Só um tapinha não dói! - Prefeitura Municipal de Santa Rita de
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Só um tapinha não dói! - Prefeitura Municipal de Santa Rita de
NELSON XAVIER Pedagogo - [email protected] 8 ANO 5 - Nº 60 - JULHO / 2014 www.jornalnovamidia.com.br VARIEDADES n SANTA RITA DE IBITIPOCA n EDUCA+AÇÃO Só um tapinha não dói! Curso de Introdução “Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos” - Pitágoras Olá leitores, nosso cordial amplexo! É sempre prazeroso dedicar meu tempo escrevendo, pois desta forma me sinto conectado com vocês que me acompanham mensalmente. No texto desse mês, abordarei um tema polêmico e que me envolveu no último mês. Para início de nossa prosa, devo ressaltar que não sou adepto às polêmicas e as evito de forma sistêmica, entretanto, quando sinto a necessidade de me posicionar não me acovardo e sei que isto me pede para pagar o preço necessário. Luther King afirmava que para se criar inimigos basta dizer o que se pensa, e logo, aparece seus opositores e muitos deles, de forma imatura, se tornam seus algozes. Venho de uma educação que me orientou a debater contra ou a favor de ideias e não ter em seus defensores inimigos (“Brigam as ideias e não os homens!”). Respeito todas as opiniões e me dou o direito de ter a minha, esperando que o tempo me corrija, caso eu esteja enganado. E é dentro deste contexto, que me vi envolvido, em uma discussão no facebook, após ter postado uma charge sobre a questão da Lei da Palmada (a charge é de Lute, que apresenta uma mãe se desculpando com o filho após uma chinelada e o garoto responde que só iria falar na frente do advogado). O desenho vem para ironizar/criticar a “Lei da Palmada” (PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 58 - 2014 - “Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, para estabelecer o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante; e altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de1996”). Peço-lhes licença para transcrever o que diz meu amigo e advogado, que trabalha com a Justiça Infantil em nossa cidade, Dr. Mauro Campos: “Amigo Nelson Xavier, li a tal “Lei da Palmada”, que foi alterada antes de ser sancionada (ainda não foi) - http://www.senado.gov.br/atividade/ materia/getPDF.asp... - e conclui que ela não proíbe uma palmada. Na verdade, com ela agora ficou expresso (escrito) o que já era proibido em relação aos filhos, ou seja, castigos físicos que causem lesão e sofrimento, e também atos de violência. Minha opinião é a mesma de advogados que falaram à Folha - http://www1.folha. uol.com.br/.../1465898-lei-da-palmada... Além disso, as medidas contra os pais são brandas e se prestam mais para orientar a família. Venho dizer isso porque acho necessário debatermos sobre o tema e sabermos até que ponto vai a autoridade dos pais/responsáveis legais por uma criança e por um adolescente. Resumindo: para mim, uma palmada, com a finalidade de corrigir e educar, ainda pode. Importante: não sou favorável a agressão física, mas não vejo uma palmada dessa forma, entendendo que, em alguns casos, é a solução que resta aos pais”! Vejam como é polêmico o assunto e não adianta acreditar em soluções fáceis e receitas de bolo. É preciso refletir para encontrar os melhores caminhos. E deste já, quero ressaltar que sou pacifista, que abomino a violência que venha prejudicar qualquer pessoa física ou moralmente, mas que sou a favor da PALMADA PEDAGÓGICA. Sei que depois desta afirmativa, muitos vão me odiar, como é comum em um mundo onde se fala muito do respeito às diferenças, mas que só são aceitas as diferenças que são iguais (como eu tratei em meu texto: Iguais, mas diferentes!). É imperioso entender o que considero uma PALMADA PEDAGÓGICA: Não aceito a palmada envolvida com RAIVA. Converso com meus filhos, se eles persistirem no erro - de forma proposital; aplico o corretivo melhor para o momento - castigo (pensar no canto), retirar algo que eles gostem ou, se preciso, a palmada (aplicada dentro de vários critérios: 1. Repetição proposital da transgressão; 2. Ele deve entender porque está apanhando; 3. O aplicador das palmadas não deve estar com raiva; 4. A criança deve se deitar no colo por vontade própria, entendendo que é o preço a ser pago por ter desrespeitado ao que foi combinado. Não podemos entender uma sociedade que estabelece regras para seus adultos, mas esquece de apresentá-las às suas crianças. É precioso recordar a educação indígena, onde, todos tinham responsabilidades e as cumpriam. As leis demonstram a maturidade de um povo; sociedades bárbaras apresentam-se de forma vis = tratando com desprezo e crueldade seus membros, principalmente os mais fracos; à medida que evoluímos enquanto civilizações, vamos progredindo nas escolhas que fazemos, buscando o bom e o belo para todos. O que não podemos admitir é que apenas as leis resolvam os nossos problemas, pois elas ainda trazem a visão humana de perceber a própria vida. Para justificar o que escrevi antes: recordome, de um juiz em entrevista em uma das emissoras aqui de Barbacena, falando que o Estatuto da Criança e do Adolescente é excelente, mas, para nossa cultura, ainda somos incapazes de colocá-lo em prática, na sua totalidade. Nossas leis acabam por apresentar brechas, que os peritos do direito, mal intencionados, sabem muito bem aproveitar. E para exemplificar, é só lembrarmos da enorme quantidade de crianças e jovens que são aliciadas pelo tráfico de drogas por haver certa condescendência com os delitos dos menores pela nossa lei. A maior dificuldade em falar da palmada é porque há uma enorme confusão sobre o que vem a ser uma palmada e um espancamento. Meu pai nunca me bateu, mas minha mãe, semianalfabeta, com seis crianças endiabradas (em escadinha, na idade) dentro de casa, que tinham enorme dificuldade para obedecer, lançou mão deste recurso maravilhoso em falar com a mão para que ouvíssemos com o bumbum. Ela diz se arrepender por ter nos batido, mas também dizia que não sabia fazer de outra forma, depois de tanto pedir para que fizéssemos o que era melhor para todos. Eu, porém, só tenho a agradecer: ela nunca nos feriu, batia como último recurso e fazia isto por nos amar. É como diz o ditado: “Pisada de galinha não mata pinto”. Meus amigos, é dever de todo cidadão de bem, se comprometer com o processo educacional (único meio de transformar os homens - educação no sentido de criar hábitos, como dizia Kardec). Concordo com o Mauro quando afirma que é necessário debater. A melhor forma de ERRAR em educação é EDUCAR todos da mesma forma; a demanda íntima difere de indivíduo para indivíduo... Por isto, percebo que generalizações, via de regra, acabam por ser nocivas. Nunca fui favorável à violência, mas em alguns casos (e conheço muitos) que uma palmada educativa poderia evitar males muito maiores. A modernidade faliu com a sua educação, que passou pela VIOLÊNCIA EXCESSIVA à PERMISSIVIDADE DESTRUTIVA. O que mais me assusta é que colocamos a palmatória nas mãos das crianças, fazendo com que vários casais desistam de ter filhos, por lidar com verdadeiros monstrinhos sociais, sem limites. Inteligência é a capacidade de se adaptar ao meio. Vejo as crianças inseridas no MUNDO DA TECNOLOGIA, mas com muita dificuldade de se adaptar ao mundo. Uma boa parte se demonstra alienada, hedonista e preguiçosa... Há uma grande diferença em EVOLUÇÃO INTELECTUAL e MORAL... Aos nossos jovens vejo grande carência de valores, nestes momentos de INVERSÃO DO CERTO E DO ERRADO. É mister refletir cada vez mais, encontrando soluções racionais, eficazes e amorosas. Para concluir, dizia Piaget, que o processo educativo passa pelo amor e temor (acho que o termo medo, ficaria melhor)... Que possamos pensar nisto! Boas reflexões a todos! NELSON XAVIER [email protected] Consultor em Desenvolvimento Humano Pedagogo à Informática A Prefeitura de Santa Rita de Ibitipoca realizou entrega de certificados do curso de Introdução à Informática (Programa de Inclusão Digital do Governo Estadual). O evento aconteceu no dia 29 de maio, nas dependências da Câmara Municipal e contou com a presença do prefeito Dr. Nogueira, além do presidente da Câmara Municipal, secretários e várias autoridades municipais e comunidade. Fotos: DIVULGAÇÃO Prefeito Dr. Nogueira fazendo a entrega do certificado de conclusão do curso Centro Tecnológico de Capacitação - CTC Fotos: DIVULGAÇÃO O Centro Tecnológico de Capacitação conta com 10 computadores e tem como objetivo atender alunos e toda comunidade, além de realizar diversos serviços de utilidade pública. Oferece uma estrutura de informática e telecomunicação acessível aos moradores e promove a capacitação profissional visando a inclusão social do cidadão.