- Development Finance International
Transcrição
- Development Finance International
Perfil do Chile CHILE 1) QUANTIDADE DA AJUDA 1.1. Desempenho da Quantidade Actual/Recente: Em 2006, a ajuda chilena ao desenvolvimento situou-se entre US$ 3.0 e 3.3 milhões. Isto representa cerca de 0.003% do RNB do Chile. Como a ajuda chilena a programas é puramente baseada em donativos, não há uma distinção significativa entre os desembolsos líquidos e os brutos. Desembolsos Líquidos de APD (1) 2006 (US$ milhões) 3.0 - 3.3 como % do RNB 0.003% (1) O Chile só concede donativos, por isso os desembolsos líquidos são iguais aos desembolsos brutos. Fonte: limite mais baixo baseado em AGCI (2007), limite mais alto baseado em OCDE/CAD (2007) – ver anexo para uma descrição das fontes de dados que têm a ver com a APD chilena. 1.2. Futura Intenção de Quantidade O perfil dos países de ajuda ao comércio 2007 empreendido pela OCDE/CAD para o Chile mostra aumentos planeados substanciais da ajuda chilena de US$ 3.3 milhões para US$ 3.8 milhões em 2008. Trata-se de um aumento de 15% durante um período de 2 anos (OCDE/CAD, 2007, pág. 48). Em geral, pequenas afectações orçamentais continuam a constituir obstáculos às instituições que entregam ajuda ao desenvolvimento, visto que as “pessoas consideram as necessidades locais uma prioridade muito maior que as baseadas em interesses internacionais” (Área de Livre Comércio das Américas, pág. 2). 2) AGÊNCIAS/MECANISMOS PRINCIPAIS 2.1 Agências e Estruturas Bilaterais Ministerio de Relaciones Exteriores O Ministério dos Negócios Estrangeiros chileno (acrónimo espanhol MINREL) tem responsabilidade global pela ajuda externa chilena ao desenvolvimento. Dentro do MINREL, a Dirección General de Relaciones Económicas Internacionales (DIRECON) é responsável pela política da ajuda. Agencia de Cooperación Internacional de Chile (AGCI) A Agência de Cooperação Internacional do Chile (AGCI) encontra-se sob os auspícios do Ministério dos Negócios Estrangeiros chileno. É responsável pela gestão da Ajuda Pública ao Desenvolvimento que entra e que sai. A ajuda que entra chama-se Cooperación Vertical, enquanto a ajuda que sai se chama Cooperación Horizontal. Um dos três objectivos-chave da AGCI é gerir a APD como um doador para “fortalecer a presença do Chile na região, através da execução de um programa de cooperação técnica entre países em desenvolvimento. Isto permitiria o 1 Perfil do Chile desenvolvimento de relações com países numa fase semelhante ou inicial de desenvolvimento”. Visam-se especialmente os países “que são considerados uma prioridade para a política externa chilena”. A ajuda ao desenvolvimento assim concebida irá “mostrar as capacidades científicas, técnicas e culturais do Chile” (AGCI, 2006a). O programa principal da AGCI para entregar isto é um Programa de Cooperación Técnica entre Países en Desarrollo (CTPD). 2.2 Políticas e Legislação Chave 1990 Lei Orgânica que rege a AGCI e modificações (AGCI, 2006b) A cooperação internacional do Chile foi extensamente reformada através da Lei 18989 de 19 de Julho de 1990, que criou a AGCI (Governo do Chile, 1990). Em 2005, a Lei 19999 mudou o ministério da tutela da AGCI para o Ministerio de Relaciones Exteriores (Ministério dos Negócios Estrangeiros), o que permitiu uma cooperação e uma integração mais estreitas com as embaixadas do Chile na implementação de programas da AGCI. 3) PAÍSES RECEPTORES E CRITÉRIOS DE AFECTAÇÃO 3.1. Países Receptores A tabela abaixo apresenta os 10 receptores do topo da ajuda concedida pela AGCI. AGCI (2006c) não fornece montantes específicos. O programa de ajuda do Chile está orientado para a região da América Latina e Caraíbas (ALC). Não tem programas fora da região ALC. 1. Cuba 2. Guatemala 3. El Salvador 4. Equador 5. Nicarágua 6. Peru 7. Bolívia 8. Rep. Dominicana 9. CARICOM 10. Panamá Fonte: Questionário de Ajuda ao Desenvolvimento (AGCI, 2006c). Distribuição entre diferentes grupos de receptores: PMA Outros PBR SSA ALC % do total das aprovações 0% ? 0% 100% Fonte: AGCI (2007) 3.2. Critérios de Afectação 3.2.1. Critérios de pré-selecção O único critério é que o país tem de ficar na América Latina ou nas Caraíbas. 2 Perfil do Chile 3.2.2. Critérios de afectação: Não há critérios de afectação prévios. Os programas de assistência técnica e bolsas de estudos da AGCI são executados na base da procura, i.e. potencias projectos/candidatos têm de apresentar propostas/pedidos que são examinados pelos quadros da AGCI e/ou pelas embaixadas do Chile. O Chile não tem planos firmes para aumentar ou reduzir o número de países beneficiários. 4) POLÍTICAS DE AJUDA 4.1. Concessionalidade Toda a ajuda chilena é na forma de donativos. 4.2. Tipos de Assistência A AGCI entrega ajuda totalmente através de AT e bolsas de estudos. O programa de AT chama-se Programa de Cooperación Técnica entre Países en Desarrollo (CTPD). O foco do Chile na assistência técnica provém do facto de só recentemente ter dado o passo no sentido de doador de APD, tendo como tal frequentemente melhores conhecimentos comprado com os doadores tradicionais sobre as trajectórias de desenvolvimento e as necessidades de recursos humanos dos PBR. A AT representou 53% do total dos desembolsos da AGCI para 2006 (AGCI, 2007), perfazendo as bolsas de estudos o restante. 4.3. Canais de Assistência O Chile não contribuiu para a 14ª reconstituição da AID (AID, 2005), ao mesmo tempo que não pagou quaisquer acréscimos para as subscrições do stock de capital do BID em 2005 ou 2006 (BID, 2007). Os desembolsos da AGCI são sempre efectuados através de instituições públicas, embora não seja totalmente claro se são sempre registados no orçamento (estão-se a recolher informações sobre isto). A AGCI não tem programas com o sector privado ou com ONG, embora os funcionários da AGCI tenham recentemente indicado que estão interessados em estabelecer uma cooperação mais estreita com o sector privado (AGCI, 2006c). 4.4. Sectores e Projectos O Chile orienta a sua ajuda para os sectores em que considera ter vantagem comparativa em relação a outros doadores. Os seus sectores prioritários são (AGCI, 2006c, pág. 3): - Concepção e Avaliação das Políticas Públicas e do Desenvolvimento Social; - Fortalecimento de Instituições; - Estimulação da Capacidade Produtiva; - Integração Regional; - Fortalecimento da Governação e Democracia; - Fortalecimento de Capacidades e Formação de Recursos Humanos no Chile. Em 2006 todos estes sectores excepto ‘Fortalecimento da governação e democracia’ tinham projectos: 3 Perfil do Chile Distribuição por Sector do programa de AT da AGCI (1): Sector % do total 1.7% US$ milhões 0.03 Estimulação da Capacidade Produtiva Concepção e Avaliação das Políticas Públicas e do Desenvolvimento Social 13.4% 0.21 Modernização do Estado e Descentralização 17.0% 0.27 Relações Internacionais e Integração Regional 58.4% 0.94 Recursos Naturais e o Ambiente 9.6% 0.15 Total 100.0% 1.61 (1) Os custos associados com programas triangulares incluem apenas o financiamento do Chile. Fonte: AGCI (2007), a taxa de câmbio usada é US$ 1 = CH$ 532.39 4.5. Flexibilidade O Chile não concede apoio à BP ou ao orçamento aos países receptores e como tal não entrega ajuda ao desenvolvimento para cobrir défices orçamentais/da BP. 4.6. Calendarização Os calendários de planificação para programas de AT e bolsas de estudos administrados pela AGCI são de 1 a 3 anos (OCDE/CAD, 2007, pág. 47), embora para a maior parte dos tipos de ajuda chilena, os receptores tenham de apresentar pedidos anualmente na embaixada do Chile local. Ainda se estão a recolher informações sobre se se fazem compromissos plurianuais aos países receptores e se os desembolsos correspondem aos compromissos. 4.7. Condicionalidade A ajuda chilena ao desenvolvimento não utiliza condicionalidades. 4.8. Diálogo de Políticas O diálogo de políticas entre o Chile e os países receptores não se realiza através da AGCI, visto que a cooperação para o desenvolvimento é frequentemente o principal canal de contacto entre o Chile e os seus vizinhos. O principal veículo para o diálogo entre o Chile e os seus parceiros regionais é o chamado ACE (Acuerdo de Complementación Económica), que estabelece o quadro para a cooperação e através do qual se pode discutir a ajuda ao desenvolvimento (ver também secção 5.1). 5) PROCEDIMENTOS DE AJUDA 5.1 Condições Precedentes A ajuda chilena não emprega estratégias de ajuda aos países nas suas relações económicas com os países receptores. Os ACE (Acuerdo de Complementación Económica – ver www.direcon.cl/documentos) são acordos de parceria que especificam a cooperação económica entre o Chile e outros países. Não é claro se isto inclui financiamento concessional. Para os seus programas de AT e bolsas de estudos financiados puramente a nível bilateral, o Chile não exige financiamento de contrapartida. Contudo, os projectos de 4 Perfil do Chile cooperação triangular têm um elemento de financiamento de contrapartida médio elevado de 44% para cobrir os custos locais. Para poderem beneficiar da ajuda chilena, as instituições nos países receptores têm de se candidatar junto ao ponto de contacto oficial do Governo (frequentemente a embaixada do Chile) antes de Fevereiro de cada ano, com pedidos avaliados por peritos do Governo chileno e representantes de instituições chilenas que oferecem ajuda (OCDE/CAD, 2007, pág. 47). 5.2 Métodos de Desembolso Ainda se estão a recolher informações sobre os métodos de desembolso. 5.3 Procedimentos de Desembolso Ainda se estão a recolher informações sobre os procedimentos de desembolso. 5.4 Procedimentos de Contratação Pública Toda a ajuda chilena ao desenvolvimento ligada à AGCI é canalizada através de instituições chilenas e é portanto vinculada. 5.5 Coordenação Até agora o Chile não participou em programas de multi-doadores, excepto na cooperação triangular, em que um doador ‘tradicional’ contribui com uma grande percentagem dos recursos financeiros, o Chile contribui com assistência técnica e o país receptor da cooperação partilha os custos locais (AGCI, 2006c, pág. 4). Em 2006, o Chile contribuiu com US$ 0.14 milhões (7%) para projectos triangulares, os doadores tradicionais com US$0.98 milhões (49%) e os países receptores com US$ 0.88 milhões (44%). Até agora os projectos de cooperação triangular têm sido limitados a assistência técnica. Têm sido executados juntamente com o Japão (JICA), a Alemanha (GTZ), a Suécia, a Finlândia, a CE, a FAO, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) (ACGI, 2007). A AGCI considera essa cooperação triangular vantajosa para o desenvolvimento do seu próprio programa de ajuda (AGCI, 2006c). Fontes Principais (Todas as fontes baseadas na internet foram acedidas a 2-3 de Abril de 2008) AGCI (2006a) “Objetivos Estratégicos”, acedido no endereço www.agci.cl/que-esagci/definiciones-estrategicas/objetivos-estrategicos/ AGCI (2006b) “Ley Organica”, acedido no endereço www.agci.cl/que-es-agci/ley-organica/ AGCI (2006c) “Questionário de Ajuda ao Desenvolvimento através do Inquérito aos Países em Desenvolvimento e em Transição – Chile”, 16 de Junho de 2006, Gabinete do Director Executivo da AGCI, Governo do Chile. AGCI (2007) “Anexo Estadístico CTPD 2006 Completo”, acedido no endereço www.agci.cl/docs/anexo_estadistico_ctpd_completo2006.pdf 5 Perfil do Chile Área de Livre Comércio das Américas (2000) “Abordagem do Chile à Cooperação Técnica”, documento apresentado ao Grupo Consultivo sobre Pequenas Economias, acedido no endereço www.ftaa-alca.org/tecass/derdoc/Dsew14e.doc Governo do Chile (1990) “Ley Organica de la Agencia de Cooperacion Internacional de Chile”, Ley 18989, Diario Oficial del 19 de junio de 1990, acedido no endereço www.agci.cl/docs/biblioteca/ley_organica/ley_organica_agci.pdf BID (2007) “Declaração de Subscrições do Stock de Capitais”, acedido no endereço www.iadb.org/fin/images/Eng5_noteJ.pdf AID (2005) “Acréscimos aos recursos da AID – 14ª reconstituição”, Relatório dos Directores Executivos da Associação Internacional de Desenvolvimento para o Conselho de Governadores, 10 de Março de 2005, acedido no endereço http://siteresources.worldbank.org/IDA/Resources/14th_Replenishment_Final.pdf OCDE/CAD (2007) “Ajuda ao Comércio Num Relance: Capítulos dos Países – Chile”, acedido no endereço www.oecd.org/dataoecd/45/19/39639012.pdf 6 Perfil do Chile ANEXO 1: FONTES DE DADOS DA APD CHILENA O Chile não reporta dados agregados ou desagregados de APD à OCDE/CAD. Os números utilizados neste perfil são provenientes de três fontes diferentes: 1. Anexo Estadístico CTPD 2006 Completo (AGCI, 2007) A Agencia de Cooperación Internacional de Chile (AGCI) apresenta um resumo dos seus desembolsos no seu website para o ano 2006. O programa total da AGCI é composto por três sub-programas: (i) AT bilateral, (ii) AT triangular em que é necessário deduzir as contribuições do receptor e de terceiros países, e (iii) bolsas de estudos. Estes cálculos perfazem US$ 3 milhões para 2006, como se pode ver no quadro-resumo abaixo. Deve notar-se que este total não inclui a ajuda multilateral. 2. Questionário de Ajuda ao Desenvolvimento através do Inquérito aos Países em Desenvolvimento e em Transição – Chile (AGCI, 2006c) A AGCI também preencheu o ‘Inquérito aos Países sobre Ajuda ao Desenvolvimento aos Países em Desenvolvimento e em Transição’, que dá pormenores sobre os desembolsos da AGCI para 2000-2005. Os dados incluídos neste documento nem sempre são consistentes e os números dados para 2000-2005 não deverão por isso ser directamente comparados com os números da fonte anterior. Deve notar-se mais uma vez que este total não inclui a ajuda multilateral. 3. Ajuda ao Comércio Num Relance: Capítulos dos Países – Chile (OCDE/CAD, 2007) Esta publicação dá uma estimativa da ‘ajuda governamental chilena total’, colocandoa a US$ 3.3 milhões em 2006 e aumentando-a para US$ 3.8 milhões até 2008. Não há uma desagregação deste valor, pelo que não é claro se inclui contribuições multilaterais. Resumo da ajuda chilena agregada ? ? ? ? ? ? ? ? ? 2006 % RNB 1.32 1.19 1.23 1.13 1.21 1.60 ‐ ‐ ‐ Desembolsos da AGCI total (3) AT Bilateral AT Triangular 3.04 1.47 0.14 Bolsas de Estudo 1.44 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Ajuda multilateral (1) Desembolsos da AGCI (2) Total (4) Itens de memo RNB, método Atlas (divisa US$ mil milhões) ‐ 74.6 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ (1) Não disponível. (2) Fonte: AGCI (2006a). (3) Fonte: AGCI (2007), a taxa de câmbio usada é US$ 1 = 532.4 CH$ (4) Fonte: OCDE/CAD (2007). ‐ ‐ 3.3 3.5 98.4 114.9 0.003% 3.8 ‐ 0.003% ‐ 7
Documentos relacionados
proposiciones de modificaciones
uma entrevista por telefone e identificará o nivel de espanhol).
Os documentos originais serão posteriormente devolvidos pela Embaixada do Chile ao
postulante/candidato.
Este procedimento aplica-se...