cassorla - Grupo Photon
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Apoio ANO 24 - # 232 Maio de 2014 Peça virtual Internet no Brasil já soma mais de 105 milhões de usuários e metade deles afirma já ter comprado algo na rede, inclusive autopeças. Será que essa onda pega mesmo? Entrevsta CASSORLA Dedicação que transformou a Pacaembu especialista na linha de pesados 487050 LUIZ 0 0 2 3 2 Eliana Giannoccaro, presidente da divisão de Aftermarket da Magneti Marelli Cofap, fala sobre os atuais desafios do setor w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r À s vésperas da Copa do Mundo, o mercado começa a se preparar para um período bem atípico. Fica a incógnita de como os estabelecimentos funcionarão durante o mundial de futebol. Algumas cidades, como Rio de Janeiro, já anunciaram que será feriado em dias de jogos do Brasil, outras não definiram ainda. Será uma época bem diferente para o Brasil. Levando em consideração esse cenário, é preciso estar mais cauteloso. Buscando retratar as novidades e os novos nichos de mercado, esta edição da revista aborda o comércio eletrônico no setor de autopeças. Uma ampla reportagem traz as tendências e o que já é realidade nessa área. Contamos também com a participação da ilustre diretora presidente da Magneti Marelli Cofap, Eliana Giannoccaro, em entrevista que destaca as ações da empresa. Renato Giannini, presidente da Andap – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças Também agradeço a colaboração de Luiz Cassorla, presidente da Pacaembu Autopeças, que conta sua história de sucesso no setor de distribuição, que, sem dúvida, também tem sua parcela de contribuição para o desenvolvimento do segmento. A cada edição estamos destacando empresários da distribuição para revelar fatos importantes de sua trajetória. Assim conseguimos retratar um pouco de como foi a evolução do mercado. Procuramos destacar tendências e assuntos relevantes para o setor de distribuição em várias áreas. Caso queira contribuir com sugestões de pautas, entre em contato com a redação. A sua opinião é muito importante para que a revista tenha cada vez mais o conteúdo de interesse do leitor. Boa leitura! 4 Mercado Automotivo • maio • 2014 Divulgação OS PREPAROS PARA A COPA DO MUNDO Índice w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r 10 14 38 ENTREVISTA ESPECIAL EM DESTAQUE Presidente da divisão de Aftermarket da Magneti Marelli Cofap, Eliana Giannoccaro discorre sobre as possibilidades do setor para os próximos anos Especial Pacaembu completa 51 anos e Luiz Cassorla, fundador, revela como a empresa se tornou referência e cresceu Monroe completa 40 anos de atuação no mercado brasileiro 18 CAPA Empresas do setor de reposição de autopeças precisam se preparar para transição entre mercados físico e virtual Índice 24 ARTIGO – Raúl Candeloro Maio de 2014 Os 14 maiores erros de treinamento em Vendas 28 ARTIGO – Leandro Martinho Leite Obrigação de identificação e informações em produtos expostos à venda – orientações práticas 32 GEOMARKETING AUTOMOTIVO Goiás 34 ESTATÍSTICAS Emplacamentos: melhores resultados só a partir de julho 40 TECNOLOGIA O mercado de reposição de semieixos 42 GESTÃO E TENDÊNCIAS Modernização da CLT volta a ser discutida no País 44 ANDAP NEWS 46 EVENTOS – FOTON Foton caminhões inicia construção de fábrica no Brasil 48 FLASH 6 Mercado Automotivo • maio • 2014 Respeite a sinalização de trânsito. DIRETORIA Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho [email protected] PRESIDENTE Apoio Renato Giannini VICE-PRESIDENTES Ana Paula Cassorla, Anselmo Dias, José Ângelo Bonarette Esturaro, Rodrigo Francisco Araújo Carneiro JORNALISTA RESPONSÁVEL Jarbas Salles Ávila Filho (MTB 35.378) CONSELHO EDITORIAL Renato Giannini, Rodrigo Carneiro, Antonio Carlos de Paula, Ana Paula Cassorla, Majô Gonçalves e Fernando Vasconi DEPARTAMENTO DE NEGÓCIOS Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Guido Maria Luporini 2º SECRETÁRIO 2º TESOUREIRO Joaquim Alberto da Silva Leal Cláudio Gilberto Marques Armando Diniz Filho, Carlos Alberto Pires, Fernando Luiz Pereira Barreto, Gerson Silva Prado, Jayme Scherer, José Carlos Di Sessa, Leda Yazbek Sabbagh e Sandra Cristine Cassorla de Camargo CONSELHO FISCAL EFETIVO Alcides José Acerbi Neto, José Álvaro Sardinha e Nilton Rocha de Oliveira CONSELHO FISCAL SUPLENTES COMERCIAL ARTE E PRODUÇÃO Fernanda Soares [email protected] Elvis Pereira dos Santos [email protected] FINANCEIRO MÍDIAS DIGITAIS Valdirene Fernandes [email protected] Agência Bcicleta http://bcicleta.com.br FOTOGRAFIA Arquivo Photon, Divulgação FALE COM A MERCADO AUTOMOTIVO PELA INTERNET www.revistamercadoautomotivo.com.br www.photon.com.br 1º TESOUREIRO Antonio Carlos de Paula DIRETORES REDAÇÃO [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho, diretor; Cléa Martins, Majô Gonçalves, Sérgio Duque, Thassio Borges e Weslei Nunes, colaboradores; Mariangela Paganini, revisora @ 1º SECRETÁRIO Arnaldo Alberto Pires, Diogo Sturaro, Guido Luporini, Renato Franco Giannini e Walter Pereira Barreto de Schryver CONSELHO CONSULTIVO Carlos Raul Consonni, Frederico dos Ramos, Luiz Cassorla, Luiz Norberto Paschoal, Mario Penhaveres Baptista, Pedro Molina Quaresma, Renato Giannini e Sergio Comolatti DIRETORIA REGIONAL 2014 - 2018 ESPÍRITO SANTO NORDESTE Carlos Raul Consonni Carlos Eduardo M. de Almeida GOIÁS/ DISTRITO FEDERAL NORTE Neomar Guimarães Felipe Caldeira Carneiro Martins MINAS GERAIS SANTA CATARINA Rogério Ferreira Gomide Jayme Scherer POR E-MAIL Para anunciar: [email protected] Para assinatura: [email protected] FALE COM A ANDAP PELA INTERNET POR TELEFONE www.andap.org.br 55 (11) 2281-1840 NO TWITTER www.twitter.com/automotivo www.twitter.com/grupophoton NO FACEBOOK www.facebook.com/ revistamercadoautomotivo1 GRUPO PHOTON As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de artigos e matérias estão autorizadas, desde que citada a fonte. Revista MERCADO AUTOMOTIVO é uma publicação mensal do Grupo Photon. Circulação maio de 2014. Avenida do Guacá, 1.067, 1º andar - CEP 02435-001 - São Paulo - SP - Brasil @ [email protected] 55 (11) 3266-7700 POR E-MAIL POR TELEFONE Possibilidade de crescimento Às vésperas de mais uma eleição, o Brasil encara o desafio de voltar a crescer em níveis como os apresentados no início desta década, que credenciaram o País como uma das principais forças mundiais. Nesse contexto, Eliana Giannoccaro, presidente da divisão de Aftermarket da Magneti Marelli Cofap e diretora de Marketing & Relações Externas do Grupo Magneti Marelli no Mercosul, aposta na força da empresa para superar os obstáculos que se apresentam. “Estamos sempre atentos aos sinais emitidos pelo mercado”, afirma Eliana à revista Mercado Automotivo. Confira a entrevista na íntegra, a seguir: Mercado Automotivo – Temos observado uma discussão no setor que envolve o perfil do distribuidor brasileiro: há aqueles que defendem o chamado generalista e aqueles que entendem que o futuro do setor está no distribuidor especialista. Qual sua visão sobre esse tema? Eliana Giannoccaro – Creio que há espaço para os dois modelos de negócios no mercado brasi- 10 Mercado Automotivo • maio • 2014 leiro de reposição. O Brasil é um país de dimensões continentais e a multiplicidade de peças e tecnologias é enorme, além de ter um mercado de reposição entre os mais maduros e evoluídos do mundo. Isto posto, podemos dizer que o distribuidor generalista atende de maneira eficaz e capilarizada aos reparadores e consumidores que necessitam de componentes de manutenção Divulgação Entrevista R edação para seus veículos leves, pesados ou motos. Já os especialistas atuam em nichos de mercado, especializando-se em produtos e serviços específicos, de valor agregado, mas nem sempre interessantes aos generalistas. Parte do empresariado brasileiro tem reclamado bastante da situação do País, alegando que diversos setores têm sido influenciados w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r pela lentidão da economia brasileira e também pela falta de estrutura de forma geral. A Magneti Marelli também se vê impactada por esses pontos? Não há como ser diferente. Todos os dias os jornais estampam em suas páginas fatos e números claudicantes da economia brasileira. Mas nós, da Magneti Marelli, somos especialistas em mercado de reposição de autopeças e procuramos, a despeito de qualquer circunstância, encontrar os melhores caminhos para alcançar os nossos resultados com qualidade e satisfação para os nossos clientes. As montadoras no Brasil têm diminuído os pedidos de diversos produtos devido à lentidão das vendas. Neste cenário, a senhora considera que é preciso olhar com mais atenção para as oportunidades que podem estar disponíveis no aftermarket? A produção de pneus, por exemplo, segue em alta no Brasil devido aos pedidos do mercado de reposição. Sim, certamente. Como mencionado anteriormente, procuramos, sempre, as melhores oportunidades em qualquer circunstância. Estamos sempre atentos aos sinais emitidos pelo mercado. Nossa rede de distribuição é composta pelas maiores e melhores empresas do setor e a troca de informações é constante, no sentido de estarmos sempre atentos às oportunidades. Muito se fala sobre o papel do mecânico na cadeia de reposição. Gostaria que falasse, no entanto, sobre o papel e o peso do distribuidor nessa cadeia. A senhora considera que esse papel (distribuidor) vem sofrendo alterações relevantes nos últimos anos? O mercado brasileiro está em constante evolução, apesar de ser maduro economicamente, e os distribuidores souberam não só acompanhar, como, muitas vezes, serem os artífices dessas mutações. Pelas dimensões desse mercado, o papel dos distribuidores foi fundamental para criar uma base sólida e capilarizada de atendimento logístico ao mercado. Portanto, eles são peças-chave na estratégia das grandes empresas produtoras. Entendemos, inclusive, que, mesmo se chegarem empresas multinacionais nesse setor, os grandes e estruturados distribuidores brasileiros têm total condição de competição, pois conhecem profundamente os meandros do mercado brasileiro. A Magneti Marelli, apesar de vender exclusivamente para seus distribuidores, tem contato promocional com todos os elos da cadeia de distribuição. Apenas para se ter uma ideia, no ano passado ela ofereceu um leque de 86 cursos e palestras para capacitar os profissionais do setor, realizando mais de 4.800 treinamentos técnicos e comerciais e aprimorando o conhecimento de cerca de 75 mil profissionais de diversos níveis da cadeia de distribuição. A senhora considera que os custos operacionais constituem hoje um dos principais desafios para empresas estrangeiras que atuam no Brasil? Como superá-los? O Brasil precisa se engajar num projeto sério e decisivo para superar seus gargalos de infraestrutura, seus entraves burocráticos e um sistema fiscal que está entre os mais complexos do mundo. Esses são os grandes desafios que o próximo Governo deve en- frentar, independentemente da sua matriz ideológica. Falando agora sobre sua empresa, qual é a porcentagem da frota nacional que a linha de produtos da Magneti Marelli cobre atualmente? Há um ano esse índice chegou a 98%. É possível ampliá-lo ou a senhora acredita que este já é um número razoável diante da expansão da frota brasileira e também da chegada de novos importados? A Magneti Marelli Cofap Autopeças oferece mais de 50 linhas de produtos ao mercado de reposição, com destaque para os amortecedores Cofap e os componentes de injeção eletrônica Magneti Marelli, com market share de 65% e 48%, respectivamente. Outras linhas importantes, com market share significativo, são bandejas de suspensão, juntas homocinéticas, molas helicoidais, bieletas, linha de suspensão para motos, com a marca Cofap, e bobinas de ignição, iluminação, bombas de combustível, cabos de vela, radiadores, condensadores, evaporadores e compressores, com a marca Magneti Marelli. Essas linhas detêm de 30% a 40% de participação de mercado. Esse nível de participação requer incansável busca por elevados índices de cobertura de frota, o que só se consegue com o desenvolvimento e lançamento de novos códigos, permanentemente. A nossa principal linha são os amortecedores, líder inconteste do mercado de reposição, com 98% de cobertura de frota. Nosso desafio é manter esse alto índice de cobertura, através de um programa agressivo de lançamento constante de novos itens, apesar da enorme diversidade atual da frota brasileira, com o ingresso de novas montadoras, o crescimento dos Mercado Automotivo • maio • 2014 11 Entrevista R edação veículos importados e o lançamento contínuo de novos modelos. Também há um ano o aftermarket do Brasil respondia por 15% do faturamento da Magneti Marelli no País. Houve alteração nesse índice? Gostaria que falasse sobre esse percentual: é significativo? Esse índice aumentou de 15% para 17% em 2013 e a tendência, em 2014, é manter-se ligeiramente acima desse patamar. É um índice muito significativo, ainda mais se levarmos em conta que, em nível mundial, o aftermarket representa em torno de 6% do faturamento total do Grupo Magneti Marelli. A divisão de reposição da Magneti Marelli apresentou crescimento de 8% em 2012 no Brasil. Foi possível manter esse crescimento em 2013? Por quê? E quais são as expectativas da empresa para 2014? Em 2013, crescemos 13% graças ao ritmo acelerado de lançamento de produtos e novos códigos para os produtos tradicionais, à ampliação da nossa base de clientes, especialmente de especialistas, e à força da nossa promoção de vendas. Pretendemos manter esse ritmo de crescimento em 2014, não obstante as dificuldades pelas quais está passando a economia brasileira neste ano. Nos últimos anos a Magneti Marelli investiu no lançamento de equipamentos para diagnóstico de motores para automóveis, motocicletas e caminhões. É o chamado Magneti Marelli by Texa. Qual é a importância deste tipo de produto? Os reparadores conseguiram assimilar corretamente a tecnologia empregada nestes equipamentos? Com o objetivo de buscar maior competitividade, mantendo a mesma qualidade, decidimos 12 Mercado Automotivo • maio • 2014 trocar a plataforma de nossa linha de diagnose e passar a atuar com marca própria: a Magneti Marelli Extra. Nossos equipamentos de diagnose se diferenciam no mercado pela flexibilidade, robustez e facilidade de utilização. Além disso, ao optarmos pelo desenvolvimento das plataformas de diagnóstico localmente pudemos oferecer uma cobertura de frota muito maior do que a anterior. Tudo isso se fez necessário porque precisávamos oferecer um produto compatível com as necessidades e os recursos dos reparadores, que queriam se atualizar para atender seus clientes com qualidade e capacitação técnica. A Magneti Marelli Cofap garante aos usuários treinamento constante e adequado, além de uma linha 0800 para esclarecimento de dúvidas. Finalmente, nosso software pode ser adquirido em versão customizada, o que torna o produto mais competitivo, sem contar que as atuais combinações de licenças disponíveis atendem aos diferentes perfis de reparadores. No aspecto pessoal, gostaria que me desse sua opinião a respeito da formação de um bom executivo atualmente. Certa vez li uma matéria na qual a senhora defendia a formação de um profissional que tivesse vida dentro e fora da empresa, que fosse “antenado”, que tivesse o hábito de ler, ir ao cinema e que soubesse conduzir uma conversa. A senhora continua com essa opinião? Acredito que a pessoa que amplia seus horizontes culturais tem muito mais chance de ser bem sucedida, independentemente do nível de educação formal que tiver. Ou seja, não basta frequentar um curso superior. É preciso ler, assistir a espetáculos, viajar. Tudo isso ajuda na formação dos relacionamentos, melhora a autoestima e, por consequência, colabora decisivamente para o sucesso profissional. Um executivo deve levar isso em consideração ao planejar sua carreira. Na sua opinião, o mercado no qual atua carece de profissionais deste tipo? O mercado ainda tem carência desses profissionais de visão mais alargada, até porque cultura custa muito caro no Brasil e isso é um importante fator limitante. Entretanto, já evoluímos muito e devemos evoluir ainda mais, porque é inegável que o Brasil se abriu para o mundo na última década e assimilou milhões de pessoas numa nova classe média, que, entre muitos outros valores, também têm a cultura como um horizonte a ser perseguido. Tem sido uma queixa frequente dos empresários o fato de que não conseguem reter seus talentos. Muitas vezes, chegam a investir no profissional, mas posteriormente acabam perdendo-os para empresas concorrentes. O que a senhora pensa sobre isso? Como fazer para reter profissionais com segurança? Atualmente, os profissionais, especialmente a chamada geração Y, estão sempre em busca de valorização e crescimento profissional muito rápido. Ao mesmo tempo, há certa escassez de bons profissionais e de certa especialização no mercado. Isto posto, temos uma sólida política de retenção de talentos no Grupo Magneti Marelli, que investe no desenvolvimento de seus profissionais, assim como oferece amplas possibilidades de mobilidade interna, inclusive transversalmente. Divulgação Especial M ajô G onçalves Como a Pacaembu desenvolveu a vocação para a linha pesada Com 51 anos de atuação, a empresa se tornou referência no mercado de reposição de peças para veículos comerciais, e está presente em todo o País A vida do fundador da Pacaembu Autopeças, distribuidora especializada em linha de produtos para veículos comerciais, é totalmente dedicada a este segmento. Luiz Cassorla inaugurou a empresa em 1963, nas proximidades do Estádio do Pacaembu, por isso, não teve dúvidas em colocar este nome. 14 Mercado Automotivo • maio • 2014 Ainda muito jovem, com 14 anos, foi trabalhar em uma concessionária de caminhões da marca Desoto Chrysler, em Londrina, PR. “Fazia de tudo, ajudava os balconistas, entregava faturas, guardava as fichas de estoque”, conta o empresário. Foi assim que entrou para o universo de peças para caminhões e ônibus. Nessa mesma empresa, que também revendia geladeiras, aprendeu o ofício, mas, por sua dedicação e habilidade, logo foi para o balcão vender peças de caminhões. Por causa do serviço militar ficou um período trabalhando meio turno três vezes por semana. Nessa época sua família se mudou para São Paulo e Cassorla veio para a capital paulista logo que encerrou o serviço militar, recusando proposta para ficar. Em São Paulo, foi trabalhar na empresa Cibrex que comercializava peças para caminhões MercedesBenz. Quando seu chefe saiu para trabalhar em uma empresa concorrente, não perdeu o contato. Combinavam e se encontravam para conversar sobre a possibilidade de abrirem o próprio negócio. Foi assim que, em abril de 1963, nasceu a Pacaembu Autopeças, nua Rua Conselheiro Brotero. Com 22 anos, Cassorla e mais dois sócios iniciaram as atividades como proprietários. Em pouco tempo, um sócio saiu do negócio. Com vasto conhecimento em peças com a experiência que acumulou quando trabalhava nas empresas, Cassorla viajava para cidades como Campinas e Sorocaba para vender. Além de habilidade, entendia de peça, sabia decor o número dos códigos. Devido à dificuldade de encontrar peças para caminhões, levava amostras para torneiros desenvolverem alguns itens de miudezas. Chegou até a comprar peças da extinta Borghoff, que, na época, era um grande distribuidor. Na década de 70, com a construção do Elevado, a rua da loja ficou interditada com as obras e isso prejudicou bastante o comércio. “Então, adquirimos uma loja de borracha, na Rua Olavo Bilac, com a intenção de transferir a Pacaembu, mas, por questões financeiras, não conseguimos fazer a mudança. Foi uma época difícil”, lembra. A empresa cresceu e os filhos de Cassorla se juntaram ao negócio. Primeiro foi o Luís Alexandre, em 1985, depois veio a Ana Paula em 1988. Em 2000, quando foi desfeita a sociedade e Cassorla se tornou o único proprietário, sua filha Sandra Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Luiz Cassorla (ao centro) com a equipe de diretores da Pacaembu: Luis Alexandre, Ana Paula, Sandra Camargo e Eduardo Camargo veio fazer parte da empresa, que deslanchou ainda mais, tornando-se uma das principais distribuidoras de autopeças para veículos comerciais. Hoje, conta com 900 colaboradores e 23 filiais, duas inauguradas há pouco tempo. Mais para frente seu genro Eduardo também passou a integrar a equipe. Destaque internacional – Ao completar 51 anos, a empresa também comemora outra importante conquista: acaba de se tornar membro acionista da Temot International, organização estratégica com políticas mundiais, voltadas ao setor de reposição automotiva, presente nos principais países da Europa, das Américas do Norte, Central e Sul, da África do Sul, Namíbia e região do Cáucaso. Cassorla vibra com a presença dos filhos diante dos negócios e divide seu tempo entre a empresa, onde faz questão de falar com os funcionários e rever amigos, e a fazenda, em Cárceres, no Mato Grosso, onde tem criação de gado para corte e touros para reprodução. Lá, ele fica em média 10 dias do mês junto com sua mulher, Manoela, que o ajuda na administração. Entre os planos na agropecuária, pretende aumentar para 500 cabeças a criação de touros reprodutivos, além da atividade de gado de corte, negócio pecuário já consolidado da família. Desde 1981 a sede da empresa em São Paulo se localiza próximo à ponte do Limão, e Cassorla tem na equipe de colaboradores funcionários com mais de 28 anos de casa. É comum ver a cena se repetir ao longo do dia: Cassorla cumprimentando os profissionais e conversando. Parece que ele está em casa, e, na verdade, está. A Pacaembu é sua casa e ele se sente privilegiado de poder estar ali perto dos filhos, mantendo contato diário. “Teve um amigo que me perguntou como eu consegui trazer os meus filhos para trabalhar comigo. Ele também queria fazer o mesmo, mas não conseguiu”, fala. Expansão – Também foi em 1981 que a empresa deu um grande salto com a aquisição da distribuidora Pimentel, garantindo assim a no- Mercado Automotivo • maio • 2014 15 Divulgação Especial M ajô G onçalves meação de importantes fábricas. Na ocasião, poderia ter começado a trabalhar com itens para a linha leve porque a Pimentel atuava nesse segmento, mas decidiu manter o foco em pesados. Só de olhar para a peça, Cassorla é capaz de identificar o material e a composição do produto. “É uma vida inteira de trabalho na mesma área”, afirma. Ele acha importante investir em treinamento da equipe de funcionários. A empresa tem uma sala reservada só para isso tanto na sede como nas filiais. “Hoje, temos mais de 48 mil itens no portfólio e esse número está sempre aumentando. A cada mudança no veículo, surgem novos componentes”, conta. Para Cassorla, o segredo do negócio está no atendimento de qualidade que sempre adotou. Ainda 16 Mercado Automotivo • maio • 2014 lá no início, ficava aberto até mais tarde para atender os clientes e ajudá-los da melhor forma possível. Para dar comodidade ao cliente, implantou sistema de entrega ainda quando não era comum oferecer este diferencial. Com toda essa dedicação, mantém clientes ao longo de décadas. Ainda com relação a atendimento, faz questão de frisar que o departamento dedicado à garantia tem profissionais que são constantemente treinados pelas fábricas. Vendo toda a estrutura atual, ele recorda da época difícil e com poucas condições para investir. Chegou perto de desistir, mas foi em frente com muita dedicação. “É preciso gostar do que faz.” Para Cassorla, o bom vendedor precisa passar por outras áreas da empresa para conhecer o produto. Depois de ter essa vivência na expedição para conhecer as peças, o profissional vai para a área de vendas acompanhar a rotina para adquirir experiência. Satisfeito com o trabalho que desenvolveu ao longo de sua trajetória, Cassorla está feliz ao lado da família e orgulha-se de onde conseguiu chegar. Como empresário de destaque no setor, Cassorla participou da diretoria da Andap na década de 80 e depois suas filhas Ana Paula e Sandra assumiram essa função. Além de sua rotina na empresa e na fazenda, o empresário gosta de caminhar no Estádio do Pacaembu sempre que pode. Viajar com a família, esposa, filhos e netos, também é uma das suas maiores satisfações. Mercado em transição Fotolia.com Capa C léa M artins As vendas on-line crescem no País em média 30% ao ano e fazem o mercado de reposição de autopeças questionar se não é hora de investir mais neste promissor canal de consumo D isponibilizada no final da década de 90 aos brasileiros, a internet arrasta hoje pelo menos 105 milhões de pessoas no País para frente dos computadores, segundo levantamento do Ibope Mídia. E o que elas fazem na rede? De tudo, encontram amigos, batem papo, pesquisam e também compram. Pesquisa do E-bit – empresa especializada em informações do comércio eletrônico – mostra que 51,3 milhões de pessoas aqui no Brasil já utilizaram a internet para adquirir algum produto. Só 18 Mercado Automotivo • maio • 2014 no ano passado, 9,1 milhões de consumidores compraram on-line pela primeira vez. Ainda segundo o estudo da E-bit, o e-commerce brasileiro cresceu 28% em 2013, quando faturou R$ 28,8 bilhões. O tíquete médio dessas compras foi de R$ 327. Entre as categorias de produtos mais vendidos estão os itens de ‘Moda & Acessórios’, que pelo segundo ano liderou o ranking de vendas on-line. Atrás dela, ‘Cosméticos e Perfumaria’, ‘Eletrodomésticos’, ‘Livros e Assinaturas de Revis tas’, ‘Informática’ e ‘Telefonia’, entre outros. Embora ainda não lidere os rankings de maior comercialização da internet, o setor automotivo tornou-se uma das principais categorias, no varejo, de interesse dos consumidores. Segundo o Ibope Mídia, os sites automotivos estão entre os mais populares no País, com o maior aumento no número de visitantes únicos. Ainda segundo levantamento do instituto de pesquisa, parte dessa popularidade é reflexo do crescente interesse dos consumidores em adquirir veículos novos. Embora em um ritmo menor do que as vendas de produtos com menor valor agregado, a comercialização on-line no setor automotivo também cresce. Pesquisa da Online Retail Index, produzida pela E-Consulting, previa um crescimento de 20,6% nas vendas on-line de carros, motocicletas e peças para o ano passado. Mas mesmo que ainda falte coragem para fechar o negócio pela internet, todo o planejamento de compra já é feito com base nas pesquisas da rede. Levantamento feito pela Navegg, empresa brasileira de análises na web, aponta que mais de 60% dos usuários de internet usam este canal para planejar a compra de veículos. NA REPOSIÇÃO No que se refere à pesquisa de preços e outras condições de compra, no segmento de autopeças não é diferente. Levantamento realizado pelo Google em parceria com a Millward Brown Digital, aponta que sete entre 10 proprietários de veículos analisam a compra na internet antes de adquirir uma autopeça, seja no varejo off-line ou virtual. E mais, pelo menos um terço dos entrevistados disse já ter comprado ou visitado varejistas após ter assistido vídeos na web. Essa mudança de hábito do consumidor e o crescimento constante de 30% em média das vendas realizadas pela internet no País têm sido acompanhados de perto pelo Sincopeças – Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo –, que, junto com os Correios realizou, no dia 4 de abril, durante a última edição da Automec Pesados & Comerciais, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, o evento ‘V@rejo On-line’: “O e-commerce é um importante canal de vendas e não podemos perder esta oportunidade de gerar negócios”, afirmou na ocasião Francisco Wagner de La Tôrre, presidente da entidade. Para os mais céticos, dados do E-bit específicos sobre o setor de autopeças mostram que cerca de 700 mil pedidos de componentes automotivos são feitos por mês na internet. Além disso, em 2013, 52 milhões de pedidos de autopeças foram efetivados na rede, totalizando um montante de R$ 23 bilhões em vendas, com tíquete médio de R$ 350. Esse enorme potencial de negócio atraiu gente nova para o setor. Uma plataforma B2B (sigla em inglês para relações comerciais entre empresas – de negócio para negócio) e B2C (de empresa para consumidor final) dedicada apenas para autopeças foi lançada no País, no ano passado, a Canal da Peça. O site é o primeiro shopping on-line brasileiro dedicado ao varejo de autopeças. “Estudamos vários setores para construção de um marketplace e encontramos na indústria automotiva uma grande oportunidade por conta de suas características peculiares”, assinala Vinicius Dias, diretor executivo e cofundador do Canal da Peça. Essas particularidades têm a ver com o alto número de players, Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Francisco Wagner de La Tôrre, presidente do Sincopeças marcas e itens do setor, além do tamanho do território nacional: “Avaliamos ter uma oportunidade promissora de estruturar uma plataforma web para transacionar produtos entre todos os atores da cadeia, do fabricante ao varejista, o mecânico e o próprio consumidor, que hoje usa massivamente a internet para pesquisar peças, fornecedores e prestadores de serviços”, explica o executivo que, neste ano, planeja alcançar um faturamento de R$ 15 milhões. (Leia mais no box Canal da Peça.) OUTRA REALIDADE Longe ainda do mercado milionário e até do real entendimento do e-commerce, milhares de varejistas de autopeças ainda esperam seus clientes ligar ou aparecer no balcão. Não são raras as lojas brasileiras que não possuem site ou mesmo internet. Ciente desta realidade, o presidente do Sincopeças admite que ainda é cedo para saber como o e-commerce vai evoluir. Mercado Automotivo • maio • 2014 19 Mas é importante que os lojistas entendam que é preciso começar a investir nesse canal já. “É preciso promover a conscientização sobre a importância dos meios eletrônicos (sites, e-mails, e-mails marketing e até e-commerce) como forma de otimizar as vendas no varejo. Por isso, este tem sido um assunto permanente na pauta do Sincopeças-SP, com realização de palestras, notícias, artigos e entrevistas com especialistas sobre comércio eletrônico”, diz La Tôrre. Divulgação INVESTIMENTO, CONCORRÊNCIA E GESTÃO O presidente do sindicato explica que, para iniciar as operações na rede não é preciso fazer grandes investimentos. Se o lojista optar por utilizar uma plataforma terceirizada, é necessário apenas que conte com um computador e serviço de banda larga. O que não pode falhar, em hipótese alguma, diz La Tôrre, é a precisão da informação passada ao cliente, Vinicius Dias, diretor executivo e cofundador do Canal da Peça 20 Mercado Automotivo • maio • 2014 como disponibilidade do produto e prazo de entrega, entre outras. Para Jairo Lobo Migues, consultor do Sebrae-SP, que ministrou uma das palestras no encontro do Sincopeças-SP, na Automec, o planejamento, ferramenta vital para a saúde e o crescimento da empresa no mundo físico, também é primordial no negócio digital. E esse planejamento passa pela previsão da criação do site da empresa, desde o registro do domínio e contratação do provedor de hospedagem até a adoção de parcerias que permitam disponibilizar ferramentas que caracterizam o e-commerce, como as de pagamento e logística. E para quem pensa que essa parte de implantação do sistema é a mais complicada ou cara, Migues explica que existem plataformas gratuitas na internet que podem ajudar os varejistas. Neste caso, o pagamento do serviço prestado é feito com repasse de porcentagem da venda efetivada para o site. Quem preferir, ainda há a possibilidade de criar o próprio site. “Os valores podem variar bastante, principalmente quando você contrata uma equipe para fazer o serviço ou disponibiliza ferramentas ou funcionalidades mais modernas ao canal”, explica. Site no ar, agora é só esperar o pedido, certo? Errado. Para Migues o segredo da internet está na divulgação. “Para isso o lojista tem que contar com verba de marketing”, afirma o consultor, que acrescenta a relevância de estar nas primeiras páginas de procura de sites de pesquisa, como o Google: “A principal dificuldade Divulgação Capa C léa M artins Jairo Lobo Migues, consultor do Sebrae-SP não é efetivamente vender, mas se estruturar para entrosar política de troca, política reversa, vendas, programa de manutenção do cliente e acima de tudo isso a propaganda”. Já para aqueles que ainda não se sentem prontos para o e-commerce, o consultor do Sebrae dá uma dica: “Comece por marcar presença na internet, disponibilizar um e-mail para o seu cliente, abrir uma página em comunidades virtuais. É importante marcar presença”. O setor de moda é bom exemplo de sucesso do e-commerce e mostra que um bom trabalho na internet pode render resultados positivos bem antes do esperado. Essa categoria, que não aparecia no Top 5 do ranking de vendas do E-bit, terminou 2012 e 2013 como líder de vendas. Para Migues, reflexo do entendimento do setor de como funciona o e-commerce e, sobretudo, da sua reestruturação. “O comércio eletrônico é relativamente novo e as empresas estão todas em processo de Cinto de segurança salva vidas. aprendizagem, adaptando e se readaptando todo o tempo. Tudo pode ser vendido na internet hoje, por que não? Mas é preciso planejamento”, explica. Se a internet ajuda a promover as vendas, também aproxima mercados. E a concorrência na rede é ainda mais acirrada que no mundo físico. “O investimento em publicidade é fundamental, pois existe algo próximo de 3 bilhões de sites na internet e você tem de se destacar nesse imenso universo”, explica La Tôrre, que completa: “Se o reparador não encontra a peça que procura no canal em que está acostumado a usar, no caso o varejo, ele precisa encontrar esse produto de alguma maneira, nem que seja recorrendo a sites internacionais. O carro está parado e precisa ser reparado. Também precisamos considerar que, nos últimos anos, houve uma grande diversificação de modelos e marcas de veículos. Em certos casos de modelos importados de baixa saída é difícil achar a peça de reposição no Brasil até via montadora”. ESTRUTURA E LOGÍSTICA Além do investimento em marketing, o e-commerce também demanda uma estrutura física eficiente por trás do computador. E isso tem custo, explica o consultor do Sebrae, por isso ele reforça a necessidade de planejamento, não apenas para promover uma boa experiência de compra ao consumidor, mas o encantamento. A seleção de parceiros pode ajudar a resolver parte destes problemas, pelo menos no que 22 Mercado Automotivo • maio • 2014 diz respeito à logística, explica Michel Herrera, gerente de Atividades de Vendas em São Paulo, Região Metropolitana do Sebrae: “O comércio eletrônico é muito promissor, no entanto, o empresário que não estiver preparado pode não obter os resultados esperados. Uma dica, além de buscar ajuda do Sebrae, é recorrer a programas de capacitação, como os do Ciclo MPE-net da Câmara e-Net”. Em relação aos Correios, que só no ano passado entregaram mais de 56 milhões de encomendas, sendo 61,5% na modalidade expressa (Sedex), Herrera diz que os serviços de entrega disponíveis são: Sedex, para todas as cidades brasileiras, E-Sedex, para 205 cidades, e PAC, para todos os municípios. O SIGEPWEB – Sistema de Gerenciamento de Postagem via internet – é outra ferramenta dos Correios que pode ajudar os varejistas a alçarem voo na internet, aponta o executivo: “Ele permite ao empresário um gerenciamento de todas as suas postagens emitindo os documentos e as etiquetas necessários, além de auxiliar no traking da mercadoria. Não há custo para a utilização do sistema, basta que o cliente possua um contrato para postagens com os Correios e os requisitos básicos são apenas um computador com impressora e acesso à internet”. O serviço de logística reversa também é oferecido pelos Correios, além de preparação de lista de encomendas e emissão de relatórios de informações por período e gerenciamento de encomendas. Divulgação Capa C léa M artins Michel Herrera, gerente de Atividades de Vendas em São Paulo, Região Metropolitana do Sebrae Os problemas mais comuns hoje relacionados à entrega de produtos, diz Herrera, estão relacionados à falta de informação ao cliente do valor do frete e das opções de entrega e prazos. Além disso, tem muita empresa que ainda preenche erroneamente o endereço do destinatário. Com planejamento, bons parceiros e vontade é sim possível que os varejistas não apenas comecem a marcar presença na internet, mas a tornem parte importante de seu negócio, pois com crescimento consolidado já há alguns anos na casa dos dois dígitos, acreditam os especialistas, o e-commerce não é uma onda passageira: “A internet é definitivamente um caminho sem volta, como foi para todos os mercados que entraram no mundo digital. As vantagens, a economia e velocidade que a internet promove vão, aos poucos, tomando conta dos modelos de negócio”, diz Vinicius Dias. Raúl Candeloro w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r C onvidei líderes e gestores de vendas a participar de uma pesquisa sobre Treinamento em Vendas. Tivemos mais de 500 respostas e lançamos uma série de e-books sobre o assunto. Chegamos à conclusão que existem 14 grandes erros de treinamento em Vendas. 1.Treinar sem saber o que está fazendo (treinar por treinar, sem ter alguém especializado nisso liderando o processo). 2.Realizar treinamentos genéricos (ou seja, não adaptados especificamente para a situação da empresa). 3.Muita teoria e pouca prática. 4.Muita motivação (oba-oba) e pouca ação. 5.Treinamento conduzido por pessoas que não conhecem o dia a dia de vendas. 6.Treinar todos os vendedores do mesmo jeito, como se fossem todos iguais. 7.Colocar, sem orientação, campeões de vendas para treinar. 8.Organizar apenas treinamentos conduzidos/oferecidos por fornecedores. 9.Treinamentos excessivamente repetitivos. 10.Não criar padrões para os treinamentos. 11.Não considerar o mercado e os clientes. 12.Treinar com pouca frequência. 13.Não treinar os vendedores a trabalhar mix de produtos/serviços. 14.Não mensurar resultados de treinamentos. Quando entrevistei Dave Stein (edição de abril da Venda Mais), maior autoridade no mundo em como medir a efetividade de treinamentos de vendas, ele disse que incluiria apenas um item nesta lista: Não considerar o processo de COMPRA dos clientes. (Basicamente, um aprofundamento do item 11, mas tão sério e importante que Stein considera fundamental separar e analisar separadamente.) Vale a reflexão: seus treinamentos de vendas sofrem de algum destes 15 erros? www.vendamais.com.br 24 Mercado Automotivo • maio • 2014 Roberta Prado Os 14 maiores erros de treinamento em Vendas Raúl Candeloro é fundador e diretor da Editora Quantum Cinto de segurança salva vidas. Leandro M. Leite e Diengles A. Zambianco m a.co li Foto Obrigação de identificação e informações em produtos expostos à venda – orientações práticas A lém de obrigações de natureza tributária, a legislação brasileira prevê diversos deveres instrumentais complementares aos contribuintes que comercializam mercadorias e serviços. Dentre tais deveres encontram-se os contribuintes obrigados à veiculação de diversas informações nos produtos expostos à venda ao consumidor, como origem, aplicação, validade, dados do importador ou fabricante, entre outros dados. As informações a serem inseridas em tais produtos não se encontram listadas em um manual ou guia único, mas sim inseridas em diversas normas esparsas, previstas em diferentes leis e regulamentos. Com o crescimento do comércio de produtos importados, até mesmo com o objetivo de proporcionar melhor controle da qualidade de produtos fabricados fora do território nacional e colocados à venda no País, a legislação e a fiscalização passaram a ser mais rigorosas com a exigência de certificações e detalhamento de informações nas mercadorias de origem estrangeira. A não observância dessas exigências traz grande insegurança aos contribuintes, que ficam sujeitos, além da imposição de penalidades, à necessidade de prestação de informações às autoridades fiscalizadoras. Recentemente, fabricantes e comerciantes de autopeças demonstraram grande preocupação com relação à qualidade das informações contidas nas etiquetas dos produtos expostos à venda, em razão 28 Mercado Automotivo • maio • 2014 da intensificação de visitas promovidas por policiais civis aos estabelecimentos varejistas, sob a justificativa de necessidade de verificação das informações constantes em etiquetas, e correspondente observância às exigências trazidas pelo Código de Defesa do Consumidor. Importante esclarecer que a abrangência da atividade das autoridades policiais está relacionada à apuração de “crimes” que, nas relações de consumo, são caracterizados por situações em que as omissões de informações possam, de alguma forma, trazer dano, prejuízo ou tenham como objetivo enganar o consumidor. Nas demais situações, em que as informações apenas infrinjam regulamentos e não tenham potencial de causar dano ou induzir a erro, completamente ausente qualquer prática criminosa que implique na atuação de autoridades policiais. De qualquer maneira, como forma de evitar o desconforto e problemas com a fiscalização ou com autoridades policiais, é importante que os integrantes de todas as etapas de circulação de mercadorias e serviços atentem para a qualidade das informações inseridas nos produtos expostos à venda. Enumeramos abaixo as principais informações exigidas pelas normas brasileiras para a comercialização de produtos e serviços. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r NORMAS RELACIONADAS À ATIVIDADE DE INDUSTRIALIZAÇÃO OU IMPORTAÇÃO: O Regulamento do IPI (Decreto nº 7.212/10) exige em seu artigo 273 que os fabricantes e os estabelecimentos que realizam industrialização por encomenda são obrigados a rotular, marcar ou numerar seus produtos e os volumes que os acondicionarem em lugar visível, antes de sua saída do estabelecimento, indicando: I− a firma; II− o número de inscrição do estabelecimento no CNPJ; III− a situação do estabelecimento (localidade, rua e número); IV− a expressão “Indústria Brasileira”; e V− outros elementos que, de acordo com as normas deste Regulamento e das instruções complementares expedidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, forem considerados necessários à perfeita classificação e controle dos produtos. No caso de produto importado, deverá ser mencionado, ainda, o nome do país de origem. Cinto de segurança salva vidas. NORMAS RELACIONADAS AO CUMPRIMENTO DAS LEIS QUE REGULAM AS RELAÇÕES DE CONSUMO, CUJA EXIGÊNCIA SE APLICA A TODOS OS COMERCIANTES QUE REALIZEM VENDAS A CONSUMIDORES FINAIS: O Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) estabelece como direito do consumidor que todos os produtos contenham rótulo ou etiqueta com informações sobre os produtos colocados à venda. Referida norma prevê a obrigatoriedade que os produtos contenham dados relativos a quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre eventuais aplicações e riscos que os mesmos apresentem. Recentemente, com o advento da Lei nº 12.741/12 (Lei da Transparência), foi inserida também a necessidade de informação sobre os tributos incidentes no preço das mercadorias. Todas as informações acima, na medida em que aplicáveis, devem ser inseridas nas embalagens dos produtos e nos documentos fiscais que documentem a respectiva venda, a fim de que a informação ao consumidor possa ser transmitida com a devida clareza que a lei determina. Mercado Automotivo • maio • 2014 29 NORMAS RELACIONADAS A INFORMAÇÕES SOBRE A CODIFICAÇÃO, CARGA TRIBUTÁRIA E CLASSIFICAÇÃO: Conforme acima já referenciado, a chamada Lei da Transparência (Lei nº 12.741/12) previu que todo documento fiscal que for emitido por ocasião da venda ao consumidor de mercadorias e serviços, deverá constar a informação do valor aproximado da totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais que influenciaram na formação do respectivo preço de venda. Essa previsão pode ser substituída pela criação de um painel afixado no estabelecimento vendedor, de forma a propiciar com clareza o fornecimento de informações sobre a carga tributária incidente nos produtos colocados à revenda. Também prevê a legislação diversas outras informações a serem inseridas nos produtos comercializados, de forma a possibilitar aos contribuintes das etapas subsequentes de comercialização o adequado tratamento tributário a ser atribuído a cada produto. Cite-se como exemplo a recente alteração trazida pela legislação que regulamenta a tributação pelo ICMS nas operações interestaduais com produtos importados, que prevê a inserção de Códigos de Situação Fiscal (CST) e dados relativos ao conteúdo de importação, como forma de possibilitar ao comprador o adequado tratamento tributário às mercadorias adquiridas. Após a utilização do sistema de controle das mercadorias por código de barras (que indica o código comercial do produto e o registro da empresa perante a entidade regulamentadora – GS1 Brasil – Antiga EAN Brasil), também passou a ser obrigatório que as empresas, quando existente o respectivo código para o produto, insiram tal informação nos respectivos documentos fiscais. 30 Mercado Automotivo • maio • 2014 Leandro Martinho Leite é advogado do escritório Leite, Martinho Advogados-LMA, especializado em tributação, planejamento societário e estruturação de logística fiscal Divulgação Em que pese a legislação aduaneira não prever regras expressas sobre rotulagem, marcação ou etiquetagem de produtos importados, além do nome do país de origem, os importadores devem atentar para que as informações contidas nos produtos tenham a clareza necessária para atender as disposições contidas nas mesmas normas. Isso porque, tratando-se a importação de uma atividade equiparada à industrialização, a interpretação legal nos leva à conclusão de que tais informações também devam ser inseridas nos produtos importados. Divulgação Leandro M. Leite e Diengles A. Zambianco Diengles Antonio Zambianco é consultor e advogado do escritório Leite, Martinho Advogados-LMA, especializado em legislação fiscal, contabilidade e recuperação de créditos tributários. CONCLUSÃO Além do cuidado com as informações acima elencadas, é extremamente importante que as empresas mantenham registros de controle adequados que permitam identificar e apresentar às autoridades fiscalizadoras e policiais, sempre que solicitado, informações sobre o documento fiscal de origem das mercadorias adquiridas. É primordial que todos os integrantes da cadeia de fornecimento colaborem no cumprimento das normas legais, possibilitando que o sistema de identificação de produtos funcione de forma harmônica. Adotando-se as orientações acima, e inserindo-se nas embalagens, etiquetas e rótulos as informações legalmente exigidas, ficam afastados os riscos de questionamentos e imposição de penalidades aos contribuintes. Respeite a sinalização de trânsito. Cinto de segurança salva vidas. SEMINÁRIO DA REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA Seguindo as tendências mundiais, o Grupo Photon marca presença no Twitter para que todo o seu conteúdo seja apresentado Cinto de segurança salva vidas. de forma dinâmica. Siga nossos Twitter’s: @grupophoton @automotivo @reposicao Faça revisões em seu veículo regularmente. Photon na Internet Fotolia.com Geomarketing S érgio D uque Goiás O Estado de Goiás possui extensão territorial de 340.086,7 km2, com população residente estimada em 6,3 milhões de pessoas em 246 municípios, onde circulam aproximadamente 1,6 milhão de veículos e que resulta em índice de 4,0 habitantes por veículo. O PIB estimado para 2014 do Estado é de US$ 51,2 bilhões, apresentando perspectivas de crescimento apenas moderado, pouco acima da média nacional, previsto para 2,3% neste ano. No Estado predomina a atividade agropecuária, embora o setor industrial e de serviços, juntos, respondam por importante participação na composição da renda estadual. São 5 mesorregiões, com seus respectivos municípios de referência: (1) Centro Goiano (região de Anápolis); (2) Leste Goiano (Luziânia); (3) Noroeste Goiano (Aragarças); (4) Norte Goiano (Porangatu); e (5) Sul Goiano (Rio Verde e Itumbiara). No Estado de Goiás a malha rodoviária é de 94,0 mil km de extensão, sendo 11,1 mil km de estradas pavimentadas, o equivalente a apenas 11,8% do total, e 75,0 mil km de estradas não pavimentadas, mais 7,9 mil km de estradas planejadas, segundo dados de 2012 do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). 32 Mercado Automotivo • maio • 2014 Já os estudos da CNT (Confederação Nacional de Transportes) apontam que, das estradas pavimentadas existentes no Estado, apenas 1,8% delas estão em ótimo estado de conservação, sendo que 33,3% encontram-se em bom estado, 32,4% em estado regular, 19,7% em estado ruim e os restantes 12,8% em péssimo estado de conservação. A Audamec Marketing e Pesquisas Automotivas está comercializando desde o mês de abril uma ferramenta de geomarketing on-line, que contempla estudos sobre todos os Estados brasileiros, podendo ainda ser acessados dados individuais de cada um dos 5.565 municípios, ou para cada uma das 563 microrregiões fundamentadas na divisão proposta pelo IBGE. O acesso se dá através de login e senha, e as consultas podem ser customizadas com o programa adaptado para atender necessidades específicas dos usuários assinantes, sejam eles fabricantes, distribuidores ou representantes comerciais. Para conhecer e navegar em demo, acesse: www. audamec.com.br/geomarketing. Lá você encontra todas as informações para contratar o serviço. Se preferir, ligue para (11) 2281-1840 e peça informações mais detalhadas. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r GEOMARKETING AUTOMOTIVO – GOIÁS Estado em referência Goiás Índice Potencial Demanda Regional em Relação ao Brasil (%) População 6,3 milhões Anápolis 0,39 Porangatu 0,32 PIB Estimado 2014 US$ 35,9 bi Goiânia 1,49 Posse 0,14 Itumbiara 0,44 Rio Verde 0,50 Nº Veículos 1.569.242 Automóveis 704.540 Comerciais Leves 188.254 Caminhões 84.436 Potencial Demanda Estado Ônibus 19.445 Nº ESTIMADO DE PONTOS DE VENDA E CONSUMO DE AUTOPEÇAS Tratores 26.154 Lojas de Varejo Motos Habitantes por Veículo 546.413 4,0 Centros Automotivos Retíficas 3,28 1.052 458 83 Postos de Combustíveis Concessionárias Frotistas 1.248 215 2.254 Fontes: Denatram para dados sobre frota e Audamec Marketing para dados sobre potencial regional e pontos de venda (www.audamec.com.br) Mercado Automotivo • maio • 2014 33 w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Elvis P. Santos Estatísticas S érgio D uque O emplacamento de veículos até abril de 2014 Até o final do primeiro semestre não se espera recuperação em números de vendas e emplacamento O emplacamento acumulado até abril de 2014 atingiu Já os números de motocicletas tiveram um pequeno 1,6 milhão de novos veículos no País, mais 40 mil esboço de que partiriam para uma ano de recuperação, máquinas agrícolas e implementos rodoviários, númas voltaram a esbarrar no mercado inibidor por conta meros que não revertem a curva de tendência decrescente do crédito, limitado em razão da incapacidade de soljá estimada pela Anfavea e pela Fenabrave para o período. vência dos interessados. A maior fatia dos consumidores O segmento de automóveis está negativo em quase 8% depende então de pagamento à vista e/ou consórcio para no acumulado até aqui em relação ao mesmo período de obter o veículo. 2013 e as chances de que se consiga uma recuperação para Para maio não se espera melhor desempenho de venos próximos meses são pequenas, dadas as avaliações que das e emplacamento, o que só deve acontecer após períose prestam no cenário atual. do de férias de meio do ano, ainda assim, sem expectativa As montadoras voltaram a conversar com o governo na favorável. Por conta desse cenário reverso, os institutos de tentativa de encontrar alguma solução para evitar queda estudos e pesquisas do setor automotivo já reduziram em ainda maior, lembrando que em junho o IPI voltará a subir quase 700 mil veículos a previsão de venda para 2014. para veículos novos, em todos os segmentos, exceto para caminhões. LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES O segmento de comerciais leves é o único que continua com bom desempenho geAcumulado jan-abr Previsão ral e deve fechar o ano com volume superior, Segmento % Var. 2014 2014 2013 aproximadamente 5% maior que em 2013, que já fora maior em 2012. 2.420.000 Automóveis 792.095 857.219 -7,59 ▼ A venda de comerciais pesados, na contramão do esperado, deverá registrar recuo Comerciais Leves 261.933 247.094 6,00 ▲ 760.000 no acumulado de 10% em relação ao ano anCaminhões 41.653 48.571 -14,24 ▼ 135.000 terior, péssimos números para o segmento. O País necessita de renovação e investimenÔnibus 10.178 11.277 -9,74 ▼ 32.000 tos no segmento de caminhões para atenImplementos 18.956 20.824 -10,70 ▼ 58.000 der a demanda de transporte da safra, mais uma vez prevista de recordes para o ano. E Máquinas Agrícolas 20.957 31.527 -33,53 ▼ 65.000 ônibus, para atender a demanda de mobiliMotos 487.114 493.071 -1,21 ▼ 1.400.000 dade urbana, tão necessária e amplamente divulgada que ocorreria, especialmente em Total 1.632.886 1.709.583 -4,49 ▼ 4.870.000 corredores de ônibus por conta da copa e Fonte: Licenciamento acumulado Fenabrave. Máquinas agrícolas, números apenas para referência, uma vez que não há emplacamento para este segmento. Previsão 2014, estudos Audamec Marketing. do ano eleitoral. 34 Mercado Automotivo • maio • 2014 Respeite a sinalização de trânsito. SEMINÁRIO DA REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA Respeite a sinalização de trânsito. O Seminário da Reposição Automotiva é uma realização do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), que integra as principais entidades representativas do setor: • Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), • Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças), • Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista de Peças e Acessórios para Veículos de São Paulo), • Sincopeças (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo), • Sindirepa (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), e organizado pelo Grupo Photon. E N D E R E ÇO Avenida Paulista, 1313 - São Paulo R E A L I Z AÇ ÃO : Abrapneus ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA APOIO 2013 O R G A N I Z AÇ ÃO GRUPO PHOTON [email protected] 11 - 2281.1840 DOS REVENDEDORES DE PNEUS 14 DE OUTUBRO DE 2014 TEATRO RUTH CARDOSO FIESP WWW.SEMINARIOAUTOMOTIVO.COM.BR PAT R O C Í N I O 2013 Divulgação Em Destaque R edação Referência nacional e mundial Monroe completa 40 anos de atuação no Brasil e comemora espaço conquistado no País O ano de 2014 representa uma importante marca alcançada pela Monroe no Brasil. A multinacional, fundada nos Estados Unidos em 1916, completa quatro décadas de atuação no País e pode ser considerada referência não somente nacional mas mundial no desenvolvimento de amortecedores automotivos. Atualmente, a Monroe responde por aproximadamente 30% de participação no aftermarket brasileiro no segmento em que atua. Além dos amortecedores, a unidade nacional produz também componentes para suspensão e 38 Mercado Automotivo • maio • 2014 sistemas de exaustão. A própria empresa gosta de destacar que, assim como faz nos outros países em que atua, entrega ao setor de reposição brasileiro rigorosamente o mesmo produto que fornece ao mercado original. “Com essa prática, tanto o dono do carro como o reparador automotivo encontram no produto da Monroe toda a expertise de quem desenvolve amortecedores com a chancela da montadora”, destaca a companhia, em comunicado distribuído à imprensa. Além disso, a Monroe ressalta sua especial atenção ao mercado brasileiro, no qual acredita haver boa capacidade de negócios. Em 2012, por exemplo, a empresa lançou o Monroe OEspectrum, o primeiro amortecedor do mercado com três anos de garantia ou 60 mil quilômetros. “O produto de linha premium oferece maior estabilidade, segurança e conforto, melhorando o controle direcional do veículo e é aplicável em veículos das principais montadoras, respeitando suas características específicas”, completa a empresa no comunicado. Nesses 40 anos em que atua no Brasil, a Monroe esteve sempre w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r INVESTIMENTOS SOCIAIS Como diversas empresas do setor automotivo, a Monroe também dedica parte de seus investimentos às políticas sociais. Isso ocorre até mesmo pelo fato de a empresa já fazer parte da cidade de Mogi Mirim, pois está no município há quatro décadas. Dessa forma, foi mais fácil observar os nichos nos quais poderia atuar de modo a promover o desenvolvimento econômico e também socioeducacional tanto de seus colaboradores quanto das comunidades que permeiam sua uni- dade de produção. Para isso, a empresa tem atuado em parceria com o governo local e também com ONGs (organizações não governamentais) que atendem a região. “A Monroe faz parte da história de Mogi Mirim, e contribuímos constantemente para o seu desenvolvimento socioeconômico e educacional. Continuaremos apoiando ações assertivas, sempre reforçando nosso compromisso com a comunidade”, relata Marli Manara, diretora de Recursos Humanos da Tenneco. Um dos projetos apoiados pela Monroe é o Carpe Diem, Guillermo Minuzzi, presidente da Tenneco que trabalha com crianças na América do Sul, detentora da marca e adolescentes assistidos Monroe Amortecedores pelo Incentivo à Criança e ao Adolescente de Mogi Mirim uma empresa, de maneira susten(ICA). De acordo com a comtável e segura. panhia, o Carpe Diem foi reconheDe acordo com a empresa, o cido na categoria “Best Practice” na programa atende diferentes púedição de 2012 da premiação local blicos-alvo, que incluem desde promovida pela Associação dos gerentes e proprietários até apliProfissionais de Recursos Humanos cadores de centros automotivos e da Região de Campinas (Deasa). autopeças. O projeto foi premiado “Atuamos com responsabilidaem 2007 com o TOP de Marketing, de social e investimos em ações um dos principais reconhecimentos socioeducativas que ajudam a amda área, graças à sua capacidade de pliar a cultura e a cidadania entre fidelização pelos clientes. os jovens mais carentes. Esse rePor todos essas conquistas, a conhecimento é um dos atestados Monroe comemora a importante de que estamos no caminho certo”, marca alcançada no Brasil. Mais do completa Manara. que isso, a empresa entende que, Outra iniciativa já premiada da assim como ocorre nos outros paíMonroe diz respeito à capacitação ses em que atua, pode ser consideprofissional. Desde 1999 a empresa rada referência em vendas, produoferece, a partir do Monroe Club, ção e desenvolvimento nos setores diversos programas de treinamenque atende no País. Sustentada por to e assistência direcionados a emesses fatores, a companhia já pode preendedores com o objetivo de começar a pensar nos próximos aniversários em solo nacional. auxiliá-los na correta condução de Divulgação localizada em Mogi Mirim, interior de São Paulo. A planta tem atualmente capacidade para produzir 6 milhões de amortecedores anualmente, incluindo os pedidos feitos por montadoras. Já a linha de borrachas gera 50 milhões de unidades que atendem tanto às montadoras quando o mercado de reposição. Guillermo Minuzzi, presidente da Tenneco (grupo que detém a marca Monroe) na América do Sul, elogia o mercado brasileiro e destaca que a Monroe seguirá investindo em produtos específicos para o atendimento local. “Estamos em 14 países, com 22 unidades industriais, e é com muito orgulho que comemoramos 40 anos de Monroe no Brasil. Acreditamos no mercado nacional e continuaremos investindo no desenvolvimento de novas tecnologias e em produtos de alta qualidade, para o crescimento permanente”, explicou Minuzzi. Outro fator de importância apontada pela Monroe é a certificação que recebeu do Inmetro, qualificando-a como a primeira fabricante a possuir toda sua linha de amortecedores em conformidade com as diretrizes de segurança do órgão de controle brasileiro. Mercado Automotivo • maio • 2014 39 Tecnologia S érgio D uque w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r A demanda de semieixos no segmento da reposição Estima-se que serão consumidos 5,6 milhões de unidade neste ano de 2014 O eixo diferencial dos veículos constitui-se por quilômetros, enquanto em caminhões e ônibus esse um conjunto de engrenagens que tem por tempo de troca varia muito, podendo ocorrer a cada missão transmitir potência do motor para as 3 ou 4 meses, ou até anos. rodas que tracionam nele. A Audamec Marketing, que estuda linhas de proQuando o veículo encontra-se em movimento, os dutos e possui um sistema que permite ajustar estes componentes do eixo sofrem vários esforços distinfatores, calcula o tamanho do mercado demandante tos. Se o veículo está em linha reta, há um esforço de semieixos com base na frota circulante atual, de igual sobre os componentes do eixo, o que não ocoracordo com a tabela abaixo: re quando o mesmo entra em uma curva. Aí a roda Pelo sistema de cálculo da Audamec Marketing do lado de dentro da curva roda menos que a roda é possível conhecer volumes da demanda de grando lado de fora da curva, exigindo um esforço maior desta segunda para gaDEMANDA DE SEMIEIXOS (EM UNIDADES) rantir o equilíbrio e a segurança duSEGMENTO 2014 2015 2016 rante este deslocamento. Automóveis 2.150.000 2.285.000 2.400.000 Entre os componentes do eixo diferencial está o semieixo, importante Comerciais leves 1.450.000 1.535.000 1.630.000 elemento com duas extremidades Caminhões 1.200.000 1.275.000 1.350.000 que liga o diferencial com a roda. Ônibus 235.000 250.000 270.000 Tanto em automóveis como em veMáquinas agrícolas 220.000 230.000 240.000 ículos comerciais pesados, seu prinPlataformas e chassis 15.000 16.000 17.000 cípio de funcionamento é o mesmo, Total da demanda 5.270.000 5.591.000 5.907.000 embora possuam formas construtivas diferentes. Normalmente, nos autoBase a.a. % + 5,9 + 6,1 + 5,6 móveis os semieixos possuem rolamentos e juntas homocinéticas nas de amplitude de linhas de autopeças, por modelos extremidades, enquanto nos comerciais pesados de veículos leves e comerciais pesados, por Estado a junção se dá através de caixas satélites, coroa da federação, separados em 137 mesorregiões e pinhão. de vendas. A forma de condução e uso dos veículos, tipos de Consulte pelo telefone (11) 2281-1840 ou mande terrenos, peso com que trafegam, critérios de manuum e-mail para [email protected] e conhetenção e lubrificação dos eixos são fatores determiça condições de preços para fornecimento de um nantes para explicar a vida útil destes componentes. exemplar do mesmo. Em automóveis podem durar mais de 70 ou 80 mil 40 Mercado Automotivo • maio • 2014 Respeite a sinalização de trânsito. Interesse nacional Modernização das leis trabalhistas volta à agenda do País ainda cercada de polêmica E m outubro deste ano, o Brasil terá de tomar uma importante decisão nas urnas. Além das disputas em âmbito estadual, os brasileiros terão de escolher – caso se confirmem as expectativas atuais – entre três candidatos à presidência da República. No caso de Dilma Rousseff, atual presidente, a vitória significaria a consolidação do projeto de governo do PT, já há 12 anos no cargo mais importante do País. Aécio Neves (PSDB) busca levar o principal partido de oposição de volta ao Palácio do Planalto, ocupado pelos tucanos na retomada da democracia, na década de 1990. Já a vitória de Eduardo Campos (PSB) é apontada por muitos como uma incógnita, já que o próprio governador de Pernambuco ora se aproxima da oposição, ora promete seguir as diretrizes do governo atual. Independentemente da ideologia e das propostas de quem assumir o cargo de presidente no dia 1º de janeiro de 2015, um assunto deverá seguir na agenda 42 Mercado Automotivo • maio • 2014 do País. Trata-se da chamada Flexibilização da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), defendida por grande parte do empresariado e rejeitada pelos principais sindicatos de trabalhadores brasileiros. O assunto voltou a ganhar as páginas dos jornais devido à atual situação da indústria automobilística brasileira. Altamente impactadas pelo desaquecimento da economia, as montadoras têm optado por reduzir a jornada de trabalho de turnos inteiro ou até mesmo por antecipar as férias de parte dos funcionários. O objetivo é diminuir a produção, dando espaço e tempo para que as vendas possam voltar a reduzir o número de veículos novos em seus pátios. Diante da situação negativa, uma das opções defendida por parte do empresariado nacional é a demissão de parte da força de trabalho. O impacto da medida em um ano eleitoral seria, no entanto, catastrófica para os planos de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Fotolia.com Gestão e Tendências R edação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Além disso, poderia esfriar ainda mais a economia do País, argumento que ajudou a frear o ímpeto dos que defendiam alternativas deste tipo. É necessário levar em consideração ainda que, ao demitir parte de seus trabalhadores, as empresas correriam o alto risco de ter de arcar com os custos trabalhistas referentes ao desligamento dos profissionais e, posteriormente, com os encargos relativos à contratação de novos funcionários, caso a situação melhorasse. Ou seja, o horizonte só trazia expectativas de gastos. Manter intacta a força de trabalho, entretanto, também gera custos aos empresários. Ao reduzir a jornada de trabalho ou antecipar férias, as empresas precisam lidar novamente com os tão criticados encargos trabalhistas. Ora, então por que não se flexibiliza a CLT, criada no longínquo ano de 1943, quando o Brasil vivia ainda o regime do Estado Novo sob a presidência de Getúlio Vargas? É nesse ponto que as (intermináveis) discussões têm início. SINDICATOS X EMPRESÁRIOS Um dos principais embates que ocorre no que diz respeito à modernização da CLT envolve sindicalistas e empresários, de diversos setores. Enquanto o empresariado clama por mudanças urgentes na legislação trabalhista, os sindicatos recusam qualquer alteração, temendo pela perda de direitos considerados essenciais. Os sindicalistas de uma forma geral entendem que qualquer tipo de mudança proposta pelos empresários pode enfraquecer a classe. Além disso, exigem pontos como a redução da jornada semanal de trabalho e recusam sentar à mesa de negociações sem que estas questões sejam incluídas na pauta de conversas. Para a indústria, no entanto, algumas mudanças são consideradas urgentes. A legislação trabalhista é considerada rígida demais pelos empresários, o que impede acordos diretos entre as empresas e seus funcionários, intermediados pelos sindicatos. Alegam ainda que cada setor (comercial, turismo, indústria pesada, metalurgia) tem seus interesses, que deveriam ser levados em consideração para a confecção de acordos considerados mais específicos. A CLT é tida ainda como desatualizada em diversos pontos. Não considera, por exemplo, o trabalho que muitos executivos têm desempenhado fora das empresas, com o uso de smarthphones e tablets. Além disso, impede que profissionais de altos cargos dividam suas férias em dois períodos, por exemplo, de 15 dias cada. Ainda que o executivo tenha dificuldade em se distanciar por um mês corrido de seu trabalho, ou por questões pessoais prefira dividir seu período de descanso, legalmente será obrigado a ficar fora por 30 dias seguidos. Muitas empresas, é claro, “dão um jeito” de atender esse pedido de funcionários em cargos mais altos, mas correm o risco de terem de lidar futuramente com algum processo trabalhista. Para conciliar os mais diversos pedidos feitos por seus funcionários, as companhias têm desconsiderado importantes determinações da CLT brasileira. São questões que envolvem vale-transporte, vale-alimentação, férias, décimo terceiro salário, participação nos lucros, abonos, entre outros, mas a partir de considerações tão equivocadas e “velhas”, que são simplesmente “descartadas” pelos departamentos responsáveis de cada empresa. No entanto, enquanto a CLT não for modernizada considerando aspectos trabalhistas mais atuais, as empresas conviverão com o iminente perigo de receberem autuações trabalhistas, que podem render pesadas multas. A questão é delicada. Nas comemorações do último Dia do Trabalho, por exemplo, os ministros Manoel Dias, do Trabalho, Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, e Ricardo Berzoini, de Relações Institucionais, foram interpelados pela imprensa a respeito de uma medida provisória que estaria sendo desenvolvida pelo governo federal para evitar demissões em massa, como poderá ocorrer no setor automobilístico. A proposta prevê uma modernização de parte das leis trabalhistas de modo a reduzir a jornada de trabalho e também os salários. Os ministros negaram veementemente que se trata de uma flexibilização dos direitos trabalhistas, como temem os sindicalistas. “Não há flexibilização”, avalia Dias, em entrevista ao jornal O Globo. “A flexibilização vem para subtrair direitos do trabalhador. Nós temos que modernizar, evidentemente. A CLT está uma senhora de 70 anos. Quando ela foi feita se escrevia a lápis. Estamos fazendo (a modernização) permanentemente na medida em que surjam as necessidades”, completou, ainda em entrevista ao periódico carioca. O debate terá sequência, isto é certo. Mas o que os empresários esperam é que, independentemente de quem assumir a Presidência do país em 2015, medidas sejam implementadas na prática de modo a trazer benefícios não apenas à indústria ou aos trabalhadores, mas ao Brasil como um todo. Mercado Automotivo • maio • 2014 43 ANDAP NEWS AUTOPAR epresentantes da Andap estarão presentes na Autopar – 7ª Feira de Fornecedores da Indústria Automotiva –, que acontecerá de 4 a 7 de junho em Pinhais/Curitiba-PR. O evento, que reúne o aftermarket da região, tem ganhado força e garantido número expressivo de visitantes. Segundo a empresa que organiza o evento, 500 marcas expositoras estão confirmadas e a estimativa de público é de 30 mil pessoas. R SERVIÇOS Andap oferece uma série de serviços que visam dar suporte às empresas associadas, levando informações de mercado e assessoria jurídica, fiscal e tributária. Também dispõe de programas de treinamento, entre outras ações. A MERCADO frota circulante de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) no Brasil ultrapassou 40 milhões de unidades em 2013, segundo levantamento do Sindipeças. O aumento em relação ao ano anterior foi de 5,7%, menor que o crescimento de 2012 sobre 2011, da ordem de quase 9%. Dos 40 milhões de veículos, 43% da frota tem até 5 anos de idade, 39%, entre 6 e 15 anos, e 4%, mais de 20 anos. A Geomarketing Automotivo w w w . a u d a m e c . c o m . b r / g e o m a r k e t i n g Informações on line sobre a demanda de autopeças em 5565 municípios brasileiros. Cinto de segurança salva vidas. Visite o site www.audamec.com.br/geomarketing e entenda como esta ferramenta pode ajudar no desempenho de vendas da sua empresa. Planos especiais para fábricas, distribuidores, lojas de autopeças, centros automotivos e representantes comerciais. 11 2281-1840 e-mail: [email protected] Respeite a sinalização de trânsito. Divulgação Eventos – Foton J arbas Á vila Foton caminhões inicia construção de fábrica no Brasil Localizada em Guaíba, RS, em terreno de 1,5 milhão de m², a planta terá 200 mil m² de área construída. O investimento total previsto será de R$ 320 milhões A Foton Aumark do Brasil, representante exclusiva no País para os caminhões da Beiqi Foton Motors Co., marca de veículos comerciais leves e pesados do Grupo Baic na China, um dos mais importantes conglomerados industriais daquele país, começa oficialmente em abril a construção de sua unidade industrial para caminhões no Brasil. As obras terão início imediatamente em terreno de 1,5 milhão de metros quadrados que fica no município de Guaíba, RS. Com investimento inicial no complexo industrial de R$ 250 milhões, sendo 50% de recursos próprios, o empreendimento terá 200 mil metros quadrados de área construída. Aproximadamente R$ 70 milhões adicionais serão destinados a operações de logística, distribuição de peças e desenvolvimento da rede de concessionárias. Segundo estimativas da empresa, o complexo industrial estará inteiramente pronto no final de 2015. A previsão é começar a produzir os caminhões no primeiro semestre de 2016. Na linha de montagem, a Foton Caminhões produzirá seus veículos leves e 46 Mercado Automotivo • maio • 2014 médios: 3,5 toneladas, 6,5 toneladas, 8,5 toneladas e 10 toneladas. As primeiras unidades sairão da linha de montagem com um índice de 60% de nacionalização. “Nosso plano é elevar este índice sistematicamente”, destaca Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente da Foton Aumark do Brasil. Em 2017 está previsto o início da produção dos caminhões médios e semipesados de 13, 15 e 17 toneladas. A fábrica terá capacidade para produzir 21.000 caminhões por ano em um turno de produção e está dimensionada para atender ao mercado local e de exportação para a América do Sul e África. A nova fábrica gerará 150 empregos diretos e 900 indiretos em sua primeira fase na região de Guaíba, podendo vir a dobrar numa segunda fase. Os caminhões da Foton estão divididos em duas famílias consideradas como linha “premium”: a família Aumark e a família Auman, esta última referente aos caminhões pesados. Por ora, a Foton Caminhões concentrará sua produção nos veículos da família Aumark, durante a fase de w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r caminhões a ser comercializado no Brasil até o final desta década possa alcançar 240 mil unidades por ano, considerando-se todos os segmentos a partir de 2,8 toneladas. “Avaliando este cenário, mesmo com uma projeção conservadora, e levando-se em conta a qualidade técnica de nossos produtos, podemos vislumbrar um volume de aproximadamente 90 mil caminhões da marca no País em um ciclo de 12 anos”, finaliza. SOBRE A FOTON CAMINHÕES A Foton Caminhões é responsável pela importação e distribuição dos caminhões da marca Foton no País. Além disso, responde também pelo fornecimento das autopeças e por todos os serviços de pós-venda, incluindo as revisões e manutenções. Na China, a Foton Motor Group, fundada em 1996, no distrito de Changping, Pequim, conta com mais de 100 mil funcionários e possui joint ventures firmadas com companhias importantes, como a Cummins e a Daimler, sendo apontada como a maior e uma das mais valiosas companhias chinesas. Respeite a sinalização de trânsito. consolidação da marca, para depois iniciar a produção dos caminhões pesados da família Auman. Rede de concessionárias – A Foton Caminhões prossegue com o plano de estruturar sua rede de concessionárias para que, ao iniciar a produção em 2016, o território brasileiro esteja adequadamente coberto em vendas e pós-venda. O objetivo é chegar a 90 concessionárias da marca até o final de 2016. Durante esse período, para criar o parque circulante inicial da marca no País e sustentar as concessionárias que chegam, a Foton Caminhões continuará importando os veículos de 3,5 toneladas até 10 toneladas através da cota de importação já definida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, seguindo as regras do Inovar-Auto e alinhada com o projeto da fábrica e os compromissos assumidos pela empresa com o Governo Federal. De acordo com o engenheiro e economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, o Brasil vai passar por um período de acentuado crescimento econômico e como grande parte de tudo o que se produz no País é escoado por caminhões, a Foton estima que o volume de Caminhos, tendências e reflexões para o aftermarket 55 11 2281-1840 WWW. REVISTAMERCADOAUTOMOTIVO .COM.BR Mercado Automotivo • maio • 2014 47 Flash J arbas Á vila w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r SABÓ ANUNCIA ACORDO COM GRANDE GRUPO CHINÊS EM SUA OPERAÇÃO NA EUROPA o dia 24 de abril, o Grupo Sabó assinou um compromisso de venda de participação majoritária em sua subsidiária na Alemanha, a Kaco, ao grupo chinês Zhongding – Sealing Business Unit. Nessa transação, assim como a já existente operação da Sabó na China, a unidade EUA também será incorporada ao Grupo Kaco, formando um novo grande grupo na área de vedação, tornando-se um dos maiores players mundiais, da qual a Sabó deterá 20%. A conclusão do acordo ainda depende da aprovação das autoridades antitruste nas regiões mencionadas, assim como da implementação de algumas ações já estabelecidas no compromisso firmado entre as partes. A Sabó continuará sendo uma empresa 100% de capital brasileiro, detendo a totalidade de suas atividades na América do Sul, na produção e comercialização de retentores e juntas para os mercados OEM e reposição. Todo o processo permitirá um novo momento de investimento e crescimento dos negócios da Sabó na América do Sul, assim como do recém-formado Grupo Kaco. N REDE PITSTOP PREMIA MEMBROS COM VIAGEM AO ESTADOS UNIDOS Rede PitStop, com o patrocínio dos principais fabricantes do mercado e o apoio da Distribuidora Automotiva, responsável pelo gerenciamento de todas as operações das marcas Sama, Laguna e Matrix, realizou com sucesso em 2013 a campanha “Bagagem de Negócios”. A campanha consistia em premiar os dez associados que obtivessem mais pontos ao final do período do programa. Para tanto, os membros deveriam utilizar a maior quantidade de benefícios proporcionados pela Rede PitStop, como, por exemplo, participar de todos os cursos de capacitação profissional e aderir aos pacotes comerciais e financeiros oferecidos. O prêmio consistiu em uma viagem a Miami, Estados Unidos, onde, de 13 a 18 de abril, os premiados puderam visitar as principais redes do setor de autopeças norte-americano, como Autozone, Napa, Pep Boys, Advance e Carquest, além de grandes empresas do varejo, como Target, CVS Pharmacy e The Home Depot. “Com o objetivo de proporcionar oportunidades a seus associados para a troca de experiências e informações, os premiados puderam acompanhar o trabalho de importantes empresas do mercado norte-americano, ampliando seus conhecimentos sobre ponto de venda, padronização de lojas, disposição e escolha de portfólio, entre outros assuntos”, afirma Paulo Fabiano Navi, diretor adjunto da Rede PitStop. A RETROSPECTIVA DO GRUPO MAHLE – 2013 etrospectiva do Grupo Mahle de 2013, veiculada em abril de 2014, informa que, devido ao contínuo desenvolvimento estratégico do portfólio do Grupo, as vendas totais aumentaram 12,7% em comparação ao ano anterior, chegando à casa dos € 6,94 bilhões, apesar da volatilidade das moedas ocorridas no período. Como dado relevante, em setembro de 2013 foi concluída a aquisição da maioria das participações da companhia do antigo Grupo Behr, passando agora a operar sob o nome de Mahle Behr. O Grupo Mahale consiste agora de cinco unidades de negócio e sete centros de lucro: Sistemas e Componentes para Motores; Filtração e Periférico para Motores; Gerenciamento Térmico; Aftermarket e Industrial. R Perspectivas para o ano de 2014 Para 2014, a Mahle espera vendas de cerca de 10 bilhões de euros, dependendo do desenvolvimento dos mercados automotivos e das taxas de câmbio, que impactaram negativamente no ano passado em alguns dos resultados. Como meta a ser seguida, a ampliação pretendida do portfólio de produtos será um dos desafios a ser alcançado. 48 Mercado Automotivo • maio • 2014 Cinto de segurança salva vidas.
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