António-Pedro Vasconcelos
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António-Pedro Vasconcelos
SIMPLICIDADE CONFIANÇA INOVAÇÃO Silicon Valley: um manancial de inovação e de capital de risco Sage reuniu parceiros e partilhou estratégia de negócio Ferramenta para calcular a Pegada Ecológica de uma organização p.06 p.18 p.25 € 3 :: DISTRIBUIÇÃO GRATUITA PARA CLIENTES SAGE Revista da Sage Portugal # 03 :: M ARÇO’12 A fantasia só funciona quando fazemos crer às pessoas que não é fantasia. :: António-Pedro Vasconcelos Casos e episódios de inovação numa carreira no audiovisual que está a chegar ao meio século p.12 08 AGILIDADE: POR AVEIRO E ARREDORES, A CONTAS COM O PEIXE E OVOS MOLES 26 OPINIÃO: EMPREENDEDORISMO EM PORTUGAL, POR ISÁLIA BARATA Cresça connosco. Porque a Sage sabe que cada etapa do seu crescimento tem necessidades e exigências diferentes... Criamos soluções que se adaptam à medida que o seu negócio evolui. Soluções para: Micro empresas e ENIs PMEs Médias e Grandes Empresas. www.sage.pt facebook.com/sageportugal : : sumário #03 : : Março ‘12 : : editorial mundo sage04 Sara João Machado Marketing & Communication Manager simplicidade POR AÍ. Silicon Valley [email protected] 06 EFEMÉRIDE. ET faz 30 anos 07 agilidade POR AQUI. Aveiro08 integridade ESPECIAL. Sage compromete-se com o apoio às startups ENTREVISTA António-Pedro Vasconcelos 10 12 REFLEXÕES15 confiança PRODUTO EVENTOS PARCERIAS PERFIL. Pedro Botelheiro, Brisa TESTEMUNHO Ana Vieira, Friofarma inovação BENCHMARK Aplicações de negócio Gestos que fazem a diferença Calcular a Pegada ecológica RESPONSABILIDADE SOCIAL AMBIENTE OPINIÃO Isália Barata, Projecto Startup Sage Revista Sage Life é uma publicação de Sage Portugal Direção editorial BARCELONA Carrer del Parlament, 29 08015 Barcelona +34 933 294 605 LISBOA Rua Brancaamp, 50, 1.º 1250-051 Lisboa +351 213 863 554 www.loftworksed.com Fotografia de capa António-Pedro Vasconcelos fotografado por Rosiel d’Assumpção Impressão Jorge Fernandes, Lda Tiragem 20.000 Depósito Legal 330858/11 16 18 20 21 22 23 24 25 26 Empreender para criar valor H oje em dia, é cada vez mais recorrente ouvirmos falar de empreendedorismo. O tema está na ordem do dia e são várias as personalidades que têm vindo a associar-se a iniciativas neste domínio, podendo mesmo já falar-se num Movimento Empreendedor. E, de facto, tanto o mercado como a conjuntura económica nacional e global assim o exigem. Numa altura em que a migração das manufacturas para as geografias emergentes parece constituir uma tendência incontornável, torna-se ainda mais essencial para as economias europeias apostar na criação de valor baseada na inovação – seja ela de produtos e de bens transaccionáveis, seja de serviços. Ora uma tal aposta exige que se multipliquem as iniciativas de empreendedorismo, o que passa quase sempre pelas startups. Daí que a Sage Portugal tenha decidido dedicar esta edição da sua revista LIFE às startups e aos empreendedores. Sejam empreendedores por realização, por necessidade ou “Ajudar a materializar a oferta, a consolidar ideias, a testar mercados” simplesmente porque o são, a Sage está profundamente empenhada em apoiá-los. Queremos apoiar as startups em Portugal desde o início, queremos estar ao lado dos empreendedores nacionais desde o momento em que começam a pensar na sua ideia de negócio. Ajudá-los a materializar a sua oferta, a consolidar as suas ideias, a testar os mercados e a perceberem se têm clientes, quando e onde os terão – e, numa fase posterior, ajudá-los a lançar os seus negócios. Estamos com os empreendedores em todo o processo. Na Sage Portugal, acreditamos que este projecto vai contribuir para a dinamização do empreendedorismo nacional e, nessa medida, contribuir também activamente para o desenvolvimento do nosso país. O desafio está lançado: empreender para criar valor. março’12 3 mundo sage NACIONAL Sabia que... A Sage Portugal atingiu os 1000 fãs no facebook em dezembro de 2011? Neste momento somos já 1100 fãs. Torne-se fã também e partilhe com os seus amigos: facebook.com/sageportugal. Sage Institute Centro de Formação, Inovação e Conhecimento Maria João Marinho Formadora Sage [email protected]@sage.pt Sage Institute Conheça uma formadora Maria João é formadora do Sage Institute desde Setembro de 2009 na área da contabilidade. Na sua opinião, o Sage Institute é “uma entidade formadora que se destaca pela qualidade das ações que organiza, refletida pelo vasto conhecimento dos formadores, bem como pela relevância dos temas na atualidade. Todas as ações são pensadas tendo por base as necessidades e expectativas dos clientes.” Encarando a sua ligação à Sage como um desafio constante, “o maior dos desafios é planear e estruturar a formação” tendo em conta o enquadramento legal e fiscal do tema. “Há que ter em conta estas duas vertentes, de forma a que o cliente obtenha a maior satisfação.” Ciclo seminários Sage A Gestão Comercial Sage, do aprovisionamento ao ciclo de cobranças l LINHA 50 – Porto 5 e 6 março / Lisboa 8 e 9 março l NEXT – Porto 12 e 13 março / Lisboa 22 e 23 março l GESTEXPER – Lisboa 29 e 30 março l FACTUPLUS – Porto 26 e 27 março / Lisboa 10 e 11 abril Gestão de Pessoal Sage, da admissão à cessação de contratos l SAGE GESTÃO DE PESSOAL (NEXT E 50) – Funchal 24 e 27 janeiro / Lisboa 19 e 20 abril / Porto 23 e 24 abril l GESTEXPER – Lisboa 22 e 23 maio l PESSOALPLUS – Lisboa 30 e 31 maio A Gestão de Activos e Equipamentos Sage, da aquisição ao abate l LINHA 50 – Porto 21 e 22 maio / Lisboa 24 e 25 maio l NEXT – Porto 21 e 22 maio / Lisboa 24 e 25 maio l Gestexper – Porto 21 e 22 maio / Lisboa 24 e 25 maio A Contabilidade Sage, da movimentação à Gestão l LINHA 50 – Porto 28 e 29 maio / Lisboa 12 e 13 junho l NEXT – Porto 16 e 17 maio, Lisboa 19 e 20 junho l GESTEXPER – Lisboa 13 e 14 junho l CONTAPLUS – Lisboa 2 e 3 julho 4 sagelife O Sage Institute é um Centro de Formação, Inovação e Conhecimento que acompanha as mais recentes tecnologias, fornecendo aos seus formandos as mais inovadoras ferramentas e competências para a gestão dos seus próprios negócios. Com formação nas áreas de Gestão e Tecnologia e em Soluções Sage, o Sage Institute apresenta um leque de cursos adaptados às necessidades específicas de cada cliente, contribuindo de forma ativa para a sua produtividade e competitividade. Desde que nasceu em 2008, o número de participantes do Sage Institute cresceu 140%. Técnicos certificados Sage Sabia que o Técnico do Parceiro Sage que o assiste faz parte de um grupo restrito de profissionais que representa, e possui competências formalmente reconhecidas pela Sage? Com o apoio dos Técnicos certificados, a Sage garante a melhor experiência e suporte às soluções Sage que possui. Os níveis são: Sage Junior Technician, Sage Standard Technician e Sage Senior Technician. No Sage Institute, o conhecimento tem várias formas. Qual é a sua? Sessões de esclarecimento online, acerca de soluções Sage em 40 min A mascote Com o objectivo de reforçar a relação entre o cliente e o Sage Institute, foi criado o Formas, uma mascote que representa o Sage Institute tal como os clientes o percecionam, com personalidade e carácter, e não apenas como mais um Centro de Fomação. O objectivo do Sage Institute é fornecer ferramentas que ajudam a dar forma ao negócio dos clientes e o Formas nasceu para transmitir a esses clientes agilidade, confiança e entusiasmo. Formação à distância de um click (ações feitas online) Cursos em sala Cursos organizados à sua medida A formação que vai à sua cidade (ações que são feitas em diferentes pontos do país) Sage Training Pass Já cumpre o plano anual de formação? Para a Sage, o cumprimento do Plano Anual de Formação é mais do que uma obrigação, é um sinal de compromisso e de fidelização que se cria com os clientes. Desta forma, para as empresas que cumprem o Plano Anual de Formação a Sage oferece vantagens únicas: o desenvolvimento de novas competências e o cumprimento das 35 horas de formação profissional. Atualmente existem três níveis de formação Sage: Green, Silver e Gold. Verifique as vantagens de cada um em www.sage.pt/sageinstitute. Resultados Financeiros De acordo com os resultados financeiros de 2011, a Sage apresentou um crescimento orgânico de 4%, com 3% de crescimento em software e serviços relacionados e 5% de crescimento em subscrições. Para estes números contribuíram uma nova estrutura regional e o anúncio da plataforma tecnológica comum para todas as soluções online de entrada. mundo sage INTERNACIONAL FRANÇA Sage ERP X3 Global Sales Convention A Sistemas Ideais (Sage Business Partner Prime) esteve em grande destaque na Convenção anual Sage ERP X3 Global Sales, realizada em Paris. Assim, a Sistemas Ideais (www.sistemasideiais.pt) recebeu o prémio para “Melhor Parceiro X3 Internacional”. Portugal esteve, de resto, muito bem representado porque também a Sage Portugal foi premiada, tendo vencido o prémio Best Marketing Team 2012. O Best Marketing Team 2012 tem como objetivo reconhecer e destacar a equipa com melhor desempenho no ano fiscal anterior. RÚSSIA Marussia Virgin Racing acelera com o Sage ERP X3 A Marussia Virgin Racing, a primeira equipa de F1 anglo-russa, recorreu ao software de gestão Sage ERP X3 com o objectivo de melhorar a sua eficiência. Após a sua implementação, o software da Sage passou a gerir todos os processos de gestão, desde o inventário e stocks até à área financeira, gestão de projetos e respetivos custos. De acordo com a Marussia Virgin Racing, esta iniciativa vai ainda fornecer uma visão consolidada do total das operações da empresa e oferecer novos níveis de perceção sobre a sua atividade. INGLATERRA Sage UK tem o melhor call centre A Sage UK venceu o prémio European Large Contact Centre of the Year, título que disputou com as empresas Global Bilgi, T-Mobile e Vertex. O desempenho da Sage foi medido com base em rigorosos critérios tendo o júri visitado a empresa para ver o funcionamento do call centre e para conhecer os seus membros. Afirmaram ter ficado especialmente impressionados com a forma inquestionável como o call centre da Sage está integrado no sucesso global da empresa e nos esforços feitos em construir um ambiente propício para trabalhar, nomeadamente a nível de formação, treino e desenvolvimento. ÁFRICA DO SUL Softline vence no inquérito da Deloitte A Softline VIP, na África do Sul, foi a vencedora na categoria de Negócios e Serviços Profissionais 2011, do Deloitte Best Company to Work for Survey, além de ter conquistado o segundo lugar geral na categoria de médias empresas, pelo segundo ano conse- cutivo. O Deloitte Best Company to Work for Survey é um inquérito que permite aos empregados de companhias sul africanas partilhar a sua opinião acerca dos seus empregadores. Este é o terceiro ano que a Softline participou neste inquérito. março’12 5 simplicidade POR AÍ Cidades inventivas O Wall Street Journal revelou em 2006 que 10 das 20 cidades mais inventivas dos Estados Unidos se situavam no Silicon Valley, com San Jose à cabeça graças às 3867 patentes registadas no ano anterior. Empreender mais em Portugal SILICON VALLEY, CALIFÓRNIA (EUA) O poder simbólico da garagem Do transístor ao processador, do software ao capital de risco, nunca outro sítio concentrou tanta invenção A inda há 50 anos o Silicon Valley era uma área paradisíaca, conhecida por “Vale das Delícias do Coração” graças aos pomares e culturas hortícolas que cobriam os seus campos. Abrigado do Oceano Pacífico pelas serras de Santa Cruz e dos ventos de nordeste pela Cordilheira do Diabo, este vale viria a tornar-se, em poucas décadas, no lugar do planeta com maior inovação tecnológica e de gestão, com maior criação de valor e com maior atração e geração de capital. Tudo começou em 1891, quando Leland Stanford – que enriquecera com a Corrida ao Ouro e a construção dos caminhos-de-ferro – criou uma universidade em memória de um filho adolescente vitimado pela febre tifóide. A Stanford University desde cedo se preocupou em atrair engenheiros e tecnólogos, e em estimular nos seus alunos o gosto pela experimentação e pela invenção nas áreas técnicas e científicas. Por isso, logo em 1909 a Federal Telegraph Company abriu um laboratório em Palo Alto, onde dois anos depois nasceria a válvula com três elementos que tanto impulsionou o progresso da rádio. Um ecossistema de inovação Como foi de Stanford que saíram Hewlett e Packard em 1935 para começarem a sua empresa numa garagem, a conceber e fabricar instrumentos de medida 6 sagelife e precisão. Quem os aconselhou foi Frederick Terman, ele próprio um químico entusiasta da rádio e especialista em radares, e que desempenhou diversas funções diretivas na universidade. Mas foi em meados dos anos 50 que Terman teve um papel decisivo na atração dos maiores especialistas em transístores para a Costa Oeste, com a criação do Shockley Semiconductor Lab em Mountain View (1956) e da Fairchild Semiconductor no ano seguinte, em San Jose. O silício chegava ao vale e vinha para ficar. E, com o apoio decisivo do capital de risco, a história do Silicon Valley foi depois sendo moldada por outras empresas “saídas” do Stanford Industrial Park: Silicon Graphics, Intel, AMD, Cisco Systems, Sun Microsystems são algumas das mais conhecidas mas também a Oracle, a Yahoo! e a Google entre centenas de outras. Desenvolveu-se, assim, um ecossistema de inovação e criatividade de que a Apple é um dos nomes mais conhecidos mas de que o expoente maior não o é tanto: o Xerox Palo Alto Research Center, onde se deram alguns dos desenvolvimentos decisivos para a informática de hoje – a interface gráfica, a rede Ethernet, a impressão a laser, a programação orientada para objetos, a computação distribuída. A Sage apoiou o “Silicon Valley Comes to Lisbon”, que se realizou nos dias 17 e 18 de Novembro do ano findo. Neste evento, inspirado no “Silicon Valley Comes to Oxford”, pretendeu-se abordar temas como o empreendedorismo, a inovação, a abertura de espírito, a troca de ideias e o networking. O evento contou com a participação de figuras destacadas como Raymond Nasr, director de comunicações da Google entre 2002 e 2005, Philip Rosedale, da Second Life, Daniel Kraft, do Singularity Institute e da Stanford University, na Califórnia, e John Harthorne, da MassChallenge, uma organização com sede em Boston de apoio ao surgimento de start-ups. O “Silicon Valley Comes To Lisbon” assinalou ainda o encerramento da Semana Global do Empreendedorismo 2011, no âmbito da qual foi possível ouvir verdadeiros empreendedores a relatarem os seus casos de sucesso. Durante esta semana, milhares de eventos em todo o mundo inspiraram milhões de pessoas a envolverem-se em atividades empreendedoras e facilitaram o respetivo contacto com investidores e mentores dos seus projetos. Organizada em Portugal pela Associação Portuguesa Business Angels e pela Sedes com o apoio da Kaufman Foundation e da UK Enterprise, a semana decorreu na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e constituiu o corolário da participação de mais de cinco mil interessados em todo o país graças à colaboração de universidades, autarquias e associações profissionais envolvidas na incubação de novas empresas. Spielberg e os escuteiros Em 2001, o realizador de ET abandonou o conselho nacional dos Boy Scouts of America por discordar abertamente da agressiva discriminação dos homossexuais praticada pela maior organização de juventude dos EUA. simplicidade EFEMÉRIDE ET-O EXTRA-TERRESTRE Tributo à paz e à harmonia Nos 30 anos do primeiro grande filme de Spielberg há que celebrar tanto os efeitos como as emoções O ET-O Extra-Terrestre foi um filme marcante. Porque é uma obra cheia de sensibilidade. Porque é um cruzamento feliz e contido entre a ficção científica e o filme infantil, sem que nenhum destes “extremos” menorize o outro – tudo numa combinação de fantasia e de alegada realidade que a todos toca, mesmo àqueles que têm por hábito menosprezar as emoções. A contracorrente também é decisiva: o extraterrestre não tem superpoderes nem sequer é ameaçador; pelo contrário, é frágil e sonha com o regresso a casa. E a criança não é um pretendente a atlético jogador de futebol americano mas, sim, um miudinho normal e algo solitário que firma uma relação fraternal e solidária com o extraterrestre encontrado no seu quintal. A ideia do filme é do próprio realizador e produtor, Steven Spielberg – que revelou candidamente que o argumento se baseara num amigo imaginário por si mesmo criado, em criança, após os pais se terem separado. Com ET, Spielberg ganhou balanço para uma filmografia ímpar no número e na qualidade mas também na afirmação de uma sensibilidade que quase sempre tem conseguido resistir aos ditames e aos chavões normalizadores de Hollywood. Numa fase em que os efeitos especiais ainda não dispunham dos recursos quase ilimitados que os computadores e o digital lhes trariam a seguir – quase todas as falas de ET parecem ter sido gravadas por uma senhora que fumava dois maços de cigarros por dia! –, os resultado são notáveis. Por outro lado, ET surgiu num tempo em que ainda íamos às salas de cinema para ver os filmes novos. Será que, hoje, se o víssemos pela primeira vez num ecrã de portátil, enquanto o descarregávamos da Net, ele produziria as mesmas emoções que experimentámos há 30 anos? março’12 7 agilidade POR AQUI AVEIRO Águas de boas memórias Rosiel d’Assumpção fez uma viagem ao tempo da sua meninice. Desta vez ao volante de um coupé que o impressionou, passeou por Aveiro e arredores, e deliciou-se com o peixe outrora desprezado 8 sagelife Sede do distrito com o mesmo nome, é uma cidade de 78.450 habitantes e quase 200 km² que se espraiam entre os braços da ria. Sage premeia estudantes de Contabilidade Os três melhores grupos do Projecto Profissional «Simulação Empresarial», do curso de Licenciatura em Contabilidade do Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro, foram distinguidos com o Prémio Sage, entregue na cerimónia do 40º aniversário desta instituição de ensino. N ovamente por terras lusas, Aveiro é o meu destino. Deixem que vos diga que esta cidade me transporta à minha infância: em pequeno, passei vários anos de férias aqui perto – em Vagos, mais propriamente –, onde vínhamos fazer praia quase todos os dias. Na altura, como qualquer miúdo, dizia que não gostava de peixe – do que me arrependo amargamente, pois perdi anos de bom peixe. Caríssimos, hoje faço quilómetros e quilómetros para comer bom peixe... e aqui em Aveiro é deveras delicioso. Desta vez, tenho o privilégio de testar um BMW 335D coupé. Amigos, este carro tem um motor que mais parece um touro, simplesmente fantástico. A versão que testei tinha pouco equipamento de série mas, realmente, o que devo destacar é que, para quem gosta de motores a diesel com um binário excelente, este é o carro certo. Rodas presas à estrada O BMW 335D coupé tinha de série a versão de base, com GPS e Bluetooth. Tem um motor de 3 litros, que desenvolve 286 cavalos às 4400 rotações por minuto, embora o seu melhor binário se obtenha entre as 1750 e as 2250 rpm. O consumo combinado (estrada-cidade) indicado pela marca é de 6,6 litros por 100 Km mas as distracções – desde as paisagens ao desfrutar do carro – devem ter-me levado a gastar um bocadinho mais do que isso... Em estrada, comporta-se às mil maravilhas; em curva, ficamos com a sensação de termos alguém a segurar as rodas à estrada. Este coupé está longe de ser um carro familiar, mas nele cabem confortavelmente duas pessoas adultas nos bancos de trás. Depois de comer o peixe delicioso, decido dar uma volta a pé pelos canais da ria de Aveiro. Estes braços de água salobra estendem-se por mais de 40 quilómetros paralelamente ao mar e por eles se pode chegar a localidades tão distantes como Ovar ou Mira. Ao longo de séculos, as plantas aquáticas da ria de Aveiro proporcionaram aos agricultores da região o melhor dos fertilizantes. Chamavam-lhe ‘moliço’ e os barcos que o apanhavam e levavam para terra eram os ‘moliceiros’. A ria de Aveiro acolhe dezenas de espécies de peixes e atrai inúmeras aves aquáticas, que aqui vêm alimentar-se e, muitas vezes, procriar. Quem gosta de observar aves em meio natural encontra nesta ria imensos locais onde poderá praticar esta modalidade. agilidade POR AQUI Caracóis e tripas de chocolate De volta ao carro, rumo à Costa Nova, onde revejo as casas bem típicas desta zona: casas de antigos pescadores, com riscas de cores fortes. Já não me lembrava como era bonito estar aqui, ter a ria aos meus pés e a dois passos do mar. Provo uns caracóis (pensava eu que caracóis no Norte eram difíceis de encontrar) e espero que abram os quiosques para comer umas tripas de chocolate. Depois de me lambuzar, rumo ao hotel Meliá Ria, em Aveiro. Este hotel é recente e tem uns quartos muito confortáveis; para quem venha em família, a dois ou mesmo só em trabalho, vale a pena. O hotel Meliá Ria fica à beira de um dos canais da ria de Aveiro, tem um spa onde pode desfrutar e relaxar depois de um dia cheio de coisas novas. Hoje fiz tantas coisas que quase não tenho forças para sair e palmilhar esta cidade de noite: abro as cortinas do meu quarto e a vista é fantástica. Foi como se tivesse tido uma recarga rápida de energia... e aqui vou eu! Ao sair do hotel, olho para o carro mas decido ir a pé. Passo por ele e digo-lhe: descansa que, amanhã, temos muita estrada pela frente, amigo. Estou deliciado com Aveiro. Vou direto comer um doce e, sem dar conta, já estou com a mão cheia de ovos-moles. Eu, como emigrante que sou, tenho sempre saudades deste tipo de iguarias portuguesas: acreditem que não existe isto em mais nenhum lado. Bem, já não posso com as pernas, depois de percorrer estas ruas a caminho do hotel. Amanhã espera-me um dia de viagem neste carro que tem um motor de gritar aos céus. Vou daqui com uma enorme vontade de saber qual será o próximo destino. Rosiel d’Assumpção fotógrafo e viajante, já cruzou o planeta acompanhado da sua máquina fotográfica. É colaborador de várias revistas de viagens. SEM DEMORAS Universidade de Aveiro Lat 40°37’48.46”N / Lon 8°39’25.54”W Hotel Meliá Ria Lat 40°38’18.64”N / Lon 8°38’42.42”W Aveiro, centro Lat 40°38’16.12”N / Lon 8°38’26.35”W Hotel Meliá Ria O espelho de água que envolve o hotel é um prolongamento do ramal da ria que, antes, permitia que as embarcações acedessem a esta zona industrial da cidade de Aveiro e à sua estação de caminhosde-ferro. Recuperada e requalificada, esta área conta hoje com um complexo cultural e de congressos, tudo a poucos minutos do centro da cidade. O compacto edifício do Hotel Meliá Ria proporciona mais de uma centena de quartos com os habituais confortos de um estabelecimento moderno, bem como os serviços de um business center, de um spa e uma dúzia de salas para reuniões. março’12 9 integridade ESPECIAL NOVO PORTAL E PATROCÍNIO DE INICIATIVAS Um ambiente favorável ao aparecimento e à afirmação das startups é condição indispensável para um verdadeiro empreendedorismo Sage compromete-se com o apoio às startups H á quem defina o empreendedor como alguém que, no essencial, é capaz de pegar numa ideia inovadora – ou numa inovação propriamente dita – e reunir as condições financeiras e de organização para a transformar num bem ou serviço com valor económico. E se é certo que isso pode ser feito no quadro de empresas já existentes (e, felizmente, não faltam exemplos disso mesmo), não é menos certo que muitas dessas ideias e dessas inovações requerem um ponto de partida novo, uma organização com o conta-quilómetros a zero. Por outras palavras, requerem uma startup. E esta é mais uma razão por que, para a Sage, faz todo o sentido apoiar as novas empresas. O mercado das startups é um segmento que a Sage pretende abordar com algo mais que uma oferta de software de gestão: a empresa quer estar ao lado dos empreendedores desde o momento da conceção da ideia do negócio até à concretização da própria empresa. Agilizar processos e parcerias Neste quadro, a Sage criou um portal – www.startupsage.com – que se pretende que seja como que um guia para todos os empreendedores nacionais, bem como a criação de uma oferta específica para este segmento, de forma a que qualquer empreendedor que pense em montar o seu negócio possa contar com a Sage desde o início. No fundo, a Sage aspira a ser um agilizador de processos e parcerias de forma a promover e a fazer crescer o empreendedorismo nacional. Essa oferta irá sendo disponibilizada ao longo do tempo e contará com alguns parceiros das áreas da banca e seguros, e das telecomunicações, entre outras. Num país onde o capital de risco quase não existe – alegadamente devido à impossibilidade de fazer valer na justiça, em tempo útil, a maioria das cláusulas contratuais quando as coisas não correm de acordo com o esperado – e numa Europa onde escasseia cada vez mais o crédito e o investimento, é ainda mais importante tudo quanto possa ser feito para apoiar as startups em todos os outros planos. Da ideia do negócio à criação da empresa Ao associar-se a projectos como os desenvolvidos pela Beta-i – “Sillicon Valley Comes to Lisbon” –, Startup Pirates (“Startup Pirates Battle”) e Acredita Portugal (“Realize o seu Sonho”), a Sage Portugal, enquanto líder mundial no desenvolvimento de Software POTENCIAR A CADEIA DE VALOR A Beta-i é uma associação sem fins lucrativos, surgida em 2010 para “inovar o empreendedorismo” através da intervenção em três áreas: criar e dinamizar uma cultura e rede de empreendedorismo e inovação, acelerar startups e criar espaços, serviços e produtos dirigidos ao empreendedor. A Beta-i dispõe de 30 associados das mais diversas áreas profissionais, “que encontram na Beta-i uma forma de afirmar a sua intervenção cívica e a sua paixão pelo empreendedorismo”. A organização vê o empreendedorismo como uma “cadeia de valor”, um processo e organiza eventos grandes e pequenos, em que 10 sagelife empreendedores de sucesso partilham a sua experiência e as suas aprendizagens. Todos os dias 16 de cada mês há os BetaTalks no NVV Bootcamp, no Marquês de Pombal, e esteve envolvida na organização do evento “Silicon Valley Comes to Lisbon”. A Beta-i propõe, em parceria com empresas e associações, workshops para encontrar novas ideias de negócio. E, quando elas surgem, ajuda a desenvolvê-las: qual o modelo de negócio, quem é o cliente, como chegar ao mercado? Além disso, dispõe de espaços de incubação onde as novas empresas podem ficar nos primeiros 18 meses de existência. http://beta-i.pt/quemsomos “Persistência, persistência... Este é o conselho nº 1 que eu dou aos empreendedores. Surpreende-me sempre serem tão poucos aqueles que não desistem. Se se tenta uma vez e se desiste, não se tem condições para ser empreendedor.” integridade ESPECIAL Mark Suster, GRP Partners de Gestão, pretende estar ao lado das startups no processo de criação de empresas, dar-lhes o suporte necessário à sua subsistência e posterior sucesso, contribuindo assim para a dinâmica do país. A Startup Pirates visa promover o empreendedorismo em Portugal e no mundo através de eventos e programas em que se associam os conhecimentos teóricos – modelos de negócio, gestão de recursos humanos, marketing – aos aspectos práticos, do desenvolvimento de produto à apresentação do plano de negócio a potenciais investidores. Para tal, recorre ao contributo de pessoas com provas dadas nestas diversas áreas imprescindíveis para o sucesso do empreendedorismo. Apoiar o arranque “A Sage Portugal está profundamente empenhada em apoiar os empreendedores nacionais. Temos muitas pessoas com boas ideias e competências às quais, por vezes, falta apenas algum apoio para o arranque”, afirma Jorge Santos Carneiro, CEO da Sage Portugal. www.startupsage.com STARTUP LISBOA ACOLHE INICIATIVAS A Sage Portugal associou-se à iniciativa Startup Lisboa, uma incubadora de empresas lançada pela Câmara Municipal em colaboração com outras entidades. Foi, assim, disponibilizado um espaço num edifício da Rua da Prata, em plena Baixa pombalina, para acolher iniciativas inovadoras, com produtos ou serviços exportáveis e com potencial para crescer, nomeadamente através da combinação de infra-estruturas e serviços de apoio especializado. O processo de apoio inicia-se com a inscrição e reuniões com uma comissão de avaliação. Ultrapassada esta etapa, os empreendedores dispõem de uma sala, de espaços de reunião, de cozinha com sala de refeições e convívio. No rés-dochão, existe ainda uma loja para venda de produtos e serviços das empresas. Sem renda de utilização, as empresas pagam apenas parte dos custos do espaço, como limpeza, electricidade ou telecomunicações. Os contratos a celebrar são de seis meses, renováveis por um período até três anos. março’12 11 integridade ENTREVISTA ANTÓNIO-PEDRO VASCONCELOS : : Inovação, realismo e fantasia É um dos nomes incontornáveis do cinema e do panorama cultural português. Comemora neste ano meio século de carreira e dispôs-se a partilhar com a Sage os momentos mais inovadores do seu percurso no audiovisual “A facilidade é inimiga do criador” 12 sagelife Sabia que... O filme Jaime, de António-Pedro Vasconcelos, recebeu a Concha de Prata do Festival Internacional de San Sebastian em 1999 e, no ano seguinte, os prémios CICAE e Júnior no Festival de Cannes. N asceu em Leiria em 1939, estudou Direito em Lisboa e Filmografia em Paris. Com o filme Perdido por Cem (1973) foi parte do Cinema Novo. Foi um dos fundadores da V. O. Filmes, da Opus Filmes e do Centro Português de Cinema, e apresentador do programa Cineclube, na RTP2. Escreveu na Visão e dirigiu A Semana, suplemento do Independente. Escreveu o livro “Porque é que as Mulheres não Gostam de Futebol?” e, em 2002, “Interesse Público, Interesses Privados” no âmbito das discussões sobre a RTP e o serviço público de televisão. Presidiu ao Grupo de Trabalho do Livro Verde para a Política do Cinema. Foi professor da Escola de Cinema do Conservatório Nacional. Um percurso tão longo e diversificado no audiovisual e na vivência cívica da cultura e da comunicação deu a António-Pedro Vasconcelos uma noção muito viva da importância da inovação. Daí o interesse deste testemunho em que ele ilustra essa importância – e o modo como a viveu – em diferentes momentos da sua carreira. Inovação nas presidenciais de 1986 “Uma das coisas mais importantes que eu fiz em toda a minha carreira foi a campanha para as Presidenciais de 1986, em que fui o responsável pelos tempos de antena da candidatura do Dr. Mário Soares. Foi uma aposta muito difícil porque, na altura, ele tinha uma percentagem de popularidade muito baixa – mas, no fim, acabou por ser eleito Presidente da República. Quando aceitei fazer a campanha, ela tinha de ser filmada em película e isso implicava que o tempo de reação fosse muito lento. Na altura, só havia a RTP1 e a RTP2, e os tempos de antena e os debates eram, pelo menos, 50% da campanha. Era fundamental que os tempos de antena pudessem ter um tempo de reação imediato e, usando a película, tínhamos de filmar com muita antecedência, para depois ir para o laboratório e só depois montar o filme. Foi então que decidi usar o vídeo. Como não havia em Portugal condições ideais para fazer isso, mandámos vir uma equipa de França e, apesar de eu próprio não ter experiência nessa área, percebi que, se tivesse bons técnicos, conseguiria – e a rapidez de resposta e de decisão iria ser decisiva para a campanha. E assim foi. O facto de estar atento à inovação tecnológica foi crucial e a capacidade de me adaptar a um novo meio foi essencial. Recordo-me que surgiu um slogan integridade ENTREVISTA no meio da campanha que dizia “O Soares é fixe” – e eu percebi que, na montagem que estava a idealizar, eu precisava de um senhor ou senhora de idade que dissesse: “O Soares é fixe”. Pedi a um colega para ir para a rua fazer essa filmagem e lembro-me que ele a conseguiu fazer num instante. Se fosse em película, teria sido impossível fazer isto a tempo. Esse foi, um dos momentos mais exaltantes da minha vida. E considero que foi um acontecimento decisivo para o país e, do meu ponto de vista, foi algo inovador. Preto e branco no primeiro filme Quando fiz o meu primeiro filme, quis fazê-lo a preto e branco, pois a história passava-se de noite. Optei por fazê-lo em 16 mm, com uma película reversível que não existia em Portugal e me obrigou a revelar em França. Não havia negativo, era tudo gravado diretamente no positivo, porque me dava uma dureza de tons pretos que eu queria e permitia-me fazer o filme com a câmara na mão. Queria fazer planos de sequência e queria que a câmara se pudesse deslocar com facilidade. Mas, ao mesmo tempo, não queria que a câmara na mão fosse sinónimo de arbitrariedade de planos, queria algo muito rigoroso e andei à procura de um diretor de fotografia e de um cameraman que tivessem uma longa experiência e me permitissem ter a confiança de que, apesar de aquilo ser feito à mão, a câmara não tremeria. Foi extraordinário, porque conseguimos que o filme fosse gravado pelo homem que filmava a volta a Portugal em bicicleta, ou seja, tinha a prática e o rigor de que eu precisava. Por seu lado, o assistente teria de ser uma pessoa capaz de me garantir os focos corretos, pois eu trabalhava com luzes muito baixas e com muita pouca profundidade de campo. Então, o diretor de fotografia escolheu, “Os tempos de antena tinham que ter um tempo de reação imediato e, usando a película, tínhamos de filmar com muita antecedência. Foi então que decidi usar o vídeo.” março’12 13 integridade ENTREVISTA Sucesso comercial sem preconceitos formatos, o estereofónico. Todas estas técnicas fizeram o cinema dar grandes saltos – mas também houve grandes retrocessos. Considero que as técnicas vão quase sempre no sentido de duas coisas: na aproximação do máximo de realismo e simultaneamente do máximo de fantasia. Call Girl 2007 Técnicas, fantasia e realidade Jaime 1999 “O meu primeiro filme foi gravado pelo homem que filmava a volta a Portugal em bicicleta: era a prática e o rigor de que eu precisava.” Aqui D’El Rei! 1992 O Lugar do Morto 1984 Oxalá Perdido por Cem... 1973 Com o seu primeiro filme, Perdido por Cem, António-Pedro Vasconcelos integrou o Cinema Novo português. Mas depois seria dos primeiros realizadores nacionais a reconhecer a importância do êxito comercial dos filmes. O Lugar do Morto, em 1984, é o primeiro de um conjunto de filmes de que o mais recente é A Bela e o Paparazzo, no ano passado. 14 sagelife ©COLECÇÃO CINEMATECA PORTUGUESA-MUSEU DO CINEMA 1981 entre várias pessoas, um ex-carpinteiro. Disse-me que o tinha escolhido no momento em que percebeu que ele conseguia olhar para uma tábua e saber se esta tinha 1 metro e 20 ou 1 metro e 12 – e não se enganou. Um filme acaba por depender desses pormenores e, nesse aspeto, o meu filme foi uma profunda inovação, até porque decidi fazê-lo com som direto, que era mais complicado e não havia experiência disso em Portugal. Corri os meus riscos mas foi fundamental para a estética do filme. Já quando fiz o filme Aqui Del-Rei, trabalhei com atores de três nacionalidades e tive de gerir as três línguas. Houve alturas em que tinha um ator que falava em português, o outro respondia-me em espanhol e o outro em francês. Depois foi preciso dobrar, coisa de que não havia tradição em Portugal, mas eu não hesitei. Esse equilíbrio entre a abertura à inovação e a consciência de que devemos ser nós a dominar a técnica – e não a técnica a dominar-nos – é fundamental. As inovações técnicas são sempre uma coisa extraordinária. Por exemplo, o aparecimento do som, da cor, dos grandes As técnicas permitem que se crie uma imagem ilusória da realidade, mas, por outro lado, permitem que nos aproximemos da realidade. Mesmo quando optamos pela fantasia, ela só funciona quando fizermos crer às pessoas que não é fantasia. E, nesse sentido, a técnica é fascinante e é algo de que os criadores estão sempre à procura. Os criadores estão muito ligados à técnica mas esta também traz muitas facilidades – e a facilidade é inimiga do criador. Eu lembro-me de uma coisa que o Gauguin escreveu numa carta dirigida ao Van Gogh: “Estou farto de pintar e acho que atingi a perfeição. Estou a pintar tão bem que vou começar a pintar com a mão esquerda. E, no dia em que pintar com a mão esquerda tão bem como com a mão direita, vou começar a pintar com o pé direito e depois com o pé esquerdo.” Ou seja, é preciso criar sempre uma dificuldade para podermos evoluir e ter alguma precaução em relação às facilidades que a técnica introduz. Por exemplo, as câmaras de filmar são cada vez mais portáteis e fáceis de manejar – e isso trouxe ao cinema um excesso de facilidade e também um excesso de amadorismo. Há filmes, hoje, que podem ser muito interessantes, ter uma história muito engraçada; mas, muitas vezes, há uma arbitrariedade na escolha dos planos que me choca. Nesse aspecto, sou um pouco clássico: num filme, tudo o que lá está, da forma como está, tem de ter uma razão de ser. O digital e os desafios Adaptei-me muito facilmente ao digital. O digital permite fazer toda a espécie de experiências e vê-las imediatamente. Neste momento, em que começa a haver imensas dificuldades financeiras e que a economia do cinema se alterou devido à pirataria, estou a pensar numa alternativa que é fazer um filme sem dinheiro. Tenho esse projeto na manga e será uma experiência fantástica, porque é confrontar-me com coisas novas e isso é um bocadinho assustador, pois é mais confortável fazermos coisas que dominamos. Mas não podemos ter medo de ter novos desafios – aliás, todos os meus filmes têm desafios novos, de uma forma ou de outra, e só assim faz sentido. integridade REFLEXÕES Jorge Santos Carneiro, CEO SAGE Portugal do séc. XXI – A estória O séc. XXI acabou de começar. Tem apenas 12 anos. Relembrando estórias da nossa história, dos idos séculos XVI, XVII e XVII, dou por mim a pensar o que irão reter as gerações vindouras quando lerem sobre os factos históricos dos portugueses e de Portugal deste século XXI. Desconheço, naturalmente, os textos que serão escritos, mas o que gostaria que lessem, isso sim, consigo imaginar. Gostaria muito que os manuais de história descrevessem a importância do início deste século para o Portugal que então conheçam. Algo semelhante à relevância dos remotos tempos da fundação do país. Algo assim… “Apesar dos primeiros anos do séc. XXI terem sido dos mais difíceis da história recente do país, foi precisamente por essas enormes dificuldades sentidas que o povo se uniu para transformar o país, então superendividado, tirando partido dessa união para o tornar num país “emprestador”, num pequeno país de referência positiva para europa e para o mundo desenvolvido. Após anos duros de muita pobreza, os portugueses tiveram um sonho comum: imaginaram que poderiam transformar aquele país, então tão mal afamado, num país próspero e responsável. Permanecendo exatamente como eram, com todas as suas características boas e menos boas, com toda a cultura de um povo, de uma nação, com muitos e muitos anos de história, mas acrescentando ao sonho comum a força da união. Criaram-se empresas, muitas empresas. Muitas não vingaram e fecharam passado pouco tempo, muitas outras conseguiram singrar. Empresas com empreendedores cujo sonho não era apenas obter sucesso e enriquecer. Era o sonho comum de contribuir para transformar Portugal num país próspero e conceituado mundialmente pelo sucesso dos seus empreendimentos…” Poderá ser esta uma pequena parte da história do nosso séc. XXI. Poderá não ser exatamente assim, mas, ainda assim, permito-me prever que um dia o seja. Claro que é possível; claro que somos capazes; claro que temos todas as condições para o conseguirmos; claro que é o que desejamos…! Resta-nos apenas tomar consciência de que temos TODOS o mesmo sonho e começarmos TODOS hoje a perseguir esse sonho. março’12 15 confiança PRODUTO Sage ERP X3 no iPhone e no iPad Sage IVA 2012 Dos regimes aos preços A Sage Portugal apresenta o Sage IVA 2012, uma solução que vai permitir a preparação atempada das bases de dados e a atualização harmoniosa dos regimes de IVA dos bens e serviços. Esta solução está preparada com um conjunto de ferramentas para ajudar cada cliente, de acordo com o seu cenário de alterações. É composta por três assistentes de conversão. O assistente para alteração do regime de IVA permite preparar a mudança dos regimes de IVA dos bens e serviços; o assistente de conversão do IVA executa ou agenda a conversão do IVA preparado no assistente anterior. Por último, o assistente de preparação de preços redefine os preços dos bens e serviços afetados com a alteração de regime. www.iva2012.com Sage Fiscal Consultório Fiscal em aplicação móvel A Sage disponibiliza a aplicação Sage Fiscal para iOS (iPhone e iPad) e Android. A nova “app” para plataformas móveis permite a pesquisa e consulta dinâmica de informação fiscal nacional: IRS, IRC, IVA, IMT, IMI, Imposto de selo, Acordos de Dupla Tributação e Segurança Social. Além da mobilidade, é a forma estruturada e simples como surge a informação atualizada com as mais recentes alterações decorrentes do Orçamento de Estado para 2012. A mesma informação está acessível aos utilizadores Sage, diretamente através das aplicações de Gestão Sage. Faça já download da Aplicação Sage Fiscal e mantenha-se informado. 16 sagelife Gestão de clientes no telemóvel Em 2008, metade dos habitantes do planeta já possuíam um telemóvel. No primeiro trimestre de 2011, este mercado cresceu 80% e a previsão aponta para que, em 2014, o acesso à internet através de telemóveis e de smartphones ultrapassará o acesso através de PC. “Foi a pensar nesta tendência e na correlativa mudança de comportamentos que a F5 IT desenvolveu a X3app for Sage ERP X3 ”, afirmou Luís Lopes, da F5IT. Com esta ferramenta, pode-se aceder em tempo real ao ERP da empresa e renovar a forma como se acompanha a evolução do negócio – tudo usando apenas um smartphone ou um tablet. De forma rápida, simples e intuitiva, pode-se analisar base de dados do cliente, pesquisar clientes por lista ou palavras-chave, consultar moradas, condições de crédito ou de pagamento, seguros de crédito e montantes em dívida, planear uma rota para a morada do cliente e obter sugestões de percursos alternativos. Também se poderá realizar a análise comercial do cliente: vendas – com comparativo até 3 anos – por cliente, por produto/cliente e por família de produto/cliente. Tal análise poderá ainda contemplar o Top 10 de vendas por família de produto/cliente, a análise financeira de cada cliente, a visualização dos documentos em aberto e o envio de email do extrato de conta do cliente. O X3app for Sage ERP X3 é uma aplicação dirigida ao mercado global e, por isso, multilingue, podendo ser acedida em quatro idiomas. A informação referida pode ser consultada em tempo real no dispositivo. Os principais destinatários são os administradores das empresas, os directores comerciais e os seus colaboradores mais diretos. Analisador SAFT Poderosa ferramenta nas soluções Sage O Analisador SAFT permite interpretar, analisar e auditar a informação constante no seu ficheiro SAFT, incluindo ainda um conjunto de testes automáticos de coerência da informação, antecipando eventuais falhas no reporte fiscal e contribuindo para um uso mais eficiente da solução Sage. Destacamos os testes automáticos de coerência da informação, dos quais: • Testes de integridade (cumprimento regras especificadas na portaria do SAFT); • Testes de campos ilógicos (ex: verificação ao digito de controlo do NIF, controlo de limite de datas de conversão de guias em faturas, etc.); • Testes de resultados ilógicos (ex: teste a contas com saldos anormais, identificação de discrepâncias entre valores da contabilidade e da faturação, etc.) Recursos Humanos em Angola confiança A Sage Portugal e o seu parceiro Several Ways participaram no 1º Fórum de Recursos Humanos em Angola, organizado em Luanda pela IIR em Novembro último a pensar nos desafios de uma economia em crescimento. PRODUTO Sage GesRest II Faturas certificadas na restauração A Sage anunciou no final de 2011 o Sage GesRest II, o seu mais recente produto para a área da restauração. Desenvolvido de raiz pela Sage Portugal, o Sage GesRest II resulta do investimento e do know-how da empresa adquiridos ao longo dos anos: é multiplataforma (Windows, Linux, Android e, em breve, iOS), tem arquitectura SaaS (permitindo correr uma aplicação num browser) embora suporte ainda a instalação isolada tradicional nos pontos de venda. Os novos princípios de funcionamento abrem inúmeras possibilidades, como o acesso à aplicação em qualquer lugar através da Net, para maior controlo do negócio. Rui Cordeiro Sales Manager - Pequenas e Médias Empresas [email protected] COM OU SEM NOVOS PARADIGMAS Qualidade e estabilidade nos produtos Com módulos específicos para restaurantes, cafetarias, pastelarias, bares e discotecas, o Sage GesRest II disponibiliza uma solução touch-screen dinâmica, funcional e simples de instalar e utilizar Facilitar pagamentos e prazos Loja Sage agora com débito direto A loja online da Sage Portugal passou a contar com o recurso aos débitos bancários diretos para liquidação dos valores envolvidos. Assim, os clientes poderão aí proceder à aquisição dos produtos da nova linha Sage 2012, nomeadamente aqueles destinados às micro-empresas e aos empresários em nome individual. A Loja Sage proporciona ainda, de forma simples e expedita, a possibilidade de os clientes liquidarem os montantes respetivos em 12 mensalidades sem quaisquer encargos adicionais. www.lojasage.pt Estatuto Oracle Database Ready Oracle distingue o Sage ERP X3 O Sage ERP X3 alcançou o estatuto Oracle Database Ready após ter sido demonstrado que suporta em pleno a Release 2 da Oracle Database 11g, permitindo à Sage executar as suas aplicações de bases de dados na Oracle Database Appliance – um sistema de engenharia de software, servidores, armazenamento e rede simples, fiável e acessível que ajuda os clientes e parceiros da Oracle a economizar tempo e dinheiro, simplificando a implementação, manutenção e suporte de cargas de trabalho na base de dados. Membro Gold da Oracle PartnerNetwork, a Sage é, assim, reconhecida por desenvolver, testar e afinar as suas aplicações em sintonia com os mais recentes sistemas da Oracle. A Oracle Database 11g Release 2 oferece à Sage um desempenho líder na indústria, confiança e escalabilidade para gerir as aplicações de negócio críticas mais exigentes. E ajuda os clientes reduzindo o uso do armazenamento e as tarefas de administração, e permitindo a consolidação para ambientes seguros de bases de dados na nuvem (Cloud) privada. Assisti, nos últimos 16 anos, a diversas alterações de paradigmas na área comercial, seja no setor empresarial, seja no setor do retalho específico (tradicional). E se é certo que alguns desses paradigmas eram consequência de um período económico mais ou menos favorável à atividade comercial, outros radicaram em orientações de experts e gurus da atividade comercial, a nível nacional e internacional. Independentemente do(s) paradigma(s) que possam resultar na (ou da) conjuntura atual, só uma relação forte entre fornecedores e clientes poderá ajudar a ultrapassar qualquer momento económico menos favorável. Quanto à Sage, o cliente – como utilizador das nossas ferramentas de gestão – pode esperar, como compromisso, as implementações que visem dotar os seus produtos de ferramentas cada vez mais eficazes para uma gestão cada vez mais de excelência, auxiliando assim a sua empresa a maximizar resultados e minimizar custos, tanto no plano comercial como na vertente contabilística. O ano de 2012 será muito rico em novas funcionalidades em todos os produtos Sage, ferramentas úteis para a atividade em geral, orientadas para a facilidade, a usabilidade, os resultados de vendas e a fidelização de clientes. Mas, para além das novas funcionalidades, a Sage pretende também garantir uma excelente qualidade e estabilidade nos seus aplicativos. E, para que tudo esteja sempre de acordo com as alterações fiscais, iremos implementando opções para satisfazer as mais diversas exigências legais. O nosso cliente está completamente seguro com o contrato/serviço Sage Care, que garante actualização permanente. A todos os nossos clientes e utilizadores, votos de um excelente ano 2012... e bons negócios! março’12 17 confiança Paulo Futre deixou marca EVENTOS Sage Partners Meeting Point “O sucesso de edições anteriores do Sage Partners Meeting Point levou-nos a avançar com este patrocínio. A Sage é um player de referência no mercado português e consideramos que faz todo o sentido estar ao seu lado nesta iniciativa.” Nos dias que se seguiram ao evento, foi visível a interação no Facebook da Sage. Todos foram unânimes em que a presença de Paulo Futre foi um dos pontos altos do evento. SAGE PARTNERS MEETING POINT 2012 Sage partilha estratégia de negócio com parceiros Em cinco cidades, 80 empresas e 1200 participantes ficaram a conhecer as novidades para 2012, em particular as novas soluções para as PME CARLOS BARROS Diretor Geral da Fujitsu Technology Solutions “A Grenke, que patrocina pelo 3º ano consecutivo o Sage Partners Meeting Point, acredita no sucesso deste encontro e nas mais-valias do mesmo para a sua empresa. A forte audiência é um estímulo para voltar a apoiar o encontro anual de parceiros da Sage.” O Partners Meeting Point 2012 contou um convidado surpresa muito especial – Paulo Futre. O conhecido ex-futebolista aceitou o desafio da Sage e falou com os presentes acerca de motivação de equipas, nomeadamente em situações adversas, proporcionando momentos inesquecíveis de humor e de inspiração. MANUEL SOUSA Regional Diretor da Grenke “Participar no Sage Partners Meeting Point é a ocasião ideal para, não só dar a conhecer a ZON Empresas aos parceiros SAGE como, e sobretudo, para dar início a um trabalho conjunto e integrado entre SAGE e ZON Empresas onde as sinergias produzidas serão diretamente revertidas, de forma exclusiva, para esta rede de parceiros” DIOGO SERRAS PEREIRA Diretor Comercial da ZON Empresas 18 sagelife Jorge Santos Carneiro, CEO da Sage Portugal, saudou os participantes nas sessões do Partners Meeting Point 2012 e falou da estratégia da empresa para este ano. Por seu lado, Céu Mendonça, SME BU Manager, partilhou com os parceiros Sage as principais novidades para o ano fiscal 2012. “J untos chegamos mais longe” foi o mote da terceira edição do Sage Partners Meeting Point. Nas sessões realizadas em cinco cidades portuguesas – Braga, Porto, Coimbra, Lisboa e Faro –, a Sage Portugal reuniu 80 empresas e cerca de 1200 participantes oriundos de todo o país, com os quais partilhou a sua estratégia de negócio para o ano fiscal e a quem apresentou as mais recentes soluções para o segmento das PME. Em cada uma das sessões, o enquadramento comercial foi traçado por Céu Mendonça, tendo Joaquim Machado e Sérgio Braga dado conta das novidades Sage para 2012. Sérgio Rodrigues e Rui Cordeiro anunciaram as novidades na área da restauração, com o Sage GesRest II, após o que Ana Ribeiro e Paula Teixeira falaram sobre as recentes mudanças do Sage Institute. O tema do suporte técnico Self Service esteve a cargo de Ana Ribeiro e Sílvia Pinheirinho, enquanto as soluções MGE-Sage ERPX3 Standard Edition foram apresentadas por Nuno Carvalho. Céu Mendonça partilhou com os parceiros Sage a estratégia comercial para 2012 para depois fazer o lançamento do Sage Easy. A finalizar, José Carvalho e Rui Cordeiro enumeraram as novidades Sage na área de gestão comercial, tendo este último falado ainda sobre as novidades Sage Retail. A edição deste ano teve o patrocínio dos parceiros Zon Empresas, Grenke, Fujitsu e Ingram Micro, tendo como expositores a Priceless, a JoinFR e o Grupo Sistemas. confiança EVENTOS Encontro Anual OUTROS EVENTOS Os desafios do Franchising A Sage marcou presença neste Encontro Anual dos Profissionais de Franchising com o seu Parceiro Mundicés. Foi um evento que reuniu as principais marcas para debater os desafios do setor. Naquela que foi a sua terceira edição, o Encontro Anual dos Profissionais de Franchising teve como objectivo a interação entre os vários profissionais da área para encontrarem ideias e soluções, bem como definirem estratégias face às novas tendências de mercado. O balanço do evento foi muito positivo, a começar pelo número de participantes – mais de sete dezenas. O grau de satisfação geral registado pelos questionários revelou que 90% dos participantes ficaram Implicações do OE 2012 em seminário Muito Satisfeitos, tendo referido que assistiram a um “evento de muita qualidade”, “relevante para o setor” “produtivo e clarificador”. Uma maioria dos presentes referenciou ainda uma “ótima organização e escolha dos participantes”. Sage Retail Webinars Mid-Market O saber não ocupa lugar A fim de contribuir para que os clientes Sage conheçam melhor as suas soluções e tirem o melhor partido das aplicações instaladas, a empresa tem já em curso um conjunto de webinars mensais, com a duração de 1 hora, em que se pretende ir ao encontro das necessidades sentidas pelos utilizadores. Estes, através de www.sage.pt, têm vindo a inscrever-se no ciclo de webinars após terem assinalado as temáticas que gostariam de ver abordadas nestas sessões – ordenando até 10 desses temas de acordo com a preferência. “PENSANDO NAS NECESSIDADES DOS NOSSOS CLIENTES E PARCEIROS, PLANEÁMOS UM CICLO DE WEBINARS SOBRE OS TEMAS MAIS PROCURADOS.” Claudia Carvalho Professional Services Manager Sage Portugal [email protected] As mais de mil presenças traduziram o êxito do seminário “Orçamento de Estado para 2012: O Impacto Jurídico-Fiscal”, promovido em Lisboa e no Porto pela Sage Portugal e pela Gali Macedo & Associados. Entre os oradores, destacaram-se Abílio de Sousa, da Direção dos Serviços do IRC, o Prof. Joaquim Rocha, da Universidade do Minho, e os juristas Patrícia Meneses Leirião e Tiago Gali Macedo. Conferência E-GRH Com a sua solução HRM X3, a Sage esteve presente na 12ª Conferência E-GRH, no Hotel Sofitel Lisboa, em Outubro último. Organizada pela Recursos Humanos Magazine com o tema “A Gestão do Capital Humano no Século XXI”, a iniciativa proporcionou uma aprendizagem intensiva sobre as novas tecnologias na gestão de recursos humanos. Profissionais de gestão na área, consultores e académicos transmitiram a sua experiência e os seus testemunhos. PRÓXIMOS EVENTOS Expo RH 2012 14 E 15 DE MARÇO A Sage estará presente na Expo RH 2012 a fim de reeditar o sucesso da sua participação na anterior edição. No maior e mais conceituado evento profissional de RH em Portugal, haverá ideias inovadoras para uma maior interação entre todos os agentes do setor e os cerca de 3 mil profissionais. Num só espaço ao longo de dois dias, serão apresentados e discutidos os fatores de sucesso das empresas. Informação adicional em: www.exporh.ife.pt/homepage.aspx?menuid=1 6ª Conferência Anual de Gestão Financeira 17 DE ABRIL “Levar a tesouraria para além da crise” é o mote desta iniciativa da EuroFinance com o apoio da Sage. Estarão em debate a gestão de risco, o financiamento em mercados externos e os termos de tais opções. Mais informações em: www.eurofinance.com/portugal março’12 19 confiança PARCERIAS Protocolo com Universidade do Minho Graças à Sage, à Universidade do Minho e ao parceiro Soft Institute, todos os alunos de Gestão e Tecnologias de Sistemas de Informação irão ter acesso ao software Sage ERP X3, passando assim a dispor de uma solução de gestão integrada, desenhada para responder aos processos de gestão mais elaborados. Parceria com Several Ways e evento da ICSTI e da Câmara de Comércio e Indústria Sage reforça aposta em Angola Numa contínua aposta no mercado Angolano, a Sage Portugal estabeleceu uma parceria com a Several Ways SA, uma empresa angolana de desenvolvimento de projetos de Engenharia Informática dedicados à integração de tecnologias nas empresas, especialmente na implementação de software de gestão. A parceria com a Sage Portugal está assente na distribuição dos produtos baseados na plataforma tecnológica SAFE X3 (Sage ERP X3, Sage HRM X3 e Sage Geode), permitindo à Several Ways dirigir-se a um segmento de mercado diferente daquele com o qual tem trabalhado. Paralelamente, a Sage Portugal apresentou em Luanda as suas soluções FRP (Financial Resource Planning) e ERP (Enterprise Resource Planning) à Banca e às principais empresas do mercado angolano, num evento co-organizado pela ICSTI, fornecedor de soluções empresariais, e pela Câmara de Comércio e Indústria de Angola. De acordo com Carlos Mendes, da ICSTI, neste evento “foi evidenciada pelos participantes a ausência de soluções nesta gama de software, bem como o interesse das mesmas nas empresas angolanas, o que vem confirmar a nossa aposta neste mercado.” J. Xavier de Basto, Pre-Sales Manager da Sage Portugal, afirmou na ocasião: “A Sage acredita que o mercado angolano tem um grande potencial e quer fazer parte do crescimento e evolução do negócio dos atuais e futuros clientes”. Zon Empresas Socotec Software e telecomunicações Sage ERP X3 nas 27 subsidiárias do grupo Durante o Sage Partners Meeting Point 2012, a Sage Portugal e a ZON Empresas anunciaram uma parceria estratégica, através da qual os parceiros Sage irão fornecer os serviços ZON Empresas, com acesso a todas as vantagens de ser parceiro ZON e oferecendo benefícios exclusivos para o cliente final. Ambas as empresas acreditam que as telecomunicações e o software são cada vez mais indissociáveis e crêem que a evolução do mercado vai passar por modelos de utilização de software que proporcionem acesso online, mobilidade e em multi-plataforma, eliminando a necessidade de investimento inicial por parte do cliente final. Para Céu Mendonça, responsável pelo segmento PME da Sage Portugal: “É, sem dúvida, uma relação win-win para ambas as empresas.” 20 sagelife O Grupo Socotec escolheu a solução Sage ERP X3 para ser implementada nos seus escritórios em 27 países onde opera. Líder mundial em inspeção, assistência técnica, consultoria e serviços de formação nos setores da construção, do imobiliário, da indústria e da saúde, o Grupo Socotec contará com a Logica para a implementação do novo sistema de informação, que terá como base o Sage ERP X 3 V6 e contempla cerca de 3 mil estações de trabalho nos escritórios da Socotec na Europa, no Médio Oriente, em África e nos Estados Unidos. “CONFIRMA-SE O SUCESSO DA PARCERIA ENTRE A SAGE E A LOGICA NA DISPONIBILIZAÇÃO DO SAGE ERP X3 A NÍVEL INTERNACIONAL.” Jorge Santos Carneiro CEO Sage [email protected] A pensar no futuro Nos últimos anos, a Brisa aceitou o desafio da sustentabilidade, integrando na sua estratégia as dimensões social e ambiental. A empresa definiu a sustentabilidade como a busca simultânea do crescimento com lucro, do progresso social e da qualidade ambiental. confiança PERFIL Pedro Botelheiro – Brisa “Fomentar a eficiência operacional” O responsável pelo Serviço de Tesouraria do Grupo Brisa aponta os factores que levaram à opção pelo Sage FRP C om o objectivo de assegurar um sistema automático de envio de ficheiros de pagamento/recebimento com largo espectro bancário, sob uma arquitetura técnica que cumpra os requisitos de auditoria/segurança e de política interna, a Brisa Auto-Estradas de Portugal selecionou a Sage Portugal para a implementação da solução XBE/Signature. Requisitos como a segurança, a auditoria e a arquitetura aplicacional foram alguns dos predicados que levaram a Brisa a optar pela solução Sage. Como surgiu a necessidade de uma solução de comunicações bancárias? À luz das orientações estratégicas do Grupo Brisa, cabe a cada departamento assegurar iniciativas que contribuam para os objectivos de eficiência operacional. Assim, a Brisa (e o seu Serviço de Tesouraria) tem vindo a privilegiar a automatização dos meios de pagamento/ recebimento, investindo nos meios técnicos e na revisão de processos, onde são identificadas claras oportunidades de melhoria. O processo de envio de ficheiros de pagamento implicava uma alocação de recursos (tempo) superior ao valor acrescentado gerado, e por isso era otimizável. O que vos levou a escolher a solução Sage FRP e quais foram as mais-valias que a Sage ofereceu à Brisa? Após uma prospeção às diversas ofertas no mercado, apenas a solução Sage FRP detinha as características técnicas que respondiam aos nossos exigentes requisitos funcionais, nomeadamente em termos de segurança, auditoria e arquitetura aplicacional. A experiência da Sage, com uma aplicação com provas dadas, foi crucial na decisão final e na redefinição do próprio processo de envio (e gestão) de ficheiros de pagamentos. PEDRO BOTELHEIRO Que benefícios esperam alcançar com a implementação desta solução? No atual enquadramento económico adverso e num contexto de prestação de serviços em Centros Corporativos, assume particular importância a alocação de recursos às atividades de efetivo valor acrescentado. Ao fomentarmos a eficiência operacional, possibilitamos a realocação dos recursos (tempo) a atividades analíticas. Por outro lado, a otimização da liquidez (confiança na data-valor das operações) e a segurança dos fluxos monetários são cada vez mais exigências críticas numa Tesouraria Corporativa. Tendo concluído em 2002 a licenciatura em Economia no ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão), Pedro Botelheiro iniciou a carreira de Consultor de Gestão na Deloitte, sobretudo na área Financeira. Complementou a formação académica com uma Especialização (2004) e um Mestrado Executivo (2010) em Corporate Finance, ambos no ISCTE-INDEG Business School. Após esta experiência, é vosso objectivo continuar a trabalhar com a Sage? A otimização de processos, na área dos fluxos financeiros, mantém-se uma prioridade. O currículo e a experiência da Sage na Brisa atestam claramente a sua competência e capacidade de entrega. Mediante a identificação de novas oportunidades, a Sage será com certeza tida como uma opção mais do que válida. março’12 21 confiança TESTEMUNHO Da tradução à gestão Com 47 anos, Ana Vieira, natural da ilha da Madeira, é formada em Tradução e Interpretação, e finalista da licenciatura de Gestão. Ana tem como hobbies favoritos a leitura, o cinema, a fotografia e, nos tempos livres, também gosta de desfrutar da natureza e de praticar pedestrianismo. Ana Vieira – Friofarma “Sage demonstra uma grande capacidade evolutiva e inovadora” A coordenadora da área administrativa e financeira da Friofarma comenta a relação de sete anos da empresa com a Sage O rigor na contabilização de custos e na gestão de stocks é pedra de toque na atividade quotidiana da Friofarma. Daí o interesse em saber os critérios para a escolha de uma solução Sage. Qual a sua primeira experiência marcante como cliente Sage? A experiência mais marcante foi a transição do POC (Plano Oficial de Contabilidade) para SNC, não só pela formação disponibilizada mas também pela forma “pacífica” como foi possível realizar essa transição. Recorda-se da razão que levou a sua empresa a recorrer às soluções Sage? A opção pelo recurso às soluções Sage prendeu-se com a necessidade de uma aplicação de fácil utilização, com soluções integradas de gestão Comercial e Contabilidade, que permitisse movimentar stocks e ter um 22 sagelife “Precisávamos de uma aplicação integrada de gestão comercial e contabilidade, para stocks e inventário permanente.” inventário permanente, com a especificidade exigida pela nossa atividade. Desde o início da sua relação, como cliente, com a Sage até aos dias de hoje, que principais evoluções verificou na atividade da empresa? A Sage tem vindo a demonstrar uma grande capacidade evolutiva e inovadora nas suas soluções, tornando-as muito acessíveis ao utilizador. Como classifica a postura no atendimento e a qualidade do trabalho dos colaboradores Sage? Os colaboradores da Sage com quem já tivemos contacto têm sido sempre muito prestáveis e profissionais. Qual o ramo de atividade da Friofarma Dist.Log. Medicamentos SA.? A Friofarma é uma empresa de logística de distribuição e comercialização na área do Medicamento. Que tipo de soluções ou de produtos Sage utiliza atualmente e com que finalidade? Atualmente utilizamos as soluções Sage para a Gestão Comercial, Contabilidade, Gestão de Pessoal e Gestão de Equipamentos e Ativos. Das sessões de formação Sage que frequentou até agora, o que destaca como sendo de mais positivo? Logística em ambiente controlado A Friofarma dedica-se ao armazenamento e distribuição de produtos farmacêuticos em ambientes controlados – em termos de temperatura, humidade e ventilação –, para o que equipou expressamente em 2004, no Cacém, nos arredores de Lisboa, um conjunto de pavilhões com capacidade para manter 440 europaletes entre os 20 e os 25ºC e sujeitas a uma humidade relativa abaixo dos 60 por cento, além das condições de espaço, luz e segurança exigidas para este tipo de produtos. A Friofarma dispõe ainda, no Cacém, de uma câmara frigorífica capaz de assegurar níveis térmicos entre os 2 e os 8º C. Das diversas ações de formação Sage que já frequentei, gostaria de realçar particularmente a qualidade dos formadores, o domínio dos temas abordados e a disponibilidade para esclarecer dúvidas quer durante a ação de formação, quer posteriormente. Sabia que... A partir de 1 de abril de 2012 a utilização de software certificado passa a ser obrigatória também para as empresas com volume de negócios superior a 125.000€.O software Sage já está de acordo com as novas regras decertificação de software de Faturação www.softwarecertificado.sage.pt inovação BENCHMARK APLICAÇÕES DE NEGÓCIO O que muda em 2012 na certificação de Software? As novas regras de certificação de software entram em vigor no dia 1 de abril e têm várias implicações Joaquim Machado R&D Manager [email protected] S SOLUÇÕES CERTIFICADAS TWAR F O E CERTIFICADO SAGE A certificação do software é obrigatória desde 1 de janeiro de 2011. Esta é uma medida que visa facilitar o cruzamento de dados e a criação de mecanismos de controlo e auditoria integrados no software, no sentido de impedir as fraudes fiscais. A obrigatoriedade de certificação de software foi entretanto revista em 2012, pela Portaria n.º 22-A/2012. Software certificado A principal mudança é que desde 1 de Janeiro de 2012 que a utilização de Software Certificado passou a ser obrigatória também para as empresas com volume de negócios superior a 150.000€, montante que irá passar para 125.000€, a partir de 1 de abril de 2012, e de 100.000€ a partir de 1 de janeiro de 2013. A nova portaria estabelece ainda que a partir de 1 de abril de 2012, apesar destes limites, qualquer empresa que opte por utilizar um programa de faturação é, sem exceção, obrigada a usar um programa certificado. Além disso, a utilização de software certificado passa a ser igualmente obrigatória para empresas que não comercializem bens ou prestem serviços ao consumidor final. Ou seja, passam também a ser obrigadas à utilização de software certificado as empresas que não tendo relações com o consumidor final, estavam até então dispensadas desta obrigatoriedade. A Sage, à semelhança das fases anteriores de entrada em vigor das novas regras para o uso de aplicações de negócio pelas empresas, está a planear rigorosamente a melhor forma de responder a estas questões e de oferecer aos seus clientes a melhor solução. Os clientes poderão contactar a Sage através da linha de apoio ao cliente (808 200 482) ou através do endereço electrónico [email protected] a fim de obterem qualquer esclarecimento. Ampliado o universo de empresas abrangidas A Sage está a adequar as diversas soluções de gestão de forma a contemplar as alterações impostas pela Autoridade Tributária e Aduaneira, com a certificação de software. As novas medidas tocam em diferentes âmbitos: no universo dos sujeitos passivos que agora estão obrigados a utilizar software certificado mas também nas especificações das regras técnicas a observar pelos sistemas de facturação. O número de sujeitos passivos abrangidos pela obrigação de usar software certificado aumenta agora não só pelo facto do limite do volume de negócios ter baixado dos 250,000€ para os 125,000€ a partir de 1 de abril de 2012 (posteriormente para 100,000€ a partir de 1 janeiro de 2013) mas também pelo facto de ter caído uma importante exclusão anteriormente concedida aos sujeitos passivos que tinham operações exclusivamente com clientes que exercem actividades de produção, comércio ou prestação de serviços, incluindo os de natureza profissional (as operações designadas por B2B). março’12 23 inovação RESPONSABILIDADE SOCIAL Dos mitos à eternidade “Viagens de José pelo Mundo dos Sonhos”, de Helena Osório, apresenta um menino que percorre os cinco continentes até reencontrar o avô e descobrir que a eternidade reside no amor (Animedições, Porto, 2011, colecção apoiada pela Sage Portugal). SAGE PORTUGAL ABRAÇOU O ESPÍRITO NATALÍCIO Gestos que fazem a diferença Além de ofertas a crianças em hospitais e instituições de solidariedade social, a empresa encaminhou apoios para a Associação Bagos d’Ouro e o Books4All A Sage Portugal procurou tornar este último Natal mais divertido e caloroso para miúdos e graúdos! Em Lisboa, foi oferecido o livro “Viagens de José pelo Mundo dos Sonhos”, de Helena Osório, a crianças do Hospital D. Estefânia, do IPO, do Hospital Santa Maria, do Abrigo Infantil da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, bem como à Ludoteca do seu Centro de Dia Boaventura. No Porto, os “Consideramos que cada pequeno gesto pode fazer uma enorme diferença e trabalhamos neste sentido” SARA MACHADO, Marketing e Comunicação do Douro – foi também alvo de uma atenção particular. O apoio dado pela Sage a esta associação permitir-lhe-á prosseguir o acompanhamento do percurso escolar dos vários jovens e criar oportunidades para o desenvolvimento de projectos de vida de sucesso. Livros e roupas meninos e as meninas do IPO e do Colégio Nossa Senhora da Esperança, da Santa Casa da Misericórdia, também receberam um exemplar deste livro. Percursos escolares As crianças do IPO do Porto também quiseram dar as Boas Festas à Sage e fizeram um postal. 24 sagelife A obra “Viagens de José pelo Mundo dos Sonhos” reúne um conjunto de cinco contos que abordam as viagens de um menino pela mitologia dos povos e pelo tempo da eternidade. Estes contos são apresentados com pormenores da pintura dos artistas plásticos Armando Alves e José de Guimarães, e com ilustrações inéditas de António Barros, Paulo Neves e Rui Paiva. A Associação Bagos d’Ouro – que apoia crianças e jovens carenciados na região A Sage Portugal apoiou ainda iniciativas como a Operação Nariz Vermelho, o Books4All (que recebe livros, usados ou não, para os fazer chegar a crianças carenciadas) e a recolha de roupa para o Banco de Vestuário, criado pela Santa Casa da Misericórdia do Porto, e para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. “Costumamos associarnos a este tipo de iniciativas e, no Natal, mais sentido faz. Consideramos que cada pequeno gesto pode fazer uma enorme diferença e trabalhamos neste sentido,” afirma Sara Machado, responsável pelo Marketing e Comunicação da Sage Portugal. “Esperamos que os livros que oferecemos e a roupa que recolhemos tenham feito a diferença e contribuído para um Natal melhor para todos!”. Sabia que... De acordo com vários estudos feitos pela Global Footprint Network, o planeta Terra precisa de 18 meses para renovar o que usamos num ano. A este ritmo, em 2030 precisaremos de dois planetas para nos sustentar. inovação AMBIENTE QUERCUS AVALIA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL Para uma Pegada mais ecológica A Sage Portugal uniu esforços com a Quercus na criação de uma ferramenta online que permite calcular a Pegada Ecológica de organizações serem mais eco-eficientes É uma realidade que os recursos naturais do planeta não são inesgotáveis. Mesmo os recursos renováveis, devido ao excesso da sua exploração, podem chegar à exaustão. Cada vez mais é preciso ter uma atitude responsável na utilização dos mesmos, combatendo os elevados padrões de consumo e desperdício que podem ter consequências desastrosas nos níveis de crescimento económico. Foi numa postura de consciencialização que a Quercus, com o apoio da Sage, resolveu lançar o sítio ‘Pegada Ecológica’, uma ferramenta que permite avaliar o impacto da atividade das empresas sobre a biosfera. Cada empresa pode fazer o registo no sítio, efetuar o cálculo da sua Pegada Ecológica, guardar o resultado e comparar com os resultados obtidos de futuro. Empresas como a Simarsul (do Grupo Águas de Portugal), a Unicre (serviços financeiros e rede Multibanco) e a Zmar (ecoturismo, tendo aberto um Filipa Pereira WebMarketing & Social Media Specialist [email protected] Rolhas por árvores A Quercus lançou em 2008 a iniciativa Green Cork visando a recolha de rolhas usadas para reciclagem e aplicando as receitas assim obtidas para financiar o plantio de novas árvores no âmbito do projecto Criar Bosques. Assente numa parceria com uma rede de supermercados, ela está agora a desenvolver-se também através das escolas ([email protected]). Até finais de 2010 já haviam sido plantadas mais de 120 mil árvores graças a este projecto. parque de campismo muito inovador perto de Odemira) já aderiram ao programa. Como funciona? Os cálculos são feitos com base no consumo das principais categorias de produtos que as empresas utilizam, assim como no destino que dão aos resíduos que produzem e no uso que fazem do solo. O resultado é expresso em hectares de ecossistema necessários para suportar a atividade da organização nas diferentes categorias analisadas. “Estamos convictos que se trata de uma mais-valia para o ambiente, não só promovendo um consumo mais eficiente de recursos como incentivando ao investimento em capital natural”, afirma Nuno Forner, da Quercus. A associação ambientalista ressalva que o cálculo efectuado não engloba a totalidade dos impactos causados por uma organização, servindo apenas para uma avaliação simplificada da pegada ecológica. Ao aderirem a este programa, as empresas podem subscrever um compromisso a longo prazo para a redução e a compensação do impacto da sua atividade no planeta. É possível encontrar no site algumas dicas para a redução e compensação da utilização das energias. Um projecto interessante “Este projeto da Pegada Ecológica foi considerado muito interessante pela Sage e temos a maior satisfação em poder trabalhar diretamente com a Quercus para o realizar.” As preocupações com a sustentabilidade ambiental têm sido uma constante na empresa e isso tem tido tradução prática em muitos aspetos da nossa atividade. Uma das mais recentes medidas verificou-se a propósito das embalagens para os produtos Sage da linha 2011, tendo-se optado por redesenhar as caixas com dimensões inferiores às que eram usuais – o que permite poupar na matéria-prima. www.ecopegada.org março’12 25 inovação OPINIÃO Isália Barata, Responsável pelo Projecto Startup Sage [email protected] Empreendedorismo em Portugal O desafio foi-me lançado e, a meu ver, era ambicioso: escrever um pequeno artigo de opinião sobre Empreendedorismo com cerca de 2700 caracteres. Impossível – achei eu! Como é possível falar de um tema que me apaixona, sobre o qual tenho trabalhado dia e noite, com um limite de caracteres? O curioso é que facilmente fiz o paralelismo entre a minha (pequena) questão e o desafio de ser Empreendedor em Portugal. Como é que um Empreendedor cria o Seu Negócio, a concretização do seu sonho de vida, na maior parte das vezes, com um limite de recursos (sejam eles financeiros, operacionais ou mesmo de mercado)? A informação é difusa e pouco clara, a burocracia é ainda uma realidade, a falta de dinheiro para começar ou, muitas vezes, a falsa questão de que é necessário muito dinheiro para começar e, sobretudo, a incerteza de ter ou não Clientes e de estes estarem dispostos a pagar pelo seu Produto ou Serviço. É possível criar o negócio que achamos que faz todo o sentido existir e que terá o nosso cunho pessoal, com estes limites? Estou cada vez mais certa de que a resposta é: Sim, podemos! Nos últimos meses tenho convivido de perto com esta comunidade, tive oportunidade de entrevistar pessoalmente dezenas de pessoas, ouvir de viva voz exemplos de Fracassos e de Sucessos e existe um elemento que sobressaiu sempre de todas estas conversas, palestras, e seminários a que assisti: a atitude faz toda a diferença ou, se quisermos usar um estrangeirismo, o mindset! Neste meio, temos de acreditar que tudo é possível, que os fracassos fazem parte de um caminho, que por vezes é longo e nem sempre cheio de sucesso no início. Mas, Ser para os Empreendedores, porque acreditam e sabem que falhar não é nenhuma vergonha mas sim uma parte do processo, estes limites são mais que uma dificuldade, são antes uma necessidade. Esta necessidade, está há algum tempo identificada e é neste momento quase uma obrigação nossa, e por nossa quero dizer da Sage, supri-la! Quem melhor do que nós para entender este mindset e poder agregar toda a informação de forma simples e intuitiva? E porque não estar ao lado dos Empreendedores a fazer o Plano de Negócios e a Testar o Mercado? De que vale termos o melhor produto ou serviço do mundo, estar baseado na melhor tecnologia ou ter o melhor serviço de atendimento, se os Clientes, não querem este Produto, ou este Serviço? Porquê perceber isso só depois de abrir a empresa? Queremos e podemos facilitar as Parcerias básicas no início de vida de uma Startup. É tudo isto que nós queremos dar aos nossos Clientes e aos Potenciais Clientes e fazemo-lo com a Confiança de quem já fez o trabalho de casa. Testamos o mercado, identificamos os obstáculos que existem na criação de startups, apontamos as soluções que são mais valorizadas para fazer face aos obstáculos e, é com base nisso, que queremos endereçar este mercado. Por isso, e porque acredito que ser Empreendedor é mesmo uma questão de atitude, é-me difícil limitar um artigo de opinião. Todos deveríamos ter um espírito empreendedor, porque é desse espírito que as empresas portuguesas precisam, independentemente da sua dimensão. Cada um de nós devia acreditar no que faz, fazê-lo como se fosse algo nosso, com a responsabilidade acrescida de encarar os fracassos como etapas para nos ajudarmos e, mais facilmente, chegarmos ao sucesso. Empreendedor é mesmo uma questão de atitude. 26 sagelife