Edi o 80 - Maio 2004_ap

Transcrição

Edi o 80 - Maio 2004_ap
Evento Sócio-Esportivo - 4 e 5
Palestras e Conef - 8
Corsini orienta sobre Aids (foto) - 10
A visão depois dos 40 - 12
Foto Centro Corsini
Campinas
IBEF EM REVISTA
Informativo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Campinas
Edição n° 83 - Novembro /2004
SUCESSO DO MAGAZINE LUIZA
Luiza Helena fala sobre motivação de equipes para
400 convidados (fotos). Pág. 9
O executivo financeiro
Francisco José Danelon
(foto ao lado), da
empresa Cristália,
vai receber o
troféu Equilibrista
O EQUILIBRISTA E OS
DESTAQUES DE 2004
Veja todos os premiados na pág. 3
Jovens associados
falam sobre carreira, a
importância do Ibef
e o Brasil que
esperam em 2014.
Págs. 6 e 7
Marcel Suzigan
Júlia Maria R. Florezi
Tiago Turatto
Expediente
O Ibef – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças é uma instituição sem fins lucrativos que
reúne os principais executivos de finanças do
País e tem como objetivo o desenvolvimento
profissional e social através do intercâmbio de
informações técnicas, dos interesses comuns nos
negócios, da efetiva participação, da representatividade institucional e da formação de opinião. No Brasil, o Ibef associa cerca de 4.500 executivos com seccionais em Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas
Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina,
Ceará e Distrito Federal. Na área internacional,
é filiado à IAFEI International Association of
Financial Executives Institute, com sede em
Zurich, na Suíça reunindo 26 países, com um
total de 46.000 membros.
Diretoria Executiva Campinas – 2003/2004
Presidente:José Roberto Morato
Vice Presidente: Saulo Duarte Pinto Júnior
Dir. Secretário: Antônio Horácio Klein
Diretor Tesoureiro: Nildo Bortoliero
Dir. de Admissão e Freqüência: Edigard Piovezan
Dir. Técnico: Marcos Mello M. Haaland
Dir. de Desenvolvimento: Antonia Maria Zogaeb
Diretor Jurídico: Arthur Pinto de Lemos Netto
Diretor Relações Externas: Edison Bochemi
Diretores Vogais
Dir. Indústria: Marcos Mello M. Haaland
Comércio: Osvaldo Pizano
Organismos Públicos: Paulo Vasconcellos
Mercado de Capitais: Henrique R. C. Sperândio
Serviços: Roberto Wagner Promenzio
Entidades Bancárias: Pedro Z. Milioni Filho
Entidades Financ. não Bancárias: Fábio S. Gatti
Securitárias: Pricila Coghi Medina Marco
Treinamento: Julio Pugliesi
Agronegócios: José Roberto Migotto
Energia e Meio Ambiente: Adauto Pedroso
Informática: Daniel Maçano Junior
Conselho Fiscal Efetivo: Oswaldo M. Collado,
Viviani Bovo e Marcel Suzigan
Conselho Fiscal Suplente: Osvaldo Davanço e
Joaquim Carlos Dias
Diretores Adjuntos: Agnaldo José Pillon;
Douglas Puccia; Jorge Henrique de Mello
Barreto; Paulo Rogério da Silva Caetano;
Francisco Danelon; Antonio Roberto Raven; Luíz
Antonio Furlan; José Antonio Suzigan; José
Francisco Marsigli; Milton Fernandes; José
Osnir Perossi e José Florêncio da Costa.
Coordenadores de Comissões
Social: João Carlos Pinto
Adm. e Freqüência: Antonio B. Morey Jr.
Ética: Amílcar Amarelo
Relações Públicas: Salem Bechara Maluf
Assuntos Técnicos: João Batista Pereira Jr.
Empresas Familiares: Antonio Donizetti Rubbo
Responsabilidade Social: Arnaldo Ap. Rezende
Recursos Humanos: Erney Feltrin
Integração Universidades: Amílcar José Fávero
IBEF EM REVISTA
Tiragem: 1.000 exemplares
Publicação bimestral do Ibef-Campinas
Av. Anchieta, 173, 10o andar, Cj. 108,
Campinas – SP CEP – 13.015-903
Fones:(19) 3233-0902 e 3232-7365/Fax: 3233-1851
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Coordenação Editorial: Antônio Horácio Klein
Jornalistas Responsáveis: Edécio Roncon
(MTb 16.114) e Vera Graça (MTb 17.485)
Apoio: Liê D´Ottaviano
Produção Editorial: Roncon & Graça Comunicações
Site: www.rongra.com.br
E-mail: [email protected]
2
IBEF EM REVISTA
Editorial
SONHO REALIZADO:
SEDE PRÓPRIA
José Roberto Morato - Presidente Ibef-Campinas
I
nformamos que foi negociada a
compra de uma sala e concretizamos
o sonho de o Ibef-Campinas possuir
uma sede própria, o que sem dúvida,
trará muitos benefícios aos nossos
associados.
O Ibef continua muito atuante em
toda a nossa Região Metropolitana.
Neste ano, até agora, o nosso Instituto
esteve 260 vezes presente na mídia, na
forma de reportagens, notas ou opiniões
em assuntos econômicos ou financeiros. Também neste ano já foram
realizados 28 eventos, sendo 22 de
natureza técnica e 6 sociais.
Responsabilidade Social continua
sendo um tema muito importante para o
Ibef-Campinas. Durante a premiação do
Equilibrista 2004, será homenageada a
empresa que vem se destacando nas
atividades de Responsabilidade Social.
Esse prêmio de reconhecimento foi
criado no ano passado.
Realizou-se com muito sucesso, de
17 a 19 de setembro, o 7o Encontro
Sócio-Esportivo Regional, no Hotel Canto
da Floresta em Amparo. Neste evento
tivemos a participação de 120 ibefianos,
com total integração das nossas
famílias, atendendo às expectativas de
todos os associados participantes.
Marcante também foi o megaevento
realizado no dia 23 de setembro na
Sociedade Hípica de Campinas, que
contou com a apresentação do case
“Magazine Luiza” com a presença de
400 participantes.Nossos agradecimentos ao patrocínio do Bradesco.
Com bastante alegria e descontração tivemos no dia 27 de outubro a
diplomação de 52 novos sócios que
passaram a integrar nosso Instituto
neste ano.
Em 18 de novembro teremos a
palestra do presidente da Confederação Brasileira de Voleibol que é
também presidente de honra do IbefRio de Janeiro. O Dr. Ary Graça Filho
discorrerá sobre os bastidores das
Olimpíadas de Atenas, bem como sobre
os benefícios para as empresas
patrocinarem o esporte brasileiro.
Mais uma vez, agora em sua 14a
edição, chegamos à escolha do
Equilibrista 2004. É um prêmio de grande
tradição e repercussão em nossa região.
Além do Equilibrista, iremos
homenagear as personalidades que
receberão os prêmios Destaques nos
segmentos da indústria, mercado
financeiro, comércio e serviços. De
forma democrática como sempre, a
escolha aconteceu através da votação
dos associados. Agradecemos a todos
os associados que votaram.
Adicionalmente premiam-se na
categoria destaque a empresa brasileira
e também a empresa que mais se
destacou na atividade de Responsabilidade Social.
A nossa grande festa de premiação
ocorrerá no dia 3 de dezembro de
2004 na Sociedade Hípica de
Campinas. Teremos o patrocínio do
Banco Itaú BBA.
A confiança e a credibilidade são
demonstradas pela comunidade que
tem patrocinado financeiramente
todos os eventos de nosso Instituto.
Nosso muito obrigado a todos
aqueles que patrocinam e apóiam
nossos eventos.
Um grande abraço
O presidente do Ibef-Campinas, José Roberto Morato, tendo ao lado diretores da
entidade, mostra o seu título de Cidadão Campineiro, concedido pela
Câmara Municipal, em evento realizado no dia 2 de setembro
2 IBEF EM REVISTA
Maior Prêmio de Finanças do País
DANELON DA EMPRESA CRISTÁLIA
É ESCOLHIDO O EQUILIBRISTA 2004
F
rancisco José Danelon, gerente
financeiro da Cristália Produtos
Químicos Farmacêuticos, sediada
em Itapira, é o grande vencedor do
prêmio Equilibrista do ano de 2004,
escolhido pelo Instituto Brasileiro de
Executivos de Finanças (Ibef) –
Seccional Campinas. O prêmio é
dado para o executivo de finanças que
se destaca pela sua atuação profissional, proporcionando projeção e
crescimento para a organização da
qual é colaborador.
Danelon, 53 anos, afirma que a sua
trajetória profissional, tem como desafios a melhoria de rentabilidade e
produtividade, compreendendo reestruturação de empresas, implantação de sistemas de gestão, profissionalização, redução de custos, negociações com bancos e trabalho em equipe.
De origem simples, Danelon, nasceu em Piracicaba e
iniciou suas atividades profissionais aos
14 anos, trabalhando
em seis grandes empresas, sempre na
área financeira, ocupando cargos de analista, gerente e diretor.
Assumiu o cargo na
Cristália em janeiro de 2000. É formado em Administração
de Empresas e Ciências Contábeis pela
Universidade Meto-
dista de Piracicaba.
Pós-graduado em Contabilidade e
Finanças pela Fundação Getúlio Vargas,
o executivo também é mestre em
Administração e Planejamento Estratégico pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com dissertação pública sobre o tema “O custo
dos empréstimos bancários das
empresas industriais e comerciais”.
Casado com Roseli Favaro Danelon
e pai de três filhas, ele ainda concilia
outras atividades, sendo diretor adjunto
no Ibef-Campinas e associado há
mais de 10 anos, onde também já foi
coordenador da Comissão de Assuntos sobre Educação. É também vicepresidente do Lions Clube de Itapira,
assessor de Leo Clube e diretorsecretário da Sepin-Serviço Evangélico de Proteção à Infância, entidade
que cuida de 240 crianças até 12 anos.
PRÊMIOS
DESTAQUES
O Ibef-Campinas escolheu
para receber os prêmios
Destaques 2004, empresas e
entidades que nos seus
segmentos, se destacaram
durante o ano.
Destaque Indústria
Schincariol
Destaque Comércio & Serviços
EPTV
Destaque Mercado Financeiro
Alexandre Enrico Figliolino
Itaú-BBA
Destaque Empresa Brasileira
Pastifício Selmi
Francisco José Danelon
Destaque Responsabilidade Social
FEAC
CRISTÁLIA
Perfil da Empresa
A Cristália foi criada em 1972, para
atender a área de psiquiatria, fornecendo
medicamentos para clínicas, hospitais e
principalmente o governo. Anos depois,
mantendo o foco na área hospitalar, foi
iniciada a produção de anestésicos
e adjuvantes. A empresa foi quem
disponibilizou produtos exclusivos aos
médicos brasileiros, graças às parcerias internacionais. No começo, os
medicamentos eram importados, mas logo
iniciou a síntese local de alguns
deles. Desde 1988, a Cristália sintetiza
princípios ativos no Núcleo de Desenvolvimento Farmoquímico.
O que a diferencia dos demais
laboratórios nacionais é o investimento
em pesquisa e síntese. A empresa é hoje,
é a maior produtora de matérias-primas
dentre os laboratórios estabelecidos
no país. No final da década de 90,
a Cristália ingressou em novos mercados com as unidades de negócios:
Biológica e Varejo. Recentemente, outras
foram criadas: Genéricos, Corporis e
Imuno. Entretanto, certamente é na Farmoquímica que se deposita a maior
esperança de um grande futuro para
a companhia.
Hoje, a Cristália é reconhecida pelo
seu investimento e desenvolvimento
em pesquisa e novas moléculas - três
destas, ainda inéditas e muito
promissoras, estão sendo submetidas
a testes necessários à aprovação para
o uso terapêutico.
PENTEADO & ROMANINI
AUDITORES INDEPENDENTES
14 ANOS DE SUCESSO NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA
14 YEARS OF SUCCESS IN BRAZIL AND IN THE LATIN AMERICA
Al. Dr. Antonio da Costa Carvalho, 325 – Campinas – Tel. (019) 3254-6546
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IBEF EM REVISTA
3
Social
CLIMA DE PAZ E HARMONIA NO
ENCONTRO SÓCIO-ESPORTIVO
A
mparo, cidade propícia
para quem busca paz
interior e harmonia,
correto? Quem foi ao 7°
Encontro Sócio-Esportivo vai
responder sim e também não. A
cidade também é o lugar ideal
para quem procura aventura,
lazer e boa gastronomia. Foi o
município escolhido para a
realização do encontro promovido pelo Ibef-Campinas, nos
dias 17 a 19 de setembro. Cerca
de 120 ibefianos e seus
familiares hospedaram-se no
hotel Canto da Floresta, que
tinha como opções de esportes,
atividades radicais como a
tirolesa, treckking, rapel e rafting.
Grupo de
crianças da
caminhada
Adauto e Maria Pedroso e Fernanda e Fernando Perches
Lúcia e Aldo Mauri
Maria Inês
Bertoloccini e Maria
Helena Lemos
Maria José Klein,
Sueli Giudicci e
Susy Feltrin
Valmir Silveira, Edison Bocheni, Antonio H. Klein, José R. Morato,
Edmir Bertoloccini, Edigard Piovezan, Nildo Bortoliero, Oswaldo Collado
e Moacir Dias
Lucila e
Sérgio Barros
Vera, Thiago,
Felipe e Dimas
Beato
4
IBEF EM REVISTA
NATUREZA E LADO MÍSTICO FORAM
DESTAQUES DO EVENTO
P
Grupo da caminhada que visitou o núcleo Educacional Gentil Pessoa de Mesquita
Célia Mazon, Tsuneko Davanço e Nancy Rosa
ara o público mais ‘zen’
que curte o contato com a
natureza e o lado místico,
o final de semana foi um presente
dos deuses. O hotel Canto da
Floresta é um Resort Eco-Místico,
projetado e construído segundo
os preceitos do Feng Shui. O local
fica na região do Circuito das
Águas, em uma área de 45
alqueires, ladeado por bosques,
lagos, rios e montanhas. O local
ideal para quem queria relaxar.
Os ibefianos aproveitaram as
massagens terapêuticas, como
Shiatsu e Do In, além de banhos
energizantes. Aventureiros ou
não, foram dois dias de muito
aconchego, ecologia além de
descontração e muita alegria.
Carlos Rosa e Luiz F. Giudicci
Cristiane
Pereira e
Dr. Valmir
Silveira
Edmir e Maria Inês Bertoloccini e
Lúcia e Edigard Piovezan
Marilídia Mesquita, Antonia Zogaeb Regina Silveira
Sueli Bocheni, Amine
Vazquez e Célia Mazon
Susy, Naira e
Moacir Dias
Lemos e Associados Advocacia
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IBEF EM REVISTA
5
A Força Jovem
CARREIRA, FUTURO DO PAÍS E
PARTICIPAÇÃO NA ENTIDADE
E
les têm 23, 24 e 25 anos, um trabalha desde os 14 anos, outro é recém-formado e cursa o MBA e, ela
tem experiência na área de mercado de capitais e vivência internacional. São jovens associados ao
Ibef-Campinas. Júlia Maria Ribeiro Florezi é a mais nova, tem 23 anos, está no 4o ano de Administração
de Empresas da Facamp e já fez estágio em empresa espanhola de produtos siderúrgicos. Ela se forma em
dezembro e está em período de transição: passará seis meses na empresa de seu pai (que tem uma fábrica de
tubos de aço) e depois irá decidir se lá permanece ou talvez irá trabalhar em uma empresa que não seja de sua
família.Tiago Turatto tem 24 anos é coordenador de consertos da Westfalia, onde trabalha desde os 14 anos
nessa empresa. Ele se formou em Administração de Empresas pela PUC-Campinas em 2003. O ‘mais velho’ é
Marcel Suzigan, 25 anos, formado em Economia pela Unicamp em 2001. Está cursando pós-graduação - MBA
em gestão financeira e controladoria na FGV e é especialista em custos na GE Energy.
A IMPORTÂNCIA DO IBEF-CAMPINAS NA CARREIRA
E O QUE ESPERAM ENCONTRAR NO INSTITUTO.
pessoas. Não dizem que a quantidade de telefones que você
têm na agenda é o caminho do sucesso?
Espero do Ibef-Campinas uma contribuição com as
universidades. O Instituto não é muito divulgado nas
universidades e deveria ter mais espaço para divulgar seu
trabalho no meio acadêmico. É preciso ter mais integração para
poder ouvir os estudantes, que têm uma visão de outro ângulo
das empresas.
Marcel - Vejo o Ibef como uma grande oportunidade de
desenvolvimento da carreira num momento onde há uma
limitação em relação aos outros profissionais da área. É uma
oportunidade para a troca de experiências com esses
profissionais. Entrei para o Ibef em 1999, como sócio
universitário e a visão
Júlia - O que acho importante
muda muito depois que
no Ibef são os muitos contatos que
você passa a fazer parte
ele me proporciona. A rede de
do mercado de trabalho.
relacionamentos é muito boa. As
Hoje é mais interessante
palestras também são de ótima
em nível de contato com
qualidade e sobre os mais variados
os outros ibefianos do
assuntos. Na minha opinião tudo
mesmo nível profissional.
isto pode contribuir para uma
Eles me tratam como
carreira profissional de sucesso.
colega da área de
Quando associei-me ao Ibef, em
trabalho.
2002, esperava que fosse ter
Espero encontrar no
palestras somente relacionadas à
Ibef oportunidades de
finanças. Mas foi bem melhor do
conhecer outras pessoas
pensava. Tive a oportunidade de
mais experientes, que
conhecer pessoas interessantes
possam contribuir nesse
para a minha carreira profissional,
começo de carreira, nessa
além de adquirir conhecimento
caminhada. Não somente
sobre diversos assuntos através
a troca de experiência,
Marcel Suzigan
das palestras proporcionadas.
espero também um
aprofundamento técnico
com as palestras, cursos promovidos pelo Ibef. Há também
OS DESAFIOS DO INÍCIO DA CARREIRA
os eventos sociais, os torneios de tênis, de futebol, onde acaba
se conhecendo outras pessoas, outros profissionais. O
Marcel - A primeira é a falta de experiência, a segunda é
desenvolvimento pessoal também é importante para a carreira.
atingir as expectativas da pessoa que está te contratando e a
terceira é você atingir suas próprias expectativas. A teoria é
Tiago - “Me associei ao Ibef-Campinas em 2002 depois de
bem diferente da prática. Quando se sai da faculdade,
participar do Conef. Estava no terceiro ano da faculdade. O
queremos fazer várias coisas e nem sempre conseguimos. É
mais importante foi poder manter um relacionamento com
bem difícil, mas faz parte do amadurecimento profissional. A
diversos profissionais que já estão no mercado de trabalho,
experiência e o conhecimento andam juntos, mas deve-se ter
em poder intercambiar experiências que eles têm na prática
paciência para entender que é preciso ainda caminhar muito
com a visão acadêmica. Vejo o Ibef como oportunidade para
e conseguir superar as expectativas. O terceiro ponto é a
uma troca de negócios entre empresas e conhecimento
cobrança pessoal de estar sempre buscando algo mais. As
profissional. Os eventos como encontros, palestras,
pessoas mais experientes sabem que podemos oferecer nesse
congressos contribuem nesse sentido. Embora ainda acho o
começo de carreira e a cobrança maior é a nossa mesma.
Ibef caro para um jovem recém-formado. Os eventos sociais
também são importantes porque colocam-nos em contato com
Tiago - Dificuldades, cada profissional encontra a sua.
6
IBEF EM REVISTA
JOVENS ASSOCIADOS MOSTRAM
AS SUAS OPINIÕES
Eu trabalho desde os 14 anos na Westfalia. Entrei depois de
um curso profissionalizante de mecânica no Senai. Dois anos
e meio depois, a empresa me promoveu para a área comercial.
Antes tinha trabalhado com a minha tia numa empresa de
produtos de limpeza. Na faculdade, te jogam muita informação
e teorias e se tem a ilusão de que podemos transformar o
mundo. Quando se sai da faculdade, se dá conta do mercado
de trabalho, essa jaula de leões, onde você precisa se habituar.
Não consigo colocar todas as idéias acadêmicas em prática,
porque não há tempo para ser “ouvido”. Há muita coisa para
fazer e metas para cumprir, tornando o dia-a-dia mais difícil.
Júlia - Considero-me uma pessoa privilegiada, pois estou
tendo a oportunidade de estudar em uma faculdade de primeira linha, fazer cursos de idiomas, além disso, estudei no exterior. Acho que por isso não venho enfrentando tantas dificuldades na minha carreira profissional. Esse ano com um crescimento esperado em torno de 3,5%, o mercado fará a sua parte, mas ainda não será suficiente para absorver essa massa
acumulada nos anos anteriores. A economia precisa melhorar. Por causa destes problemas, nos processos de seleção o
para vermos resultados positivos dessas mudanças. Acredito
que será melhor, mas ainda tem muito para melhorar, para ter
igualdade, educação, oportunidades de trabalho.
Tiago - Eu sou esperançoso, mas também realista. Do ponto
de vista econômico, sou otimista e vejo com bons olhos as
idéias que serão cada vez mais sustentáveis, com novos
empregos, novas empresas. Vejo que a parceria privada e
pública irá contribuir com o desenvolvimento da economia. O
Brasil nos próximos 10 anos vai estar muito positivo.
Do ponto de vista social, é mais complicado. A renda vai
continuar concentrada e vamos ter miséria ainda maior. Vejo
com preocupação, apesar dos índices que o governo mostra
de crianças nas escolas, creio que não haverá melhoras. Vai
haver uma nova classe de analfabetos graduados, muitas
pessoas mal formadas, que não terão conhecimento básico
para o mercado. Aumentou o número de faculdades, mas a
qualidade de ensino caiu.
Júlia - É muito difícil fazer uma previsão para um horizonte
tão longo. Principalmente em um país onde a economia é tão
volátil. O país vem apresentando uma boa melhora nos seus
Tiago Turatto
Júlia Maria Ribeiro Florezi
número de candidatos é sempre maior que o número de vagas
o que faz com que as exigências sejam cada vez maiores.
indicadores nos últimos meses, mas a meu ver, algumas condições têm de ser satisfeitas, para que tenhamos um crescimento
realmente sustentável. Entre as condições eu citaria aumentar
ainda mais as exportações, criar mecanismos de financiamento
interno e investimentos em infra-estrutura. No âmbito social, há
uma imensa desigualdade de distribuição de renda que precisa
ser revertida o mais rápido possível, senão teremos um agravamento da violência e da miséria daqui a 10 anos. Precisamos de
programas sociais mais eficazes. No político, a minha opinião é
que a população, através do voto, defina os rumos que a
política tomará. Vejo que as pessoas estão se tornando mais
ativas no plano político. Elas estão mais cientes do seu papel de cidadãos, dos seus direitos e querendo mudanças.
O BRASIL EM 2014
Marcel - Do ponto de vista econômico e político vejo o Brasil
nos próximos 10 anos numa situação bem melhor do que hoje.
O país já vem passando por uma mudança desde 1994 para
cá, que foram importantes e é base para uma consolidação.
Vejo a troca de antigos políticos, uma mudança gradual do
ponto de vista político.
No caso do social, acho que o processo será mais
demorado. Daqui a 10 anos talvez seja um período pequeno
IBEF EM REVISTA
7
ASAS DASSAS DADE
RESAS
DA REAS
DA RE
FINANCIAMENTO
CAPITAL
DE GIRO
E O CONEF BRASIL RUMO A 2020
FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO
O
Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) abriu no dia
20 de setembro o financiamento de capital
de giro, no âmbito do Programa de Apoio ao
Fortalecimento da Capacidade de Geração de
Emprego e Renda (Progeren). Apenas duas
semanas depois, o programa foi apresentado a
executivos e empresários de Campinas e região,
que participaram de palestra promovida pelo
consultor Roberto da Cunha Vieira Filho. A
apresentação foi a convite do Ibef-Campinas, em
evento realizado no dia 6 de outubro, no hotel
New Port.
Roberto Vieira ministrou palestra sobre
financiamentos para capital de giro dentro do
sistema BNDES. Segundo Vieira, que atua como
consultor, existem duas modalidades de crédito
neste caso específico. A primeira é a modalidade
tradicional que é a Exim – financiamento para
capital de giro para empresas exportadoras. O
prazo médio para utilização do financiamento é
de 18 meses a um custo em torno de 15% ao ano
e em reais”, explicou.
A segunda modalidade é o Progeren para
financiar o capital de giro puro. O prazo para utilização do
financiamento é de 24 meses, incluída uma carência de 12 meses
a um custo financeiro de 16% ao ano. Vieira disse que o
financiamento para capital de giro é para
qualquer porte de empresa, mas para alguns
setores econômicos apenas, entre eles, bens de
consumo, autopeças, papel e celulose, químico
e outros.
O público - cerca de 40 pessoas - ouviu do
palestrante como ter acesso a essas linhas de
crédito, um processo difícil e burocrático. “Como
todo órgão público, existe uma dificuldade no
trâmite, mas o BNDES se mostra disposto a
financiar. Para o Progeren, por exemplo, o
montante é de R$ 2,5 bilhões em financiamento”,
argumentou. Quem se interessou pelo Progeren,
deve-se preparar e apressar. O financiamento,
a princípio, se encerrará no dia 30 de dezembro
deste ano. O BNDES exige que a empresa não
esteja inadimplente com as obrigações fiscais
e, além disso, tenha uma razoável situação
financeira.
Vieira parabenizou o Ibef-Campinas pela
realização da palestra. “A palestra foi importante
porque ninguém conhecia o financiamento e o
assunto despertou muito interesse. Foi uma
felicidade poder fazer parte dessa iniciativa”.
Vieira é consultor da Conterv Assessoria e Projetos. No site
da empresa há mais informações sobre financiamentos. O site é
o www.conterv.com.br ou e-mail [email protected].
CONEF NO PARANÁ
D
esafios da globalização, inflação, abertura de capital e
volume de crédito no Brasil, foram os temas de
destaques da XV Congresso Nacional de Executivos de
Finanças
(Conef),
realizado entre 29 de
setembro e 1° de
outubro, em Curitiba
(PR). O Conef é a mais
im-portante reunião de
profissionais da área
de finanças no Brasil e
como todos os anos,
contou com a participação do Ibef-Campinas. A edição desse
ano teve como tema
“Brasil 2020 - Uma
realidade possível”.
Otimista foi a palestra do
presidente do Banco
Central,Henrique
Meirelles cujo tema foi
“Globalização: impacto e
influências do sistema
financeiro internacio-nal no Brasil”.Para ele, ‘a confiança no
País vem sendo restaurada’ e apresentou uma seqüência
de pesquisas relacionadas ao crescimento da economia
brasileira nos últimos meses, que incluem o fortalecimento
das exportações, o crescimento do PIB, o recorde histórico
de produção industrial atingido em julho de 2004, a evolução
dos bens de capital e o crescimento sustentável das vendas no varejo. “A economia retomou sua trajetória de
crescimento com a ampliação da produção, das vendas e
do emprego”, disse.
INFLAÇÃO
O ex-presidente do BC, Gustavo Franco, criticou os
8
IBEF EM REVISTA
economistas da linha “desenvolvimentista”, que entre suas
teses defendem a idéia de que “um pouco de inflação é
necessária para o desenvolvimento do País”. “A inflação
é doença, pode ser
comparada
ao
alcoolismo: o doente não
pode beber nem um
pouquinho”, disse. E
quanto mais inflação,
maior o abismo social.
MERCADO DE
CAPITAIS
O presidente da
Bovespa, Raymundo
Magliano, afirmou que o
país superou a casa das
mil empresas que, hoje,
já t e r i a m p o t e n c i a l
pa r a i n g r e s s a r n o
mercado de capitais.
“Vivemos um momento de transformação cultural”, afirmou.
“Isso implica na cons-ciência do empre-sariado, se há interesse
em se desenvolver, não se pode mais abrir mão de sócios
por muito tempo”.
Hélio Ribeiro Duarte, diretor de Relações Institucionais
do banco HSBC, disse que o volume anual de crédito
concedido no País dobrará nos próximos 15 anos. Hoje, o
volume concedido eqüivale a 50% do PIB - e chegará a 100%
em 2020. “No Brasil, fatores como a dívida pública muito
alta, o compulsório, excesso de tributação e falta de
mecanismos legais que permitam aos bancos recuperarem as garantias em caso de inadimplência ainda são
forte inibidores para a oferta de crédito, sem falar na
questão dos juros altos”.
Palestras
DIRETORA DO MAGAZINE LUIZA MOSTRA
A CHAVE DA MOTIVAÇÃO DE EQUIPES
A
Saulo Duarte Pinto Jr., José R. Morato, Luiza Helena,
Cristiano Belfort e Sérgio Clemente
Luiza Helena com a comissão de empresas familiares: José F. Calil, Antonio D. Rubbo, Carlos Augusto
Haás e Edison Bocheni
trás do balcão do magazine de seus tios, a
adolescente Luiza Helena Trajano Inácio
Rodrigues, se perguntava porque as empresas são
tão ricas e as pessoas tão infelizes? Ela, que sempre
gostou de conversar com as pessoas, pensava como a
empresa, funcionário e o cliente, todos poderiam ser
felizes, ganhar dinheiro e crescer? Com uma equipe
motivada, assunto que hoje Luiza Helena domina e muito
bem. A executiva, que começou a trabalhar como
vendedora, passou a compradora e gerente comercial até
chegar à superintendência do Magazine Luiza, percorre o
País fazendo palestras sobre como transformou uma
pequena loja numa das maiores redes de varejo de
eletroeletrônicos e móveis do país. Ela aceitou o convite
do Ibef-Campinas para uma palestra realizada no dia 23
de setembro, na Sociedade Hípica, em Campinas.
Cerca de 400 pessoas presentes - executivos,
empresários e muitas mulheres -, ouviram da palestrante
valores como: verdade, respeito, a paixão que ela e seus
funcionários têm pela empresa e sobretudo, a valorização
das pessoas. “Acredito nas pessoas. Elas são a força e a
vitalidade de nossa empresa. Pois, só conseguimos
velocidade, qualidade e rentabilidade, se tivermos uma
equipe alinhada e comprometida”, diz Luiza Helena.
Outra dica importante: a busca da simplicidade na
gestão de negócios e de pessoas. “Eu tenho falado para
presidentes de empresas: temos que aprender a ser
simples, o que não significa ser simplista”.
Luiza Helena apresentou ao público alguns ingredientes
da sua receita tão simples quanto eficiente: a começar
pela descentralização do poder, uma equipe alinhada e
comprometida, a agressividade na mídia, serviços como
diferencial, alianças e parcerias, além do ganga-ganha
nas relações, onde não há perdedores. “A gente tem que
aprender trabalhar o ganha-ganha, tem que ganhar o
consumidor final, o fornecedor, os parceiros, os
funcionários e até o país”.
MAGAZINE LUIZA
Grupo do Banco Safra e Banco Bradesco
Presença feminina no evento
O Magazine Luiza ocupa o quarto lugar no ranking 2004
do guia As 100 Melhores Empresas Para Você Trabalhar,
publicado pelas revistas Exame e Você S.A. Segundo as duas
publicações, o faturamento da rede em 2003 foi de R$ 918,9
milhões e a empresa lançou neste ano uma campanha para
bater a meta de R$ 1 bilhão. A rede ainda está entre as 15
empresas mais admiradas do Brasil, segundo pesquisa da
revista Carta Capital e da consultoria InterScience. Luiza
Helena assumiu em 1991 a superintendência da loja que, na
época, tinha 31 unidades, concentradas no estado de São
Paulo, e um faturamento anual de R$ 80 milhões. Hoje, são
249 lojas de departamento (incluindo o site), distribuídas em
seis estados e 5.830 funcionários.
A empresa conta com uma linguagem única entre os seus
funcionários. Luiza Helena também estabeleceu um plano
de carreira - do faxineiro ao diretor, todos têm salários que
variam de acordo com a rentabilidade da empresa. Foi ela
também que criou a Liquidação Fantástica e o Disque Luiza,
uma linha direta com a própria superintendente. Depois de
passar pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC),
se o cliente ainda não estiver satisfeito, é atendido por ela.
A rede se destaca pelo pioneirismo, como o projeto Lojas
Eletrônicas Luiza e atualmente chamado de Lojas Virtuais.
Em uma sala, os clientes escolhem na tela do computador
os produtos, que são entregues em 24 horas.
IBEF EM REVISTA
9
Responsabilidade Social
CENTRO CORSINI PEDE SOCORRO
ÀS EMPRESAS DA REGIÃO
S
em a ajuda do empresariado enfrentaremos uma crise
terrível, como nunca tivemos
em 18 anos da entidade. As
palavras ‘aflitas’ são da
diretora técnica do Centro
Corsini, Silvia Bellucci. O
Centro Corsini, especializado em pesquisa, prevenção e assistência a
portadores do vírus HIV e
Aids, vive a maior crise
financeira de sua história.
Referência internacional, o
Centro Corsini tem um déficit de R$ 350
mil e não tem dinheiro para pagar folha
de salários, água, luz e telefone.
“O Corsini é uma instituição de
Campinas. Se os empresários têm
famílias, lares e amigos na cidade, deve
fazer sentido ajudar uma instituição que
é do município”, diz Silvia Bellucci. Ela
‘pede socorro’ ao empresariado local e da
Região Metropolitana de Campinas (RMC),
conscientes sobre os conceitos sobre
Responsabilidade Social, entre eles, a
de participar no desenvolvimento da
comunidade de que fazem parte.
Fotos cedidas pelo Centro Corsini
Casa Abrigo do Centro Corsini
em 40%, cortando um pouco em cada
setor para não desativar nenhum,
Silvia e diretores do Centro têm
buscado aportes imediatos de
recursos, ou seja, de dinheiro, de fato.
A doação, neste caso, é o caminho mais
rápido. “Há empresas que estão
fazendo campanhas de captação de
recursos junto aos seus funcionários
e proprietários”, explica. As doações
podem ser feitas no Banco
Bradesco, agência 2297-7 na conta
corrente 70.000-2 ou através de
boletos que devem ser pedidos pelo
telefone (19) 3756-6300.
ABRIGO
O Centro Corsini tem como destaque para as
crianças soropositivas a Unidade de Apoio Infantil,
que é um abrigo para crianças órfãs abandonadas
ou privadas do convívio familiar como conseqüência da Aids. Para manter o atendimento a
16 jovens, que é a capacidade da UAI, a entidade
precisa de R$ 34 mil por mês. “Hoje estamos com
seis crianças e adolescentes, mas tem cinco na
fila de espera. Não estamos recebendo novas
crianças até reequilibrar a receita”, explica Silvia.
Cada criança custa R$ 1,2 mil por mês. “Há
empresários que apadrinham as crianças”, diz.
Diretora técnica
A instituição também necessita de ajuda para
Silvia Bellucci
o desenvolvimento de projetos específicos como
DOAÇÕES
Os empresários podem ajudar de várias maneiras: uma
o das oficinas artesanais, espaço criado para portadores do
delas é repassar 1% do Imposto de Renda devido ao Centro
HIV/Aids, onde a arte é fonte de renda para as famílias. O
Corsini através do Fundo Municipal dos Direitos da Criança
custo da oficina é de R$ 5 mil por mês. Há também outros
e Adolescente. Os recursos são bem-vindos, mas demoram
serviços que podem ser comprados pelas empresas que têm
um certo período para chegarem a instituição. A situação
campanhas internas de prevenção contra drogas, Aids,
do Centro Corsini, no entanto, é de extrema emergência.
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). “Temos
De-pende de doações e por conta da queda de receita, o
estrutura para apresentação de palestras, workshops, barraca
aten-dimento ao público pode ser comprometido, o que traria
de saúde e treinamento de pessoal”, diz Silvia.
grande impacto nos demais
As empresas também podem contribuir “cedendo”
serviços da cidade que atendem
profissionais que possam atuar como voluntários que
pacientes com HIV/Aids.
auxiliem a captar recursos e criar um conselho de
Por mês, a entidade
administração que garanta um plano estratégico para
gasta R$ 100 mil e, embora
a instituição. “Para que o trabalho técnico seja garantido”,
tenha reduzido despesas
diz Silvia. Informaçõeswww.centrocorsini.org
Oficina de Artesanato do Centro
Corsini (foto acima) e Projeto de
Inclusão Digital, com apoio de
empresas (ao lado)
10 IBEF EM REVISTA
Atendimento odontológico
realizado pelo Corsini para
portadores de HIV (foto ao lado) e
produtos produzidos pela Oficina
de Artesanato (acima)
ANIVERSARIANTES
Novembro
1- Agnaldo Jose Pilon
1- Julio R.S.G Pugliesi
3- Keiniti Ywayama
3- Mauricio Rezende
4- Roberto de Carvalho Bandiera
5- Fábio da Silva Gatti
10- José Florêncio da Costa
11- Joaquim Carlos Dias
15- Fabrizio Fernando D.Arias
15- João Henrique Lara
16- Maria de Lourdes V.Garrido
• Wadi Georges Nussallah
Ind. e Com. Bebidas e Conexos Germânia Ltda
• Mateus Gaeta
Ind. e Com. Bebidas e Conexos Germânia Ltda
Novos Sócios
• Ana Lúcia Pereira
TAESP - Tribunal de Arbitragem do Est. de SP
• Luiz Fernando Barreto do Canto
Kromberg & Schubert do Brasil Ltda
• Fernando Alves Perches
Actaris Ltda
• Jair Soave Jr.
Atria Engenharia e Comércio Ltda
• Roberta Freire Arruda
Pryor Consulting Services Ltda
• Regina Maria Biglia
Deloitte Touche Tohmatsu
16- Samuel Ribeiro Rossilho
17- Antonia Maria Zogaeb
17- Ercilio Cecco Jr.
19- José Roberto Morato
21- Amilcar Amarelo
23- Edson Luiz de Menezes
23- Sergio Santana
24- Osvaldo Davanço
25- Afonso Maria de Almeida Moreira
25- Carlos Alberto Samogin
28- Silvio Orsini
• João Batista de Campos Bittencourt
Plastipak Packaging do Brasil Ltda
• Wanderley Rodrigues
Plastipak Packaging do Brasil Ltda
• Liris Conceição Molena Marchiori
Emerenciano, Baggio e Assoc. Advogados
• Fernando Cesar Pinheiro
JF Máquinas Agrícolas Ltda
• Sérgio Frota Cruz
AMCHAM Campinas
• Sidney Monteiro Magalhães
BankBoston
• Eliane Cristina Canova
Plastipak Packaging do Brasil Ltda
Novidades
• Os convites para a festa do Equilibrista e Destaques de 2004, na SocieEquilibrista estarão disponíveis na
secretaria do Ibef-Campinas a partir de
16 de novembro. Garanta a sua
participação. Não deixe para a última
hora.
• Quer receber alguma foto tirada em
um dos eventos do Ibef-Campinas?
Solicite via e-mail para nossa secretaria.
• Acompanhe na próxima edição do jornal a cobertura fotográfica completa da
cerimônia de premiação do
dade Hípica de Campinas;
• Caso tenha interesse em ser parceiro do
Ibef-Campinas em 2005, solicite opções de
patrocínio e seja visto pelas melhores empresas da Região Metropolitana de Campinas.
• Necessita de mais exemplares do Ibef
em Revista? Solicite via e-mail para nossa secretaria!
• Acompanhe a programação de eventos do
Ibef-Campinas através do nosso site.
Acesse o site: www.ibefcampinas.com.br
IBEF EM REVISTA 11
Entrevista
VISÃO APÓS OS 40: COMO DRIBLAR
A SÍNDROME DO BRAÇO CURTO?
Rodrigo Barbosa Abreu
Um dia, você tenta ler aquele jornal ou relatório e descobre, de repente, que seus olhos
estão embaçados e não consegue focalizar de perto. Você vai afastando o texto, o mais
longe possível, até o alcance dos seus braços. É a presbiopia, conhecida popularmente
como vista cansada ou síndrome do braço curto, que aparece por volta dos 40 anos para
todo mundo. Não tem jeito. “A presbiopia tem a ver com a idade”, explica o médico
oftalmologista, Rodrigo Barbosa Abreu, do Instituto Penido Burnier (IPB), de Campinas. O
IPB é reconhecido internacionalmente pela qualidade dos seus especialistas em visão.
Abreu explica como é o processo e os efeitos da presbiopia que obriga as pessoas a usar
os ‘temíveis óculos de vovôs’. O médico tem uma ‘receita’ que liberta completamente as
pessoas desses inconvenientes. “Existe um recurso da pessoa usar uma lente de contato
que faça esse serviço de dar o foco”. Saiba mais detalhes na entrevista abaixo.
Ibef –O que é presbiopia?
Rodrigo Barbosa Abreu - Quando nascemos temos uma
grande capacidade de acomodação visual dado por um sistema
de músculos e lente que temos dentro do olho. Isso nos permite
fazer um zoom para ver bem lá longe e também de perto. Com o
tempo a gente perde essa capacidade de fazer o zoom. Quando
se vai ler, por exemplo, não se consegue dar o zoom. Isso
começa aos 40 anos e tem o nome de presbiopia ou vista
cansada. Não há como prevenir.
Ibef - Ficar horas na frente do computador ou ler muito á
noite, por exemplo, não aceleram o aparecimento do problema?
Rodrigo Barbosa Abreu - A presbiopia tem a ver com a idade.
Por volta dos 40 anos, vem a necessidade de usar óculos para
perto. Isso é uma coisa que torna a pessoa dependente de
óculos para a leitura. É uma coisa chata, porque tem hora que
você precisa achar os óculos e não encontra e tem hora que
você mesmo não desejaria que os outros te vissem colocando
óculos para ler. Imagine você está num clube, à beira da piscina
e resolveu ler um jornal. Daí você descobre que, de repente,
ficou difícil de ler o jornal e tem que procurar os óculos para
enxergar. Ou então dentro do restaurante, você quer ver os preços
do cardápio, as opções de pratos e tem que procurar uma luz,
acender o isqueiro para poder enxergar.
Ibef - É quando a pessoa afasta o cardápio ou a conta bem
longe dos olhos para poder enxergar?
Rodrigo Barbosa Abreu - Quando queremos ver uma coisa
com detalhe, como passar uma linha na agulha, trazemos o
foco para bem pertinho do rosto. Depois dos 40, a gente vai
afastando porque quanto mais longe põe o foco, mais fácil é de
colocar a linha na agulha. Porque o nosso zoom vai ficando cada
vez pior. Vamos afastando o documento, o livro ou o objeto cada
vez mais longe até o limite do comprimento dos braços, que vão
ficando curtos. Por isso que a presbiopia é também conhecida
como a síndrome do braço curto.
Ibef - Quais as formas de corrigir esse problema de visão?
Rodrigo Barbosa Abreu - Existem três maneiras diferentes
de cuidar do assunto: uma delas é com óculos que podem ser
bifocal ou multifocal, para longe e para perto. Ou um só para
perto para melhorar a leitura. Existe também um recurso de
cirurgia com laser que permite que você fique com a visão um
pouquinho pior para longe num olho, mas que favoreça um olho
para a visão para perto.
Uma outra maneira que eu acho mais prática e que menos
mexe com os olhos, é o uso de uma lente de contato multifocal
que você usa no olho que é o seu pior olho para longe.
Nós temos um olho com uma visão preponderante sobre o
outro, ou seja, tem a visão dominante e enxerga com melhor
qualidade. É fácil identificar qual é o olho com melhor visão para
perto ou longe no Instituto Penido Burnier (centro de referência
de renome mundial no tratamento dos olhos, em Campinas).
12 IBEF EM REVISTA
A lente de contato é colocada sem comprometer a globalidade
da visão e você não precisará mais procurar óculos na hora que
quer ler. Muitos executivos acabam de uma certa maneira se
achando vulnerável quando tem que usar óculos para ler um
relatório. Para a leitura para perto a visão de um único olho é
suficiente.
Ibef - Quem não consegue se adaptar as lentes de contato?
Rodrigo Barbosa Abreu - Essas pessoas têm o recurso da
cirurgia refrativa que é feita com laser eximer - para a miopia, de
astigmativo, hipermetropia. Mas há lentes de contatos que são
confortáveis e descartáveis. Você põe e dorme com elas uns 20
dias, um mês. Elas são gelatinosas. A mulher, principalmente,
adora lente de contato. Às vezes ela acha um pouquinho caro –
a cada seis meses, um custo de R$ 240,00 ou ao redor de R$
500,00 ao ano. No caso dos homens, eu acho que a pessoa que
fez 40 anos e está com dificuldade de ler, deve tentar uma lente
de contato desse tipo. Ele vai se sentir como se tivesse 30 anos.
Ibef - E quem opta pelos ‘óculos de vovô’, que muitas vezes
são adquiridos sem avaliação do oftalmologista. Quais são os
riscos disso?
Rodrigo Barbosa Abreu - Pode-se usar óculos que vendem
na farmácia, acho até melhor comprar os óculos da farmácia do
que do camelô que têm baixo preço, mas não são confiáveis.
Esses óculos vão permitir que você tenha três ou quatro
espalhados pela casa. E não tenha que sair correndo atrás de
um ou outro. O ideal é que essa pessoa vá ao oftalmologista e
ele diga qual é o grau que o paciente deve usar. Se ele quer
comprar os óculos na farmácia, o médico pode indicar aquele
de grau mais aproximado. Embora ele não tendo a melhor visão
dos mundos, terá uma visão bastante razoável.
Ibef - Quais as doenças mais comuns a partir da faixa dos
30 anos?
Rodrigo Barbosa Abreu - A maior parte dos problemas
oculares cirúrgicos ocorre depois dos 50 anos de idade. É o
caso da catarata, deslocamento da retina. Antes dos 50, temos
o pterígio, que é uma pelinha que cresce no olho, até interferir a
visão. Localiza-se com maior freqüência no canto do lado do
nariz. Após os 40 anos, temos a presbiopia.
Uma coisa muito importante a dizer é a pessoa que tem
diabetes que ela precisa estar permanentemente em controle
da glicemia junto ao endocrinologista e exames freqüentes, no
mínimo, a cada quatro meses com o oftalmologista para que ela
possa fazer o uso do laser no momento correto como forma de
preservar melhor qualidade de visão. Hoje em dia se prolonga a
vida, mas lamentavelmente com a diabetes, nem sempre se
consegue manter a visão.
É importante a pessoa preservar a qualidade da vida que foi
prolongada pelo melhor tratamento de diabetes, ter uma vida
mais longa, mas com qualidade, enxergando e para isso, não
pode descuidar e tem que ir ao oftalmologista.

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