Ensino da Olericultura Viagem Técnica Práticas adotadaspor Plano
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Ensino da Olericultura Viagem Técnica Práticas adotadaspor Plano
Venda Proibida Número 20 agosto 2014 SITUAÇÃO DO MERCADO DE ALHO 2014 Viagem Técnica Califórnia – EUA Plano Agrícola Pecuário 2014-2015 Importações de Alho Ensino da Olericultura Práticas adotadas por Artigos técnicos Visão do empregador Cooperativas de Alho no Brasil alho e cebola Caros leitores e associados da Anapa, Apresentamos com muita satisfação mais uma edição da Revista Nosso Alho elaborada pela equipe da Anapa em colaboração com outras entidades e ins‑ tituições parceiras. Nossa Revista tem como objetivo principal levar in‑ formações aos associados e leitores de modo geral sobre te‑ mas de relevante importância sobre a cultura do alho. Ela é um elo de ligação entre a Associação, produtores, parceiros e demais integrantes da cadeia produtiva do alho. Aproveitamos a oportunidade para reiterar nosso compromisso e luta incansável na defesa da produção na‑ cional do alho a fim de garantir renda aos produtores e a sustentabilidade do setor alheiro do país. Nesse sentido estamos constantemente em contato com os órgãos competentes do Governo Federal para bus‑ car políticas públicas de incentivo e proteção da produção nacional do alho. Agradecemos a indispensável colaboração de todos associados e parceiros da Anapa. Esperamos continuar contando com a participação e colaboração de todos. Por fim, reiteramos nosso compromisso de continu‑ ar cumprindo com nossa missão para bem representar e defender incondicionalmente a produção nacional. Boa leitura a todos! Presidente Olir Schiavenin Presidente de Honra Marco Antônio Lucini Jurídico Jean Gustavo Moisés e Clóvis Volpe Tesoureiro Darci Martarello Secretário Executivo Eduardo Sekita Gerente Cristina Neiva Colaboradores: Ana Rita Lopes Farias Freddo, Anderson Luiz Feltrim, Anita de Souza Dias Gutierrez, Daniel Iurman, Fabio Torquato, Julián Pérez Pizarro, Lucyanna Kalluf, Marco Antônio Lucini, Nuno Rodrigo Madeira, Puri Castillo, Rafael Jorge Corsino, Valter Rodrigues Oliveira. Arte e Diagramação Rodrigo Rocha Rodrigues Edição Cristina Barbosa Neiva Escritório da Anapa SRTVS 701, bloco O, salas 291/292 Ed. Multiempresarial – Brasília/DF. CEP 70.340-000 Telefone: (61) 3321-0821 [email protected] Nosso Alho é uma publicação da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) com uma tiragem de 5.000 exemplares. As conclusões dos artigos técnicos e as opiniões são de responsabilidade de seus autores. 2 | NossoAlho | Agosto de 2014 Olir Schiavenin Presidente da ANAPA Sumário 04 13 22 28 44 Curtas Viagem Técnica a Califórnia – EUA Notícias Mercado do Alho Artigos NOTÍCIAS Plano Agrícola e Pecuário 2014-2015 Pleitos da Anapa junto aos Órgãos Governamentais 22 27 MERCADO DO ALHO Conjuntura do Alho Importações de Alho no Brasil Situação do Mercado de Alho na China 28 31 35 ARTIGOS Ensino da Olericultura - Visão do empregador 44 Pesquisas da EPAGRI buscam estabelecer novas tecnologias de produção na cultura do alho em Santa Catarina 48 Aspectos do mercado de cebola argentino A produção de alho na FAOSTAT Estande em Cebola: fator fundamental para o sucesso do empreendimento Cooperativa agrícola na Espanha – Coopamán Você sabia que 51 60 63 68 72 Curtas Presidente da ANAPA e produtores de Alho do RS visitam Brasília e também fazendas na região de Cristalina-GO No dia 06 de maio, uma comitiva de produtores de alho esteve em audiência com o Ministro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto para entregar reivindicações do setor. O grupo de produtores aproveitou a estadia em Brasília também para conhecer a CEASA/DF (Central de Abastecimento do Distrito Federal) e realizar visita técnica na região de Cristalina – GO, com o objetivo de buscar novos conhecimentos sobre o cultivo do alho naquela região. A comitiva contou com a participação do Presidente da ANAPA – Olir Schiavenin juntamente com a Gerente Executiva da ANAPA Cristina Neiva, o grupo de produtores de Alho da cidade de Flores da Cunha-RS e Nova Pádua-RS e também o secretário de Agricultura e Abastecimento do Município, Jones Piroli. Fazenda Alvorada 4 | NossoAlho | Agosto de 2014 Agrícola Wehrmann SENACE - Seminário Nacional da Cebola, organizado pela ANAPA e Embrapa Hortaliças A Associação Nacional da Cebola - ANACE solicitou por intermédio do Sr. Rafael Corsino que Brasília sediasse o 26º Seminário Nacional de Cebola juntamente com o 17º Seminário de Cebola do Mercosul. Com dificuldades em função do exíguo prazo e de 2014 ser ano de Copa em Brasília, a Associação Nacional dos Produtores de Alho - ANAPA em conjunto com a Embrapa Hortaliças não mediram esforços e se uniram para organizar esse que seria o principal evento de cebolicultura do Brasil e Mercosul. Com bastante êxito o evento reuniu mais de 400 pessoas interessadas no desenvolvimento da cadeia produtiva de cebola, trocando informações, experiências tecnológicas e de mercado, divulgando e difundindo o conhecimento adquirido no setor. Tivemos várias parcerias, dentre elas, o Ministério da Agricultura e Pecuária - Secretaria de desenvolvimento Agropecuária e Cooperativismo, EMATER, EPAGRI, UFERSA, EMBRAPA, Cooperbatata, ABBA, INTA, INIA. O objetivo dos seminários foi discutir os principais problemas de produção e comercialização de cebola e fazer a previsão de safra e o escalonamento mensal da oferta do produto para 2014, assim como promover o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural de produtores rurais e técnicos da assistência técnica e extensão rural, além de outros profissionais ligados à atividade no Brasil e no Mercosul. Para acesso as Palestras Técnicas: http://www.infobibos.com/senace/palestras/ Algumas fotos do evento: Pedro e Elaine (Infobibos)Organização de Eventos Técnicos, Cristina Neiva (ANAPA) Colaboradores da Embrapa Hortaliças Palestrante: Rafael Corsino (Anapa). Organização de produtores: O caso da Anapa Agosto de 2014 | NossoAlho | 5 Curtas Audiência na Receita Federal do Rio de Janeiro No dia 20 de maio, o Presidente da Anapa - Associação Nacional dos Produtores de Alho, Olir Schiavenin, juntamente com o Diretor jurídico da Anapa Jean Gustavo, e também o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) participaram de uma reunião na Receita Federal do Rio de Janeiro. Foi informado aos responsáveis da Receita Federal que a ANAPA recebe denúncias e o objetivo da reunião foi de solicitar providências daquele órgão em relação a importadores de alho que estão desembaraçando o alho a um preço muito inferior ao devido e com isso ofer- 6 | NossoAlho | Agosto de 2014 tam alho no mercado a preços bem abaixo da média, pois não devem arcar com todos os encargos, prejudicando nossos produtores. A audiência foi muito positiva e os responsáveis se comprometeram em imediatamente apurar as denúncias. Em ofício encaminhado ao gabinete do parlamentar dias depois da reunião, a Receita Federal demonstrou estar atenta e pronta para atuar quando identificar mecanismos ilegais de internação do alho importado. Essa é mais uma ação da ANAPA em defesa dos produtores de alho. Apoio aos Parlamentares Temos participado também da Frente Parlamentar da Agropecuária- FPA, de composição pluripartidária que reúne mais de 200 parlamentares. A bancada tem sido um exemplo de grupo de O pleito vai eleger o presidente da Repúbliinteresse e de pressão bem sucedido. É consideca, deputados federais, senadores, governarada a mais influente nas discussões, articulações dores, deputados estaduais e os deputados do e negociações de políticas públicas no âmbito do Distrito Federal. Poder Legislativo. O produtor rural sabe da importância de votar Portanto gostaríamos de agradecer o apoio naqueles que brigam e lutam pela classe. A ANAdaqueles que no decorrer dos anos nos apoiaram PA recebe apoio de alguns políticos que sempre e ainda tem nos ajudado nessa luta incansável na estão prontos para atender nossos pedidos, seja defesa do produtor brasileiro. Sabemos da necesna forma de reivindicações, seja na forma de prosidade de eleger pessoas que tem compromisso jetos, ou de recursos financeiros para pesquisas com a classe produtora. Dentre vários, destacaatravés de emendas parlamentares ou mesmo mos alguns deles: articulando no Congresso Nacional, apoiando a marcação de audiências com ministros, chefes de estado, órgãos do governo federal. O 1º turno das eleições no Brasil irá ocorrer no dia 5 de outubro e o 2º turno no dia 26 de outubro de 2014. Rafael Corsino, ex presidente da ANAPA, e o Deputado Federal Valdir Colatto, estiveram reunidos com o Vice‑presidente da República, Michel Temer, para abordar diversos temas que tangem a horticultura brasileira Deputado Federal Valdir Colatto (PMDB-SC) Deputado Federal Jerônimo Goergen que marcou a audiência e se reuniu com técnicos da Receita Federal e dirigentes da Anapa no Rio de Janeiro. Na oportunidade, o parlamentar relatou a preocupação do setor com a entrada indiscriminada do alho chinês em território nacional. O trabalho do Deputado foi essencial para tanto, bem como sua presença foi muito importante para as disponibilidades da RF. O Superintendente do Coana do RJ nos recebeu disposto a ajudar. Foi dado mais um passo no trabalho que fazemos de proteção do mercado. Agora conseguimos acesso direto e próximo a Receita Federal. Deputado Federal Jerônimo Goergen (PP-RS) Agosto de 2014 | NossoAlho | 7 Curtas Rafael Corsino, ex presidente da ANAPA, e o Deputado Federal Vitor Paulo, em audiência com a então Ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti defendendo a desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para embalagens de papelão e sacos de polipropileno, aqueles utilizados por produtores agrícolas para armazenamento de legumes e verduras Deputado Federal Vitor Paulo (PRB-DF) Tadeu Filippelli - PMDB-DF Vice‑governador do Distrito Federal e Rafael Corsino, ex presidente da ANAPA 8 | NossoAlho | Agosto de 2014 Deputados Onofre Agostini e Jô Moraes que repassaram verbas por meio de emendas para Embrapa Hortaliças destinados ao projeto Fortalecimento da Cultura do Alho e Apoio à Produção de Alho‑Semente Livre de Vírus. Deputados Onofre Agostini (PSD-SC) e Deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) Paulo Piau - Deputado Federal MG- PMDB e atualmente Prefeito de Uberaba-MG. Ministros recebem dirigentes da ANAPA em seus gabinetes para audiências de apoio a permanência do Alho na LETEC. Eles fazem parte do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), órgão do Conselho de Governo da Presidência da República que define e delibera, dentre outras Deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) com Rafael Corsino e Cristina Neiva - ANAPA atribuições, a Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum - LETEC. Deputado Federal Afonso Hamm (PP-RS) em seu gabinete com Olir Schiavenin e Cristina Neiva - ANAPA Rafael Corsino, ex presidente da ANAPA, e o Dep Federal Marcos Montes (PSD- MG) Ministro do Desenvolvimento Agrário - Miguel Rossetto e Ministro da Agricultura e Pecuária- Neri Geller com Olir Schiavenin e Cristina Neiva - ANAPA Agosto de 2014 | NossoAlho | 9 Curtas Cerimônia da Posse da nova Diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária - FPA 1 A nova diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) tomou posse no dia 20 de Maio em Brasília. O grupo, constituído por senadores e deputados federais, tem o objetivo de acompanhar as políticas públicas e mecanismos de fomento para a agropecuária brasileira. Em discurso, o novo presidente, deputado Luis Carlos Heinze, destacou a importância da Frente para o desenvolvimento do setor. “A frente é uma associação que trabalha em defesa de uma igualdade de direitos para os produtores e demais envolvidos nessa área. Buscamos sempre defender esse setor que tem sido umas das principais bases da economia do Brasil”. 2 1-Presidente da FPA- Deputado Luis Carlos Heinze, Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento- Neri Geller, Presidente Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves e Presidente da CNA - Senadora Katia Abreu 2-Ministros da Agricultura - Neri Geller, e Esporte- Aldo Rebelo e Deputados 3-Ex Presidente da Anapa – Rafael Corsino com o Ministro da Agricultura 4- Ministro da Agricultura, Pecuária - Neri Geller e Cristina Neiva - ANAPA 5-Secretário de Política Agrícola do MAPA - Seneri Paludo 3 4 5 10 | NossoAlho | Agosto de 2014 Ex Presidente da Anapa – Rafael Corsino com os Deputados Valdir Colatto (PMDB - SC) e Luis Carlos Heinze (PP – RS) (6); Dep Jerônimo Goergen (PPRS) (7); e Dep.Nelson Marquezelli (PTB – SP) (8). 6 7 8 O Presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho - ANAPA, Olir Schiavenin esteve em Brasília no dia 06/08 e se reuniu com o ex presidente da ANAPA Rafael Corsino, a Gerente Executiva da ANAPA – Cristina Neiva, a fim de discutir e elaborar um planejamento, ações para ANAPA e atuação junto aos representantes governamentais nas questões de interesse do produtor rural, entre outros assuntos. te do novo Secretário de Política Agrícola Seneri Paludo. Esteve presente também na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura CONTAG, a convite do Presidente Alberto Broch e falou sobre a importância da Associação e dos trabalhos que vem sendo desenvolvidos frente à Presidência da ANAPA Foi discutido também sobre a organização do XXVII Encontro Nacional dos Produtores de Alho que será realizado em Campestre da Serra-RS no final de Outubro/2014. Posteriormente será divulgado os detalhes desse 26º Encontro com toda a programação. 1 Participou de reunião no Ministério Agricultura Pecuária e Abastecimento - Secretaria Executiva da Câmara Setorial da Cadeia produtiva. Na ocasião foi recebido no gabine- 2 3 1-Presidente da ANAPA -Olir Schiavenin e Secretário de Política Agrícola do MAPA - Seneri Paludo 2-Presidente da ANAPA -Olir Schiavenin e Presidente da CONTAG – Alberto Broch 3- Solenidade na Câmara Deputados: Cristina Neiva, Olir Schiavenin – ANAPA, Alberto Broch - Presidente da CONTAG EFICIENTE NAS CULTURAS DE TOMATE, CEBOLA E BATATA. RIDOMIL GOLD BRAVO CUIDA DA SUA PLANTAÇÃO, PROTEGENDO SEMPRE E COMBATENDO QUANDO NECESSÁRIO. Ridomil Gold Bravo é o pior inimigo para as principais doenças que atacam a sua plantação: a requeima no tomate e na batata e o míldio na cebola. Isso porque ele é o único que combina dois ativos poderosos: um sistêmico e outro protetor. Além disso, ele é resistente à chuva e tem grande aderência na planta. Com Ridomil Gold Bravo, a sua plantação fica © Syngenta, 2013. protegida e você fica tranquilo. 12 | NossoAlho | Agosto de 2014 Viagem Técnica Viagem Técnica aos Estados Unidos Grupo de Produtores e técnicos de Alho juntamen‑ te com a ANAPA visitaram no mês de Julho ao Gil‑ roy Garlic Festival, evento gastronômico patrocinado pelo maior produtor de alho dos Estados Unidos. O objetivo da viagem, além de conhecer esse festi‑ val foi também de oferecer aos produtores brasileiros a oportunidade de desenvolver conhecimentos sobre as práticas de atuação relacionadas ao processo produ‑ tivo do alho e outras culturas nos Estados Unidos, na região da Califórnia, incluindo as mais modernas prá‑ ticas e tecnologias relacionadas à Agricultura, como a colheita mecanizada do alho. Ao final das visitas téc‑ nicas o grupo viajou para a cidade de Las Vegas. Agosto de 2014 | NossoAlho | 13 Viagem Técnica Relatório da Viagem – EUA A preocupação em relação à preserva‑ ção do ambiente, do solo, da água é de todos os produtores. Caso haja má gestão da água, o futuro de Califórnia está decretado e para tanto a gestão da Dias 26 de Julho a 02 de Agosto de 2014. água é feito de uma forma muito responsável, além de evitar desperdícios e sempre mantendo a viabi‑ lidade econômica das operações agrícolas, sempre O objetivo da viagem técnica foi conhecer as buscando tecnologias em manejo cultural (rotação, empresas de produção de hortaliças da região culturas de cobertura, consórcio e compostagem) da Califórnia, considerada uma das mais importan‑ e fitossanitário (manejo integrado de pragas), para tes dos Estados Unidos, como Alface, incluindo di‑ isso o treinamento técnico é contínuo. versos tipos como Americana, Alface tipo manteiga, Em algumas fazendas visitadas o manejo da água Romana, além das últimas novidades como “Baby é feita com fitas gotejadoras enterradas a profundi‑ Leaf”. Também visitamos produção de brócolis, ce‑ noura, cebola, alho, morango, framboesa, tomate e dades de acordo com o sistema radicular de cada cultura, seja tomate indústria, alho. Na irrigação das amêndoas. A idéia era visitar essa região por ser uma folhosas são utilizadas mini aspersores logo após a das mais importantes do ponto de vista tecnológico semeadura direta e depois da emergência utilizam na produção de hortaliças, pois as áreas de produção as fitas gotejadoras. neste estado são altamente significativas e são res‑ A primeira visita foi na Fazenda Merrill Farms ponsáveis em abastecer o país, em quase 80 a 90% (www.merrillfarms.com). A empresa é uma gran‑ das hortaliças consumidas. de produtora tradicional de hortaliças desde 1933, Outro objetivo da viagem foi conhecer o 36º Fes‑ incluindo diversos tipos de alface (alface americana tival de Alho de Gilroy (Gilroy Garlic Festival), que “Iceberg”, romana e manteiga), couve‑flor, brócolis, contou com a presença de mais de 100 mil pessoas cenoura, aipo (salsão) e cebolas. Além disso, são pro‑ esse ano. Esse festival é famoso pois Gilroy tem o dutores de frutas, como morango e framboesa. apelido de a “capital mundial do alho,” e a cidade “A Missão da empresa é buscar ativamente o cresciabriga o maior produtor de alho dos Estados Unidos, mento da empresa e manter as práticas de boa reputaa empresa Christopher Ranch. Trata‑se de um fes‑ ção e abraçar novas tecnologias, a fim de fornecer protival gastronômico e sua área não é muito extensa. dutos da mais alta qualidade” e a Visão da empresa O que é realmente interessante de se ver é a forma é “Manter práticas agrícolas sustentáveis, fornecendo de organização e como é feito esse “marketing” da produtos superior, aos clientes”. cidade baseado em um produto local. Além disso Ocupa uma área de mais ou menos 2.450ha experimentar as diversas opções de comidas com (6.000 acres). Nesta pudemos ver a equipe colhen‑ alho e provar o famoso sorvete de alho. do morango manualmente, pesando e embalando Algo que chamou a atenção de todos foi a escassez de água na região. A Califórnia passa por uma das piores secas de sua história. Sem chuva e com pouca neve, os reservatórios ficaram praticamente vazios. Lá, o governador assumiu publicamente que a seca é muito grave e que, se não houver economia, pode faltar água. Este é o terceiro ano seguido de seca na Califórnia e, em janeiro, em pleno inverno ameri‑ cano, o governo declarou estado de emergência e pediu que os moradores reduzissem o uso de água em 20%. 14 | NossoAlho | Agosto de 2014 as mesmas em caixas e esta sendo transportada dire‑ tamente para o caminhão para o centro consumidor, que normalmente chega em 24 horas. A segunda visita foi na empresa Taylor Farms (www.taylorfarms.com), um dos maiores processa‑ dores de hortaliças dos Estados Unidos, tanto de alfa‑ ce americana, romana e manteiga, repolho, baby leaf coloridas de várias espécies. Diariamente saem 36 caminhões de 20 toneladas por dia para Colorado, Texas, Baltimore, Maryland, Tenesse, Florida Yuma (Arizona), New Jersey, Chicago, entre outras cida‑ des, ou seja em todo o país. Fazem mix de folhas podendo ser em bolsas pequenas, bandejas, ou bol‑ sas maiores para cozinha industrial ou restaurantes. Investem bastante em tipos de embalagens, sempre bem coloridas, para atrair todo tipo de público. Essa empresa processa aproximadamente a produção de 450 ha de hortaliças por semana. CONSIDERAÇÕES FINAIS O que se pôde observar no decorrer das visitas foi a questão da produção sempre com a questão da Sustentabilidade, preservação do meio ambiente, impacto ambiental, não contaminação do solo, uso de água com responsabilidade, utilização de mane‑ jos como manejo integrado de pragas. Doenças é Seguimos para a cidade de Paso Robles. A pri‑ muito raro, uma vez que a região é bastante árida meira visita do dia foi a Fazenda Terra Linda Farms, apresentando uma precipitação de 20 a 30mm ao grande produtor de cebola, tomate e outros ano. Sempre preservando a qualidade de vida dos produtos. Nesta visita vimos a colheita da cebola e colaboradores, dos consumidores, oferecendo qua‑ do tomate. Em seguida, visitamos a Fazenda Borba lidade dos produtos. Farms, localizada na cidade de Huron e fomos rece‑ Outro fator importante também é a questão de bidos pelo proprietário, Sr. Mark Borba. Essa fazen‑ da produz: alho: Allium sativum, para consumo “in prioridade que os Estados Unidos tem em relação à natura” e Allium ampeloprasum L. visando indústria, produção de alimentos. Quando se trata de produ‑ além da cebola, alface, tomate indústria, e amêndo‑ ção de alimentos, os empresários tem total liberdade as e algumas outras frutas. A irrigação é feita total‑ de ação para manejar o solo, água, desde que respei‑ mente por tubos gotejadores, e enterradas, variando te o meio ambiente. O governo não proíbe em nada a profundidade conforme a cultura. No caso do to‑ a forma de exploração. mate indústria utiliza-se aproximadamente 50 cm de profundidade. No caso do alho, 30 cm. Dessa forma não há problemas de preparo do solo para os plantios seqüenciais. A viagem técnica teve saldo positivo, além de ad‑ quirirmos mais conhecimento podemos observar o quanto a produção de hortaliças nos Estados Uni‑ dos é feita de uma forma altamente tecnológica e passível de podermos adaptar para as nossas condi‑ ções, uma vez que o Brasil deverá ser um dos países responsáveis para alimentar até o ano 2050, uma po‑ pulação prevista de 9 bilhões de pessoas no mundo. No dia seguinte já estávamos na cidade de Bakersfield. Visitamos a Fazenda The Garlic Company (www.thegarliccompany.com), um dos maiores produtores de alho dos Estados Unidos. Nesta visita, vimos a colheita mecanizada do alho. Em seguida, visitamos a Empresa Grimmway Farms Cristina Barbosa Neiva (www.grimmway.com), grande produtor e processa‑ Gerente Executiva da ANAPA dor de cenoura. No penúltimo dia seguimos para Las Vegas, localizada no estado de Nevada, no meio do deser‑ to aonde fizemos um city tour noturno. A princi‑ pal avenida – The Strip reúne as principais atrações da cidade, aonde ficam os mais famosos hotéis, e a dica de passeio é conhecer cada hotel no seu interior, pois cada um possui um tema específico e um show a parte. Agosto de 2014 | NossoAlho | 15 Viagem Técnica Fotos do Festival de Alho: 16 | NossoAlho | Agosto de 2014 Visitas Técnicas Agosto de 2014 | NossoAlho | 17 Viagem Técnica 18 | NossoAlho | Agosto de 2014 City tour em São Francisco e Las Vegas: Agosto de 2014 | NossoAlho | 19 Viagem Técnica Viagens Técnicas Internacionais para buscar sempre a excelência, já que saber como outros estão enfrentando o mesmo problema que você tem, amplia suas possibilidades na busca de soluções e alternativas para enfrentar seus desafios. Os desafios do agronegócio sempre foram muitos, desde assuntos do cam‑ po até a comercialização. Na maioria das vezes, era preciso buscar informa‑ ções com os vizinhos, nas universida‑ des, nas principais feiras do setor no país. Hoje, as barreiras entre os países foram derrubadas. O mundo se abriu e a troca de informações passou a ser um fator crucial principalmente para os negócios. Viajar virou sinônimo de aprender, e ficou mais fácil para todos! Outro aspecto importante de viajar são as redes de relacionamento. Construir relacionamentos profis‑ sionais irá ajudá-lo em vários sentidos. Seja em uma feira de negócios que terá contato com um grande número de fornecedores, visitando centros de pes‑ quisa para conhecer novos estudos ou conhecendo outros produtores e suas fazendas. É através destas redes de relacionamentos que a troca de ideias, co‑ municação, construção de parcerias e também habi‑ lidades e informações podem facilitar o crescimento e o desenvolvimento de seu negócio. Mas como chegar lá? Existem aqueles que gostam de se aventurar e ir por conta própria para outros países em busca de informações, o que é bom. No entanto, hoje existem empresas especializadas em organizar viagens técnicas para o agronegócio. E Nas últimas décadas, tornou-se cada vez mais fácil não organizam apenas os aspectos comuns das via‑ viajar para outros países, não só pela grande oferta gens, como reservas de passagens aéreas e hotéis, de serviços de turismo mas também pela facilidade mas vão muito além. No caso da AgroTravel, estu‑ de se obter informações por meio da internet. Com dos de mercado e prospecção internacional estão isso, está acessível a todos a possibilidade de conhe‑ envolvidas na criação dos roteiros, que são todos cer novas realidades. Este é, com certeza, um dos montados de acordo com os interesses de grupo em aspectos mais enriquecedores que uma viagem pode questão. Isso dá maior segurança para aqueles que proporcionar. Viajando a negócios ou a turismo, viajam, pois certamente irão visitar os locais certos você deixa de lado seu dia-a-dia para vivenciar uma e encontrar as pessoas certas, e melhor, acompanha‑ outra realidade, onde as coisas são feitas de outra dos por guias experientes. maneira, as paisagens, os sabores, tudo é diferente! Isso gera uma transformação positiva que às vezes O idioma não é uma barreira e você não está sozi‑ não percebemos, mas expande nossos horizontes e nho. É hora de fazer as malas e viajar! mudam nossa percepção com relação às coisas mais simples de nosso cotidiano. Fabio Torquato No caso do agronegócio não é diferente! Visitan‑ Diretor da AgroTravel, do outras realidades pode-se também conhecer téc‑ empresa especializada na nicas diferentes das utilizadas no Brasil. Cada região organização de viagens do planeta está sob condições específicas de clima, técnicas para o agronegócio. geografia, desenvolvimento humano e tecnológico. (www.agrotravel.com.br) Isso representa uma grande variedade de práticas para executar as mesmas tarefas. Desse contato, sur‑ gem novas possibilidades de expansão do conheci‑ mento que podem ajudar a melhorar as práticas uti‑ lizadas no seu dia-a-dia. Além disso, compartilhar as melhores práticas com outros profissionais do agronegócio em outras regiões, é muito importante 20 | NossoAlho | Agosto de 2014 Agosto de 2014 | NossoAlho | 21 Notícias Plano Agrícola e Pecuário 2014/15 disponibiliza mais de R$ 156 bilhões Os principais eixos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP), que começou no dia 1º de julho deste ano e vai até 30 de junho de 2015, baseiam-se no apoio estra‑ tégico aos médios produtores, à inovação tecnológica, ao fortalecimento do setor de florestas comerciais e à pecuária de corte, além de ajustes no seguro rural. ANAPA foi convidada Ao todo, serão disponibilizados R$ 156,1 bi‑ pelo Ministro da lhões – alta de 14,7% sobre os R$ 136 bilhões da safra Agricultura, Pecuária 2013/14 –, dos quais R$ 112 bilhões são para financia‑ e Abastecimento, Neri mentos de custeio e comercialização e R$ 44,1 bilhões Geller, para Cerimônia de Lançamento do para os programas de investimento. O PAP foi lança‑ Plano Agrícola e do pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Pecuário 2014/2015 que Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, aconteceu no dia 19 de no dia 19 de maio de 2014 em Brasília-DF. Maio, no salão nobre “Quero destacar primeiro algumas reivindicações do Palácio do Planalto do setor atendidas nesta proposta. Conseguimos pos‑ tergar para 1º de julho de 2015 a obrigatoriedade da contratação do seguro rural nas operações de custeio agrícola feitas por médios produtores. Além disso, o limite de financiamento para a comercialização de sementes passa a ser de R$ 25 milhões por benefi‑ ciário, tendo como referência o preço de mercado”, disse Geller, acrescentando que foram contratados entre julho do ano passado e abril de 2014 mais de R$ 127 bilhões pelo PAP atual. 22 | NossoAlho | Agosto de 2014 Linhas principais Pelo Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), estão programados R$ 16,7 bilhões para as modalidades de custeio, comercialização e investimento. O valor é 26,5% superior aos R$ 13,2 bilhões previstos na safra 2013/14. Os li‑ mites de empréstimo para custeio passaram de R$ 600 mil para R$ 660 mil, enquanto os de inves‑ timento subiram de R$ 350 mil para R$ 400 mil. engorda em regime de confinamento; a retenção de matrizes (com até três anos para pagamento) e a aquisição de matrizes e reprodutores (limite de R$ 1 milhão por beneficiário com até cinco anos para pagamento, sendo dois de carência), com o in‑ tuito de aumentar a oferta de carne. Já para incentivar a inovação tecnológica no campo, serão aperfeiçoadas as condições de financiamento à O governo federal pretende ainda instituir a Polí‑ avicultura, suinocultura, agricultura de precisão, hor‑ tica Nacional de Florestas Plantadas no âmbito do tigranjeiros (cultivos protegidos por tela de proteção Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento contra granizo, estufas, etc) e pecuária de leite por (Mapa). Entre as ações previstas para estimular meio do Programa Inovagro. Por esta modalidade, o setor, estão investimentos em pesquisa, assistência foram programados R$ 1,7 bilhão em recursos técnica e extensão rural, além de crédito específico (alta de 70%), sendo R$ 1 milhão por produtor para para fomentar a prática – como já ocorre atualmen‑ ser pago em até 10 anos, sendo três anos de carência. te pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão Outra novidade do PAP é que o Moderfrota foi de Carbono (ABC), que financia em até 15 anos revitalizado, com taxas de juros reduzidas de 5,5% (sendo seis anos de carência) a implantação e manu‑ para 4,5% e voltando a financiar a aquisição de má‑ tenção de florestas comerciais. quinas agrícolas novas. Além disso, o Moderinfra teve aumento dos limites de crédito individuais de Em relação ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), proposta em que o governo R$ 1,3 milhão para R$ 2 milhões e coletivos de atua por meio da redução de custos no momento da R$ 4 milhões para R$ 6 milhões para projetos de contratação da apólice, os recursos foram mantidos infraestrutura elétrica e para a preservação de água, em R$ 700 milhões, volume suficiente para alcan‑ além dos sistemas de irrigação na(s) propriedade(s). çar cerca de 10 milhões de hectares e mais de 80 mil produtores. Neste ano, ajustes serão feitos no zone‑ Limites e taxas de juros amento agroclimatológico, de maneira a torná‑lo o O limite de financiamento de custeio, por produtor, mais aderente possível à realidade dos cultivos agrí‑ foi ampliado de R$ 1 milhão para R$ 1,1 milhão, colas do país. enquanto o destinado à modalidade de comerciali‑ Quanto aos incentivos à pecuária, agora os cria‑ zação passou de R$ 2 milhões para R$ 2,2 milhões. dores poderão financiar a aquisição de animais para Em ambos os casos, a variação foi de 10%. Agosto de 2014 | NossoAlho | 23 Notícias Da programação para a temporada 2014/15, R$ 132,6 bilhões são com juros inferiores aos pra‑ ticados no mercado, um crescimento de 14,7% so‑ bre os R$ 115,6 bilhões disponibilizados na safra 2013/14. As taxas de juros mais baixas estão nas se‑ guintes modalidades: • 4% para armazenagem, irrigação e inovação tecnológica (5% no crédito de armazenagem para cerealistas); • 5% para práticas sustentáveis; “A taxa média de juros anual de 6,5% no PAP 2014/15 mostra a preocupação do governo federal em dar condições aos nossos produtores e coope‑ rativas para se manterem competitivos no mercado. As taxas de juros do crédito rural foram em grande parte preservadas, uma vez que os ajustes foram infe‑ riores ao aumento da taxa Selic desde o lançamento do Plano 2013/14”, explica o ministro Neri Geller. Confira as condições de pagamento dos principais programas: • 5,5% aos médios produtores; • 4,5% a 6% para financiar a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas. Custeio Investimento (1) Limite para plantio comercial de florestas: R$ 3 milhões/beneficiário (2) Produtores rurais com renda bruta anual até R$ 1,6 milhões (3) Produtores rurais com renda bruta anual acima de R$ 1,6 milhões (4) Limite para crédito coletivo: R$ 2,4 milhões (5) Limite para crédito coletivo: R$ 6 milhões, (6) Limite para crédito coletivo: R$ 4 milhões (7) Produtores rurais com renda bruta anual até R$ 90 milhões (8) Produtores rurais com renda bruta anual acima de R$ 90 milhões 24 | NossoAlho | Agosto de 2014 CRÉDITO DO PAP LIBERADO POR ESTADO NOS ÚLTIMOS ANOS Financiamentos concedidos – custeio, comercialização e investimento agrícola e pecuário Fonte: http://www.agricultura.gov.br/ politica-agricola/noticias/2014/05 IHARA. UMA NOVA ENERGIA NA CANA. A IHARA é uma empresa com ampla experiência nas mais variadas culturas, sempre inovando e desenvolvendo novas moléculas para oferecer produtos que contribuam para a sustentabilidade e competitividade da agricultura brasileira. Uma referência em tecnologia e desenvolvimento agrícola, com mais de 60 produtos e agora disponibiliza toda a sua experiência para a cultura da cana, trazendo soluções eficientes para o setor sucroalcoleiro. Mais informações acesse www.ihara.com.br ou contate um representante IHARA de sua região. J.J. BROCH 14 0 2 – a r f Sa o ã ç o m Pro [email protected] a h n a p istor am C a eraldo.p g , a 0 t 0 r 2 38.8 Abe Tfno: 32 26 | NossoAlho | Agosto de 2014 Notícias Pleitos da Anapa junto aos Órgãos Governamentais Dentre as diversas ações da Associação Nacional dos Produtores de Alho - ANAPA para defender o produtor brasileiro, atualmente existem dois pleitos importantes junto aos órgãos do governo federal. Um deles é a defesa de desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre as embalagens plásticas, aquelas utilizadas por produtores agrícolas para armazenamento de legumes e verduras. Tais reduções, ainda que pequenas, provocariam grande resultado positivo para o setor agropecuário. Rafael Corsino, destaca a relevância desse pleito para os produtores nacionais, lembrando que mais de 4.200 famílias têm seu sustento a par‑ tir da agricultura familiar do alho, e consequentemente essa redução do IPI acarretaria uma economia significativa no custo de produção, princi‑ palmente do pequeno e médio produtor. “A iniciativa reduziria o custo do produtor com a embalagem, e isso impactaria direto ao consumidor final, que compraria o produto com um preço menor”, ressalta Rafael. Outra ação importante é em relação a redução do imposto de importa‑ ção para máquinas agrícolas. O produtor nacional sempre vem buscando modernas práticas e novas tecnologias junto a outros países, mas quando quer importar as máquinas que na maioria das vezes tem um preço mais competitivo que no nosso país, ou muitas vezes nem possui produção similar, esbarra na ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Má‑ quinas e Equipamentos). Para pleitear a redução do imposto tem que passar pela análise dessa Associação, pagar uma alta taxa, um processo muito burocrático e mui‑ tas vezes tão demorado, que o prazo se expira e tem que refazer todo o processo novamente, pagando novas taxas, e ainda por cima o parecer poderá não ser favorável, mesmo com a certeza de que a máquina não tenha produção brasileira. Ainda há muito trabalho a ser feito, mas a ANAPA, como sempre, continuará vigilante, atuante e empreenderá todos os esforços necessá‑ rios para defender, dentro da legalidade, os interesses dos produtores na‑ cionais de alho. Rafael Jorge Corsino Ex presidente da ANAPA Agosto de 2014 | NossoAlho | 27 Mercado do Alho Conjuntura do Alho CONJUNTURA MENSAL Conjuntura Mensal – Período: 01 a 30/06/2014 ALHO Período: 01 a 30/06/2014 Quadro I – PREÇO PAGO AO PRODUTOR – Alho Nobre 5 Extra (em R$/kg) Quadro I – PREÇO PAGO AO PRODUTOR – Alho RoxoRoxo Nobre TipoTipo 5 Extra – (em– R$/kg) Períodos anteriores (R$/kg) Centros de Produção Cristalina (GO) São Gotardo (MG) Cristópolis (BA) São Marcos (RS) Curitibanos (SC) Unid. doze meses mês anterior mês atual Preço Mínimo kg kg kg kg kg 6,00 7,48 6,38 6,00 6,00 5,00 6,39 7,00 5,50 4,66 5,00 6,39 7,00 5,50 5,00 2,98 2,98 2,98 3,10 3,10 Fonte/Elaboração: Conab Fonte/Elaboração: Conab Mercado Nacional Dados preliminaresDados do preliminares Levantamentodo Sistemático daSistemático Produção Levantamento Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE publicados da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasilei‑ em maio/2014, e informações colhida junto aos agentes da cadeia produtiva do alho, ro de crescimento Geografia e da Estatística – IBGE sem Quadro II, apontam para um ligeiro área cultivada napublicado safra 2014/15, 9.541 ha na atual temporada, contra da ordem de 0,3%, devendo totalizar cercaede maio/2014, informações colhida junto aos agentes 9.516 cultivados no ano passado. da cadeia produtiva do alho, Quadro II, apontam ligeiro área cultivada na sa‑ A produção, porpara suaum vez, foi crescimento estimada emda111,8 mil toneladas, fra 2014/15, da ordem de 0,3%, devendo totalizar indicando, portanto, um crescimento aproximado de 9,5%, se comparada às 102,1 toneladas colhidas na safra cerca 2013/14. O crescimento produçãocontra é atribuído de 9.541 ha na atual da temporada, 9.516 inicialmente a um possível incremento de 9,2% nos níveis de produtividades onde o cultivados no ano passado. uso de tecnologia vem sendo incrementado nas principais regiões produtoras, cuja média prevista para o Brasil, na safra em deestimada 11,7 mil Ainda, de A produção, porcurso, sua vez,é foi em kg/ha. 111,8 mil toneladas, acordo com o Quadro II, o indicando, incremento da produção ocorrerá basicamente nos portanto, um crescimento aproximado de 9,5%, se com‑ Estados de Minas Gerais (comparada maior superfície de área cultivada), Goiás, Bahia e às 102,1 toneladas colhidas na safra 2013/14. O crescimento Distrito Federal. da produção é atribuído inicialmente a um possível incremento de Ana Rita Lopes Farias Freddo 9,2% nos níveis de produtividades onde o uso de tecnologia vem Quadro II - Evolução da Área Plantada, da Produção Produtividade de Alho Brasil sendoe daincrementado nas no principais regiões produtoras, cuja mé‑ Área Plantada (em ha) Produção (em ton) Produtividade (em ton/ha) Região Analista2012 Engenheira 2013 AgrônomaProjeçãodia Brasil,Projeção na safra em curso, é de mil kg/ha. 2014prevista 2014 Projeção 2014 2012 para o2013 2012 201311,7 10.062 9.516 107.001 102.087 10,634 9.541 111.814 10,728 Brasil Ainda, de acordo com o Quadro II, o incremento da produção11,719 ocor‑ [email protected] 2.392 2.045 35.303 30.680 14,759 2.146 32.190 15,002 15,000 GO rerá Estados de 35.000 Minas Gerais 1.456 1.525de 18.132 nos 20.464 12,453 (com 2.500 basicamente 13,419maior superfí‑ 14,000 MG Companhia Nacional 1.908 2.031 19.315 19.129 10,123Federal. 1.500 15.000 9,419 10,000 SC cie de área cultivada), Goiás, Bahia e Distrito Abastecimento - CONAB RS BA DF PR ES SP 2.542 635 472 565 84 8 2.383 640 354 439 86 13 28 | NossoAlho | Agosto de 2014 Fonte : IBGE e Anapa - Dados até maio de 2014 1.800 700 354 439 89 13 17.488 7.959 5.133 2.675 956 40 18.268 6.740 3.688 2.084 951 83 13.860 8.400 4.248 2.084 949 83 6,880 12,534 10,875 4,735 11,381 5,000 7,666 10,531 10,418 4,747 11,058 6,385 7,700 12,000 12,000 4,747 10,663 6,385 acordo com o Quadro II, o incremento da produção ocorrerá basicamente nos Estados de Minas Gerais (com maior superfície de área cultivada), Goiás, Bahia e Distrito Federal. Quadro II - Evolução da Área Plantada, da Produção e da de Alho no Brasil Quadro II - Evolução da Área Plantada, da Produção e da Produtividade de Alho no Produtividade Brasil Área Plantada (em ha) Produção (em ton) Produtividade (em ton/ha) Região Projeção 2014 Projeção 2014 Projeção 2014 2012 2013 2012 2013 2012 2013 10.062 9.516 107.001 102.087 10,634 9.541 111.814 10,728 11,719 Brasil 2.392 2.045 35.303 30.680 14,759 2.146 32.190 15,002 15,000 GO 1.456 1.525 18.132 20.464 12,453 2.500 35.000 13,419 14,000 MG 1.908 2.031 19.315 19.129 10,123 1.500 15.000 9,419 10,000 SC 2.542 2.383 17.488 18.268 6,880 1.800 13.860 7,666 7,700 RS 635 640 7.959 6.740 12,534 700 8.400 10,531 12,000 BA 472 354 5.133 3.688 10,875 354 4.248 10,418 12,000 DF CONJUNTURA MENSAL439 565 439 2.675 2.084 2.084 4,735 4,747 4,747 PR 84 86 89 956 951 949 11,381 11,058 10,663 ES 8 13 40 83 5,000 13 83 6,385 6,385 SP Fonte : IBGE e Anapa - Dados até maio de 2014 Elaboração: Conab Fonte: IBGE e Anapa - Dados até maio de 2014 / Elaboração: Conab Na região Sul, os trabalhos de plantio da safra em curso foram iniciados em osmaio com conclusão atéo otérmino final de julho/14. Já a comercialização Conab – Companhia Nacional de Abastecimento do período da entressafra na região Su‑ Na região Sul, trabalhos desua plantio da safra em foi concluída em junho do corrente ano. da safra passada SGAS 901 Conjunto A Lote 69 70390 010 Brasília-DF curso foram iniciados em maio com sua conclusão deste e Centro-Oeste. Finalmente, na Região Nor‑ Tel: (61) 3312-6000 | www.conab.gov.br até o final de julho/14. Já a comercialização da safra deste, este processo terá início a partir de agosto. A partir de julho, o mercado do Rio Grande do Sul vivenciará o período passada foi concluída em junho do corrente ano. Este texto pode ser reproduzido por qualquer meio, desde seja com citada a fonte. de Ressalta-se que,que mesmo o impacto da produ‑ de entressafra, o que deverá estimular elevações nos atuais patamares preços ção nordestina deste produto no mercado nacional A partir de julho, o mercado do Rio Grande do recebidos pelos produtores, atualmente cotado em R$ 5,50/kg conforme pode ser Sul vivenciaráno o período de entressafra, verificado Quadro I acima. o que deverá ser considerado reduzido, a Bahia, que figura como estimular elevações nos atuais patamares de preços 5º maior produtor nacional, contribuirá nessa safra com ume montante aproximadode de 8.400 toneladas. recebidos pelos produtores, atualmente cotado em Nas regiões Nordeste, Sudeste Centro-Oeste, acordo com o R$ 5,50/kg conforme pode ser verificado no Qua‑ que na Sul, tal finalização quadro abaixo, o plantio já foi concluído,Noenquanto Gráfico I, observa-se uma pequena retração dro I acima. ocorrerá em julho. Em se tratando da nos colheita, nasaostrês primeiras regiões preços pagos produtores de Minas Gerais os trabalhos iniciados julho e finalizados em de outubro. na Região Sul, Atri‑ iniciasetembroJá a dezembro de 2013. Nas regiõesserão Nordeste, Sudeste eem Centro-Oeste, de no período se emcom novembro, finalizando dezembro. à comercialização, este comportamento, em parte, enfatiza-se ao aumen‑ acordo o quadro abaixo, o plantioem já foi con‑ bui-seQuanto to da oferta do alho importado, comercializado no e que oenquanto mercado o término do período da entressafra na região Sudeste cluído, que vivencia na Sul, tal finalização ocorrerá Brasil. Posteriormente, de janeiro a marçoadepartir 2014,de em julho. Em se tratando da colheita, nas três pri‑ Nordeste, este processo terá início Centro-Oeste. Finalmente, na Região meiras regiões os trabalhos serão iniciados em julho verifica-se que ocorreu um pequeno aumento na co‑ agosto. e finalizados em outubro. Já na Região Sul, iniciase tação para em seguida, apresentar estabilização na faixa de R$ 6,39/kg. em novembro, finalizando em dezembro. Quanto àcom Ressalta-se que, mesmo o impacto da produção nordestina deste comercialização, enfatiza-senacional que o mercado produto no mercado ser vivencia considerado reduzido, a Bahia, que figura como 5º maior produtor nacional, contribuirá nessa safra com um montante aproximado de 8.400 toneladas. Período jan fev Região Sudeste e Centro-Oeste Nordeste Sul Quadro III - Calendário de e Colheita Quadro III - Calendário de Plantio Plantio e Colheita do Alhodo Alho mar abr mai Fonte : Anapa Elaboração: Conab ago set out nov dez 15% 20% 0% 20% 25% 0% 25% 25% 0% 20% 20% 0% 10% 10% 5% Colheita Sudeste e Centro-Oeste Nordeste Sul Sudeste e Centro-Oeste 5% 0% Nordeste 0% 0% Sul 15% 25% jun jul Plantio 0% 0% 20% 0% 0% 20% 0% 0% 10% Comercialização (%) 0% 5% 0% 0% 5% 0% Fonte: Anapa / Elaboração: Conab Agosto de 2014 | NossoAlho | 29 No Gráfico I, observa-se uma pequena retração nos preços pagos aos No Rio Grande do Sul, os preços quase não oscilaram no período analisado. Todavia Mercado do Alho é interessante frisar que ocorreu uma queda nas cotações, no espaço entre fevereiro a abril de 2014, devido à pressão exercida pela entrada do No importado, Rio Grande dobem Sul, oscomo preços quase osci‑ Destaca-se mesmo com concorrência alho pela não comercialização doque produto dasa forte demais regiões laram no período analisado. Todavia é interessante das importações, o menor valor recebido pelos produtoras. Na sequência, os preços praticamente mantiveram-se estagnadospro‑ até frisar que ocorreu uma queda nas cotações, no es‑ dutores pelo kg do alho roxo nobre tipo 5 extra, junho de 2014, atingindo o patamar de R$ 5,50/kg. paço entre fevereiro a abril de 2014, devido à pres‑ no período analisado no Gráfico I foi superior ao são exercida pela entrada do alho importado, bem mínimo estabelecido pelo Governo Federal, Destaca-se que mesmo com apreço forte concorrência das importações, o como pela comercialização do produto das demais conforme demonstrado no Quadro I acima. menor valor recebido pelos produtores pelo kg do alho roxo nobre tipo 5 extra, no regiões produtoras. Na sequência, os preços prati‑ período analisado no Gráfico I foi superior ao preço mínimo estabelecido pelo camente mantiveram-se estagnados até junho de Governo Federal, conforme demonstrado no Quadro I acima. 2014, atingindo o patamar de R$ 5,50/kg. Gráfico I - Preço Nominal Pago ao Produtor pelo Alho Roxo Nobre Tipo 5 Extra Gráfico I - Preço Nominal Pago ao Produtor pelo Alho Roxo Nobre Tipo 5 Extra 8,00 7,00 R$/kg 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 Período GO MG BA RS SC Fonte/Elaboração: Conab Fonte/Elaboração: Conab Ana Rita Lopes Farias Freddo Analista Engenheira Agrônoma Tel : (61) 3312-2231 E-mail: [email protected] Conab – Companhia Nacional de Abastecimento SGAS 901 Conjunto A Lote 69 70390 010 Brasília-DF Tel: (61) 3312-6000 | www.conab.gov.br 30 | NossoAlho | Agosto de 2014 Este texto pode ser reproduzido por qualquer meio, desde que seja citada a fonte. Mercado e as importações de Alho no Brasil Safra 2014/15 O consumo de alho per-cápita no Brasil é de 1,50 Kg/habitante/ano. Na safra de 2014/15 serão necessárias 300 mil toneladas para o abastecimen‑ to nacional. A demanda mensal será de 2,5 milhões de caixas de 10 Kg ou de 83 mil caixas por dia. Marco Antônio Lucini Engenheiro Agrônomo, Epagri/Curitibanos. [email protected] A produção nacional abastecerá nesse período 40% do consumo e os outros 60% serão de alhos importados, principalmente da China (40%) e da Argentina (20%). No primeiro semestre de 2014, de acordo com o Secex (Sistema Aliceweb), o Brasil importou 9.032.986 de caixas de 10 Kg no valor US$ 103.395.098,00, preço Fob declarado. A média geral por caixa foi US$ 11,45. O volume médio mensal importado foi de 1,50 milhões de caixas. Permanecendo essa média o país importará no ano de 2014, 18 milhões de caixas, novo recorde nacional. Gráfico 1. Importações de Alho no Brasil no 1º semestre de 2014. Importações de Alho Jan/jun-‐ 2014 -‐ Cx 10 Kg 1.800.000 1.600.000 Caixas de 10 Kg 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 -‐ volume -‐ cx jan fev mar abr maio jun 1.538.106 1.604.002 1.326.564 1.297.210 1.675.075 1.592.029 Fonte: Aliceweb Agosto de 2014 | NossoAlho | 31 Mercado do Alho Os dois principais fornecedores de alho para o Brasil são a China e Argentina. Tradicionalmente a Argentina domina a oferta nos meses de dezembro a abril. Por sua vez, a China oferta volumes maiores que os hermanos nos demais meses do ano e dita os preços no mercado nacional. A China exportou nesse mesmo período 4.421.200 caixas e o valor declarado de US$ 34.028.254,00 com o preço médio por caixa US$ 7,70. Com a média mensal de alhos importados de 1,50 milhões de caixas e o seu baixo preço, compre‑ ende‑se por que o mercado nacional de alho esteve em baixa no primeiro semestre de 2014. No primeiro semestre de 2014 o volume exportado de alho para o Brasil, por esses dois países, foi mui‑ O alho chinês de US$ 7,70 por caixa declara‑ to semelhante. A Argentina exportou 4.432.126 cai‑ xas no valor declarado Fob de US$ 67.590.229,00 do na Receita Federal, preço FOB, custou para com o preço médio por caixa de US$ 15,25. o importador, após pagar, entre outros encargos, Gráfico 2. Importações de alho da China e Argentina no 1º Semestre de 2014. Importações de alho -‐ jan/jun-‐2014 Principais países: Argen?na e China 1.200.000 Caixas de 10 Kg 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 -‐ jan fev mar abr maio jun Chinês 684.426 585.902 413.564 661.008 1.073.276 1.003.024 Argen?no 841.680 1.006.100 913.000 636.202 587.426 447.718 Fonte: Aliceweb a taxa de anti-dumping de US$ 7,80 por caixa, impostos para internalização da mercadoria e o frete, a TEC de 35%, o ICMS, o frete, a marinha mercante, o custo da caixa foi de R$ 45,00 para o importador. Foi exatamente esse o preço médio recebido pelos o despachante, aproximadamente R$ 50,00. produtores do sul nesse mesmo período. O Argentino que domina o mercado nos primei‑ O gráfico três mostra que a prática de dumping ros meses do ano, após uma alta desvalorização na sua moeda (peso argentino), exportou o alho para o continua no alho chinês. A diferença de preços pra‑ Brasil por US$ 15,25 a caixa. Isso ajudou e muito ticados FOB, entre o Argentino (economia de mer‑ o mercado a ficar em baixa. Após pagar todos os cado) e o Chinês é na faixa de US$ 8,00 por caixa. 32 | NossoAlho | Agosto de 2014 Gráfico 3. Preços declarados FOB, por caixa, Argentino e Chinês no 1º Semestre de 2014. Importações Alho -‐ jan/jun 2014 Preço médio declarado Fob/US$/cx 18,00 16,00 US$/Caixa/Fob 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 jan fev mar abr maio jun Chinês 8,35 7,55 7,39 7,17 7,62 7,90 Argen>no 16,21 15,70 14,70 14,48 15,07 14,88 Fonte: Aliceweb A oferta nacional de alhos, safra de 2014/15, para o importador de R$ 62,00, superior ao pratica‑ será de 12 milhões de caixas que tem origem em duas do no primeiro semestre de 2014, por isso a expec‑ regiões bem distintas: Sul (SC e RS) e o “Cerrado”, tativa de melhora no mercado. especialmente Goiás e Minas Gerais. O alho do Além disso, informações vindas da Argentina Cerrado para o mercado será 8,50 milhões de caixas dão conta de redução nas áreas de plantio. A ex‑ e o do Sul de 3,50 milhões de caixas, de acordo com pectativa é que voltem a vender alho a partir dos levantamentos feitos pela Anapa. US$ 25,00/caixa Fob, como nas safras anteriores. Para o segundo semestre de 2014 e o primeiro de Confirmando-se a menor oferta de Chinês e Ar‑ 2015 prevê-se uma melhora no mercado, uma vez gentino no mercado, e principalmente a tendên‑ que as notícias extraoficiais dão conta na redu‑ cia de maiores preços internacionais FOB, a safra ção da produção da China e o aumento nos pre‑ de 2014/15, na minha opinião, será muito boa, ços praticados. A venda de alho chinês novo na faixa melhor que a anterior. de US$ 12,00/FOB tem um custo de internalização Agosto de 2014 | NossoAlho | 33 Mercado do Alho Situação do Mercado de Alho na China CONSEJERÍA AGRÍCOLA EMBAJADA DE ARGENTINA MINISTERIO DE AGRICULTURA, GANADERÍA Y PESCA PRESIDENCIA DE LA NACIÓN EN LA REPÚBLICA POPULAR CHINA Autor: Consejero Agrícola Omar E. Odarda; Lic. Hernán Viola DOC/CAP/010-2014 Beijing, 29 de julio de 2014 Informe Situación del Mercado de Ajo en China Contenido 1. 2. 3. 4. Panorama del Mercado ................................................................ 2 Campaña 2013-2014 ..................................................................... 2 Perspectiva campaña 2014-2015 ................................................. 2 Evolución de precios.................................................................... 3 5. Exportaciones ............................................................................... 4 Evolución Histórica ........................................................................ 4 Año 2013 ........................................................................................ 4 Enero-mayo 2014 .......................................................................... 6 Anexo…………………………………………………………………...….8 Resumen ejecutivo En el presente informe se ha recopilado informa‑ ción sobre la producción de ajo en la República Po‑ pular China, en vista a su importancia en el contexto La fuerte caída en los precios en julio 2013, debido a la sobreoferta de ajo (4,7 millones de toneladas) por ser primer productor y exporta‑ producto de una cosecha 35%internacional al año anterior, en relación a lael campaña anterior, provocó pérdidas entre los productores y muchos optaron en la siguiente campaña por sembrar otros productos, como trigo, que la Argentina exportador, ofrecía una mejor rentabilidad.dor De mundial, esta manera,siendo el área sembrada con ajo segundo en septiembre-octubre del mismo año cayó un 10%. pero en un volumen relativamente inferior. En el presente informe se ha recopilado información sobre la producción de ajo en la República Popular China, en vista a su importancia en el contexto internacional por ser el primer productor y exportador mundial, siendo la Argentina segundo exportador, pero en un volumen relativamente inferior. Se espera que la cosecha de 2014 cierre con unas 4,13 millones de toneladas (un 10%-12% menos), debido no sólo a la contracción de superficie sino también una caída del rendimiento por La lafuerte caídasembrada, en los precios en julioa2013, debido a la sobreoferta condiciones climáticas no tan favorables. de ajo (4,7 millones de toneladas) producto de una cosecha 35% al Sin embargo, los buenos resultados en la actual campaña de producción de ajo en España hacen prever año anterior, en relación a la campaña anterior, provocó pérdidas entre que la demanda internacional será relativamente cubierta, compensando la menor oferta de ajo de productores muchos mantenerse optaron enrelativamente la siguiente estables. campaña por sem‑ China, por lo que los precios alos nivel internacionaly deberían brar otros productos, como trigo, que ofrecía una mejor rentabilidad. De esta manera, el área sembrada con ajo en septiembre-octubre del **** mismo año cayó*un 10%. Se espera que la cosecha de 2014 cierre con unas 4,13 millones de toneladas (un 10%-12% menos), debido no sólo a la contracción de la superficie sembrada, sino también a una caída del rendimiento por condiciones climáticas no tan favorables. Para mayor información, contactar: Aviso: la información del presente trabajo es pública y no tiene limitaciones de uso, sólo se solicita citar la fuente. © Consejería Agrícola (MAGyP), Embajada Argentina en la República Popular China, 2014. Consejería Agrícola (MAGyP) Elaborado pelo Conselho Agrícola da Embaixada Argentina na República Popular da China Embajada Argentina en la República Sin embargo, los buenos resultados en laPopular actualChina campaña de produc‑ Tel: +86-10-6532-0789/90, ext. 10 Fax: +86-10-6532-0270 ción de ajo en España hacen prever que la demanda internacional será Email: [email protected] / www.agrichina.org relativamente cubierta, compensando la menor oferta de ajo de China, por lo que los precios a nivel internacional deberían mantenerse rela‑ tivamente estables. Agosto de 2014 | NossoAlho | 35 Mercado do Alho 1. Panorama del Mercado 2. Campaña 2013-2014 China es el primer productor y exportador mun‑ Es necesario destacar la inexistencia de datos ofi‑ dial de ajo, teniendo una fuerte incidencia en el pre‑ ciales del gobierno chino sobre producción de ajo, cio internacional. lo cual dificulta el análisis del mercado. Todos los datos que se presentan a continuación son de fuen‑ El proceso de siembra en China comienza hacia tes privadas chinas. fines de septiembre y principios de octubre y se co‑ secha a partir de mediados de mayo. La producción Debido al alto nivel de precios del ajo en el mer‑ es esencialmente manual. cado chino en la campaña anterior, los productores incrementaron la superficie sembrada en un 11% Considerando una producción normal, y sin tener en 2012, totalizando 4,35 millones de mu (290.000 en cuenta los factores climáticos, se estima que la hectáreas). Las buenas condiciones climáticas y el producción promedio de ajos por mu1 es de aproxi‑ aumento de la superficie sembrada llevaron a una madamente 900 a 1.000 kg, es decir, entre 13,5 Tm/ producción en 2013 de 4,7 millones de toneladas, ha y 15 Tm/ha. lo que significó un incremento del 35% y un volu‑ men similar al alcanzado en 2011. En 2013 las principales provincias productoras fueron Shandong (46%), Henan (22%) y Jiangsu Esta mayor oferta provocó una importante caída (17%), que en conjunto representaron el 85% de la en el precio del ajo al momento de cosechar, pasan‑ producción nacional.2 do de RMB 8,2/kg en mayo de 2013 a RMB 2,8/ La principal zona productora se encuentra en el kg en julio del mismo año. Para mayor detalle véase condado de Jinxiang en la provincia de Shandong el punto 4 del presente informe. (15% aprox. de la producción total del país y 70% El 70% de la producción total fue destinado de las exportaciones chinas). Otras zonas de impor‑ como producto en fresco al mercado local y a la ex‑ tancia son Jixian (Henan), Shexian (Jiangxi), Can‑ portación, mientras que entre el 18% y 20% fue gshan (Shandong), Chengwu (Shandong), Dali Consejería Agrícola procesado por la industria local y comercializado en Ministerio de(Shandong), Agricultura, Ganadería y Pesca (Yunnan), Guangrao Wenjiang (Si‑ Embajada de Argentina en la República Popular China forma deshidratada, pasta, aceite y otros usos. Cabe chuan) y Haozhou (Anhui). destacar que la industria de procesamiento de ajo está en crecimiento y consolidación, por lo que año tras año aumenta la demanda de ajo para su proce‑ al de ajo, teniendo una fuerte incidencia en el precio samiento. Por último, entre el 10 y 12% restante fue retenido por el productor como semilla para la ia fines de septiembre y principios de octubre y se próxima campaña. cción es esencialmente manual. en la de ntre Principales Regiones ProductorasdedeAjo AjodedeChina China Principales Regiones Productoras 3. Perspectiva para la campaña 2014-2015 La caída en el nivel de precios en el mercado chino a partir de junio de 2013 afectó la rentabilidad de los productores locales de ajo, haciendo que muchos de ellos no lograran cubrir los gastos de producción y decidieran plantar otros cultivos, en particular tri‑ go, durante la próxima campaña. Es por ello, que el área sembrada en 2013 se redujo un 10%, totalizan‑ do 3,91 millones de mu, es decir, 260.797 hectáreas. ras gsu e la el Debido a la menor superficie sembrada y a con‑ ong diciones climáticas no muy buenas, que habrían de ancia son Jixian (Henan), Shexian (Jiangxi), Cangshan nan), Guangrao (Shandong), Wenjiang (Sichuan) y 36 | NossoAlho | Agosto de 2014 En el gráfico siguiente se presenta como referencia, afectado el rendimiento, la cosecha en 2014 se con‑ traería un 10-12%, totalizando unos 4,13 millones la evolución del precio del ajo blanco de 6 cm en los mercados mayorista en Jinxiang y Jiansu entre enero de toneladas. de 2011 y julio de 2014. Se estima que el precio de Sin embargo, esta caída en la producción china no esta variedad se ubicará en torno a los RMB 4/kg afectaría la oferta mundial, ya que sería compensa‑ (U$S 0,67/kg) durante la presente campaña. da en gran medida por la buena cosecha registrada Desde el 2010 se han observado fuertes oscilacio‑ en España. Por ende, no se prevé una oscilación im‑ portante del precio a nivel internacional en la pre‑ nes de precios en el mercado chino de ajo, derivadas de falsas expectativas por parte de los productores, sente campaña.3 que al no disponer de buena información, basan sus decisiones de siembra en el precio disponible en ese 4. Evolución de precios momento. Este comportamiento acentúa los ciclos: El precio mayorista del ajo en China alcanzó su cuando el precio es elevado, aumentan fuertemente máximo histórico en octubre de 2010, al ubicarse la siembra, lo cual lleva inevitablemente a un au‑ en RMB 12,24 / Kg (U$S 2,04/Kg).4 Luego de al‑ mento de la producción, y a la consecuente caída DOC/CAP/010-2014 Consejería Agrícola canzar dicho nivel, comenzó su camino descenden‑ del precio, pérdida de la rentabilidad y caída de la 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca te para situarse a fines de 2011 en torno a los RMB siembraEmbajada de Argentina en la República Popular China en la siguiente campaña. 2 (U$S 0,32/kg), tras una buena cosecha en 2011. Sin embargo, esta caída en la producción china no afectaría la oferta mundial, ya que sería compensada En base a esta tendencia, se podría prever que a en A gran medida la buena registrada en España. Por ende, no se prevé una oscilación partir de allí,por comenzó un cosecha nuevo ciclo ascenden‑ 3 actual caída del 10% de la producción de ajo de importante del precio a nivel internacional en la presentelacampaña. te, por una mala cosecha en la campaña 2012/2013, China, debería seguir un aumento del precio en 4. seEvolución de precios que prolongó hasta mayo de 2013 cuando el pre‑ el mercado local e internacional. Sin embargo, se Elcio precio mayorista del aajo China alcanzó máximo histórico en octubre de 2010, al ubicarse en se ubicó en torno losenRMB 8/kg (U$S su 1,33/ prevé que dicho aumento (al menos en el mercado 4 Luego de alcanzar nivel, comenzó su camino descendente para RMB 12,24 / Kg (U$S 2,04/Kg). kg), para descender nuevamente a un mínimo de dicho internacional) será atenuado la buena cosecha situarse a fines de 2011 en torno a los RMB 2 (U$S 0,32/kg), tras una buena cosecha por en 2011. RMB 2,3/kg (U$S 0,38/kg) en septiembre del mis‑ registrada en España. Amo partir de como allí, comenzó un nuevo ciclo ascendente, año, consecuencia del ingreso de la cose‑ por una mala cosecha en la campaña 2012/2013, que se prolongó hasta mayo de 2013 cuando el precio se ubicó en torno a los RMB 8/kg (U$S 1,33/kg), cha de 2013, que resultó ser muy elevada. para descender nuevamente a un mínimo de RMB 2,3/kg (U$S 0,38/kg) en septiembre del mismo año, como consecuencia del ingreso de la cosecha de 2013, que resultó ser muy elevada. En el gráfico siguiente se presenta como referencia, la evolución del precio del ajo blanco de 6 cm en los mercados mayorista en Jinxiang y Jiansu entre enero de 2011 y julio de 2014. Se estima que el precio de esta variedad se ubicará en torno a los RMB 4/kg (U$S 0,67/kg) durante la presente campaña. Evolución del del Precio Mayorista Jinxiangy Jiangsu y Jiangsu de Blanco Ajo Blanco cm)– (2011 – julio 2014) Evolución Precio Mayorista en en Jinxiang de Ajo (6 cm) (6 (2011 julio 2014) 11,0 10,8 10,7 8,0 8,2 8 8,7 8,4 8,6 8,3 8,2 8,2 7,2 6 2,8 3,6 3,8 4,6 4,4 4,4 3,9 4,0 jul-14 jun-14 abr-14 may-14 feb-14 mar-14 dic-13 ene-14 oct-13 nov-13 sep-13 jul-13 jun-13 abr-13 may-13 feb-13 mar-13 dic-12 ene-13 oct-12 nov-12 jul-12 jun-12 2,3 may-12 dic-11 oct-11 nov-11 abr-12 2,7 2,5 2,4 sep-11 jul-11 jun-11 abr-11 may-11 feb-11 mar-11 ene-11 2,4 feb-12 2 3,2 3,5 ago-13 3,3 3,6 mar-12 3,6 4,2 4,1 4,2 3,9 ene-12 4 5,6 4,5 4,6 0 8,6 7,8 ago-11 Precio RMB por Kg. 9,1 sep-12 10 11,2 ago-12 12 Fuente: elaboraciónFuente: propia, en base a datos de www.dasuanwang.com en www.suannong168.com elaboración propia, en base a datos de ywww.dasuanwang.com y en www.suannong168.com Desde el 2010 se han observado fuertes oscilaciones de precios en el mercado chino de ajo, derivadas de falsas expectativas por parte de los productores, que al no disponer de buena información, basan sus decisiones de siembra en el precio disponible en ese momento. Este comportamiento acentúa los ciclos: Agosto de 2014 | NossoAlho | 37 cuando el precio es elevado, aumentan fuertemente la siembra, lo cual lleva inevitablemente a un aumento de la producción, y a la consecuente caída del precio, pérdida de la rentabilidad y caída de la Mercado do Alho Por su parte, las asociaciones de productores y ex‑ portadores de ajo de China, entre la que se destaca la Súbcámara de Ajo, dependiente de la Cámara China de Comercio de Importación y Exportación de Alimentos, Productos Nativos y Subproductos de Origen Animal (CNFA), se han fijado como prioridad ahondar los esfuerzos en el seguimiento del mercado y poner a disposición entre sus asocia‑ dos mayores herramientas para asegurar un desar‑ rollo más estable del sector5, con el fin de tratar de brindar mayor información y evitar fuerte oscilacio‑ nes en la producción local de ajo por efecto de la variación de precios, lo cual profundiza la fase del siguiente ciclo. DOC/CAP/010-2014 29 de julio de 2014 5. Exportaciones se duplicaron y no dejaron de aumentar en los años subsiguientes, mientras que las de los demás países continuaron en niveles relativamente estables. Dada la fuerte preponderancia que tiene China en el mercado mundial de ajo, la evolución de su producción anual tiene un importante efecto sobre los precios internacionales. Sus principales competi‑ dores, aunque con niveles de comercialización muy inferiores, son Argentina, España, Holanda e Italia. Para mayor información, véase el Anexo. El principal período de exportación de ajo en fres‑ co de China es entre principios de junio (luego del inicio de la cosecha) hasta finales de agosto. Consejería Agrícola Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca Año 2013 Embajada de Argentina en la República Popular China 5. Exportaciones En 2013 China exportó un total de 1,81 millones de toneladas de ajo6, por un valor de U$S 1.819 China principal exportador a nivel millones; cual representó incremento del 15% China es es el el principal exportador dede ajoajo a nivel mundial. Susloventas externasun tuvieron un fuerte impulso tras su ingreso a la Organización Mundial de Comercio (OMC) en 2001, al permitirle superar ciertas mundial. Sus ventas externas tuvieron un fuerte en volumen con relación al año anterior, pero ape‑ limitaciones deingreso accesoa laenOrganización diversos mercados. Entre y 2002 mismas prácticamente impulso tras su Mundial nas un 2001 crecimiento del las 4,94% en valor, como con‑ se duplicaron y no dejaron de aumentar en los años subsiguientes, mientras que las de los demás países de Comercio (OMC) en 2001, al permitirle supe‑ secuencia de la caída internacional del precio del ajo continuaron en niveles relativamente estables. rar ciertas limitaciones de acceso en diversos merca‑ por efecto del mayor volumen exportado por China Dada la fuerte preponderancia que tiene China en el mercado mundial de ajo, la evolución de su dos. Entre 2001 y 2002 las mismas prácticamente ese año. EvoluciónHistórica Histórica Evolución producción anual tiene un importante efecto sobre los precios internacionales. Sus principales competidores, aunque con niveles de comercialización muy inferiores, son Argentina, España, Holanda e Italia. Para mayor información, véase el Anexo. El principal período de exportación de ajo en fresco de China es entre principios de junio (luego del inicio de la cosecha) hasta finales de agosto. Evolución de las Exportaciones de Ajo Fresco de los Principales Paises Pos. 070320 - Periodo: 1996-2012 Miles de toneladas 2.000 1.500 1.000 500 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 China España Italia China, Hong Kong SAR Holanda Estados Unidos Argentina México Malasia India Francia Chile Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE. Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE. Año 2013 En 2013 China exportó un total de 1,81 millones de toneladas de ajo6, por un valor de U$S 1.819 millones; lo cual representó un incremento del 15% en volumen con relación al año anterior, pero DOC/CAP/010-2014 29 de julio de 2014 Consejería Agrícola Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca Embajada de Argentina en la República Popular China Estructura de lasdeexportaciones deajo ajo(2011-2013) (2011-2013) Estructura las exportacioneschinas chinas de Posición arancelari a Descripción Vol. (Ton.) 2011 2012 Valor (Millones de U$S) 2013 Var. % 12/13 2011 2012 2013 Var. % 12/13 Part. % (U$S 2013) Ajo fresco o 1.586.338 1.341.914 1.547.511 15,32 1.928,10 1.270,09 1.277,01 0,54 70,20 refrigerado 07129050 Ajo seco 165.615 138.285 164.151 18,71 429,90 315,90 388,38 22,95 21,35 Otras partes del ojo, 07032090 frescas o 57.674 53.214 59.387 11,60 105,25 87,59 92,11 5,15 5,06 refrigeradas Tallos o plántulas 07032020 de ajo, frescas o 20.309 18.575 19.286 3,83 35,16 29,98 28,41 -5,22 1,56 refrigeradas DOC/CAP/010-2014 Consejería 07119034 Ajos, en salmuera 9.958 7.281 7.006 -3,78 19,27 10,49 10,15 -3,28 Agrícola 0,56 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca Tallos o plántulas de Argentina Popular 07108020 6.323 5.526 5.349 -3,20Embajada 11,06 9,69en la República 8,83 -8,84 China 0,49 de ajo, congeladas Ajos preservados Estructura de las exportaciones chinas de ajo (2011-2013) 20019010 en vinagre o en 4.758 5.348 7.079 32,35 9,01 9,28 12,99 39,93 Part.0,71 Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Posición ácido acético % arancelari 07108030 Descripción Ajo congelado 436 250 444Var. %77,39 1,12 0,53 1,27 Var.140,40 % (U$S0,07 a 20111.851.411 20121.570.394 2013 Total 1.810.21312/13 15 2011 2.538,87 2012 1.733,56 2013 1.819,16 12/134,94 2013)100 Fuente: elaboración propia en base a la Aduana de China Fuente: elaboración propia en base a la Aduana de China Ajo fresco o 07032010 1.586.338 1.341.914 1.547.511 15,32 1.928,10 1.270,09 1.277,01 0,54 70,20 refrigerado Los gráficos a continuación presentan la evolución mensual de las exportaciones, en volumen y precio, 07129050 Ajo seco 165.615 138.285 164.151 18,71 429,90 315,90 388,38 22,95 21,35 durante el período marzo de 2012 a febrero de 2014. En primer lugar, se puede observar un fuerte Otras partes del ojo, los meses de junio a septiembre, al mercado el ajo Lasincremento exportaciones deexportaciones ajo57.674 fresco o en refrigerado re‑ septiembre, cuandocuando ingresa al92,11 mercado el ajo recién 07032090 frescas o de las 53.214 59.387 11,60 105,25 87,59 ingresa 5,15 5,06 recién cosechado. En segundo lugar, las cantidades exportadas en 2013 llegaron a un pico de unas refrigeradas presentaron el 70,2% del total del sector en valor: cosechado. En segundo lugar, las cantidades expor‑ Tallos o plántulas 240.000 toneladas en julio; volumen sustancialmente superior a las 160.000 toneladas alcanzadas en el se exportaron 1,54 millones de toneladas tadas 2013 a un pico de -5,22 unas 240.000 07032020 de ajo, mes frescas o 2012. 20.309 18.575 3,83 35,16llegaron 29,98 28,41 1,56 mismo de Inversamente, el (15,32% valor 19.286 promedio deen exportación por tonelada cayó de U$S 1.330 refrigeradas más que el año anterior) por un valor de U$S 1.277 toneladas en julio; volumen sustancialmente supe‑ en julio de 2012 a U$S 780 mismo mes de 2013, para luego comenzar a recuperarse levemente. 07119034 Ajos, en salmuera 9.958 7.281 7.006 -3,78 19,27 10,49 10,15 -3,28 0,56 millones (0,54% que en 2012). Otros rubros rior a las 160.000 toneladas alcanzadas en el mismo Variación de más Exportaciones Mensuales (toneladas) Variación del Precio de Exportación por Tonelada (U$S) Tallos o plántulas 07108020 6.323 5.526 5.349 -3,20 11,06 (marzo 9,69 8,83 -8,84 0,49 (marzo 2012-abril 2014) 2012-abril 2014) de ajo, congeladas importantes fueron ajo seco y otras partes del ajo mes de 2012. Inversamente, el valor promedio de Ajos preservados frescas en o vinagre refrigeradas, con una participación respec‑ exportación por tonelada cayó12,99 de U$S 1.3300,71 en ju‑ 20019010 o en 4.758 5.348 7.079 32,35 9,01 9,28 39,93 tiva de ácido 21%acético y 5%. lio de 2012 a U$S 780 mismo mes de 2013, para 07108030 Ajo congelado 436 250 444 luego 77,39comenzar 1,12 a recuperarse 0,53 1,27 140,40 0,07 levemente. Total 1.851.411 1.570.394 1.810.213 15 2.538,87 1.733,56 1.819,16 4,94 100 Los gráficos a continuación presentan la evolución Fuente: elaboración propia en base a la Aduana de China 07032010 mensual de las exportaciones, en volumen y precio, Los principales destinos de exportación en 2013 durante el período marzo de presentan 2012 a febrero de 2014.mensual fueronde Indonesia, Brasil, Vietnam, Malasia, Tailan‑ Los gráficos a continuación la evolución las exportaciones, en volumen y precio, durante el período 2012 a de 2014.dia,EnFilipinas, primer lugar, se puede observar un Estados fuerte En primer lugar, se marzo puede de observar unfebrero fuerte incre‑ Holanda, Emiratos Árabes, incremento deexportaciones las exportaciones los meses de ajunioUnidos, a septiembre, cuando ingresa al mercado el ajode mento de las en losenmeses de junio entre otros. Cabe destacar el incremento recién cosechado. En segundo lugar, las cantidades exportadas en 2013 llegaron a un pico de unas 240.000 toneladas en julio; volumen sustancialmente superior a las 160.000 toneladas alcanzadas en el mismo mes de 2012. Inversamente, el valor promedio de exportación por tonelada cayó de U$S 1.330 en julio de 2012 a U$S 780 mismo mes de 2013, para luego comenzar a recuperarse levemente. Variación de Exportaciones Mensuales del de Precio de Exportación por Fuente: MOFCOM, Informe Mensual Variación sobre Exportaciones Ajo Variación de Exportaciones Mensuales (toneladas) Variación del Precio de Exportación por Tonelada (U$S) (toneladas) (marzo 2012-abril 2014) Tonelada(marzo (U$S)2012-abril (marzo 2014) 2012-abril 2014) (marzodestinos 2012-abril Los principales de2014) exportación en 2013 fueron Indonesia, Brasil, Vietnam, Malasia, Tailandia, Filipinas, Holanda, Emiratos Árabes, Estados Unidos, entre otros. Cabe destacar el incremento de la presencia del ajo de China en países de la región del sudeste asiático (en particular en Tailandia y Vietnam) y en Brasil, donde aumentó sus exportaciones en casi un 30% en volumen, convirtiéndose en el segundo mercado de destino en importancia para sus ajos. Fuente: MOFCOM, Mensual sobre Exportaciones de Ajo Fuente: MOFCOM, Informe Mensual sobre Exportaciones deInforme Ajo 5 Los principales destinos de exportación en 2013 fueron Indonesia, Brasil, Vietnam, Malasia, Tailandia, Filipinas, Holanda, Emiratos Árabes, Estados Unidos, entre otros. Cabe destacar el incremento de la Agosto(en de particular 2014 | NossoAlho presencia del ajo de China en países de la región del sudeste asiático en Tailandia| 39 y Vietnam) y en Brasil, donde aumentó sus exportaciones en casi un 30% en volumen, convirtiéndose en DOC/CAP/010-2014 Mercado do Alho 29 de julio de 2014 Consejería Agrícola Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca Embajada de Argentina en la República Popular China Exportaciones dedeajo refrigerado (pos. 0703.2010) 2012-2013 Exportaciones ajo fresco fresco oorefrigerado (pos. 0703.2010) 2012-2013 País Indonesia Brasil Vietnam Malasia Tailandia Filipinas Holanda Emiratos Árabes Estados Unidos Otros Total DOC/CAP/010-2014 Enero-Mayo 2014 29 de julio de 2014 Volumen (toneladas) Valor (miles U$S) Part. % U$S 2013 2012 2013 Var. (%) 2012 2013 Var. (%) 399.837 444.003 11,05 332.289 340.709 2,53 26,7 96.447 124.862 29,46 113.517 124.106 9,33 9,7 137.882 161.593 17,20 99.772 110.948 11,20 8,7 83.692 94.601 13,03 81.990 76.899 -6,21 6,0 51.660 72.764 40,85 57.789 71.411 23,57 5,6 65.538 68.044 3,82 56.159 56.687 0,94 4,4 32.321 27.758 -14,12 42.937 34.373 -19,94 2,7 36.075 41.018 13,70 37.583 37.048 -1,42 2,9 30.648 28.272 -7,75 35.513 29.374 -17,29 2,3 407.814 484.595 18,83 412.544 395.459 -4,14 31,0 1.341.914 1.547.511 15,32 1.270.093 1.277.013 0,54 100 Fuente: elaboración propia, en base Fuente: a datos de la Aduana propia, de Chinaen base a datos de la Aduana de China elaboración Consejería Agrícola Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca Embajada de Argentina en la República Popular China Entre enero y mayo de 2014, China exportó un total de 744 mil toneladas de ajo y sus derivados por un de U$Sdel 712 Como consecuencia del remanente de la buena cosecha Exportaciones de ajo fresco o refrigerado (pos.contracción 0703.2010) 2012-2013 lavalor presencia ajomillones. de China en países de la regi‑ pero una del -7,8% alcanzada en su valordurante en com‑ la campaña 2013-14 por China, se observa un aumento del 20% en el volumen de ajo exportado, Volumen (toneladas) Valor (miles U$S) Part. % pero U$S ón del sudeste asiático (en particular en Tailandia y paración a igual período de 2013 por la contracción País 2013 una contracción del -7,8% a igual 2013 por la contracción en el 2012 en su valor 2013en comparación Var. (%) 2012período de 2013 Var. (%) Vietnam) y en Brasil, donde aumentó444.003 sus exporta‑11,05en el nivel de precios. 340.709 nivel de precios. Indonesia 399.837 332.289 2,53 26,7 ciones 30% en 96.447 volumen, convirtiéndose Brasil en casi un Estructura 124.862 29,46 113.517 124.106 9,33 9,7 de las exportaciones chinas de ajo (Enero-septiembre 2012-2013) Como puede observarse en el siguiente cuadro 137.882 17,20 99.772 110.948 11,20 enVietnam el segundo mercado de destino en161.593 importancia Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. 8,7 % Posición Malasia 83.692 94.601 13,03 81.990 76.899 -6,21 6,0en de evolución de las exportaciones mensuales, Descripción Ene-Mayo Ene-Mayo Var. % Ene-Mayo Ene-Mayo Var. % (U$S para sus ajos. arancelaria Tailandia 51.660 57.789 71.411 23,57 5,6 201372.764 2014 40,85los 2014/2013 2013 2014 2014/2013 2014) primeros 5 meses del corriente año el volumen Filipinas 65.538 68.044 629.6803,82 56.687 0,94-8,2 4,4 07032010 Ajo fresco /refrigerado 520.009 21,1 56.159 545 500 70,3 Enero-Mayo 2014 registró comparación al Holanda 32.321 27.758 -14,12exportado 34.373 2,7 07129050 Ajo seco 61.027 71.920 17,8 42.937 160 aumentos 149 en-19,94 -6,7 21,0 Emiratos Árabes 41.018 13,70 37.583 de 2013, 37.048 -1,42 2,9 Otras partes del ojo, 36.075 frescas tal34 como se 07032090 22.104 40 -16,1indicó ante‑ 4,8 Entre enero y mayo de 30.648 2014, China exportó24.198 un-7,75mismo9,5período Estados Unidos 28.272 35.513 29.374 -17,29 2,3 o refrigeradas riormente, por los buenos resultados alcanzados en total de 744Tallos mil otoneladas de por plántulas de407.814 ajo, ajo y sus derivados Otros 484.595 18,83 395.45912 -4,14 6,0 31,0 07032020 7.804 8.124 4,1 412.544 12 1,8 o refrigeradas 1.341.914 Como1.547.511 1.270.093 1.277.013 Pero 0,54 100se del año anterior. esta situación unTotal valor de frescas U$S 712 millones. consecuencia15,32la campaña Ajos preservados en vinagre Fuente: elaboración propia, en base a datos de la Aduana de China 2.829 3.993 41,1 en junio,5 cuando la tendencia 7 27,0es contracti‑ 1,0 del20019010 remanente de acético la buena cosecha alcanzada du‑ revirtió o en ácido Tallos o plántulas de ajo, del ajo rante la campaña 2013-14 por China, 2.395 se observa 2.736 un va, coincidiendo 07108020 14,2 4con el ingreso 5 al mercado 13,0 0,6 congeladas Enero-Mayo 2014 aumento del 20% en el volumen de ajo exportado, nuevo de la actual campaña, lo que refleja en parte 07119034 Ajos, en salmuera 3.378 3.097 -8,3 5 4 -24,3 0,5 Entre enero y mayo de 2014, China exportó un total de 74472,7 mil toneladas de ajo y 1sus derivados por un 07108030 Ajo congelado 140 241 0 42,5 0,1 valor de U$S 712 millones. Como consecuencia del remanente de la buena cosecha alcanzada durante Total general 619.685 743.988 20,1 772 712 -7,8 100 la campaña 2013-14 por China, observapropia, un aumento delde20% en de el China volumen de ajo exportado, pero Fuente:se elaboración en base a datos la Aduana una contracción del -7,8% en su valor en comparación a igual período de 2013 por la contracción en el nivel de precios. Como puede observarse en el siguiente cuadro de evolución de las exportaciones mensuales, en los Estructura de las deajo ajo(Enero-septiembre (Enero-septiembre 2012-2013) Estructura deexportaciones las exportacioneschinas chinas de 2012-2013) primeros 5 meses del corriente año el volumen exportado registró aumentos en comparación al mismo Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. % Posición de 2013, tal como se indicó anteriormente, por los buenos resultados alcanzados en la campaña período Descripción Ene-Mayo Ene-Mayo Var. % Ene-Mayo Ene-Mayo Var. % (U$S arancelaria del año anterior. Pero esta situación2013 se revirtió2014 en junio, cuando la 2013 tendencia es coincidiendo 2014/2013 2014contractiva, 2014/2013 2014) con el ingreso al /refrigerado mercado del ajo520.009 nuevo de la actual campaña, lo que refleja 07032010 Ajo fresco 629.680 21,1 545 500 en parte -8,2 la menor 70,3 producción y la mayor competencia existente en el mercado mundial de ajo del presente año, a 07129050 Ajo seco 61.027 71.920 17,8 160 149 -6,7 debido 21,0 la buena cosecha registrada en España. Por su parte, el valor exportado mostró una tendencia Otras partes del ojo, frescas 07032090 22.104 24.198 9,5 40 34 -16,1 4,8 decrecienteo arefrigeradas partir del mes de febrero del corriente año, situación que se acentuó en el mes de mayo, Tallos de o plántulas de ajo, competencia en el mercado internacional. por la previsión una mayor 07032020 7.804 8.124 4,1 12 12 6,0 1,8 frescas o refrigeradas Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. % Ajos preservados en vinagre 20019010 2.829 Ene- 3.993 41,1 5 27,0 1,0 Posición EneEne-7 o en ácido acético Descripción Mes Var. % Ene-Mayo Var. % (U$S arancelaria Tallos o plántulas de ajo, Mayo Mayo Mayo 2014/2013 2013 2014/2013 2014) 07108020 2.395 2013 2.736 14,2 4 13,0 0,6 2014 20145 congeladas 07032010 Ajo fresco /refrigerado Enero 99.544 159.421 60,2 106 121 13,8 24,2 07119034 Ajos, en salmuera 3.378 3.097 -8,3 5 4 -24,3 0,5 Febrero 140 69.817 24190.192 -4,9 14,8 07108030 Ajo congelado 72,7 29,2 0 78 174 42,5 0,1 Marzo 619.685130.433743.988 151.110 -18,2 23,4 Total general 20,1 15,9 772 143 712117 -7,8 100 Abril elaboración 103.609 110 103 -6,4 20,7 Fuente: propia, en127.450 baseFuente: a datos de la23,0 Aduana propia, de China elaboración Aduana de China Mayo 116.605 101.507 -12,9 107en base a datos 85 de la -21,1 16,9 Total general 520.009 629.680 21,1 545 500 -8,2 100 elaboracióncuadro propia, ende baseevolución a datos de la de Aduana China Como puede observarse enFuente: el siguiente lasdeexportaciones mensuales, en los primeros 5 meses del corriente año el volumen exportado registró aumentos en comparación al mismo 6 período de 2013, tal como sede indicó 40 | NossoAlho | Agosto 2014anteriormente, por los buenos resultados alcanzados en la campaña del año anterior. Pero esta situación se revirtió en junio, cuando la tendencia es contractiva, coincidiendo del año anterior. Pero esta situación se revirtió en junio, cuando la tendencia es contractiva, coincidiendo con el ingreso al mercado del ajo nuevo de la actual campaña, lo que refleja en parte la menor producción y la mayor competencia existente en el mercado mundial de ajo del presente año, debido a la buena cosecha registrada en España. Por su parte, el valor exportado mostró una tendencia decreciente a partir del mes de febrero del corriente año, situación que se acentuó en el mes de mayo, por la previsión de una mayor competencia en el mercado internacional. Posición arancelaria 07032010 Descripción Ajo fresco /refrigerado Total general Vol. (Ton.) Valor (Millones de U$S) Part. % EneEneEneMes Var. % Ene-Mayo Var. % (U$S Mayo Mayo Mayo 2014/2013 2013 2014/2013 2014) 2013 2014 2014 Enero 99.544 159.421 60,2 106 121 13,8 24,2 Febrero 69.817 90.192 29,2 78 74 -4,9 14,8 Marzo 130.433 151.110 15,9 143 117 -18,2 23,4 Abril 103.609 127.450 23,0 110 103 -6,4 20,7 Mayo 116.605 101.507 -12,9 107 85 -21,1 16,9 520.009 629.680 21,1 545 500 -8,2 100 Fuente: elaboración propia, en baseFuente: a datos elaboración de la Aduana propia, de Chinaen base a datos de la Aduana de China 6 la menor producción y la mayor competencia exis‑ Los principales destinos de exportación en los pri‑ tente en el mercado mundial de ajo del presente año, meros cinco meses del 2014 del ajo de China fue‑ debido a la buena cosecha registrada en España. Por ron Indonesia, Vietnam, Brasil, Malasia, Tailandia, su parte, el valor exportado mostró una tendencia Bangladesh, Filipinas, Emiratos Árabes, EE.UU. y decreciente a partir del mes de febrero del corriente Arabia Saudita. En relación a Brasil, es de destacar DOC/CAP/010-2014 Consejería Agrícola año, situación que se acentuó en el mes de mayo, que no se evidencia por el momento un impacto 29 de julio de 2014 Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca por la previsión de una mayor competencia en el significativo del incremento de 2014 Embajada de Argentina ena laprincipio República Popular China mercado internacional. del derecho antidumping aplicado al ajo chino, que Los principales destinos de exportación en los primeros cinco meses del 2014 del ajo de China fueron pasó de Filipinas, 0,52 U$S/Kg a 0.78 U$S/Kg. Indonesia, Vietnam, Brasil, Malasia, Tailandia, Bangladesh, Emiratos Árabes, EE.UU. y Arabia Saudita. En relación a Brasil, es de destacar que no se evidencia por el momento un impacto significativo del incremento a principio de 2014 del derecho antidumping aplicado al ajo chino, que pasó de 0,52 U$S/Kg a 0.78 U$S/Kg. Exportaciones Chinas de ajo fresco o refrigerado (pos. 0703.2010) - Enero - Mayo 2013-2014 País Indonesia Vietnam Brasil Malasia Tailandia Bangladesh Filipinas Emiratos Árabes EE.UU. Arabia Saudita Otros Total general Volumen (toneladas) Ene-Mayo 2013 Ene-Mayo 2014 155.021 57.972 39.391 37.121 27.200 10.845 23.709 13.225 9.477 14.124 64.271 452.354 178.563 71.027 37.222 37.033 28.468 28.603 23.059 17.773 15.151 17.061 92.103 546.064 Valor (miles U$S) Var. (%) 15,19 22,52 -5,51 -0,24 4,66 163,75 -2,74 34,40 59,88 20,79 43,30 20,72 143.428 36.093 57.052 39.290 31.852 8.156 25.231 16.479 13.361 13.849 79.742 464.534 Ene-Mayo 2014 119.908 89.696 30.370 26.612 25.208 16.996 14.865 14.828 13.728 12.864 71.486 436.561 Var. (%) Part. % U$S 2014 -16,40 148,52 -46,77 -32,27 -20,86 108,38 -41,09 -10,02 2,75 -7,11 -10,35 -6,02 27,5 20,5 7,0 6,1 5,8 3,9 3,4 3,4 3,1 2,9 16,4 100 Fuente: elaboración propia, en base a datoselaboración de la Aduana de China Fuente: propia, en base a datos de la Aduana de China Unidad de medida de superficie tradicional china: 1 Mu = 0,0667 hectárea. 1 Presentación realizada por el Sr. LI Shaunglei, Gerente General de la empresa JinXiang HuanGuang Foods Imports and Exports durante la conferencia ofrecida en la China Garlic 2014. 2 Información presentada en el seminario China Garlic 2014 por la empresa OLAM Co., Ltd. 3 4 Ene-Mayo 2013 DOC/CAP/020-2011 del 11 de agosto de 2011. Presentación realizada por el Sr. DING Jian de la empresa Juye Goodfarmer Frutas y Hortalizas Co. Ltd, en el Seminario “China Garlic 2013” realizado en la ciudad de Kaifeng, provincia de Henan, R. P. de China – Mayo de 2013. 5 Comprende las siguientes posiciones arancelarias: 0703.2010; 0703.2020; 0703.2090; 0710.8020; 0710.8030; 0711.9034; 0712.9050 y 2001.9010 (Ajos frescos o refrigerados, tallos o plántulas de ajo frescas o refrigeradas, otras partes del ajo frescas o refrigeradas, tallos o plántulas de ajo congeladas, ajos congelados, ajos en salmuera, ajos secos y ajos preservados en vinagre o en ácido acético). 6 Agosto de 2014 | NossoAlho | 41 42 | NossoAlho | Agosto de 2014 383.860 2000 80.435 383.860 68.124 80.435 68.1240 17.6890 17.744 17.689 17.7440 0 0 0 0 13.9970 8.118 13.997 8.1180 661.4570 546.418 2001 82.217 546.418 62.154 82.217 62.1540 20.8680 17.472 20.868 17.4720 0 0 7.7670 17.301 7.767 9.426 17.301 9.4260 763.6210 1.142.237 2003 86.709 1.142.237 60.554 86.709 60.5540 9.3250 10.565 9.325 10.5650 11.0440 9.448 11.044 13.800 9.448 13.8000 0 0 1.343.6830 1.343.683 1.049.392 2002 62.380 1.049.392 59.719 62.380 59.7190 10.7530 12.012 10.753 12.0120 17.2180 8.538 17.218 18.186 8.538 8.587 18.186 8.5870 1.246.7830 1.246.783 1.335.683 1.127.833 2004 100.637 1.127.833 66.706 100.637 66.7060 8.6250 9.357 8.625 9.3570 0 0 10.2510 12.272 10.251 12.2720 0 0 1.335.6830 1.363.204 1.155.566 2005 97.257 1.155.566 65.614 97.257 65.6140 12.4880 10.739 12.488 10.7390 0 0 9.0780 12.463 9.078 12.4630 0 0 1.363.2040 1.429.359 1.224.243 2006 100.139 1.224.243 51.625 100.139 51.6250 13.3870 11.731 13.387 11.7310 0 0 9.2070 13.412 9.207 5.616 13.412 5.6160 1.429.3590 1.661.180 1.438.152 2007 120.490 1.438.152 52.454 120.490 52.4540 17.3530 11.185 17.353 11.1850 0 0 8.6380 12.909 8.638 12.9090 0 0 1.661.1800 2000136 70 136 62 70 14 62 0 14 23 0 0 23 22 0 0 22 11 0 0 11 0 0 3590 2001207 80 207 64 80 16 64 12 16 28 12 0 28 32 0 0 32 12 0 0 12 0 0 4520 Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE Fuente: elaboración propia en base Total general 359a COMTRADE 452 China País exportador España China Argentina España Holanda Argentina Italia Holanda Francia Italia Chile Francia México Chile Egipto México EE.UU Egipto India EE.UU Malasia India Total general Malasia 2003355 88 355 57 88 13 57 18 13 28 18 12 28 10 12 0 10 0 0 0 0 0 0 5820 582 2002345 93 345 46 93 12 46 17 12 32 17 12 32 26 12 0 26 12 0 0 12 0 0 5930 593 652 2004419 95 419 67 95 14 67 19 14 29 19 0 29 10 0 0 10 0 0 0 0 0 0 6520 849 2005562 114 562 85 114 21 85 19 21 34 19 0 34 14 0 0 14 0 0 0 0 0 0 8490 1.133 2006801 119 801 94 119 29 94 25 29 41 25 0 41 14 0 0 14 10 0 0 10 0 0 1.1330 1.259 2007872 135 872 125 135 39 125 28 39 46 28 0 46 13 0 0 13 0 0 0 0 0 0 1.2590 Millones U$S FOB – Período 2000-2012 por país País exportador 2000 2001 2002 2003 U$S2004 2005 2006 2007 Millones FOB – Período 2000-2012 por país Millones U$S FOB – Período 2000-2012 por país Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE Fuente: elaboración propia661.457 en base a COMTRADE Total general 763.621 China País exportador Argentina China España Argentina India España Holanda India México Holanda Malasia México Chile Malasia Italia Chile Francia Italia Estados Unidos Francia Egipto Estados Unidos Total general Egipto Toneladas netas – Período 2000-2012 por paísToneladas netas – Período 2000-2012 por país País exportador 2001 2002país 2003 2004 2005 2006 2007 Toneladas netas –2000 Período 2000-2012 por Anexo - Exportaciones Mundiales de Ajo Fresco Anexo - Exportaciones Mundiales de Ajo Fresco 1.010 2008 2008638 125 638 112 125 38 112 30 38 43 30 0 43 16 0 0 16 10 0 0 10 0 0 1.0100 1.743.757 2008 1.535.586 2008 98.576 1.535.586 49.453 98.576 49.4530 19.0210 12.410 19.021 12.4100 0 0 9.0690 11.071 9.069 8.572 11.071 8.5720 1.743.7570 2010 1.365.187 2010 89.265 1.365.187 65.155 89.265 12.606 65.155 19.774 12.606 12.370 19.774 12.3700 6.1560 10.512 6.156 10.574 10.512 9.483 10.574 9.4830 1.601.0810 2011 1.663.984 2011 92.048 1.663.984 60.354 92.048 60.3540 24.7510 12.526 24.751 12.5260 10.3810 11.182 10.381 12.345 11.182 11.636 12.345 4.021 11.636 1.903.227 4.021 2012 1.413.651 2012 88.133 1.413.651 81.542 88.133 25.436 81.542 23.172 25.436 14.245 23.172 12.605 14.245 12.544 12.605 11.719 12.544 9.839 11.719 6.538 9.839 5.947 6.538 1.731.807 5.947 2.948 2010 2.319 2010 215 2.319 195 215 59 195 45 59 46 45 19 46 13 19 0 13 19 0 19 19 0 19 2.9480 2.732 2011 2.068 2011 196 2.068 208 196 78 208 54 78 57 54 28 57 13 28 11 13 20 11 0 20 0 0 2.7320 1.960 2012 1.388 2012 183 1.388 128 183 60 128 40 60 38 40 24 38 17 24 14 17 12 14 10 12 4 10 1.9604 8 Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE 1.481 2009 1.086 2009 139 1.086 113 139 50 113 31 50 38 31 0 38 11 0 0 11 13 0 0 13 0 0 1.4810 Fuente: elaboración en base a COMTRADE 1.834.967 1.601.081propia 1.903.227 1.731.807 2009 1.595.608 2009 92.251 1.595.608 63.242 92.251 63.2420 43.6440 12.661 43.644 12.6610 0 0 10.6210 10.583 10.621 6.357 10.583 6.3570 1.834.9670 Anexo - Exportaciones Mundiales de Ajo Fresco Agosto de 2014 | NossoAlho | 43 Artigo Palestra ministrada por Rafael Corsino no 2º Forum sobre o Ensino de Olericultura no Brasil na Universidade Federal do Tocantins, na cidade de Palmas-TO Ensino de Olericultura: visão do empregador O aluno de agronomia sai da universidade para o mercado de trabalho com a sensação de não saber nada, o que não é privilégio dos recém formados em agronomia, mas da maioria dos cursos de graduação. Contudo, as ferramentas para adquirir conhecimento são bastante amplas e variadas, tais como estágios, dias de campo, participação em congressos e especialização. No meu ponto de vista o que falta nos cursos de graduação é a for‑ mação de profissionais que tenham como característica principal o es‑ pírito empreendedor e inovador. As faculdades devem formar alunos que tenham vontade de voltar para a faculdade para se aprimorarem cada vez mais e não pela simples necessidade de terem um diploma. Rafael Jorge Corsino Matrice Consultoria em Agronegócios Isto posto, realço que a olericultura é um ramo da horticultura que abrange a exploração de um grande número de espécie de plantas (abrange 60 hortaliças), comumente conhecidas como hortaliças e que engloba culturas folhosas, raízes, bulbos, tubérculos e frutos diversos, conforme relata o saudoso professor Fernando Filgueira no seu livro Novo Manual de Olericultura (2008). 44 | NossoAlho | Agosto de 2014 A olericultura é uma atividade agro econômica altamente intensiva em seus mais variados aspec‑ tos, em contraste com outras atividades agrícolas extensivas. Sua exploração econômica exige alto in‑ vestimento na área trabalhada, em termos físicos e econômicos. Em contrapartida, possibilita a obten‑ ção de elevada produção física e de alto rendimento bruto e líquido por hectare cultivado e por hectare/ ano. Outras características importantes nos empre‑ endimentos hortícolas são a intensa utilização de tecnologias modernas, constante mudança, e o re‑ duzido tamanho da área ocupada, porém, intensiva‑ mente utilizada, tanto no espaço quanto no tempo. É preciso que os alunos de olericultura e, também as instituições de ensino, estejam atentos às tendên‑ cias de mercado uma vez que o sucesso das empresas que atuam no agronegócio depende do atendimento às exigências dos consumidores finais e do aumento da competitividade no mercado. Para tanto, os pro‑ fissionais devem estar preparados para enfrentarem novos desafios, incorporando ao conhecimento tec‑ nológico o conhecimento holístico do agronegócio, desde o sistema de produção da cultura hortícola até a comercialização do produto final e a interação com o meio ambiente. Dessa forma as mudanças do mundo do trabalho exigem profissionais: • Capazes de se relacionar com o público; • Capazes de se comunicarem, tanto verbalmente como pela escrita; • Com experiência técnica de qualidade; • Com conhecimento tecnológico atualizado; • Com qualificação profissional continuada; • Capazes de trabalhar em equipe; • Com capacidade de geração e implantação de novas tecnologias; • Criativos; • Capazes de antever, identificar e solucionar problemas; • Responsabilidade social e ambiental; Agosto de 2014 | NossoAlho | 45 Artigo Assim o graduado em agronomia que busca traba‑ a busca da eficiência, procuram um profissional lhar com olericultura deve possuir o seguinte perfil: com o perfil de empreendedor corporativo. Assim, investir na disseminação organizada do empreen‑ • Capacidade de usar o conhecimento e dedorismo será fator fundamental de progresso as tecnologias como instrumentos para econômico e social e também fonte de geração de compreender e propor soluções práticas novos empregos. e viáveis para os problemas do setor; Quando analisamos a raiz da palavra “empreen‑ • Atitudes tais como: curiosidade, criatividade, dedor” do francês entrepreneur, verificamos que sig‑ flexibilidade, espírito crítico, humildade nifica “fazer algo”. Uma das primeiras definições da científica, autonomia, responsabilidade, palavra “empreendedor” foi elaborada no início do respeito pela vida e pela natureza; século XIX pelo economista francês J.B. Say, como • Habilidade de organizar e comparar aquele que “transfere recursos econômicos de um informações, estruturando-as e participando setor de produtividade mais baixa para um setor de do processo de produção do saber; produtividade mais elevada e de maior rendimento”. O termo “entrepreneur” foi incorporado à língua • Capacidade de testar ideias, inglesa no início do século XIX. Entre os economis‑ formular hipóteses, observar, tas modernos, quem mais se debruçou sobre o tema contextualizar e planejar; foi Joseph Schumpeter, que teve grande influência • Consciência do papel da ciência e sobre o desenvolvimento da teoria e prática do em‑ da tecnologia no desenvolvimento preendedorismo. Em seus estudos, ele o descreve socioeconômico regional mitigando como a “máquina propulsora do desenvolvimento o impacto ambiental; da economia. A inovação trazida pelo empreende‑ dorismo permite ao sistema econômico renovar-se e • Importância da formação continuada progredir constantemente.” De acordo com Schum‑ e aprimoramento de conhecimentos peter (1975), “sem inovação, não há empreendedo‑ científicos e tecnológicos; res, sem investimentos empreendedores, não há re‑ • Inteligência emocional, consciência torno de capital e o capitalismo não se propulsiona.” ambiental valores éticos profissionais, de O empreendedorismo é hoje um fenômeno global, respeito e tratamento com as pessoas. sobre o qual diversas instituições públicas e privadas • Capacidade de comunicação: têm investido para pesquisar e incentivar. Existe Capacidade para desenvolver estudos uma clara correlação entre o empreendedorismo e e pesquisas com vistas a minimizar o crescimento econômico. Os resultados mais explí‑ problemas sociais e ambientais. citos manifestam-se na forma de inovação, desen‑ Podemos concluir do perfil desejado pelo merca‑ volvimento tecnológico e geração de novos postos do de trabalho que o conhecimento técnico não é de trabalho. A riqueza gerada pelos empreendedores o fator de maior peso na hora da contratação do contribui para a melhoria da qualidade de vida da profissional, mas sim um perfil empreendedor e éti‑ população e, não raras vezes, é reinvestida em novos co. O empreendedorismo, ainda que presente em empreendimentos e, de maneira indireta, nas pró‑ toda a história econômica contemporânea é hoje prias comunidades. um fenômeno global dado as profundas mudanças O processo de empreender envolve todas as fun‑ nas relações internacionais entre países e empresas, ções, atividades e ações associadas à percepção de no modo de produção, nos mercados de trabalho e oportunidades e à criação de organizações que bus‑ na formação profissional. cam organizadamente estas oportunidades. Cinco O que observo como empregador e agrônomo elementos ou qualidades são fundamentais na ca‑ é que as empresas que têm dentre seus objetivos racterização de um empreendedor: 46 | NossoAlho | Agosto de 2014 • Criatividade e inovação: empreendedores conseguem identificar oportunidades, grandes ou pequenas, onde ninguém mais consegue notar; • Habilidade ao aplicar esta criatividade: eles conseguem direcionar esforços num único objetivo; criatividade e um alto nível de energia, o empreen‑ dedor demonstra imaginação e perseverança, aspec‑ tos que, combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma idéia simples e mal-estruturada em algo concreto e bem-sucedido no mercado (CHIAVENATO, 2007). De certo, o futuro profissional da olericultura deve ser empreendedor e pautar-se sempre pela busca da • Força de vontade e fé: eles acreditam inovação, ainda que precise compatibilizar os inte‑ fervorosamente em sua habilidade resses gerais da empresa que trabalha. Dessa forma, de mudar o modo como as coisas não basta que seja competente, entusiasmado, ativo são feitas e têm força de vontade e e preparado. Também é preciso que seja racional, paixão para alcançar o sucesso; flexível, tolerante e persistente. Deve ser o responsá‑ • Foco na geração de valor: eles desejam vel por procurar novos parceiros e investigar novas fazer as coisas da melhor maneira possível, tecnologias e oportunidades de negócios. No am‑ do modo mais rápido e mais barato; biente interno, terá como atribuições mobilizar pes‑ • Correr riscos: quebrando regras, encurtando soas, aproveitar inteligentemente recursos materiais distâncias e indo contra o status quo. e financeiros, potencializar e adaptar os mecanismos Na verdade, o empreendedor é a pessoa que con‑ produtivos já existentes, modificar hábitos e regu‑ segue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de larmente prestar contas de suas iniciativas. Enfim, sensibilidade para os negócios, tino financeiro e precisa atuar também com diplomacia e administrar capacidade de identificar oportunidades. Com esse interesses eventualmente divergentes. Deve ser um arsenal, transforma idéias em realidade, para benefí‑ expert em relacionamentos e precisa cultivar a hu‑ cio próprio e para benefício da comunidade. Por ter mildade para aprender permanentemente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Filgueira, F.A.R Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3 edição. Viçosa. UFV, 2008. 421p. CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor: empreendedorismo e viabilidade de novas empresas : um guia efi ciente para iniciar e tocar seu próprio negócio. 2 ed. rev. E atualizada. São Paulo. Saraiva, 2007. SCHUMPETER, J. Capitalism, Socialism and Democracy. New York: Harper, 1975. Agosto de 2014 | NossoAlho | 47 Artigo Pesquisas da EPAGRI buscam estabelecer novas tecnologias de produção na cultura do alho em Santa Catarina Dr. Anderson Luiz Feltrim Engenheiro Agrônomo Pesquisador em Produção Vegetal - Olericultura Caçador-SC As características de relevo, clima e estrutura fun‑ diária e social propiciaram com que a horticultura se tornasse uma atividade primordial nas pequenas propriedades do estado de Santa Catarina. Isto fez com que a cultura do alho, entre outras culturas de alta densidade econômica, se desenvolvesse ao pon‑ to de ser, por um longo período, uma das principais atividades econômica de vários municípios do estado. 48 | NossoAlho | Agosto de 2014 O estado de Santa Catarina é um dos principais produtores de alho nobre, respondendo atualmente por cerca de 17,6% da produção nacional. O uso intensivo de mão de obra, tecnologia e capital, tem viabilizado a pequena e média propriedade nas re‑ giões produtoras, sendo, portanto, o alho um pro‑ duto de grande importância socioeconômica para o estado. produtiva de alho no Brasil, como uma das mais importantes alternativas para melhorar a produtivi‑ dade das lavouras. Tais sementes, embora de preço superior às produzidas pelo método convencional, têm a vantagem de serem isentas de doenças causa‑ das por vírus, além de apresentarem maior poten‑ cial para produtividade. Com relação à produção, verifica-se aumentos que variam de 8,8 a 99,8% No entanto, os últimos quinze anos foram um pe‑ para plantas com limpeza de vírus provenientes da ríodo crítico para a produção de alho, não só em cultura de tecidos em relação às multiplicadas de Santa Catarina, mas em todo o país. O alto volume forma convencional, infectadas com vírus. de importação com baixos preços, principalmente Notoriamente, a limpeza de vírus proporcionou da China, reflete diretamente na permanência do ganhos consideráveis na produtividade. Por outro pequeno produtor nesta atividade. A baixa produ‑ lado, as recomendações de adubação nos estados de tividade e o alto custo de produção estão entre as Santa Catarina e Rio Grande do Sul ainda são base‑ causas que mais contribuem para agravar a crise. adas nas calibrações realizadas na década de 80 e 90, Para que os produtores obtenham melhor rentabi‑ num período em que o nível tecnológico e as produ‑ lidade com a cultura, permanecendo na atividade e tividades eram bem inferiores e, o mais importante, contribuindo para diminuir a dependência do Bra‑ para cultivares infectada com vírus, que apresentam sil da importação, é necessário que todos os fatores crescimento e produtividade de bulbos limitados. influentes na produção estejam otimizados. Desta forma, as doses destes nutrientes atualmen‑ Entre estes fatores, o fornecimento de nutrientes te recomendadas podem não estar de acordo com em quantidades e proporções adequadas via solo, a necessidade das plantas, não permitindo que as sua complementação via fertilizantes e o acompa‑ plantas expressem todo seu potencial produtivo. nhamento do status nutricional da planta são etapas Profissionais que prestam assistência e produtores crucias para o sucesso na atividade. Estas etapas de‑ de alho, desacreditados das atuais recomendações vem ser avaliadas e acompanhadas pela análise do de adubação para o alho livre de vírus, acabam uti‑ solo e de tecido vegetal anualmente ou durante o lizando doses e fontes de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) não condizentes com as necessidades ciclo cultural. das plantas. Paralelo a isso, a utilização de sementes livres Diante desse cenário, que está exigindo rápi‑ de vírus, produzidas a partir de técnicas de cultura de tecidos de plantas, surgiu recentemente na cadeia das mudanças do setor produtivo a EPAGRI, Agosto de 2014 | NossoAlho | 49 Artigo Estação Experimental De Caçador, em consonân‑ cia com os interesses da cadeia produtiva do alho, organizada na Associação Nacional de Produtores de Alho (ANAPA), Associação Catarinense de Pro‑ dutores de Alho (ACAPA) e Cooperativa do Alho (Cooperalho) está empenhada no desenvolvimen‑ to de pesquisas visando disponibilizar tecnologias de cultivo que atendam às expectativas em relação ao aumento da produtividade das lavouras de alho, observando a diminuição de custos de produção, bem como o racionamento de insumos. Entres as linhas de pesquisa em desenvolvi‑ mento na Epagri destaca-se o estabelecimento de novas recomendações de N, P e K que serão de‑ senvolvidas pelos pesquisadores Drs. Anderson Luiz Feltrim e Leandro Hahn. Outro aspecto a ser estudado é a definição dos teores críticos de N, P e K no solo e estabelecer as faixas de valores de nutrientes considerados adequados em folhas de alho. Estes experimentos serão instalados na safra de 2015 nas principais regiões produtoras de alho de SC. O pesquisador Feltrim determinou, em pesquisa recentemente finalizada, as curvas de absorção de nutrientes, que de modo mais efetivo, auxiliam no programa de adubação, principalmen‑ te na quantidade dos diferentes nutrientes que de‑ vem ser aplicados nos distintos estádios fisiológicos da cultura, para evitar desequilíbrios nutricionais pelo fornecimento errôneo de nutrientes em ferti‑ lizações sub ou superestimadas. Desta forma, uso eficiente de fertilizantes deve priorizar qual fonte de fertilizante utilizar, quando e como aplicar e qual o retorno econômico. oferta dessas sementes, é que, em médio prazo, a produtividade média das lavouras de alho em Santa Catarina chegue a 12 toneladas de bulbos por hectare. A pesquisa para limpeza de vírus das culti‑ vares teve início no ano de 2005 e já atendeu, até o momento, mais de 300 produtores de alho, de Santa Catarina e do Brasil. Estas pesquisas buscam subsidiar os produtores de alho de SC com informações úteis para alavan‑ Além de pesquisas na área de adubação e nutrição car a produção desta importante hortaliça e ofertar de plantas, o pesquisador Dr. Renato Luís Vieira aos produtores de alho uma semente livre de vírus, vem desenvolvendo um projeto visando erradi‑ melhorando a competitividade dos mesmos frente car vírus das lavouras de alho de Santa Catarina. aos alhos importados. O alho é uma espécie de propagação vegetativa, ou seja, a semente utilizada para formar novos culti‑ vos é o próprio bulbilho (dente do alho) e, em fun‑ ção disso, os vírus perpetuam nas plantas ao longo dos anos, causando doenças e impedindo que a planta expresse seu verdadeiro potencial produtivo. A produtividade média do alho catarinense hoje é de 7,8 toneladas por hectare, acima da produtivida‑ de média brasileira que atinge em torno de 6,2 to‑ neladas por hectare. A expectativa da Epagri, com a 50 | NossoAlho | Agosto de 2014 Aspectos do mercado de cebola argentino Produção, exportação e importação Junho de 2014 Eng. Agr. Daniel Iurman Eng. Agr. Julián Pérez Pizarro 1. Introdução A produção de cebola é a atividade em destaque do Vale Bonaerense do Rio Colorado no sul da Provin‑ cia de Buenos Aires. Nessa região se produz mais do 50% da cebola que é consumida na Argentina e mais do 80% da exportação. Nesse informe apresenta-se o panorama da situação da produção e comercialização de Argentina. 2. Produção na Argentina Eng. Agr. Daniel Iurman INTA EEA Hilario Ascasubi Na Argentina encontram-se três grandes regiões produtoras de ce‑ bola de importância na oferta nacional e para a exportação. A região norte com Santiago del Estero e Salta, a região centro oeste com as provincias de San Juan e Mendoza e a região sul com Buenos Aires e os vales patagônicos da Provincia de Rio Negro (Figura nº1). Agosto de 2014 | NossoAlho | 51 Artigo Região Centro oeste Mendoza e San Juan2 Figura Nº1: Regiões produtoras de cebola na Argentina Algumas características em destaque de cada região: Região Norte Santiago del Estero e Salta1 •Predominam as cebolas de dias curtos, do tipo valenciana. Nas últimas zafras foram realizadas as primeiras experiências com cebolas de cor (brancas e roxas). •A oferta é concentrada de agosto até os primeiros dias do mês de novembro e o destino é exclusivamente o mercado interno. Excepcionalmente realizam-se envios ao Brasil. •Na zafra 2013/14 estima-se uma superfície cultivada de 4.600 hectares com produtividade média de 15-20 tons/ha. •A superfície cultivada final de uma zafra está condicionada pela disponibilidade de recursos económicos dos produtores e pelas condições climáticas, principalmente chuvas durante o período de semeadura (março e abril). •A estimativa de produção é de 50.000 até 75.000 toneladas ao ano. 1 - Informações fornecidas pelos Engs. Eve Luz Yñiguez e Fernando Fernández do INTA Santiago del Estero 52 | NossoAlho | Agosto de 2014 •Predominam as cebolas de dias intermédios e compridos. •A oferta principal é de outubro a fevereiro. O principal destino é o mercado interno. •Dos 6.000 hectares históricos que foram cultivados na região, hoje são plantados menos da metade. •Em Mendoza a tendência é semear variedades de ciclo curto •Na zafra 2011/12 foram semeadas estimativamente 1.600 hectares de cebola valenciana e torrentina e 400 hectares de cebolas valencianas. 3 •Em San Juan são semeadas aproximadamente 700 hectares, de ciclo comprido principalmente. Muitos produtores ceboleiros têm migrado para a pecuária. •A produtividade média é de 25 - 40 toneladas por hectare. •Destaca-se a produção de semente de cebola, com aproximadamente 350 hectares ao ano. •A produção estimada de cebola é de 50.000 a 80.000 toneladas anuais 2 - Informação do IDR de Mendoza e dados do Eng. Agr. Daniel Allende, INTA Jáchal (San Juan) 3 - Levantamento hortícola zafra 2011/12, IDR Região Sul Buenos Aires e vales patagônicos do Rio Negro •Predominam cebolas de dias compridos para o mercado interno e exportação. •Aluguel médio de 15 toneladas por hectare (600 sacas de 25 kg cada). •Foram semeados 12.000 hectares em Buenos Aires no Vale Bonaerense do Rio Colorado (VBRC)4 e 3.500 hectares aproximadas em Rio Negro5. •Estão se realizando maiores controles por parte dos Estados provincial e nacional na atividade, em relação a questões impositivas e cadastro de trabalhadores. •É a principal região de exportação de cebola ao Brasil. •Existem atravessadores brasileiros que trabalham exclusivamente com o produto argentino. A maioria deles moram em Porto Xavier. •A cebola gera o maior valor bruto agropecuário do Vale. •A estimativa da oferta para a região sul pode chegar até 450.000 toneladas7 •Superfície flutuante entre 12 e 16 mil hectares (gráfico nº1) •Porém, a oferta das três principais regiões produtoras é de 600.000 toneladas/ano. •O sistema de semeadura utilizado é de 70% em sulco e 30% em tablón6. 4 - Base de datos CORFO - UNS 5 - Fonte: Eng. Úrsula García Lorenzana (FunBaPa) 6 - Base de dados CORFO - UNS 7 - Considera-se 12% de perda dos lotes e 15% de perda de poscolheita. Não implica que seja comercializada. •Predomina irrigação por gravidade. Realizam-se entre 800 e 1.000 hectares de irrigação por aspersão. •Aproximadamente um 30% da produção da colheita é mecânica e com tendência a acrescer, com média de 100 colheitadeiras. A grande maioria delas é fabricada na região. •Os custos de produção flutuam entre 5500 e 8200 reais por hectare segundo o caso, tipo de produtor, etc. •Produtividade média de 40 - 50 toneladas/ha. 20.000 18.000 16.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 05 05 /0 6 20 06 /0 7 20 07 /0 8 20 08 /0 9 20 09 /1 0 20 10 /2 01 1 20 11 /2 01 2 20 12 /2 01 3 20 13 /2 01 4 4/ 20 03 /0 4 20 0 20 20 02 /0 3 01 01 /0 2 0/ 20 00 0 /2 20 0 99 19 99 98 8/ 7/ 19 9 97 6/ 19 9 19 9 95 /9 6 0 19 Fonte: Base de dados CORFO - UNS 14.000 Has Gráfico nº1: Superfície com cebola no VBRC (em hectares) Agosto de 2014 | NossoAlho | 53 Artigo 3. Comercialização de cebola 3.1. Mercado interno argentino Na Argentina o consumo interno flutua entre 10 a 12 kg/hab/ano, o que representa uma estimativa de demanda de 40.000 toneladas de cebola ao mês. No Mercado Central de Buenos Aires a oferta do produto é abastecida pela região sul (Buenos Aires e Rio Negro) de fevereiro até setembro, e de outubro até janeiro pelas regiões norte (Santiago del Estero) e centro oeste (Mendoza e San Juan). Embaixo apresenta-se a tabela nº1 com estimativa de cebola comercializada por cada região por mês, o valor total e valores de exportação médios dos últi‑ mos anos. Observa-se na tabela nº1, que os meses de março a julho são os de maior excedente de oferta de cebo‑ la argentina. Essa é a mercadoria que se oferece ao mercado externo. Em geral o mercado interno está fornecido com o produto nacional, embora em ou‑ tubro, novembro tem tido faltantes de cebola, con‑ tudo pela falta de oferta da região norte. Ingresos mensuales al Mercado Central de Buenos Aires Por regiones en toneladas. Fuente: MCBB Buenos Aires y Río Negro Mendoza y San Juan SanAago del Estero Otros 10.000 9.000 Gráfico nº2: Ingressos de cebola ao Mercado Central de Buenos Aires (toneladas) Fonte: Elaboração própria em base e dados da Corporación del Mercado Central de Buenos Aires 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 0 Tabela nº1: Estimativa do volume de cebola disponível para comercializar por mês para cada uma das principais regiões (Miles de toneladas). Fonte: Elaboração própria 39814 39845 39873 39904 39934 39965 39995 40026 40057 40087 40118 40148 40179 40210 40238 40269 40299 40330 40360 40391 40422 40452 40483 40513 1.000 Centro Sul Total Janeiro Norte 25 15 40 Fevereiro 5 35 40 Exportação Março 60 60 20 Abril 80 80 40 Maio 90 90 50 Junho 80 80 40 Julho 55 55 15 5 Agosto 5 40 45 Setembro 15 25 40 Outubro 25 5 35 Novembro 10 20 5 35 Dezembro 5 25 10 40 Total 70 80 450 600 54 | NossoAlho | Agosto de 2014 5 170 16.000 2004 10.000 2005 8.000 2006 6.000 2007 2008 4.000 2009 Tem sido pouco importante o volume de impor‑ tação de cebola (média de 4.630 toneladas no pe‑ ríodo 2003/2013). O máximo valor atingido foi de quase 30 mil toneladas em 2007, todas do Bra‑ sil. Também se registram anos com ingressos do Chile. Os meses de maior entrada de mercadoria coincidem com o fim da oferta do sul e o começo da oferta da região norte (gráfico nº3). e N ov ie m br e D ici em br e Oc tu br Ju ni Ju ay M ril Ab En 3.2. Importações argentinas de cebola lio Ag os to 2011 o 0 o 2010 2.000 er o Fonte: SENASA. Oficina de Estatísticas de Comercio Exterior. 2003 12.000 Fe br er o M ar zo Gráfico nº3: Importações argentinas de cebola (tons/mês). Período 2003/2013 Toneladas / mesítulo del eje 14.000 2012 2013 Gráfico nº4: Exportações argentinas de cebola em 2011 e 2013 2Paraguay 3% Otros 2% 2013 Total: 229.672 ton España, Francia, Italia 0% 3.4. Exportações argentinas de cebola Argentina é um dos principais exportadores mundiais de cebola pelo volume comercializado, ocupando entre o sétimo e décimo lugar de acordo ao ano segundo dados da FAO. A cebola é a prin‑ cipal hortaliça argentina de exportação em volu‑ me com 250 mil toneladas em 2010 e terceira em valor, com 106 milhões de u$s esse ano (primeiro alho com 186 e logo do feijão com 127 milhões de u$s respectivamente). O principal destino históri‑ co das exportações de cebola Argentina é o Brasil, seguido pela União Europeia e outros países da América do Sul. No gráfico nº4 apresentam-se os dados de exportação de 2011 e 2013. Nesse grá‑ fico pode se enxergar a importância do mercado brasileiro como destino do produto argentino. No gráfico n° 5 se apresentam os volumes expor‑ tados ao Brasil do ano 1997 até 2013. A principal flutuação se produz entre fim e começo do século passado. O elevado ingresso de cebola argentina ao Brasil 95% España, Holanda, Italia 9% Otros 2Paraguay 3% 6% 2011 Total: 212.361 ton Brasil 82% Fonte: SENASA. Oficina de estadísticas de comercio exterior Agosto de 2014 | NossoAlho | 55 Artigo Brasil: Importación de cebolla argen5na Ton/año. Fuente: Secretaría de comercio exterior Brasil 350000 Gráfico nº5: Evolução das exportações Argentinas ao Brasil (tons/ano) Fonte: Secretaria de Comercio Exterior do Brasil. 300000 250000 200000 150000 100000 50000 0 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 mercado brasileiro produz sérios inconvenientes para os produtores brasileiros, que ainda hoje lembram do fato. Essa elevada exportação é coincidente com os picos de superfície plantada no sul, produto de anos anteriores de bons preços. A sobre oferta produziu preços extremadamente baixos. O preço passou de 30 dólares a 0,50 dólares por saca de 25 quilos na região sul. Los últimos anos também tem se acrescen‑ tado a flutuação na demanda desde o Brasil. Quanto à época do ano do ingresso da cebola argentina ao Brasil, as exportações se concentram de março até ju‑ nho (gráfico nº6). Observa-se também a diferencia entre os dos últimos anos. Exportações totais por região produtora (período 2003/2013) No gráfico nº7 observa-se como a província de Buenos Aires é a principal origem de exportação da cebola argentina. 56 | NossoAlho | Agosto de 2014 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 Pontos de saída da mercadoria argentina Existem cidades de fronteira muito vinculadas com a comercialização da cebola. No gráfico nº8 se observa a importância que tem tido o comercio da cebola pela fronteira San Javier (Argentina) /Porto Xavier (Brasil). Existe uma infraestrutura organizada nesse local que tem se especializado na questão cebola, e é um ponto de oferta da cebola argentina no Brasil. Esses impor‑ tadores e exportadores brasileiros em alguma medida tracionam o fluxo da cebola argentina no Brasil. Ou‑ tro passo fronteiro que tem destaque é Santo Tomé/ São Borja. É uma fronteira integrada, a onde a análise da mercadoria é feito em forma conjunta entre técni‑ cos argentinos e brasileiros, o que tem como finalida‑ de uma maior agilidade no trâmite a realizar. 80000 70000 Gráfico Nº6: Escoamento das exportações argentinas ao Brasil (tons/mês) 60000 50000 40000 30000 Fonte: SENASA. Oficina de estadísticas de comercio exterior 20000 10000 0 Ene Feb Mar Abr May Jun Promedio 2003/2012 Jul Ago Set Oct Nov Dic 2013 2014 1800000 Fonte: SENASA. Oficina de estadísticas de comercio exterior 1600000 Toneladas Gráfico nº 7: Exportações totais por província (2003/2013) 1400000 2013 1200000 2012 1000000 2011 2010 800000 2009 600000 2008 400000 2007 200000 2006 0 2005 Buenos Aires Río Negro Mendoza 9San Juan 2004 2003 Provincia Gráfico nº8: Exportação por ponto de saída (média 2005/2011) B. de Irigoyen/ Dionisio Cequeira 16% Santo Tomé/Sao Borja 25% Puerto Iguazú 3% San Javier/Porto Xavier 55% Fonte: FUNBAPA Evolução das exportações a Europa da região Sul Essa situação de acréscimo da oferta da cebola na Eu‑ ropa se vê também refletida na queda da demanda do produto argentino até a Europa (gráfico nº9). Pode se observar uma tendência à queda dos volu‑ mes exportados. Os resultados comerciais das últimas zafras estão, sem dúvida, influenciados pelo acréscimo na produ‑ ção e as melhores condições de armazenagem de cebo‑ la na Europa. Isto é devido a uma menor demanda na Europa e pelo fato da concorrência da cebola europeia no mercado brasileiro, principal destino de exportação da cebola argentina. Agosto de 2014 | NossoAlho | 57 Artigo Exportaciones a Europa desde Bs. As. Toneladas por año. Fuente: Funbapa 50.000 45.000 40.000 Gráfico nº9: Exportações da região sul até Europa (tons/ano) Fonte: FunBaPa 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 3.5. Alguns pontos para avaliar as perspectivas futuras de produção e exportação de cebola na Argentina Fatores positivos: Fatores negativos: •Desenvolvimento de novas áreas produtoras, novos investimentos. •Alta dependência do mercado brasileiro (muito instável). •Expectativa de bons preços caso cair a oferta. •Dificuldade para regularizar parte da produção frente aos controles do Estado. •Falta de água para irrigação. Pivô Valley ® O melhor investimento do mercado. 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Aqui estão algumas informações sobre alho, com dados trabalhados da FAOSTAT. 1. A produção mundial de alho está crescendo mais que a popula‑ ção, sinal de um grande aumento de consumo. 2. A população mundial cresceu 133 vezes entre 1960 e 2011 - de 3 bilhões para 7 bilhões. A população prevista para 2083 é de 10 bilhões de pessoas. 3. A produção de alho cresceu 447 vezes entre 1961 e 2011 - de 4 milhões de toneladas para 23 milhões de toneladas. 4. A China é a maior produtora de alho de 1961 (81%) a 2011 (83%). A participação chinesa caiu em alguns períodos e se recu‑ perou. A produção de alho chinês cresceu mais de 4 vezes entre 1961 e 2011 – de 3,4 para 19 milhões de toneladas. Evolução da população mundial e da produção de alho, entre 1961 e 2011, com base no ano de 1961 450 400 350 300 Produção 250 População 200 150 100 50 0 Anita de Souza Dias Gutierrez Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP -‐50 60 | NossoAlho | Agosto de 2014 1961 1970 1980 1990 2000 2005 2011 5. O Brasil está entre os quinze maiores produ‑ tores de alho do mundo. A sua participação na produção mundial se mantém acima de 0,5%, tendo chegado a mais de 1% em 1990, um ano de baixa produção na China. O cres‑ cimento da sua produção tem sido contínua – quatro vezes entre 1961 e 2011. 6. Os cinco maiores produtores em 1961 foram China, Espanha, Índia, Egito e Itália com 91% da produção mundial. Em 2000 os cin‑ co maiores produtores foram: China, Índia, República da Coréia, Egito e Estados Unidos, com 86% da produção mundial. O ano de 2011 mostrou algumas mudanças com China, Índia, Egito, República da Coréia e Federação Russa, como os cinco maiores produtores. 7. Alguns países, conhecidos como produtores de alho diminuíram a sua participação como a Espanha, que foi de 3,23% para 0,61% da produção mundial, a França que produzia 0,88% da produção mundial e em 2011 não teve registro de produção. 8. Outros países aumentaram bastante a sua produção como os Estados Unidos, que foi de 0,31 para 0,83%, Miamar que foi de 0,38 para 0,93%, o Bangladesh que foi de 0,80 para 0,91% e a Índia que foi de 3,10 para 4,61% da produção mundial, entre 1961 e 2011. 9. A Argentina e o Brasil são países com parti‑ cipação na produção mundial semelhante – 0,72 e 0,65% respectivamente e variação de participação inferior a 5% entre 1961 e 2011. A produção dos dois países cresceu mais de quatro vezes no período, mas a sua participa‑ ção na produção mundial continua pequena. COMÉRCIO INTERNACIONAL DE ALHO, SEGUNDO A FAOSTAT Aqui estão algumas informações sobre o comér‑ cio internacional de alho, com dados trabalhados da FAOSTAT. 1. O volume de alho no mercado internacional cresceu 51 vezes entre 1961 e 2011 – de 38 mil toneladas para quase 2 milhões de tonela‑ das em 2011. A produção de alho, no mesmo período, cresceu 4,47 vezes - de 4 para 23 mi‑ lhões de toneladas. 0 2. A participação do comércio internacional no escoamento da produção de alho cresceu mui‑ to – de 0,90 para 8,50% da produção mundial. 3. Os dez países maiores importadores de alho em 1961 foram o Brasil (22,55%), Estados Unidos (20,30%), Cuba (15,03%), França (15,03%), Malásia (8,53%0, Sri Lanka (6,27%), Áustria (3,73%), Alemanha (2,67%), Itália (2,33%) e Singapura (2,13%) – 94% do total. 4. Os dez países maiores importadores de alho em 2011 foram Indonésia (30,74%), Bra‑ sil (12,00%), Vietnam (10,82%), Malásia (6,45%), Estados Unidos (5,31%), Federação Russa (4,28%), Paquistão (3,54%), Emirados Árabes (3,39%), Bangladesh (2,23%) e Ará‑ bia Saudita (3,23%) – 82,61% do total. 5. A FAOSTAT registrou, no período entre 1961 e 2011, 43 países importadores de alho. A sua composição teve grandes mudanças, ao longo dos anos. Agosto de 2014 | NossoAlho | 61 Artigo 6. A entrada da China no mercado internacio‑ nal de alho causou uma grande revolução na composição dos países exportadores de alho. Em 1961, 10 países responderam por 94% do volume: Itália, Argentina, Espanha, México, Chile, Peru, Índia, Singapura e Malásia. Em 2011, 13 países responderam por 98% da ex‑ portação de alho: China, Argentina, Espanha, Holanda, México. França, Estados Unidos, Itália, Chile, Malásia, Emirados Árabes, Peru. 7. A participação da grande maioria dos maio‑ res países exportadores de alho em 1961 caiu muito ou quase desapareceu. A participação da Itália diminuiu 49 vezes, a do Peru 28 ve‑ zes, a do México 19 vezes, a da Argentina e da Espanha 4 vezes cada uma, a da Índia e Sin‑ gapura despareceram, entre 1961 e 2011. A participação da China cresceu muito. Outros países que cresceram foram a Holanda, os Es‑ tados Unidos, a Malásia e os Emirados Árabes. 62 | NossoAlho | Agosto de 2014 8. Os Estados Unidos são grandes produtores, exportadores e importadores de alho. A sua participação no volume exportado chegou a 4% em 1990 e caiu para 0,60% em 2011. A sua participação na importação caiu – de 20% em 1961 para 5% em 2011. A sua produção cresceu 14 vezes no mesmo período – de 13 mil toneladas em 1961 para 191 mil tonela‑ das em 2011. 9. O Brasil é um grande produtor e importa‑ dor de alho. A sua participação no volume importado no mundo caiu de 22% em 1961 pra 12% em 2011 – de 8.451 toneladas para 163.623 toneladas – um crescimento de 19 vezes no volume importado. 10.O crescimento do volume importado e a diminuição da participação na importação mundial é possível pelo grande crescimento do volume de alho no mercado internacional. Estande em Cebola Fator fundamental para o sucesso do empreendimento O sucesso na produção de cebola depende de vários fatores, a começar pela escolha da variedade, do local e da época de plantio, passando pela correção e aduba‑ ção do solo, pelo manejo cultural (adubações comple‑ mentares, controle de plantas infestantes, irrigação) e controle de pragas e doenças, chegando a questões re‑ lacionadas à colheita e pós-colheita e à comercialização. Entretanto, o estabelecimento de um bom estande, ou seja, uma população de plantas por área adequada é, provavelmente, o fator mais importante para o sucesso no empreendimento como um todo. Em outras pala‑ vras, se uma lavoura de cebola está com estande pleno aos 30 dias, é bem provável que ela renderá uma boa produtividade, inclusive conseguindo‑se estimar a pro‑ dução com relativo grau de precisão, diferentemente do que ocorre, por exemplo, com tomate ou batata. Nuno Rodrigo Madeira Valter Rodrigues Oliveira Embrapa Hortaliças Brasília-DF O cultivo de cebola pode ser feito por diferentes métodos, com des‑ taque para o transplante de mudas produzidas em canteiros ou em bandejas e o semeio diretamente no local definitivo. Este último tem aumentado nos últimos anos em todas as regiões produtoras. No Cer‑ rado mineiro e goiano, toda cebola é cultivada por esse método, salvo raras exceções como produção orgânica e produção para autoconsumo em quintais. No Estado de São Paulo, a semeadura direta representa cerca de 60 a 70% da área, cerca de 30% no Nordeste e no Sul do país, onde não era comum até poucos anos, a semeadura direta já ocupa Agosto de 2014 | NossoAlho | 63 Artigo uns 25% da área, com destaque para as regiões de Ituporanga, SC, e Irati, PR. Como as falhas ocorrem predominantemente na fase inicial de estabelecimento da cultura, pelo mé‑ todo do transplante de mudas, o estande fica auto‑ maticamente definido no momento do transplante. Entretanto, esse método vem perdendo espaço pela grande exigência em mão-de-obra e pela dificul‑ dade de estabelecer estandes maiores que 600.000 plantas por hectare, o que limita o atingimento de maiores níveis produtivos e melhor padroniza‑ ção na distribuição de bulbos em classes de tama‑ nho. Assim, o que se observa é o avanço do cultivo de cebola pelo método de semeadura diretamente no local definitivo. Entretanto, esse método exi‑ ge maior investimento em máquinas e, na grande maioria dos casos, em irrigação e maior tecnifica‑ ção da lavoura, com maiores cuidados com relação ao controle de plantas infestantes na fase inicial. Por esse método, tem‑se o desafio de distribuir as sementes na quantidade e uniformidade desejadas para que se obtenha o máximo do potencial produ‑ tivo da cultura, considerando as particularidades de clima e época de plantio e as características genéti‑ cas da cultivar escolhida. Pode-se realizar a semeadura direta de cebola pelo sistema de plantio convencional com preparo de solo por meio de subsolagem e/ou aração, gra‑ dagem e passada de enxada rotativa. A depender da área, inúmeras passadas de máquinas podem ser necessárias, havendo relatos de até 10 passadas de máquina até a semeadura. A adubação costuma 64 | NossoAlho | Agosto de 2014 ser realizada em área total entre duas passadas de enxada rotativa e o encanteiramento é simultâneo à passada da rotativa. Há iniciativas de semeadura direta sem encan‑ teiramento ou em canteiros baixos de base larga, o que pode ser realizada em solos bem drenados e em épocas com baixo índice de chuvas. Pelo sistema de plantio direto (SPD), tem-se o plantio da cebola sobre a palhada de resíduos culturais de plan‑ tas de cobertura previamente cultivadas para esse fim, efetuando-se o revolvimento localizado do solo, restrito às linhas de plantio e sem encanteiramento. Na semea‑ dura direta pelo SPD, a adubação é feita concomitante‑ mente à semeadura. Para a semeadura direta pelo plantio convencional com o solo encanteirado, utilizam-se semeadoras pneu‑ máticas que, em geral, dispõem as sementes em quatro, cinco ou seis linhas duplas, espaçadas de 8cm entre as linhas simples e 12cm entre o conjunto de linhas duplas. No SPD, a disposição das sementes é geralmente em linhas simples para facilitar o corte da palhada, havendo máquinas com 5, 7, 9 ou até 15 linhas espaçadas entre 30 e 45cm. Em geral, trabalha-se com a mesma população de plantas, seja em SPD com semeadura em linhas sim‑ ples, seja em sistema convencional com semeadura em linhas duplas, de modo que, em linha simples, apesar de não se perder espaço entre canteiros, a quantidade de sementes a distribuir por metro linear é maior do que em linhas duplas. O adensamento na linha é viável em cebola em função da capacidade de arranjo espacial dos bulbos mesmo quando muito próximos, observando-se que eles se arranjam para um lado e outro sem compro‑ metimento de seu formato final. Na semeadura, cuidados especiais devem ser considerados. O solo deve estar bem nivelado e as condições climáticas propícias à operação de máquinas. Deve-se atentar para a velocidade de semeadura, reco‑ mendando-se que seja de no máximo de 3km/h. A pro‑ fundidade de semeadura deve ser de 1 a 2 cm. A regu‑ lagem da máquina deve ser criteriosa na distribuição de sementes e de adubo, no caso do SPD. Um operador, além do tratorista, deve acompanhar a semeadura em solo ou sobre a máquina, para monitorar a distribuição de sementes e adubos e a ocorrência de possíveis pro‑ blemas com o corte da palhada, paralisação dos discos de sementes ou falhas na sucção de sementes nos discos, além, claro, da observação do momento certo de reabas‑ tecimento com sementes e adubos. Com relação à quantidade de sementes a distribuir, deve-se atentar para dois aspectos principais: variedade e condições de clima. Basicamente, as variedades híbri‑ das suportam maior adensamento em função da maior uniformidade genética que as variedades de polinização aberta (não híbridas), que apresentam geralmente maior desuniformidade na germinação e emergência e no de‑ senvolvimento. Na Região do Cerrado, por exemplo, têm-se cultivado cebola na época seca do ano (março a setembro) com mais de 1 milhão de plantas por hec‑ tare com a obtenção de altos rendimentos de bulbos de ótimo padrão comercial. Cultivos nesse mesmo local, quando coincidem com períodos de muita chuva, de‑ vem ter um estande mais baixo, em torno de 600 a 800 mil plantas por hectare. Artigo No Sul do Brasil, deve-se trabalhar com estandes mais baixos que no Cerrado, mesmo quando se utili‑ zam híbridos, em função das chuvas frequentes e pe‑ ríodos prolongados de alta umidade relativa ao longo de todo o ano. Tem-se por base um limite em torno de 550 a 600 mil plantas por hectare em SC e PR. Para se ter uma comparação, tradicionalmente o cul‑ tivo de cultivares O.P. (não‑híbridas) pelo método de transplante de mudas e em áreas não irrigadas da Re‑ gião Sul é feito com 250 a 350 mil plantas por hec‑ tare. O potencial produtivo fica restrito a 30 t/ha, talvez um pouco mais, porém o custo de produção é muito baixo e esse modelo ainda se ajusta às uni‑ dades familiares de pequena escala. São Paulo fica em uma situação intermediária entre o Cerrado e o Sul, com regiões e épocas variáveis, o que exige uma análise mais localizada. Tem sido pouco comum o emprego de semeadura direta de cultivares não híbridas, possivelmente em vista do investimento realizado com a semeadura di‑ reta exigir que se obtenha maiores produtividades. As‑ sim, em geral a semeadura direta é casada com a ado‑ ção da irrigação e do adensamento de plantas, o que leva a escolha de híbridos. Entretanto, variedades não híbridas com base genética mais estreita toleram o adensamento até determinados níveis, em torno de 650 mil plantas por hectare, a exemplo da ‘BRS 367 (Riva)’ e ‘Bola Precoce’ no Cerrado em culti‑ vos tardios (semeio em julho), o que proporciona níveis produtivos interessantes, entre 45 e 60 t/ha. Apesar de abaixo do potencial produtivo dos híbri‑ dos, deve-se considerar que o custo de produção das 66 | NossoAlho | Agosto de 2014 não híbridas é em geral menor, em função da semente mais barata, do menor gasto de sementes por área e da maior tolerância a doenças. A irrigação assume papel fundamental quando se adota a semeadura direta. Nas Regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste é imprescindível a irrigação. O sistema mais utilizado é o de pivô central, mas tam‑ bém se trabalha em menores áreas em SP com asper‑ são convencional. É recomendável irrigar logo após a semeadura e, em alguns casos, quando a evapotranspi‑ ração está intensa, até duas vezes por dia nos primei‑ ros cinco dias. Há experiências exitosas de semeadura direta no local definitivo em SC sem irrigação, porém o risco é grande no caso de não haver chuvas nos pri‑ meiros dias. Sem irrigação, as chances de sucesso são maiores em SPD pela maior retenção de umidade do solo e menor evaporação proporcionada pela palhada. Em vista do que foi discutido, o principal desafio na semeadura direta, mesmo no sistema convencional de plantio com preparo de solo e mais ainda no SPD, continua sendo a distribuição uniforme de sementes e o estabelecimento de um estande ideal. Novas varieda‑ des, novas máquinas, novas técnicas de tratamento de sementes como o encrustamento ou peliculização, e os ajustes no sistema de rotação de culturas no caso do SPD têm possibilitado o aumento gradativo da área de plantio de cebola por semeadura direta. Melhorias ainda precisam ser feitas. Assim, os produtores e as empresas que estiverem antenadas para essas oportu‑ nidades estarão à frente no mercado. Agosto de 2014 | NossoAlho | 67 Artigo Artigo Cooperativa agrícola na Espanha – Coopamán No 1º Congresso Internacional de Alho realizado em Madri no mês de Fevereiro, trocamos diversas in‑ formações com profissionais, técnicos, pesquisadores de outros países. Visitamos a região de Las Pedrone‑ ras, principal região produtora de Alho, que tem ins‑ talados grandes cooperativas, empresas, laboratórios voltados para a produção de Alho. No intuito de mos‑ trar como é a atividade dessas cooperativas, os proce‑ dimentos e práticas adotados por eles, segue abaixo um texto com algumas informações. COOPAMÁN SCL, fundada em 1986, é uma cooperativa agrí‑ cola localizada de segundo grau localizada em Pedroñeras (Cuenca), na Espanha. Sua atividade se concentra na comercialização de alho, dispondo de uma moderna fábrica de engarrafamento e um labora‑ tório de saneamento de alho plantio e R & D. Formam parte da Co‑ opamán seis cooperativas de primeiro grau na província de Cuenca localizado na Pedroñeras, Mota del Cuervo, El Provencio, La Alberca, San Clemente e Santa Maria del Campo Rus. Puri Castillo Responsable de Laboratorio e I+D Coopamán, SCL Las Pedroñeras (Cuenca) ESPAÑA Desde a sua criação, Coopamán- SCL, tem mantido uma trajetória ascendente em hectares cultivados e toneladas produzidas. Somos lí‑ deres europeus na produção e comercialização de alho, tanto a gra‑ nel e ensacado, oferecemos aos nossos clientes os mais altos níveis de qualidade e serviço para atender as mais exigentes necessidades deles e poder vender alhos frescos todo o ano, graças à nossa capacidade de preservar armazenamento a frio existente em todos os armazéns. Os valores que impulsionam Coopamán, S.C.L são: A comerciali‑ zação de produtos seguros, foco no cliente, inovação, melhoria contí‑ nua, trabalho em equipe e responsabilidade. A satisfação do cliente é a 68 | NossoAlho | Agosto de 2014 nossa prioridade e a garantia que o produto chegue ao cliente em ótimas condições de conservação e excelentes características. A integração de nossos clientes com os nossos sócios cooperados são o fun‑ damento da nossa missão e nossa gestão é baseada na confiança mútua com eles. dois anos e posteriormente dois ou três anos mais em uma fazenda, controlada e supervisionada por nossos técnicos para entregar o plantio do alho em ótimas condições aos sócios da Cooperativa e aos clientes que nos demandam. Com uma área de cultivo de aproximadamen‑ te 2.500 a 3.000 ha, a produção gira em torno de 15.000 a 20.000 toneladas, distribuídos em 83% de alho roxo, 8% de alho branco e 8% em alho temprano, com tamanhos diferentes. Desses, 35% direcionados para o mercado interno e 65% para o mercado externo. Coopamán cumpre através de seu departamento técnico, um trabalho muito importante de mo‑ nitoramento, controle, capacitação e assistência técnica aos seus membros, tendo sido responsável pela introdução de técnicas de produção integra‑ da em sistemas rigorosos de qualidade, garantindo a completa rastreabilidade, segurança e homoge‑ neidade no produto. O controle do departamen‑ to técnico sobre o processo de produção inclui as seguintes fases: • Entrega de bulbos higienizados como início do plantio • Assessoria técnica durante o cultivo • Entrada em Cooperativas • Manipulação: descascado e embalado • Distribuição Esse controle garante a qualidade do produto até chegar ao cliente em condições de armazena‑ mento ideal e qualidade sob três marcas principais: A melhoria da qualidade sanitária e do rendimen‑ “Coopaman”, “Pedroñete” e “Ajomán”. Este serviço de controle de qualidade é responsável por trilhar a to do cultivo são os objetivos estratégicos da Gestão rastreabilidade do produto, bem como verificar as da Cooperativa. Principalmente higienizar a varie‑ dade do alho roxo de La Cuenca, que representa mercadorias antes da expedição para os clientes. a denominação “Ajo Morado de las Pedroñeras”, O Laboratório Coopamán conta com instala‑ que é comercializado sob o rótulo IGP (Indica‑ ções e tecnologias necessárias para saneamento do ção Geográfica Protegida), garantia de qualidade plantio de alho com produção de alho livre de vírus e de origem. Coopaman foi a primeira empresa que é entregue aos sócios, assim como uma pessoa registrada sob este rótulo. Somos os guardiões da qualificada e treinada para o mesmo. Este pro‑ variedade roxo em La Cuenca e estamos autoriza‑ cesso é realizado através de técnicas de cultivo in dos pelo Ministério da Agricultura da Espanha. vitro, realizando sua posterior multiplicação em (www.magrama.gob.es/) Agosto de 2014 | NossoAlho | 69 Artigo O departamento de P & D também realiza sa‑ neamento de diferentes variedades de outras co‑ operativas e empresas conforme a demanda dos clientes com diferentes características e variedades e condições de cultivo. Nosso laboratório partici‑ pa e colcabora com vários projetos de investigação junto a equipe de pesquisadores de universidades e centros tecnológicos em diferentes aspectos de cul‑ tivo de alho: adubação, doenças fúngicas, Vírus e pós-colheita. Um dos projetos resultou na obtenção de uma patente em análise de vírus mediante hibri‑ dização molecular: “Um método para a detecção de infecção em plantas Aliáceas pelo vírus Allexiviruses, LYSV, OYDV, GCLV, SLV e IYSV”. Também têm participado em várias publicações científicas e Congresso. do de Frutas e Hortaliças a nível mundial. Traba‑ lhamos com três tipos de produtos: alho temprano, alho branco e alho roxo com tamanhos diferentes na sua classificação, que serão embalados e rotu‑ lados de acordo com as normas vigentes. De um modo geral, os formatos são dois tipos: a granel e na embalagem Não podemos esquecer as novas tecnologias. Temos um serviço de vendas on-line em nosso site onde comercializamos alhos nas embalagens e bul‑ bos de alho para o plantio. Além disso, também es‑ tamos nas redes sociais Facebook, cuja manutenção e atualização é realizada por nosso departamento de TI. Há 16 anos, o nosso departamento de qualidade desenvolveu e implementou regulamentos e certi‑ A nossa organização comercial visa atender todos ficações de qualidade rigorosos, com filosofia pró‑ os tipos de clientes. pria de trabalho e tornou-se a mais competitiva no Para este fim, esta estrutura é apoiada pelo depar‑ mercado. Dentre estes, cabe destacar: Leaf Marque, tamento de vendas, que é responsável pela gestão BRC, GlobalGAP e Tesco NURTURE. Além disso, dos aspectos relacionados com o comércio. Também somos membros do Departamento Nacional de está presente nas mais importantes Feiras do Merca‑ alho desde 1993. 70 | NossoAlho | Agosto de 2014 SERENADE ® TUGARÊ | CDM São Paulo Na teoria, a tecnologia do futuro. Na prática, maior proteção e qualidade hoje. www.bayercropscience.com.br | 0800 011 5560 A força da natureza a favor da qualidade. ATENÇÃO Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Serenade é o fungicida e bactericida biológico da Bayer. Com formulação diferenciada, pronta para o uso e de fácil manejo, além de controlar efetivamente as doenças, Serenade ativa a defesa das plantas, melhorando o desenvolvimento e a sanidade e produzindo frutas e hortaliças sem resíduos, com alta qualidade e mais saudáveis. Serenade possui carência zero, permitindo maior flexibilidade entre a aplicação e a colheita. Adicionar Serenade ao seu manejo é ter carência zero e qualidade máxima. Serenade. Eficiência sem carência. Agosto de 2014 | NossoAlho | 71 Artigo VOCÊ SABIA QUE: O alho contém a aliina e a alicina, compostos res‑ ponsáveis pelas características do seu odor e sabor, bem como por suas propriedades biológicas. Den‑ tre essas propriedades, ajuda a controlar o nível de colesterol, a hipertensão, a diabetes, a asma e também colabora com o funcionamento vascular, além de ter ação antimicrobiana, antioxidante, anticancerígena e colaborar com o sistema imunológico. Como otimizar seus benefícios Para obter os efeitos benéficos do alho é importante que ocorra uma quebra celular, por meio da mastigação ou do cozimento, para liberar os compostos. A cisteína (aminoácido) presente no alho favorece uma desintoxica‑ ção do fígado. A alicina é a substância mais importante. É um líqui‑ do amarelo, com odor acentuado, que se forma quando os dentes de alho são macerados ou mastigados, ou seja, a alicina está potencial‑ mente presente no alho in natura. Para consumo, é recomendado o alho cru. A fritura diminui signifi‑ cativamente as propriedades do alho. Faz bem ao coração e reduz o colesterol Dra. Lucyanna Kalluf Graduada em Nutrição e Farmácia e Bioquímica (PUC –PR). Mestre em Medicina Interna – Depto. de Clínica Médica Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Farmacognosia - Ciências Farmacêuticas/UFPR. Especialização em Nutrição Clínica Funcional. Formação em Antroposofia na Saúde - ABMA-SP. Autora do livro “Fitoterapia Funcional: dos princípios ativos à prescrição dos fitoterápicos”. O alho inibe uma enzima que estimula a produção de LDL para as artérias, retirando o excesso. Assim o LDL circulante tem menos chance de oxidar e formar a placa que, com o passar dos anos, entope totalmente as artérias. Alimento contra o câncer O alho é um potente agente desintoxicante do fígado e ajuda na eliminação de substâncias químicas que trazem a modificação das células e consequentemente o câncer. Com relação à sua atividade anticancerígena, as evidências mais fortes são resultado dos estudos epidemiológicos mostrando a relação inversa entre mortalidade por câncer gástrico. 72 | NossoAlho | Agosto de 2014 Anti-séptico e anti-bacteriano Consumo Um dos aspectos mais estudados sobre o alho é sua atividade antimicrobiana, por causa da alicina, que atua no combate a bactérias (principalmente as causadoras de infecções urinárias, diarreias e amidalites) e a vários fungos, como o responsá‑ vel pelos “sapinhos”. Combate ainda, com sucesso, as infecções virais, incluindo o vírus da gripe. O alho também diminui a infestação fúngica, como a candidíase, muito comum nas mulheres. É recomendado consumir um dente de alho amassado ao dia junto com a comida. Também existem outras formas, como óleo de alho (extraído a frio). Em média, 2 cáp‑ sulas de 250mg por dia (como geralmente é comercializado). O mercado também disponibili‑ za cápsulas sem odor. Receita: Compota de alho Ingredientes Modo de Preparo • 1/2 kg de alho descascado 1. Juntar tudo, menos o alho, e levar ao fogo • 1/2 litro de vinagre de maçã 2. Quando ferver, juntar o alho • 1 xicara de vinho branco seco 3. Abaixe o fogo e deixe mais 2 minutos • 4 colheres de sopa de açúcar 4. Coloque em vidro esterilizado • 1 colher de sobremesa de sal 5. Tampe e coloque o vidro de boca para baixo até esfriar • 2 folhas de louro • 20 grãos de pimenta do reino • 20 grãos de pimenta da Jamaica Agosto de 2014 | NossoAlho | 73 74 | NossoAlho | Agosto de 2014 O fertilizante foliar da BASF para quem não abre mão da qualidade. A qualidade que o consumidor exige na prateleira começa com as práticas culturais e o fertilizante que você utiliza na lavoura. Escolha Librel®, a linha de fertilizantes especiais da BASF para um eficiente sistema de nutrição das plantas. • Rápida absorção e assimilação dos nutrientes; • Composição homogênea na formulação e excelente solubilidade; • Eficiente em ampla faixa de pH e baixas doses; • Aumento de produção e qualidade dos frutos.