Amostragem de Vigilânvia - cadernos saúde coletiva
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Amostragem de Vigilânvia - cadernos saúde coletiva
Amostragem de Vigiláncia Basfio de Bmganq¿ Pereir¿ op( íe¡rH cla vigilincia em saítcle é cleñnidr¡ cr¡mo o cle ¿tesLlt() c\ntfrrle enqa que cr )n] alta chancr teí¡ unü p()fxxce( ) de r€gis1f()s lx)sitivos inferior a unta certa taxl Dé-estal)elecida com( ) aceitável. A$ ca¡dc'teísticas linda mentais se( ) de qlre ternos uÁ núme() mrrit() grande de regist()s e r¡ma taxa de incidéncia muito pequena, caücteriz¡ndo, frÍtant( ), uma fx )pulaci¡() inl'inita e um p()ce$s{) ¿mo¡itral de eventr¡s mr< ¡s. Além cliss( ), r a¡l'x )stfa a ser ul ilizacla deverá ütisfazer restri\^a)es técnicas e oper¡ci()n¿ris, p()r exenrplo seu tamanh() tem de sef compatível c(tm ()s recurs()s (li\Tx mívei\. O ( í )ietiv( ) deste tral)allx¡ é de,".-reve¡ um mét(xk) de dime¡rsi(n ment() de uru ¿un(xitra para ftns de vigiláncia paru () cas() de d()enqas r¿rls. Palayf¡s{havesr A¡n()strrgcm cle vigilencia, am()stragen clássic.r, a¡nostragem ncaumo: cle runa dr llayesianl, evenk \s ri| r( xi. Abot¡acü The DÍt)lem <¡fr¡ul¡lic health sl¡rveillance is detined as t() atest the c()nt()l of a clise¡se which h¿rs r hiflh pfi f).l)ility that the pro¡x rrti< m of fx )sitive cases is below x c'enain ilcc€pfal)le r¿te. The nuin characteristics.rre that we have a large numlrr of (tx'ervati(ns and sorall incidence rate, that is an infinite p()pulatk)n rnd a sampli¡g pr< ress ofrarc events. Tlre purp<>se ofthis paper is t() describe a metlrrxl of sample size determinati(n f()rpul)lic health surveill¿nce for r¿re disease. I KeyE¡ords: lientinel surveillafte samplinf¡, classicxl samplinf¡. Ililyesixn s¡mpling, üare l. e!ent. I I I¡ t frmrerit()deMedijrn l¡evcn¡iv¡ 'I)cf C()letiv:r (NESC)e COl,l'E thive$iüde Feder¡l d( ) Ri( lü]ei¡r E-mxil: lxrsili( )@nes( .ulii.lx'(k ¿r F¡oldúede Mcdkift\ Nú(lq)dc E5lrxhsdcS:rude ) i ¡ i t ¡ I ¿ I \ ( I { I t {I Atl.SQi¿eAü. Vi),|qD ó1 Intmú¡eeo O pn iJenra de vigiláncia em s¿rirde é definido c'orno sendo o de atestirro c'ontfole de uma doenE::r que com alt¿ ch¿nc-e teú uma proporyio de registros ¡rositivos inferior ¿ umx certa taxa pré-estabelecida como aceitável. As caracterÍsticas ftrndamentais s¿io de quetemos umnúmero muito grancle de ref¡is¡ros e um¿ taxa de incidéncia rnuito pequena, car¿cterizando, pofanto, ur-na populagio infinita e um processo amostral de eventos raros. Além disso, a amostra a ser utilizad¡r deverí satisf'azer restrigóes técnic¿s e operacionais, por exemplo seu tanunho tem de sel compatível com os renrsos disponíveis. Definitivamente nj.io é tarefa ü vigiláncia descobrir e tratar dos casos sob vigilia, nus somente atqstar, após investigar um cefto núnre¡c de indivíduos, a qualidade de saúde da populag:io. Em lesumo, o vigilante unu alta probabilidade a populagio¿present¿¡ uÍu incidéncia da doenga n'.io su¡rerior a cefto valor acordado conro aceitável. Quando isto náo ocorrer, ele devc su¡¡erir aEóes couro clmpanha de deverá aFlrrzrrque com vacinado, estado de alerta prr¡ en'¿didFo do tr¿nsnús.sorda d<)engr, etc. O objetivo deste atigo é descrever um métoclo de dimensionanento de unra am<xtra para fins de vigiláncia para o caso de doengas "raras" (e graves). Isto é, diwlgar para utilizag':io n¿ área da saúde, planefamentos amostrais desenvolvidcx; n¿ írrea de c'ont¿rbilidacle e auditoria (ex. : Pe¡eim e Migon, 1D7). AlgunsC¡naeftoo liefa pa pr4ngiode indivíduosdentes n:r populagjo nopeíoclo (més, semana, etc.). Considere-se as seguintes hipóteses solrre p: Hu: p>po contra Hr ;p<po (1) btcidCttcit¡ ctític¿t (isto é, a LDa de incirlénci:r nrlixil.ru aceitável cl¿r doeng¿). H,, e H, sio denominaclas respectivam ente, hipótese onde p,, é denorniru cV¡ múteabndha Para ulna ¿rmostr¿ de tamanho n e baseado em ur.n estinudor p de p, define-se trnr.r regi.do de rejeigáode t1), tal (¡ue ¿ rEir¿ de dec-Ls:ro é: Otal.9rtule A ü. V1),lqD ¡ Se B cair em R, reieita-se H,) 5'e p cail em R , aceita-se H,, r:lrcb l\ é.t r tgiao de oLvita&k(r:rioR) Dois tipos de enos estio presentes neste prol;ler]m . Erro tipo I: rcjeitar H,, quanclo H,, é verdacleiro (ou ac-eitar H, quando H,, é . : verchcleiro). Effo tipo II: aceitar H,,quando H, é vercladeiro (rejeitar H, quanclo H, é ven hcleio). As probabilidades:rssocia<.lin a=pr[nm,, ] B = r. e e clenominaclos: cr: nível de a esses [n'rH significáncia, erros s¿io: | 1-cr: nível cle confianga, 1-p: pocler clo teste. ernostmgem de Vigilá'rrcia - Abordagem Clássica Seja X o nÍrmero cle c¿rsos cln cloe nqa em lrrna amostra cle n (ex: ¡resso.rs selecionadas sem reposigio de uma ¡ropulaqiio de N pessoas populag:io do município, bain'o etc.), isto é: x=> xr i=l ondeX = l ouX = 0 corr probabilidacle qrnnti¿rcle desconhecjch péa taxr p e 1-p respectiv:rmente. cle inciclCncia clr A dcrng:r na poptrlagdo. disnibuigio cle prolxrbilidades Hiperyeométrica e aprcxinncla ¡nr urna Binorni:rl (pois n é pequcno em rclagzio a N) ou por unm Poisson ( pois pé muitope<¡ueno no caxr cle doengas "ra ras"). Neste crso X tc'r.l.r O tipo cle hipótese em(1) é conveniente pois neste c:rso o erro üÍ1..9nid!'O lLt. 6l V 1l 199 tipo l, implica no vigilante enoneamente afumar que a populaqiotem uma taxa de incidéncia menor que p,,(aceitar H,) quando de f¿to a taxa de incidéncia é nr:rior que p,, (H,, verdadeiro). A probabilidade o deste ero será especificada bem pequena. Este erro (tipo I) é beÍn ftris imponante do que o do tipo ll, rejeitar eroneamente que a doenga está sob controle, isto é: ovigilrnte afirmar que a populaEáo tem tax¿ cle incidéncia maior que p,, (aceitar H,) quando de fato a taxa de incidéncia é nrenor que p,, (H, é verdadeiro). A consequencia, neste caso, é de o¡dem econórnica, já que agóes conetivas desnecessárias serio tonraüs, ¡xtr outro laclo esvrs lgócs provavelmente trazem o beneficio de tornar ¿inda menor a taxa de incidénci¿r. Portanto o erro do tipo I é o que deverá sercontrolado, pois ter.r.r taxa de incidéncia significa aceitar indevidamente que a ¡ropulaEio controlaü . Logo tenros que fixar: .A taxa de incidencia rn'rxima aceitável p,, .A probabilidade c do erro do tipo .O número reieigo R Como x,, I de casos cle doenqa na amostra que define a regiio de d0 = Pr{rejeitar H 0/H0 verdadeiro} Supondo x - nin(n, p) entio P(xlp)= cG, n)p'(r- pI onde C(n, x) éa isloé d(p)=Pr{x<x"lptp"}<q, * (2J combinagio de n elementos tonudos x a x. O valor den satisP¿zendo ¿s condig'irs especificrdas é detemrinado facilmente a se¡¡rrir - Determiru@ do Tarnantn da Amctra O esquem¿ anlosr¿l cbrrcrrirnrtr¡ nmgn{gm de uigüncia x ¡rf- que 4,, = 0 na definigáo da regiio de rejeigáo, isto é: i) Supóe-se que a t:rxa de incidéncia é será enc'ontr¿do na amo;tr¿. baix¡ e que f)oucos ou nenl.rum cro ii) Supondo que a doenga é gr:rve, p,, é fixado comvalores muito nenores doqueo vrlor reel. e ponanto ¡xtlrc'<x crros nio inrplicarirm nr rejeiq.ro deH. Au|fututuAtu. V1),lqt I Portxnto fazendo c1p)= xo = 0 rr{r <x"lo>r,,1(t logoo núdmo teFse - nI a probabilidade do eno do tipo I. vp>pn de c(p) é a,,=(l-p,,I Assim an > n¿ Eentio nft <olq p.,]> (l - p,) In c.. tnf-oJ Como deseiamos o menor n que assegure a nossa afirmagáo probabilí*ica, é zuficiente tomar-se ovalor que produz a igualclede. Assim a solu$o clássicr determiru o tarrnnho da amosüa como sendo l¡ d" In(l - p,, ) c¡rcb: . a0 é a probabilidade do eno do tipo I, em geral 0.05 (570) e ln é o logarítrno ne¡rriano o p,, é a taxa de incidéncia máxima admissível, por exemplo Alguns valores de n para diferentes q ) e 1¡/o 4.60 9l t,0 5,0 10,0 s¿o vistos na T¿bela 1. d4 Po 0,1 pr) 1%0. 45 90 44 2Vo 3.91 78 s%o 2.99 59 29 59 39 '77 38 Tabela 1 -Thmanhodaamostr¿ deviqiláncia -ehdagenBat¡€s¿ana O enfoque Bayesiano permite introduzir uma informaEio adicional no problema, e que leva a reduziro hmanho amostr¿I. Suponl-n que deseiamos aproveitrr o corüecimento adquirido Qkl. &¿tid.A *t. VI) 19 com de período alttefior. as amostr¿s Um intervalo de confianga baseado na amostra do períoclo anterior afimaria que: p e [0, p *) com probabilidacle ( I- ü,) 100/0 Este conhecimento pode ser expresso atr¿vés cll distribu iEio x priori P(p)=s(l-p)' se s> o,pe (0,1) que é um caso especial da clensidade de probabilidade Beta (r', s) corn r = 1, protluzinclo unra ¡lloclr cnr zero. Ivoaurp,=-Lf r+s-r/], o,1r,. \ consistente com ¿rmostragem de vigiláncia (suponclo maiorchance peno de zer<r). Combinando :r priori Pr'(p) con a * d<xnql rara, p tern a ver-ossirnilhanga (2) de p comx=0istoé l(0/p)=c(n,0)(l -p)" =n(I -p)" obtemos a postedori P,, (pix = 0, s)= 1n + s) ( I - p)"-" ' (lembrandoque Posterioli = Pliori x VerossimilhanEa) que Beta(1,s+n). é uma nova A distrillriq:io a posteriori deve satisfazer o requerimento cl:t anústr¿gem de v$ilíinci¿r, fon.nulados em temos da proly.rl>ilicl¿rde de eno q,da taxa de incicléncia p, exceder a incidéncix crítica p,,. Enf¡o s+n tenr que satisfazer c(p" )= P(p > p./s,x =o)=1, (" *r)(r - pI*' dp=(r - p,, |* =o6 In d,, ouseja n=tn(|-pJ-s A detelr.uinaEio da distritruiqio a prioli pode ser especificando o valol de s otr de fbrnn indireta. Q:t¿. furi¿e ü &4. V 1 ). 1 99 f'eita i) Bspecificagáo cle s Seja p* a taxa cle incicléncia qtre julga-se quase certezl. Isto é a(p *)= nr(p > p *¡= Assim 1 nio seí.t exc-eclida con.l ,lt -p) dp-{l-p*} -a* lnq* , s =1n1l_p*)- ,togo -- In(d') "-¡n11-o¡ In(a^) l.(I -p-) priori Seja pi o limite superiorclo intervalo cle conllanca de 100 x (1 q)70 ol)ticlo com l;ase nos dados do períoclo anterior t. Suponha que a ¡xrptrlagio vrbvigilinci:r no períoclo atual(t+1) é ¿üé c€rto f[nto sen]elhante ii) Especifi<:rcrio indiret:r a <Lr clo ¡rr'r<xlo anterior. fe 100x(0,1)%u r.r.reclicla que revela o gr:u.r cle semelhanga intertempoftll cla fr)pulagio nos ¡rerítxlos t e t+ 1. Logo, f retnta qu¿nto ¿1 informagio parisada aincla é relevante parl dimension:lra 2lrrostm aRlal. Seja Esta fmg:roé clenominada F:rzenclo-se e usanclo ohtém_sc: irtorde estalriliclacle populacional da doenga. s=Is'olrtém-sc: r-p,,,=(r n,*, ". In{d.,) - lnd. =r"ffi ';6-¡ 7o Cláss¡co 1.0 3.0 5.0 Tal¡ela 2 I =l-1 =(l-f)n,*, (semBayeslr f n,*, (comBayesl Comoexelnplo str¡ronlxr pi=9.95 e q pi+' -p, 299 99 59 =5%=4,+, o qüe fomece n, ,: Bavesiano (0 r00v" 800/" 241 253 4t 53 I 13 600/, 265 65 25 -?rm¿rnho ¿r amostftr de vigiláncir Bayesiana Ok t. tutitlao'let. V 1 ), 67 lq)q Supondo c,, = SZ" e pu=l% otamanhoda amostr¿ clássico 2!! enquanto que o Bayesiano, mesmo com f = 10(l/oreduz-se Note que se f = 60/0, n,., sobe para 265. éde V,rt24l. ComentáriosFlnats Os res.rltaclos apresentaclos neste tr¿lzrlho fol-¿m utilizaclos com suc€sso emoutr¿s áre.rsque nioa de saúrde. Acreditam<x;que sua dilr-rlgug:.io bibliografia para seja de utilidade p:rra profissionais de sairde. Segue unra cronsulta nrais decrlhacla: BATENBURG, P C. V e KRIENS,J., 1989-Bayesian discovery samplin¡¡: a sirnple n.rodel of Bayesian ir.ference in ar-rditin¡¡. The Stcttistician, fi,p.227-33. BATENBURG, P. C. V; O'HAGAN, A. VEENSTRA, R., 1994 - Bayesian discovery sampling in financirl auditing: a hierarchicalplior r.r.ndel folsubstanüve test szulplesizes. The Stat is ticia n, 43, p. 9y7W COX, D. R. e SNELL, 8..J., 1979-On sarnpling andrhe esrimarion of rare errors. Bionretrikr ,66, p.125-32. Coreúion,7(n2 Biomet ika,69, p. 49r. L{WS, D.J. e O'HAG N,l,A.,1995-A Balesian model Jbr au di t. Tecltnic ¡l Report. Univesity of Nottinghrm. multiJocation MOORS,J.J. A., 1!81- Bayes estimátion in samplinfl for attdrting. 7'he S t at is t ic i an, 32, p. ?fl{P,. PANEL ON NONSTRANDARD MIXTURES OF DISTRIBUTIONS, 1989- $aristic¿l Models in Auditing. Statistical Sciences 4, p. 2-33. Rffrrctasbibl¡ogr4ficas - Dimensiotlúmento da dmosh a prta conJiabilithde de opfti€A do I-lNAME,pf*ftirJ PEREIRA, B. DE Il. e MIC'ON, H. S., 1997 em auditaS¡em de Projeto COPPEI'EC. A:d. gt1i¿rQ Lr. 7 1 ), lqt ón