Lista - Idade Média-Renascimento - 3ºano 03.05
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Lista - Idade Média-Renascimento - 3ºano 03.05
Texto Complementar 3ª série Ensino Médio Professor(a): Andréa Amorim Turma: A ( ) / B ( ) Aluno(a): Segmento temático: HISTÓRIA DA ARTE – RENASCIMENTO DIA: MÊS: 04 2016 Renascimento O movimento artístico que chamamos “Renascimento” nasceu na Itália, em Florença, nas primeiras décadas do século XV. Nos finais de 1400, tinha-se espalhado por toda a Itália. Na primeira metade do século seguinte, quando Roma se sobrepunha a Florença como principal centro artístico, tinha alcançado os resultados mais clássicos. Nessa mesma época, começou a difundir-se pelo resto da Europa, iniciando uma completa revolução artística, cujos efeitos perdurariam, com constantes acontecimentos, durante séculos, até quase o limiar da nossa época. Este movimento, embora bastante complexo e variado internamente, estabeleceu princípios, métodos e, sobretudo, formas originais e típicas, mas comuns. Tais formas provem de duas principais fontes: a reutilização, após um intervalo de quase um milênio, das formas características da arte clássica – arte grega e arte romana. E a aplicação de uma nova descoberta técnica: a perspectiva, conjunto de regras matemáticas e de desenho que permitem reproduzir sobre uma folha de papel ou sobre qualquer superfície plana, o aspecto real dos objetos. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi, sem dúvida, o motel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (do renascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média. Características gerais: Racionalidade; Dignidade do Ser Humano; Rigor Científico; Ideal Humanista; Reutilização das artes greco-romana. A expansão marítima com a exploração de novos continentes e a pesquisa científica proclamavam a confiança no homem e, ao mesmo tempo, a Reforma Protestante diminuía o domínio da Igreja. O resultado foi que o estudo de Deus como Ser Supremo foi substituído pelo estudo do ser humano, inclusive com o estudo da anatomia. Desde retratos detalhistas, como a intensidade emocional e a iluminação surreal, a arte foi o meio de explorar todas as facetas da vida na terra. ARQUITETURA Na renascença italiana formada nos mesmos princípios da geometria harmoniosa em que se baseavam a pintura e a escultura, a arquitetura recuperou o esplendor da Roma Antiga. Os arquitetos renascentistas mais notáveis foram Leon Battista Alberti, Filippo Brunelleschi, Donato Bramante, Andrea Palladio e Michelangelo Buonarotti. As principais características da arquitetura renascentista são: Ordens Arquitetônicas; Arcos de Volta-Perfeita; Simplicidade na construção; A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas; Construções: palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções militares) e planejamento urbanístico. ARQUITETURA RENASCENTISTA NA EUROPA, EXCETO A ITÁLIA O Renascimento caracterizou-se como um movimento praticamente restrito ao universo cultural italiano durante seus dois primeiros séculos de evolução (entre os séculos XIV e XVI, aproximadamente), período durante o qual, no restante da Europa, sobreviviam estilos arquitetônicos, em geral, ligados ao gótico ou ao tardo-românico. No seu auge, na Itália, a estética clássica começou a ser difundida em diversos países europeus devido a motivos diversos (como guerras, anexações de territórios, pelo fato de os artistas italianos viajarem pela Europa ou serem contratados por cortes diversas). Independente das razões, é certo que esta difusão fatalmente se dará já pela assimilação de certos ideais anticlássicos trazidos pelo Maneirismo, estilo em voga naquele momento (início do século XVI). É um momento em que a tratadística clássica está plenamente desenvolvida, de forma que os arquitetos, de uma forma geral, possuem um bom domínio das regras compositivas clássicas e de sua canonização, o que lhes permite certa liberdade criativa. Esta leve liberdade de que gozam os artistas do período será naturalmente absorvida pela produção renascentista dos países fora do espectro cultural italiano. Há que se notar, porém, que existem estudiosos que não consideram o Maneirismo como um movimento ligado ao Renascimento, mas um estilo novo e radicalmente contrário a este. Desta forma, a produção dita maneirista dos demais países europeus pode vir, eventualmente, a não ser considerada como uma arquitetura genuinamente renascentista. Em certo sentido é possível dizer, segundo tal ponto de vista, que tais países “pularam” diretamente de uma produção tipicamente medieval para uma arquitetura pós-renascentista (como na França). Como as formas de difusão diferem de país para país, ainda que a arquitetura produzida por aqueles países neste momento seja efetivamente renascentista, existe um Renascimento diferente para cada região da Europa (pelo menos do ponto de vista arquitetônico). Será possível falar em um Renascimento francês, um Renascimento espanhol e um Renascimento flamenco, por exemplo. Em Portugal, as formas clássicas irão se difundir apenas durante um breve período, sendo logo substituídas pela arquitetura manuelina, uma espécie de releitura dos estilos medievais e considerada por alguns como o efetivo representante do Renascimento neste país, ainda que prossiga uma estética distante do classicismo (insere-se, de fato, no estilo gótico tardio). PINTURA Talvez nenhuma época artística tenha sido igualmente rica e tão talentosa com grandes pintores como o Renascimento. Piero dela Francesca, Fra Angelico, Botticelli, Mantegna, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Antononello da Messina, isto para citar só alguns. E depois, Masaccio, Perugino, o supremo Rafael, os Bellini, Giorgione, Ticiano, Paolo Uccello, Lucas Signorelli, os dois Lippi, Ghirlandaio, Carpaccio, Cosmè Tura. Qualquer um deles bastaria para nobilizar um período e uma nação. Mas, todos eles viveram no mesmo país e na mesma época, ou quase. As principais características da pintura são: Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria; Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos; Realismo: o artista do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada; Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo; Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes; Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, consequentemente, pelo individualismo. ESCULTURA Ao contrário, por exemplo, da arte grega, o Renascimento já não sentiu a necessidade de elaborar para a escultura uma série de regras comparáveis às da arquitetura. O que não quer dizer que faltassem, na escultura renascentista, formas e tendências características. Simplesmente, a passagem da arte do período anterior é menos brusca, é mais uma questão de gosto do que de teoria. Acima de tudo, o reconhecimento de uma escultura renascentista é feito procurando os motivos de fundo em que ela se inspira. Os principais motivos são: Acentuado naturalismo, ou seja, a procura de verossimilhança; Um forte interesse pelo homem, pela forma de seu corpo, da sua expressão; Gosto marcado não só pelo conhecimento e técnica, como pela ostentação de conhecimento; Aspiração pela monumentalidade; Esquemas compositivos, quer dizer formas globais, geometricamente simples. A escultura, assim como a pintura, já não fazia parte do projeto arquitetônico como ornamentação do edifício. Conquistaram autonomia e brilhavam pela sua própria expressão. A extrema importância que o Humanismo dava ao homem traduz-se em imagens em que o próprio homem é representado com a maior “verdade” possível. Tal conceito surge como continuação do interesse pela natureza. E, tal como na realidade predominam as linhas curvas e sinuosas. O maior de todos os escultores renascentista foi Michelangelo Buonarroti usando esquemas geométricos para suas esculturas: Pietá, na Basílica de São Pedro; Davi, na Academia de Belas Artes de Florença; Pietá de Rondanini, no Castelo Sforza em Milão. SAIBA MAIS: A Capela Sistina foi construída por ordem do Papa Sisto IV (retângulo de 40mx13m e 20m altura). E é na própria Capela que se faz o Conclave, reunião com os cardeais após a morte do Papa para proceder a eleição do próximo. A lareira que produz fumaça negra, indica que o Papa ainda não foi escolhido, a fumaça branca, que o Papa acaba de ser escolhido, avisando o povo na Praça de São Pedro, no Vaticano. Michelangelo dominou a escultura e o desenho do corpo humano maravilhosamente bem, pois tendo dissecado cadáveres por muito tempo, assim como Leonardo da Vinci, sabia exatamente a posição de cada músculo, cada tendão, cada veia. Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções estão: “Parafuso Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a ponte levadiça, o escafandro, um modelo de asa-delta, dentre outras. Quando deparamos com o quadro da famosa Mona Lisa não conseguimos desgrudar os olhos do seu olhar, parece que ele nos persegue. Por que acontece isso? Será que seus olhos podem se mexer? Este quadro foi pintado, pelo famoso artista e inventor italiano Leonardo da Vinci, e qual será o truque que ele usou para dar esse efeito? Quando se pinta uma pessoa olhando para a frente (olhando diretamente para o espectador) temse a impressão que o personagem do quadro fixa seu olhar em todos que o observam. Isso acontece porque os quadros são lisos. Se olharmos para a Mona Lisa de um ou de outro lado estaremos vendo-a sempre com os olhos e a ponta do nariz para a frente e não poderemos ver o lado do seu rosto. Aí está o truque em qualquer ângulo que se olhe a Mona Lisa a veremos sempre de frente. Outra característica do quadro Mona Lisa, de Leonardo da Vinci é o uso da técnica do Sfumato, que é usada para gerar suaves gradientes entre as tonalidades. A palavra vem do italiano sfumare, que significa “de tom baixo” ou “evaporar como fumaça”. Nessa pintura é difícil perceber as pinceladas e as variações de tons na passagem da luz para sombra, amenizando os contornos dos seres e objetos. Em materiais de fricção como grafite, pastel seco ou carvão, o sfumato pode ser realizado esfregando-se o dedo no suporte pictórico, para que os riscos desapareçam e fique apenas o degradê. Outro recurso é usar o esfuminho, um tipo de lápis com algodão na ponta, que substitui o dedo a fim de evitar a interferência da oleosidade da pele.
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