Revista 22/2008 - Conselho Regional de Educação Física da 4ª
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Carta Participação no Congresso Pré-Olímpico de Ciências do Esporte (Pequim/2008) 2 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 “Foi um momento clímax. Minha primeira tentativa de apresentação em inglês, o contato com o mundo acadêmico de nossa área, muitos trabalhos relacionados ao Kung-Fu, salas de apresentações imensas, porém vazias [pois eram muitos assuntos ao mesmo tempo]... O impacto da palestra do Dr. Victor também foi inesquecível para nós, que estávamos distribuindo os materiais do Programa Agita São Paulo antes e depois da sua apresentação. Recordo-me que num momento em que sentei para tomar café, estava na mesa um professor da Inglaterra, que me perguntou onde eu morava. Quando respondi, imediatamente ele disse que conhecia o Programa Agita São Paulo e o Dr. Victor Matsudo. Foi a primeira vez que falei Brasil e não recebi como resposta a palavra futebol. O Congresso contou com mais 2500 participantes representando 40 países diferentes. O Programa Científico foi absolutamente completo, de fazer inveja a qualquer ilustre pesquisador de nossa área. Foram quatro frenéticos dias de overdose de conhecimento, contando com 958 trabalhos apresentados em forma de pôster divididos entre as sessões: Intervenções Cirúrgicas e Diagnósticos; Fisiologia Cardiopulmonar e Exercício; Estratégia de Treinamento, Resposta e Performance; Atividade Física Adaptada; Exercício e Saúde Psicológica; Globalização; Ética e Desenvolvimento Moral; Políticas Esportivas, Economia e Marketing; Estudos Olímpicos; Esportes e Questões Sociais; Fisiologia, Mecânica do Músculo Esquelético e Tecido Ósseo Conjuntivo; Análise da Biomecânica na Lesão Esportiva e Reabilitação; Exercício e Nutrição; Exercício Obesidade e Composição Corporal; Deficiência no Currículo; Esporte, Sociedade e Questões Culturais; Direito ao Esporte; Mecanismo de Treinamento de Força; Programa de Promoção de Atividade Física; Mídia Esportiva; Neurociência; Controle de Doping; Tecnologia e Esporte Paraolímpico; Metodologia e Biomecânica; Adaptação e Supervisão do Treinamento. Também foram realizados seminários com os seguintes temas: Medicina Esportiva, Multidisciplinaridade, Sociologia, Pedagogia, Psicologia, Biomecânica, Nutrição, Atividade Física Adaptada e Promoção de Saúde, no qual o Dr. Victor Matsudo, do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul – CELAFISCS, palestrou sobre o tema ‘Construção de Saúde através da Atividade Física: uma experiência do Agita São Paulo e Agita Mundo’. Neste ano o prêmio de melhor pesquisador jovem foi para uma estudante de doutorado de um país asiático. O trabalho de pesquisa que eu apresentei pela equipe de autores do CELAFISCS, Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas e Dança Laboral no Nível de Atividade Física de Colaboradores do Setor Administrativo], teve sua continuidade no XXXI Simpósio Internacional de Ciência do Esporte realizado no Centro de Convenções Rebouças em outubro, sob o tema ‘Manutenção de Longo Prazo no Nível de Atividade Física de Trabalhadores do Setor Administrativo’. Só posso agradecer pela grande oportunidade e incentivar que outros profissionais também se dediquem à pesquisa. Vale a pena!” Raquel Ponchio [CREF 042771-G/SP] O principal leitor da Revista do CREF de São Paulo são os profissionais de Educação Física e as empresas registradas do Estado de São Paulo. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Destaques da Edição 21 76.500 exemplares COMEMORAÇÃO – A matéria abordou os 10 anos do Sistema CONFEF/ CREFs e os 8 anos de existência do CREF4/SP, com entrevistas com profissionais de Educação Física que participaram do processo de regulamentação da profissão. FISCALIZAÇÃO – A equipe de Agentes de Orientação e Fiscalização foi apresentada, bem como as novas aquisições para a realização dos trabalhos do departamento. EVENTO – O auditório do CREF4/SP foi inaugurado com um workshop para os profissionais sobre “Reciclagem e Atualização em Atividade Física para Terceira Idade”, com a conselheira Maria Alice Corazza. As inscrições foram feitas pela interatividade do portal do Conselho. Os participantes doaram alimentos não-perecíveis ao Grupo Mãos Amigas. NOTÍCIAS – Foram publicadas notícias sobre a união dos conselhos regionais e a lei que fala dobre o desfibrilador. EM AÇÃO – O CREF4/SP participou de audiência com o Ministério Público do Trabalho para discutir o treinamento adequado no futebol, para os atletas mirins dos clubes. O Grupo de Estudos Técnicos de Ginástica Laboral elaborou documento que pode ser acessado pelo www.crefsp.org.br Expediente / Editorial Revista CREF de São Paulo Periodicidade............................................................Trimestral Tiragem..................................................... 77.000 exemplares Publicação oficial do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região - CREF4/SP Rua Líbero Badaró, 377 - 3 º andar Centro - 01009-000 São Paulo, SP Telefax: 11 3292-1700 [email protected] www.crefsp.org.br Atendimento: de segunda a sexta-feira das 8 às 17 horas Diretoria Presidente...................................................... Flavio Delmanto 1º Vice-presidente...................................Margareth Anderáos 2º Vice-presidente.............................. Márcio Tadashi Ishizaki 1º Secretário......................................Marcelo Vasques Casati 2º Secretário...................................Antonio Lourival Lourenço 1º Tesoureiro............................................ Vlademir Fernandes 2º Tesoureiro...........................................Nestor Soares Publio Conselheiros Andréa Ferreira Barros Vidal................... CREF 002619-G/SP Antonio Lourival Lourenço....................... CREF 003040-G/SP Cícero Theresiano Barros........................ CREF 000107-G/SP Flavio Delmanto....................................... CREF 000002-G/SP Georgios Stylianos Hatzidakis................. CREF 000688-G/SP Hudson Ventura Teixeira.......................... CREF 000016-G/SP João Omar Gambini................................. CREF 005302-G/SP Jose Cintra Torres de Carvalho............... CREF 000110-G/SP Marcelo Vasques Casati.......................... CREF 015211-G/SP Márcio Tadashi Ishizaki............................ CREF 001739-G/SP Margareth Anderáos................................ CREF 000076-G/SP Maria Alice Aparecida Corazza................ CREF 012851-G/SP Milton Kazuo Hidaka................................ CREF 001014-G/SP Nelson Gil de Oliveira.............................. CREF 009008-G/SP Nelson Guerra Junior............................... CREF 000006-G/SP Nestor Soares Publio............................... CREF 005511-G/SP Roberto Jorge Saad................................. CREF 000018-G/SP Rodrigo Rosa Koprowski......................... CREF 005297-G/SP Sebastião Gobbi...................................... CREF 000183-G/SP Solange Guerra Bueno............................ CREF 011236-G/SP Vlademir Fernandes................................ CREF 000021-G/SP Walter Giro Giordano............................... CREF 000004-G/SP Comissões Controle e Finanças Documentação e Informação Ética Profissional Eventos Legislação e Normas Orientação e Fiscalização Preparação Profissional Especial de Lutas, Artes Marciais e Esportes de Combate Especial Editorial Jornalista e Editora Responsável Célia Sueli Gennari - MTB 21.650 / CREF 05000-G/SP Tel.: (11) 9252-3379 Projeto Gráfico e Editoração Editora Via Lettera www.vialettera.com.br Designer Gráfico Alex Andrade Fotógrafo César Viégas Impressão Gráfica Esdeva 2008: mais um ano de realizações O CREF4/SP, cada dia mais estruturado, participou de várias reuniões e ações com o objetivo de dar maior visibilidade ao Profissional de Educação Física. Dentro de suas atribui- ções que é fiscalizar, orientar e disciplinar legal, técnica e eticamente o exercício da profissão e defender a sociedade em sua área de atuação, o Conselho está evoluindo ano a ano e se destacando entre os conselhos Flavio Delmanto regionais de outras categorias, na sociedade e chamando a atenção dos órgãos governamentais relacionados à nossa área. Neste ano, a Unidade Móvel de Atendimento – UMA mostrou a que veio e foi bem recebida pelos profissionais em todos os locais por onde passou. O apoio a criação da Associação Brasileira de Ginástica Laboral – ABGL proporcionou encontros com representantes da FUNDACENTRO e estudos têm sido feitos para lançar uma campanha sobre os benefícios da GL. Também junto com o Grupo de Estudos Técnicos em Ginástica Laboral do CREF4/SP, foi elaborado um documento que presta esclarecimentos sobre a GL que pode ser acessado no portal do Conselho. A Educação Física conseguiu papel de destaque na área de saúde e hoje o profissional participa nas UBSs [Unidades Básicas de Saúde], nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF do Sistema Único de Saúde – SUS e tem mais um campo aberto de mercado de trabalho nas assistências médicas privadas. Parcerias foram muitas e outras tantas virão. Uma delas com o CREMESP, para a elaboração de um projeto conjunto para proteger a população, outras com as secretarias estadual e municipal de Esportes e Lazer, além do contato constante com representantes do Ministério dos Esportes. 3 Ano IX ● nº 22 Comemoramos os 10 anos de Sistema e 8 anos de CREF4/SP com muita alegria e esperamos atender sempre e melhor todos os interesses, dentro das atribuições do Conselho, dos profissionais de Educação Física do Estado de São Paulo. Sumário Comemoração. ...............................4 Evento...........................................8 Olimpíadas. ..................................12 Educação Física Escolar.............16 Atuação.......................................20 Em Ação. .....................................23 Notícias. ......................................29 Unidade Móvel de Atendimento. ...30 Registro......................................31 Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP ● dezembro ● 2008 Comemoração Inauguração oficial da sede marca o Dia do Profissional Durante as comemorações, foi realizada a cerimônia de inauguração oficial da sede da entidade, com moderna estrutura para atender aos mais de 65 mil profissionais registrados no Estado. Além disso, a data marcou os 10 anos de regulamentação profissional no Brasil e 8 anos de atividades do CREF4/SP Por Célia Gennari 4 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 As autoridades presentes na mesa de abertura, (da esq. para dir.) Claury Alves da Silva, Orlando Silva, Flavio Delmanto, Jorge Steinhilber e Walter Feldman, foram os responsáveis pelo descerramento da placa de inauguração do CREF4/SP A implantação dos Conselhos Regionais teve início logo após a aprovação da lei que regulamentou a profissão. No ano seguinte, o presidente Flavio Delmanto, com o apoio do Prof. Antonio Carlos Pereira, da Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo, conseguiu a primeira sala para o CREF4/ SP, sob as arquibancadas do ginásio do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera. Em junho de 2000, a entidade locava seu próprio espaço: uma sala subsolo da rua Galvão Bueno, no bairro da Liberdade. Dois anos depois, transferiu-se para o 27º andar do número 377 da rua Líbero Badaró, no Centro da capital. E, finalmente, em 2006, com 54 mil profissionais registrados, conquistou a sua sede própria no 3º andar do mesmo edifício. Hoje, com 80 funcionários, a sede está totalmente equipada para prestar pronto atendimento aos profissionais, Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP inclusive com o já reconhecido trabalho da Unidade Móvel de Atendimento. Antonio Carlos Pereira contou que esteve pela primeira vez na sede do Conselho no momento da renovação de sua Cédula de Identidade Profissional e quando a porta do elevador se abriu, ele ficou emocionado. “Eu disse: - ‘Essa é a sede que o Flavio sonhava’. Eu me lembrava claramente da salinha ao lado da minha, debaixo de uma arquibancada... É a realização de um sonho”. PERSONALIDADES Além do vereador Aurélio Miguel – ex-atleta medalhista olímpico de judô, que prestou homenagem ao CREF4/ SP na Câmara Municipal de São Paulo, no dia 29 de agosto – o presidente Flávio Delmanto recepcionou na sede do Conselho, entre os 80 presentes, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, o secretário estadual de Esporte e Turismo, Claury Alves da Silva, o secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação, Walter Feldman, o presidente do Conselho Federal de Educação Física – CONFEF, Jorge Steinhilber, o ex-atleta de atletismo Zequinha Barbosa e a exsecretária municipal Nádia Campeão, entre outros presidentes e representantes de federações esportivas. A importância desses 10 anos de regulamentação profissional foi destacada pelo ministro Orlando Silva, que garante ser motivador ver a dedicação do Profissional de Educação Física trabalhando nos projetos do Governo “ Para o futuro do esporte brasileiro, é uma conquista ter à disposição profissionais de Educação Física bem preparados, de alto nível. Devemos isso à regulamentação e à organização da categoria Orlando Silva Ministro dos Esportes ” Federal, “sempre muito feliz, ligado naquilo que faz, orientando atividades, sobretudo de crianças e, assim, construindo o futuro do Brasil”. Ele manifestou seu apoio às posições do Sistema CONFEF/CREFs em defesa da valorização da profissão, ressaltando a importância da regulamentação para a proteção da sociedade. Walter Feldman, aproveitou para argumentar que o professor de Educação Física precisa voltar a ser tão valorizado na escola quanto os professores de outras matérias. “Estamos recuperando o espaço das atividades físicas nas escolas. Um dos elementos fundamentais para que a criança tenha a sua performance escolar adequada é a atividade esportiva”. Quem muito contribuiu para a inserção do Profissional de Educação Física nas escolas foi o ex-vereador Nelson Guerra, lembrado por Feldman em seu discurso. “Ao elaborarmos a Lei Orgânica do Município de São Paulo, percebemos que era o momento propício para incluir itens que preparasse o caminho do desenvolvimento da Educação Física na prefeitura”, comentou Guerra. Claury Alves compartilha dessa opinião e destacou que a Educação Física precisa estar presente quando a criança ou o jovem sentir a necessidade de se identificar com alguma atividade, não só esportiva, mas qualquer atividade na área cultural. “ Nos avanços no esporte tudo se tem conquistado por essa parceria única que tem ocorrido entre Município, Estado e União ” Walter Feldman Secretário Municipal “ O CREF4 vai ser o grande parceiro na meta de envolver cada vez mais o esporte nas escolas, pois poderá nos ajudar muito com os profissionais de Educação Física ” Claury Alves Secretário Estadual Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP 5 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Comemoração HOMENAGENS Em um momento de festa e grandes comemorações, não poderiam faltar as homenagens, inicialmente para os integrantes paulistas do primeiro grupo de conselheiros Federais: Flavio Delmanto, Gilberto José Bertevello, João Batista Andreotti Gomes Tojal e José Maria de Camargo Barros e, na seqüência, para aqueles que também contribuíram de forma decisiva no processo de regulamentação: Hudson Ventura Teixeira, Jorge Steinhilber e Fernando Henrique Cardoso. O ex-presidente, lembrado por ter assinado a lei que regulamentou a profissão, não pode comparecer. estrutura, seria o Conselho. Para mim, é uma satisfação muito grande esse reconhecimento da instituição e também ao trabalho que eu fiz em duas gestões da APEF/SP”. Conselheiro Marcelo Vasques Casati entrega placa para o Prof. Gilberto José Bertevello 6 Ano IX ● nº 22 Gilberto José Bertevello, conse lheiro do CONFEF, destacou a importância do trabalho associativo, “mas a verdade é que tomamos a iniciativa quando nos sentimos incomodados. E eu me sentia incomodado por não ter uma profissão regulamentada. Então, me engajei numa luta de muitos. Completo um ciclo de 10 anos. Dediquei duas vidas ao Sistema. Segundo um autor, que não me lembro o nome, ‘vou cuidar de outras vidas, agora’”. ● dezembro ● 2008 sua preocupação com a formação dos novos profissionais. Para ele, a Instituição de Ensino Superior formadora precisa entender que tem que formar para a atuação no mercado. “Enquanto a Instituição não estiver preocupada com a qualidade do aluno, não teremos mudança. A educação básica também não está preparando o jovem adequadamente para ingressar no ensino superior. O currículo não é um rol de disciplinas é uma quantidade de conhecimentos que precisam ser passados integralmente para o futuro profissional”. Conselheiro Márcio Tadashi Ishizaki entrega placa para o Prof. Dr. José Maria de Camargo Barros Emocionado, José Maria de Camar go Barros, também conselheiro do CONFEF, falou sobre a necessidade de olhar para o futuro e saber que ainda há muito o que fazer, “mas já temos algo para mostrar nesses 10 anos de regulamentação da Educação Física”. Conselheiro Nestor Soares Públio entrega placa para o Prof. Jorge Steinhilber Conselheiro Antonio Lourival Lourenço entrega placa para o Prof. Hudson Ventura Teixeira Outro homenageado do dia, Hudson Ventura Teixeira, ex-presidente da APEF de São Paulo, sente-se muito feliz e realizado, por saber que sempre esteve certo em defender a regulamentação da profissão. “O único órgão que poderia concretizar essa regulamentação, pela sua organização e Conselheira Margareth Anderáos entrega placa para o Prof. Dr. João Batista Andreotti Gomes Tojal O 1º vice-presidente do CONFEF, João Batista Andreotti Gomes Tojal, aproveitou para comentar sobre a Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Para Jorge Steinhilber, presidente do CONFEF, receber homenagem em sessão solene, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal, deve ser uma questão de orgulho para todos os profissionais de Educação Física do País. Estar presente em hospitais, em clínicas, no SUS, fazer parte da saúde da família e de outros projetos públicos, sentando à mesa com governantes, elaborando políticas públicas e colaborando na execução é um reconhecimento de que o Profissional de Educação Física não é aquele esportista ou apenas responsável pelo exercício físico. Mas sim, é o profissional que faz acontecer. Além das personalidades, estiveram presentes presidentes e representantes de federações esportivas GARRA, DETERMINAÇÃO E TRANSPARÊNCIA Conselheiro Vlademir Fernandes entrega placa para o Prof. Flavio Delmanto Muito lembrado pelas celebridades presentes e homenageados pela sua garra e determinação, Fla- vio Delmanto, presidente do CREF4/ SP desde sua criação, fez questão de lembrar em seu discurso da importân- cia da dedicação e colaboração de todos os conselheiros e profissionais que participaram do processo de regulamentação direta e indiretamente, da primeira funcionária do CREF4/SP Izabel Gertrudes, e do empenho da gerente geral Clarice Pinheiro Machado a frente dos 80 funcionários do Conselho. Delmanto encerrou a solenidade no auditório do CREF4/SP com as seguintes palavras: “A cada ano estamos fazendo do Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo um mecanismo forte e atuante, de forma a assegurar os direitos da população, conscientizando-a dos benefícios promovidos pela nossa profissão e, conseqüentemente, consolidando o seu reconhecimento. Sabemos que temos ainda muito por fazer... Parabenizo a todos os profissionais que se dedicam à profissão, seguem a lei, respeitam seus alunos e clientes e prezam, acima de tudo, pelo bemestar da sociedade, com responsabilidade e ética”. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP 7 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Evento Encontro reúne coordenadores de IESs de Educação Física 8 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 D e 12 a 14 de setembro, o CREF4/ SP realizou o Encontro de Diri gentes de Escolas Superiores de Educação Física do Estado de São Paulo, no Hotel Bourbon, em Atibaia. Ao todo 69 faculdades de Educação Físi ca estiveram representadas. O presidente do CREF4/SP, Flavio Delmanto, abriu o ciclo de palestras no dia 13 com uma apresentação do Con selho. Na seqüência, a Profª. Drª Mar gareth Anderáos falou sobre o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Supe rior (SINAES); o Prof. Dr. Amauri Apare cido Bassoli de Oliveira principalmente sobre o INEP; e o Prof. Dr. João Batista Andreotti Gomes Tojal, comentou so bre os Procedimentos das Comissões de Avaliação e as possibilidades de autori zação, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos superiores de Educação Física. Após as palestras aconteceu o Fórum de debates e a dis cussão do estatuto do Conselho de Diri gentes de Escolas de Educação Física do Estado de São Paulo (CONDEEFESP). No dia 14, o tema foi "O perfil pro fissional necessário frente às novas de mandas de Mercado", com a Profª. Maria Luiza de Souza Dias [SESC], Prof. Már cio Tadashi Ishizaki [Ginástica Laboral], Profª. Rosângela Martins de Araújo Ro drigues [SESI], Prof. Guilherme Moscardi [Academia], Prof. Roberto Jorge Saad [Carreira Acadêmica] e Prof. Alexandre Romero [Representante do CREF4/SP no Conselho de Saúde]. E, ainda, hou ve tempo para debates e a divulgação do resultado da eleição da diretoria do CONDEEFESP. INFORME-SE PELA INTERNET É importante que os dirigentes e demais interessados, visitem diariamente os sites oficiais, onde podem obter muitas informações sobre o processo formativo, de intervenção, de capacitação de recursos, para potencializarem seus cursos e as ações que desenvolvem na direção deles. Assim, temos: INEP [www.inep.gov. br], onde está acessível o Manual de Avaliação de Reconhecimento; MEC [www. mec.gov.br], onde tem várias notícias atualizadas sobre o processo da educação; Ministério do Esporte [www.esporte.gov.br], que tem matérias sobre o Programa Segundo Tempo, coordenado pedagogicamente pelo Prof. Amauri Bassoli desde 2007, um programa que emprega 4 mil profissionais da área e coloca 12 mil aca dêmicos fazendo seus estágios com programas sociais. Também não deixe de consultar o site do Conselho Nacional de Desenvolvi mento Científico e Tecnológico (CNPq) [www.cnpq.br] e o da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) [www.capes.gov.br]. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior O SINAES [criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004] é formado por três com ponentes principais: a ava liação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. Os pro cessos avaliativos são coordenados e supervisionados pela Comissão Nacio nal de Avaliação da Educação Superior (CONAES) e a operacionalização é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Há dois tipos de avaliação: a autoavaliação feita pelas Comissões Pró prias de Avaliação (CPAs) e a avaliação realizada pelas comissões do INEP. As CPAs, previstas no Art. 11 [Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004] e cons tituídas no âmbito de cada instituição de educação superior, têm por atribuição a coordenação dos processos internos de avaliação da instituição, de sistemati zação e de prestação das informações solicitadas pelo INEP. Para a Profª. Drª. Margareth Anderáos, é importante que as IES trabalhem de forma autônoma e independente, pois a auto-avaliação, ou avaliação interna, pode promover me lhorias e serve para repensar a atuação e reorganizar a prática. “É um processo cíclico e permanente, criativo e renova dor”. O Prof. Dr. Amauri Aparecido Bas soli de Oliveira lembra que quanto mais isenta a constituição dessa comissão em relação à gestão da própria instituição melhor será, pois facilita e dá clareza ao processo avaliativo. O INEP disponibiliza o Instrumento de Avaliação de Curso para preenchi mento, que permite Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento de Cursos Presenciais e à Distância: Bacha relado, Licenciatura, Tecnológico, (On line). A matriz de construção do instru mento contempla três categorias nas quais estão presentes indicadores que atendem as dimensões constantes da lei do SINAES. A avaliação dos cursos de graduação é realizada por Comissões Externas de Avaliação de Cursos, designadas pelo INEP, constituídas por especialistas em suas respectivas áreas do conhecimento, cadastrados e capacitados pelo INEP. “Quando vamos fazer a visita, faze mos contato com a CPA da IES, que já tem um relatório com as deficiências apontadas. A pergunta será, quais as ações da instituição para melhorar o que a CPA aponta em seus relatórios?”, co mentou Prof. João Batista Tojal. Ou seja, “é preciso valorizar a CPA, porque é ela a ‘ponta da lança’ para a Comissão de Avaliação”. Margareth chamou a atenção para o conceito final, onde a IES recebe o Instrumento com os quesitos Organiza ção Didático-Pedagógica, Corpo docen te, discente e técnico-administrativo e Instalações físicas. Na Organização Didático-Pedagógica há os seguintes Grupos de In dicadores: Administração Acadêmica – coordenação e colegiado de curso; Projeto Pedagógico do Curso – concep ção, currículo e avaliação; Atividades Acadêmicas Articuladas à Formação – prática profissional e/ou estágio, TCC e atividades complementares; e ENADE. Alertou que as Comissões querem ter atas assinadas pelos professores e que não adianta correr o risco de inventar es ses documentos na última hora. Também ressaltou que é observada a coerência do projeto político pedagógico. Está na lei do SINAES que os responsáveis pela prestação de informações falsas ou pelo preenchimento de formulários e relató rios de avaliação que impliquem omissão ou distorção de dados a serem fornecidos responderão civil, penal e administrati vamente por essas condutas. No Corpo docente, discente e técnico-administrativo é preciso ver o perfil do docente. “Afinal, é muito valorizado pelas Comissões que esse professor fique na instituição”, explicou Margareth. É importante verificar como é feita a aten ção aos discentes, tanto pelo coordena dor do curso quanto pelos professores e saber se existe, e há quanto tempo, o Corpo Técnico-Administrativo. Sobre as bibliotecas, no item Instalações físicas, Margareth comentou que hoje em dia a Comissão pede nota fiscal para comprovar a sua existência. “Elas devem ter adequação do acervo à proposta do curso. E sobre a práti ca de serviço à comunidade, esta deve acontecer através de programas que os alunos realizem”. Infelizmente, Margareth tem perce bido que as Comissões autorizam cursos que não poderiam ser autorizados. De qualquer forma, afirmou que o conheci mento gerado a partir de todo o proces so de avaliação deve ser disponibilizado à comunidade, via boletim, explicando “ Os coordenadores das IES precisam entender que a categoria é que fez o CREF4/ SP. A nossa preocupação é que o profissional saia capacitado para o mercado de trabalho ” Flavio Delmanto Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP 9 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Evento o que aconteceu e o que vai ser feito a curto, médio e longo prazo. Amauri Bassoli, fez alguns comentá rios preliminares de grande importância. Segundo ele, falar em avaliação é sem pre um problema, mas isso faz parte de um processo de aprendizagem. “ Temos uma deficiência muito grande de profissionais atuando em Programas Sociais. Como os cursos podem contribuir num processo formativo adequado para suprir essa necessidade? ” Amauri Bassoli 10 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Sem um processo de avaliação ade quado não há possibilidade de um avan ço em relação a qualquer uma das áreas que se venha a desenvolver. Essa avalia ção é colaborativa, participativa e tem o intuito de, realmente, melhorar signi ficativamente todo o processo, que tem que ser entendido pela comunidade. Amauri explica que é preciso ter indi cadores adequados para que as ações e as políticas públicas possam atender às necessidades apontadas. Um pouco de história - Em 1969, na Universidade Federal do Paraná co meçaram as primeiras discussões sobre a formação do Profissional de Educação Física [a formação era de 3 anos]. Em 1979, uma comissão começa a discu tir o currículo e em 1987, foi aprova da uma nova diretriz [nº 03/07] para o processo de formação. “Inicialmente muito criticada e posteriormente muito elogiada”, comentou Amauri, um dos autores dessa ação, que para ele foi extremamente significativa para a área de Educação Física. “Fomos um dos pri meiros cursos a colocar o trabalho de conclusão [monografia]”, lembrou. Foi feita uma pesquisa nacional dos cursos de graduação sobre a Resolução nº 03/87 com retorno positivo, o que deu suporte à comissão de especialis tas que estava no INEP e na Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) para a constituição das novas diretrizes. “Quando fomos discutir as diretrizes curriculares, o CONDEEFESP Brasil tam bém teve a sua participação, por isso é importante fortalecer essa associação, para que se possa avançar e ter repre sentatividade nas discussões nacionais em qualquer uma das instâncias”. Para ele, em termos de diretriz es tamos bem amparados, mas advertiu que é muito ruim o coordenador que não sabe como essas leis [bacharelado e licenciatura] foram organizadas e in formou que elas aconteceram em nível da Secretaria de Ensino Superior, do Ministério da Educação, e que vêm de outras áreas, especialmente da Peda gogia. “Entendo que alijeirar esse pro cesso significa captar mais alunos, mas as Resoluções nº 01/02 e a nº 07/04 são claras: licenciatura é um programa independente e bacharelado é outro. Trata-se de um equívoco, que tem que ser entendido pelo coordenador, para que ele consiga esclarecer adequada mente os seus alunos”. O coordenador tem que estar dis cutindo essas questões legais, para que quando a comissão do INEP chegar para fazer a entrevista com os alunos eles sai bam responder adequadamente às per guntas sobre os cursos que estão fazen do. “Preferimos encontrar verdades nos coordenadores e na estrutura. Se tentar enganar a comissão vai ser pior”. Ficou a cargo do Prof. Dr. João Ba tista Tojal, que também estava repre sentando o presidente do CONFEF, falar sobre os procedimentos das Comissões de Avaliação e as possibilidades de au torização, reconhecimento e renovação “ O Conselho não define regras de formação, o Conselho segue a lei estabelecida pelo MEC na formação ” João Batista Tojal de reconhecimento dos Cursos Superio res de Educação Física. Sua palestra foi clara e precisa, fez vários alertas, co mentou sobre ética e a visão da socie dade. Aproveitou também para criticar a situação da Educação Física Escolar, orientou o que é preciso fazer para ser coordenador de curso de graduação de Educação Física e passou um questiona mento para todos os presentes pensa rem: Qual é a missão de sua instituição? Segundo Tojal, se a IES não tiver qualidade para conhecer sua missão, perfil e desenvolvimento, não consegui rá aprovar o seu curso. O que mudou? Segundo Tojal, com a criação da CONAES, do Ministério da CONCLUSÃO Para Amauri Bassoli, que estuda formação pro fissional e contribui com o INEP e a SESu desde 1997, esse encontro promovido pelo CREF4/SP tem que acontecer anualmente. A legislação é mui to dinâmica e tem aplicação direta no exercício profissional do dirigente da IES. Um dirigente não pode assumir a direção sem estar atualizado em relação à legislação pertinente, pois ele tem que ter como base todos esses aparatos legais para que dê uma fundamentação adequada ao exercício. A questão ética também é fun damental. “Ética é a construção de uma vida. Trabalhar eticamente significa cumprir o que a legislação determina, mas antes de tudo, enquanto profissio nal e cidadão, atender aquilo que é o anseio da sociedade e proporcionar uma formação competente e de qualidade”, alertou. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Educação, comissão deliberativa com posta por 13 membros, que coordena e supervisiona o SINAES, temos quem integre os instrumentos, estabeleça diretrizes para a organização e desig nação das comissões e defina políticas de recrutamento e capacitação de ava liadores. “Acontece que o INEP muitas vezes tem mais agilidade do que a pró pria CONASE”. Lembrou que agora temos na coorde nação do INEP e diante do processo de avaliação de nível nacional de formação, uma representante da Educação Física. “Temos que dar todo o apoio para que ela desempenhe bem o seu papel e fortaleça o nosso reconhecimento como uma área importante dentro desse processo”. 11 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Encontro contou com a participação de 69 representantes de Instituições de Ensino Superior CONDEEFESP: RESULTADO DAS ELEIÇÕES Os coordenadores eleitos para compor o Conselho De liberativo do CONDEEFESP foram: Margareth Anderáos – FEFISA, Valter Brighetti - C.U. VOTUPORANGA, Roberto Jorge Saad – UNIFRAN, Georgios Stylianos Hatzidakis – UNI BAN, Ricardo Prado – ANHEMBI MORUMBI, Maurício Aníbal Delgado – UNIPINHAL, Viviane Kawano Dias – UNIJALES, José Carlos de Almeida Moreno – FAFIBE, Lara Azevedo Mattos – UNIMONTE, Nestor Donizette de Moura – UNICASTELO e Jorgeta Zogueib Milanezi – FIB. Os coordenadores eleitos para compor o Conselho Fiscal: Luiz Marcelo Ribeiro da Luz – METODISTA, João Carlos Teixei ra S. Barros – UNISANTA, Paulo Sérgio Bereoff – FAITA, Pedro Paulo A. Maneschy - Inst. Mairiporã, Flávio Piloto Cirillo – SA LESIANO e Luiz Fernando Costa de Lourdes – FAAC. Georgios Stylianos Hatzidakis informou que a data de fundação de fato do estatuto do CONDEEFESP será considerada 1988 e a de direito passa a vi gorar a partir da data da elei ção – 14 de setembro de 2008. O então, presidente interino, manifestou sua alegria com a eleição do Conselho e do inco modo que era para ele represen tar o mesmo sem legitimidade, Roberto Jorge Saad é o já que todos os outros CONDEE presidente eleito FESPs do país estão organizados. “Temos o desafio de reunir os 140 coordenadores, diretores ou dirigentes de Cursos de Educação Física do Estado de São Paulo”. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Olimpíadas Fórum discute Esporte Olímpico O CREF4/SP, com a Rede Record e o portal Terra, apoiou o 1º Fórum de Desenvolvimento do Esporte Olímpico no Brasil, realizado em São Paulo, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (UniFMU). Para o presidente do CREF4/SP, Flavio Delmanto, um dos coordenadores do Fórum, o evento é importante para a discussão do Olimpismo e o legado que ele trás para um país. Segundo Rejane Penna Rodrigues, secretária de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer, paz entre os povos, alegria de viver, respeito à multidiversidade, cultura como alicerce de uma educação olímpica, são valores centrais no humanismo, por isso, “temos nas Olimpíadas marcos evolutivos importantes, não só na Educação Física e nos Esportes, mas também para as nações”. Ricardo Leyser, que representou o ministro dos Esportes, Orlando Silva, comentou que estavam ali para pro- duzir um material acadêmico e um conteúdo que influenciará a política pública e as ações do governo federal no esporte. De Pequim – Carol Albuquerque [vôlei], Leandro Guilheiro [judô], Daniel Dias [natação], Paulo Cocco, auxiliar técnico da Seleção Feminina de Vôlei e Yumi Yamamoto Sawasato, árbitra internacional de ginástica artística [destaque de arbitragem] estiveram presentes e colaboraram com as discussões do primeiro dia do evento. Brasil nos Jogos de Pequim 12 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 A participação do Brasil em Pequim foi a segunda melhor da história dos jogos olímpicos, excluindo o resultado de Atenas, da década de 80, quando houve o boicote. Igualamos em Pequim a nossa melhor performance no número de medalhas em Atlanta e em esportes que ainda não tínhamos. Destaque para o ouro na natação, no atletismo, no vôlei, no judô, na vela e no tae-know-do femininos. Entre Atenas e Pequim, aumentamos as medalhas de 10 para 15 no total e nos esportes de 6 para 7. As femininas aumentaram de 2 para 6 e as masculinas de 8 para 9. Crescemos em medalhas de bronze de 3 para 7, de prata de 2 para 4 e só diminuímos em medalhas de ouro de 5 em Atenas para 3 em Pequim. Para Djan Garrido Madruga, secretario nacional de Esporte de Alto Rendimento, isso se chama “fator China”, porque a China, em Atenas, conquistou 32 ouros e, em Pequim, aumentou para 51, ou seja, “tirou medalha de 13 países, inclusive do Brasil”. A Europa é a maior medalhista de ouro [126], depois vem a Ásia [91] e, no meio estão as Américas [56]: a do Norte com 41 medalhas, a Central com 10 e a do Sul com 5. Com esses números, Djan mostrou que ganhar ouro em Olimpíadas não tem nada a ver com o desenvolvimento esportivo de uma nação. Segundo ele, dos 30 fracassos de Pequim só teve o caso de um brasileiro. “Falhar, ganhar ou perder numa Olimpíadas é normal e a mídia precisa entender isso”. PARAOLIMPÍADAS – Embora haja uma participação desde 1972 no esporte paraolímpico, em 2000 o Brasil foi 24º, em Atenas foi 14º e em 2008, 9º lugar com 16 ouros. Somos top 10 do planeta, atrás da China com 89 ouros, Reino Unido/Inglaterra com 42, entre outros. Canadá ficou um pouco à frente em 7º lugar e no Pan-americano ficamos a frente do Canadá. “Isso desmistifica que jogos pan-americanos são referência para as Olimpíadas. São competições diferentes e é ruim para nós termos Pan-americano antes das Olimpíadas, porque cria uma expectativa desnecessária”. De Atenas para Pequim aumentamos o total de 33 para 47 medalhas. De 14 para 16 ouros, de 12 para 14 pratas, de 12 para 17 bronzes. E, no masculino, de 22 para 34 medalhas. Enquanto que nas Olimpíadas conquistamos apenas 3 ouros e ficamos na 23ª posição. Parece que o Brasil se tornou a potência paraolímpica enquanto que nos esportes olímpicos não chegou perto. Mas, para Djan, isso não reflete a realidade do país no que se refere a indicadores de saúde da população, quantidade de áreas desportivas e desenvolvimento científico tecnológico. Nas Olimpíadas são distribuídas 950 medalhas entre 12 mil atletas, enquanto que na Paraolimpíadas são 1400 para 4200 atletas. Portanto, é mais fácil ganhar medalhas nas Paraolimpíadas do que nas Olimpíadas e os recursos disponíveis são diferentes. O resultado do Brasil fica abaixo das expectativas, primeiro por causa do recurso insuficiente em comparação com os países top 10, segundo em razão da política inadequada para distribuição de recursos e cobranças de resultados e, por último, pela falta de centros de treinamentos [CT]. “A ginástica conseguiu resultado porque tem um CT em Curitiba, o vôlei tem um em Saquarema, mas não temos ainda um CT olímpico no Brasil”, concluiu Djan Madruga. Lançamento O livro “Legados de Megaeventos Esportivos” é resultado de uma parceria entre o Ministério do Esporte e o Conselho Federal de Educação Física – CONFEF, com o apoio do SESIDN, SESC Rio e Universidade Gama Filho-RJ. Rejane Penna Rodrigues e Lamartine P. Da Costa, dois de seus organizadores, fizeram a apresentação da obra no Fórum. O livro tem distribuição gratuita em papel e acesso livre pela Internet no site do CONFEF – www.confef.org.br O Fórum foi uma promoção do Ministério do Esporte em parceria com o Complexo Educacional FMU e o Centro de Estudos Olímpicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Destaque Treinador da medalha de ouro olímpica Nélio Alfano Moura [CREF 006442-G/SP], 45 anos, formado pela FEC do ABC [hoje UNIABC] é treinador da atleta medalhista olímpica Maurren Maggi. Maurren conquistou a primeira medalha de ouro do atletismo feminino, na história dos Jogos Olímpicos, na prova do salto em distância, com a marca de 7m04, conseguida já no primeiro salto. Com esse resultado, Nélio Moura se tornou um dos mais importantes treinadores de saltos horizontais da história do atletismo. Em Pequim, o brasileiro ajudou dois de seus atletas a conquistarem o ouro olímpico: Maurren Maggi (Brasil) e Irwin Saladino (Panamá). Atleta e treinador brasileiros são do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA. Por Célia Gennari CREF4/SP – Qual o início da sua história no atletismo? Nélio Alfano Moura – Fui atleta especializado no salto triplo. Comecei no Ibirapuera e passei pelo E.C.Pinheiros. Quando terminei a faculdade, com quase 20 anos, comecei a trabalhar e aos poucos parei de treinar. Trabalhava durante a semana inteira em São Paulo, dando aula num monte de lugar e sábado e domingo trabalhava em Lençóis Paulista. Para mim foi uma escola. Quando eu me lembro e olho para trás, penso “que loucura”, não sobrava um dia para mim. CREF4/SP – Quando você começou a trabalhar com a Maurren Maggi? Nélio – Desde 1984 trabalho no Ibirapuera e em 1994 entrei no Centro de Excelência Esportiva [conhecido por “Projeto Futuro”], no mesmo ano em que Maurren foi selecionada e passou a participar do projeto e dos treinamentos do nosso grupo. CREF4/SP – A dedicação do treinador influi nos resultados do atleta? Nélio – Para trabalhar nesse nível, a dedicação tem que ser pelo menos tão grande quanto a do atleta. É preciso se manter atualizado e dedicar muitas horas do seu dia para um esforço que é mais invisível, porque as pessoas só vêem o trabalho realizado na pista. No entanto, talvez eu passe mais tempo fora da pista, organizando, planejando os treinos e controlando o que foi feito, do que efetivamente aplicando. Faço toda a organização da temporada, o chamado “controle de treino” e com ele tentamos identificar os efeitos que o treino teve ou está tendo para o atleta. É um processo contínuo, no qual fazemos as modificações necessárias para atender os objetivos com cada um deles. CREF4/SP – Com o que o futuro treinador tem que se preocupar? Nélio – Tem que ter um bom nível de conhecimento em diferentes áreas. Claro que tem conteúdo específico da modalidade, as questões técnicas das provas que se escolhe trabalhar, mas junto com isso tem as questões da biomecânica, da fisiologia e da psicologia. Temos de estar atualizados com as novas tendências da organização e da teoria do treinamento que são extremamente importantes e saber o que podemos aplicar na nossa realidade. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP 13 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Olimpíadas CREF4/SP – O que tem sido feito no Brasil para melhorar a qualidade dos treinadores? Nélio – O Brasil está envolvido com programas de certificação de treinadores da Federação Internacional. Praticamente, exigimos que nossos treinadores façam os cursos da Internacional níveis I, II e assim por diante. Mas temos discutido a possibilidade de implantarmos um programa de certificação de treinadores feito para o Brasil, não apenas seguindo o programa da Internacional. Também esperamos a atuação das entidades, das universidades e do próprio CREF4/SP no estímulo à capacitação dos profissionais de Educação Física. 14 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 CREF4/SP – É preciso muitos anos para formar um bom treinador, da mesma forma que o atleta? Nélio – Para formar o atleta costumo dizer 10 anos, porque é um número redondo mas, no mínimo, seis anos. Não dá para pensar em ter resultados a curto prazo, em um ciclo. Da mesma forma, também, demora para formar um treinador de alto nível, porque ele precisa de experiência, estar atuando e, além de muito conhecimento teórico, refinar o conhecimento na prática. Então, a formação dele nos cursos, não só na faculdade, tem que ser contínua e vai demorar alguns anos para que ele realmente tenha competência para atuar nesse nível mais alto. A formação é fundamental. CREF4/SP – Como fazer com que o jovem tenha consciência do efeito das drogas ilícitas? Nélio – O fundamental é que estamos tendo a oportunidade de termos um envolvimento maior de jovens com a modalidade e com o esporte de maneira geral. É nesse momento que você vai formar no atleta essa consciência, até ética, com relação ao que ele vai fazer dentro da pista, da quadra ou piscina. Se ele crescer achando que tudo vale vai chegar um SOBRE ANABOLIZANTES “Há cerca de 20 anos, quando praticamente não existia exame antidoping no país, publiquei o artigo ‘Um alerta: a epidemia do doping já conquistou o Brasil’*. Aliás, mesmo nas competições internacionais era muito difícil dar algo positivo com atletas de alto rendimento, porque o sistema de teste era falho. Felizmente, teve o caso do Ben Johnson e de lá pra cá ficou tudo muito mais eficiente. Hoje, temos um bom controle tanto internacional quanto brasileiro. Para mim, tudo tem que ser feito de uma maneira honesta. Não dá para pensar em continuar fazendo esporte se tiver gente burlando, obtendo benefício indevido, em função do uso de substância ilegal”. *Moura, N.A. Um alerta: a epidemia do doping já conquistou o Brasil. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Volume 2, número 1, pp 43-44, 1988. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP “ Quando eu venho para a pista eu penso, ‘vou plantar a minha sementinha de hoje’ ” momento em que vai se deparar com a oportunidade de usar droga e vai usá-la. Então, ele tem que crescer querendo competir e saber o quanto vale de verdade, seguindo as regras e sem drogas. CREF4/SP – Qual o nível dos atletas brasileiros no cenário mundial? Nélio – O Brasil tem evoluído em todas as atividades mas, particularmente, nos saltos, somos uma das potencias mundiais. Se existisse um campeonato mundial só de saltos horizontais, acredito que o Brasil seria um dos favoritos. Temos tido grandes resultados com excelentes atletas, principalmente no salto em distância e no triplo, tanto no masculino quanto no feminino. Esse progresso não aparece muito porque a imprensa normalmente conta apenas o número de medalhas conquistadas. Agora, quando começamos a contar número de atletas ranqueados, entre os 50 ou 30 do mundo, aí podemos dizer que há, pelo menos, uma tendência de melhora. Para as Olimpíadas da China, traçamos uma meta e a atingimos. A medalha da Maurren foi a cereja no bolo. CREF4/SP – Como melhorar esses resultados? Nélio – Temos poucos programas de detecção de talentos e desenvolvimento inicial. Talvez, hoje, tenhamos muitos professores que podem trabalhar no mais alto Destaque nível, com atletas medalhistas, campeões olímpicos. No entanto, pecamos muito nesse primeiro passo que é o básico. Para desenvolver um atleta olímpico é preciso primeiro descobri-lo. programas pequenos, que têm sido muito consistentes ao longo dos anos, mas algo mais sistemático, não tenho dúvida, vai gerar uma explosão de moleques despontando. CREF4/SP – Temos condições ideais para treinamento? Nélio – Temos a mesma qualidade aqui e no exterior e conseguido, cada vez mais, uma infra-estrutura que se assemelhe ao que encontramos lá fora, onde as instalações são melhores. No entanto, tanto a preparação da Maurren quanto do panamenho foi feita aqui. Passamos apenas dois meses – fevereiro e julho – treinando na Espanha, usando um centro excelente, mas também com algumas carências de recursos. Precisamos multiplicar a quantidade de centros de treinamento com boas condições aqui no Brasil. Nesses locais poderemos trabalhar do começo até a medalha olímpica. CREF4/SP – Você participa de algum programa da Federação ou da Confederação? Nélio – Sou membro do Conselho Técnico Consultivo da Confederação Brasileira de Atletismo, um grupo de treinadores que assessora a presidência. É um programa bem interessante que já existe há bastante tempo. “ Nos saltos, somos uma das potencias mundiais ” CREF4/SP – Que características seus dois medalhistas têm que chamam mais a atenção? Nélio – Acho até que eles têm características interessantes em comum mas que, na verdade, é comum para todo mundo que atinge resultados desse nível. Eles têm uma pré-disposição fantástica, um talento excepcional e são muito esforçados. Mas não basta, por isso que mesmo tendo essa condição natural, eles treinam para valer. Não quer dizer treinar o máximo que podem, mas sim de maneira inteligente, buscando o máximo de rendimento. CREF4/SP – Qual sua perspectiva para o atletismo brasileiro? Nélio – É a mais positiva possível. Primeiro em função da medalha da Maurren, que vai atrair mais investimento para a modalidade. Segundo porque já estamos vendo uma movimentação importante no sentido de corrigir a nossa falha nos estágios iniciais. Já temos três iniciativas grandes sendo colocadas em prática em busca de talentos. Uma de um grupo de Bragança Paulista que está fazendo um projeto de detecção de talentos em todas as áreas do Brasil. Outra se trata de um programa do SESI, em convênio com a Federação Brasileira de Atletismo. E, finalmente, um programa da Cia. do Vale do Rio Doce com atletismo, natação e, se não me engano, judô. Eles têm planos de implantar mais de 20 centros de detecção pelo país. Se conseguirem fazer com que isso dure pelo menos 8 anos, tenho certeza que em dois ciclos olímpicos teremos resultados muito mais expressivos do que tivemos agora em Pequim. Hoje, já existem alguns CREF4/SP – Como é o Nélio treinador? Nélio – Difícil me definir. Procuro ser amigo dos atletas, até porque convivemos por tanto tempo e se não tivermos uma relação legal, fica pesado para os dois lados. Sob o aspecto mais profissional, tento ser organizado e planejo tudo, mas sabendo que um dos pontos fortes do planejamento é justamente a sua flexibilidade. CREF4/SP – Qual a importância da sua profissão? Nélio – Quando eu venho para a pista eu penso, “vou plantar a minha sementinha de hoje”. Um treino pode não fazer muita diferença num contexto global, mas quando você começa a plantar um monte de sementinhas, dia após dia, lá na frente você vê uma floresta crescendo. Acho que é isso que os profissionais da área têm feito. Todo dia vêm para a pista, quadra, escola, piscina, trabalhar com um monte de gente e com a preocupação de plantar uma sementinha e, seguramente, depois de um tempo, vamos colher muita coisa boa expressa na formação deles, não só como atleta, mas também como pessoa. 15 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Última Notícia TÉCNICOS SÃO PREMIADOS José Roberto Guimarães [vôlei], Nélio Moura e Amaury Veríssimo [atletismo] foram escolhidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) como os Melhores Técnicos do Ano. Moura é o melhor técnico de esportes individuais, Zé Roberto, de esportes coletivos e Veríssimo, melhor técnico paraolímpico. Os vencedores foram homenageados na festa do Prêmio Brasil Olímpico, organizada pelo COB no Teatro do MAM, no Rio de Janeiro, no dia 16 de dezembro. Em 2007, o prêmio foi dado ao técnico da seleção masculina de judô, Luiz Shinohara. Os melhores atletas do ano foram escolhidos pelo público, via internet. Confira o resultado através do site www.premiobrasilolimpico.com.br, ou www.cob.org.br, do Comitê Olímpico Brasileiro. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Educação Física Escolar Proposta Curricular da Secretaria da Educação A Revista CREF de São Paulo esteve com Sérgio Roberto Silveira, da Secretaria da Educação e com o professor Mauro Betti, um dos autores da atual proposta curricular da rede estadual de ensino para esclarecer alguns de seus aspectos E 16 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 m meados de agosto de 2007, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo começou a formar uma equipe, com assessores e membros da equipe técnica da CENP – Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas, a fim de elaborar uma proposta curricular para todas as disciplinas da rede estadual, ou seja, organizar e sistematizar o currículo, tendo em vista a necessidade de melhorar o desempenho da educação no Estado, a partir dos resultados das avaliações externas de ensino. Desde 2003, segundo Sérgio Roberto Silveira, que faz parte da equipe da CENP e é responsável pela Educação Física Escolar, a Secretaria de Educação está investindo fortemente na educação continuada de professores, na estruturação e na metodologia de ensino a ser trabalhada, que parte da concepção do Projeto Ensinar e Aprender [2000], que procurava tratar da correção de fluxo de alunos em defasagem idade/série. Esse projeto mostrou a possibilidade de não só trabalhar a Educação Física como a prática pela prática, mas uma prática contextualizada, em que se observa o ensino e a assimilação de um conhecimento. E foi dessa experiência bem-sucedida que se iniciou as discussões que se esperava da rede e no que as universidades poderiam contribuir, para a nova versão da proposta curricular. A partir de algumas diretrizes gerais que devem seguir todas as disciplinas [*], existe a Proposta Curri- cular específica da Educação Física, na qual estão os objetivos gerais da concepção da disciplina com quadros discriminando todos os conteúdos desde a 5ª série até o Ensino Médio. Essa proposta foi elaborada e está sendo implementada nas escolas desde março de 2008. A Proposta Curricular anterior data de 1992, com orientações ainda muito gerais, principalmente no Ensino Médio. Houve uma tentativa de reestruturar o conhecimento a ser ensinado e “agora se contou com a oportunidade de fazer uma releitura do papel e do que se entende por Educação Física na escola, e ousar em propor um currículo mínimo a ser ensinado por série e por bimestre”, explica Sérgio. Para ele, a introdução da proposta de 1992 é muito enriquece- VANTAGENS DA PROPOSTA • • • • Conseguir configurar a Educação Física como um componente que dissemina um conhecimento – se a Educação Física é uma disciplina no currículo escolar, ela tem que disseminar um conhecimento. Para Mauro Betti, a proposta resgatou um pouco da auto-estima dos professores e do status da disciplina – “Respeitadas suas especificidades, a Educação Física agora é uma disciplina igual a todos as outras: tem programa, avaliação e uma direção. Mas, o programa pode e deve ser aperfeiçoado”. Um grande ganho da Educação Física é a possibilidade dela se situar no mesmo nível de direito e dever de qualquer outra disciplina. “As outras disciplinas passaram a nos ver com outros olhos, pelo menos ao nível da Secretaria Estadual”, defendeu Mauro Betti. Exige um professor que pesquise permanentemente. Para mais informações visite: www.rededosaber.sp.gov.br e www.educacao.sp.gov.br Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP AÇÕES DE CAPACITAÇÃO A Secretaria tem planejado algumas ações de capacitação para os 14.300 professores de Educação Física da rede estadual “ Uma coisa que me preocupa muito, enquanto professor da universidade é o desinteresse da maioria dos ingressantes em ser professor de escola, em grande parte por causa da experiência negativa que tiveram com a disciplina Educação Física. Por isso, não concordo com a afirmação de que essa proposta engessa as escolas e tira a autonomia do professor. Ela deu uma direção à rede estadual. A partir de agora, de um novo patamar, podemos discutir o que é, o que pode ser, para que serve, o que deve ensinar e como a Educação Física pode avaliar. Esse debate levará ao aperfeiçoamento da proposta . ” Mauro Betti Professor da UNESP A Secretaria de Estado da Educação iniciou em agosto de 2008, uma ação com os professores coordenadores das Oficinas Pedagógicas [ex-ATPs]. Em meados de outubro teve inicio o processo de vídeo-aula, que são aulas que propiciam um aprofundamento teórico-metodológico da Proposta, e incluem situações de aula reais, gravadas com os próprios professores da rede, comentadas e analisadas pelos especialistas, que elaboraram a proposta. Depois, seguirá um processo de vídeo-conferência, com os professores coordenadores e professores das escolas. Mauro Betti lembrou, também, que sete vídeos de 15 minutos cada, nos quais constam a apresentação, explicação e esclarecimento de cada um dos cadernos, estão disponíveis para os professores, a cada bimestre, na página eletrônica da Secretaria. Em 2009 está programado, no formato da Teia do Saber um programa que deve ser compatível com a proposta curricular, que apresentará módulos à distância e no qual está prevista também encontros presenciais. Existe também a possibilidade dos cursos extra-turno do professor, de orientações e esclarecimento. “Esta ação será incrementada em grande proporção”, afirmou Sérgio Silveira. dora quando ela traz uma leitura da fundamentação teórica de Piaget, trabalha e explica a proposta do Construtivismo e uma possibilidade de trabalho na escola. Em princípio, era um trabalho que estava passando da década de 80 para terminar em 1992. Contudo, “os professores tiveram grande dificuldade de implantar essa proposta e ultrapassar a prática pela prática”. Na proposta atual, a grande discussão com a equipe foi pautada para que ela não fosse a proposição de um único autor, mas sim de Educação Física para a escola, que buscasse a essência no que se constituiu, no que já foi falado e escrito ao longo desses anos todos sobre abordagens para a Educação Física Escolar e trouxesse uma proposta curricular que trilhasse por essa teia de informações diversas. “A questão era dar um salto de qualidade, superando a prática pela prática, trazendo à tona a Educação Física como um componente curricular, uma disciplina e não apenas uma atividade. Olhar a quadra, que é nossa sala de aula, como um laboratório de experiências motoras a serem trabalhadas, discutidas e experimentadas pelo aluno”. Para Mauro Betti, professor da UNESP, assessor da Secretaria de Educação e um dos autores da proposta atual, a diferença entre elas é que a recém-formulada tem uma unidade e uma diretriz que percorre todas as disciplinas. “Por essa proposta temos a Educação Física a partir de uma perspectiva cultural”, explicou. Segundo Sérgio Silveira, a proposta da Educação Física é uma ação governamental para estruturar o currículo na escola. Para isso, o governo do Estado vem, desde 2007, investindo fortemente em revalorizar o ensino, a ação do professor e a aprendizagem do aluno. E, nesse computo surgem as propostas curriculares, não só a de Educação Física, mas de todos os componentes, a partir do Ciclo 2 até o final do Ensino Médio. “Agora os professores estão reavaliando o que é possível, viável, difícil de ser ensinado e quais as dificuldades para as possíveis mudanças nessa proposta. Foi uma ousadia da Secretaria da Educação propor em Educação Física Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP 17 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Educação Física Escolar uma organização hierárquica dos conteúdos, que nunca existiu”. De acordo com a Secretaria da Educação, existe uma flexibilidade com relação ao Caderno do Professor, face aos exemplos de atividades a serem seguidas. Porém, a rede estadual tem a obrigação de ter uma direção, tornando obrigatório desenvolver os cinco eixos de conteúdos que estão definidos [jogo, esporte, ginástica, luta e atividade rítmica] aos quais se somam, no Ensino Médio, os eixos de conteúdos temáticos [corpo, saúde e beleza, mídias, contemporaneidade, lazer e trabalho]. Alguns conteúdos específicos são opcionais e ficam por conta do projeto político pedagógico da escola. Por exemplo, no caso da luta, tem que ter, mas não precisa ser o boxe necessariamente. Inclusive, no Cader- no do Professor está escrito ‘o boxe será tomado como exemplo’. “Mas, em algum momento o aluno tem que vivenciar esses conteúdos, porque senão vamos ficar presos, como estamos há décadas, àquelas poucas modalidades esportivas, especialmente as com bola”, explicou Mauro Betti. “O que se pretende é possibilitar a construção de outros sentidos e significados que vão se ampliando e se inter-relacionando com temas do mundo contemporâneo”. Mauro Betti informou que, após reunião realizada no segundo semestre deste ano, com os professores coordenadores das Oficinas Pedagógicas de cada umas das 91 diretorias de ensino do Estado de São Paulo, foi possível esclarecer dúvidas e reforçar as diretrizes principais. “A proposta foi bem recebida e há uma aceitação por parte desses professores coordenadores [ex-ATPs] no sentido de que a Educação Física estava precisando de uma proposta que lhe desse direção. Há um consenso de que a Educação Física estava muito dispersa com bons professores fazendo bons trabalhos, mas isoladamente, e outros nem tanto”. FORMAÇÃO DA EQUIPE A organização da equipe passou pelo convite às universidades públicas. Segundo Sérgio Silveira, as universidades públicas foram escolhidas porque têm em seus docentes uma carga de investimento em pesquisa, de dedicação exclusiva não só ao ensino, mas ao estudo e às investigações. Esclarecimentos “ 18 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Nesses anos todos, sempre lutei muito pelos profissionais e alunos. Valorizo e sei o quanto é difícil fazer um bom trabalho. Vejo nessa possibilidade da proposta curricular um instrumento para orientar esse professor a construir um trabalho que traga uma satisfação pessoal e profissional. É preciso fazer um trabalho no qual o aluno possa levar o conhecimento adquirido dentro dos muros da quadra ao longo de sua vida. Eu confio no sucesso desse Profissional de Educação Física . ” Sérgio Silveira Responsável pela Educação Física Escolar na CENP CADERNO DO PROFESSOR Todas as escolas receberam a proposta curricular, geral e específica, de cada disciplina antes de receber o Caderno do Professor. A elaboração do Caderno do Professor de Educação Física, que é distribuído bimestralmente, iniciou-se para apoiar o desenvolvimento da proposta curricular. Nele há sugestões de situações de aprendizagem, de como desenvolver o conteúdo no momento de aula, de avaliação e orientação de como trabalhar com aqueles conteúdos que foram ali elencados. O caderno contém subsídios teórico-metodológicos sobre o tema que se propõe a ser desenvolvido [vivência corporal], inclusive com indicação de fontes bibliográficas. JORNAL DO ALUNO E REVISTA DO PROFESSOR Trata-se de um material que foi utilizado nos primeiros 40 dias de aula para subsidiar uma recuperação das competências do leitor. Uma tentativa de fazer com que todos os alunos e escolas começassem a proposta do mesmo ponto, através do ponto de vista de qualquer leitor/escrita ou raciocínio matemático. Esse material é episódico, não é parte da proposta curricular e foi elaborado por outra equipe. A partir da experiência de trabalho dos professores com esse material, houve uma primeira avaliação feita com os próprios professores sobre a nova proposta curricular e foi aberto um espaço na página eletrônica da Secretaria, para manifestação e apresentação de sugestões e críticas, que são processadas na Secretaria e enviadas para a equipe responsável pela elaboração do programa. E, assim, está sendo feito ao final de cada bimestre. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Fazem parte da equipe profissionais que há décadas estudam a Educação Física Escolar, que vão à quadra e dão aula. E a CENP, dentro da Secretaria de Estado da Educação, está representando a escola, mediando quando algum item foge da realidade. Ela faz com que a equipe pense no aluno e na escola de forma mais concreta. Assim, a equipe foi montada com membros convidados de duas universidades públicas estaduais [UNESP e UNICAMP], Secretaria da Educação e universidades particulares. Dela fazem parte: Sérgio Roberto Silveira e Adalberto dos Santos Souza [Secretaria de Estado da Educação], Mauro Betti [UNESP], Jocimar Daolio [UNICAMP], Luiz Sanches Neto e a Luciana Venâncio [que têm históricos como professores na prefeitura de São Paulo e na universidade particular]. Mauro Betti explicou que com essa equipe é que começou as discussões do que e quais seriam as finalidades de Educação Física. “Com exceção dos dois colegas da CENP, que são funcionários da Secretaria, os outros quatro, inclusive eu, somos assessores por tempo determinado”. Última Notícia CREF4/SP REAGE CONTRA A PORTARIA DA SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO QUE SUPRIME AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA No momento do fechamento desta edição, o CREF4/SP recebeu a informação da publicação da Resolução SE – 83, de 25/11/2008, no dia 26 de novembro de 2008, no Diário Oficial, Poder Executivo, Seção I São Paulo. No mesmo dia já começaram a chegar manifestações dos profissionais de Educação Física de várias cidades do Estado, solicitando um posicionamento e ação do CREF4/SP. O Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região informa que teve conhecimento das Resoluções SE nº 83 e n.º 85, ambas da Secretaria do Estado da Educação, que excluem, respectivamente, as aulas de Educação Física do 1º ano do Ensino Fundamental, 3ª ano do Ensino Médio da Educação Básica e Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio na Rede Estadual de Ensino e já está tomando as providências necessárias a fim de garantir os direitos e prerrogativas dos Profissionais de Educação Física, das crianças, bem como a melhor formação escolar da sociedade. Na próxima edição da Revista CREF de São Paulo, informaremos sobre os encaminhamentos que foram adotados. 19 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Atuação Projeto serve como exemplo de Educação Física Escolar A Prefeitura do Município de Jundiaí, por meio de sua Secretaria de Educação e Esportes, mantém Projeto que inova o conceito da Educação Física nas escolas. Os professores do sistema municipal são todos formados em Educação Física e registrados no CREF4/SP, recebem orientações da coordenação e planejam atividades diferenciadas de acordo com a faixa etária das crianças. Por Célia Gennari e César Alencar 20 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 O reconhecimento e ampliação de suas potencialidades e limites, a construção e aquisição de conhecimentos que promovam reflexão, favorecendo e incentivando a manifestação de idéias, são os grandes objetivos do Projeto que relaciona Educação com Movimento. Tudo isso, leva o aluno a lidar melhor com seu corpo, suas ações e pensamentos, buscando condições favoráveis para enfrentar novos desafios. Os planos de aula são preparados pelos professores e passados aos coordenadores do Projeto e aos diretores das escolas a cada início de mês, sendo analisados e, se necessário, discutidos com estes. Além dos mate- Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP riais tradicionais, os alternativos, tais como bolas sonoras, espaguetes de piscina [substituindo bastões de madeira], petecas, bolas plásticas e de borracha de diversos tamanhos, placas de E.V.A., raquetes em material plástico e com peso adequado, entre outros, permitem atividades alternativas, tornando as dinâmicas mais Atuação “ Com a participação efetiva do aluno, conhecendo seu corpo e os principais conceitos da atividade física é muito difícil que ele se transforme em um sedentário ao atingir a idade adulta . ” Luiz Trientini, coordenador pedagógico do Projeto interessantes, rompendo com as práticas tradicionais da Educação Física. O Projeto existe há mais de 15 anos na cidade, atendendo 130 escolas da rede municipal de ensino. São 55 profissionais de Educação Física que orientam atividades a aproximadamente 38 mil alunos de quatro meses a dez anos de idade, das creches ao Ensino Fundamental I. Quando iniciou, em 1993, atendia apenas a Educação Infantil. Em 1996, com a municipalização do Ensino Fundamental, a Secretaria passou a ser responsável pelos alunos até a quarta série [crianças de até dez anos de idade]. Atualmente, Rosemeire Aparecida Crema Satrapa é a coordenadora administrativa do Projeto, mas também participa da parte pedagógica que, há três anos, é comandada por Luiz Antonio Trientini [CREF 008069-G/SP]. O Secretário de Educação e Esporte da cidade – situada a 63 Km da capital paulista – José Antonio Galego [CREF 000598-G/SP], que apóia o Projeto, tem mais de 30 anos de experiência com Educação Física, principalmente na área de recreação infantil. Além do desenvolvimento físico e motor das crianças, os professores se preocupam em passar outros conhecimentos, como a importância de uma alimentação saudável. Nas aulas, as crianças são convidadas a participar de decisões, como a forma que determinada atividade será realizada. Simples brincadeiras, como pegapega, sofrem adaptações sugeridas pelos próprios alunos, socializando e tornando a criança parte importante no processo. Durante o último Pan-Americano, realizado no Brasil e as Olimpíadas de Pequim, os alunos foram levados a conhecer regras de esportes não muito comuns no País. O hipismo foi um deles. Em uma escola da rede municipal, as crianças construíram uma pista que simulava um circuito e, munidas de um espaguete utilizado em piscina, trotavam e saltavam os obstáculos. Assistindo os jogos pela TV, entenderam os métodos de pontuação e levaram esse conhecimento para a escola. O Projeto Educação do Movimento prevê também um entendimento maior por parte da criança do que vem a ser a Educação Física. É um envolvimento progressivo que o aluno absorve natu- ralmente. Então, ele entende o que é habilidade motora, equilíbrio, reflexo, velocidade de reação e a importância do controle da freqüência cardíaca nas atividades físicas, por exemplo. “Isso facilita muito a vida dos professores. Além disso, abre espaço para a criança decidir em qual esporte poderá ter melhor desempenho. A escolha passa a seguir outros padrões do que apenas o gosto pessoal. Já com as crianças do berçário, a estimulação é o ponto principal dos trabalhos”, destacou Rose, coordenadora administrativa. PREPARAÇÃO DOS PROFESSORES A jornada de trabalho dos professores é de 25 horas trabalhando diretamente com os alunos, mais 5 horas extra-classe, sendo duas de capacitação profissional, mais três de estudo. A capacitação é realizada todas as segundas-feiras no período noturno, quando os profissionais participam de palestras, socialização de atividades com outros professores, cursos e oficinas. As quartas, três horas do dia são dedicadas ao estudo em períodos contrários ao horário de trabalho. São discutidos o planejamento, a parte pedagógica e trocadas experiências de campo. Esses encontros ocorrem tanto nas unidades de ensino como na Secretaria, junto aos coordenadores do Projeto. Os professores recebem material da Prefeitura em forma de Kit ou criam “ Além do trabalho direto com os alunos, os professores de Educação Física passam por cursos de capacitação e planejamento. A prefeitura também fechou convênio para que esses profissionais pudessem fazer pós-graduação . ” Rosemeire Aparecida Crema Satrapa, coordenadora administrativa do Projeto Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP 21 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Atuação “ seus próprios materiais nas unidades (principalmente na faixa até três anos de idade), sempre seguindo as orientações transmitidas nos encontros. Trientini destaca que os coordenadores estão abertos para novas idéias que tragam avanços ao Projeto. “Não existe um planejamento fechado. Nas reuniões de final de ano, principalmente, todo o Projeto é revisto e 22 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 É um prazer para qualquer professor fazer parte de um projeto que tem a criança como alvo. Toda estrutura e planejamento nos permite elaborar aulas divertidas e com grande variedade, desenvolvendo as habilidades motoras dos alunos. Além disso, temos a oportunidade de adquirir conhecimento para melhorar, afinal de contas, o movimento é o nosso conteúdo de aula . ” Felipe Pinheiro da Cunha [CREF 015854-G/SP] sofre novas adaptações. Quanto mais gente estiver discutindo a Educação Física, melhor!”. “Os professores da cidade são concursados e, pensando na preparação desses profissionais, a Prefeitura oferece curso de pós-graduação na Escola Superior de Educação Física de Jundiaí. São 40 vagas e quem conclui recebe um adicional no salário”, destacou Rose. Com todo esse suporte oferecido, a coordenação, ao visitar uma unidade, com a rotina de trabalho do professor em mãos, confere a atividade daquele dia e caso haja divergência, o professor é chamado a dar explicações. Adaptações podem ocorrer, mas sem deixar a metodologia de lado. “O importante é o aluno sair do Ensino Fundamental tendo adquirido e melhorado suas habilidades motoras e tendo participado da elaboração de diversos conceitos inerentes à Educação Física e à qualidade de vida, interferindo nas diversas atividades, discutindo e construindo conhecimentos”, afirmou Trientini. JUNDIAÍ: CRIANÇAS E IDOSOS TÊM OPORTUNIDADE José Antonio Galego, secretário de Educação e Esporte de Jundiaí, foi professor universitário de Educação Física por 30 anos. Em toda a sua vida profissional, trabalhou com crianças na faixa dos dez anos de idade. Com muito entusiasmo, ele garante que Jundiaí tornou-se um celeiro de atletas competitivos para outras cidades. “Nossa preocupação é educar e formar. Aquele que tiver interesse em participar de competições, poderá fazê-lo nos Complexos Educacionais, Culturais e Esportivos do Município, sendo a partir daí, encaminhado para as respectivas equipes”. O principal objetivo da Secretaria não é manter equipes de competição, mas sim dar à criança a oportunidade de aprender e se dedicar, auxiliando assim, sua formação integral. A criança não pode perder o interesse pela atividade física. A introdução de regras bem definidas nas atividades, faz com que ela aprenda a respeitar as leis e os outros cidadãos. No outro extremo, hoje, em Jundiaí, tem mais de sete mil cidadãos da terceira idade freqüentando os centros esportivos. “É possível sentir a importância dessas atividades, como traz felicidade, alegria e ainda mais vontade de viver para essas pessoas tão especiais. Tenho orgulho de dizer que Jundiaí avançou muito nessa área”. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Em Ação I Congresso Nacional do Sistema CONFEF/CREFs N o início de novembro, aconteceu o I Congresso Nacional do Sistema CONFEF/CREFs realizado pelo Conselho Federal de Educação Física (CONFEF). O Congresso reuniu todos os conselheiros federais e regionais e contou com a participação de diversas autoridades e personalidades. Os conselheiros do CREF4/SP Flavio Delmanto, Roberto Jorge Saad, Georgios Stylianos Hatzidakis, Cicero Theresiano de Barros, José Cintra Torres de Carvalho, Walter Giro Giordano, Marcelo Vasques Casati, Marcio Tadashi Ishizaki, Nestor Soares Públio, Sebastião Gobbi, Vlademir Fernandes, João Omar Gambini, Solange Guerra Bueno e Margareth Anderáos prestigiaram o evento. Assuntos como "O Profissional de Educação Física na área da Saúde e no SUS", "Licenciatura e Bacharelado", "Campo de trabalho", "Ética e exigências para o mercado", "Orientação e Fiscalização", "Os 10 anos do CONFEF - a Educação Física, seus resultados e significação" e "Conselhos Profissionais e Responsabilidades Sociais" foram apresentados por estudiosos da área. O encontro, que contou com o apoio do SESI e da Caixa Econômica Federal, foi transmitido ao vivo pela internet. ATENÇÃO – No portal do CONFEF é possível acessar e baixar os vídeos das palestras do Congresso. Confira no www.confef.org.br ELEIÇÃO DO CONFEF Flávio Delmanto e Margareth An deráos fazem parte da gestão do CONFEF, mandato de 08/11/2008 a 07/11/2012, como conselheiros efetivos. E, Georgios Stylianos Hatzidakis e Márcio Tadashi Ishizaki, como conselheiros suplentes. Pilates e o Profissional Por Amauri Abe* A 9ª IHRSA - Fitness Brasil Latin American Conference contou com a presença do CREF4/ SP, dia 4 de setembro, com o 2° Fórum “Pilates e o Profissional de Educação Física”. O assunto despertou interesse de proprietários de estúdios de Pilates e de estudantes e profissionais de Educação Física, tanto aqueles que já trabalham com o método quanto quem ainda não o utiliza, mas acredita no potencial de mercado da modalidade. Mais de 70 pessoas assistiram ao Fórum, realizado na capital paulista. Comandaram o evento as professoras Andréa Vidal [CREF 002619-G/SP], conselheira do CREF4/SP e diretora da Fitness Mais, Sandra Tófoli [CREF 003245-G/SP], habilitada para orientação desta atividade física para vários grupos específicos, Mônica Tagliari [CREF 001590-G/SP], proprietária do The Pilates Studio de Porto Alegre, além da presença de Luciana Ferreira [CREF 003241-G/SP]. Os participantes foram informados acerca da história do método Pilates, princípios e características da modalidade. “É um controle geral do seu corpo, uma forma diferente de mexer seu físico, uma arte, uma massagem corporal”, definiu Mônica. “Não se trabalha Pilates como a musculação, pois a primeira se trata de um trabalho global”, afirmou Sandra. Em um segundo momento, a conselheira Andréa Vidal explicou a posição do CREF4/SP na questão de quem tem condições de aplicar Pilates. “Um fisioterapeuta não pode usar o método para melhorar o condicionamento físico de um aluno, bem como um Profissional de Educação Física não pode usá-lo para tratar um doente”, declarou a professora, deixando claro o campo de atuação de cada formação profissional. Auxiliar os profissionais de Educação Física a estar mais bem preparados é uma atividade constante do Conselho, e a promoção do Fórum foi visando a este objetivo. Melhor qualificação também é uma forma de buscar consolidação cada vez maior da Educação Física. *Assistente de Comunicação Júnior do CREF4/SP Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP 23 Ano IX ● nº 22 ● novembro ● 2008 Participação em Eventos - 2008 Data João Omar Gambini 20/8 Associação Cristã de Moços de Sorocaba Colação de Grau Solangue Guerra Bueno 1/9 UniSant´Anna Palestra sobre o tema: O Profissional de Educação Física e o Conselho Federal de Educação Física Hudson Ventura Teixeira 4/9 Expo Transamérica IHRSA - Fórum sobre Pilates e o Profissional de Educação Física Andréa Vidal 12, 13 e 14/9 Hotel Bourbon Atibaia Encontro dos Dirigentes dos Cursos Superiores de Educação Física do Estado de São Paulo Antonio Lourival Lourenço, Flavio Delmanto, Georgios Stylianos Hatzidakis, Hudson Ventura Teixeira, João Omar Gambini, Márcio Tadashi Ishizaki, Margareth Anderáos, Nestor Soares Públio, Roberto Jorge Saad, Sebastião Gobbi e Vlademir Fernandes 20/9 Universidade Ribeirão Preto – UNAERP Palestra sobre o tema: Introdução à Carolina Machado d'Avila Educação Física e Caracterização da Profissão - Tema 6 23 e 24/9 Universidade de Santo Amaro Palestra sobre o tema: Os Caminhos – UNISA do Profissional de Educação Física Hudson Ventura Teixeira 25/9 Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia ocupacional do Estado de São Paulo – CREFITOSP Sessão solene de entrega do Título de Cidadão Paulistano Pedro Claudio Bortz 26/9 Faculdades Integradas Torriceli Palestra sobre o tema: A situação atual do mercado de trabalho Vlademir Fernandes 27/9 Faculdades Atibaia – FAAT Palestra sobre o tema: A Profissão de Geraldo Luiz de Toledo Costa Educação Física 27/9 Centro Universitário de Votuporanga – UNIFEV Palestra sobre o tema: Introdução à Carolina Machado d'Avila Educação Física e Caracterização da Profissão - Tema 6 8/10 Universidade Mackenzie Presbiteriana Palestra sobre o tema: Regulamentação da Profissão de Educação Física 1998-2008 – Balanço da Primeira Década Hudson Ventura Teixeira 16/10 Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo oficina de trabalho: “Viabilização das Inspeções Conjuntas Multiprofissionais Márcio Tadashi Ishizaki, Fernando Izac Soares e Geraldo Luiz de Toledo Costa 25/10 UNAERP – Campus Guarujá Palestra sobre o tema: A Organização Vlademir Fernandes da Profissão de Educação Física no Brasil 31/10 Centro Universitário Moura Lacerda - Campus Jaboticabal Palestra sobre o tema: Regulamentação da Profissão de Educação Física e Ações do Sistema CONFEF/CREFs Carolina Machado d'Avila I Congresso Nacional do Sistema CONFEF/CREFs Flavio Delmanto,Roberto Jorge Saad, Georgios Stylianos Hatzidakis, Cicero Theresiano de Barros, José Cintra Torres de Carvalho, Walter Giro Giordano, Marcelo Vasques Casati, Marcio Tadashi Ishizaki, Nestor Soares Públio, Sebastião Gobbi, Vlademir Fernandes, João Omar Gambini, Solange Guerra Bueno e Margareth Anderáos ● novembro ● Conselheiro/Representante Colação de Grau Ano IX ● Tema Universidade São Francisco Bragança Paulista 24 nº 22 Local 14/8 2008 6, 7, 8 e 9/11 Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Em Ação Conselheiros fazem palestra em Congresso da ABRIESP O CREF4/SP participou do Congresso da ABRIESP – Associação Brasileira da Indústria do Esporte, realizado em setembro, no Palácio de Convenções Anhembi. O Congresso fez parte do principal evento de negócios do esporte da América Latina, a Sports Business, que chegou a sua 26ª edição. Os conselheiros João Omar Gambini, Márcio Tadashi Ishizaki, Georgios Hatzidakis e Maria Alice Corazza falaram, respectivamente, sobre os temas: lazer, ginástica laboral, marketing esportivo e terceira idade. ATUAÇÃO NA ÁREA DO LAZER Lazer: que campo de atuação é esse, para que ele serve, quais são as oportunidades e o que está disponível para que o Profissional de Educação Física assuma essa área? O crescimento do número de colônias de férias, hotéis, academias com áreas de recreação e lazer, SPAs com ênfase em atividades físicas e recreação, cria um ambiente de potencial crescimento na procura por profissionais especializados, inclusive para a gestão desses locais. Esse momento é de oportunidade para que profissionais de Educação Física se posicionem melhor no mercado. Com a profissionalização da área, as exigências por competência e excelência individual seguem a mesma curva. Por conta disso, os profissionais devem ficar atentos às demandas do mercado e serem empreendedores, sem esquecer que, hoje em dia a sociedade clama por profissionais centrados na educação em busca de uma sociedade mais justa, fraterna e plural. Para o conselheiro João Gambini, o lazer tem uma abrangência maior do que a Educação Física e o profissional é uma das ferramentas importantes dessa área. Aliado a isso, a sociedade está cada vez mais preocupada com a qualidade de vida e dos serviços prestados. Diversidade – Como o mercado de lazer não é exclusivo do Profissional de Educação Física, há muita concorrência e desvios de função, tornando-se fundamental que empresas e profissionais sejam orientados e fiscalizados para dirimir dúvidas e evitar a aplicação de punições e mesmo a interdição de funcionamento e/ou de profissionais que acabariam por penalizar os consumidores. Diversos campos da área do lazer podem ser ocupados pelo Profissional de Educação Física, sendo que a limitação está descrita nas Leis* do Sistema CONFEF/CREFs, ou seja, no desenvolvimento da motricidade, prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, da formação cultural e da educação e reeducação motora, do rendimento físico-esportivo, do lazer e recreação e da gestão de empreendimentos relacionados às atividades físicas, recreativas, esportivas e similares. Ele deverá estar preparado para coordenar, planejar, programar, prescrever, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, orientar, ensinar, conduzir, treinar, administrar, implantar, implementar, 25 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 “ O lazer tem uma abrangência maior do que a Educação Física ” João Gambini ministrar, analisar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como, prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas, esportivas, recreativas e similares. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP MARKETING ESPORTIVO 26 Para o marketing interessa o expectador do esporte, por isso, cada evento esportivo deve ter seu resultado imprevisível, forte equilíbrio, além de concorrência e ética desportiva. Para o conselheiro Georgios Stylianos Hatzidakis não tem a menor graça um campeonato sem estas características. Portanto, emoção é o melhor negócio de marketing. “O esporte no Brasil tem uma característica que também faz perder a graça: ‘eu quero ganhar tudo’. Não pode ser assim”, comentou. Modalidades que são envolvidas em doping e apostas, acabam não sendo um bom negócio para as potenciais empresas que querem usar o esporte como instrumento de marketing. O esporte hoje não é só qualidade de vida, tem um papel sócio-cultural: é entretenimento. As pessoas jogam e praticam atividade física por dois motivos básicos: entretenimento e manutenção da saúde. Segundo Georgios, práticas esportivas com preocupação ambiental, por exemplo, atraem investimentos em- “ Emoção é o melhor negócio de marketing ” Georgios Stylianos Hatzidakis presariais. Há uma série de fatores para construir o diferencial do seu evento. Reciclagem, alimentação saudável, sustentabilidade etc. Uma definição bem atual para mar keting foi feita por Phillip Kotler, em 2003: ‘gestão de marketing é a arte e a ciência de escolher e de conquistar, perder e cultivar clientes, por meio da criação, comunicação e fornecimento de um valor superior’. Pequenos detalhes que conquistam: • Seja qual for o seu negócio, você tem clientes. • Para manter clientes você tem que satisfazê-los. • Você tem que ter um diferencial, uma proposta de valor superior. A empresa que oferece a seus clientes experiência e realização de sonhos sempre estará nas mentes e nos corações deles, pois ela conseguiu criar atributos diferenciados. • Tenha sempre em mente como posicionar seu produto, serviço ou idéia para o consumidor. • Conhecendo a estratégia de marketing da empresa, é possível definir como usar o esporte para atender essa estratégia. Isto é teoria de marketing. Existem empresas que querem visibilidade, outras querem relacionamento com seus funcionários, clientes, fornecedores, comunidades, parceiros etc. Ano IX ● TERCEIRA IDADE E ATIVIDADE FÍSICA nº 22 ● dezembro ● A conselheira Maria Alice Corazza lembrou que, aos 60 anos já entrou na fase de suas próprias transformações, mas se diz feliz e concluiu: “Sou o amanhã de vocês. Espero que se cuidem e tenham muito mais gás do que eu”. “ 2008 Quando envelhecemos, queremos que tudo dentro de nós funcione bem ” Maria Alice Corazza As atividades psicossociais trazem muitos benefícios para os idosos: auto-confiança, aumento da auto-estima, diminuição da ansiedade, maior integração em grupo, diminuição da tensão, de medos, decepções, depressão, aborrecimentos e solidão e, principalmente, a descoberta de novos amigos. Segundo Maria Alice, em pesquisa realizada com alunas de hidroginástica, para saber quais os benefícios da atividade, os resultados foram surpreendentes: ficar mais leve; esconder a barriga e, o mais citado, ‘estamos na vertical e podemos conversar o tempo todo’. “O aluno vai para a academia por causa de você e dos amigos”, alerta a conselheira. “Somos as pessoas mais importantes para ele naquele momento”. E, se o idoso perguntar, o profissional tem a obrigação moral de res- Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP ponder olhando para ele, que quer e precisa de atenção. Mas isso não significa tratar o idoso como criança. A maior realização do idoso é ele poder ir para a aula. Portanto, a função do Profissional de Educação Física é transformar esse velho em jovem idoso e aplicar atividades que proporcionem a diminuição de quedas, principalmente aquelas por falta de equilíbrio. O Profissional de Educação Física deve elevar a auto-estima do seu aluno, ter jogo de cintura para lidar com essa faixa etária e conhecer o Estatuto do Idoso. Mercado de Trabalho – Maria Alice aconselhou os profissionais para que façam projetos visando a maturidade e a terceira idade, pois 43% da população brasileira tem mais de 50 anos. Em Ação Ginástica Laboral O conselheiro Márcio Tadashi Ishizaki ministrou a palestra juntamente com as profissionais Cynara Cristina Pereira [CREF 002752-G/DF] e Ana Lucia Aquilas Rodrigues [CREF 050946-G/SP], membros da diretoria da Associação Brasileira de Ginástica Laboral – ABGL. Cynara relembrou um pouco da história da GL [veja quadro] e a partir daí deu seqüência falando especifica mente sobre os acontecimentos no Brasil. A título didático, atualmente as empresas de GL estão dividindo seus planejamentos de aulas entre promoção de saúde e prevenção de doenças. Hoje, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde, apresentados por Cynara, são gastos R$ 2 milhões por ano com problemas relacionados aos acometimentos das doenças osteomusculares no ambiente de trabalho. A ABGL e o Sistema CONFEF/CREFs pretendem, através de estudos científicos, comprovar a importância de se implantar programas de GL para a redução das principais sintomatolo- “ Educação em saúde na Ginástica Laboral é importante e dá resultado ” Ana Lucia Aquilas Rodrigues Membro da ABGL gias das Lesões por Esforço Repetitivo – LERs e dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORTs. “Não estamos falando que a GL tem como objetivo a redução dos DORTs, porque até o momento não conseguimos comprovar essa questão, mas comprovamos que a GL contribui para a redução da dor e da fadiga, sintomas dos DORTs”. Sedentarismo – Sedentária é a pessoa que acumula menos de 10 minutos de atividade física por semana, contribuindo para o surgimento de doenças crônico-degenerativas, como a obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, osteoporose e outras. Hoje em dia, segundo a Profª. Ana Lucia Aquilas Rodrigues o grande desafio dos programas de Ginástica Laboral é mudar o foco, de preocupações apenas com doenças ocupacionais (LER/ DORT) para a promoção do estilo de vida ativo, combatendo o sedentarismo através da promoção da saúde e qualidade de vida no ambiente de trabalho. O sedentarismo mata e onera muito mais as empresas e o Estado do que o alcoolismo e o tabagismo. Este é um assunto tão importante que a própria Organização Mundial da Saúde – OMS, em 2004, publicou um documento estabelecendo como estratégia global para a saúde das nações o aumento da atividade física e a alimentação saudável. Hoje, nas empresas, se comenta muito sobre o absenteísmo (falta ao trabalho), mas isso é apenas a ponta do iceberg. O presenteísmo (quando a pessoa vai trabalhar, está doente e não produz o que deveria), parece gerar ainda mais prejuízos. O maior objetivo da GL à luz da promoção da saúde é fazer com que as pessoas se movimentem, aprendam alguns exercícios e consigam gerir a sua própria atividade física fora do local de trabalho. Promoção da saúde não é apenas prevenção, mas fundamentalmente educação. “Educação em saúde na GL é importante e dá resultado”, comentou Ana Lucia. A qualidade de vida no trabalho resulta em aumento de produtividade e a GL faz parte dessa ação. E o Profissional de Educação Física é o mais indicado e preparado para isso. Aspectos Legais – Por ser uma atividade que tem despertado muito interesse, a GL está sendo abordada por profissionais de outras áreas. Márcio Tadashi Ishizaki, 2º vice-presidente 27 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 “ A formação garante o direito de ter a habilitação, que só pode ser obtida pelo registro no Conselho Profissional ” Márcio Tadashi Ishizaki 2º Vice-presidente do CREF4/SP Para sabre mais: sobre a ABRIESP, acesse: www.abriesp.com.br; sobre as leis www.confef.org.br Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP do CREF4/SP, justificou o posicionamento do Sistema CONFEF/CREFs de que essa é uma atividade inerente ao Profissional de Educação Física. A Lei 9.696/98 estabelece que a orientação, dinamização e outras ações no campo da atividade física é prerrogativa dos profissionais de Educação Física regularmente registrados no Conselho, ou seja, somente quem está nessa situação tem o direito de exercer a atividade. A forma de desenvolvimento das atividades de GL, onde existe a dinamização de uma atividade física para um grupo de pessoas, sem que haja a caracterização de uma relação paciente/terapeuta, deixa bastante claro essa posição. Atenção – É bom lembrar que não é a formação que dá a habilitação e sim o registro junto ao Conselho que controla a profissão. Ou seja, a formação garante o direito de ter a habilitação, que só pode ser obtida através do registro no Conselho Profissional, no caso, o de Educação Física. UM POUCO DA HISTÓRIA 28 Ano IX ● Em 1717, o italiano Dr Bernardino Ramazini – considerado o pai da medicina ocupacional – já falava sobre os problemas que poderiam ocorrer devido ao sedentarismo e a posição dos trabalhadores sentados, pela manutenção das posturas viciosas e por falta de exercícios. Em 1925 surgiram os programas de GL na Polônia com exercícios específicos para os operários de indústria. A Holanda e a Rússia também implantaram o programa. Em 1928, no Japão, a gisnática pela rádio Taissô foi adotada por todos os trabalhadores japoneses. Em 1960 o Japão consolida os programas de GL Compensatória e apresenta um programa de atividade física sistematizada que é divulgado pelo mundo. Na seqüência, alguns países como o Canadá e Inglaterra sofreram uma forte epidemia das doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho, que chegou ao Brasil e se tornou, o primeiro problema a ser solucionado pelos programas de GL. Até recentemente, a prevenção de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORTs era o grande objetivo dos programas de GL. No entanto, segundo Cynara Cristina Pereira, agora é promoção de saúde. A prevenção de doenças, não menos importante, continua a fazer parte, mas de outro objetivo. “ A GL contribui para a redução das principais sintomatologias das LERs e DORTs que são a dor e a fadiga ” Cynara Cristina Pereira Membro da ABGL nº 22 ● dezembro ● 2008 Última Notícia ABGL REALIZA 1º FÓRUM A Associação Brasileira de Ginástica Laboral (ABGL) realizou em novembro, o 1º Fórum da entidade, nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), no bairro da Liberdade, localizado na cidade de São Paulo, para discutir as várias vertentes da prática no Brasil. A presidente da Associação, Valquíria de Lima (CREF 000089-G/SP), afirmou que o futuro para a Ginástica Laboral é promissor no país, mas que faltam profissionais especializados para atender a demanda do mercado. “Precisamos mostrar para as empresas a importância de nosso trabalho enquanto profissionais”, declarou. Márcio Tadashi Ishizaki, 2º vice-pre- sidente do CREF4/SP, falou sobre a atuação do Profissional de Educação Física na GL e orientou os presentes a se unirem. “Para termos voz ativa precisamos apresentar uma coesão”, salientou. O Fórum contou com a formação de duas mesas-redondas, a primeira discutiu os desafios e as tendências do mercado, o “ser empresário em GL”. E dela participaram profissionais que já têm empresas atuantes nesse campo: Valquíria de Lima [Supporte], Carlos Eduardo “Dado” [Laborfit], Osvaldo Stevano [Maratona], Eliane Polito [Realce] e Rony Tschoeke [Promove]; a segunda contou com a presença das professoras Ana Lucia Rodrigues, Cy- nara Cristina e Danielle Kallas e teve por objetivo expor o perfil e as competências do Profissional de Educação Física que atua dentro das empresas. Os cerca de 150 presentes puderam ainda participar de oficinas específicas para quem quer trabalhar com a GL: sobre o uso da massagem nos programas, com a Profª. Andrezza Moretti; yoga adaptada, com o Prof. Eduardo “Duda” Legal e, para finalizar dinâmicas e jogos cooperativos, com a Profª. Andréa Frangakis. O evento foi concluído com a criação da Rede de Ginástica Laboral, pela direção da ABGL. Interessados em fazer parte da Associação Brasileira de Ginástica Laboral ou obter mais informações, devem acessar www.abgl.org.br Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Notícias 1° Encontro Nacional da Terceira Idade em Aparecida A conselheira Profª Maria Alice Aparecida Corazza foi responsável pela abertura do 1° Encontro Nacional da Terceira Idade, na cidade de Aparecida, levando atividade física aos mais de mil participantes, em sua maioria, idosos. O evento, uma realização da TV Aparecida e da Paulinas TV Produções, aconteceu em novembro, no auditório Padre Orlando Gambi, da TV Aparecida e integra o Projeto Vozes da Igreja, evento musical e cultural que acontece todos os anos em Aparecida do Norte. Ter uma Profissional de Educação Física abrindo um evento nacional é um indicativo da crescente importância da profissão. “Hoje, os organizadores de encontros desse tipo e porte têm solicitado profissionais de Educação Física, algo impensável poucos anos atrás”, afirmou Maria Alice. É um sinal de que tais profissionais vão além da função de orientadores de atividades físicas e po- REGISTRO DESCOBRE DIPLOMAS FALSOS O CREF4/SP analisa rigorosamente os documentos apresentados para a emissão de Registro Profissional. Durante esse processo de análise três diplomas de conclusão de curso superior falsificados já foram descobertos. Nesses casos, a emissão do Registro é rejeitada e caso já tenha sido emitida, a ocorrência é encaminhada à Comissão Especial de Processos Admi nistrativos do CREF4/SP para que seja cancelado. Quem apresenta documentos forjados está sujeito às penalidades da lei, podendo responder pelos crimes de falsidade ideológica e documental. O Ministério Público foi informado sobre as ocorrências. dem, como atores ou cantores, se transformarem em ícones para o público. A adesão a mini-aula da Profª. Maria Alice foi total e, assim, ela cumpriu a tarefa de animar, motivar, integrar e socializar a platéia. “Muitos dos participantes declararam ter vindo porque souberam, pela programação do en- contro, que eu estaria aqui”, comentou feliz a professora. “O Profissional de Educação Física para a terceira idade pode sim ser considerado uma celebridade, um ídolo”, concluiu Maria Alice, especialista em atividades para idosos, com DVDs e livros já lançados sobre o assunto. FISCALIZAÇÃO CONSTATA PRESENÇA DE ANABOLIZANTES EM ACADEMIA O Agente de Orientação e Fiscalização do CREF4/SP constatou a presença de substâncias anabolizantes em academia de musculação em Praia Grande/Litoral Sul da Capital Paulista. A Polícia Militar foi acionada e apreendeu ampolas de Winstrol (esteróide anabolizante, usado para ganho de força e massa muscular), de complexo B, um frasco vazio de Equifort (anabolizante injetável desenvolvido para eqüinos) e quatro agulhas descartáveis. A denúncia já chegou ao Ministério Público através de Ocorrência Policial. A retenção, aplicação ou venda de tais substâncias em academias é ilegal. Tanto o estabelecimento quanto a pessoa que instruía os alunos também atuavam de forma irregular, sem registro no Conselho. A academia apresentou ainda diversas irregularidades em suas instalações, como manutenção deficiente dos aparelhos e sanitários inadequados, que foram fiscalizados pela Vigilância Sanitária e os fiscais tributários do município. O uso de esteróides anabolizantes pode causar desde desenvolvimento de barba e engrossamento da voz em mulheres até câncer de próstata, atrofia dos testículos e alteração do colesterol. Treinar em aparelhos malcuidados e sem orientação de um profissional qualificado e registrado em Educação Física também pode ter sérias conseqüências para o seu usuário. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP 29 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008 Unidade Móvel de Atendimento 2008: U.M.A. Atinge suas Metas Até novembro de 2008 18 cidades foram atendidas, com alto nível de satisfação registrado N 30 Ano IX ● nº 22 ● os três últimos meses, a Unidade Móvel de Atendimento – UMA esteve nas maiores cidades do Estado: Registro, São Manuel, Rio Claro, Catanduva, Assis, Presidente Prudente, Campinas, Franca e Piracicaba. Ao todo, 1531 profissionais de Educação Física foram atendidos com o apoio das prefeituras e universidades locais. Desde o início dos trabalhos [2007], a “seccional móvel” já passou por 18 cidades no total. Entre elas, além das citadas: Ribeirão Preto, Santos, Sorocaba, São José dos Campos, São José do Rio Preto, São Bernardo do Campo, Dracena, Penápolis e Bauru. O CREF4/SP também contou, em alguns municípios, com o auxilio da mídia. O Jornal O Imparcial, do dia 19 de outubro, de Presidente Prudente, por exemplo, entrevistou a analista técnica Carolina Machado d’Avila, que falou sobre o objetivo desse trabalho, que “é aproximar o Conselho dos profissionais de Educação Física do Estado, principalmente de regiões mais afastadas, já que a sede é na capital”. A UMA está sob a coordenação da Comissão de Implantação de Seccionais, que tem a sua frente o conselheiro Vlademir Fernandes e tem um grupo de funcionários especificamente treinados para esse atendimento, que são: Eduardo Fernandes Colmenero, Paula Braz Melo Gomes Correa e Marcelo Miranda Machado. A UMA já está com uma agenda definida para o primeiro semestre de 2009. Fique atento as informações publicadas no portal CREF4/SP. Registro, 73 atendimentos São Manuel, 76 atendimentos dezembro ● 2008 Nota – Em Assis foram 164 atendimentos; Franca, 167 atendimentos e Piracicaba, 218 atendimentos. Rio Claro, 228 atendimentos Para obter informações sobre os trabalhos da UMA, basta ligar para 11 3292-1700. Campinas, 258 atendimentos SECCIONAL ENCERRA SUAS ATIVIDADES Instalada na cidade de Campinas desde 2002, a seccional perdeu sua utilidade, quando da criação, em 2007, da Unidade Móvel de Atendimento – UMA, que por sua mobilidade permite atender, de acordo com sua agenda pré-determinada, um maior número de profissionais em cada região. Após a análise dos resultados obtidos pela UMA, a Plenária do CREF4/SP deliberou pelo encerramento das atividades da seccional no dia 10 de outubro, dando preferência no investimento das Unidades Móveis de Atendimento. A UMA esteve, pela primeira vez na região de Campinas, entre os dias 21 e 24 de outubro e 15 e 19 de dezembro, na Estação Cultura (Praça Mal. Floriano Peixoto, s/n°, Centro). Na primeira oportunidade foram atendidos 258 profissionais. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP Catanduva, 138 atendimentos Presidente Prudente, 209 atendimentos Registro Importante: Atualização de Cadastro O CREF4/SP tem recebido um número significativo de correspondências devolvidas por falta de atualização cadastral. É dever do Profissional de Edu- cação Física manter atualizada sua ficha cadastral no CREF4/SP, pois somente com dados corretos, o profissional registrado poderá ser localizado, receber a Revista CREF de São Paulo e outros comunicados que se fizerem necessários. Caso você conheça algum profissional citado na lista a seguir, solicite que o mesmo entre em contato com o Setor de Registro, pelo telefone 11 3292-1700. Núm. Registro Nome Núm. Registro Nome Núm. Registro Nome SP-031292 - P ADRIANO FERREIRA SP-023737 - P GERSON FREIRES SP-029442 - P MARCOS MILANO FERNANDES SP-032072 - G ALESSANDRA FALQUEIRO BERTOLASI SP-025868 - G GILBERTO DE MORAES SP-031693 - P MARCOS RODRIGUES SILVINO SP-031213 - P ALESSANDRO FERREIRA DE SANTANA SP-027907 - G GILSON MIUA SP-030239 - P MARIA ISABEL PARDOS LASTIRI SP-027658 - P ALEXANDRE BERTANI SP-028620 - G HELENA GIGLIOTTI SP-030877 - G MARIA RITA PEREIRA DE OLIVEIRA BARBERO SP-023358 - P ALTAIR ROBERTO TAVARES SP-031417 - P HELIO CORREA DE ARAUJO SP-028275 - G MARINEUZA MARQUES YOSHIZAWA SP-031683 - P ANDRE CARNEIRO VIEIRA SP-025967 - G IACI PAES MEIRELLES SP-026898 - G MARLENE LUIZ RODRIGUES SP-023500 - P ANGELINO CAITANO HERRERO SP-029259 - P IRINEU CESAR DA SILVA SP-026521 - G MIGUEL FETH JUNIOR SP-026911 - G ANNA CRISTINA DO PRADO FIEDLER QUEIROZ SP-030626 - G ISABEL CRISTINA RAINHA SP-024405 - G NANCY JEANE BUSKO BELIZOTI SP-027817 - P ANTONIO BRAZ VIEIRA SP-030022 - G JAIR APARECIDO DIAS DOS SANTOS SP-028156 - P NEIMAR PINHEIRO DE JESUS SP-024570 - G ANTONIO CARLOS BUCATER BITRAM SP-030233 - P JEFFERSON PINTO VELHO SP-031511 - P NILTON DA CONCEIÇAO SANTOS JUNIOR SP-024880 - G ARIANA PAULA CITOLIN ORTEGA SP-027158 - P JOAO GABRIEL GRACIA SP-027183 - P NORBERTO AGUILERA SP-026857 - G AYRTON JOSE BRIENZE JUNIOR SP-025721 - G JOCIMAR APARECIDO GOULART SP-027272 - G PALOMA MARIA DE TORRES SP-027845 - G CARLOS AUGUSTO CATALANO F. DE OLIVEIRA SP-031372 - P JORGE LUIS SIMOES SIMON SP-030255 - P PEDRO DONIZETE MARTINS SP-030779 - G CARLOS BERNARDO MONSALVE VARAS SP-028401 - G JOSE CARLOS MENIN BIFFI SP-032140 - P RENATA ESCUDEIRO ORTIZ DE MELLO SP-032199 - P CARLOS EVARISTO FERNANDES CAMARA LEAL SP-026586 - G JOSE FRANCISCO BRAIDA SP-029143 - G RODRIGO ALCALDE FLORES SP-024387 - G CARLOS FERNANDO AMARAL SP-027434 - P JOSE ROQUE DE MELO SP-028491 - G RODRIGO PRESTA SP-025383 - G CAROLINA CAMPOS DEL DEBBIO BOACNIN SP-027269 - G JULIANA PIRAGINE MADELLA SP-031837 - P ROMEU DE FARIA CASTRO SP-031032 - P CELSO LUIS MARQUES SP-028157 - G JULIO AUGUSTO GONÇALVES SP-030308 - P ROMILDO ROCHA DA SILVA SP-030726 - G CLAYTON JOSE SANTAREN SP-026814 - G LETICIA ORFALI VELEZ SP-028784 - G ROSELI SANTOS DE OLIVEIRA SP-028468 - G DANIEL FERNANDES SP-028338 - P LOURIVALDO DE OLIVEIRA SP-024433 - G SANDRA REGINA MILANI CIVOLANI SP-028071 - G DANIELA ALINE PEREIRA SOUZA COSTA SP-031604 - P LUCIANO ASSUMPÇAO FERREIRA MENDES SP-024537 - G SERGIO AUGUSTO NACARATO SP-023219 - G DANIELA DE BORTOLI SP-031264 - P LUIS CARLOS DE AGUIAR SP-030675 - G SILVIA MARIA LUTFI SP-025517 - G DANILO FERNANDO RAMOS ANTUNES SP-032021 - G LUIS FERREIRA DOS SANTOS SP-027746 - G SIMONE VECCHI SOUZA SP-023610 - G DAVID EDGAR OLIVEIRA MULLER SP-029102 - G LUIZ ANTONIO DAMIAO SP-030771 - G TARCISIO AUGUSTO MARIZ PINTO SP-027392 - P DENILSON DE OLIVEIRA SP-029156 - G LUIZ ANTONIO LEITE SP-024119 - P THADEU ANTONIO PINTO MORALES SP-027579 - G ELIAS DE CAMPOS RODRIGUES SP-022896 - P LUIZ CARLOS ALVES HENRIQUES SP-025274 - G THAIS MARCELINO SP-023305 - P ELIAS PEREIRA SILVA SP-025041 - G LUIZ CARLOS CATOIA SP-022922 - P VALDEMAR KRIZEK FERNANDES SP-027981 - G ELOIZA FERNANDES FERRAZ CANOILAS SP-030280 - P LUIZ FABIANO DOS SANTOS SP-023938 - P VALDEVINO JOSE DE MACEDO SP-030553 - G EMERSON MOREIRA DA SILVA SP-027053 - P LUIZ GONZAGA DE MELO COSTA SP-027867 - G VALDOMIRO MANOEL SP-029285 - P ENIVALDO MACIEL DOS SANTOS SP-023885 - P LUIZ QUIRINO DA CRUZ SP-025788 - G VICTOR AUGUSTO DE ARAUJO LINO SP-027666 - P EUZELI RISSOLI CASADO BRIENZE SP-028980 - G MANOEL ALVES DO NASCIMENTO SP-029804 - G VINICIUS BANDECHI LORUSSO SP-024848 - G FABIO MANTOVANI ADRIANO SP-024751 - G MARCEL ALBUQUERQUE DE CAMARGO SP-026664 - G VITORIO LOVISETTO NETO SP-029973 - G FERNANDO GONÇALVES DE MORAES SP-031402 - P MARCEL ZAMPOLI CALHEIROS SP-028340 - P WALDECK SOUZA SANTOS JUNIOR SP-025312 - G FLAVIA PINHEIRO CABRINI SP-026082 - G MARCELO FLOREZ GUIMARAES SP-028762 - G WALKYRIA DA COSTA BOMBONATO SP-031383 - P FLORISVALDO PEREIRA DOS SANTOS SP-031928 - P MARCELO SIMONI FERRO SP-026193 - G WANESSA PUCCIARIELLO RAMOS SP-029983 - G FREDERICH ANTONY HESSELBARTH SP-030300 - P MARCIA APARECIDA MENDES SP-030773 - G WILZA PAULA HAMADA SP-031058 - P FREDERICO KADLEC SP-031645 - G MARCIA MARTINS DA COSTA SP-029749 - G WLAMIR TONY LUCAS RIBEIRO SP-028738 - G GASTAO VEIGA GUIMARAES JUNIOR SP-029881 - G MARCIA REGINA ROMANINI GOMES SP-023232 - P ZILMAR ACACIO DE OLIVEIRA Total Registros : 114 Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP 31 Ano IX ● nº 22 ● dezembro ● 2008
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