Esclerose Múltipla
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Esclerose Múltipla
Esclerose Múl+pla Neurologia -‐ FEPAR Neurofepar – Dr. Carlos Caron Epidemiologia • Quanto maior a la+tude maior é o risco de se desenvolver EM. • Incidência em áreas equatoriais = 1:100000. • Incidência no Canadá = ≥30:100000. • Faixa etária mais acome+da = entre os 20 e 30 anos. • Sexo mais acome+do = incidência maior no sexo feminino (2:1). • A etnia branca é a mais suscePvel. • Prevalência nos EUA e Canadá = 1:1000. E+ologia • • • • A presença do HLA-‐DR2 aumenta muito o risco de esclerose múl+pla. Em um estudo a Chlamydia pneumoniae foi isolada de 64% dos pacientes com Esclerose Múl+pla. O risco em parentes de 1º grau e 20 a 40 vezes maior do que na população em geral. Risco 6x maior em gêmeos monozigó+cos, em comparação aos dizigó+cos. Vírus Provavelmente relacionados com a EM n n n n n n n n HSV tipo 1 e 2 HTLV-1,2 Citomegalovírus EBV Coronavirus Retrovirus Chlamydia pneumoniae Borrelia burgdorferi n Papovavirus n Adenovirus n Sarampo n Caxumba n Rubéola n HIV n Cardiovirus n Enterovirus E+ologia Esclerose Múltipla Vírus? HLA Patologia • • • • Ilhas de inflamação e desmielinização no SNC com rela+va preservação dos axônios. Lesões mul+focais predominantemente em substância branca. As lesões se localizam comumente em região periventricular. Nas lesões mais severas e nas crônicas pode ocorrer lesão axonal. Placas Desmielinizantes Placas Desmielinizantes Placas Desmielinizantes Placas Desmielinizantes Placas Desmielinizantes Achados Clínicos • Déficits sensi+vos (hipoestesia, parestesia, neurite óp+ca). • Lesão cerebelar (ataxia e desequilíbrio). • Déficits motores (sinais piramidais). • Lesões de tronco cerebral (ofalmoplegia internuclear). • Lesões medulares (sinal de Lhermige) • Distúrbios neurovegeta+vos (urgência urinária, com ou sem incon+nência). Achados Clínicos Neurite Óp*ca – – – – – – – Acome+mento ocular mais comum. Dor aguda/subaguda unilateral acentuada pelo movimento Ocular. Acome+mento bilateral é raro. Pode ser seguido por perda parcial da visão central. 90% dos casos: recuperação total da visão após surto. Fundoscopia pode ser normal se a lesão é retro bulbar. Pupilas de Marcus Gunn (defeito pupilar aferente rela+vo). Neurite Óp+ca Neurite Óp+ca Neurite Óp+ca Neurite Óp+ca Achados Clínicos O.almoplegia Internuclear – Lesão do fascículo longitudinal medial, com paresia do reto medial na mirada lateral e nistágmo grosseiro do olho em abdução, com apresentação habitualmente bilateral na EM, raramente visto em outras doenças. Ofalmoplegia Internuclear • P a r a l i s i a Ipsilateral de reto medial – Sugere lesão de fascículo longitudinal medial Fascículo Longitudinal Medial Placa Desmielinizante em Ponte Desvio na Mirada Ver+cal Superior Lesão Pon+na Paralisia da abdução do olho direito + Facial periférico a direita Paralisia Facial Periférica Esquerda Placa Próximo ao 4° Ventrículo Facial periférico Caracterís+cas Clínicas Suges+vas de EM • • • • • Instalação entre 15 e 50 anos de idade Evolução em recorrência e remissão Neurite Óp+ca Ofalmoplegia Internuclear Fenômeno de Uhthoff = intolerância ao calor Curso Clínico SURTOS E REMISSÕES • • • Surtos da doença seguidos por remissão completa ou parcial dos sintomas. Não há progressão da doença entre as recidivas. Presente em 85-‐90% dos pacientes. SECUNDARIAMENTE PROGRESSIVA • • Inicia-‐se sob a forma de surtos e remissões, tornando-‐se progressiva acompanhada ou não de períodos de novos surtos Instala-‐se em 80% dos pacientes com a forma surtos e remissões. Curso Clínico PROGRESSIVA PRIMÁRIA • A doença apresenta caráter progressivo desde o início. • Ocorre em 10% dos casos. • Não apresenta surtos agudos da doença. • Pior prognós+co (maior disfunção neurológica) do que a forma recidivas e remissões. Variantes Clínicas DOENÇA DE DEVIC – Neuromielite óp+ca: neurite óp+ca bilateral + mielopa+a cervical. – Mais comum em povos não caucasianos. – A mielopa+a tende a ser mais severa do que na EM clássica. – RNM é normal e RNM medula apresenta várias lesões. – LCR: não costuma ter bandas oligoclonais. Doença de Devic Lesão em Medula Cervical Variantes Clínicas VARIANTE DE MARBURG – Placas de desmielinização simulando lesão tumoral. – Podem causar efeito massa. – Edema peri-‐lesional: geralmente responsivo a cor+coterapia. – Diagnós+co geralmente por biópsia. Variante de Marburg Áreas confluentes posteriores de baixa densidade Diagnós+cos Diferenciais DOENÇAS INFLAMATÓRIAS – Encefalomielite aguda disseminada – Lupus eritematoso sistêmico – Poliarterite nodosa – Doença de Sjögren – Doença de Behcet – Angeíte granulomatosa Diagnós+cos Diferenciais DOENÇAS INFECCIOSAS – Doença de Lyme – Paraparesia Espás+ca Tropical (HTLV) – Leucoencefalopa+a mul+focal progressiva – Mielopa+a do HIV – Neurossífilis DOENÇAS GRANULOMATOSAS – Sarcoidose – Granulomatose de Wegener – Granulomatose Linfomatóide Diagnós+cos Diferenciais DOENÇAS DA MIELINA – Leucodistrofia metacromá+ca – Adrenomieloleucodistrofia OUTRAS ETIOLOGIAS – – – – – Degeneração Combinada Subaguda de medula Malformação de Arnold-‐Chiari Ataxias Espinocerebelares Doença Celíaca Deficiência de Cobre Exames Complementares Ro+na Laboratorial • • • • • • • • Hemograma VHS e PCR Dosagem de Vitamina B12 TSH/T4 livre Sorologia para Doença de Lyme VDRL An+ HIV An+ HTLV I e II Ro+na Laboratorial • Fator an+núcleo, an+-‐Ro e an+-‐La • Sorologia para HVB, HVC • An+cardiolipina IgG e IgM LCR • • • • Discreto aumento das proteínas em 25% dos pacientes. Discreta linfocitose pleocí+ca. Índice de IgG = (IgG lcr/Albumina lcr)/(IgG sérica/ Albumina sérica) > 0.68 Duas ou mais bandas oligoclonais de IgG. LCR • Bandas oligoclonais (IgG) aparecem em 75-‐85% casos. • Proteínas normais porém com aumento rela+vo de imunoglobulinas (síntese intratecal) com predomínio de IgG (90% pctes). • IgG do LCR > 12% das imunoglobulinas totais sugere a+vidade imunogênica no SNC. Critérios Diagnós+cos (McDonald) Ressonância Magné+ca § Apresenta alterações em 95% dos pacientes com EM confirmada. § Ocorre realce das lesões pelo Gd nas placas em a+vidade (Gd só atravessa a barreira hemato-‐ encefálica quando esta está rompida!). § Lesões acometem a substância branca, são +picamente periventriculares e arredondadas. Pesquisar lesões em medula espinal. § A quan+dade de lesões não tem correlação com o grau de disfunção neurológica do paciente. Placas Desmielinizantes (RM) Placas Desmielinizantes (RM) Placas Desmielinizantes (RM) Placas Desmielinizantes (RM) Placas Desmielinizantes (RM) Placas Desmielinizantes (RM) Potenciais Evocados • Mensura a velocidade e a amplitude de condução nervosa. • Modalidades: – Audi+vo – Sensi+vo – Visual • Encontra-‐se alterada em 85% dos casos confirmados de EM. Prognós+co • 10% dos pacientes evoluem muito bem em 20 anos (EM benigna). • 70% dos pacientes apresentam progressão secundária. • Lembrar o Índice de Kurtzke: déficit mínimo em 5 anos implica em déficit mínimo em 15 anos. Mau Prognós+co • Recidivas freqüentes nos primeiros 2 anos da doença. • Doença com evolução progressiva desde o início. • Sexo masculino. • Comprome+mento motor ou cerebelar permanente. Bom Prognós+co • • • • Sintomas predominantemente sensoriais. Completa remissão entre os surtos. Neurite óp+ca. Sexo feminino. Tratamento • Surto – Remissão: – Interferon β-‐1b (BETAFERON®) = 8 milhões IU em dias alternados. – Interferon β-‐1a (REBIF®) = 22 OU 44 µg SC 3x por semana. – Interferon β-‐1a (AVONEX®) = 30 µg/semana IM. – Acetato de gla+ramer (COPAXONE®) = 20 µg SC/dia todo dia. Tratamento • Secundariamente Progressiva: – Interferon β-‐1b (BETAFERON®) = 8 milhões IU em dias alternados. – Mitoxantrone = 5 a 12mg/m2 de super€cie corporal EV a cada 3 meses por 2 anos. Tratamento • Surto de EM: – Me+lprednisolona (Solumedrol ® ) = indicada durante as exacerbações agudas, na dose de 500mg EV/12-‐12 horas/3-‐5 dias. Outras Doenças da Mielina Encefalomielite Disseminada Aguda Leucodistrofia Metacromá+ca Leucoencefalite Hemorrágica Aguda Adrenoleucodistrofia Doença de Alexander Esclerose Concêntrica de Baló Esclerose Concêntrica de Baló Doença de Schilder
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