SOAR OPD Gemini LNA - Laboratório Nacional de Astrofísica
Transcrição
AIA 2009 ................... 1 SOAR N a sexta-feira, dia 23 de janeiro, o LNA deu início à sua programação para o Ano Internacional da Astronomia (AIA2009) com entrada franca. Fila x Remoto .............. 2 OPD Estatísticas ................. 6 CCDs do OPD .............. 7 O público em geral e autoridades foram convidados a participar da abertura, que teve lugar no Auditório Antônio Rodrigues d´Oliveira da Unifei – AARO, às 20h. O Diretor do LNA, Albert Bruch, deu as boas-vindas, seguido de apresentação do vídeo oficial do AIA2009 em português. Gemini Balanço 2008 ........... 11 XVI Reunião ............. 12 Subaru/Gemini ......... 15 LNA O evento teve cobertura dos dois jornais de Itajubá, O Sul de Minas e o Itajubá Notícias. O website local, denominado Conexão Itajubá, transmitiu em sua agenda o convite público durante a semana. O Canal 20 de televisão e a Master Cabo, parceiros do LNA, gravaram entrevista prévia com Albert e Mariângela, a qual foi ao ar de quinta-feira a domingo. As atividades fizeram parte da semana de abertura do AIA2009 no Brasil. Para maiores informações sobre o Ano e a participação do LNA: -www.astronomia2009.org.br Em seguida houve a apresentação da palestra intitulada “400 Anos de Tecnologia Astronômica”, ministrada pelo Bruno Castilho, Coordenador de Apoio Científico do LNA. O evento encerrouse após Mariângela de Oliveira-Abans destacar brevemente algumas atividades que o LNA vai oferecer em 2009. -http://astroweb.iag.usp.br/~damineli/IYA2009 -http://www.100hoursofastronomy.org/ -http://www.windows.ucar.edu/citizen_science/starcount/ Mariângela de Oliveira-Abans é pesquisadora e responsável pelas áreas de Comunicação Social e Divulgação da Astronomia do MCT/LNA INCT ........................ 16 Frodospec ................ 18 Curtas ....................... 20 em dia Introdução Desde o início das operações de ciência do telescópio SOAR, em abril de 2005, até o primeiro semestre de 2007, todas as observações no tempo brasileiro nesse telescópio foram realizadas pela equipe de astrônomos residentes em La Serena, Chile. Este modo, denominado “fila” ou “de serviço”, foi considerado o modo padrão já que permite aproveitar de forma mais eficiente as variações nas condições de tempo durante uma dada noite. Além do modo de serviço, existe também outra forma de operação: a observação no modo clássico/remoto. Nesta, o astrônomo responsável pelo programa desloca-se até o Chile, ou ainda, pode fazer uso de salas de observação remota existentes no País para ele mesmo realizar a observação do seu programa. Nesse caso, uma ou várias noites são concedidas para a proposta, e caso o astrônomo enfrente condições adversas durante as observações, seu projeto não poderá ser realizado posteriormente. Ambos modos apresentam vantagens e desvantagens. O modo de serviço aproveita de forma mais eficiente as noites de observação, mas demanda a presença continuada de uma equipe bem treinada de astrônomos residentes (ARs) para realizar as observações. O trabalho dos ARs não se resume apenas à observação. É necessário um cuidadoso planejamento das mesmas, o que geralmente envolve uma interação com o astrônomo dono do programa de pesquisa, e ainda, distribuir os dados coletados. O modo remoto/clássico dispensa a presença de astrônomos residentes (depois da primera noite de observação do astrônomo visitante) mas está sujeito às mudanças climáticas que podem inviabilizar a observação do projeto em um dado momento. Desde o segundo semestre de 2007, a Comissão de Programas do SOAR libe- rou a solicitação de tempo no modo remoto/clássico e tem concedido tempo regularmente para esse modo de acordo com a demanda durante os últimos semestres. A procura por esse modo de observação permanece baixa, mas espera-se que ela venha aumentar com o tempo, na medida em que o telescópio e sua instrumentação esteja completamente comissionada. É igualmente uma alternativa que merece todo o apoio por parte do LNA pelo fato de diminuir a carga laboral dos ARs no Chile. O intuito deste artigo é comparar as vantagens e desvantagens entre os dois modos de operação e realizar uma projeção sobre a distribuição otimizada entre estes. Para esse fim, foi realizada uma revisão dos semestres em que o modo remoto/clássico foi utilizado, comparando as eficiências de execução dos programas no modo clássico/remoto e de serviço nesses semestres. No final, sugerem-se recomendações que podem ser adotadas para ajudar a melhorar o equilíbrio entre as duas formas de operação. Mas antes, é importante mencionar que, em virtude do baixo número de noites que tem sido alocadas nos últimos três semestres no modo clássico/remoto, os resultados podem apresentar um viés significativo. Desse modo, as sugestões apontadas ao longo do texto são baseadas em tendências, ao invés de dados estatisticamente significantes. Eficiência de operação dos modos fila e clássico/remoto A fim de quantificar a eficiência de cada um dos modos de observação, foi realizado um levantamento das horas disponíveis desde 2007 até o semestre de 2008B, assim como das horas efetivamente observadas tanto no modo fila como no remoto/clássico. A fonte de dados foi o relatório de fim de em dia noite que os astrônomos (residentes ou visitantes) têm que preencher no final de cada noite de observação e no qual é registrado o tempo utilizado em cada programa. É importante mencionar que o tempo efetivamente observado foi contabilizado desde o momento em que o telescópio começa a ser deslocado para um alvo de ciência ou estrela padrão, e não apenas o tempo gasto em integrações com o obturador da câmera aberto. As Figuras 1, 2 e 3 mostram a relação, por semestre, do número de horas alocadas e utilizadas no modo remoto, fila e total, respectivamente. No caso de observações remotas, nenhum programa foi submetido para esse modo em 2008B, razão pela qual esse semestre não é mostrado no histograma. Contudo, é importante mencionar que em 2008B, o programa SO2008B-003, aprovado em modo fila, foi executado, em parte, no modo clássico. Para facilitar a análise dos dados, foi assumido que esse programa foi executado 100% no modo fila.Tanto no modo fila como no modo clássico/remoto, a variável que mais contribuiu para a perda de tempo foram as condições atmosféricas adversas (chuva/neve e vento e/ou nuvens). Porém, ainda com tempo sempre favorável, uma pequena fração da noite não é utilizada com observações (troca de instrumentos, configuração dos mesmos, troca de filtros e/ou redes entre diferentes programas, etc), o que impede atingir uma eficiência de 100%. Fig 1. Eficiência do modo remoto. Para cada semestre, a altura total da barra corresponde ao número de horas alocadas. A cor azul representa o tempo efetivamente utilizado em observações. Fig 2. Eficiência do modo fila. Para cada semestre, a altura total da barra corresponde ao número de horas alocadas. A cor azul representa o tempo efetivamente utilizado em observações. em dia Fig 3. Eficiência do tempo total, isto é, soma do tempo em ambos os modos. Para cada semestre, a altura total da barra corresponde ao número de horas alocadas. A cor azul representa o tempo efetivamente utilizado em observações. Análise dos dados A figura 2 permite constatar que a eficiência do modo fila é bastante estável, situando-se em 77%, com uma flutuação de apenas 6%. O modo clássico/remoto (fig.1), por outro lado, apresenta variações mais drásticas, de 50% até 83%. A eficiência média desse último modo, se considerarmos os três semestres juntos, é de 66%, isto é, menor que a obtida no modo fila. A figura 3 apresenta os valores totais. Pode-se ver que o efeito do modo remoto é baixo. De fato, de um total de 1.037 horas distribuídas para ciência desde 2007A até outubro de 2008, apenas 128 foram alocadas no modo clássico/remoto, o que equivale a 12%. Esse valor é bastante inferior ao limite sugerido de 30% para observações nesse modo oferecido pela Comissão Brasileira de Programas do SOAR à Comunidade nos semestres de 2007B e 2008A. A partir de 2008B, a cota foi aumentada. Porém, a procura por esse modo de observação tem permanecido baixa. De fato, foi de zero em 2008B. maior peso para essa recomendação é a mão-de-obra. Desde 2007A, o número de Astrônomos Residentes (ARs) que tem permanecido simultaneamente no telescópio SOAR é de apenas dois, sendo que em algumas ocasiões, só um tem sido o responsável pela execução da fila de observação por períodos que vão de um a dois meses. Evidentemente, um astrônomo é insuficiente para atender a demanda, e dois estão no limite da sua capacidade de trabalho. Recomendações Uma outra razão para estimular o uso do modo clássico/remoto, e que guarda relação com o já exposto, está no aumento do número de noites de ciência disponíveis para cada parceiro do SOAR. Na medida em que os novos instrumentos sejam comissionados, maior será a fração de tempo dedicado à ciência no telescópio. De fato, em 2009A, o número de noites dedicadas a ciência alocadas ao Brasil saltará dos atuais 32 para 42 noites. Na suposição de que o número de astrônomos residentes permaneça o mesmo (dois), claramente eles serão insuficientes para atender a demanda de observação e as tarefas próprias do telescópio. Como visto acima, os números tendem a apontar para uma maior eficiência de operação do modo fila em relação ao modo clássico/remoto. Apesar disso, é necessário estimular a Comunidade usuária do SOAR a solicitar o segundo modo em uma fração significativamente maior que a atual. Uma das razões de Considerando os números reportados nos semestres em que foi utilizado o modo fila e o clássico/remoto simultaneamente, sugere-se um valor de 24 noites de ciência por semestre no modo fila. O número de noites que ultrapassarem essa cota seriam alocados no modo clássico/ remoto. em dia Assim, supondo que em 2009B sejam oferecidas o mesmo número de noites que em 2009A (43 noites), 56% do tempo deveria ser alocado no modo fila e os 44% restantes no modo clássico/remoto. É claro que as recomendações acima dependem fortemente da demanda. Como tem sido constatado nos semestres anteriores, existe um claro receio por parte da Comunidade em solicitar tempo de observação no modo clássico/remoto, ao ponto que nem os 30% do total de tempo disponível (~8 noites) oferecido nesse modo em 2007B e 2008A foram preenchidos. Pode ser que a exigência de um projeto de respaldo (backup) caso a proposta principal requera condições atmosféricas restritivas explique a baixa procura. Ou, de modo geral, a Comunidade é ciente do risco inerente que o modo clássico/remoto carrega no caso de enfrentar condições climáticas adversas. Sejam estas, ou outras as razões, urge identificar mecanismos que permitam manter a operabilidade, e inclusive, incrementar a eficiência do SOAR afim de garantir o uso adequado do investimento realizado pelo País nesse telescópio. Como incentivar o uso de observações no modo/clássico remoto dentro da Comunidade? Eis algumas sugestões: -Estimular a ida de estudantes de pósgraduação envolvidos em projetos aprovados no SOAR a realizar as observações diretamente no sítio do telescópio. Esta opção tem uma vantagem extra: prepara futuros astrônomos residentes. -Projetos que demandem um grande número de noites (>4) e não precisem de condições muito restritivas devem ser executados diretamente pelo astrônomo responsável pelo projeto, seja no modo remoto ou no modo clássico. Atualmente existem projetos bastante onerosos em tempo, bem classificados (>4 noites), que acabam “trancando” a fila de observação impedindo a execução de projetos menores e que requerem condições mais restritivas. -Estabelecer um programa de treinamento para os pesquisadores e estudantes de instituições que possuem salas de observação remota para que se sintam estimulados a utilizar a infraestrutura instalada. Conclusões O presente artigo analisa a eficiência dos modos fila e clássico/remoto através de dados coletados nos últimos dois anos de operações no SOAR. Encontra-se que o primeiro tende a ser, em média, 10% mais eficiente que o segundo, mas devido ao baixo número de noites até hoje executadas no último modo, o resultado pode não ser estatisticamente confiável. Sem dúvida, dados que incluam um período de tempo maior são necessários para confirmar esse resultado. Potenciais problemas, principalmente devidos ao número reduzido de astrônomos residentes, são apontados como entrave para melhorar a eficiência de operação do telescópio e incentivam o uso do modo clássico/remoto como alternativa. Supondo a presença simultânea de dois ARs em La Serena, os dados sugerem que frações de tempo de ciência de 56% e 44% para os modi fila e clássico/remoto, respectivamente, são recomendáveis para não comprometer o nível de eficiência geral de 75% mantido até hoje. Recomendações para estimular o pedido de tempo de observação no modo clássico/remoto são comentadas. Sua implementação requer o compromisso conjunto da CBP/SOAR, do LNA e da Comunidade de usuários do telescópio. Alberto Rodríguez Ardila é pesquisador do MCT/LNA e Gerente Nacional do Telescópio SOAR em dia I nicia-se em março o semestre de 2009A no OPD. Durante este período, nove programas observacionais de longo prazo estarão ativos tanto no telescópio de Perkin-Elmer (1,6-m) como do Boller & Chivens (IAG 0,6-m). Um total de 35 propostas observacionais foram apresentadas para este semestre de 2009A, sendo 26 para o telescópio Perkin-Elmer, 8 para o teles- cópio Boller & Chivens, e uma para o telescópio Zeiss (0,6-m). Para o telescópio Perkin-Elmer, a relação de noites pedidas e concedidas por instituição é mostrada na primeira figura, enquanto que a segunda figura mostra a relação de noites pedidas e concedidas por instituição para o telescópio Boller & Chivens. Max Faúndez-Abans é pesquisador do LNA e Presidente da Comissão de Programas do OPD Os trabalhos de implantação do novo sistema de Operação Remota encontramse bastante adiantados no que se refere a sua implantação no telescópio Perkin-Elmer. Os primeiros testes de validação deste novo sistema (a prova dos modelos de apontamento e movimentação dos componentes, como da interface com o usuário), estão sendo feitos a partir do mês de fevereiro de 2009. em dia U m dos pontos mais delicados das operações científicas do OPD neste momento é a pouca disponibilidade de detectores CCD (Charged Coupled Devices; dispositivos de carga acoplada). A fim de reverter a situação, o LNA tem investido na aquisição destes equipamentos, buscando adquirir instrumentos com tecnologia de ponta que aumentam apreciavelmente a competitividade do OPD no cenário internacional entre os observatórios de mesmo porte. Os novos CCDs deverão chegar ao Brasil a partir do primeiro semestre de 2009 e serão diponibilizados para a comunidade progressivamente. Deste modo, o momento é oportuno para rever o histórico do programa de aquisição deste tipo de detectores no OPD; apresentar à comunidade as perspectivas para um futuro próximo e oferecer subsídios para a discussão das caracte- rísticas de CCDs que melhor complementariam e atenderiam os astronômos brasileiros, visando aquisições futuras. A Tabela 1 resume o investimento feito em detectores CCD ao longo do tempo para o OPD. O primeiro deles (009) entrou em operação em 1988 e teve uma vida útil de 12 anos. O investimento aumentou a partir de 1998, com a predominância da compra de CCDs do tipo Back Illuminated. A insuficiência de novas aquisições depois de 2007, somada aos problemas apresentados por vários CCDs, levou ao quadro atual de baixa disponibilidade de equipamentos. Ainda da observação da Tabela, é possível perceber que uma política de compras com um espaçamento de cerca de dois anos parece ser suficiente para a renovação tecnológica e a garantia de reposição no caso de problemas com os detectores em uso. a Detector da UFRGS, devolvido em 1995. INPE, atualmente com problemas de vácuo. C IAG/USP. d Detector tecnologicamente defasado, mas ainda em funcionamento. FI – Front Illuminated; BI – Back Illuminated. B Tabela 1: CCDs adquiridos ao longo do tempo para uso no Observatório do Pico dos Dias. em dia Apresentamos a seguir as características dos CCDs atualmente disponíveis para ciência; daqueles que aguardam conserto e dos novos equipamentos recentemente adquiridos pelo LNA. CCDs em operação para ciência Neste momento, o OPD possui quatro CCDs dedicados à ciência e cujas características estão resumidas na Figura 1 (eficiência quântica, tamanho do píxel, extensão do chip, tipo: FI ou BI). Dois deles são de leitura rápida (frame transfer) e pequeno campo. Adicionalmente, outros dois detectores estão disponíveis para casos de substituição emergencial (Figura 2). São eles o CCD 048 que, apesar de defasado tecnologicamente encontra-se operacional, e um CCD semi-profissional da SBIG de maior campo (STL-6303E). Excluímos desta lista um CCD SBIG ST-8, que encontra-se instalado e dedicado ao telescópio robotizado de 40 cm da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Alguns destes detectores tem apresentado problemas técnicos como perda de vácuo (105) e na transferência de imagens no modo de leitura rápida (523). Assim, dependendo das circunstâncias de distribuição de tempo, é possível não existir equipamento de substituição compatível com o programa científico no caso de mal funcionamento do CCD originalmente a ele atribuído. Figura 1: Eficiência quântica (EQ) dos CCDs atualmente em operação no OPD. No caso dos CCDs frame transfer, as áreas indicadas são as efetivas. Figura 2: CCDs disponíveis para substituição emergencial. em dia Detectores em manutenção ou aguardando conserto Três CCDs encontram-se fora de operação neste momento, sendo submetidos ou aguardando serviços de manutenção. As características destes equipamentos são mostradas na Figura 3. O CCD S800, originalmente adquirido em 2005 e pertencente a uma geração mais atual, já encontra-se pronto e retornando ao Brasil. Além da melhor eficiência quântica, o S800 é resfriado por efeito Peltier (termoelétrico) e circulação de água, garantindo maior estabilidade no controle do ruído térmico frente à atual predominância de detectores criogênicos. Figura 3: Eficiência quântica (EQ) dos detectores que atualmente aguardam ou passam por serviços de manutenção. O CCD S800 deve ser disponibilizado novamente para a comunidade no primeiro semestre de 2009. Ainda neste caso, como trata-se de um frame transfer, a área indicada é a efetiva. As novas aquisições Quatro detectores CCDs foram adquiridos e devem ser entregues para o LNA ao longo de 2009. Dois destes instrumentos, idênticos entre si, são de uma nova tecnologia, sendo chamados de EMCCDs (Electron-Multiplying CCD) e foram desenvolvidos originalmente pela empresa Andor Technology. Eles têm a capacidade de detectar cada fóton individualmente, graças a um sistema diferenciado de aplicação de ganho ao sinal que não amplifica demasiadamente o ruído eletrônico. Uma terceira câmera, iKon-L, vem equipada com o mesmo chip do já comentado S800, porém este último reserva metade da sua área para a transferência de cargas, enquanto que na iKon-L, a área efetiva é de 2048 x 2048 píxeis, sem leitura rápida (frame transfer). As características dos novos CCDs podem ser vistas na Figura 4. Claramente, trata-se de um conjunto de detectores que, em termos de eficiência quântica, tamanho do campo e tempo de leitura de imagens, oferece um aumento de rendimento significativo para as noites de observação no OPD. O primeiro CCD a chegar deverá ser o S1100, com 4k x 4k píxeis e o único criogênico deste grupo; os restantes trabalham com resfriamento termoelétrico e por circulação de água. em dia Figura 4: Eficiência quântica (EQ) dos detectores recém-adquiridos pelo LNA e com previsão de entrega ao longo de 2009. Duas câmeras iXon EM idênticas foram compradas. No caso destes CCDs frame transfer, a área indicada é a efetiva. Comentários finais O LNA começa a consolidar a aquisição de mais dois detectores, um com 2048 x 2048 píxeis e o segundo de 4096 x 4096 ou 4096 x 2048 píxeis. Deste modo, todas as configurações instrumentais possíveis contarão com detectores de reposição compatíveis e a distribuição de tempo poderá ser feita com maior flexibilidade. Os telescópios de 1.6 m e 60 cm B&C do OPD passam neste momento por um processo de automação, que resultará na possibilidade de operação remota de seus instrumentos. A aquisição de imagens propriamente dita ainda encontra-se desmembrada deste processo, principalmente por conta do sistema obsoleto de controle dos CCDs atuais (placa controladora ISA em sistema operacional DOS, em contraste com a Tânia Dominici é bolsista Pós-doc CNPq no LNA e Rodrigo Prates Campos é Analista em Ciência e Tecnologia e Coordenador do OPD conexão USB e operação por Windows ou LINUX das novas câmeras). Nos próximos meses o trabalho será voltado ao desenvolvimento de um sistema de aquisição mais versátil, através do qual serão integrados ao sistema os novos CCDs (permitindo ainda a continuidade de operação dos atuais) e compatibilizando-se com a automação dos procedimentos de controle, já em estado avançado de desenvolvimento. Referências -Andor Technology – http://www.andor.com -e2v – http://www.e2v.com -SBIG – http://www.sbig.com -Spectral Instruments – http://www.specinst.com em dia A comunidade brasileira publicou 11 artigos em revistas referenciadas (4 no MNRAS, 3 no A&A, 2 no AJ, 1 na Icarus e 1 no ApJL) em 2008, baseados em dados obtidos com programas Gemini (http://www.lna.br/lna/public/gemini/public.html). Dentre esses trabalhos, os citados abaixo receberam destaque pelo Gemini em sua página web principal, como “WebSplash”. Considerando que em 2008 o Gemini publicou 26 destaques, nossas contribuições representaram cerca de 15%. - More Evidence of Gas Inflows Into an Active Galaxy’s Nucleus (http://www.gemini.edu/index.php?q=node/276) (20/02/2008) Uma equipe de astrônomos, liderada pelo então doutorando Rogemar A. Riffel (UFRGS), detectou fluxos de gás na direção do núcleo da Seyfert NGC 4051, utilizando o NIFS, alimentado por Altair (sistema de óptica adaptativa do Gemini Norte). - Two Very Young Massive Stars Unshrouded with LGS AO (http://www.gemini.edu/index.php?q=node/286) (14/04/2008) Uma equipe internacional liderada por Cássio L. Barbosa (UNIVAP) utilizou o Altair com “Laser Guide Star” (LGS) do Gemini Norte para investigar em profundidade o núcleo da região de formação estelar W51. - Young Asteroid Families Newly Classified by GMOS (http://www.gemini.edu/node/11082) (15/08/2008) - Um tipo relativamente incomum de asteróides no cinturão principal foi revelado pela primeira vez através de espectroscopia óptica com o GMOS-N, pela equipe liderada por Thais Mothé-Diniz (OV/UFRJ e ON/MCT) e David Nesvorný (Southwest Research Institute, Boulder). - Most Distant Symbiotic Star Pair Discovered (http://www.gemini.edu/node/11189) (04/12/2008) - Uma equipe internacional liderada por Denise R. Gonçalves (OV/UFRJ) utilizou o GMOS, no Gemini Norte, para descobrir a mais distante estrela simbiótica conhecida. Além desses destaques, Cássio Barbosa (UNIVAP) foi autor, com Robert Blum (Gemini Science Center, National Optical Astronomy Observatory, e cientista do NIFS), do artigo “A New Era for Massive Young Stars, with Gemini Laser Guide Star Adaptive Optics”, publicado na edição de dezembro de 2008 do Gemini Focus, a Newsletter do Observatório Gemini (http://www.gemini.edu/files/pio/newsletters/37-200812.p df). A figura abaixo apresenta um balanço da utilização do Observatório Gemini pela comunidade brasileira, através do total de horas dos dois telescópios por semestre, 2008A e 2008B (da esquerda para a direita): disponível para a comunidade brasileira, pedido em propostas observacionais, recomendado pela Comissão Nacional de Programas (NTAC), concedido pela Comissão Internacional de Programas (ITAC), e executado. Marília J. Sartori é Gerente do Escritório Brasileiro do Gemini. Balanço das propostas e programas executados nos semestres 2008A e 2008B. em dia O Grupo de Trabalho das Operações Científicas (“Operations Working Group”) do Observatório Gemini reúne-se a cada seis meses para discutir diversos tópicos relacionados às operações científicas. Desse grupo fazem parte os representantes dos escritórios nacionais (“National Gemini Office” NGO) dos países membros do consórcio e os diretores de operações científicas do Gemini. A XVI reunião foi realizada em La Serena, Chile, nos dias 27 e 28 de janeiro deste ano, na sede do Gemini Sul. Semestre 2008B Relativos às operações do semestre passado, foram apresentados e discutidos os seguintes assuntos: número de noites usadas em ciência; estatísticas de completude dos programas; contabilidade do tempo observado; desequilíbrio de tempo entre os parceiros do consórcio. Status de execução dos programas (conforme 12/01/2009) Marília J. Sartori é Gerente do Escritório Brasileiro do Gemini. Gemini Norte Utilização efetiva do tempo: 60% ciência, 3,5% engenharia+comissionamentos, 5,5% falhas, 21% clima, 10% paralização. – Programas em fila: 93 de 2008B com algum dado (40 GMOS-N, 32 NIRI & NIRI+Altair, 1 Michelle, 10 NIFS+Altair, 10 compostos). Dos programas NIRI+Altair e NIFS+Altair, 11 são programas LGS (“Laser Guide Star”). – Programas clássicos: 3 NIRI, NIRI+Altair (incluindo intercâmbio com Subaru), 1 GMOS-N (intercâmbio c/ Subaru), 4 Mi- chelle (intercâmbio c/ Keck, incluindo 2 programas 2007B reagendados). – Programa em “rollover” para 2009A:15 h (2008A) + 5 h (2008B). – Programas “poor weather”: 11 h executadas em fila (tempo não creditado aos parceiros). Um programa Banda 3 (57 h) usou condições de tempo ruim. – Programas de intercâmbio: 1 HIRES/Keck, 1 SuprimeCam/Subaru, 4 MOIRCS/Subaru: 65h creditadas. Dos programas brasileiros no GN foram completados todos os das BandaS 1 e 2 (um de cada banda), mas nenhum dos 3 classificados em Banda 3, resultando em 11,81 horas observadas. – Como 21 horas estavam previstas para o Brasil, observamos cerca de 56% do disponível, o que correspondente a 1,3% do total observado por todos os parceiros. Essa fração está aproximadamente em acordo com o acerto de tempo devido ao desequilíbrio gerado em semestres anteriores (ver parágrafo no final desta subseção). Gemini Sul Utilização efetiva do tempo: 73% ciência, 5% engenharia+comissionamentos, 4% falhas, 16% clima, 2% paralização. – Programas em fila: 69 de 2008B com algum dado (57 GMOS, 7 Phoenix, 5 TReCS). – Programas clássicos: 6, sendo 2 com cada instrumento (GMOS-S/Phoenix/TReCS) e 3 de intercâmbio. – Programas em “rollover” para 2009A: 60 h (2008A) + 7 h (2008B). – Relativamente pouco tempo de “poor weather”: 38 h executadas em fila de 5 programas. em dia – Programas DDT (“Director's Discretionary Time) 6, incluindo um programa NICI. Dos programas brasileiros no GS foram completados um programa de Banda 1 e um de Banda 3 (não havia nenhum em Banda 2), resultando em 9,81 horas observadas. – Como estavam previstas 14 horas, observamos cerca de 70% do previsto inicialmente. Nosso desequilíbrio em tempo relativo à média geral observada está diminuindo lentamente, graças ao método de correção que tem sido aplicado desde 2007A. Atualmente está em 42,89 horas em haver, sendo que estava em 57,71 horas em 2008A e 70,71 horas em 2007B. Lembramos que a correção aplicada ao tempo disponível para o Brasil é 60% do valor resultante da subtração da correção aplicada no semestre anterior ao desequilíbrio agregado. Destaques Operacionais Gemini Norte - Michelle utilizado para a ciência durante 6 semanas no semestre. Os problemas de qualidade da imagem relacionados com o “chopping” foram resolvidos – ver informação na web (http://www.gemini.edu/sciops/instruments/michelle/status-and-availability/current-michelle-psf-structure). Houve grandes perdas devido ao clima durante o período Michelle (dados extraídos para 6 programas de 2007B, 2008A e 2008B). - A utilização do GMOS-N diminuiu, enquanto do NIRI aumentou – é a primeira vez que o NIRI possui uma utilização maior do que o GMOS-N, desde que o GMOS-N entrou em operação em 2001B. - Tempo de LGS em fila: ~ 95 horas im- putadas aos programas LGS, redução de ~30% em relação a 2008A - 12 noites neve/tempestade de gelo no final de 2008. - Espelhos 2 e 3 instalados e testados em outubro e mantidos no telescópio. Gemini Sul - Excelente semestre de forma global – poucas perdas devido ao clima e alguns períodos extensos de “seeing” bom. - Começou a campanha do NICI – programa de “Science Verification” (SV) curto concluído em novembro, e 5/6 noites executadas em dezembro e janeiro. A equipe da campanha participou em todas as missões, colaborando ativamente nas estratégias de observação. O instrumento teve um desempenho muito bom e as condições meteorológicas foram favoráveis. - Novamente houve uma demanda muito alta por programas de tempo escuro com MOS (“Multi-Object Spectroscopy”), o que parece ser uma tendência. Foram feitas mais de 100 máscaras, incluindo alguns de programas em “rollover”. A coordenação de fila (“queue coordinator” – QC) atuou ativamente, propondo muitas mudanças de máscaras, o que resultou em bom índice de completude (todos os programas foram concluídos, exceto de um programa em “rollover” de 2007B+8A). - Muito pouco tempo de T-ReCS foi executado, devido à combinação de programas de prioridade mais baixa (42h em Banda 2 e 128h em Banda 3) e às dificuldades técnicas com resfriamento. - A campanha do NICI foi eficaz para o preenchimento do tempo brilhante (graças ao bom “seeing”), mas o tempo brilhante com as condições atmosféricas piores foi sub-preenchido. Gemini Norte – Tempo total em horas, por instrumento e por classe de cobrança do tempo (parceiros, intercâmbio, tempo garantido, "Science Verification" e "Director's Discretionary Time") do semestre 2008B. em dia Gemini Sul– Tempo total em horas, por instrumento e por classe de cobrança do tempo (parceiros, intercâmbio, "Science Verification" e "Director's Discretionary Time") do semestre 2008B. Semestre 2009A Sobre o semestre que se iniciou em 01 de fevereiro, foram discutidos a revisão das fases I e II do processo de submissão de propostas e a programação dos telescópios. Notas sobre a Fila & Fase II Gemini Norte - Indisponibilidade da rede B600: parte de um programa GN foi movida para o GS. Os NGOs foram contatados com informações sobre como ajudar os PIs. - Como em semestres anteriores, o tempo com LGS está programado em blocos. As datas-alvo para a apresentação de listas estão listados na web (http://www.gemini.edu/metrics/gn2009Aoverview.html) - apenas observações classificadas como “Ready” serão incluídos nas listas. Gemini Sul - A fila está preenchida com programas GMOS em cerca de 70% do tempo. - Só um programa NICI na fila (Canadá, Banda 3), mas espera-se que hajam propostas DDT. Marília J. Sartori é Gerente do Escritório Brasileiro do Gemini - Mais T-ReCS neste semestre – 3 em Banda 1 (29h), 2 em Banda 2 (15h), 6 em Banda 3, mais os em “rollover”. Está se analisando a possibilidade de prorrogar alguns programas de 2008B, que não são “rollover”, para compensar a indisponibilidade do instrumento. - Muitos programas associados a teses de doutorado foram identificados. Semestre 2009B Sobre o próximo semestre, foram discutidos os detalhes da chamada para propostas: disponibilidade de instrumentos; intercâmbios de tempo; comissionamento e “Science Verification” de novos instrumentos; atualizações dos programas PIT e OT, usados no processo de submissão de propostas e programas aprovados; distribuição de tempo entre ciência e engenharia e entre os parceiros; trocas de tempo. A chamada para propostas para 2009B deverá ser anunciada em 27 de fevereiro próximo, sendo dia 31 de março a data limite para a submissão de propostas. em dia O s Observatórios Subaru e Gemini tem a satisfação de anunciar uma conferência científica que visa fornecer a oportunidade para membros de cada comunidade de se encontrarem para apresentar as pesquisas conduzidas nos dois observatórios e para explorar possíveis colaborações. Será realizada na Kyoto University, em Kyoto, Japão, de 18 a 21 de maio de 2009. Também será realizada uma Reunião de Usuários do Gemini em 22 de maio, no mesmo local. Os dois principais objetivos da conferência são promover um entendimento mútuo entre as comunidades e destacar a natureza internacional da astronomia moderna. Tem ainda como objetivos: -Conhecer melhor os instrumentos do Subaru e do Gemini e os programas científicos -Promover colaborações científicas ·Definir áreas chave de nichos científicos para ambos os observatórios A conferência cobrirá uma ampla gama de tópicos científicos, incluindo: -Cosmologia, Estrutura em Larga Escala e Formação de Galáxias -Buracos Negros, AGN e Galáxias Ativas -Estrelas e Objetos Compactos -Sistema Solar e Exoplanetas -Formação Estelar e Meio Interestelar Além disso, serão apresentadas palestras introdutórias sobre os Observatórios Subaru e Gemini e serão discutidas as perspectivas futuras de ambos os observatórios. O Comitê Organizador Científico (SOC) é liderado por dois co-presidentes: Masashi Chiba (Tohoku University) e Timothy C. Beers (Michigan State University). O Comitê Organizador Local (LOC) é coordenado por Kouji Ohta (Kyoto University). Datas Importantes: 28 de fevereiro de 2009: Data limite para submissão de resumo 20 de março de 2009: Anúncio do resultado da seleção de apresentação oral 31 de março de 2009: Data limite para inscrição 24 de abril de 2009: Data limite para inscrição 24 de abril de 2009: Data limite para reserva de hotel pela JTB Corp. Veja a página web da conferência, http://www.kusastro.kyoto-u.ac.jp/kyoto2009/index.html , para mais informações e instruções para a inscrição. Marília J. Sartori é Gerente do Escritório Brasileiro do Gemini em dia O programa dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia foi criado no ano passado pelo governo brasileiro para estabelecer e consolidar redes de grupos de pesquisa e de laboratórios de padrão internacional, dedicados à pesquisa de longo prazo em um tema específico. Uma parte significativa da comunidade astronômica brasileira se reuniu para participar desse programa. A proposta submetida foi aprovada e levou a criação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Astrofísica – INCT-A (http://www.cnpq.br/programas/inct/_apresentacao/index.html), anunciado pelo Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia e o Presidente do CNPq em cerimônia no CNPq em 27 de novembro de 2008. O INCT-A tem como objetivo o planejamento e o desenvolvimento de ações visando o futuro da astronomia brasileira. Sua missão é inserir a astronomia brasileira no futuro da astronomia mundial. Os diversos grupos participantes provêm de diversas instituições e atuam em subáreas distintas. Entretanto, eles têm um denominador comum: todos eles precisam da mesma infra-estrutura para pesquisa e, acima de tudo, das mesmas estratégias coletivas. Colaboram no INCT-A 144 pesquisadores de 23 instituições distribuídas entre oito Estados da Federação e o Distrito Federal. Pesquisadores do LNA figuram de forma proeminente entre os membros do INCT-A, sendo que nenhuma instituição além do IAG/USP está representada em maior número. Mas não é só isso: O LNA é o único Laboratório Associado ao INCT-A. O que significa isso? O termo “Laboratório Associado” é utilizado no Edital sobre os Institutos Nacionais, porém, seu significado não foi especificado. Portanto, o termo fica aberto a interpretações. Na leitura do LNA a diferença entre grupos de pesquisa associados a um INCT e um Laboratório Associado consiste principalmente no compromisso institucional com o Instituto Nacional. Os membros dos grupos de pesquisa participam do INCT como cientistas individuais, mas não como representantes de uma instituição. A participação é responsabilidade de cada um deles, mas não do instituto ao qual eles pertencem. Isso é diferente no que se refere a um Laboratório Associado. No caso do LNA, participam do INCT-A vários pesquisadores que tem a sua responsabilidade individual. Entretanto, além disso, o LNA, como Laboratório Associado, participa institucionalmente ao INCT-A. Não são apenas nossos pesquisadores que colaboram, mas o LNA como um todo tem um compromisso com o Instituto Nacional. Qual é o motivo do LNA participar do INCT-A como Laboratório Associado? Muitas das finalidades do INCT-A, senão todas, são idênticas às finalidades do LNA ou pelo menos tem uma grande afinidade. Promover, conjuntamente com outros segmentos da comunidade o planejamento para o futuro da astronomia brasileira e inserir a mesma no futuro da astronomia mundial é política institucional do LNA. Somos convictos da necessidade de elaborar estratégias coletivas para esse fim, e, portanto, o LNA deve participar desse processo para alcançar o objetivo. em dia As atividades específicas previstas no INCT-A fazem parte fundamental da atuação do LNA a serviço da comunidade: p.ex., os observatórios virtuais, a estruturação de novos projetos de infra-estrutura para a astronomia observacional brasileira, e principalmente a maximização do retorno dos investimentos feitos no Gemini e SOAR. Como instituição responsável, em nível nacional para a participação brasileira nesses observatórios, o LNA deve apoiar qualquer atividade que promete resultados positivos nesse contexto. Sem querer menosprezar a importante contribuição dos numerosos grupos de pesquisa no INCT-A, pode-se dizer que a participação institucional do LNA como Laboratório Associado é de importância fundamental para o sucesso do INCT-A. A convicção que o sucesso do INCT-A também é o sucesso coletivo da astronomia brasileira, e que o LNA deve fazer tudo para que isso aconteça, é o principal motivo do LNA participar institucionalmente do Ins- tituto Nacional. O LNA está disposto a colocar à disposição do INCT-A toda sua máquina, e contribuir, até o ponto necessário e útil, com todos os recursos disponíveis, tais como recursos administrativos, recursos laboratoriais, e também recursos financeiros para eventualmente complementar as verbas do INCT-A, desde que isso promova as finalidades institucionais do LNA. Só há uma ressalva: O LNA não esquece que o INCTA, embora congregue boa parte da astronomia brasileira, não é idêntico à comunidade astronômica. Portanto, o apoio do LNA ao INCT-A não deve resultar em negligenciar o nosso serviço à comunidade como um todo. Entretanto, conforme o entendimento do LNA sobre as finalidades do INCT-A, não vai ser sempre fácil diferenciar entre os interesses da comunidade e os interesses do Instituto Nacional! Albert Bruch é diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica. em dia D e 27 de janeiro a 02 de fevereiro de 2009, o engenheiro Stuart Bates e o astrônomo Robert Barnsley da LJMU - Liverpool John Moores University, visitaram o LNA para acompanhar a montagem mecânica e o alinhamento da fore-optics da Integral Field Fibre Unit (IFF) do espectrógrafo Frodospec, construída no LNA. Esta IFF foi projetada e montada no LNA e será acoplada ao espectrógafo FRODOspec. O FRODOspec – Fibrefed Robotic Dual-beam Optical Spectrograph - será instalado no The Liverpool Telescope, um telescópio de 2 metros de diâmetro, completamente robotizado, instalado no Observatório del Roque de Los Muchachos em La Palma, Ilhas Canárias, Espanha. A IFF é constituída de um cabo com 144 fibras óticas de 50microns com 25 metros de comprimento. Acoplada ao te- lescópio há uma unidade de entrada (fore-optics). Nesta unidade, a luz proveniente do telescópio passa pela foreoptics, formada por um diafragma, uma lente magnificadora e uma lente de campo, e pela máscara de micro-furos, com 36 micro-furos de 0,3 milímetros cada, até as micro-lentes nas quais as fibras óticas são coladas. Há também um sistema de ajuste de foco, que ajusta toda a unidade de entrada ao foco do telescópio. Na unidade de saída, as fibras são perfiladas linearmente para formar uma fenda, que alimenta o espectrógrafo com F/5. Ao longo do comprimento do cabo são acopladas duas unidades de alívio de tensões, que compensam o movimento relativo das fibras em relação ao cabo externo de proteção, movimento esse que acontece com a rotação do cabo durante movimentação do telescópio. Projeto Mecânico da Fore-optics e Sistema de Foco em dia Participaram do desenvolvimento do projeto da IFF os pesquisadores Bruno Vaz Castilho, como gerente do projeto e Antônio César de Oliveira, responsável pelo cabo de fibras óticas, os tecnologistas Vanessa Bawden de Paula Macanhan, no desenvolvimento do projeto mecânico e Clemens Darwin Gneiding, no desenvolvimento do projeto ótico. Na construção, montagem e alinhamento, também participaram Flávio Felipe Ribeiro e Arturo Moreno Gutierrez, no alinhamento ótico, Lígia Souza de Oliveira e João Baptista de Oliveira, na montagem e polimento do cabo de fibras, e Ney Ferreira Diniz, José Francisco de Oliveira, Paulo Dan de Salles e José Tadeu da Silva, na execução das peças mecânicas. A unidade de fibras esta em estágio final de polimento da matriz de entrada e o equipamento deverá ser enviado para La Palma em Março. Mais informações sobre o FRODOspec em: http://telescope.livjm.ac.uk/Info/TelInst/Inst/FRODOspec/ Fore-optics em alinhamento na bancada do laboratório de metrologia Montagem da matriz de entrada Bruno V. Castilho é Coordenador de Apoio Científico e Vanessa Bawden é Tecnologista, ambos do Laboratório Nacional de Astrofísica em dia Nos últimos anos, ficou evidente que o financiamento das operações do Telescópio SOAR, por vários motivos, é inadequado para torná-lo tão eficiente quanto todos os parceiros desejam. Contribuíram para essa situação o câmbio instável entre o dólar americano e o peso chileno, aumentos de salários dos funcionários chilenos, e uma inflação chilena acima do esperado. Uma comparação com outros telescópios do mesmo porte mostra que o financiamento do SOAR é significativamente inferior. Na busca de uma solução, o Conselho Diretor do SOAR convenceu os parceiros do consórcio, a dizer a cúpula da MSU, UNC, AURA e do MCT, da necessidade de elevar o financiamento do SOAR. Foi assinada pelas partes a Terceira Emenda ao Acordo sobre o SOAR que trata do aumento do orçamento do SOAR em quase 50% acima do valor previsto originalmente. Essa medida é limitada em cinco anos, sendo que após esse período haverá uma nova avaliação da situação. Será realizada nos dias 16 e 17 de março, por um comitê técnico internacional, a revisão de projeto (PDR Project Design Review) do Espectrógrafo STELES. Após esta revisão iniciarão o detalhamento e procura de fornecedores para a fabricação do instrumento. O Conselho Diretor do SOAR realizará sua próxima reunião nos dias 13 e 14 de março no LNA. Entre os tópicos da pauta estará a discussão de um recente documento elaborado pelo Science Advisory Committee do SOAR, intitulado “Forward Looking Instrument Plan”, e eventualmente decisões em função deste. Convidamos a comunidade astronômica brasileira para tomar conhecimento do documento no site do LNA (http://www.lna.br/soar/documentos.html) e para enviar suas opiniões e seus comentários para os membros brasileiros do Conselho Diretor do SOAR, Marcos Diaz ([email protected]), Henri Plana ([email protected]) e Albert Bruch ([email protected]).
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