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A
Grécia constituiu uma civilização cuja influência foi
profunda, na formação da cultura ocidental. Da Grécia
antiga herdamos não só uma extensa gama de
conhecimentos científicos, desenvolvidos por pensadores como
Pitágoras, Eratóstenes, Euclides,Tales, Arquimedes, como também
os grandes fundamentos do pensamento filosófico e político
presentes nas obras de Sócrates, Platão, Aristóteles e outros.
Também nossos padrões estéticos de arte e beleza foram herdados
dos gregos, influenciados por sua escultura, arquitetura e teatro.
O Período Pré-Homérico (2000 – 1200 a.C.)
As origens da civilização grega estão profundamente
relacionadas à história de Creta, que viveu o processo de ascensão
e queda de sua civilização entre 2000 a.C. e 1400 a.C.
A privilegiada situação geográfica de Creta, a maior ilha do
mar Egeu, favoreceu os contatos marítimos com o Egito, a Grécia e
a Ásia Menor, regiões com as quais desenvolveu intenso comércio.
Até o século XV a.C., Creta exerceu a mais completa hegemonia
comercial sobre essa região do Mediterrâneo, estendendo seus
domínios à Grécia continental, onde conquistou várias cidades.
As características desta civilização lembram, em suas
estruturas, a antiguidade oriental. Em Creta, dado o enorme
desenvolvimento das práticas comerciais, o controle político
concentrava-se nas mãos de uma elite comercial (talassocracia),
liderada por reis, descendentes dos lendários Minos. A cidade de
Cnossos era a capital do reino, a qual, na época de seu apogeu,
chegou a contar com uma população de mais de cem mil habitantes.
As cidades cretenses, segundo as investigações
arqueológicas, apresentavam um singular talento arquitetônico,
com grandes palácios e edifícios dotados de complexos sistemas
de saneamento e canalização de água. A amplitude do palácio
governamental de Cnossos, com suas inúmeras dependências e a
decoração, sugeriam a idéia de um verdadeiro
labirinto.
Em Creta, sabe-se que a mulher desfrutava de
direitos e obrigações quase desconhecidos em
outras regiões na antiguidade. As mulheres
cretenses possuíam uma importância que
transparecia na religião, cuja principal divindade era
feminina, a deusa Grande-Mãe. Isto faz supor que,
na ilha, sobrevivesse uma forte influência das
sociedades matriarcais pré-históricas. As mulheres
participavam das grandes festas e das cerimônias
religiosas, muitas eram sacerdotisas, outras
fiandeiras e até pugilistas, caçadoras e toureiras.
Em meados do século XV a.C., os aqueus – povo que habitava
nessa época a Grécia Continental – invadiram Creta, dando início à
civilização creto-micênica, cujos representantes se espalhariam pelo
mar Egeu dominando-o até o século XIII a.C.
Embora fundada por aqueus, a cidade de Micenas adotou
muitos valores cretenses, especialmente os artísticos, apesar de
impor a supremacia patriarcal, iniciando a transição para o mundo
grego. O predomínio de Micenas, que vencera também sua rival,
Tróia, duraria até o século XII a.C., quando a região foi invadida
pelos conquistadores gregos chamados dórios.
Provavelmente, os primeiros povos a habitar a Grécia foram
os pelasgos, ou pelágios. Ao que tudo indica, por volta de 2000
a.C., esses povos, organizados em comunidades coletivistas,
ocupavam a zona litorânea e mais alguns pontos isolados na Grécia
continental. Foi aproximadamente nessa época que teve início, na
Grécia, um grande período de invasões, que se prolongaria até
1200 a.C. Os povos invasores – indo-europeus provenientes das
planícies euro-asiáticas – chegaram em pequenos grupos,
subjugando lentamente os pelasgos.
Os primeiros indo-europeus que invadiram a Grécia foram os
aqueus, e ali se estabeleceram entre os anos 2.000 a.C. e 1.700 a.C.
Foram eles os fundadores de Micenas, cidade que foi o berço da
civilização creto-micênica.
Entre 1700 a.C. e 1400 a.C., outros povos atingiram a Grécia:
os eólios, que ocuparam a Tessália e outras regiões, e os jônios,
que se fixaram na Ática, onde posteriormente fundaram a cidade de
Atenas. A partir de 1400 a.C., com a decadência da civilização
cretense, Micenas viveu um período de grande desenvolvimento,
que terminaria por volta de 1200 a.C., quando se iniciaram as
invasões dos dórios.
Os dórios – último povo indo-europeu a migrar para a Grécia
– eram essencialmente guerreiros. Ao que parece, foram eles os
Povoamento da Grécia. BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: Sociedade & cidadania. 1
Palácio de Cnossos
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HISTÓRIA A
Civilização Grega
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Civilização Grega
responsáveis pela destruição da civilização micênica e pelo
conseqüente deslocamento de grupos humanos da Grécia
continental para diversas ilhas do Egeu e para a costa da Ásia
Menor. Esse processo de dispersão é conhecido pelo nome de
primeira diáspora.
Período Homérico (1100 – 800 a.C.)
era formado por um conjunto de indivíduos ligados entre si por
laços de nascimento e/ou religiosos. Julgavam descendente de um
antepassado comum. O geno era a unidade básica de produção, a
economia gentílica, agrícola e pastoril, baseava-se na propriedade
comunitária da terra. A sociedade era igualitária e se caracterizava
pela inexistência de classes. A autoridade política, baseada na
religião e na tradição, era exercida pelo pater, o mais velho dos
membros dos genos. A economia rural (agrícola e pastoril) dos
gregos homéricos era do tipo natural, baseada na troca de produtos,
não se utilizava a moeda como meio de troca. Os bens comuns dos
genos eram administrados pelo pater, que também exercia funções
militares, judiciárias e religiosas.
Por volta do século VIII a.C., teve início o processo de
desintegração da comunidade gentílica. A produção não
acompanhou o crescimento demográfico, levando à falta de
alimentos, e as terras passaram a ser insuficientes para tantas
pessoas. O pater passou a dividir as terras, beneficiando seus
parentes mais próximos, dando-lhes as melhores porções. Isso
resultou no surgimento da propriedade privada e das classes
sociais. Formou-se uma poderosa camada social, a aristocracia rural.
Alguns membros dos genos ficaram com terras menos férteis ou
sem terra nenhuma. Estes últimos não tiveram muita escolha. Alguns
passaram a trabalhar para a aristocracia, vários se dedicaram ao
artesanato e ao comércio e, outros ainda, abandonaram a Grécia.
O crescimento demográfico, a busca de terras férteis e a
necessidade de alimentos foram fatores que levaram os gregos a
buscar novas terras. Colonizaram regiões do Mediterrâneo, norte
do mar Negro, Costa Asiática e norte da África. Essa emigração
grega foi denominada de Segunda Diáspora. As principais colônias
gregas foram: no mar Negro, Bizâncio (hoje Istambul); na Ásia
Menor, na Península Itálica (Magna Grécia) e na Península Ibérica.
As colônias, apesar de manterem vínculos com suas
metrópoles, possuíam uma certa autonomia, considerando-se como
pertencentes à comunidade helênica.Ao nível econômico, o
colonialismo provocou uma expansão da agricultura, da pecuária e
do artesanato, tanto nas colônias como a própria Grécia. Houve
Após o esplendor da civilização micênica, segui-se um período
em que as cidades foram saqueadas, a escrita desapareceu a vida
política e econômica enfraqueceu, caracterizando um processo de
regressão da Grécia a uma fase primitiva e rural. Desse período
(séculos XII a.C. a VIII a.C.), que foi a base da civilização grega,
não se tem registro, exceto os poemas Ilíada e Odisséia atribuídos
a Homero, que, tendo vivido no século VI a.C., teria recolhido
histórias transmitidas oralmente durante os séculos anteriores. Por
essa razão, esse período, posterior à invasão dórica, ficou conhecido
como tempos homéricos. Em decorrência, o período anterior a 1200
a.C., caracterizado pela imigração de povos indo-europeus e pela
formação da cultura creto-micênica, recebeu a denominação de
tempos pré-homéricos.
O período Homérico tem esse nome porque uma das fontes
para o estudo da história desse período está nas duas grandes
epopéias escritas pelo poeta Homero, a Ilíada e a Odisséia. Na
Ilíada, Homero narra os dez últimos anos da Guerra de Ilíon, no
século IX a.C. Ilíon era chamada de Tróia pelos latinos e por isso o
conflito ficou conhecido pelo nome Guerra de Tróia. Na lenda, a
guerra começou quando Paris, filho do rei de Ilíon, raptou Helena,
mulher de Agamenon, rei de Micenas.
A Odisséia conta as aventuras de Odisseu, rei da ilha de Ítaca,
na sua volta para casa, depois da guerra. Odisseu era conhecido
entre os latinos pelo nome de Ulisses. Na realidade, a guerra partiu
de uma invasão organizada pelos aqueus contra a área econômica
centralizada na cidade de Tróia, perto da ligação do Mediterrâneo
com o mar Negro.
Depois da invasão dos dórios à Grécia, parte da população
foi escravizada, outra migrou para a Ásia Menor, onde
constituiu as colônias. Este deslocamento da população
grega para a Ásia Menor foi denominado Primeira
Colonização Grega ou Diáspora. Outra conseqüência
da invasão dos dórios foi à consolidação da economia
do tipo comunitário primitivo e do sistema de clãs. Isso
não quer dizer, que os dórios tenham apagado a
Civilização Micênica. Se houve um retrocesso no
comércio, as forças produtivas avançaram devido à
popularização dos utensílios de ferro. Esse metal permitiu
desenvolver a agricultura, o artesanato e também a
atividade bélica. Com a invasão, não desapareceram
completamente as técnicas agrícolas e artesanais dos
povos micênicos. Portanto o uso do ferro representou
um grande avanço no desenvolvimento das forças
produtivas. Aos poucos o comércio voltou a florescer.
Surgiram cidades gregas, a escrita voltou a ser usada e
intensificou-se o contato entre a Grécia e a Ásia Menor.
Por volta de 800 a.C., todo o litoral da Ásia Menor era
grego.
A formação social básica da Grécia do período A colonização
Homérico foi o genos ou comunidade gentílica. O genos
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grega. BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: Sociedade & cidadania. 1
vol., 1ª ed., São Paulo: FTD, 2003, p. 220
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Civilização Grega
um desenvolvimento comercial como resultado da abertura de
novas rotas. A Grécia importava alimentos e matérias-primas e
exportava produtos elaborados (vinho, azeite, cerâmica, etc.).
Período Arcaico
A partir do século VIII a.C. a Grécia assistiu ao processo de
consolidação de uma nova modalidade de organização urbana,
que daria origem às cidades-estados, caracterizadas por uma
ordem social e política baseada da dominação da aristocracia sobre
o conjunto da sociedade.
O desenvolvimento do comércio, impulsionado em grande
parte pela retomada dos contatos com a Ásia Ocidental, e mais as
numerosas guerras locais, criaram novos estratos sociais. Com o
tempo, a pressão sobre a classe dominante, a dos grandes
proprietários de terras, resultou em maior participação de toda a
comunidade na vida política da comunidade, e a pólis, cidadeestado influenciada por modelos orientais, assumiu o formato
definitivo.
Um florescimento cultural intenso acompanhou a prosperidade
das póleis: mais jogos pan-helênicos; estátuas de divindades e
templos monumentais em pedra para abrigá-las; os vasos de figuras
negras e de figuras vermelhas; a poesia lírica; a filosofia présocrática, para citar apenas os exemplos mais significativos.
No final do período, porém, uma guerra entre as cidades gregas
independentes e o poderoso Império Persa iria mudar, para sempre,
a evolução política e cultural do mundo grego.
Atenas
Atenas localizava-se na Península da Ática, próxima ao porto
do Pireu. Este porto ligava a cidade-estado ao mar Egeu. A Ática,
situada a sudeste da Grécia, dividia-se em três regiões: a parália, o
pédium e a diácria. A parália era a região costeira próxima ao mar; o
pédium era a planície
formada por terras férteis;
a diácria era a região árida
e montanhosa. Os
atenienses descendiam
dos antigos jônios, indoeuropeus que haviam
povoado aquela região
durante o período
Homérico. A proximidade
de Atenas do mar Egeu
abriu-a a influências
externas, facilitou sua
participação no movimento de colonização e
transformou-a numa
cidade-estado de navegadores e comerciantes.
Atenas conheceu
todas as formas de
governo: monarquia,
Mapa da p. 67 do Livro História Geral
aristocracia, oligarquia,
(Fonte: VICENTINO, Cláudio. História
tirania e democracia.
Geral. Ed. atual. e ampl. São Paulo,
Foram brilhantes também,
Scipione, 1997. p. 67)
suas realizações nas artes, letras, ciências e filosofia. O regime
democrático aliado ao desenvolvimento intelectual fez daquela
cidade-estado a “educadora da Hélade”. Se todos os cidadãos
participavam da democracia, nem todos em Atenas eram cidadãos.
Aos estrangeiros, as mulheres e os escravos estavam privados do
direito de cidadania. Esta limitação fez de Atenas uma democracia
escravista, da qual participava apenas 10% de sua população.
Nos primeiros tempos do Estado ateniense, o governo era
exercido por um rei (o basileu) que concentrava em suas mãos
poderes político, religioso e militar. A monarquia deixou de existir
no início do século VII a.C., quando a aristocracia assumiu a
liderança política do Estado. O rei deixou de ser vitalício, passando
a reinar por dez anos, depois por um ano, até ser despojado de
suas principais funções. Os governantes em número de três,
passaram a ser escolhidos nas famílias aristocráticas. Os três
governantes eram o basileu, que mantinha apenas suas funções
religiosas; o polemarca, que comandava as forças armadas; e o
arconte, representante do poder civil, que dirigia o poder executivo.
A eles associaram-se, mais tarde, seis arcontes subordinados, que
eram os juízes e guardiões da lei. O poder estava praticamente
concentrado nas mãos do arconte e do polemarca. Os arcontes
que deixavam o cargo constituíam o Areópago.
O crescimento demográfico e a expansão da economia
ateniense provocavam insegurança nos pequenos proprietários,
que pediam empréstimos aos eupátridas sempre que eram vítimas
de más colheitas. De acordo com as tradições, quando não podiam
saldar suas dívidas, restavam aos pequenos proprietários duas
alternativas: empregar-se nas terras dos eupátridas, recebendo a
sexta parte da colheita, ou quando o valor da propriedade não
cobria o empréstimo, transformarem-se em escravos por dívidas.
Havia um clima de revolta na Grécia em geral e em Atenas em
particular.
A Sociedade Ateniense
Atenas era formada pelas seguintes camadas sociais:
• Eupátridas: os “bem nascidos”, camada aristocrática que
detinha os privilégios, constituída pelos grandes proprietários de
terras férteis na planície. O direito de primogenitura impedia a
subdivisão das propriedades, cujo tamanho tendia a aumentar;
• Georgois: eram pequenos proprietários de terras pouco
férteis localizadas junto as montanhas. Sua situação tornou-se difícil
com o desenvolvimento comercial, pois as importações de cereais
faziam concorrência aos seus produtos. Nas épocas de colheitas
ruins, esses agricultores viam-se obrigados a tomar empréstimos
junto aos eupátridas, dando como penhor a própria terra. Muitos
acabavam sem poder pagar o empréstimo, perdendo a propriedade
ou a liberdade tornavam-se escravos;
• Metecos: estrangeiros que se dedicavam em sua maioria ao
comércio e ao artesanato. Era uma classe rica, culta e respeitada.
Mesmo assim, não obtinham direitos políticos nem podiam comprar
terras.
• Demiurgos: eram trabalhadores livres (artífices ou artesão)
habitavam a região litorânea;
• Thetas: não possuíam terras. Eram trabalhadores
assalariados.
• Escravos: Alguns nascidos escravos, outros prisioneiros
de guerra reduzidos a escravidão.
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Civilização Grega
As Reformas Políticas
Surgiu, o Código de leis de Drácon, famoso pela sua
severidade. Embora significasse um progresso, o Código
draconiano não mitigou os sofrimentos e o desespero das massas.
Ele apenas pôs no papel as leis conhecidas oralmente. A tensão
tornou-se violenta e, a fim de ser evitada a guerra civil, os nobres e
povo concordaram em confiar a Sólon a elaboração de uma nova
organização política.
As Reformas de Sólon (594 a.C.)
A reforma de Sólon foi social e política. Aboliu as dívidas;
pôs em liberdade os escravos por dividas; proibiu que a liberdade
do devedor fosse garantia do pagamento; suprimiu as hipotecas
sobre a terra. Não promoveu a redivisão da terra, mas limitou a
extensão das grandes propriedades rurais e adotou medidas
incentivando a indústria e o comércio. Na política manteve os órgãos
governamentais existentes (arcontes e areópago), mas acrescentou
dois novos corpos políticos: a Assembléia Popular (Eclésia) e o
Conselho dos 400 (ou Bulé). A Eclésia elegia os arcontes e votava
as leis. A Bule revisava e preparava as leis, a fim de serem
apresentadas à Assembléia do Povo.
Substituiu o critério de nascimento pelo de riqueza para o
acesso aos cargos públicos, o que debilitou a nobreza e permitiu
aos comerciantes maior participação no governo. Levando em
consideração a riqueza dos cidadãos, Sólon redividiu em quatro
classes a sociedade ateniense.
As reformas solonianas não tocaram no problema mais grave
de Atenas, que era o da concentração de terras em mãos de algumas
famílias. O governo, na prática, continuou na mão dos ricos.
como demagógica, ou seja, feita para agradar os despossuídos.
Quando morreu, Pisístrato foi substituído por seu filho Hiparco.
Ele foi assassinado e sucedido por Hípias, que acabou por desistir
e fugir para o Oriente.
O Aperfeiçoamento da Democracia (510 a.C.)
Após a queda e fuga de Hípias, Clístenes de origem
aristocrática, mas de tendências populares foi encarregado de
revisar as leis de Sólon. E as modificou no sentido democrático.
Aboliu a divisão por nascimento ou riqueza. Adotou um sistema
exclusivamente territorial: A região da Ática foi dividida em três
regiões ou distritos – o litoral, a polis e o interior. Cada distrito era
dividido em dez tribos. Cada dez demos formava uma tribo.O demos
era a menor unidade territorial da divisão feita por Clístenes. Nas
tribos misturavam-se todos os atenienses, sem distinção de classes.
Cada tribo escolhia 50 representantes para o Conselho dos
Quinhentos (o antigo Conselho dos Quatrocentos); escolheu 10
arcontes, 1 por tribo. O direito de cidadania foi ampliado. No entanto
os cidadãos eram minoria na sociedade ateniense, visto que os
estrangeiros, as mulheres, as crianças e os escravos estavam
impedidos de ter participação política.
A fim de evitar a tirania, instituiu o ostracismo ou banimento.
Quando alguém fosse considerado perigoso, pelo seu prestígio ou
influência, a Assembléia poderia bani-lo por 10 anos. Esse exílio
não era considerado desonroso; tinha feição puramente política,
sem perda dos bens, e com direito de ser reintegrado, depois, nos
seus direitos civis. Com isso, Clístenes tentava evitar conspirações
e ameaças à estabilidade. A consolidação da democracia ateniense
levou muito tempo. Ela só viria no século V a.C., quando Péricles,
um nobre de tendências populares, assumiu o poder.
As reformas de Clístenes trouxeram a paz a Atenas: acabaram
as revoluções e as guerras civis. O comércio e a industria
floresceram. Iniciou-se uma era de grande prosperidade para
Atenas. Logo mais, as Guerras Médicas revelariam a força militar e
a capacidade política de Atenas, e a transformariam na mais
poderosa e importante cidade do mundo grego. E o ateniense
Péricles haveria de dar seu nome ao Século de Ouro.
Esparta
(Sólon à esquerda e Péricles à direita. GEOVANNI, Maria Cristina V. e
Outros. História: compreender para aprender. São Paulo, FTD, 1998. P.
128)
A Tirania de Psístrato (560 – 528 a.C.)
Como as lutas sociais continuaram, houve condições para
que um aristocrata chamado Psístrato tomasse o poder e o governo
de Atenas. Ele era apoiado por forças populares e adversário da
nobreza. Pisístrato instaurou uma nova forma de governo chamada
tirania. Era ilegal, pois não saia de eleições ou de outra maneira
que refletisse uma aprovação geral. Pisístrato tomou terras dos
nobres que fugiram quando ele assumiu o poder e distribuiu grande
parte delas entre os pobres. Esse tipo de ação ficou conhecida
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O Estado de Esparta formou-se na região da Lacônia (ou
Lacedemônia), ao sudeste do Peloponeso. Ocupava o vale do rio
Eurotas e uma série de zonas montanhosas. O vale do Eurotas era
próprio para a agricultura: fértil e protegido pelas montanhas.
Cercados por montanhas e sem saída para o mar, os habitantes
de Esparta viviam isolados, dedicando-se à agricultura e,
principalmente, aos treinamentos físicos e militares. Esparta foi
“um campo entrincheirado natural, onde morou um povo de
soldados”. Ao que parece, os espartanos eram os descendentes
dos invasores dórios. Os conquistadores tinham subjugado e
escravizado os aqueus.
Começou um novo tipo de vida, simples e rústico, sem os
refinamentos da civilização egéia. Regrediram todas as atividades
intelectuais e espirituais, as artes e as letras. Os povos escravizados,
porém, não cessaram de revoltar-se contra os dominadores. E sendo
menos numerosos que os povos subjugados, os espartanos deviam
estar constantemente em armas, a fim de dominar as rebeliões e
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conservar suas conquistas. Não puderam, portanto, dedicar-se à
agricultura ou ao comércio – atividades que consideravam
degradantes; e que eram reservadas aos vencidos. Os espartanos
desprezavam o bem-estar pessoal, o conforto material e a cultura
intelectual, que na visão deles corrompiam as virtudes militares.
Seu trabalho foi o constante treinamento bélico. Seu ofício: a guerra.
O ideal espartano consistiu em organizar e manter uma
comunidade militar, onde todos os cidadãos por sentimento de
disciplina e orgulho estivessem sempre prontos e dispostos a
sacrificar sua liberdade e sua vida, em prol dos interesses do Estado.
Os espartanos desenvolveram certas virtudes: a noção do dever e
da disciplina e o respeito ao passado.
A estrutura social espartana era rígida e dividia-se em:
• Espartanos ou espacíatas: Classe dominante, descendentes
dos conquistadores dórios, eram os únicos detentores da cidadania
e, portanto, com direitos políticos. Formavam uma classe
privilegiada que monopolizava o poder militar, político e o religioso.
O Estado espartano, proprietário da terra cívica, encarregava-se de
sua manutenção. A terra cívica era dividida em lotes iguais,
chamados Kleros. Cada soldado recebia, para seu sustento, um
lote e um determinado número de hilotas encarregados de seu
cultivo.
• Periecos: eram habitantes dos arredores da cidade,
provavelmente descendentes das populações nativas que se
submeteram aos dórios. Livres, possuíam terras, dedicavam-se ao
comércio e ao artesanato, tarefas desprezadas pelos
espartanos.Pagavam tributos, serviam no exército (como tropas
auxiliares) e não tinham direitos políticos.
• Hilotas: eram servos pertencentes ao Estado, também
conhecidos como escravos públicos. Prováveis descendentes da
população conquistada pelos dórios. Não moravam em povoados,
mas em choupanas isoladas. Eram cedidos aos espartanos
juntamente com a terra na qual trabalhavam e, por constituírem a
maioria da população, eram mantidos em obediência pelo terror.
Politicamente, Esparta era organizada de maneira a manter os
privilégios da camada dominante.
“É importante frisar que toda constituição política de Esparta,
assim como seu sistema social, visava a manter os hilotas sob
dominação. Toda a vida econômica de Esparta assentava sobre a
produção dos hilotas. Assim, a exploração desses trabalhadores
era a condição essencial para a sobrevivência da sociedade de
Esparta. Nada mais ‘natural’, portanto, dentro da lógica da
exploração escravista, do que manter um regime social e político
que visasse à segurança dos espartanos contra a ameaça
representada pela massa trabalhadora. Nesse sentido, Esparta
procurou tornar imutáveis suas leis (nomoi ), tornando-se um Estado
conservador e reacionário.” (AQUINO, Rubim Santos Leão de. &
outros. História das sociedades. 1ª ed. Ao Livro Técnico. Rio de
Janeiro, 1984).
Período Clássico (500 - 336 a.C.)
O Período Clássico foi o do apogeu da Grécia e, principalmente,
da polis ateniense. Floresceram o comércio, o artesanato e o
escravismo. Para cada cidadão, havia quatro escravos. Como não
trabalhavam regularmente, os atenienses podiam dedicar-se a
cultura e as conquistas. O Período Clássico marcou
também o declínio da polis. Nesse período, ocorreram
as Guerras Médicas ou Pérsicas, contra os persas, e
várias guerras internas, que envolveram as principais
cidades-estados do país. Também foi um período
marcado pelo predomínio de algumas cidades-estados
e de política imperialista.
As Guerras Médicas
(Localização de Esparta. GEOVANNI, Maria Cristina V. e Outros. História: compreender
para aprender. São Paulo, FTD, 1998. p. 127)
As “guerras médicas” foram uma série de conflitos
bélicos entre as póleis gregas e os persas, sucessores
dos medos na Ásia, entre os anos -490 e -480.
Pressionada pelo crescimento demográfico na
Grécia continental, a população fundou várias
colônias, da Anatólia e do Mar Negro à França,
Espanha e Norte da África. Os oriundos de Atenas
fundaram as primeiras colônias na Anatólia, ajudados
pela Lídia. As cidades jônicas originaram-se do
comércio no mar Negro. Os habitantes das novas
cidades da Ásia ou das margens do Mediterrâneo
consideravam-se gregos e mantinham laços com suas
cidades de origem. No final do século VII a.C., a
cunhagem de moedas, que os gregos jônicos
aprenderam com os lídios, revolucionou o comércio.
O século V a.C., foi a um só tempo infausto e glorioso
para a Grécia continental.
Os Persas invadiram por duas vezes o território
grego, de forma devastadora. Em 490 a.C. DarioI
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lançou uma força invasora, mas o exército ateniense rechaçou o
ataque, na Batalha de Maratona. A vitória foi importante por duas
razões: mostrou as perdas que os Hoplitas (soldados de infantaria
com armadura pesada ou fortemente armados) gregos foram
capazes de impor aos persas e pôde ser usada para fins de
propaganda.
A segunda guerra greco-pérsica, dirigida por Xerxes, filho e
sucessor de Dario I, teve início com a expedição punitiva realizada
dez anos depois, quando os persas derrotaram os gregos no
desfiladeiro das Termópilas e incendiaram a Acrópole. Mesmo
assim, Temístocles, comandante da frota ateniense, destruiu com
as trirremes gregas - naus dotadas de três pavimentos de remos e
vela redonda - a frota persa, em Salamina. Sem o apoio naval, o
exército persa foi finalmente dizimado na Batalha de Platéia, em 479
a.C., por uma confederação de cidades gregas.
A Liga de Delos e a Guerra do Peloponeso
Em 477 a.C., Atenas firmara com as cidades jônicas uma aliança,
a Liga de Delos, para protegê-las dos persas. No início, as cidades
que faziam parte da liga mantiveram sua autonomia, mas Atenas
desde o primeiro momento assumiu a direção militar e a
administração dos recursos que os aliados haviam depositado no
templo de Apolo, em Delos. Ao afastar-se o perigo persa, a
hegemonia ateniense começou a ser discutida por algumas cidades,
como Naxos e Tasos, que tentaram sem êxito abandonar a liga;
pelas cidades independentes, como Corinto, que se sentiam
ameaçadas; e pelas que faziam parte da Liga do Peloponeso, à
frente das quais estava
Esparta. Os choques entre Atenas e outras cidades se
tornaram cada vez mais freqüentes. A intervenção ateniense no
conflito entre Corinto e Corcira (atual Corfu) provocou, a pedido
de Corinto a reunião da liga do Peloponeso, cujos membros decidiram
declarar guerra a Atenas. Os atenienses nada fizeram para evitá-la,
confiantes nas vultosas reservas de ouro, suficientes para financiar
um longo conflito, e na frota de navios, imensamente superior à
dos peloponesos. Mas o exército espartano era mais numeroso e
estava mais bem preparado que o ateniense. Começou assim uma
guerra que se prolongaria por quase trinta anos, com resultados
desfavoráveis para ambos os lados.
Depois da guerra do Peloponeso instalou-se a hegemonia
lacedemônia e Esparta tentou impor o regime oligárquico em toda a
Grécia. Descontente com o acordo de paz e com o predomínio de
Esparta, Tebas fez uma aliança com sua antiga inimiga Atenas.
Em 379 a.C., dois tebanos, Pelópidas e Epaminondas,
organizaram uma conspiração contra a guarnição espartana da
Cadméia (cidadela de Tebas), que marcou o começo da decadência
de Esparta. Ameaçados pelo avanço tebano, os espartanos
assinaram, em 374 a.C., um novo tratado de paz com Atenas: esta
reconhecia a supremacia espartana no Peloponeso, e Esparta, em
troca, reconhecia a segunda liga marítima ateniense.
Esparta, no entanto, quebrou o acordo e interveio contra
Atenas mais uma vez no oeste. Começou nessa época o apogeu da
Thessalia e de Tebas, que reorganizaram seus exércitos e
restauraram a Liga Beócia, o que motivou a reaproximação entre
Esparta e Atenas. Na Batalha de Leuctras, em 371 a.C., Epaminondas,
renovador da tática militar, infligiu à infantaria espartana uma derrota
de que ela nunca mais se recuperou. Depois da Batalha de Mantinéia
(362 a.C.), em que os tebanos, apesar de terem vencido os atenienses
e espartanos, perderam Epaminondas, assinou-se uma paz pela
qual nenhum estado conseguiu impor seu domínio. O equilíbrio
alcançado após Mantinéia se apoiava unicamente na exaustão a
que tinham chegado igualmente todos os estados gregos.
Com o desmoronamento definitivo dos sonhos e ambições
hegemônicas de Atenas,
Esparta e Tebas, a Grécia
ficou à mercê de um país
do norte: a Macedônia.
A dissolução da liga
ateniense ocorreu ao
mesmo tempo em que a
Macedônia começava a
ascender, liderada por
Felipe II.
Período Helenístico (336 – 146 a.C.)
(O mundo grego na guerra do Peloponeso. BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: Sociedade
& cidadania. 1 vol., 1ª ed., São Paulo: FTD, 2003, p. 230)
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Enfraquecidas pelas lutas internas e externas, as
polis gregas caíram sob a dominação dos
macedônicos, por volta da segunda metade do
século IV a.C. Esses vizinhos gregos habitavam o
norte da Grécia e já haviam estado sob o domínio
oriental dos persas, por algum tempo.
A Macedônia é uma região montanhosa. Nos
tempos antigos, não tinha saída para o mar. A capital,
chamada Péla, não passava de um povoado quando
comparada com uma cidade grande grega. Os
macedônicos eram um povo aparentado aos gregos,
mas viviam isolados e desprezados pelas principais
cidades gregas.
Depois de unificar o reino, Felipe II iniciou uma
política de expansão cujo primeiro objetivo foi
proporcionar ao país uma saída para o mar. As
cidades que resistiram foram destruídas. A conquista
das minas de ouro do Monte Pangeu forneceu os
recursos necessários para fazer da Macedônia uma
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Civilização Grega
potência.
O exército macedônico foi reorganizado por Felipe II, que o
dotou da famosa falange e de equipamentos de guerra. Atenas não
se opôs ao avanço macedônico. Só mais tarde o orador Demóstenes
concitou os cidadãos atenienses a resistirem a Felipe II, mas,
juntamente com os tebanos, os atenienses foram derrotados na
decisiva Batalha de Queronéia, em 338 a.C. Felipe II uniu todas as
cidades gregas, com exceção de Esparta, e assumiu pessoalmente
o comando da confederação, o que na prática significou submeter
a Grécia à Macedônia. Felipe II foi assassinado em 336 a.C., quando
se preparava para realizar a conquista da Pérsia.
Seu filho e herdeiro, Alexandre o Grande, que tinha então
vinte anos, transformou em realidade esse ambicioso projeto. Toda
a sociedade grega sofria então as conseqüências de suas próprias
guerras civis e dos confrontos com a Macedônia. Alexandre o
Grande se propôs unificar sob seu poder todo o mundo civilizado.
Entretanto, antes de iniciar suas campanhas contra a Pérsia
precisava assegurar o domínio sobre as cidades gregas.
Primeiramente, conseguiu que a Liga de Corinto o nomeasse
comandante supremo dos gregos. Depois de submeter, em 335
a.C., os Trácios e Ilírios, que se haviam sublevado, voltou-se contra
Tebas, que também se rebelara e destruiu a cidade, matando ou
escravizando todos os seus habitantes. A Grécia comprovou a
impossibilidade de opor-se a Alexandre, que pôde então
empreender suas conquistas na Ásia. Depois de confiar a Antípatro
a regência da Macedônia e o governo da Grécia, cruzou o
Helesponto. Em 334 a.C., Alexandre atravessou a Ásia, desafiou
Dario III e chegou à Índia.
Suas conquistas e seu projeto de construir uma ponte entre o
oriente bárbaro e a civilização grega constituíram a origem da
chamada Civilização Helenística, que se desenvolveu em grande
parte da Ásia (Pérsia, Síria e Índia) e no Egito. Assim, depois que a
Grécia perdeu o poder e a independência política, sua língua e sua
cultura se tornaram universais.
Alexandre concebeu o plano de um império que resultaria da
união de gregos e persas, mas morreu de febre na Babilônia, em 323
a.C. Liderados por Atenas, os gregos se revoltaram nesse ano
contra a Macedônia na chamada Guerra Lamiana, mas tiveram de
capitular depois da derrota de Amorgos e a Liga de Corinto foi
dissolvida.
O problema da sucessão de Alexandre arrastou o país a novas
(O Império de Alexandre. VICENTINO, Cláudio.
guerras. Por fim, impuseram-se os Antigônidas na Macedônia, a
Monarquia Selêucida no Oriente e a Ptolomaica no Egito. Com
isso, o império dividiu-se definitivamente, embora os anseios de
liberdade dos gregos os levassem ainda a novas guerras e
coligações, de êxito esporádico, até a intervenção final e a ocupação
do território pelos romanos.
As primeiras relações dos romanos com as cidades gregas
haviam sido amistosas. Todavia, quando em 215 a.C. Felipe V da
Macedônia aliou-se ao cartaginês Aníbal, Roma resolveu intervir
militarmente e obteve a vitória contra os macedônios em
Cinoscéfalas, no ano 197 a.C. Seguindo uma política de prudência,
Roma respeitou o reino macedônio e devolveu a autonomia às
cidades gregas. A partir de 146 a.C., porém, a Grécia ficou submetida
definitivamente ao domínio da República Romana, embora tenha
continuado a manter a primazia espiritual sobre o mundo antigo.
A Religião Grega
A religião grega, cujas origens são múltiplas como as de todas
as religiões, apresenta, de início, um caráter acentuadamente
totêmico, que se reflete no culto pelas divindade animais. Vestígios
do primitivo totem aparecem ainda nos tempos históricos com os
deuses de cauda de serpente com os animais que acompanham as
divindades antropomórficas, como a coruja de Atenéia e a águia
de Zeus. Em Delfos, que tanta influência iria ter, não sobre a vida
religiosa, mas sobre a vida política dos gregos, o antigo deus era
representado por uma serpente e só mais tarde assumiria a forma
de Apolo. A divinização das forças da natureza, que encontram-se
em todas as religiões primitivas misturadas com prática de magia
de caráter imitativo, também é uma das características da antiga
religião grega, e traduz-se no culto da deusa-mãe, próprio de muitos
outros povos, em que a terra primitivamente virgem se torna fecunda
pela ação das chuvas.
Os gigantes e os titãs antepassados dos homem que nascem
desse conúbio mais tarde serão escorraçados por Zeus, – deus de
origem indo-ariana – o que nos faz supor que essas formas primitivas
do culto correspondem à população autóctone, mais tarde vencida
e dominada pelas tribos helênicas.
Os gregos adoravam vários deuses, e os representavam sob a
forma humana. Portanto, sua religião era politeísta e
antropomórfica, sendo que os deuses apresentavam-se tais e quais
os seres humanos, dotados de virtudes e defeitos. Os
deuses habitavam o monte Olimpo. No monte Olimpo
habitavam 15 deuses, são eles:
• Zeus - Deus do céu e Senhor do Olimpo;
• Héstia - Deusa do lar;
• Hades - Deus do mundo subterrâneo (inferno);
• Deméter - Deusa da agricultura;
• Hera - Deusa do casamento;
• Posêidon - Deus dos mares
• Ares - Deus da guerra;
• Atena - Deusa da inteligência e da sabedoria;
• Afrodite - Deusa do amor e da beleza;
• Dionísio - Deus do vinho, do prazer e da aventura;
• Apolo - Deus do Sol, das artes e da razão;
• Artemis - Deusa da Lua, da caça e da fecundidade
Viver a História. 1vol., 1ª ed., São animal;
Paulo: Scipione, 2002, p. 199)
• Hefestos - Deus do fogo;
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