zurique, na Suíça, que congrega mais de 25 mil associados em 24 países. DIRETORIA EXECUTIVA CAMPINAS – 2005/2007 Presidente: José Roberto Morato Vice Presidente: Marcos Mello Mattos Haaland Dir. Secretário: Antônio Horácio Klein Dir. Tesoureiro: Nildo Bortoliero Dir. de Admissão e Freqüência: Amilcar Amarelo Dir. Técnico: Francisco José Danelon Dir. de Desenvolvimento: Antonia Maria Zogaeb Dir. Jurídico: Arthur Pinto de Lemos Netto DIRETORES VOGAIS Indústria: Fernando Alves Perches Comércio: Rodrigo Benatti Organismos Públicos: João Batista Pereira Junior Mercado de Capitais: Guilherme Moreira Salles Jacintho Entidades Bancárias: Antonio Luis Arruda Entidades Financeiras não Bancárias: Francisco Torralbo Securitárias: Milton Fernandes Energia e Meio Ambiente: Wilson Mardonado Informática: Daniel Maçano Junior Logística: Antonio Bernardes Morey Jr. CONSELHO FISCAL EFETIVO Marcel Suzigan, Leopoldo Cielusinsky e Paulo Rogério da Silva Caetano CONSELHO FISCAL SUPLENTE Gustavo Henrique Zanotto, Marco Antonio Sereni Manfredi e Oswaldo M. Collado CONSELHO CONSULTIVO Saulo Duarte Pinto Junior, Amílcar Amarelo, F. Edmir Bertolaccini e Antonio Sanches Filho COORDENADORES DE COMISSÕES Social: Antonio Sanches Filho e Leonardo Pavesi Adm. e Freqüência: Charles Foentes e Oswaldo Collado Ética,Responsabilidade Social e Relações Públicas: João Batista Castelnovo Assuntos Técnicos: Luiz Antonio Furlan Empresas Familiares: Dimas Tadeu Beato Integração com Universidades: Paulo César Adani IBEF EM REVISTA Tiragem: 1.000 exemplares Publicação bimestral do Ibef-Campinas R. Barão de Jaguara, 1481 – 11° andar – conj. 113 Campinas – SP CEP – 13.015-910 Fones: (19) 3233-0902 e 3233-1851/Fax: 3232-7365 Site: www.ibefcampinas.com.br E-mail: [email protected] Coordenação Editorial: Antônio Horácio Klein Jornalistas Responsáveis: Edécio Roncon (MTb 16.114) e Vera Graça (MTb 17.485) Apoio: Liê D´Ottaviano Produção Editorial: Roncon & Graça Comunicações Site: www.rongra.com.br E-mail: [email protected] 2 IBEF EM REVISTA Editorial FINAL DE ANO EM RITMO ACELERADO José Roberto Morato - Presidente Ibef-Campinas T ivemos recentemente um período de muitas atividades. Fechamos os grupos de trabalho! Com isto atualmente são seis os grupos coordenados pelo Ibef: Empresas Familiares, Controladoria, Tesouraria, Tributário e os recém-criados Estudos de Crédito e Cobrança e Tecnologia da Informação. O Grupo de Estudos de Crédito e Cobrança recebeu uma grande adesão dos associados, vem crescendo e agregando valor aos participantes, que contam com o vasto conhecimento e significativa experiência do companheiro Antonio Ferreira Calhau Neto, que está na coordenação do grupo. Outro grupo que já nasceu com certeza de sucesso é o de Tecnologia da Informação, que será coordenado por Daniel Maçano Junior - diretor de Informática do Ibef-Campinas. Muitas idéias serão pautadas e com certeza, será um grupo que crescerá a cada reunião, devido a grande importância da temática. O evento realizado em 18 de outubro com o economista Paulo Rabello de Castro, na Sociedade Hípica de Campinas, em parceria com o BicBanco, foi um enorme sucesso, reunindo mais de 400 pessoas que assistiram uma palestra irretocável. Esta edição do Ibef em Revista traz também todas as informações obtidas com a pesquisa de Responsabilidade Social Empresarial, aplicada com empresas da nossa seccional. Numa iniciativa pioneira do nosso Instituto, a pesquisa ressaltou que apenas 19% das empresas da região de Campinas possuem um sistema de gestão de responsabilidade social estruturado. Realmente é uma área que precisa ser repensada e desenvolvida com seriedade por todos nós e em nossas empresas. Essa pesquisa entrará para o calendário de atividades fixas do Ibef-Campinas e deverá ser realizada anualmente, sempre no primeiro semestre de cada ano. O 6° Torneio de Tênis, que aconteceu em 21 de outubro na Academia Quadra Central em Valinhos, foi novamente uma iniciativa extremamente bem sucedida. Neste evento que vem crescendo anualmente, houve o congraçamento de aproximadamente 150 participantes entre jogadores, familiares, patrocinadores e amigos. Foi um sábado muito agradável. Alguns agradecimentos valem ser reforçados para o patrocinador Deloitte, ao apoiador Lemos e Associados Advocacia e aos diretores e amigos Milton Fernandes, Antonio Klein e Saulo Duarte. Muito obrigado. Enfim, várias outras atividades importantes estão a caminho ainda este ano, a cerimônia de entrega do prêmio Equilibrista e a eleição para a próxima gestão. Espero continuar contando com a efetiva participação dos associados nas nossas iniciativas, pois é essa participação que faz o Ibef-Campinas continuar em franco crescimento. Um grande abraço a todos. EDITAL DE CONVOCAÇÃO O Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças-Campinas, através do seu Presidente, faz saber que, nos termos do art.23º, item “b” do Estatuto vigente, ficam convocados os Srs. Associados do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de Campinas, para se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 13 de dezembro de 2006, com início às 18 horas em primeira chamada com maioria absoluta dos associados, ou às 18:30 horas, com qualquer quantidade de associados na sala Torino do Hotel New Port, sito a Rua Santos Dumont nº 291, em Campinas-SP, com a seguinte ordem do dia: a) Assembléia Geral Ordinária: Eleição do Conselho Diretor e Conselho Fiscal para o biênio 2007/ 2009. Os trabalhos serão desenvolvidos conforme previstos nos art.10º, 11º e 24º do Estatuto Social. Campinas, 13 de outubro de 2006. José Roberto Morato Presidente Publicado no Diário do Povo em 13 de outubro de 2006. 2 IBEF EM REVISTA Veja também os ganhadores do troféu Destaques VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO DA CPFL GANHA O PRÊMIO EQUILIBRISTA 2006 O a família. Ele também é pós-graduado Prêmio Equilibrista 2006, que chega este em Finanças pela PUC-RJ. ano a sua 16ª edição, será entregue ao O vice-presidente Financeiro e executivo José Antonio de Almeida de Relações com Investidores Filippo, vice-presidente Financeiro e de Relada CPFL Energia, há mais de dois ções com Investidores da CPFL Energia e conanos no cargo, depois de uma troladas. O prêmio é dado anualmente pelo Instioferta pública de ações da empretuto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef)sa, realizada em setembro de 2004, Seccional Campinas, ao executivo de finanças acompanhou de perto a expansão que se destaca pela sua atuação ética e profisnos segmentos de geração, cosional, proporcionando projeção e crescimenmercialização e distribuição de enerto para a organização da qual é colaborador. gia elétrica, aumentando a plataforA cerimônia de premiação será realizada no ma da empresa em todos esses dia 25 de novembro, na Sociedade Hípica de Camnegócios nos últimos anos. A captapinas. O Ibef-Campinas também entrega nessa ção de recursos procedentes da oferta noite de gala, os troféus Destaques 2006 para pública de ações, nas bolsas de Fertilizantes Heringer (categoria Indústria), José Antonio de Almeida Filippo valores de São Paulo e Nova Iorque, PricewaterhouseCoopers (categoria Prestador de Serviços), Magazine Luiza (categoria Comércio), Usina superou os US$ 800 milhões. O Equilibrista 2006 atuou durante 13 anos na consAçucareira Ester (categoria Empresa Brasileira) e Grupo trutora Gafisa, sendo cinco deles na direção financeira. Primavera (categoria Responsabilidade Social). ATUAÇÃO PROFISSIONAL – O carioca José Antonio Depois atuou na Latasa, como diretor financeiro tamde Almeida Filippo, 45 anos, traz no currículo 25 anos bém por cinco anos e na norte-americana Ingersoll-Rand de experiência na área financeira, sempre atuando em (produção de equipamentos), pelo período de quatro grandes corporações. Engenheiro civil formado pela UFRJ, anos, na direção financeira. Na Latasa, Filippo tamcasado, três filhos, Filippo aprecia boa música, joga bém liderou um processo de oferta pública de ações tênis e passa grande parte de seu tempo curtindo da organização. CPFL ENERGIA Foto arquivo CPFL Os números mostram a força da organização. São 5,6 milhões de clientes. A CPFL Energia é o maior grupo privado do setor elétrico do Brasil. Em 2005, a empresa passou a integrar o seleto grupo das corporações que registram lucro líquido superior a R$ 1 bilhão. Esse resultado mostra uma gestão de sucesso nos segmentos de geração, comercialização e distribuição Centro de Operações da CPFL de energia elétrica, cujo mercado está centrado no interior paulista, baixada santista e região norte do Rio Grande do Sul, além de clientes especiais que optaram pela CPFL para garantir a sua demanda de eletricidade. CRESCIMENTO – A CPFL Energia atua no mercado com quatro distribuidoras de energia elétrica, cujo portfólio de negócio é responsável pelo atendimento de 12,7% do mercado brasileiro. A CPFL Brasil, comercializadora do grupo, é líder em seu segmento de negócio com 27% desse mercado no País. Atende mais de 80 clientes livres que negociam com a empresa, localizados em diversas regiões do País. Nos últimos seis anos, foram incentivados investimentos em geração de energia elétrica. A meta é alcançar cerca de 2 mil MW de potência instalada nos próximos anos. O resultado de 2005 com lucro líquido de R$ 1,02 bilhão, representou um crescimento de 266% em relação ao resultado de 2004. É o maior lucro da história da companhia. A receita bruta em 2005 registrou crescimento de 14% e chegou a R$ 10,9 bilhões. Desde setembro de 2004, a CPFL Energia passou a negociar suas ações nas bolsas de valores de São Paulo e Nova Iorque. IBEF EM REVISTA 3 Esporte para o associado 6° TORNEIO DE TÊNIS FOI UM SUCESSO Torneio de Tênis do Ibef motivou jogadores de todas as idades e também contou com uma boa presença feminina. O garotinho no meio da quadra já ensaia as raquetadas do futuro atleta A prática do tênis é um dos esportes preferidos entre os ibefianos. A comprovação está no sucesso absoluto do 6º Torneio de Tênis Ibef-Campinas, que aconteceu no dia 21 de outubro, nas dependências da Academia de Tênis Quadra Central, em Valinhos. Estavam presentes cerca de 150 pessoas ao evento, que reuniu muita atividade esportiva, diversão e ação social, já que houve doação de alimentos para a Creche Estrelinha do Oriente, que atende 180 crianças carentes. A programação do Torneio foi bem eclética. Para os atletas, massagens em cadeira quick, a cargo de duas massagistas da Harmonia Corporal. Recreação para as crianças, partidas de truco no quiosque, opções de jogos e shows na sala de home theater. O evento teve ainda o apoio da equipe de socorro do Hospital Vera Cruz. Academia de Tênis Quadra Central, em Valinhos Mesa de troféus 4 IBEF EM REVISTA ATLETAS – O Torneio contou com a participação de 56 jogadores (32 na categoria Intermediária e 24 na categoria Avançada). Na categoria Avançada, a dupla campeã foi formada por Leandro Nunes e Aloísio Menegazzo e a segunda posição coube a dupla Abelardo Lemos Neto e Luiz Carlos Silva. Na Intermediária, a dupla vencedora foi Carlos Henrique Sales Garcia e Adélia Kalmus e a segunda colocada foi formada por Paula Fernandes e Cláudio Ferrio. No quesito diversão, os participantes do 6º Torneio foram brindados com o sorteio de uma diária para casal no hotel Vitória-Campinas. Os vencedores do Torneio ganharam oito passaportes free pelo período de 30 dias na Academia Quadra Central. O patrocínio do evento foi da Deloitte e o apoio da Lemos e Associados Advocacia. Ganhadores do 6° Torneio de Tênis Ibef-Campinas Diretoria do Ibef e patrocinadores Confraternização SÓCIO-ESPORTIVO REGIONAL UNE OS IBEFIANOS A edição do 9° Encontro Sócio-Esportivo Regional, de 22 a 24 de setembro, foi bem concorrida e contou com 100 participantes. Realizado no hotel San Raphael Country, em Itu, a proximidade com Campinas favoreceu a grande presença dos associados e seus familiares. A Comissão Social do Ibef-Campinas preparou uma programação especial para esse Encontro Regional, para que todos tivessem um fim-de-semana inesquecível. Caminhadas, jogos, hidroginástica, chá da tarde e videokê estavam no roteiro preparado. No sábado à noite, coquetel com música ao vivo e sorteios de brindes doados pela Dott Fitness, Grupo Eco, kits de beleza da Via Aroma e vinhos da Expand. Foram sorteadas duas estadias para casal no New Port Hotel. Pelo fato da conhecida boate Anzu ficar próxima ao hotel, vários grupos de casais aproveitaram a noite do sábado para uma esticada para dançar. Isso promoveu uma grande integração, principalmente entre jovens, que se divertiram muito. Os participantes também elogiaram a atuação da equipe de recreação infantil do hotel, que conseguiu entrosar todas as crianças. Associados prestigiam o Sócio-Esportivo Amplas instalações agradam os associados SÓCIO-ESPORTIVO NACIONAL Animação feminina no Encontro Caminhadas foram uma das muitas oções de lazer Mais de 600 pessoas, entre ibefianos e seus familiares, marcaram presença no XXII Encontro Sócio-Esportivo Nacional do Ibef no Club Med – Village Trancoso, que aconteceu de 11 a 15 de outubro. A comitiva de Campinas foi composta por 11 casais (foto). Na agenda das atividades, muitos esportes, palestras sobre qualidade de vida e shows noturnos. Diversão da melhor qualidade. Lemos e Associados Advocacia Tel.: (19) Fax: (19) Av. José de Souza Campos, 619 Cep: 13025-320 • Campinas • São Paulo • Brasil 3755-7100 3251-2986 E-mail: [email protected] www.lemosassociados.com.br IBEF EM REVISTA 5 IBEF-CAMPINAS FAZ PES RESPONSABILIDADE S A Região Metropolitana de Campinas (RMC), terceiro pólo econômico do País, conheceu no dia 17 de outubro, a mais completa radiografia sobre as ações de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) desenvolvidas pelas empresas na região. Essa pesquisa inédita foi criada, implementada, tabulada e comentada pelo Ibef-Campinas, que apresentou um trabalho profundo e crítico sobre o estágio atual da RSE na região. Foi a primeira vez que uma entidade empresarial da região de Campinas apresentou uma pesquisa específica sobre esse tema. Na apresentação para a Imprensa, no hotel Vitória, o presidente do IbefCampinas, José Roberto Morato, o presidente do conselho consultivo da entidade, Saulo Duarte Pinto Jr. e o analista da pesquisa, Arnaldo Rezende, comentaram os 13 tópicos da pesquisa para os jornalistas. Diretores do Ibef e Imprensa na apresentação da pesquisa BANDEIRA – O presidente do Ibef-Campinas iniciou a sua apresentação para a Imprensa, justificando o projeto inédito da pesquisa de RSE pela própria atuação da entidade, que nos últimos anos tem levantado a bandeira da ética nos negócios e sempre fez questão de levar esse tema para a discussão entre os seus associados, através de uma Comissão de Ética e Responsabilidade Social, que tem como coordenador o associado João Batista Castelnovo. AMOSTRA – Em uma coletiva de Imprensa bastante concorrida, com as presenças dos principais veículos de comunicação, os três representantes do Ibef responderam a diversas perguntas dos jornalistas. O analista Arnaldo Rezende, em linhas gerais traçou um painel bastante crítico das ações que as empresas implementam na área de Responsabilidade Social, sem deixar de reconhecer os esforços que essas organizações têm feito nos últimos anos nessa área, mas ao mesmo tempo, frisando o longo caminho que ainda precisa ser percorrido para a adoção de políticas mais consistentes e estruturadas por parte delas, como apontaram as próprias respostas das empresas. Rezende discorreu sobre todos os itens, comentando tecnicamente os dados coletados pela pesquisa, explicando de uma forma didática as respostas das empresas. O analista ressaltou que as respostas foram obtidas a partir de um conceito previamente elaborado sobre Responsabilidade Social Empresarial e que foi apresentado às empresas, antes que elas respondessem ao questionário, proporcionando dessa forma, um melhor alinhamento nas respostas obtidas. Ele também detalhou a amostra utilizada para a coleta dos dados, desde a distribuição geográfica, tipo de capital e número de colaboradores. A amostra da pesquisa foi composta por 42 empresas, dos setores de comércio, indústria e serviços, representativas de um universo de 156 empresas convidadas. As empresas participantes apresentam conjuntamente um faturamento anual de R$ 15 bilhões e possuem em torno de 25 mil colaboradores. ANÁLISE – Mais do que comentar os dados obtidos com a pesquisa, a diretoria do Ibef-Campinas fez para a Imprensa uma análise real e profunda do estágio atual da Responsabilidade Social Empresarial na RMC. Um dos dados que mais chamou a atenção foi que, apenas 19% das empresas afirmaram ter um sistema de gestão de RSE estruturado nas suas organizações. “Isso mostra que a cultura da Responsabilidade Social tem ainda muito que crescer dentro das organizações”, explicou o presidente do Ibef-Campinas aos jornalistas. Para o presidente do conselho consultivo, Saulo Duarte Pinto Jr., outro ponto importante levantado pela pesquisa está no fato do incentivo fiscal ainda ser pouco utilizado pelas empresas e privilegiar aquelas que trabalham em regime de lucro real. “Existe uma dificuldade para as empresas utilizarem incentivos fiscais. Pode-se usar somente 1% do lucro da empresa para incentivar ações voltadas para a criança e o adolescente e utilizar 4% para o incentivo à cultura”, explicou o diretor do Ibef-Campinas. Ele acrescentou que as duas ações são igualmente importantes e mereceriam o mesmo incentivo. A sua opinião inclusive foi veiculada amplamente no noticiário divulgado pela mídia sobre a pesquisa. Jornalistas conferem os detalhes da Pesquisa de RSE 6 IBEF EM REVISTA SQUISA INÉDITA SOBRE A SOCIAL EMPRESARIAL SEGUNDA PESQUISA - Após uma hora e meia de entrevista coletiva, pelo interesse dos jornalistas nos questionamentos e pela repercussão posterior na mídia e na comunidade em geral, a diretoria do Ibef-Campinas considera que os primeiros objetivos foram alcançados – lançar uma luz inicial sobre esse tema, trazendo números e análises para o debate construtivo sobre a RSE na região de Campinas. Nessa tarefa, ressalta a diretoria da entidade, as empresas associadas que apoiaram e responderam essa pesquisa inédita tiveram uma atuação fundamental para todo esse sucesso. Mas, o Ibef-Campinas quer avançar mais na discussão desse tema. Tanto que para 2007 já está prometida uma segunda pesquisa, que será comparativa a essa primeira, possibilitando uma plataforma substancial de dados sobre os caminhos da Responsabilidade Social Empresarial na região, ao longo dos anos. Com a sua divulgação sistemática, a própria pesquisa pode se tornar uma importante ferramenta alavancadora de uma efetiva política empresarial, voltada para ações sociais. José Roberto Morato comenta os detalhes da pesquisa Diário do Comércio Imprensa destacou a Pesquisa de Responsabilidade Empresarial, apresntada pelo Ibef-Campinas Continua na página 8 IBEF EM REVISTA 7 APENAS 19% TEM ESTRUTURA EM RSE Publicações das cidades da região também repercutiram a pesquisa N a apresentação da Pesquisa de Responsabilidade Social Empresarial realizada para a Imprensa, o analista Arnaldo Rezende, abordou alguns conceitos importantes sobre o tema, como a realização por parte da empresa de uma gestão de Responsabilidade Social, feita de forma ética e transparente, com o relacionamento com os seus diversos públicos de interesse. “Não basta a empresa construir uma creche e no entanto ser uma grande poluidora do meio ambiente, para ser considerada uma empresa com uma gestão em Responsabilidade Social”, exemplificou Rezende, enfatizando a necessidade da empresa ter um relacionamento ético com todos os seus públicos. Após essas observações e comentado o questionário, Rezende contextualizou a pesquisa de RSE do Ibef-Campinas dentro de parâmetros estatísticos. ESTRUTURA – Através dos conceitos apresentados junto com o questionário, apenas 19% das empresas afirmaram possuir um programa estruturado de gestão de RSE e 10% delas admitiram não possuir nada de forma organizada e estruturada em termos de RSE, a não ser ações pontuais de arrecadação e distribuição de roupas, alimentos, etc. As demais, ou seja, 71% delas realizam ações sociais internas (14% com benefício direto em nome de funcionários ou familiares) e externas (12% em prol de pessoas da comunidade). Empresas que realizam ambas somam 45%. MOTIVAÇÃO – Para a realização das ações sociais, a motivação por parte das empresas foi em 36% dos casos notificados, devido ao altruísmo dos sócios; 22% para agregar valor à imagem da organização no mercado; 10% para aumentar a satisfação e fidelidade dos clientes e 10% para atrair e reter talentos em seus quadros. FOCO DAS AÇÕES – O departamento de Recursos Humanos das empresas pesquisadas é responsável por 43% das ações sociais realizadas, seguido pelo Marketing com 19%. Todas as outras demais áreas somadas realizam 38% das ações. A área de Educação lidera o foco das ações sociais das empresas com 26%, seguida por Saúde e Assistência Social com 20% e em quarto lugar vem o Meio Ambiente com aproximadamente 15%. INVESTIMENTOS – O valor investido em RSE em 2005 em 55% das empresas não ultrapassou R$ 50 mil; 14% variou de R$ 51 mil a R$ 200 mil; 7% de R$ 201 mil a R$ 500 mil; 5% de R$ 501 mil a R$ 1 milhão e 14% acima de R$ 1 milhão. Para este ano, 64% das empresas disseram que manterão inalterados os valores e apenas 7% deseja ampliar o investimento em mais de 30% sobre 2005. Em 76% das empresas pesquisadas, o valor investido sai direto do caixa como despesa geral, reduzindo o lucro das 8 IBEF EM REVISTA operações. Apenas 5% das empresas deduziram o total do valor destinado às ações sociais dos tributos a serem pagos através de leis de incentivo fiscal. As demais - 19% - abateram em torno de 58% do valor investido. VOLUNTARIADO – A pesquisa também procurou conhecer a política das empresas com relação ao trabalho voluntário realizado por colaboradores, registro formal de Código de Ética e publicação de ações através de Balanços Sociais. Com relação à política de incentivo ao trabalho voluntário de seus colaboradores, somente 7% das empresas permite a realização de ações durante a jornada de trabalho, 31% reconhece e destaca os funcionários que conseguem realizar algum trabalho voluntário fora do expediente e 43% não possui nenhuma ação nessa área. ÉTICA – O Código de Ética está ausente em 55% das organizações e o lado positivo é que 12% delas já têm o documento há mais de 10 anos. O Balanço Social embora bastante divulgado pela mídia, ainda não faz parte do conjunto de instrumentos de gestão estratégica de 76% das empresas. INFORMAÇÕES RELEVANTES – A RSE ainda está distante do dia-a-dia das empresas (apenas 19% tem estrutura de gestão para RSE). Nenhuma das organizações participantes possui um departamento exclusivo para cuidar do tema RSE. O voluntariado dentro das empresas ainda não representa uma ação efetiva. Cerca de 89% das empresas com mais de 1000 colaboradores, não libera sequer uma hora por semana para a realização de ações voluntárias. A pesquisa também mostrou que 22% das empresas que realizam ações sociais, não sabem o motivo de suas iniciativas. Os valores investidos são diretamente proporcionais ao tamanho da empresa. Mas somente o fato da organização ser de grande porte não significa que o investimento seja alto. A pesquisa apontou que das empresas com mais de 1000 colaboradores, 44% não atingiu investimento de R$ 50 mil em 2005. Nenhuma empresa com menos de 100 colaboradores elaborou sequer uma única vez o Balanço Social. O incentivo fiscal ainda é pouco utilizado pelas empresas para ações de RSE. Mesmo nas organizações de grande porte (acima de 1000 funcionários), apenas 9% abate 100% do valor investido dos tributos a serem pagos. Finalizando, Rezende explicou que as ações de RSE devem ser implementadas através de uma estratégia da empresa, para posteriormente serem mensuradas e registradas através do Balanço Social, sendo assim utilizadas como marketing social, para dar retorno à organização. Essa pesquisa de RSE na íntegra, com todas as perguntas, tabelas e gráficos, está publicada no site da entidade (www.ibefcampinas.com.br). Palestra RABELLO DE CASTRO APRESENTA AGENDA ECONÔMICA PARA 2007 U m dos mais respeitados e renomados economistas brasileiros, Paulo Rabello de Castro, esteve em Campinas, para a palestra Perspectivas Econômicas Para 2007, promovida pelo BicBanco e Ibef-Campinas. O evento reuniu mais de 450 convidados, no dia 18 de outubro, na Sociedade Hípica de Campinas, que ouviram atentamente a palestra do economista, que traçou alguns cenários para a economia no próximo ano. DIRETRIZES - Paulo Rabello de Castro afirmou que algumas “diretrizes fundamentais já estão sendo traçadas nos astros para 2007, sendo que a primeira delas é o aumento da taxa de crescimento”. Outra mudança que ele apontou como importante é a competitividade econômica do País. “Já está ficando claro, que tanto na agricultura, quanto na indústria, o Brasil está perdendo competitividade rapidamente. Isso vai deflagrar tanto mudanças no campo tributário, como possivelmente mudanças no próprio câmbio, ou seja, o patamar cambial acabará sendo revisto pelo próprio mercado”, explicou Rabello de Castro. Em terceiro lugar, no cenário mundial, o economista traçou um quadro de alguma turbulência, o que na sua opinião, fará com que o Brasil dê ênfase nessa reestruturação. “Para quem quer investir e trabalhar não há razão para pessimismo”, explicou. AJUSTE FISCAL - Rabello de Castro afirmou que o ajustamento fiscal terá que ser feito em 2007. Na sua opinião, o empresariado deverá ter uma participação polí- tica importante nesse processo, dependendo dessas posições das entidades, como o próprio Ibef, nas suas várias localizações e a presença das entidades de classe no noticiário, colocando seus Paulo Rabello de Castro fala aos jornalistas pontos de vista, isso determinará em grande medida, o avanço do Brasil no campo do ajustamento fiscal. INVESTIDOR - Rabello de Castro aconselhou ao investidor acompanhar sempre o comportamento da taxa de juros, para fazer as suas projeções de aquisição dos mais variados bens, “já que a taxa de juros é a parte mais objetiva e fácil de se acompanhar”. Se a taxa continuar caindo, o investidor pode ficar mais agressivo e otimista nas aquisições. Se ocorrer o inverso, com a possibilidade de um cenário de arrocho, é melhor que o investidor fique mais precavido. Charles Massucato e Milto Bardini, vice-presidente do BicBanco Saulo Duarte P. Jr., José Roberto Morato, Paulo Rabello de Castro, Milto Bardini, Manoel Agostinho, Mônica Gondim e Sérgio Bezerra de Menezes Regina e Antonio Sanches e João e Carolina Castelnovo Neide Monteiro, Carlito Júnior, Ângela e Carlito Vianna Continua na página 10 IBEF EM REVISTA 9 EVENTO BICBANCO-IBEF REUNIU MUITOS CONVIDADOS NA HÍPICA O coquetel foi concorrido e muito animado Convidados da empresa Química Amparo Afonso Bispo, Marcos Ebert e Edison Bochemi Convidados e funcionários do BicBanco Renata Salim Omati e Walter e Lurdinha Palma Samila Barreto, Beatriz Cecco e Alessandra Santurbano, prestigiaram a palestra de Rabello de Castro AS GOVERNANÇAS CORPORATIVA E DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO A palestra As Governanças Corporativa e de Tecnologia da Informação foi apresentada pelo especialista no assunto, Carlos Airton P. Rodrigues, no dia 5 de setembro, aos associados do Ibef-Campinas. Foram mostradas como essas ferramentas são instrumentos de criação de valor para os negócios. TEMAS - A evolução geral das Governanças Corporativa e de Tecnologia de Informação, suas tendências, benefícios para os negócios e como podem ser implementadas, estão entre os principais tópicos que foram abordados na palestra. Rodrigues tem larga experiência no assunto, sendo atualmente diretorpresidente da Governance Solutions. Ele também é Carlos Airton P. Rodrigues 10 IBEF EM REVISTA professor do MBA de Governança de Tecnologia da Informação no IPT-USP. Ocupou posições de gerência sênior em Tecnologia da Informação na Metal Leve e Cargill. Foi vicepresidente de Tecnologia da Informação para a América Latina da ABB. O patrocínio foi do Bradesco e os apoios da Microsiga e Lemos e Associados Advogados. ANIVERSARIANTES Novembro 21-Amilcar Amarelo 23-Edson Luiz de Menezes 23-Sergio Santana 24-Marcelo José Baldove 24-Osvaldo Davanço 25-Afonso Maria de Almeida Moreira 25-Carlos Alberto Samogin 25-Rafael Henrique Monteiro 26-José Luiz Mosca Junior 28-Silvio Orsini 3 -Mauricio Rezende 3 -Nadir A . Costa 4 -Roberto de Carvalho Bandiera 11-Joaquim Carlos Dias 12-Eduardo Martins Junqueira 16-Luis Carlos Maria Solimeo 16-Maria de Lourdes V. Garrido 17-Antonio Maria Zogaeb 17-Ercilio Cecco Jr. 19-José Roberto Morato Dezembro 20-Cassio Manoel de Andrade 22-Karina Calicchio Ferreira 23-Benedito Alfredo B. Blanc 24-Marcos de Figueiredo Ebert 26-Idário Rodrigues de Castro 27-Andrea de Cássia Sousa Tomesanni 27-Jorge de Jesus Longato 29-Darci Granzioli 30-Paulo Roberto Toledo Corrêa 1 - João Bosco Dias Pinheiro 2 - Ederaldo Orlando Silvatti 3 - Marcelo Diorio 6 - Mônica de Cássia F. Gondim 11-Mario Jorge Maudonnet 12-Fabia Alessandra S. Sancho 14-Alexandre Correa Duarte 15-Mario Massao Nakamura 18-Carlos Roberto Pereira Garcia 18-Charles Foentes NOVIDADES • Os associados que desejam participar dos • • grupos de estudos podem fazer contato com a secretaria do Ibef-Campinas e agendar as datas dos encontros. Toda a diretoria e associados do Ibef-Campinas parabenizam o diretor vogal de Informática da entidade, Daniel Maçano Junior, premiado pela revista Computer Word, nos Top 100 IT Liders 2006. O Ibef-Campinas agradece as empresas que doaram brindes para o 9° Encontro Sócio Esportivo. São elas: Expand, Grupo Eco, Dott Fitness, Via Aroma e Hotel New Port. • Fique atento aos comunicados eletrônicos do Ibef-Campinas referente à venda de convites para a cerimônia de premiação do Equilibrista e Destaques de 2006. Garanta sua presença e de seus convidados. Os convites são limitados! NOVOS SÓCIOS • Octávio Teixeira Brilhante Ustra - Moraes Salles, Finocchio e Ustra Advogados • Maurício Gil Amarelo - Archivum Comercial Ltda • Agnaldo José Pilon - Innovation Business Ltda • Fernando Aurélio Ribeiro Ferraz - Ribeiro Ferraz Corretora de Seguros Ltda • Simone Ap. Borsato Simão - Elektro Eletricidade e Serviços S.A. • Hailton Reco Braga - Commscope Cabos do Brasil • Carlos Alberto Alves de Castro - Primo Schincariol Ind. de Cerv. e Refrig. S/A •Carolina Coletti Castelnovo - Eaton Ltda. •Nelson Alves de Oliveira - PricewaterhouseCoopers •Marcelo José Baldove - Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes •Cecília Silva Luko - Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes •Jelson Felicíssimo - EPTV S/A •José Carlos Giachini - Banco Itaú BBA •Caio Suzigan - GE Hydro Acesse o site: www.ibefcampinas.com.br Ibef-Campinas - Entidade de Utilidade Pública Municipal IBEF EM REVISTA 11 Entrevista COMO A ÁGUA PODE AJUDAR NA SAÚDE Catarina Mazzarini A água como terapia. Uma vida dedicada a mostrar como a água pode ajudar na recuperação e manutenção da saúde das pessoas. Essa é a tarefa a que Catarina Mazzarini, se dedica diariamente, com uma motivação que empolga a todos, seus colaboradores e pacientes. Formada em Educação Física pela Puccamp, com mestrado também em Educação Física Especial pela Unicamp, Catarina tem ainda especializações em ginástica de academia e em piscina terapêutica em Neurologia. Como ela mesma frisa, “a água é o meu ambiente natural desde a infância”. Aos 12 anos, foi recordista sul-americana nos nados golfinho e peito. Desde então, a sua relação com a água não foi interrompida. Catarina criou um método de natação, pioneiro no mundo, para bebês e crianças com deficiência visual. Esse método resultou em dois livros, um vídeo-técnico e uma tese de mestrado que também virou um livro. Tem uma larga experiência com a natação na terceira idade e criou em 1978 o método Aquanástica (outro método pioneiro de sua autoria), que é a ginástica na água, com movimentos que trabalham a estética, saúde e a desinibição das pessoas que têm medo da água. Ela se especializou no atendimento de diversas patologias raras e gravíssimas, sempre usando os benefícios da água no atendimento aos seus pacientes. Todos os seus trabalhos estão registrados em cinco livros publicados. Ibef - Quais os benefícios da água para a saúde ? Catarina – O nosso planeta é o planeta água, nosso corpo tem mais água que qualquer outro elemento. Somos gerados em uma bolsa de água. O elemento água é um convite ao lazer. O maior benefício da água, é que o peso do corpo humano nesse meio, é atenuado em 80%. Os movimentos que fazemos dentro da água, dificilmente faríamos com a mesma intensidade, fora dela. A quantidade de exercícios que realizamos na água é muito maior. Na água trabalhamos com mais facilidade a resistência muscular localizada, trabalhamos a resistência cárdio-respiratória, ou seja, melhora o transporte de oxigênio para o sangue e não acumulamos gás carbônico. Se não fizermos na água a respiração correta, bebemos água. Unindo a capacidade do nosso corpo de flutuar e a da água, de nos deixar leve, somente o fato de flutuarmos nesse ambiente, já estamos em um processo de relaxamento. A circulação de retorno é facilitada. A respiração aquática fortalece a musculatura do tórax, com benefício direto para o coração e pulmões. Ibef - Como um executivo deve começar seu contato com a água? Catarina – Ele deve começar com terapia aquática, que é um método individualizado. Precisamos em um primeiro momento conhecer as suas características, conhecer o seu grau de estresse. A pessoa geralmente vem tensa, respirando mal, agitadíssima – tensão é uma coisa e a agitação é outra e com muito cansaço. Começamos com a terapia, que é uma sessão individual com massagens. Ibef - Como é realizada essa terapia na prática? Catarina – Criamos para essa terapia, um método único, de duchas aquáticas. Enquanto a pessoa está deitada, ela recebe a massagem de uma ducha, desde o apoio plantar passando pela cervical, até o couro cabeludo. Vamos trabalhar individualmente, toque, massagem, manipulação, até quebrar as couraças desse indivíduo. Então começamos com os exercícios. Respondendo bem a essa fase, passamos para outras modalidades – aquanástica ou a aqua-deep-natação ou a natação terapêutica. Os três são super benéficos. Ibef – Os resultados aparecem de imediato para as pessoas? Catarina – O sujeito depois de três ou quatro sessões, já nem se conhece mais. O trabalho em água é o método 12 IBEF EM REVISTA mais rápido para as pessoas perceberem os benefícios. Na primeira sessão ela fala que está mais leve, respirando melhor. Na segunda sessão é comum reportar, que há muitos anos não dormia tão bem. A água tem esse encanto, esse fascínio. Ibef – O exercício na água pode ajudar no seu condicionamento físico para o executivo, para praticar outros esportes, como o tênis e o futebol de fim-desemana? Catarina – Realizamos um trabalho com uma equipe de futebol, onde os jogadores tinham muitos problemas físicos. Levamos esse grupo para água. Melhorou a performance de todos eles. Por exemplo, na água, a realização de um exercício abdominal alonga toda a coluna vertebral, sem sobrecarga. Tenho certeza que ao associar duas vezes por semana, exercícios na água, as pessoas terão um rendimento físico 100% maior. Ibef – Qual a freqüência de sessões para que esses benefícios apareçam? Catarina – O ideal seria que todos fizessem uma atividade física diária como tratamento preventivo para a saúde, para evitar a osteoporose e as famosas dores, as lombalgias e todas as ‘algias’ da idade. Agora, na água, três sessões semanais de uma hora cada estão perfeitas. Se vier duas vezes também está bom, o importante é que a pessoa perceba os benefícios para o seu corpo. Ibef – A prática de exercícios na água pode ajudar na diminuição do consumo de remédios? Catarina – Temos muitos casos de pacientes que depois de alguns meses, reduzem o consumo de remédios. Como o caso de um diabético, que depois de seis meses de exercícios aquáticos, não precisou mais de medicamento algum. Temos outros casos, como de hipertensos, cardíacos ou com síndrome do pânico, que também têm melhorado e reduzido a ingestão de remédios. Temos casos de pessoas com doenças neuro-musculares, que não tem como realizar o tratamento fora da água, isso porque a pessoa não tem tônus para levantar o próprio braço. Na água isso se torna possível, de forma que a pessoa passa a resgatar o movimento. Feito isso, a pessoa então consegue levar esse movimento para fora da piscina. A água tem esse poder fantástico. Costumo dizer, que a água ainda não foi descoberta em todas as suas reais possibilidades.
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