Ensino da Olericultura Viagem Técnica Práticas adotadaspor Plano

Transcrição

Ensino da Olericultura Viagem Técnica Práticas adotadaspor Plano
Venda Proibida
Número 20
agosto 2014
SITUAÇÃO DO MERCADO
DE ALHO 2014
Viagem
Técnica
Califórnia – EUA
Plano
Agrícola
Pecuário 2014-2015
Importações
de Alho
Ensino da
Olericultura
Práticas
adotadas por
Artigos
técnicos
Visão do empregador
Cooperativas de Alho
no Brasil
alho e cebola
Caros leitores e associados
da Anapa,
Apresentamos com
muita satisfação mais uma
edição da Revista Nosso
Alho elaborada pela equipe
da Anapa em colaboração
com outras entidades e ins‑
tituições parceiras.
Nossa Revista tem como objetivo principal levar in‑
formações aos associados e leitores de modo geral sobre te‑
mas de relevante importância sobre a cultura do alho. Ela é
um elo de ligação entre a Associação, produtores, parceiros
e demais integrantes da cadeia produtiva do alho.
Aproveitamos a oportunidade para reiterar nosso
compromisso e luta incansável na defesa da produção na‑
cional do alho a fim de garantir renda aos produtores e a
sustentabilidade do setor alheiro do país.
Nesse sentido estamos constantemente em contato
com os órgãos competentes do Governo Federal para bus‑
car políticas públicas de incentivo e proteção da produção
nacional do alho.
Agradecemos a indispensável colaboração de todos
associados e parceiros da Anapa. Esperamos continuar
contando com a participação e colaboração de todos.
Por fim, reiteramos nosso compromisso de continu‑
ar cumprindo com nossa missão para bem representar e
defender incondicionalmente a produção nacional.
Boa leitura a todos!
Presidente Olir Schiavenin Presidente de Honra Marco Antônio
Lucini Jurídico Jean Gustavo Moisés e Clóvis Volpe Tesoureiro Darci
Martarello Secretário Executivo Eduardo Sekita Gerente Cristina Neiva
Colaboradores: Ana Rita Lopes Farias Freddo, Anderson Luiz Feltrim,
Anita de Souza Dias Gutierrez, Daniel Iurman, Fabio Torquato, Julián
Pérez Pizarro, Lucyanna Kalluf, Marco Antônio Lucini, Nuno Rodrigo
Madeira, Puri Castillo, Rafael Jorge Corsino, Valter Rodrigues Oliveira.
Arte e Diagramação Rodrigo Rocha Rodrigues
Edição Cristina Barbosa Neiva
Escritório da Anapa SRTVS 701, bloco O, salas 291/292 Ed. Multiempresarial –
Brasília/DF. CEP 70.340-000 Telefone: (61) 3321-0821 [email protected]
Nosso Alho é uma publicação da Associação Nacional dos Produtores de Alho
(ANAPA) com uma tiragem de 5.000 exemplares. As conclusões dos artigos
técnicos e as opiniões são de responsabilidade de seus autores.
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Olir Schiavenin
Presidente da ANAPA
Sumário
04
13
22
28
44
Curtas
Viagem
Técnica a
Califórnia
– EUA
Notícias
Mercado
do Alho
Artigos
NOTÍCIAS
Plano Agrícola e Pecuário 2014-2015
Pleitos da Anapa junto aos Órgãos Governamentais
22
27
MERCADO DO ALHO
Conjuntura do Alho
Importações de Alho no Brasil
Situação do Mercado de Alho na China
28
31
35
ARTIGOS
Ensino da Olericultura - Visão do empregador
44
Pesquisas da EPAGRI buscam estabelecer novas tecnologias
de produção na cultura do alho em Santa Catarina
48
Aspectos do mercado de cebola argentino
A produção de alho na FAOSTAT
Estande em Cebola: fator fundamental para o sucesso do empreendimento
Cooperativa agrícola na Espanha – Coopamán
Você sabia que
51
60
63
68
72
Curtas
Presidente da ANAPA e produtores de Alho do RS visitam
Brasília e também fazendas na região de Cristalina-GO
No dia 06 de maio, uma comitiva de produtores de alho esteve em audiência com o Ministro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto para entregar reivindicações do setor.
O grupo de produtores aproveitou a estadia em Brasília também para conhecer a
CEASA/DF (Central de Abastecimento do Distrito Federal) e realizar visita técnica na região
de Cristalina – GO, com o objetivo de buscar novos conhecimentos sobre o cultivo do alho
naquela região.
A comitiva contou com a participação do Presidente da ANAPA – Olir Schiavenin juntamente com a Gerente Executiva da ANAPA Cristina Neiva, o grupo de produtores de Alho
da cidade de Flores da Cunha-RS e Nova Pádua-RS e também o secretário de Agricultura e
Abastecimento do Município, Jones Piroli.
Fazenda Alvorada
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Agrícola Wehrmann
SENACE - Seminário Nacional da Cebola, organizado
pela ANAPA e Embrapa Hortaliças
A Associação Nacional da Cebola - ANACE solicitou por intermédio do Sr. Rafael Corsino que
Brasília sediasse o 26º Seminário Nacional de Cebola juntamente com o 17º Seminário de Cebola
do Mercosul.
Com dificuldades em função do exíguo prazo e de 2014 ser ano de Copa em Brasília, a Associação Nacional dos Produtores de Alho - ANAPA em conjunto com a Embrapa Hortaliças não mediram
esforços e se uniram para organizar esse que seria o principal evento de cebolicultura do Brasil e
Mercosul. Com bastante êxito o evento reuniu mais de 400 pessoas interessadas no desenvolvimento da cadeia produtiva de cebola, trocando informações, experiências tecnológicas e de mercado,
divulgando e difundindo o conhecimento adquirido no setor. Tivemos várias parcerias, dentre elas, o
Ministério da Agricultura e Pecuária - Secretaria de desenvolvimento Agropecuária e Cooperativismo,
EMATER, EPAGRI, UFERSA, EMBRAPA, Cooperbatata, ABBA, INTA, INIA.
O objetivo dos seminários foi discutir os principais problemas de produção e comercialização de
cebola e fazer a previsão de safra e o escalonamento mensal da oferta do produto para 2014, assim
como promover o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural de produtores rurais e técnicos da
assistência técnica e extensão rural, além de outros profissionais ligados à atividade no Brasil e no
Mercosul.
Para acesso as Palestras Técnicas: http://www.infobibos.com/senace/palestras/
Algumas fotos do evento:
Pedro e Elaine (Infobibos)Organização de
Eventos Técnicos, Cristina Neiva (ANAPA)
Colaboradores da Embrapa Hortaliças
Palestrante: Rafael Corsino (Anapa). Organização
de produtores: O caso da Anapa
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Curtas
Audiência na Receita Federal do Rio de Janeiro
No dia 20 de maio, o Presidente da
Anapa - Associação Nacional dos Produtores de Alho, Olir Schiavenin, juntamente com
o Diretor jurídico da Anapa Jean Gustavo, e
também o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) participaram de uma reunião na
Receita Federal do Rio de Janeiro. Foi informado aos responsáveis da Receita Federal
que a ANAPA recebe denúncias e o objetivo
da reunião foi de solicitar providências daquele órgão em relação a importadores de alho
que estão desembaraçando o alho a um preço muito inferior ao devido e com isso ofer-
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tam alho no mercado a preços bem abaixo da
média, pois não devem arcar com todos os
encargos, prejudicando nossos produtores.
A audiência foi muito positiva e os responsáveis se comprometeram em imediatamente
apurar as denúncias.
Em ofício encaminhado ao gabinete do
parlamentar dias depois da reunião, a Receita Federal demonstrou estar atenta e pronta
para atuar quando identificar mecanismos
ilegais de internação do alho importado. Essa
é mais uma ação da ANAPA em defesa dos
produtores de alho.
Apoio aos Parlamentares
Temos participado também da Frente Parlamentar da Agropecuária- FPA, de composição
pluripartidária que reúne mais de 200 parlamentares. A bancada tem sido um exemplo de grupo de
O pleito vai eleger o presidente da Repúbliinteresse e de pressão bem sucedido. É consideca, deputados federais, senadores, governarada a mais influente nas discussões, articulações
dores, deputados estaduais e os deputados do
e negociações de políticas públicas no âmbito do
Distrito Federal.
Poder Legislativo.
O produtor rural sabe da importância de votar
Portanto gostaríamos de agradecer o apoio
naqueles que brigam e lutam pela classe. A ANAdaqueles que no decorrer dos anos nos apoiaram
PA recebe apoio de alguns políticos que sempre
e ainda tem nos ajudado nessa luta incansável na
estão prontos para atender nossos pedidos, seja
defesa do produtor brasileiro. Sabemos da necesna forma de reivindicações, seja na forma de prosidade de eleger pessoas que tem compromisso
jetos, ou de recursos financeiros para pesquisas
com a classe produtora. Dentre vários, destacaatravés de emendas parlamentares ou mesmo
mos alguns deles:
articulando no Congresso Nacional, apoiando a
marcação de audiências com ministros, chefes
de estado, órgãos do governo federal.
O 1º turno das eleições no Brasil irá ocorrer no
dia 5 de outubro e o 2º turno no dia 26 de outubro
de 2014.
Rafael Corsino, ex presidente da
ANAPA, e o Deputado Federal Valdir
Colatto, estiveram reunidos com o
Vice‑presidente da República, Michel
Temer, para abordar diversos temas
que tangem a horticultura brasileira
Deputado Federal Valdir
Colatto (PMDB-SC)
Deputado Federal Jerônimo Goergen que marcou a audiência e se reuniu
com técnicos da Receita Federal e dirigentes da Anapa no Rio de Janeiro.
Na oportunidade, o parlamentar relatou a preocupação do setor com a entrada indiscriminada do alho chinês em território nacional.
O trabalho do Deputado foi essencial para tanto, bem como sua presença
foi muito importante para as disponibilidades da RF. O Superintendente do
Coana do RJ nos recebeu disposto a ajudar. Foi dado mais um passo no
trabalho que fazemos de proteção do mercado. Agora conseguimos acesso direto e próximo a Receita Federal.
Deputado Federal Jerônimo Goergen (PP-RS)
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Curtas
Rafael Corsino, ex presidente da ANAPA, e
o Deputado Federal Vitor Paulo, em audiência com a então Ministra da Secretaria de
Relações Institucionais, Ideli Salvatti defendendo a desoneração do IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados) para embalagens
de papelão e sacos de polipropileno, aqueles utilizados por produtores agrícolas para
armazenamento de legumes e verduras
Deputado Federal Vitor Paulo (PRB-DF)
Tadeu Filippelli - PMDB-DF Vice‑governador
do Distrito Federal e Rafael Corsino,
ex presidente da ANAPA
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Deputados Onofre Agostini e Jô Moraes que repassaram verbas por meio de
emendas para Embrapa Hortaliças destinados ao projeto Fortalecimento da
Cultura do Alho e Apoio à Produção de
Alho‑Semente Livre de Vírus.
Deputados Onofre Agostini (PSD-SC)
e Deputada Jô Moraes (PCdoB-MG)
Paulo Piau - Deputado Federal MG- PMDB
e atualmente Prefeito de Uberaba-MG.
Ministros recebem dirigentes da
ANAPA em seus gabinetes para audiências de apoio a permanência do Alho na
LETEC. Eles fazem parte do Conselho
de Ministros da Câmara de Comércio
Exterior (CAMEX), órgão do Conselho
de Governo da Presidência da República que define e delibera, dentre outras
Deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) com
Rafael Corsino e Cristina Neiva - ANAPA
atribuições, a Lista de Exceções à Tarifa
Externa Comum - LETEC.
Deputado Federal Afonso Hamm
(PP-RS) em seu gabinete com Olir
Schiavenin e Cristina Neiva - ANAPA
Rafael Corsino, ex presidente da ANAPA,
e o Dep Federal Marcos Montes (PSD- MG)
Ministro do Desenvolvimento Agrário - Miguel
Rossetto e Ministro da Agricultura e Pecuária- Neri
Geller com Olir Schiavenin e Cristina Neiva - ANAPA
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Curtas
Cerimônia da Posse da nova
Diretoria da Frente Parlamentar
da Agropecuária - FPA
1
A nova diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) tomou posse no dia 20 de Maio em Brasília.
O grupo, constituído por senadores e deputados federais, tem o objetivo de acompanhar as políticas públicas
e mecanismos de fomento para a agropecuária brasileira.
Em discurso, o novo presidente, deputado Luis Carlos Heinze, destacou a importância da Frente para o desenvolvimento do setor. “A frente é uma associação que
trabalha em defesa de uma igualdade de direitos para os
produtores e demais envolvidos nessa área. Buscamos
sempre defender esse setor que tem sido umas das principais bases da economia do Brasil”.
2
1-Presidente da FPA- Deputado Luis Carlos Heinze, Ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento- Neri Geller,
Presidente Câmara dos Deputados Henrique Eduardo
Alves e Presidente da CNA - Senadora Katia Abreu
2-Ministros da Agricultura - Neri Geller, e
Esporte- Aldo Rebelo e Deputados
3-Ex Presidente da Anapa – Rafael Corsino
com o Ministro da Agricultura
4- Ministro da Agricultura, Pecuária - Neri
Geller e Cristina Neiva - ANAPA
5-Secretário de Política Agrícola do MAPA - Seneri Paludo
3
4
5
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Ex Presidente da Anapa – Rafael Corsino com os
Deputados Valdir Colatto (PMDB - SC) e Luis Carlos
Heinze (PP – RS) (6); Dep Jerônimo Goergen (PPRS) (7); e Dep.Nelson Marquezelli (PTB – SP) (8).
6
7
8
O Presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho - ANAPA, Olir
Schiavenin esteve em Brasília no dia 06/08
e se reuniu com o ex presidente da ANAPA Rafael Corsino, a Gerente Executiva da
ANAPA – Cristina Neiva, a fim de discutir
e elaborar um planejamento, ações para
ANAPA e atuação junto aos representantes
governamentais nas questões de interesse
do produtor rural, entre outros assuntos.
te do novo Secretário de Política Agrícola
Seneri Paludo.
Esteve presente também na Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Agricultura CONTAG, a convite do Presidente Alberto Broch
e falou sobre a importância da Associação e dos
trabalhos que vem sendo desenvolvidos frente à
Presidência da ANAPA
Foi discutido também sobre a organização do XXVII Encontro Nacional dos
Produtores de Alho que será realizado em
Campestre da Serra-RS no final de Outubro/2014. Posteriormente será divulgado
os detalhes desse 26º Encontro com toda
a programação.
1
Participou de reunião no Ministério Agricultura Pecuária e Abastecimento - Secretaria Executiva da Câmara Setorial da
Cadeia produtiva.
Na ocasião foi recebido no gabine-
2
3
1-Presidente da ANAPA -Olir Schiavenin e Secretário
de Política Agrícola do MAPA - Seneri Paludo
2-Presidente da ANAPA -Olir Schiavenin e
Presidente da CONTAG – Alberto Broch
3- Solenidade na Câmara Deputados: Cristina Neiva, Olir
Schiavenin – ANAPA, Alberto Broch - Presidente da CONTAG
EFICIENTE NAS CULTURAS DE TOMATE, CEBOLA E BATATA.
RIDOMIL GOLD BRAVO
CUIDA DA SUA PLANTAÇÃO,
PROTEGENDO SEMPRE
E COMBATENDO
QUANDO NECESSÁRIO.
Ridomil Gold Bravo é o pior inimigo para as principais doenças que atacam
a sua plantação: a requeima no tomate e na batata e o míldio na cebola.
Isso porque ele é o único que combina dois ativos poderosos: um sistêmico
e outro protetor. Além disso, ele é resistente à chuva e tem grande
aderência na planta. Com Ridomil Gold Bravo, a sua plantação fica
© Syngenta, 2013.
protegida e você fica tranquilo.
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Viagem Técnica
Viagem Técnica aos
Estados Unidos
Grupo de Produtores e técnicos de Alho juntamen‑
te com a ANAPA visitaram no mês de Julho ao Gil‑
roy Garlic Festival, evento gastronômico patrocinado
pelo maior produtor de alho dos Estados Unidos.
O objetivo da viagem, além de conhecer esse festi‑
val foi também de oferecer aos produtores brasileiros
a oportunidade de desenvolver conhecimentos sobre
as práticas de atuação relacionadas ao processo produ‑
tivo do alho e outras culturas nos Estados Unidos, na
região da Califórnia, incluindo as mais modernas prá‑
ticas e tecnologias relacionadas à Agricultura, como a
colheita mecanizada do alho. Ao final das visitas téc‑
nicas o grupo viajou para a cidade de Las Vegas.
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Viagem Técnica
Relatório da
Viagem – EUA
A preocupação em relação à preserva‑
ção do ambiente, do solo, da água é de todos
os produtores. Caso haja má gestão da água, o futuro
de Califórnia está decretado e para tanto a gestão da
Dias 26 de Julho a 02 de Agosto de 2014.
água é feito de uma forma muito responsável, além
de evitar desperdícios e sempre mantendo a viabi‑
lidade econômica das operações agrícolas, sempre
O objetivo da viagem técnica foi conhecer as buscando tecnologias em manejo cultural (rotação,
empresas de produção de hortaliças da região culturas de cobertura, consórcio e compostagem)
da Califórnia, considerada uma das mais importan‑ e fitossanitário (manejo integrado de pragas), para
tes dos Estados Unidos, como Alface, incluindo di‑ isso o treinamento técnico é contínuo.
versos tipos como Americana, Alface tipo manteiga,
Em algumas fazendas visitadas o manejo da água
Romana, além das últimas novidades como “Baby
é
feita com fitas gotejadoras enterradas a profundi‑
Leaf”. Também visitamos produção de brócolis, ce‑
noura, cebola, alho, morango, framboesa, tomate e dades de acordo com o sistema radicular de cada
cultura, seja tomate indústria, alho. Na irrigação das
amêndoas. A idéia era visitar essa região por ser uma
folhosas são utilizadas mini aspersores logo após a
das mais importantes do ponto de vista tecnológico
semeadura direta e depois da emergência utilizam
na produção de hortaliças, pois as áreas de produção
as fitas gotejadoras.
neste estado são altamente significativas e são res‑
A primeira visita foi na Fazenda Merrill Farms
ponsáveis em abastecer o país, em quase 80 a 90%
(www.merrillfarms.com). A empresa é uma gran‑
das hortaliças consumidas.
de produtora tradicional de hortaliças desde 1933,
Outro objetivo da viagem foi conhecer o 36º Fes‑ incluindo diversos tipos de alface (alface americana
tival de Alho de Gilroy (Gilroy Garlic Festival), que “Iceberg”, romana e manteiga), couve‑flor, brócolis,
contou com a presença de mais de 100 mil pessoas cenoura, aipo (salsão) e cebolas. Além disso, são pro‑
esse ano. Esse festival é famoso pois Gilroy tem o dutores de frutas, como morango e framboesa.
apelido de a “capital mundial do alho,” e a cidade “A Missão da empresa é buscar ativamente o cresciabriga o maior produtor de alho dos Estados Unidos, mento da empresa e manter as práticas de boa reputaa empresa Christopher Ranch. Trata‑se de um fes‑ ção e abraçar novas tecnologias, a fim de fornecer protival gastronômico e sua área não é muito extensa. dutos da mais alta qualidade” e a Visão da empresa
O que é realmente interessante de se ver é a forma é “Manter práticas agrícolas sustentáveis, fornecendo
de organização e como é feito esse “marketing” da produtos superior, aos clientes”.
cidade baseado em um produto local. Além disso
Ocupa uma área de mais ou menos 2.450ha
experimentar as diversas opções de comidas com (6.000 acres). Nesta pudemos ver a equipe colhen‑
alho e provar o famoso sorvete de alho.
do morango manualmente, pesando e embalando
Algo que chamou a atenção de todos foi a escassez
de água na região. A Califórnia passa por uma das
piores secas de sua história. Sem chuva e com pouca
neve, os reservatórios ficaram praticamente vazios.
Lá, o governador assumiu publicamente que a seca
é muito grave e que, se não houver economia, pode
faltar água. Este é o terceiro ano seguido de seca na
Califórnia e, em janeiro, em pleno inverno ameri‑
cano, o governo declarou estado de emergência e
pediu que os moradores reduzissem o uso de água
em 20%.
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as mesmas em caixas e esta sendo transportada dire‑
tamente para o caminhão para o centro consumidor,
que normalmente chega em 24 horas.
A segunda visita foi na empresa Taylor Farms
(www.taylorfarms.com), um dos maiores processa‑
dores de hortaliças dos Estados Unidos, tanto de alfa‑
ce americana, romana e manteiga, repolho, baby leaf
coloridas de várias espécies. Diariamente saem 36
caminhões de 20 toneladas por dia para Colorado,
Texas, Baltimore, Maryland, Tenesse, Florida Yuma
(Arizona), New Jersey, Chicago, entre outras cida‑
des, ou seja em todo o país. Fazem mix de folhas
podendo ser em bolsas pequenas, bandejas, ou bol‑
sas maiores para cozinha industrial ou restaurantes.
Investem bastante em tipos de embalagens, sempre
bem coloridas, para atrair todo tipo de público. Essa
empresa processa aproximadamente a produção de
450 ha de hortaliças por semana.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que se pôde observar no decorrer das visitas foi
a questão da produção sempre com a questão da
Sustentabilidade, preservação do meio ambiente,
impacto ambiental, não contaminação do solo, uso
de água com responsabilidade, utilização de mane‑
jos como manejo integrado de pragas. Doenças é
Seguimos para a cidade de Paso Robles. A pri‑ muito raro, uma vez que a região é bastante árida
meira visita do dia foi a Fazenda Terra Linda Farms, apresentando uma precipitação de 20 a 30mm ao
grande produtor de cebola, tomate e outros ano. Sempre preservando a qualidade de vida dos
produtos. Nesta visita vimos a colheita da cebola e colaboradores, dos consumidores, oferecendo qua‑
do tomate. Em seguida, visitamos a Fazenda Borba lidade dos produtos.
Farms, localizada na cidade de Huron e fomos rece‑
Outro fator importante também é a questão de
bidos pelo proprietário, Sr. Mark Borba. Essa fazen‑
da produz: alho: Allium sativum, para consumo “in prioridade que os Estados Unidos tem em relação à
natura” e Allium ampeloprasum L. visando indústria, produção de alimentos. Quando se trata de produ‑
além da cebola, alface, tomate indústria, e amêndo‑ ção de alimentos, os empresários tem total liberdade
as e algumas outras frutas. A irrigação é feita total‑ de ação para manejar o solo, água, desde que respei‑
mente por tubos gotejadores, e enterradas, variando te o meio ambiente. O governo não proíbe em nada
a profundidade conforme a cultura. No caso do to‑ a forma de exploração.
mate indústria utiliza-se aproximadamente 50 cm
de profundidade. No caso do alho, 30 cm. Dessa
forma não há problemas de preparo do solo para os
plantios seqüenciais.
A viagem técnica teve saldo positivo, além de ad‑
quirirmos mais conhecimento podemos observar o
quanto a produção de hortaliças nos Estados Uni‑
dos é feita de uma forma altamente tecnológica e
passível de podermos adaptar para as nossas condi‑
ções, uma vez que o Brasil deverá ser um dos países
responsáveis para alimentar até o ano 2050, uma po‑
pulação prevista de 9 bilhões de pessoas no mundo.
No dia seguinte já estávamos na cidade
de Bakersfield. Visitamos a Fazenda The Garlic
Company (www.thegarliccompany.com), um dos
maiores produtores de alho dos Estados Unidos.
Nesta visita, vimos a colheita mecanizada do alho.
Em seguida, visitamos a Empresa Grimmway Farms Cristina Barbosa Neiva
(www.grimmway.com), grande produtor e processa‑ Gerente Executiva da ANAPA
dor de cenoura.
No penúltimo dia seguimos para Las Vegas,
localizada no estado de Nevada, no meio do deser‑
to aonde fizemos um city tour noturno. A princi‑
pal avenida – The Strip reúne as principais atrações
da cidade, aonde ficam os mais famosos hotéis, e a
dica de passeio é conhecer cada hotel no seu interior,
pois cada um possui um tema específico e um show
a parte.
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Viagem Técnica
Fotos do
Festival
de Alho:
16 | NossoAlho | Agosto de 2014
Visitas
Técnicas
Agosto de 2014 | NossoAlho | 17
Viagem Técnica
18 | NossoAlho | Agosto de 2014
City tour em
São Francisco
e Las Vegas:
Agosto de 2014 | NossoAlho | 19
Viagem Técnica
Viagens Técnicas
Internacionais
para buscar sempre a excelência, já que saber como
outros estão enfrentando o mesmo problema que
você tem, amplia suas possibilidades na busca de
soluções e alternativas para enfrentar seus desafios.
Os desafios do agronegócio sempre
foram muitos, desde assuntos do cam‑
po até a comercialização. Na maioria
das vezes, era preciso buscar informa‑
ções com os vizinhos, nas universida‑
des, nas principais feiras do setor no
país. Hoje, as barreiras entre os países
foram derrubadas. O mundo se abriu
e a troca de informações passou a ser
um fator crucial principalmente para
os negócios. Viajar virou sinônimo de
aprender, e ficou mais fácil para todos!
Outro aspecto importante de viajar são as redes de
relacionamento. Construir relacionamentos profis‑
sionais irá ajudá-lo em vários sentidos. Seja em uma
feira de negócios que terá contato com um grande
número de fornecedores, visitando centros de pes‑
quisa para conhecer novos estudos ou conhecendo
outros produtores e suas fazendas. É através destas
redes de relacionamentos que a troca de ideias, co‑
municação, construção de parcerias e também habi‑
lidades e informações podem facilitar o crescimento
e o desenvolvimento de seu negócio.
Mas como chegar lá? Existem aqueles que gostam
de se aventurar e ir por conta própria para outros
países em busca de informações, o que é bom. No
entanto, hoje existem empresas especializadas em
organizar viagens técnicas para o agronegócio. E
Nas últimas décadas, tornou-se cada vez mais fácil
não organizam apenas os aspectos comuns das via‑
viajar para outros países, não só pela grande oferta
gens, como reservas de passagens aéreas e hotéis,
de serviços de turismo mas também pela facilidade
mas vão muito além. No caso da AgroTravel, estu‑
de se obter informações por meio da internet. Com
dos de mercado e prospecção internacional estão
isso, está acessível a todos a possibilidade de conhe‑
envolvidas na criação dos roteiros, que são todos
cer novas realidades. Este é, com certeza, um dos
montados de acordo com os interesses de grupo em
aspectos mais enriquecedores que uma viagem pode
questão. Isso dá maior segurança para aqueles que
proporcionar. Viajando a negócios ou a turismo,
viajam, pois certamente irão visitar os locais certos
você deixa de lado seu dia-a-dia para vivenciar uma
e encontrar as pessoas certas, e melhor, acompanha‑
outra realidade, onde as coisas são feitas de outra
dos por guias experientes.
maneira, as paisagens, os sabores, tudo é diferente!
Isso gera uma transformação positiva que às vezes
O idioma não é uma barreira e você não está sozi‑
não percebemos, mas expande nossos horizontes e nho. É hora de fazer as malas e viajar!
mudam nossa percepção com relação às coisas mais
simples de nosso cotidiano.
Fabio Torquato
No caso do agronegócio não é diferente! Visitan‑
Diretor da AgroTravel,
do outras realidades pode-se também conhecer téc‑
empresa especializada na
nicas diferentes das utilizadas no Brasil. Cada região
organização de viagens
do planeta está sob condições específicas de clima,
técnicas para o agronegócio.
geografia, desenvolvimento humano e tecnológico.
(www.agrotravel.com.br)
Isso representa uma grande variedade de práticas
para executar as mesmas tarefas. Desse contato, sur‑
gem novas possibilidades de expansão do conheci‑
mento que podem ajudar a melhorar as práticas uti‑
lizadas no seu dia-a-dia. Além disso, compartilhar
as melhores práticas com outros profissionais do
agronegócio em outras regiões, é muito importante
20 | NossoAlho | Agosto de 2014
Agosto de 2014 | NossoAlho | 21
Notícias
Plano Agrícola e Pecuário
2014/15 disponibiliza mais
de R$ 156 bilhões
Os principais eixos do Plano Agrícola e Pecuário
(PAP), que começou no dia 1º de julho deste ano e vai
até 30 de junho de 2015, baseiam-se no apoio estra‑
tégico aos médios produtores, à inovação tecnológica,
ao fortalecimento do setor de florestas comerciais e à
pecuária de corte, além de ajustes no seguro rural.
ANAPA foi convidada
Ao todo, serão disponibilizados R$ 156,1 bi‑
pelo Ministro da lhões – alta de 14,7% sobre os R$ 136 bilhões da safra
Agricultura, Pecuária
2013/14 –, dos quais R$ 112 bilhões são para financia‑
e Abastecimento, Neri
mentos de custeio e comercialização e R$ 44,1 bilhões
Geller, para Cerimônia
de Lançamento do para os programas de investimento. O PAP foi lança‑
Plano Agrícola e do pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da
Pecuário 2014/2015 que Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller,
aconteceu no dia 19 de no dia 19 de maio de 2014 em Brasília-DF.
Maio, no salão nobre
“Quero destacar primeiro algumas reivindicações
do Palácio do Planalto
do setor atendidas nesta proposta. Conseguimos pos‑
tergar para 1º de julho de 2015 a obrigatoriedade da
contratação do seguro rural nas operações de custeio
agrícola feitas por médios produtores. Além disso, o
limite de financiamento para a comercialização de
sementes passa a ser de R$ 25 milhões por benefi‑
ciário, tendo como referência o preço de mercado”,
disse Geller, acrescentando que foram contratados
entre julho do ano passado e abril de 2014 mais de
R$ 127 bilhões pelo PAP atual.
22 | NossoAlho | Agosto de 2014
Linhas principais
Pelo Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural
(Pronamp), estão programados R$ 16,7 bilhões
para as modalidades de custeio, comercialização
e investimento. O valor é 26,5% superior aos
R$ 13,2 bilhões previstos na safra 2013/14. Os li‑
mites de empréstimo para custeio passaram de
R$ 600 mil para R$ 660 mil, enquanto os de inves‑
timento subiram de R$ 350 mil para R$ 400 mil.
engorda em regime de confinamento; a retenção
de matrizes (com até três anos para pagamento) e
a aquisição de matrizes e reprodutores (limite de
R$ 1 milhão por beneficiário com até cinco anos
para pagamento, sendo dois de carência), com o in‑
tuito de aumentar a oferta de carne.
Já para incentivar a inovação tecnológica no campo,
serão aperfeiçoadas as condições de financiamento à
O governo federal pretende ainda instituir a Polí‑ avicultura, suinocultura, agricultura de precisão, hor‑
tica Nacional de Florestas Plantadas no âmbito do tigranjeiros (cultivos protegidos por tela de proteção
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento contra granizo, estufas, etc) e pecuária de leite por
(Mapa). Entre as ações previstas para estimular meio do Programa Inovagro. Por esta modalidade,
o setor, estão investimentos em pesquisa, assistência foram programados R$ 1,7 bilhão em recursos
técnica e extensão rural, além de crédito específico (alta de 70%), sendo R$ 1 milhão por produtor para
para fomentar a prática – como já ocorre atualmen‑ ser pago em até 10 anos, sendo três anos de carência.
te pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão
Outra novidade do PAP é que o Moderfrota foi
de Carbono (ABC), que financia em até 15 anos
revitalizado, com taxas de juros reduzidas de 5,5%
(sendo seis anos de carência) a implantação e manu‑
para 4,5% e voltando a financiar a aquisição de má‑
tenção de florestas comerciais.
quinas agrícolas novas. Além disso, o Moderinfra
teve
aumento dos limites de crédito individuais de
Em relação ao Programa de Subvenção ao Prêmio
do Seguro Rural (PSR), proposta em que o governo R$ 1,3 milhão para R$ 2 milhões e coletivos de
atua por meio da redução de custos no momento da R$ 4 milhões para R$ 6 milhões para projetos de
contratação da apólice, os recursos foram mantidos infraestrutura elétrica e para a preservação de água,
em R$ 700 milhões, volume suficiente para alcan‑ além dos sistemas de irrigação na(s) propriedade(s).
çar cerca de 10 milhões de hectares e mais de 80 mil
produtores. Neste ano, ajustes serão feitos no zone‑ Limites e taxas de juros
amento agroclimatológico, de maneira a torná‑lo o
O limite de financiamento de custeio, por produtor,
mais aderente possível à realidade dos cultivos agrí‑
foi ampliado de R$ 1 milhão para R$ 1,1 milhão,
colas do país.
enquanto o destinado à modalidade de comerciali‑
Quanto aos incentivos à pecuária, agora os cria‑ zação passou de R$ 2 milhões para R$ 2,2 milhões.
dores poderão financiar a aquisição de animais para Em ambos os casos, a variação foi de 10%.
Agosto de 2014 | NossoAlho | 23
Notícias
Da programação para a temporada 2014/15,
R$ 132,6 bilhões são com juros inferiores aos pra‑
ticados no mercado, um crescimento de 14,7% so‑
bre os R$ 115,6 bilhões disponibilizados na safra
2013/14. As taxas de juros mais baixas estão nas se‑
guintes modalidades:
• 4% para armazenagem, irrigação e
inovação tecnológica (5% no crédito
de armazenagem para cerealistas);
• 5% para práticas sustentáveis;
“A taxa média de juros anual de 6,5% no PAP
2014/15 mostra a preocupação do governo federal
em dar condições aos nossos produtores e coope‑
rativas para se manterem competitivos no mercado.
As taxas de juros do crédito rural foram em grande
parte preservadas, uma vez que os ajustes foram infe‑
riores ao aumento da taxa Selic desde o lançamento
do Plano 2013/14”, explica o ministro Neri Geller.
Confira as condições de pagamento dos principais
programas:
• 5,5% aos médios produtores;
• 4,5% a 6% para financiar a aquisição de
máquinas e equipamentos agrícolas.
Custeio
Investimento
(1) Limite para plantio comercial de
florestas: R$ 3 milhões/beneficiário
(2) Produtores rurais com renda
bruta anual até R$ 1,6 milhões
(3) Produtores rurais com renda bruta
anual acima de R$ 1,6 milhões
(4) Limite para crédito
coletivo: R$ 2,4 milhões
(5) Limite para crédito
coletivo: R$ 6 milhões,
(6) Limite para crédito
coletivo: R$ 4 milhões
(7) Produtores rurais com renda
bruta anual até R$ 90 milhões
(8) Produtores rurais com renda
bruta anual acima de R$ 90 milhões
24 | NossoAlho | Agosto de 2014
CRÉDITO DO PAP
LIBERADO POR ESTADO
NOS ÚLTIMOS ANOS
Financiamentos
concedidos – custeio,
comercialização e
investimento agrícola e
pecuário
Fonte: http://www.agricultura.gov.br/
politica-agricola/noticias/2014/05
IHARA. UMA NOVA ENERGIA NA CANA.
A IHARA é uma empresa com ampla experiência
nas mais variadas culturas, sempre inovando e
desenvolvendo novas moléculas para oferecer
produtos que contribuam para a sustentabilidade e
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14
0
2
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t
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26 | NossoAlho | Agosto de 2014
Notícias
Pleitos da Anapa junto aos
Órgãos Governamentais
Dentre as diversas ações da Associação Nacional dos
Produtores de Alho - ANAPA para defender o produtor
brasileiro, atualmente existem dois pleitos importantes
junto aos órgãos do governo federal.
Um deles é a defesa de desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados) sobre as embalagens plásticas, aquelas utilizadas por
produtores agrícolas para armazenamento de legumes e verduras. Tais
reduções, ainda que pequenas, provocariam grande resultado positivo
para o setor agropecuário.
Rafael Corsino, destaca a relevância desse pleito para os produtores
nacionais, lembrando que mais de 4.200 famílias têm seu sustento a par‑
tir da agricultura familiar do alho, e consequentemente essa redução do
IPI acarretaria uma economia significativa no custo de produção, princi‑
palmente do pequeno e médio produtor. “A iniciativa reduziria o custo
do produtor com a embalagem, e isso impactaria direto ao consumidor
final, que compraria o produto com um preço menor”, ressalta Rafael.
Outra ação importante é em relação a redução do imposto de importa‑
ção para máquinas agrícolas. O produtor nacional sempre vem buscando
modernas práticas e novas tecnologias junto a outros países, mas quando
quer importar as máquinas que na maioria das vezes tem um preço mais
competitivo que no nosso país, ou muitas vezes nem possui produção
similar, esbarra na ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Má‑
quinas e Equipamentos).
Para pleitear a redução do imposto tem que passar pela análise dessa
Associação, pagar uma alta taxa, um processo muito burocrático e mui‑
tas vezes tão demorado, que o prazo se expira e tem que refazer todo o
processo novamente, pagando novas taxas, e ainda por cima o parecer
poderá não ser favorável, mesmo com a certeza de que a máquina não
tenha produção brasileira.
Ainda há muito trabalho a ser feito, mas a ANAPA, como sempre,
continuará vigilante, atuante e empreenderá todos os esforços necessá‑
rios para defender, dentro da legalidade, os interesses dos produtores na‑
cionais de alho.
Rafael Jorge Corsino
Ex presidente da ANAPA
Agosto de 2014 | NossoAlho | 27
Mercado do Alho
Conjuntura do Alho
CONJUNTURA MENSAL
Conjuntura Mensal – Período: 01 a 30/06/2014
ALHO
Período: 01 a 30/06/2014
Quadro
I – PREÇO
PAGO
AO PRODUTOR
– Alho
Nobre
5 Extra
(em R$/kg)
Quadro
I – PREÇO
PAGO
AO PRODUTOR
– Alho
RoxoRoxo
Nobre
TipoTipo
5 Extra
– (em– R$/kg)
Períodos anteriores (R$/kg)
Centros de Produção
Cristalina (GO)
São Gotardo (MG)
Cristópolis (BA)
São Marcos (RS)
Curitibanos (SC)
Unid.
doze
meses
mês
anterior
mês
atual
Preço Mínimo
kg
kg
kg
kg
kg
6,00
7,48
6,38
6,00
6,00
5,00
6,39
7,00
5,50
4,66
5,00
6,39
7,00
5,50
5,00
2,98
2,98
2,98
3,10
3,10
Fonte/Elaboração: Conab
Fonte/Elaboração: Conab
Mercado Nacional
Dados preliminaresDados
do preliminares
Levantamentodo Sistemático
daSistemático
Produção
Levantamento
Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE publicados
da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasilei‑
em maio/2014, e informações colhida junto aos agentes da cadeia produtiva do alho,
ro de crescimento
Geografia e da
Estatística
– IBGE
sem
Quadro II, apontam para um ligeiro
área cultivada
napublicado
safra 2014/15,
9.541 ha na
atual temporada,
contra
da ordem de 0,3%, devendo totalizar
cercaede
maio/2014,
informações
colhida
junto aos agentes
9.516 cultivados no ano passado.
da cadeia produtiva do alho, Quadro II, apontam
ligeiro
área cultivada
na sa‑
A produção, porpara
suaum
vez,
foi crescimento
estimada emda111,8
mil toneladas,
fra 2014/15,
da ordem
de 0,3%,
devendo totalizar
indicando, portanto, um crescimento
aproximado
de 9,5%,
se comparada
às 102,1
toneladas colhidas na safra cerca
2013/14.
O crescimento
produçãocontra
é atribuído
de 9.541
ha na atual da
temporada,
9.516
inicialmente a um possível incremento
de
9,2%
nos
níveis
de
produtividades
onde
o
cultivados no ano passado.
uso de tecnologia vem sendo incrementado nas principais regiões produtoras, cuja
média prevista para o Brasil, na
safra em
deestimada
11,7 mil
Ainda,
de
A produção,
porcurso,
sua vez,é foi
em kg/ha.
111,8 mil
toneladas,
acordo com o Quadro II, o indicando,
incremento
da produção
ocorrerá
basicamente
nos
portanto,
um crescimento
aproximado
de 9,5%, se com‑
Estados de Minas Gerais (comparada
maior
superfície
de
área
cultivada),
Goiás,
Bahia
e
às 102,1 toneladas colhidas na safra 2013/14. O crescimento
Distrito Federal.
da produção é atribuído inicialmente a um possível incremento de
Ana Rita Lopes Farias Freddo
9,2% nos níveis de produtividades onde o uso de tecnologia vem
Quadro II - Evolução da Área Plantada, da Produção
Produtividade de Alho
Brasil
sendoe daincrementado
nas no
principais
regiões produtoras, cuja mé‑
Área Plantada (em ha)
Produção (em ton)
Produtividade (em ton/ha)
Região
Analista2012
Engenheira 2013
AgrônomaProjeçãodia
Brasil,Projeção
na safra
em curso,
é de
mil kg/ha.
2014prevista
2014
Projeção
2014
2012 para o2013
2012
201311,7
10.062
9.516
107.001
102.087
10,634
9.541
111.814
10,728
Brasil
Ainda, de acordo com o Quadro II, o incremento da produção11,719
ocor‑
[email protected]
2.392
2.045
35.303
30.680
14,759
2.146
32.190
15,002
15,000
GO
rerá
Estados de 35.000
Minas Gerais
1.456
1.525de
18.132 nos
20.464
12,453 (com
2.500 basicamente
13,419maior superfí‑
14,000
MG
Companhia
Nacional
1.908
2.031
19.315
19.129
10,123Federal.
1.500
15.000
9,419
10,000
SC
cie
de área cultivada),
Goiás, Bahia
e Distrito
Abastecimento
- CONAB
RS
BA
DF
PR
ES
SP
2.542
635
472
565
84
8
2.383
640
354
439
86
13
28 | NossoAlho | Agosto de 2014
Fonte : IBGE e Anapa - Dados até maio de 2014
1.800
700
354
439
89
13
17.488
7.959
5.133
2.675
956
40
18.268
6.740
3.688
2.084
951
83
13.860
8.400
4.248
2.084
949
83
6,880
12,534
10,875
4,735
11,381
5,000
7,666
10,531
10,418
4,747
11,058
6,385
7,700
12,000
12,000
4,747
10,663
6,385
acordo com o Quadro II, o incremento da produção ocorrerá basicamente nos
Estados de Minas Gerais (com maior superfície de área cultivada), Goiás, Bahia e
Distrito Federal.
Quadro
II - Evolução
da Área
Plantada,
da Produção
e da
de Alho no Brasil
Quadro
II - Evolução
da Área Plantada,
da Produção
e da Produtividade
de Alho
no Produtividade
Brasil
Área Plantada (em ha)
Produção (em ton)
Produtividade (em ton/ha)
Região
Projeção 2014
Projeção 2014
Projeção 2014
2012
2013
2012
2013
2012
2013
10.062
9.516
107.001 102.087
10,634
9.541
111.814
10,728
11,719
Brasil
2.392
2.045
35.303
30.680
14,759
2.146
32.190
15,002
15,000
GO
1.456
1.525
18.132
20.464
12,453
2.500
35.000
13,419
14,000
MG
1.908
2.031
19.315
19.129
10,123
1.500
15.000
9,419
10,000
SC
2.542
2.383
17.488
18.268
6,880
1.800
13.860
7,666
7,700
RS
635
640
7.959
6.740
12,534
700
8.400
10,531
12,000
BA
472
354
5.133
3.688
10,875
354
4.248
10,418
12,000
DF
CONJUNTURA
MENSAL439
565
439
2.675
2.084
2.084
4,735
4,747
4,747
PR
84
86
89
956
951
949
11,381
11,058
10,663
ES
8
13
40
83
5,000
13
83
6,385
6,385
SP
Fonte : IBGE e Anapa - Dados até maio de 2014
Elaboração: Conab
Fonte: IBGE e Anapa - Dados até maio de 2014 / Elaboração: Conab
Na região Sul, os trabalhos de plantio da safra em curso foram
iniciados
em osmaio
com
conclusão
atéo otérmino
final
de
julho/14.
Já a comercialização
Conab
– Companhia
Nacional
de
Abastecimento
do período
da entressafra
na região Su‑
Na região Sul,
trabalhos
desua
plantio
da safra em
foi
concluída
em
junho
do
corrente
ano.
da
safra
passada
SGAS
901
Conjunto
A
Lote
69
70390
010
Brasília-DF
curso foram iniciados em maio com sua conclusão deste e Centro-Oeste. Finalmente, na Região Nor‑
Tel: (61) 3312-6000 | www.conab.gov.br
até o final de julho/14. Já a comercialização da safra deste, este processo terá início a partir de agosto.
A partir
de julho,
o mercado do Rio Grande do Sul vivenciará o período
passada foi concluída
em junho
do corrente ano.
Este
texto
pode
ser
reproduzido
por qualquer
meio, desde
seja com
citada
a fonte. de
Ressalta-se
que,que
mesmo
o impacto
da produ‑
de entressafra, o que deverá estimular
elevações
nos
atuais
patamares
preços
ção
nordestina
deste
produto
no
mercado
nacional
A
partir
de
julho,
o
mercado
do
Rio
Grande
do
recebidos pelos produtores, atualmente cotado em R$ 5,50/kg conforme pode ser
Sul
vivenciaráno
o período
de entressafra,
verificado
Quadro
I acima. o que deverá ser considerado reduzido, a Bahia, que figura como
estimular elevações nos atuais patamares de preços 5º maior produtor nacional, contribuirá nessa safra
com ume montante
aproximadode
de 8.400
toneladas.
recebidos pelos produtores,
atualmente
cotado em
Nas regiões
Nordeste,
Sudeste
Centro-Oeste,
acordo
com o
R$ 5,50/kg conforme pode ser verificado no Qua‑
que
na
Sul,
tal
finalização
quadro abaixo, o plantio já foi concluído,Noenquanto
Gráfico I, observa-se uma pequena retração
dro I acima.
ocorrerá em julho. Em se tratando da nos
colheita,
nasaostrês
primeiras
regiões
preços pagos
produtores
de Minas
Gerais os
trabalhos
iniciados
julho e finalizados
em de
outubro.
na Região
Sul, Atri‑
iniciasetembroJá
a dezembro
de 2013.
Nas regiõesserão
Nordeste,
Sudeste eem
Centro-Oeste,
de no período
se emcom
novembro,
finalizando
dezembro.
à comercialização,
este comportamento,
em parte, enfatiza-se
ao aumen‑
acordo
o quadro abaixo,
o plantioem
já foi
con‑ bui-seQuanto
to da oferta
do alho importado,
comercializado
no e
que oenquanto
mercado
o término
do período
da entressafra
na região
Sudeste
cluído,
que vivencia
na Sul, tal finalização
ocorrerá
Brasil. Posteriormente,
de janeiro
a marçoadepartir
2014,de
em
julho. Em se tratando
da colheita,
nas três pri‑
Nordeste,
este processo
terá início
Centro-Oeste.
Finalmente,
na Região
meiras
regiões os trabalhos serão iniciados em julho verifica-se que ocorreu um pequeno aumento na co‑
agosto.
e finalizados em outubro. Já na Região Sul, iniciase tação para em seguida, apresentar estabilização na
faixa
de R$ 6,39/kg.
em novembro, finalizando
em dezembro.
Quanto àcom
Ressalta-se
que, mesmo
o impacto
da produção nordestina deste
comercialização,
enfatiza-senacional
que o mercado
produto no mercado
ser vivencia
considerado reduzido, a Bahia, que figura como 5º
maior produtor nacional, contribuirá nessa safra com um montante aproximado de
8.400 toneladas.
Período
jan
fev
Região
Sudeste e Centro-Oeste
Nordeste
Sul
Quadro III
- Calendário
de
e Colheita
Quadro
III - Calendário
de Plantio
Plantio e Colheita
do Alhodo Alho
mar
abr
mai
Fonte : Anapa
Elaboração: Conab
ago
set
out
nov
dez
15%
20%
0%
20%
25%
0%
25%
25%
0%
20%
20%
0%
10%
10%
5%
Colheita
Sudeste e Centro-Oeste
Nordeste
Sul
Sudeste e Centro-Oeste
5%
0%
Nordeste
0%
0%
Sul
15%
25%
jun
jul
Plantio
0%
0%
20%
0%
0%
20%
0%
0%
10%
Comercialização (%)
0%
5%
0%
0%
5%
0%
Fonte: Anapa / Elaboração: Conab
Agosto de 2014 | NossoAlho | 29
No Gráfico I, observa-se uma pequena retração nos preços pagos aos
No Rio Grande do Sul, os preços quase não oscilaram no período
analisado.
Todavia
Mercado do
Alho é interessante frisar que ocorreu uma queda nas cotações, no
espaço entre fevereiro a abril de 2014, devido à pressão exercida pela entrada do
No importado,
Rio Grande dobem
Sul, oscomo
preços quase
osci‑
Destaca-se
mesmo com
concorrência
alho
pela não
comercialização
doque
produto
dasa forte
demais
regiões
laram
no
período
analisado.
Todavia
é
interessante
das
importações,
o
menor
valor
recebido
pelos
produtoras. Na sequência, os preços praticamente mantiveram-se estagnadospro‑
até
frisar
que
ocorreu
uma
queda
nas
cotações,
no
es‑
dutores
pelo
kg
do
alho
roxo
nobre
tipo
5
extra,
junho de 2014, atingindo o patamar de R$ 5,50/kg.
paço entre fevereiro a abril de 2014, devido à pres‑ no período analisado no Gráfico I foi superior ao
são exercida pela entrada do alho importado, bem
mínimo estabelecido pelo Governo Federal,
Destaca-se que mesmo com apreço
forte
concorrência das importações, o
como pela comercialização do produto das demais
conforme demonstrado no Quadro I acima.
menor valor recebido pelos produtores pelo kg do alho roxo nobre tipo 5 extra, no
regiões produtoras. Na sequência, os preços prati‑
período analisado no Gráfico I foi superior ao preço mínimo estabelecido pelo
camente mantiveram-se estagnados até junho de
Governo
Federal, conforme demonstrado no Quadro I acima.
2014, atingindo o patamar de R$ 5,50/kg.
Gráfico I - Preço Nominal Pago ao Produtor pelo Alho Roxo Nobre Tipo 5 Extra
Gráfico I - Preço Nominal Pago ao Produtor pelo Alho Roxo Nobre Tipo 5 Extra
8,00
7,00
R$/kg
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
jul/13
ago/13
set/13
out/13
nov/13
dez/13
jan/14
fev/14
mar/14
abr/14
mai/14
jun/14
Período
GO
MG
BA
RS
SC
Fonte/Elaboração: Conab
Fonte/Elaboração: Conab
Ana Rita Lopes Farias Freddo
Analista Engenheira Agrônoma
Tel : (61) 3312-2231
E-mail: [email protected]
Conab – Companhia Nacional de Abastecimento
SGAS 901 Conjunto A Lote 69 70390 010 Brasília-DF
Tel: (61) 3312-6000 | www.conab.gov.br
30 | NossoAlho | Agosto de 2014
Este texto pode ser reproduzido por qualquer meio, desde que seja citada a fonte.
Mercado e as importações
de Alho no Brasil
Safra 2014/15
O consumo de alho per-cápita no Brasil é de
1,50 Kg/habitante/ano. Na safra de 2014/15 serão
necessárias 300 mil toneladas para o abastecimen‑
to nacional. A demanda mensal será de 2,5 milhões
de caixas de 10 Kg ou de 83 mil caixas por dia.
Marco Antônio Lucini
Engenheiro Agrônomo,
Epagri/Curitibanos.
[email protected]
A produção nacional abastecerá nesse período 40% do consumo e
os outros 60% serão de alhos importados, principalmente da China
(40%) e da Argentina (20%).
No primeiro semestre de 2014, de acordo com o Secex (Sistema
Aliceweb), o Brasil importou 9.032.986 de caixas de 10 Kg no valor
US$ 103.395.098,00, preço Fob declarado. A média geral por caixa foi
US$ 11,45. O volume médio mensal importado foi de 1,50 milhões de
caixas. Permanecendo essa média o país importará no ano de 2014, 18
milhões de caixas, novo recorde nacional.
Gráfico 1. Importações de Alho no Brasil no 1º semestre de 2014.
Importações de Alho Jan/jun-­‐ 2014 -­‐ Cx 10 Kg 1.800.000 1.600.000 Caixas de 10 Kg 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 -­‐ volume -­‐ cx jan fev mar abr maio jun 1.538.106 1.604.002 1.326.564 1.297.210 1.675.075 1.592.029 Fonte: Aliceweb
Agosto de 2014 | NossoAlho | 31
Mercado do Alho
Os dois principais fornecedores de alho para o
Brasil são a China e Argentina. Tradicionalmente a
Argentina domina a oferta nos meses de dezembro
a abril. Por sua vez, a China oferta volumes maiores
que os hermanos nos demais meses do ano e dita os
preços no mercado nacional.
A China exportou nesse mesmo período 4.421.200
caixas e o valor declarado de US$ 34.028.254,00
com o preço médio por caixa US$ 7,70.
Com a média mensal de alhos importados de
1,50 milhões de caixas e o seu baixo preço, compre‑
ende‑se por que o mercado nacional de alho esteve
em baixa no primeiro semestre de 2014.
No primeiro semestre de 2014 o volume exportado
de alho para o Brasil, por esses dois países, foi mui‑
O alho chinês de US$ 7,70 por caixa declara‑
to semelhante. A Argentina exportou 4.432.126 cai‑
xas no valor declarado Fob de US$ 67.590.229,00 do na Receita Federal, preço FOB, custou para
com o preço médio por caixa de US$ 15,25. o importador, após pagar, entre outros encargos,
Gráfico 2. Importações de alho da China e Argentina no 1º Semestre de 2014.
Importações de alho -­‐ jan/jun-­‐2014 Principais países: Argen?na e China 1.200.000 Caixas de 10 Kg 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 -­‐ jan fev mar abr maio jun Chinês 684.426 585.902 413.564 661.008 1.073.276 1.003.024 Argen?no 841.680 1.006.100 913.000 636.202 587.426 447.718 Fonte: Aliceweb
a taxa de anti-dumping de US$ 7,80 por caixa, impostos para internalização da mercadoria e o frete,
a TEC de 35%, o ICMS, o frete, a marinha mercante, o custo da caixa foi de R$ 45,00 para o importador.
Foi exatamente esse o preço médio recebido pelos
o despachante, aproximadamente R$ 50,00.
produtores do sul nesse mesmo período.
O Argentino que domina o mercado nos primei‑
O gráfico três mostra que a prática de dumping
ros meses do ano, após uma alta desvalorização na
sua moeda (peso argentino), exportou o alho para o continua no alho chinês. A diferença de preços pra‑
Brasil por US$ 15,25 a caixa. Isso ajudou e muito ticados FOB, entre o Argentino (economia de mer‑
o mercado a ficar em baixa. Após pagar todos os cado) e o Chinês é na faixa de US$ 8,00 por caixa.
32 | NossoAlho | Agosto de 2014
Gráfico 3. Preços declarados FOB, por caixa, Argentino e Chinês no 1º Semestre de 2014.
Importações Alho -­‐ jan/jun 2014 Preço médio declarado Fob/US$/cx 18,00 16,00 US$/Caixa/Fob 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 jan fev mar abr maio jun Chinês 8,35 7,55 7,39 7,17 7,62 7,90 Argen>no 16,21 15,70 14,70 14,48 15,07 14,88 Fonte: Aliceweb
A oferta nacional de alhos, safra de 2014/15, para o importador de R$ 62,00, superior ao pratica‑
será de 12 milhões de caixas que tem origem em duas do no primeiro semestre de 2014, por isso a expec‑
regiões bem distintas: Sul (SC e RS) e o “Cerrado”, tativa de melhora no mercado.
especialmente Goiás e Minas Gerais. O alho do
Além disso, informações vindas da Argentina
Cerrado para o mercado será 8,50 milhões de caixas
dão conta de redução nas áreas de plantio. A ex‑
e o do Sul de 3,50 milhões de caixas, de acordo com
pectativa é que voltem a vender alho a partir dos
levantamentos feitos pela Anapa.
US$ 25,00/caixa Fob, como nas safras anteriores.
Para o segundo semestre de 2014 e o primeiro de
Confirmando-se a menor oferta de Chinês e Ar‑
2015 prevê-se uma melhora no mercado, uma vez
gentino no mercado, e principalmente a tendên‑
que as notícias extraoficiais dão conta na redu‑
cia de maiores preços internacionais FOB, a safra
ção da produção da China e o aumento nos pre‑
de 2014/15, na minha opinião, será muito boa,
ços praticados. A venda de alho chinês novo na faixa
melhor que a anterior.
de US$ 12,00/FOB tem um custo de internalização
Agosto de 2014 | NossoAlho | 33
Mercado do Alho
Situação do Mercado
de Alho na China
CONSEJERÍA AGRÍCOLA
EMBAJADA DE ARGENTINA
MINISTERIO DE AGRICULTURA,
GANADERÍA Y PESCA
PRESIDENCIA DE LA NACIÓN
EN LA REPÚBLICA POPULAR CHINA
Autor: Consejero Agrícola Omar E. Odarda;
Lic. Hernán Viola
DOC/CAP/010-2014
Beijing, 29 de julio de 2014
Informe
Situación del Mercado de Ajo en China
Contenido
1.
2.
3.
4.
Panorama del Mercado ................................................................ 2
Campaña 2013-2014 ..................................................................... 2
Perspectiva campaña 2014-2015 ................................................. 2
Evolución de precios.................................................................... 3
5. Exportaciones ............................................................................... 4
Evolución Histórica ........................................................................ 4
Año 2013 ........................................................................................ 4
Enero-mayo 2014 .......................................................................... 6
Anexo…………………………………………………………………...….8
Resumen ejecutivo
En el presente informe se ha recopilado informa‑
ción sobre la producción de ajo en la República Po‑
pular China, en vista a su importancia en el contexto
La fuerte caída en los precios en julio 2013, debido a la sobreoferta de ajo (4,7 millones de toneladas)
por ser
primer
productor
y exporta‑
producto de una cosecha 35%internacional
al año anterior, en relación
a lael
campaña
anterior,
provocó pérdidas
entre
los productores y muchos optaron en la siguiente campaña por sembrar otros productos, como trigo, que
la Argentina
exportador,
ofrecía una mejor rentabilidad.dor
De mundial,
esta manera,siendo
el área sembrada
con ajo segundo
en septiembre-octubre
del
mismo año cayó un 10%.
pero en un volumen relativamente inferior.
En el presente informe se ha recopilado información sobre la producción de ajo en la República Popular
China, en vista a su importancia en el contexto internacional por ser el primer productor y exportador
mundial, siendo la Argentina segundo exportador, pero en un volumen relativamente inferior.
Se espera que la cosecha de 2014 cierre con unas 4,13 millones de toneladas (un 10%-12% menos),
debido no sólo a la contracción de
superficie
sino también
una caída
del rendimiento
por
La lafuerte
caídasembrada,
en los precios
en julioa2013,
debido
a la sobreoferta
condiciones climáticas no tan favorables.
de ajo (4,7 millones de toneladas) producto de una cosecha 35% al
Sin embargo, los buenos resultados en la actual campaña de producción de ajo en España hacen prever
año anterior, en relación a la campaña anterior, provocó pérdidas entre
que la demanda internacional será relativamente cubierta, compensando la menor oferta de ajo de
productores
muchos mantenerse
optaron enrelativamente
la siguiente estables.
campaña por sem‑
China, por lo que los precios alos
nivel
internacionaly deberían
brar otros productos, como trigo, que ofrecía una mejor rentabilidad.
De esta manera, el área sembrada con ajo en septiembre-octubre del
****
mismo año cayó*un
10%.
Se espera que la cosecha de 2014 cierre con unas 4,13 millones de
toneladas (un 10%-12% menos), debido no sólo a la contracción de
la superficie sembrada, sino también a una caída del rendimiento por
condiciones climáticas
no tan favorables.
Para mayor información, contactar:
Aviso: la información del presente trabajo es pública y no tiene limitaciones de uso, sólo se solicita citar la fuente. © Consejería
Agrícola (MAGyP), Embajada Argentina en la República Popular China, 2014.
Consejería Agrícola (MAGyP)
Elaborado pelo Conselho Agrícola
da Embaixada Argentina na
República Popular da China
Embajada
Argentina
en la República
Sin embargo, los
buenos
resultados
en laPopular
actualChina
campaña de produc‑
Tel: +86-10-6532-0789/90, ext. 10 Fax: +86-10-6532-0270
ción de ajo en España
hacen prever que
la demanda internacional será
Email: [email protected]
/ www.agrichina.org
relativamente cubierta, compensando la menor oferta de ajo de China,
por lo que los precios a nivel internacional deberían mantenerse rela‑
tivamente estables.
Agosto de 2014 | NossoAlho | 35
Mercado do Alho
1. Panorama del Mercado
2. Campaña 2013-2014
China es el primer productor y exportador mun‑
Es necesario destacar la inexistencia de datos ofi‑
dial de ajo, teniendo una fuerte incidencia en el pre‑ ciales del gobierno chino sobre producción de ajo,
cio internacional.
lo cual dificulta el análisis del mercado. Todos los
datos que se presentan a continuación son de fuen‑
El proceso de siembra en China comienza hacia
tes privadas chinas.
fines de septiembre y principios de octubre y se co‑
secha a partir de mediados de mayo. La producción
Debido al alto nivel de precios del ajo en el mer‑
es esencialmente manual.
cado chino en la campaña anterior, los productores
incrementaron la superficie sembrada en un 11%
Considerando una producción normal, y sin tener
en 2012, totalizando 4,35 millones de mu (290.000
en cuenta los factores climáticos, se estima que la
hectáreas).
Las buenas condiciones climáticas y el
producción promedio de ajos por mu1 es de aproxi‑
aumento de la superficie sembrada llevaron a una
madamente 900 a 1.000 kg, es decir, entre 13,5 Tm/
producción en 2013 de 4,7 millones de toneladas,
ha y 15 Tm/ha.
lo que significó un incremento del 35% y un volu‑
men
similar al alcanzado en 2011.
En 2013 las principales provincias productoras
fueron Shandong (46%), Henan (22%) y Jiangsu
Esta mayor oferta provocó una importante caída
(17%), que en conjunto representaron el 85% de la
en el precio del ajo al momento de cosechar, pasan‑
producción nacional.2
do de RMB 8,2/kg en mayo de 2013 a RMB 2,8/
La principal zona productora se encuentra en el kg en julio del mismo año. Para mayor detalle véase
condado de Jinxiang en la provincia de Shandong el punto 4 del presente informe.
(15% aprox. de la producción total del país y 70%
El 70% de la producción total fue destinado
de las exportaciones chinas). Otras zonas de impor‑
como producto en fresco al mercado local y a la ex‑
tancia son Jixian (Henan), Shexian (Jiangxi), Can‑
portación, mientras que entre el 18% y 20% fue
gshan (Shandong), Chengwu (Shandong),
Dali
Consejería Agrícola
procesado por la industria local y comercializado en
Ministerio de(Shandong),
Agricultura, Ganadería
y Pesca
(Yunnan), Guangrao
Wenjiang
(Si‑
Embajada de Argentina en la República Popular China forma deshidratada, pasta, aceite y otros usos. Cabe
chuan)
y Haozhou (Anhui).
destacar que la industria de procesamiento de ajo
está en crecimiento y consolidación, por lo que año
tras
año aumenta la demanda de ajo para su proce‑
al de ajo, teniendo una fuerte incidencia en el precio
samiento. Por último, entre el 10 y 12% restante
fue retenido por el productor como semilla para la
ia fines de septiembre y principios de octubre y se próxima campaña.
cción es esencialmente manual.
en
la
de
ntre
Principales
Regiones
ProductorasdedeAjo
AjodedeChina
China
Principales
Regiones
Productoras
3. Perspectiva para la campaña
2014-2015
La caída en el nivel de precios en el mercado chino
a partir de junio de 2013 afectó la rentabilidad de
los productores locales de ajo, haciendo que muchos
de ellos no lograran cubrir los gastos de producción
y decidieran plantar otros cultivos, en particular tri‑
go, durante la próxima campaña. Es por ello, que el
área sembrada en 2013 se redujo un 10%, totalizan‑
do 3,91 millones de mu, es decir, 260.797 hectáreas.
ras
gsu
e la
el
Debido a la menor superficie sembrada y a con‑
ong
diciones climáticas no muy buenas, que habrían
de
ancia son Jixian (Henan), Shexian (Jiangxi), Cangshan
nan), Guangrao (Shandong), Wenjiang (Sichuan) y
36 | NossoAlho | Agosto de 2014
En el gráfico siguiente se presenta como referencia,
afectado el rendimiento, la cosecha en 2014 se con‑
traería un 10-12%, totalizando unos 4,13 millones la evolución del precio del ajo blanco de 6 cm en los
mercados mayorista en Jinxiang y Jiansu entre enero
de toneladas.
de 2011 y julio de 2014. Se estima que el precio de
Sin embargo, esta caída en la producción china no
esta variedad se ubicará en torno a los RMB 4/kg
afectaría la oferta mundial, ya que sería compensa‑
(U$S 0,67/kg) durante la presente campaña.
da en gran medida por la buena cosecha registrada
Desde el 2010 se han observado fuertes oscilacio‑
en España. Por ende, no se prevé una oscilación im‑
portante del precio a nivel internacional en la pre‑ nes de precios en el mercado chino de ajo, derivadas
de falsas expectativas por parte de los productores,
sente campaña.3
que al no disponer de buena información, basan sus
decisiones de siembra en el precio disponible en ese
4. Evolución de precios
momento. Este comportamiento acentúa los ciclos:
El precio mayorista del ajo en China alcanzó su cuando el precio es elevado, aumentan fuertemente
máximo histórico en octubre de 2010, al ubicarse la siembra, lo cual lleva inevitablemente a un au‑
en RMB 12,24 / Kg (U$S 2,04/Kg).4 Luego de al‑ mento de la producción, y a la consecuente caída
DOC/CAP/010-2014
Consejería Agrícola
canzar
dicho nivel, comenzó su camino descenden‑ del precio, pérdida de la rentabilidad
y caída
de la
29 de julio de 2014
Ministerio de Agricultura, Ganadería
y Pesca
te para situarse a fines de 2011 en torno a los RMB siembraEmbajada
de
Argentina
en
la
República
Popular
China
en la siguiente campaña.
2 (U$S 0,32/kg), tras una buena cosecha en 2011.
Sin embargo, esta caída en la producción china no afectaría la oferta mundial, ya que sería compensada
En base a esta tendencia, se podría prever que a
en A
gran
medida
la buena
registrada
en España. Por ende, no se prevé una oscilación
partir
de allí,por
comenzó
un cosecha
nuevo ciclo
ascenden‑
3
actual caída
del 10% de la producción de ajo de
importante del precio a nivel internacional en la presentelacampaña.
te, por una mala cosecha en la campaña 2012/2013, China, debería seguir un aumento del precio en
4. seEvolución
de precios
que
prolongó hasta
mayo de 2013 cuando el pre‑ el mercado local e internacional. Sin embargo, se
Elcio
precio
mayorista
del aajo
China
alcanzó
máximo histórico en octubre de 2010, al ubicarse en
se ubicó
en torno
losenRMB
8/kg
(U$S su
1,33/
prevé que dicho aumento (al menos en el mercado
4
Luego
de
alcanzar
nivel, comenzó su camino descendente para
RMB
12,24
/
Kg
(U$S
2,04/Kg).
kg), para descender nuevamente a un mínimo de dicho
internacional)
será atenuado
la buena cosecha
situarse a fines de 2011 en torno a los RMB 2 (U$S 0,32/kg),
tras una buena
cosecha por
en 2011.
RMB 2,3/kg (U$S 0,38/kg) en septiembre del mis‑ registrada en España.
Amo
partir
de como
allí, comenzó
un nuevo
ciclo ascendente,
año,
consecuencia
del ingreso
de la cose‑ por una mala cosecha en la campaña 2012/2013,
que se prolongó hasta mayo de 2013 cuando el precio se ubicó en torno a los RMB 8/kg (U$S 1,33/kg),
cha de 2013, que resultó ser muy elevada.
para descender nuevamente a un mínimo de RMB 2,3/kg (U$S 0,38/kg) en septiembre del mismo año,
como consecuencia del ingreso de la cosecha de 2013, que resultó ser muy elevada.
En el gráfico siguiente se presenta como referencia, la evolución del precio del ajo blanco de 6 cm en los
mercados mayorista en Jinxiang y Jiansu entre enero de 2011 y julio de 2014. Se estima que el precio
de esta variedad se ubicará en torno a los RMB 4/kg (U$S 0,67/kg) durante la presente campaña.
Evolución
del del
Precio
Mayorista
Jinxiangy Jiangsu
y Jiangsu
de Blanco
Ajo Blanco
cm)– (2011
– julio 2014)
Evolución
Precio
Mayorista en
en Jinxiang
de Ajo
(6 cm) (6
(2011
julio 2014)
11,0
10,8
10,7
8,0
8,2
8
8,7 8,4 8,6
8,3 8,2
8,2
7,2
6
2,8
3,6
3,8
4,6
4,4
4,4 3,9
4,0
jul-14
jun-14
abr-14
may-14
feb-14
mar-14
dic-13
ene-14
oct-13
nov-13
sep-13
jul-13
jun-13
abr-13
may-13
feb-13
mar-13
dic-12
ene-13
oct-12
nov-12
jul-12
jun-12
2,3
may-12
dic-11
oct-11
nov-11
abr-12
2,7
2,5
2,4
sep-11
jul-11
jun-11
abr-11
may-11
feb-11
mar-11
ene-11
2,4
feb-12
2
3,2
3,5
ago-13
3,3
3,6
mar-12
3,6
4,2
4,1
4,2
3,9
ene-12
4
5,6
4,5
4,6
0
8,6
7,8
ago-11
Precio RMB por Kg.
9,1
sep-12
10
11,2
ago-12
12
Fuente: elaboraciónFuente:
propia, en
base a datos
de www.dasuanwang.com
en www.suannong168.com
elaboración
propia,
en base a datos de ywww.dasuanwang.com
y en www.suannong168.com
Desde el 2010 se han observado fuertes oscilaciones de precios en el mercado chino de ajo, derivadas
de falsas expectativas por parte de los productores, que al no disponer de buena información, basan sus
decisiones de siembra en el precio disponible en ese momento. Este comportamiento acentúa los ciclos:
Agosto
de 2014
| NossoAlho
| 37
cuando el precio es elevado, aumentan fuertemente la siembra, lo
cual lleva
inevitablemente
a un
aumento de la producción, y a la consecuente caída del precio, pérdida de la rentabilidad y caída de la
Mercado do Alho
Por su parte, las asociaciones de productores y ex‑
portadores de ajo de China, entre la que se destaca
la Súbcámara de Ajo, dependiente de la Cámara
China de Comercio de Importación y Exportación
de Alimentos, Productos Nativos y Subproductos
de Origen Animal (CNFA), se han fijado como
prioridad ahondar los esfuerzos en el seguimiento
del mercado y poner a disposición entre sus asocia‑
dos mayores herramientas para asegurar un desar‑
rollo más estable del sector5, con el fin de tratar de
brindar mayor información y evitar fuerte oscilacio‑
nes en la producción local de ajo por efecto de la
variación de precios, lo cual profundiza la fase del
siguiente
ciclo.
DOC/CAP/010-2014
29 de julio de 2014
5. Exportaciones
se duplicaron y no dejaron de aumentar en los años
subsiguientes, mientras que las de los demás países
continuaron en niveles relativamente estables.
Dada la fuerte preponderancia que tiene China
en el mercado mundial de ajo, la evolución de su
producción anual tiene un importante efecto sobre
los precios internacionales. Sus principales competi‑
dores, aunque con niveles de comercialización muy
inferiores, son Argentina, España, Holanda e Italia.
Para mayor información, véase el Anexo.
El principal período de exportación de ajo en fres‑
co de China es entre principios de junio (luego del
inicio de la cosecha) hasta finales de agosto.
Consejería Agrícola
Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca
Año 2013 Embajada de Argentina en la República Popular China
5. Exportaciones
En 2013 China exportó un total de 1,81 millones
de toneladas de ajo6, por un valor de U$S 1.819
China
principal
exportador
a nivel
millones;
cual representó
incremento
del 15%
China
es es
el el
principal
exportador
dede
ajoajo
a nivel
mundial.
Susloventas
externasun
tuvieron
un fuerte
impulso
tras
su
ingreso
a
la
Organización
Mundial
de
Comercio
(OMC)
en
2001,
al
permitirle
superar
ciertas
mundial. Sus ventas externas tuvieron un fuerte en volumen con relación al año anterior, pero ape‑
limitaciones
deingreso
accesoa laenOrganización
diversos mercados.
Entre
y 2002
mismas
prácticamente
impulso tras su
Mundial nas
un 2001
crecimiento
del las
4,94%
en valor,
como con‑ se
duplicaron y no dejaron de aumentar en los años subsiguientes, mientras que las de los demás países
de Comercio (OMC) en 2001, al permitirle supe‑ secuencia de la caída internacional del precio del ajo
continuaron en niveles relativamente estables.
rar ciertas limitaciones de acceso en diversos merca‑ por efecto del mayor volumen exportado por China
Dada la fuerte preponderancia que tiene China en el mercado mundial de ajo, la evolución de su
dos. Entre 2001 y 2002 las mismas prácticamente ese año.
EvoluciónHistórica
Histórica
Evolución
producción anual tiene un importante efecto sobre los precios internacionales. Sus principales
competidores, aunque con niveles de comercialización muy inferiores, son Argentina, España, Holanda
e Italia. Para mayor información, véase el Anexo.
El principal período de exportación de ajo en fresco de China es entre principios de junio (luego del inicio
de la cosecha) hasta finales de agosto.
Evolución de las Exportaciones de Ajo Fresco de los Principales Paises
Pos. 070320 - Periodo: 1996-2012
Miles de toneladas
2.000
1.500
1.000
500
0
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
China
España
Italia
China, Hong Kong SAR
Holanda
Estados Unidos
Argentina
México
Malasia
India
Francia
Chile
Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE.
Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE.
Año 2013
En 2013 China exportó un total de 1,81 millones de toneladas de ajo6, por un valor de U$S 1.819
millones; lo cual representó un incremento del 15% en volumen con relación al año anterior, pero
DOC/CAP/010-2014
29 de julio de 2014
Consejería Agrícola
Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca
Embajada de Argentina en la República Popular China
Estructura
de lasdeexportaciones
deajo
ajo(2011-2013)
(2011-2013)
Estructura
las exportacioneschinas
chinas de
Posición
arancelari
a
Descripción
Vol. (Ton.)
2011
2012
Valor (Millones de U$S)
2013
Var. %
12/13
2011
2012
2013
Var. %
12/13
Part.
%
(U$S
2013)
Ajo fresco o
1.586.338
1.341.914
1.547.511
15,32
1.928,10
1.270,09
1.277,01
0,54
70,20
refrigerado
07129050
Ajo seco
165.615
138.285
164.151
18,71
429,90
315,90
388,38
22,95
21,35
Otras partes del ojo,
07032090
frescas o
57.674
53.214
59.387
11,60
105,25
87,59
92,11
5,15
5,06
refrigeradas
Tallos o plántulas
07032020
de ajo, frescas o
20.309
18.575
19.286
3,83
35,16
29,98
28,41
-5,22
1,56
refrigeradas
DOC/CAP/010-2014
Consejería
07119034
Ajos, en salmuera
9.958
7.281
7.006
-3,78
19,27
10,49
10,15
-3,28 Agrícola
0,56
29 de julio de 2014
Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca
Tallos o plántulas
de Argentina
Popular
07108020
6.323
5.526
5.349
-3,20Embajada
11,06
9,69en la República
8,83
-8,84 China
0,49
de ajo, congeladas
Ajos preservados Estructura de las exportaciones chinas de ajo (2011-2013)
20019010
en vinagre o en
4.758
5.348
7.079
32,35
9,01
9,28
12,99
39,93 Part.0,71
Vol. (Ton.)
Valor (Millones de U$S)
Posición
ácido acético
%
arancelari
07108030 Descripción
Ajo congelado
436
250
444Var. %77,39
1,12
0,53
1,27 Var.140,40
%
(U$S0,07
a
20111.851.411 20121.570.394 2013
Total
1.810.21312/13 15 2011
2.538,87 2012
1.733,56 2013
1.819,16 12/134,94 2013)100
Fuente:
elaboración
propia
en
base
a
la
Aduana
de
China
Fuente: elaboración propia en base a la Aduana de China
Ajo fresco o
07032010
1.586.338
1.341.914
1.547.511
15,32
1.928,10
1.270,09
1.277,01
0,54
70,20
refrigerado
Los
gráficos
a
continuación
presentan
la
evolución
mensual
de
las
exportaciones,
en
volumen
y
precio,
07129050
Ajo seco
165.615
138.285
164.151
18,71
429,90
315,90
388,38
22,95
21,35
durante
el
período
marzo
de
2012
a
febrero
de
2014.
En
primer
lugar,
se
puede
observar
un
fuerte
Otras partes del ojo,
los meses
de junio
a septiembre,
al mercado
el ajo
Lasincremento
exportaciones
deexportaciones
ajo57.674
fresco o en
refrigerado
re‑
septiembre,
cuandocuando
ingresa
al92,11
mercado
el ajo recién
07032090
frescas o de las
53.214
59.387
11,60
105,25
87,59 ingresa
5,15
5,06
recién
cosechado.
En
segundo
lugar,
las
cantidades
exportadas
en
2013
llegaron
a
un
pico
de
unas
refrigeradas
presentaron el 70,2% del total del sector en valor: cosechado. En segundo lugar, las cantidades expor‑
Tallos o plántulas
240.000
toneladas en julio; volumen sustancialmente superior a las 160.000 toneladas alcanzadas en el
se exportaron
1,54
millones
de toneladas
tadas
2013
a un pico
de -5,22
unas
240.000
07032020
de ajo, mes
frescas
o 2012.
20.309
18.575
3,83
35,16llegaron
29,98
28,41
1,56
mismo
de
Inversamente,
el (15,32%
valor 19.286
promedio
deen
exportación
por
tonelada
cayó
de U$S
1.330
refrigeradas
más que
el
año
anterior)
por
un
valor
de
U$S
1.277
toneladas
en
julio;
volumen
sustancialmente
supe‑
en julio de 2012 a U$S 780 mismo mes de 2013, para luego comenzar a recuperarse levemente.
07119034
Ajos, en salmuera
9.958
7.281
7.006
-3,78
19,27
10,49
10,15
-3,28
0,56
millones
(0,54%
que en 2012).
Otros
rubros rior
a las 160.000
toneladas
alcanzadas
en el mismo
Variación
de más
Exportaciones
Mensuales
(toneladas)
Variación
del Precio
de Exportación
por Tonelada
(U$S)
Tallos o plántulas
07108020
6.323
5.526
5.349
-3,20
11,06 (marzo
9,69
8,83
-8,84
0,49
(marzo
2012-abril
2014)
2012-abril
2014)
de ajo, congeladas
importantes
fueron ajo seco y otras partes del ajo mes de 2012. Inversamente, el valor promedio
de
Ajos
preservados
frescas en
o vinagre
refrigeradas,
con una
participación
respec‑
exportación
por tonelada
cayó12,99
de U$S
1.3300,71
en ju‑
20019010
o en
4.758
5.348
7.079
32,35
9,01
9,28
39,93
tiva de ácido
21%acético
y 5%.
lio de 2012 a U$S 780 mismo mes de 2013, para
07108030
Ajo congelado
436
250
444 luego
77,39comenzar
1,12 a recuperarse
0,53
1,27 140,40
0,07
levemente.
Total
1.851.411
1.570.394
1.810.213
15
2.538,87
1.733,56
1.819,16
4,94
100
Los gráficos
a continuación
presentan
la evolución
Fuente: elaboración propia en base a la Aduana de China
07032010
mensual de las exportaciones, en volumen y precio,
Los principales destinos de exportación en 2013
durante
el período
marzo de presentan
2012 a febrero
de 2014.mensual
fueronde
Indonesia,
Brasil, Vietnam,
Malasia,
Tailan‑
Los
gráficos
a continuación
la evolución
las exportaciones,
en volumen
y precio,
durante
el período
2012 a
de 2014.dia,EnFilipinas,
primer lugar,
se puede
observar
un Estados
fuerte
En primer
lugar, se marzo
puede de
observar
unfebrero
fuerte incre‑
Holanda,
Emiratos
Árabes,
incremento
deexportaciones
las exportaciones
los meses
de ajunioUnidos,
a septiembre,
cuando
ingresa
al mercado
el ajode
mento de las
en losenmeses
de junio
entre otros.
Cabe
destacar
el incremento
recién cosechado. En segundo lugar, las cantidades exportadas en 2013 llegaron a un pico de unas
240.000 toneladas en julio; volumen sustancialmente superior a las 160.000 toneladas alcanzadas en el
mismo mes de 2012. Inversamente, el valor promedio de exportación por tonelada cayó de U$S 1.330
en julio de 2012 a U$S 780 mismo mes de 2013, para luego comenzar a recuperarse levemente.
Variación de Exportaciones
Mensuales
del de
Precio
de Exportación por
Fuente:
MOFCOM, Informe Mensual Variación
sobre Exportaciones
Ajo
Variación de Exportaciones Mensuales (toneladas)
Variación del Precio de Exportación por Tonelada (U$S)
(toneladas)
(marzo
2012-abril 2014)
Tonelada(marzo
(U$S)2012-abril
(marzo 2014)
2012-abril 2014)
(marzodestinos
2012-abril
Los principales
de2014)
exportación en 2013 fueron Indonesia,
Brasil, Vietnam,
Malasia, Tailandia,
Filipinas, Holanda, Emiratos Árabes, Estados Unidos, entre otros. Cabe destacar el incremento de la
presencia del ajo de China en países de la región del sudeste asiático (en particular en Tailandia y
Vietnam) y en Brasil, donde aumentó sus exportaciones en casi un 30% en volumen, convirtiéndose en
el segundo mercado de destino en importancia para sus ajos.
Fuente:
MOFCOM,
Mensual sobre Exportaciones de Ajo
Fuente: MOFCOM, Informe Mensual sobre
Exportaciones
deInforme
Ajo
5
Los principales destinos de exportación en 2013 fueron Indonesia, Brasil, Vietnam, Malasia, Tailandia,
Filipinas, Holanda, Emiratos Árabes, Estados Unidos, entre otros. Cabe destacar el incremento de la
Agosto(en
de particular
2014 | NossoAlho
presencia del ajo de China en países de la región del sudeste asiático
en Tailandia| 39
y
Vietnam) y en Brasil, donde aumentó sus exportaciones en casi un 30% en volumen, convirtiéndose en
DOC/CAP/010-2014
Mercado
do Alho
29 de julio de 2014
Consejería Agrícola
Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca
Embajada de Argentina en la República Popular China
Exportaciones
dedeajo
refrigerado
(pos.
0703.2010)
2012-2013
Exportaciones
ajo fresco
fresco oorefrigerado
(pos.
0703.2010)
2012-2013
País
Indonesia
Brasil
Vietnam
Malasia
Tailandia
Filipinas
Holanda
Emiratos Árabes
Estados Unidos
Otros
Total
DOC/CAP/010-2014
Enero-Mayo
2014
29 de julio de 2014
Volumen (toneladas)
Valor (miles U$S)
Part. % U$S
2013
2012
2013
Var. (%)
2012
2013
Var. (%)
399.837
444.003
11,05
332.289
340.709
2,53
26,7
96.447
124.862
29,46
113.517
124.106
9,33
9,7
137.882
161.593
17,20
99.772
110.948
11,20
8,7
83.692
94.601
13,03
81.990
76.899
-6,21
6,0
51.660
72.764
40,85
57.789
71.411
23,57
5,6
65.538
68.044
3,82
56.159
56.687
0,94
4,4
32.321
27.758
-14,12
42.937
34.373
-19,94
2,7
36.075
41.018
13,70
37.583
37.048
-1,42
2,9
30.648
28.272
-7,75
35.513
29.374
-17,29
2,3
407.814
484.595
18,83
412.544
395.459
-4,14
31,0
1.341.914
1.547.511
15,32
1.270.093
1.277.013
0,54
100
Fuente: elaboración propia, en base Fuente:
a datos de
la Aduana propia,
de Chinaen base a datos de la Aduana de China
elaboración
Consejería Agrícola
Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca
Embajada de Argentina en la República Popular China
Entre enero y mayo de 2014, China exportó un total de 744 mil toneladas de ajo y sus derivados por un
de U$Sdel
712
Como
consecuencia
del remanente
de
la buena
cosecha
Exportaciones
de ajo fresco
o refrigerado
(pos.contracción
0703.2010)
2012-2013
lavalor
presencia
ajomillones.
de
China
en países
de la regi‑
pero una
del
-7,8% alcanzada
en su valordurante
en com‑
la
campaña
2013-14
por
China,
se
observa
un
aumento
del
20%
en
el
volumen
de
ajo
exportado,
Volumen
(toneladas)
Valor
(miles
U$S)
Part.
% pero
U$S
ón del sudeste
asiático (en particular en Tailandia y paración a igual período de 2013 por la contracción
País
2013
una contracción
del -7,8%
a igual
2013 por la
contracción
en el
2012 en su valor
2013en comparación
Var. (%)
2012período de 2013
Var.
(%)
Vietnam)
y en Brasil, donde
aumentó444.003
sus exporta‑11,05en el nivel
de precios. 340.709
nivel
de precios.
Indonesia
399.837
332.289
2,53
26,7
ciones
30% en 96.447
volumen,
convirtiéndose
Brasil en casi un Estructura
124.862
29,46
113.517
124.106
9,33
9,7
de las exportaciones chinas de ajo (Enero-septiembre 2012-2013)
Como
puede
observarse
en
el
siguiente
cuadro
137.882
17,20
99.772
110.948
11,20
enVietnam
el segundo mercado de
destino en161.593
importancia
Vol. (Ton.)
Valor (Millones de U$S)
Part. 8,7
%
Posición
Malasia
83.692
94.601
13,03
81.990
76.899
-6,21
6,0en
de
evolución
de
las
exportaciones
mensuales,
Descripción
Ene-Mayo
Ene-Mayo
Var.
%
Ene-Mayo
Ene-Mayo
Var.
%
(U$S
para
sus
ajos.
arancelaria
Tailandia
51.660
57.789
71.411
23,57
5,6
201372.764 2014 40,85los
2014/2013
2013
2014
2014/2013
2014)
primeros
5 meses del
corriente
año el volumen
Filipinas
65.538
68.044 629.6803,82
56.687
0,94-8,2
4,4
07032010 Ajo fresco /refrigerado
520.009
21,1 56.159 545
500
70,3
Enero-Mayo 2014
registró
comparación
al
Holanda
32.321
27.758
-14,12exportado
34.373
2,7
07129050 Ajo seco
61.027
71.920
17,8 42.937
160 aumentos
149 en-19,94
-6,7
21,0
Emiratos Árabes
41.018
13,70
37.583 de 2013,
37.048
-1,42
2,9
Otras partes del ojo, 36.075
frescas
tal34 como
se
07032090
22.104
40
-16,1indicó ante‑
4,8
Entre
enero
y mayo de 30.648
2014, China
exportó24.198
un-7,75mismo9,5período
Estados Unidos
28.272
35.513
29.374
-17,29
2,3
o refrigeradas
riormente,
por
los
buenos
resultados
alcanzados
en
total
de 744Tallos
mil otoneladas
de
por
plántulas de407.814
ajo, ajo y sus derivados
Otros
484.595
18,83
395.45912
-4,14 6,0
31,0
07032020
7.804
8.124
4,1 412.544 12
1,8
o refrigeradas
1.341.914 Como1.547.511
1.270.093
1.277.013 Pero 0,54
100se
del año anterior.
esta situación
unTotal
valor de frescas
U$S 712
millones.
consecuencia15,32la campaña
Ajos preservados en vinagre
Fuente:
elaboración
propia,
en
base
a
datos
de
la
Aduana
de
China
2.829
3.993
41,1 en junio,5 cuando la tendencia
7
27,0es contracti‑
1,0
del20019010
remanente
de acético
la buena cosecha alcanzada
du‑ revirtió
o en ácido
Tallos o plántulas
de ajo,
del ajo
rante
la campaña
2013-14
por China, 2.395
se observa 2.736
un va, coincidiendo
07108020
14,2
4con el ingreso
5 al mercado
13,0
0,6
congeladas
Enero-Mayo
2014
aumento
del
20%
en
el
volumen
de
ajo
exportado,
nuevo
de
la
actual
campaña,
lo
que
refleja
en
parte
07119034 Ajos, en salmuera
3.378
3.097
-8,3
5
4
-24,3
0,5
Entre
enero y mayo de 2014, China exportó
un total
de 74472,7
mil toneladas
de ajo y 1sus derivados
por un
07108030 Ajo congelado
140
241
0
42,5
0,1
valor de U$S
712
millones.
Como
consecuencia
del
remanente
de
la
buena
cosecha
alcanzada
durante
Total general
619.685
743.988
20,1
772
712
-7,8
100
la campaña 2013-14 por China,
observapropia,
un aumento
delde20%
en de
el China
volumen de ajo exportado, pero
Fuente:se
elaboración
en base a datos
la Aduana
una contracción del -7,8% en su valor en comparación a igual período de 2013 por la contracción en el
nivel de precios.
Como puede
observarse
en el
siguiente cuadro de evolución
de las exportaciones
mensuales, en los
Estructura
de las
deajo
ajo(Enero-septiembre
(Enero-septiembre
2012-2013)
Estructura
deexportaciones
las exportacioneschinas
chinas de
2012-2013)
primeros 5 meses del corriente año el volumen exportado registró aumentos en comparación al mismo
Vol. (Ton.)
Valor (Millones de U$S)
Part. %
Posición de 2013, tal como se indicó anteriormente, por los buenos resultados alcanzados en la campaña
período
Descripción
Ene-Mayo
Ene-Mayo
Var.
%
Ene-Mayo
Ene-Mayo
Var.
%
(U$S
arancelaria
del
año anterior. Pero esta situación2013
se revirtió2014
en junio,
cuando la 2013
tendencia es
coincidiendo
2014/2013
2014contractiva,
2014/2013
2014)
con
el ingreso
al /refrigerado
mercado del ajo520.009
nuevo de
la actual campaña,
lo que refleja
07032010
Ajo fresco
629.680
21,1
545
500 en parte
-8,2 la menor
70,3
producción
y
la
mayor
competencia
existente
en
el
mercado
mundial
de
ajo
del
presente
año,
a
07129050 Ajo seco
61.027
71.920
17,8
160
149
-6,7 debido
21,0
la buena cosecha
registrada
en
España.
Por
su
parte,
el
valor
exportado
mostró
una
tendencia
Otras partes del ojo, frescas
07032090
22.104
24.198
9,5
40
34
-16,1
4,8
decrecienteo arefrigeradas
partir del mes de febrero del corriente año, situación que se acentuó en el mes de mayo,
Tallos de
o plántulas
de ajo, competencia en el mercado internacional.
por
la previsión
una mayor
07032020
7.804
8.124
4,1
12
12
6,0
1,8
frescas o refrigeradas
Vol. (Ton.)
Valor (Millones de U$S)
Part. %
Ajos preservados en vinagre
20019010
2.829 Ene- 3.993
41,1
5
27,0
1,0
Posición
EneEne-7
o en ácido
acético
Descripción
Mes
Var. %
Ene-Mayo
Var. %
(U$S
arancelaria Tallos o plántulas de ajo,
Mayo
Mayo
Mayo
2014/2013
2013
2014/2013
2014)
07108020
2.395 2013 2.736
14,2
4
13,0
0,6
2014
20145
congeladas
07032010
Ajo
fresco
/refrigerado
Enero
99.544
159.421
60,2
106
121
13,8
24,2
07119034 Ajos, en salmuera
3.378
3.097
-8,3
5
4
-24,3
0,5
Febrero 140 69.817 24190.192
-4,9
14,8
07108030 Ajo congelado
72,7 29,2
0 78
174
42,5
0,1
Marzo 619.685130.433743.988
151.110
-18,2
23,4
Total general
20,1 15,9
772 143
712117
-7,8
100
Abril elaboración
103.609
110
103
-6,4
20,7
Fuente:
propia, en127.450
baseFuente:
a datos de
la23,0
Aduana propia,
de China
elaboración
Aduana de China
Mayo
116.605
101.507
-12,9
107en base a datos
85 de la -21,1
16,9
Total general
520.009
629.680
21,1
545
500
-8,2
100
elaboracióncuadro
propia, ende
baseevolución
a datos de la de
Aduana
China
Como puede observarse enFuente:
el siguiente
lasdeexportaciones
mensuales, en los
primeros 5 meses del corriente año el volumen exportado registró aumentos en comparación al mismo
6
período
de 2013, tal
como sede
indicó
40
| NossoAlho
| Agosto
2014anteriormente, por los buenos resultados alcanzados en la campaña
del año anterior. Pero esta situación se revirtió en junio, cuando la tendencia es contractiva, coincidiendo
del año anterior. Pero esta situación se revirtió en junio, cuando la tendencia es contractiva, coincidiendo
con el ingreso al mercado del ajo nuevo de la actual campaña, lo que refleja en parte la menor
producción y la mayor competencia existente en el mercado mundial de ajo del presente año, debido a
la buena cosecha registrada en España. Por su parte, el valor exportado mostró una tendencia
decreciente a partir del mes de febrero del corriente año, situación que se acentuó en el mes de mayo,
por la previsión de una mayor competencia en el mercado internacional.
Posición
arancelaria
07032010
Descripción
Ajo fresco /refrigerado
Total general
Vol. (Ton.)
Valor (Millones de U$S)
Part. %
EneEneEneMes
Var. %
Ene-Mayo
Var. %
(U$S
Mayo
Mayo
Mayo
2014/2013
2013
2014/2013
2014)
2013
2014
2014
Enero
99.544
159.421
60,2
106
121
13,8
24,2
Febrero
69.817
90.192
29,2
78
74
-4,9
14,8
Marzo
130.433
151.110
15,9
143
117
-18,2
23,4
Abril
103.609
127.450
23,0
110
103
-6,4
20,7
Mayo
116.605
101.507
-12,9
107
85
-21,1
16,9
520.009
629.680
21,1
545
500
-8,2
100
Fuente: elaboración propia, en baseFuente:
a datos elaboración
de la Aduana propia,
de Chinaen base a datos de la Aduana de China
6
la menor producción y la mayor competencia exis‑
Los principales destinos de exportación en los pri‑
tente en el mercado mundial de ajo del presente año, meros cinco meses del 2014 del ajo de China fue‑
debido a la buena cosecha registrada en España. Por ron Indonesia, Vietnam, Brasil, Malasia, Tailandia,
su parte, el valor exportado mostró una tendencia Bangladesh, Filipinas, Emiratos Árabes, EE.UU. y
decreciente a partir del mes de febrero del corriente Arabia Saudita. En relación a Brasil, es de destacar
DOC/CAP/010-2014
Consejería
Agrícola
año,
situación que se acentuó en el mes de mayo, que no se evidencia por el momento
un impacto
29 de julio de 2014
Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca
por la previsión de una mayor competencia en el significativo
del incremento
de 2014
Embajada
de Argentina ena laprincipio
República Popular
China
mercado
internacional.
del derecho antidumping aplicado al ajo chino, que
Los principales destinos de exportación en los primeros cinco meses del 2014 del ajo de China fueron
pasó de Filipinas,
0,52 U$S/Kg
a 0.78
U$S/Kg.
Indonesia, Vietnam, Brasil, Malasia, Tailandia, Bangladesh,
Emiratos
Árabes,
EE.UU. y Arabia
Saudita. En relación a Brasil, es de destacar que no se evidencia por el momento un impacto
significativo del incremento a principio de 2014 del derecho antidumping aplicado al ajo chino, que pasó
de 0,52 U$S/Kg a 0.78 U$S/Kg.
Exportaciones Chinas de ajo fresco o refrigerado (pos. 0703.2010) - Enero - Mayo 2013-2014
País
Indonesia
Vietnam
Brasil
Malasia
Tailandia
Bangladesh
Filipinas
Emiratos Árabes
EE.UU.
Arabia Saudita
Otros
Total general
Volumen (toneladas)
Ene-Mayo 2013
Ene-Mayo 2014
155.021
57.972
39.391
37.121
27.200
10.845
23.709
13.225
9.477
14.124
64.271
452.354
178.563
71.027
37.222
37.033
28.468
28.603
23.059
17.773
15.151
17.061
92.103
546.064
Valor (miles U$S)
Var. (%)
15,19
22,52
-5,51
-0,24
4,66
163,75
-2,74
34,40
59,88
20,79
43,30
20,72
143.428
36.093
57.052
39.290
31.852
8.156
25.231
16.479
13.361
13.849
79.742
464.534
Ene-Mayo 2014
119.908
89.696
30.370
26.612
25.208
16.996
14.865
14.828
13.728
12.864
71.486
436.561
Var. (%)
Part. % U$S
2014
-16,40
148,52
-46,77
-32,27
-20,86
108,38
-41,09
-10,02
2,75
-7,11
-10,35
-6,02
27,5
20,5
7,0
6,1
5,8
3,9
3,4
3,4
3,1
2,9
16,4
100
Fuente: elaboración propia, en base
a datoselaboración
de la Aduana
de China
Fuente:
propia,
en base a datos de la Aduana de China
Unidad de medida de superficie tradicional
china: 1 Mu = 0,0667 hectárea.
1
Presentación realizada por el Sr. LI Shaunglei, Gerente General
de la empresa JinXiang HuanGuang Foods Imports and Exports
durante la conferencia ofrecida en la China Garlic 2014.
2
Información presentada en el seminario China
Garlic 2014 por la empresa OLAM Co., Ltd.
3
4
Ene-Mayo 2013
DOC/CAP/020-2011 del 11 de agosto de 2011.
Presentación realizada por el Sr. DING Jian de la empresa
Juye Goodfarmer Frutas y Hortalizas Co. Ltd, en el Seminario
“China Garlic 2013” realizado en la ciudad de Kaifeng,
provincia de Henan, R. P. de China – Mayo de 2013.
5
Comprende las siguientes posiciones arancelarias: 0703.2010;
0703.2020; 0703.2090; 0710.8020; 0710.8030; 0711.9034;
0712.9050 y 2001.9010 (Ajos frescos o refrigerados, tallos
o plántulas de ajo frescas o refrigeradas, otras partes
del ajo frescas o refrigeradas, tallos o plántulas de ajo
congeladas, ajos congelados, ajos en salmuera, ajos secos
y ajos preservados en vinagre o en ácido acético).
6
Agosto de 2014 | NossoAlho | 41
42 | NossoAlho | Agosto de 2014
383.860
2000
80.435
383.860
68.124
80.435
68.1240
17.6890
17.744
17.689
17.7440
0
0
0
0
13.9970
8.118
13.997
8.1180
661.4570
546.418
2001
82.217
546.418
62.154
82.217
62.1540
20.8680
17.472
20.868
17.4720
0
0
7.7670
17.301
7.767
9.426
17.301
9.4260
763.6210
1.142.237
2003
86.709
1.142.237
60.554
86.709
60.5540
9.3250
10.565
9.325
10.5650
11.0440
9.448
11.044
13.800
9.448
13.8000
0
0
1.343.6830
1.343.683
1.049.392
2002
62.380
1.049.392
59.719
62.380
59.7190
10.7530
12.012
10.753
12.0120
17.2180
8.538
17.218
18.186
8.538
8.587
18.186
8.5870
1.246.7830
1.246.783
1.335.683
1.127.833
2004
100.637
1.127.833
66.706
100.637
66.7060
8.6250
9.357
8.625
9.3570
0
0
10.2510
12.272
10.251
12.2720
0
0
1.335.6830
1.363.204
1.155.566
2005
97.257
1.155.566
65.614
97.257
65.6140
12.4880
10.739
12.488
10.7390
0
0
9.0780
12.463
9.078
12.4630
0
0
1.363.2040
1.429.359
1.224.243
2006
100.139
1.224.243
51.625
100.139
51.6250
13.3870
11.731
13.387
11.7310
0
0
9.2070
13.412
9.207
5.616
13.412
5.6160
1.429.3590
1.661.180
1.438.152
2007
120.490
1.438.152
52.454
120.490
52.4540
17.3530
11.185
17.353
11.1850
0
0
8.6380
12.909
8.638
12.9090
0
0
1.661.1800
2000136
70
136
62
70
14
62
0
14
23
0
0
23
22
0
0
22
11
0
0
11
0
0
3590
2001207
80
207
64
80
16
64
12
16
28
12
0
28
32
0
0
32
12
0
0
12
0
0
4520
Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE
Fuente:
elaboración propia en base
Total general
359a COMTRADE
452
China
País exportador
España
China
Argentina
España
Holanda
Argentina
Italia
Holanda
Francia
Italia
Chile
Francia
México
Chile
Egipto
México
EE.UU
Egipto
India
EE.UU
Malasia
India
Total
general
Malasia
2003355
88
355
57
88
13
57
18
13
28
18
12
28
10
12
0
10
0
0
0
0
0
0
5820
582
2002345
93
345
46
93
12
46
17
12
32
17
12
32
26
12
0
26
12
0
0
12
0
0
5930
593
652
2004419
95
419
67
95
14
67
19
14
29
19
0
29
10
0
0
10
0
0
0
0
0
0
6520
849
2005562
114
562
85
114
21
85
19
21
34
19
0
34
14
0
0
14
0
0
0
0
0
0
8490
1.133
2006801
119
801
94
119
29
94
25
29
41
25
0
41
14
0
0
14
10
0
0
10
0
0
1.1330
1.259
2007872
135
872
125
135
39
125
28
39
46
28
0
46
13
0
0
13
0
0
0
0
0
0
1.2590
Millones U$S FOB – Período 2000-2012 por país
País
exportador
2000
2001
2002
2003 U$S2004
2005
2006
2007
Millones
FOB – Período
2000-2012
por
país
Millones
U$S FOB
– Período
2000-2012
por país
Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE
Fuente:
elaboración propia661.457
en base a COMTRADE
Total general
763.621
China
País exportador
Argentina
China
España
Argentina
India
España
Holanda
India
México
Holanda
Malasia
México
Chile
Malasia
Italia
Chile
Francia
Italia
Estados Unidos
Francia
Egipto
Estados Unidos
Total general
Egipto
Toneladas netas – Período 2000-2012 por paísToneladas netas – Período 2000-2012 por país
País
exportador
2001
2002país 2003
2004
2005
2006
2007
Toneladas
netas –2000
Período 2000-2012
por
Anexo - Exportaciones Mundiales de Ajo Fresco
Anexo - Exportaciones Mundiales de Ajo Fresco
1.010
2008
2008638
125
638
112
125
38
112
30
38
43
30
0
43
16
0
0
16
10
0
0
10
0
0
1.0100
1.743.757
2008
1.535.586
2008
98.576
1.535.586
49.453
98.576
49.4530
19.0210
12.410
19.021
12.4100
0
0
9.0690
11.071
9.069
8.572
11.071
8.5720
1.743.7570
2010
1.365.187
2010
89.265
1.365.187
65.155
89.265
12.606
65.155
19.774
12.606
12.370
19.774
12.3700
6.1560
10.512
6.156
10.574
10.512
9.483
10.574
9.4830
1.601.0810
2011
1.663.984
2011
92.048
1.663.984
60.354
92.048
60.3540
24.7510
12.526
24.751
12.5260
10.3810
11.182
10.381
12.345
11.182
11.636
12.345
4.021
11.636
1.903.227
4.021
2012
1.413.651
2012
88.133
1.413.651
81.542
88.133
25.436
81.542
23.172
25.436
14.245
23.172
12.605
14.245
12.544
12.605
11.719
12.544
9.839
11.719
6.538
9.839
5.947
6.538
1.731.807
5.947
2.948
2010
2.319
2010
215
2.319
195
215
59
195
45
59
46
45
19
46
13
19
0
13
19
0
19
19
0
19
2.9480
2.732
2011
2.068
2011
196
2.068
208
196
78
208
54
78
57
54
28
57
13
28
11
13
20
11
0
20
0
0
2.7320
1.960
2012
1.388
2012
183
1.388
128
183
60
128
40
60
38
40
24
38
17
24
14
17
12
14
10
12
4
10
1.9604
8
Fuente: elaboración propia en base a COMTRADE
1.481
2009
1.086
2009
139
1.086
113
139
50
113
31
50
38
31
0
38
11
0
0
11
13
0
0
13
0
0
1.4810
Fuente: elaboración
en base a COMTRADE
1.834.967
1.601.081propia
1.903.227
1.731.807
2009
1.595.608
2009
92.251
1.595.608
63.242
92.251
63.2420
43.6440
12.661
43.644
12.6610
0
0
10.6210
10.583
10.621
6.357
10.583
6.3570
1.834.9670
Anexo - Exportaciones Mundiales de Ajo Fresco
Agosto de 2014 | NossoAlho | 43
Artigo
Palestra ministrada por Rafael Corsino no 2º Forum sobre o Ensino de Olericultura
no Brasil na Universidade Federal do Tocantins, na cidade de Palmas-TO
Ensino de Olericultura:
visão do empregador
O aluno de agronomia sai da universidade para
o mercado de trabalho com a sensação de não saber
nada, o que não é privilégio dos recém formados em
agronomia, mas da maioria dos cursos de graduação.
Contudo, as ferramentas para adquirir conhecimento
são bastante amplas e variadas, tais como estágios, dias
de campo, participação em congressos e especialização.
No meu ponto de vista o que falta nos cursos de graduação é a for‑
mação de profissionais que tenham como característica principal o es‑
pírito empreendedor e inovador. As faculdades devem formar alunos
que tenham vontade de voltar para a faculdade para se aprimorarem
cada vez mais e não pela simples necessidade de terem um diploma.
Rafael Jorge Corsino
Matrice Consultoria em Agronegócios
Isto posto, realço que a olericultura é um ramo da horticultura que
abrange a exploração de um grande número de espécie de plantas
(abrange 60 hortaliças), comumente conhecidas como hortaliças e que
engloba culturas folhosas, raízes, bulbos, tubérculos e frutos diversos,
conforme relata o saudoso professor Fernando Filgueira no seu livro
Novo Manual de Olericultura (2008).
44 | NossoAlho | Agosto de 2014
A olericultura é uma atividade agro econômica
altamente intensiva em seus mais variados aspec‑
tos, em contraste com outras atividades agrícolas
extensivas. Sua exploração econômica exige alto in‑
vestimento na área trabalhada, em termos físicos e
econômicos. Em contrapartida, possibilita a obten‑
ção de elevada produção física e de alto rendimento
bruto e líquido por hectare cultivado e por hectare/
ano. Outras características importantes nos empre‑
endimentos hortícolas são a intensa utilização de
tecnologias modernas, constante mudança, e o re‑
duzido tamanho da área ocupada, porém, intensiva‑
mente utilizada, tanto no espaço quanto no tempo.
É preciso que os alunos de olericultura e, também
as instituições de ensino, estejam atentos às tendên‑
cias de mercado uma vez que o sucesso das empresas
que atuam no agronegócio depende do atendimento
às exigências dos consumidores finais e do aumento
da competitividade no mercado. Para tanto, os pro‑
fissionais devem estar preparados para enfrentarem
novos desafios, incorporando ao conhecimento tec‑
nológico o conhecimento holístico do agronegócio,
desde o sistema de produção da cultura hortícola
até a comercialização do produto final e a interação
com o meio ambiente.
Dessa forma as mudanças do mundo do trabalho
exigem profissionais:
• Capazes de se relacionar com o público;
• Capazes de se comunicarem, tanto
verbalmente como pela escrita;
• Com experiência técnica de qualidade;
• Com conhecimento tecnológico atualizado;
• Com qualificação profissional continuada;
• Capazes de trabalhar em equipe;
• Com capacidade de geração e
implantação de novas tecnologias;
• Criativos;
• Capazes de antever, identificar
e solucionar problemas;
• Responsabilidade social e ambiental;
Agosto de 2014 | NossoAlho | 45
Artigo
Assim o graduado em agronomia que busca traba‑ a busca da eficiência, procuram um profissional
lhar com olericultura deve possuir o seguinte perfil: com o perfil de empreendedor corporativo. Assim,
investir na disseminação organizada do empreen‑
• Capacidade de usar o conhecimento e
dedorismo será fator fundamental de progresso
as tecnologias como instrumentos para
econômico e social e também fonte de geração de
compreender e propor soluções práticas
novos empregos.
e viáveis para os problemas do setor;
Quando analisamos a raiz da palavra “empreen‑
• Atitudes tais como: curiosidade, criatividade,
dedor” do francês entrepreneur, verificamos que sig‑
flexibilidade, espírito crítico, humildade
nifica “fazer algo”. Uma das primeiras definições da
científica, autonomia, responsabilidade,
palavra “empreendedor” foi elaborada no início do
respeito pela vida e pela natureza;
século XIX pelo economista francês J.B. Say, como
• Habilidade de organizar e comparar
aquele que “transfere recursos econômicos de um
informações, estruturando-as e participando setor de produtividade mais baixa para um setor de
do processo de produção do saber;
produtividade mais elevada e de maior rendimento”.
O termo “entrepreneur” foi incorporado à língua
• Capacidade de testar ideias,
inglesa no início do século XIX. Entre os economis‑
formular hipóteses, observar,
tas modernos, quem mais se debruçou sobre o tema
contextualizar e planejar;
foi Joseph Schumpeter, que teve grande influência
• Consciência do papel da ciência e
sobre o desenvolvimento da teoria e prática do em‑
da tecnologia no desenvolvimento
preendedorismo. Em seus estudos, ele o descreve
socioeconômico regional mitigando
como a “máquina propulsora do desenvolvimento
o impacto ambiental;
da economia. A inovação trazida pelo empreende‑
dorismo permite ao sistema econômico renovar-se e
• Importância da formação continuada
progredir constantemente.” De acordo com Schum‑
e aprimoramento de conhecimentos
peter (1975), “sem inovação, não há empreendedo‑
científicos e tecnológicos;
res, sem investimentos empreendedores, não há re‑
• Inteligência emocional, consciência
torno de capital e o capitalismo não se propulsiona.”
ambiental valores éticos profissionais, de
O empreendedorismo é hoje um fenômeno global,
respeito e tratamento com as pessoas.
sobre o qual diversas instituições públicas e privadas
• Capacidade de comunicação:
têm investido para pesquisar e incentivar. Existe
Capacidade para desenvolver estudos
uma clara correlação entre o empreendedorismo e
e pesquisas com vistas a minimizar
o crescimento econômico. Os resultados mais explí‑
problemas sociais e ambientais.
citos manifestam-se na forma de inovação, desen‑
Podemos concluir do perfil desejado pelo merca‑ volvimento tecnológico e geração de novos postos
do de trabalho que o conhecimento técnico não é de trabalho. A riqueza gerada pelos empreendedores
o fator de maior peso na hora da contratação do contribui para a melhoria da qualidade de vida da
profissional, mas sim um perfil empreendedor e éti‑ população e, não raras vezes, é reinvestida em novos
co. O empreendedorismo, ainda que presente em empreendimentos e, de maneira indireta, nas pró‑
toda a história econômica contemporânea é hoje prias comunidades.
um fenômeno global dado as profundas mudanças
O processo de empreender envolve todas as fun‑
nas relações internacionais entre países e empresas,
ções,
atividades e ações associadas à percepção de
no modo de produção, nos mercados de trabalho e
oportunidades e à criação de organizações que bus‑
na formação profissional.
cam organizadamente estas oportunidades. Cinco
O que observo como empregador e agrônomo elementos ou qualidades são fundamentais na ca‑
é que as empresas que têm dentre seus objetivos racterização de um empreendedor:
46 | NossoAlho | Agosto de 2014
• Criatividade e inovação: empreendedores
conseguem identificar oportunidades,
grandes ou pequenas, onde
ninguém mais consegue notar;
• Habilidade ao aplicar esta criatividade:
eles conseguem direcionar
esforços num único objetivo;
criatividade e um alto nível de energia, o empreen‑
dedor demonstra imaginação e perseverança, aspec‑
tos que, combinados adequadamente, o habilitam
a transformar uma idéia simples e mal-estruturada
em algo concreto e bem-sucedido no mercado
(CHIAVENATO, 2007).
De certo, o futuro profissional da olericultura deve
ser empreendedor e pautar-se sempre pela busca da
• Força de vontade e fé: eles acreditam
inovação, ainda que precise compatibilizar os inte‑
fervorosamente em sua habilidade
resses
gerais da empresa que trabalha. Dessa forma,
de mudar o modo como as coisas
não basta que seja competente, entusiasmado, ativo
são feitas e têm força de vontade e
e preparado. Também é preciso que seja racional,
paixão para alcançar o sucesso;
flexível, tolerante e persistente. Deve ser o responsá‑
• Foco na geração de valor: eles desejam
vel por procurar novos parceiros e investigar novas
fazer as coisas da melhor maneira possível,
tecnologias e oportunidades de negócios. No am‑
do modo mais rápido e mais barato;
biente interno, terá como atribuições mobilizar pes‑
• Correr riscos: quebrando regras, encurtando soas, aproveitar inteligentemente recursos materiais
distâncias e indo contra o status quo.
e financeiros, potencializar e adaptar os mecanismos
Na verdade, o empreendedor é a pessoa que con‑ produtivos já existentes, modificar hábitos e regu‑
segue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de larmente prestar contas de suas iniciativas. Enfim,
sensibilidade para os negócios, tino financeiro e precisa atuar também com diplomacia e administrar
capacidade de identificar oportunidades. Com esse interesses eventualmente divergentes. Deve ser um
arsenal, transforma idéias em realidade, para benefí‑ expert em relacionamentos e precisa cultivar a hu‑
cio próprio e para benefício da comunidade. Por ter mildade para aprender permanentemente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Filgueira, F.A.R Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3 edição. Viçosa. UFV, 2008. 421p.
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor: empreendedorismo e viabilidade de novas empresas : um guia efi ciente
para iniciar e tocar seu próprio negócio. 2 ed. rev. E atualizada. São Paulo. Saraiva, 2007.
SCHUMPETER, J. Capitalism, Socialism and Democracy. New York: Harper, 1975.
Agosto de 2014 | NossoAlho | 47
Artigo
Pesquisas da EPAGRI
buscam estabelecer novas
tecnologias de produção
na cultura do alho em
Santa Catarina
Dr. Anderson Luiz Feltrim
Engenheiro Agrônomo
Pesquisador em Produção Vegetal
- Olericultura Caçador-SC
As características de relevo, clima e estrutura fun‑
diária e social propiciaram com que a horticultura
se tornasse uma atividade primordial nas pequenas
propriedades do estado de Santa Catarina. Isto fez
com que a cultura do alho, entre outras culturas de
alta densidade econômica, se desenvolvesse ao pon‑
to de ser, por um longo período, uma das principais
atividades econômica de vários municípios do estado.
48 | NossoAlho | Agosto de 2014
O estado de Santa Catarina é um dos principais
produtores de alho nobre, respondendo atualmente
por cerca de 17,6% da produção nacional. O uso
intensivo de mão de obra, tecnologia e capital, tem
viabilizado a pequena e média propriedade nas re‑
giões produtoras, sendo, portanto, o alho um pro‑
duto de grande importância socioeconômica para
o estado.
produtiva de alho no Brasil, como uma das mais
importantes alternativas para melhorar a produtivi‑
dade das lavouras. Tais sementes, embora de preço
superior às produzidas pelo método convencional,
têm a vantagem de serem isentas de doenças causa‑
das por vírus, além de apresentarem maior poten‑
cial para produtividade. Com relação à produção,
verifica-se aumentos que variam de 8,8 a 99,8%
No entanto, os últimos quinze anos foram um pe‑ para plantas com limpeza de vírus provenientes da
ríodo crítico para a produção de alho, não só em cultura de tecidos em relação às multiplicadas de
Santa Catarina, mas em todo o país. O alto volume forma convencional, infectadas com vírus.
de importação com baixos preços, principalmente
Notoriamente, a limpeza de vírus proporcionou
da China, reflete diretamente na permanência do ganhos consideráveis na produtividade. Por outro
pequeno produtor nesta atividade. A baixa produ‑ lado, as recomendações de adubação nos estados de
tividade e o alto custo de produção estão entre as Santa Catarina e Rio Grande do Sul ainda são base‑
causas que mais contribuem para agravar a crise. adas nas calibrações realizadas na década de 80 e 90,
Para que os produtores obtenham melhor rentabi‑ num período em que o nível tecnológico e as produ‑
lidade com a cultura, permanecendo na atividade e tividades eram bem inferiores e, o mais importante,
contribuindo para diminuir a dependência do Bra‑ para cultivares infectada com vírus, que apresentam
sil da importação, é necessário que todos os fatores crescimento e produtividade de bulbos limitados.
influentes na produção estejam otimizados.
Desta forma, as doses destes nutrientes atualmen‑
Entre estes fatores, o fornecimento de nutrientes te recomendadas podem não estar de acordo com
em quantidades e proporções adequadas via solo, a necessidade das plantas, não permitindo que as
sua complementação via fertilizantes e o acompa‑ plantas expressem todo seu potencial produtivo.
nhamento do status nutricional da planta são etapas Profissionais que prestam assistência e produtores
crucias para o sucesso na atividade. Estas etapas de‑ de alho, desacreditados das atuais recomendações
vem ser avaliadas e acompanhadas pela análise do de adubação para o alho livre de vírus, acabam uti‑
solo e de tecido vegetal anualmente ou durante o lizando doses e fontes de nitrogênio (N), fósforo (P)
e potássio (K) não condizentes com as necessidades
ciclo cultural.
das plantas.
Paralelo a isso, a utilização de sementes livres
Diante desse cenário, que está exigindo rápi‑
de vírus, produzidas a partir de técnicas de cultura
de tecidos de plantas, surgiu recentemente na cadeia das mudanças do setor produtivo a EPAGRI,
Agosto de 2014 | NossoAlho | 49
Artigo
Estação Experimental De Caçador, em consonân‑
cia com os interesses da cadeia produtiva do alho,
organizada na Associação Nacional de Produtores
de Alho (ANAPA), Associação Catarinense de Pro‑
dutores de Alho (ACAPA) e Cooperativa do Alho
(Cooperalho) está empenhada no desenvolvimen‑
to de pesquisas visando disponibilizar tecnologias
de cultivo que atendam às expectativas em relação
ao aumento da produtividade das lavouras de alho,
observando a diminuição de custos de produção,
bem como o racionamento de insumos.
Entres as linhas de pesquisa em desenvolvi‑
mento na Epagri destaca-se o estabelecimento de
novas recomendações de N, P e K que serão de‑
senvolvidas pelos pesquisadores Drs. Anderson
Luiz Feltrim e Leandro Hahn. Outro aspecto a
ser estudado é a definição dos teores críticos de
N, P e K no solo e estabelecer as faixas de valores
de nutrientes considerados adequados em folhas
de alho. Estes experimentos serão instalados na
safra de 2015 nas principais regiões produtoras de
alho de SC. O pesquisador Feltrim determinou,
em pesquisa recentemente finalizada, as curvas de
absorção de nutrientes, que de modo mais efetivo,
auxiliam no programa de adubação, principalmen‑
te na quantidade dos diferentes nutrientes que de‑
vem ser aplicados nos distintos estádios fisiológicos
da cultura, para evitar desequilíbrios nutricionais
pelo fornecimento errôneo de nutrientes em ferti‑
lizações sub ou superestimadas. Desta forma, uso
eficiente de fertilizantes deve priorizar qual fonte de
fertilizante utilizar, quando e como aplicar e qual o
retorno econômico.
oferta dessas sementes, é que, em médio prazo,
a produtividade média das lavouras de alho em
Santa Catarina chegue a 12 toneladas de bulbos por
hectare. A pesquisa para limpeza de vírus das culti‑
vares teve início no ano de 2005 e já atendeu, até
o momento, mais de 300 produtores de alho, de
Santa Catarina e do Brasil.
Estas pesquisas buscam subsidiar os produtores
de alho de SC com informações úteis para alavan‑
Além de pesquisas na área de adubação e nutrição car a produção desta importante hortaliça e ofertar
de plantas, o pesquisador Dr. Renato Luís Vieira aos produtores de alho uma semente livre de vírus,
vem desenvolvendo um projeto visando erradi‑ melhorando a competitividade dos mesmos frente
car vírus das lavouras de alho de Santa Catarina. aos alhos importados.
O alho é uma espécie de propagação vegetativa,
ou seja, a semente utilizada para formar novos culti‑
vos é o próprio bulbilho (dente do alho) e, em fun‑
ção disso, os vírus perpetuam nas plantas ao longo
dos anos, causando doenças e impedindo que a
planta expresse seu verdadeiro potencial produtivo.
A produtividade média do alho catarinense hoje é
de 7,8 toneladas por hectare, acima da produtivida‑
de média brasileira que atinge em torno de 6,2 to‑
neladas por hectare. A expectativa da Epagri, com a
50 | NossoAlho | Agosto de 2014
Aspectos do mercado de
cebola argentino
Produção, exportação e importação
Junho de 2014
Eng. Agr. Daniel Iurman
Eng. Agr. Julián Pérez Pizarro
1. Introdução
A produção de cebola é a atividade em destaque do
Vale Bonaerense do Rio Colorado no sul da Provin‑
cia de Buenos Aires. Nessa região se produz mais do
50% da cebola que é consumida na Argentina e mais
do 80% da exportação. Nesse informe apresenta-se o
panorama da situação da produção e comercialização
de Argentina.
2. Produção na Argentina
Eng. Agr. Daniel Iurman
INTA EEA Hilario Ascasubi
Na Argentina encontram-se três grandes regiões produtoras de ce‑
bola de importância na oferta nacional e para a exportação. A região
norte com Santiago del Estero e Salta, a região centro oeste com as
provincias de San Juan e Mendoza e a região sul com Buenos Aires e
os vales patagônicos da Provincia de Rio Negro (Figura nº1).
Agosto de 2014 | NossoAlho | 51
Artigo
Região Centro oeste
Mendoza e San Juan2
Figura Nº1: Regiões produtoras
de cebola na Argentina
Algumas características em destaque de cada região:
Região Norte
Santiago del Estero e Salta1
•Predominam as cebolas de dias curtos,
do tipo valenciana. Nas últimas zafras
foram realizadas as primeiras experiências
com cebolas de cor (brancas e roxas).
•A oferta é concentrada de agosto até
os primeiros dias do mês de novembro
e o destino é exclusivamente o
mercado interno. Excepcionalmente
realizam-se envios ao Brasil.
•Na zafra 2013/14 estima-se uma
superfície cultivada de 4.600 hectares com
produtividade média de 15-20 tons/ha.
•A superfície cultivada final de uma zafra
está condicionada pela disponibilidade
de recursos económicos dos produtores
e pelas condições climáticas,
principalmente chuvas durante o
período de semeadura (março e abril).
•A estimativa de produção é de 50.000
até 75.000 toneladas ao ano.
1 - Informações fornecidas pelos Engs. Eve Luz Yñiguez
e Fernando Fernández do INTA Santiago del Estero
52 | NossoAlho | Agosto de 2014
•Predominam as cebolas de dias
intermédios e compridos.
•A oferta principal é de outubro
a fevereiro. O principal destino
é o mercado interno.
•Dos 6.000 hectares históricos que
foram cultivados na região, hoje
são plantados menos da metade.
•Em Mendoza a tendência é semear
variedades de ciclo curto
•Na zafra 2011/12 foram semeadas
estimativamente 1.600 hectares de
cebola valenciana e torrentina e 400
hectares de cebolas valencianas. 3
•Em San Juan são semeadas
aproximadamente 700 hectares,
de ciclo comprido principalmente.
Muitos produtores ceboleiros
têm migrado para a pecuária.
•A produtividade média é de 25
- 40 toneladas por hectare.
•Destaca-se a produção de semente
de cebola, com aproximadamente
350 hectares ao ano.
•A produção estimada de cebola é de
50.000 a 80.000 toneladas anuais
2 - Informação do IDR de Mendoza e dados do
Eng. Agr. Daniel Allende, INTA Jáchal (San Juan)
3 - Levantamento hortícola zafra 2011/12, IDR
Região Sul
Buenos Aires e vales patagônicos do Rio Negro
•Predominam cebolas de dias compridos
para o mercado interno e exportação.
•Aluguel médio de 15 toneladas por
hectare (600 sacas de 25 kg cada).
•Foram semeados 12.000 hectares em
Buenos Aires no Vale Bonaerense do
Rio Colorado (VBRC)4 e 3.500 hectares
aproximadas em Rio Negro5.
•Estão se realizando maiores controles por
parte dos Estados provincial e nacional
na atividade, em relação a questões
impositivas e cadastro de trabalhadores.
•É a principal região de exportação
de cebola ao Brasil.
•Existem atravessadores brasileiros
que trabalham exclusivamente com
o produto argentino. A maioria
deles moram em Porto Xavier.
•A cebola gera o maior valor bruto
agropecuário do Vale.
•A estimativa da oferta para a região sul
pode chegar até 450.000 toneladas7
•Superfície flutuante entre 12 e 16
mil hectares (gráfico nº1)
•Porém, a oferta das três principais regiões
produtoras é de 600.000 toneladas/ano.
•O sistema de semeadura utilizado é de
70% em sulco e 30% em tablón6.
4 - Base de datos CORFO - UNS
5 - Fonte: Eng. Úrsula García Lorenzana (FunBaPa)
6 - Base de dados CORFO - UNS
7 - Considera-se 12% de perda dos lotes e 15% de perda
de poscolheita. Não implica que seja comercializada.
•Predomina irrigação por gravidade.
Realizam-se entre 800 e 1.000
hectares de irrigação por aspersão.
•Aproximadamente um 30% da produção
da colheita é mecânica e com tendência a
acrescer, com média de 100 colheitadeiras.
A grande maioria delas é fabricada na região.
•Os custos de produção flutuam entre
5500 e 8200 reais por hectare segundo
o caso, tipo de produtor, etc.
•Produtividade média de 40 - 50 toneladas/ha.
20.000 18.000 16.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 05
05
/0
6 20
06
/0
7 20
07
/0
8 20
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9 20
09
/1
0 20
10
/2
01
1 20
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2 20
12
/2
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3 20
13
/2
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4 4/
20
03
/0
4 20
0
20
20
02
/0
3 01
01
/0
2 0/
20
00
0 /2
20
0
99
19
99
98
8/
7/
19
9
97
6/
19
9
19
9
95
/9
6 0 19
Fonte: Base de dados
CORFO - UNS
14.000 Has Gráfico nº1:
Superfície com
cebola no VBRC
(em hectares)
Agosto de 2014 | NossoAlho | 53
Artigo
3. Comercialização de cebola
3.1. Mercado interno argentino
Na Argentina o consumo interno flutua entre 10
a 12 kg/hab/ano, o que representa uma estimativa
de demanda de 40.000 toneladas de cebola ao mês.
No Mercado Central de Buenos Aires a oferta do
produto é abastecida pela região sul (Buenos Aires e
Rio Negro) de fevereiro até setembro, e de outubro
até janeiro pelas regiões norte (Santiago del Estero)
e centro oeste (Mendoza e San Juan).
Embaixo apresenta-se a tabela nº1 com estimativa
de cebola comercializada por cada região por mês, o
valor total e valores de exportação médios dos últi‑
mos anos.
Observa-se na tabela nº1, que os meses de março
a julho são os de maior excedente de oferta de cebo‑
la argentina. Essa é a mercadoria que se oferece ao
mercado externo. Em geral o mercado interno está
fornecido com o produto nacional, embora em ou‑
tubro, novembro tem tido faltantes de cebola, con‑
tudo pela falta de oferta da região norte.
Ingresos mensuales al Mercado Central de Buenos Aires Por regiones en toneladas. Fuente: MCBB Buenos Aires y Río Negro Mendoza y San Juan SanAago del Estero Otros 10.000 9.000 Gráfico nº2:
Ingressos de
cebola ao Mercado
Central de Buenos
Aires (toneladas)
Fonte: Elaboração própria
em base e dados da
Corporación del Mercado
Central de Buenos Aires
8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 0 Tabela nº1:
Estimativa do
volume de cebola
disponível para
comercializar por
mês para cada
uma das principais
regiões (Miles
de toneladas).
Fonte: Elaboração própria
39814 39845 39873 39904 39934 39965 39995 40026 40057 40087 40118 40148 40179 40210 40238 40269 40299 40330 40360 40391 40422 40452 40483 40513 1.000 Centro
Sul
Total
Janeiro
Norte
25
15
40
Fevereiro
5
35
40
Exportação
Março
60
60
20
Abril
80
80
40
Maio
90
90
50
Junho
80
80
40
Julho
55
55
15
5
Agosto
5
40
45
Setembro
15
25
40
Outubro
25
5
35
Novembro
10
20
5
35
Dezembro
5
25
10
40
Total
70
80
450
600
54 | NossoAlho | Agosto de 2014
5
170
16.000 2004 10.000 2005 8.000 2006 6.000 2007 2008 4.000 2009 Tem sido pouco importante o volume de impor‑
tação de cebola (média de 4.630 toneladas no pe‑
ríodo 2003/2013). O máximo valor atingido foi
de quase 30 mil toneladas em 2007, todas do Bra‑
sil. Também se registram anos com ingressos do
Chile. Os meses de maior entrada de mercadoria
coincidem com o fim da oferta do sul e o começo
da oferta da região norte (gráfico nº3).
e N
ov
ie
m
br
e D
ici
em
br
e Oc
tu
br
Ju
ni
Ju
ay
M
ril
Ab
En
3.2. Importações argentinas de cebola
lio
Ag
os
to
2011 o 0 o 2010 2.000 er
o Fonte: SENASA. Oficina
de Estatísticas de
Comercio Exterior.
2003 12.000 Fe
br
er
o M
ar
zo
Gráfico nº3:
Importações
argentinas de
cebola (tons/mês).
Período 2003/2013
Toneladas / mesítulo del eje 14.000 2012 2013 Gráfico nº4: Exportações argentinas
de cebola em 2011 e 2013
2Paraguay 3% Otros 2% 2013 Total: 229.672 ton España, Francia, Italia 0% 3.4. Exportações argentinas de cebola
Argentina é um dos principais exportadores
mundiais de cebola pelo volume comercializado,
ocupando entre o sétimo e décimo lugar de acordo
ao ano segundo dados da FAO. A cebola é a prin‑
cipal hortaliça argentina de exportação em volu‑
me com 250 mil toneladas em 2010 e terceira em
valor, com 106 milhões de u$s esse ano (primeiro
alho com 186 e logo do feijão com 127 milhões de
u$s respectivamente). O principal destino históri‑
co das exportações de cebola Argentina é o Brasil,
seguido pela União Europeia e outros países da
América do Sul. No gráfico nº4 apresentam-se os
dados de exportação de 2011 e 2013. Nesse grá‑
fico pode se enxergar a importância do mercado
brasileiro como destino do produto argentino.
No gráfico n° 5 se apresentam os volumes expor‑
tados ao Brasil do ano 1997 até 2013. A principal
flutuação se produz entre fim e começo do século
passado. O elevado ingresso de cebola argentina ao
Brasil 95% España, Holanda, Italia 9% Otros 2Paraguay 3% 6% 2011 Total: 212.361 ton Brasil 82% Fonte: SENASA. Oficina de estadísticas de comercio exterior
Agosto de 2014 | NossoAlho | 55
Artigo
Brasil: Importación de cebolla argen5na Ton/año. Fuente: Secretaría de comercio exterior Brasil 350000 Gráfico nº5:
Evolução das
exportações
Argentinas ao
Brasil (tons/ano)
Fonte: Secretaria
de Comercio
Exterior do Brasil.
300000 250000 200000 150000 100000 50000 0 19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
mercado brasileiro produz sérios inconvenientes para
os produtores brasileiros, que ainda hoje lembram do
fato. Essa elevada exportação é coincidente com os
picos de superfície plantada no sul, produto de anos
anteriores de bons preços. A sobre oferta produziu
preços extremadamente baixos. O preço passou de
30 dólares a 0,50 dólares por saca de 25 quilos na
região sul. Los últimos anos também tem se acrescen‑
tado a flutuação na demanda desde o Brasil. Quanto
à época do ano do ingresso da cebola argentina ao
Brasil, as exportações se concentram de março até ju‑
nho (gráfico nº6). Observa-se também a diferencia
entre os dos últimos anos.
Exportações totais por região produtora (período
2003/2013)
No gráfico nº7 observa-se como a província de
Buenos Aires é a principal origem de exportação da
cebola argentina.
56 | NossoAlho | Agosto de 2014
20
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13
Pontos de saída da mercadoria argentina
Existem cidades de fronteira muito vinculadas com
a comercialização da cebola. No gráfico nº8 se observa
a importância que tem tido o comercio da cebola pela
fronteira San Javier (Argentina) /Porto Xavier (Brasil).
Existe uma infraestrutura organizada nesse local que
tem se especializado na questão cebola, e é um ponto
de oferta da cebola argentina no Brasil. Esses impor‑
tadores e exportadores brasileiros em alguma medida
tracionam o fluxo da cebola argentina no Brasil. Ou‑
tro passo fronteiro que tem destaque é Santo Tomé/
São Borja. É uma fronteira integrada, a onde a análise
da mercadoria é feito em forma conjunta entre técni‑
cos argentinos e brasileiros, o que tem como finalida‑
de uma maior agilidade no trâmite a realizar.
80000 70000 Gráfico Nº6:
Escoamento das
exportações
argentinas ao
Brasil (tons/mês)
60000 50000 40000 30000 Fonte: SENASA. Oficina
de estadísticas de
comercio exterior
20000 10000 0 Ene Feb Mar Abr May Jun Promedio 2003/2012 Jul Ago Set Oct Nov Dic 2013 2014 1800000 Fonte: SENASA. Oficina
de estadísticas de
comercio exterior
1600000 Toneladas Gráfico nº 7:
Exportações
totais por
província
(2003/2013)
1400000 2013 1200000 2012 1000000 2011 2010 800000 2009 600000 2008 400000 2007 200000 2006 0 2005 Buenos Aires Río Negro Mendoza 9San Juan 2004 2003 Provincia Gráfico nº8: Exportação por ponto
de saída (média 2005/2011)
B. de Irigoyen/
Dionisio Cequeira 16% Santo Tomé/Sao Borja 25% Puerto Iguazú 3% San Javier/Porto Xavier 55% Fonte: FUNBAPA
Evolução das exportações a Europa da região Sul
Essa situação de acréscimo da oferta da cebola na Eu‑
ropa se vê também refletida na queda da demanda do
produto argentino até a Europa (gráfico nº9).
Pode se observar uma tendência à queda dos volu‑
mes exportados.
Os resultados comerciais das últimas zafras estão,
sem dúvida, influenciados pelo acréscimo na produ‑
ção e as melhores condições de armazenagem de cebo‑
la na Europa. Isto é devido a uma menor demanda na
Europa e pelo fato da concorrência da cebola europeia
no mercado brasileiro, principal destino de exportação
da cebola argentina.
Agosto de 2014 | NossoAlho | 57
Artigo
Exportaciones a Europa desde Bs. As. Toneladas por año. Fuente: Funbapa 50.000 45.000 40.000 Gráfico nº9:
Exportações da
região sul até
Europa (tons/ano)
Fonte: FunBaPa
35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 3.5. Alguns pontos para avaliar as perspectivas futuras de produção e exportação de cebola na Argentina
Fatores positivos:
Fatores negativos:
•Desenvolvimento de novas áreas
produtoras, novos investimentos.
•Alta dependência do mercado
brasileiro (muito instável).
•Expectativa de bons preços caso cair a oferta.
•Dificuldade para regularizar parte da
produção frente aos controles do Estado.
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58 | NossoAlho | Agosto de 2014
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•Infraestrutura e operadores instalados no país.
Agosto de 2014 | NossoAlho | 59
Artigo
A PRODUÇÃO DE
ALHO NA FAOSTAT
A FAO – Food and Agriculture Organization é um
órgão da ONU – Organização das Nações Unidas,
que trata do abastecimento, da agricultura.
O serviço de estatística da FAO - FAOSTAT fornece informações
da produção, exportação e importação de muitas culturas agrícolas.
Aqui estão algumas informações sobre alho, com dados trabalhados
da FAOSTAT.
1. A produção mundial de alho está crescendo mais que a popula‑
ção, sinal de um grande aumento de consumo.
2. A população mundial cresceu 133 vezes entre 1960 e 2011 - de
3 bilhões para 7 bilhões. A população prevista para 2083 é de
10 bilhões de pessoas.
3. A produção de alho cresceu 447 vezes entre 1961 e 2011 - de
4 milhões de toneladas para 23 milhões de toneladas.
4. A China é a maior produtora de alho de 1961 (81%) a 2011
(83%). A participação chinesa caiu em alguns períodos e se recu‑
perou. A produção de alho chinês cresceu mais de 4 vezes entre
1961 e 2011 – de 3,4 para 19 milhões de toneladas.
Evolução da população mundial e da produção de alho, entre 1961 e 2011, com base no ano de 1961
450
400
350
300
Produção
250
População
200
150
100
50
0
Anita de Souza Dias Gutierrez
Centro de Qualidade em
Horticultura da CEAGESP
-­‐50
60 | NossoAlho | Agosto de 2014
1961
1970
1980
1990
2000
2005
2011
5. O Brasil está entre os quinze maiores produ‑
tores de alho do mundo. A sua participação
na produção mundial se mantém acima de
0,5%, tendo chegado a mais de 1% em 1990,
um ano de baixa produção na China. O cres‑
cimento da sua produção tem sido contínua
– quatro vezes entre 1961 e 2011.
6. Os cinco maiores produtores em 1961 foram
China, Espanha, Índia, Egito e Itália com
91% da produção mundial. Em 2000 os cin‑
co maiores produtores foram: China, Índia,
República da Coréia, Egito e Estados Unidos,
com 86% da produção mundial. O ano de
2011 mostrou algumas mudanças com China,
Índia, Egito, República da Coréia e Federação
Russa, como os cinco maiores produtores.
7. Alguns países, conhecidos como produtores
de alho diminuíram a sua participação como
a Espanha, que foi de 3,23% para 0,61% da
produção mundial, a França que produzia
0,88% da produção mundial e em 2011 não
teve registro de produção.
8. Outros países aumentaram bastante a sua
produção como os Estados Unidos, que foi
de 0,31 para 0,83%, Miamar que foi de 0,38
para 0,93%, o Bangladesh que foi de 0,80 para
0,91% e a Índia que foi de 3,10 para 4,61%
da produção mundial, entre 1961 e 2011.
9. A Argentina e o Brasil são países com parti‑
cipação na produção mundial semelhante –
0,72 e 0,65% respectivamente e variação de
participação inferior a 5% entre 1961 e 2011.
A produção dos dois países cresceu mais de
quatro vezes no período, mas a sua participa‑
ção na produção mundial continua pequena.
COMÉRCIO INTERNACIONAL DE
ALHO, SEGUNDO A FAOSTAT
Aqui estão algumas informações sobre o comér‑
cio internacional de alho, com dados trabalhados
da FAOSTAT.
1. O volume de alho no mercado internacional
cresceu 51 vezes entre 1961 e 2011 – de 38
mil toneladas para quase 2 milhões de tonela‑
das em 2011. A produção de alho, no mesmo
período, cresceu 4,47 vezes - de 4 para 23 mi‑
lhões de toneladas. 0
2. A participação do comércio internacional no
escoamento da produção de alho cresceu mui‑
to – de 0,90 para 8,50% da produção mundial.
3. Os dez países maiores importadores de alho em
1961 foram o Brasil (22,55%), Estados Unidos
(20,30%), Cuba (15,03%), França (15,03%),
Malásia (8,53%0, Sri Lanka (6,27%), Áustria
(3,73%), Alemanha (2,67%), Itália (2,33%) e
Singapura (2,13%) – 94% do total.
4. Os dez países maiores importadores de alho
em 2011 foram Indonésia (30,74%), Bra‑
sil (12,00%), Vietnam (10,82%), Malásia
(6,45%), Estados Unidos (5,31%), Federação
Russa (4,28%), Paquistão (3,54%), Emirados
Árabes (3,39%), Bangladesh (2,23%) e Ará‑
bia Saudita (3,23%) – 82,61% do total.
5. A FAOSTAT registrou, no período entre 1961
e 2011, 43 países importadores de alho. A sua
composição teve grandes mudanças, ao longo
dos anos.
Agosto de 2014 | NossoAlho | 61
Artigo
6. A entrada da China no mercado internacio‑
nal de alho causou uma grande revolução na
composição dos países exportadores de alho.
Em 1961, 10 países responderam por 94% do
volume: Itália, Argentina, Espanha, México,
Chile, Peru, Índia, Singapura e Malásia. Em
2011, 13 países responderam por 98% da ex‑
portação de alho: China, Argentina, Espanha,
Holanda, México. França, Estados Unidos,
Itália, Chile, Malásia, Emirados Árabes, Peru.
7. A participação da grande maioria dos maio‑
res países exportadores de alho em 1961 caiu
muito ou quase desapareceu. A participação
da Itália diminuiu 49 vezes, a do Peru 28 ve‑
zes, a do México 19 vezes, a da Argentina e da
Espanha 4 vezes cada uma, a da Índia e Sin‑
gapura despareceram, entre 1961 e 2011. A
participação da China cresceu muito. Outros
países que cresceram foram a Holanda, os Es‑
tados Unidos, a Malásia e os Emirados Árabes.
62 | NossoAlho | Agosto de 2014
8. Os Estados Unidos são grandes produtores,
exportadores e importadores de alho. A sua
participação no volume exportado chegou a
4% em 1990 e caiu para 0,60% em 2011. A
sua participação na importação caiu – de 20%
em 1961 para 5% em 2011. A sua produção
cresceu 14 vezes no mesmo período – de 13
mil toneladas em 1961 para 191 mil tonela‑
das em 2011.
9. O Brasil é um grande produtor e importa‑
dor de alho. A sua participação no volume
importado no mundo caiu de 22% em 1961
pra 12% em 2011 – de 8.451 toneladas para
163.623 toneladas – um crescimento de 19
vezes no volume importado.
10.O crescimento do volume importado e a
diminuição da participação na importação
mundial é possível pelo grande crescimento
do volume de alho no mercado internacional.
Estande em Cebola
Fator fundamental para o sucesso do empreendimento
O sucesso na produção de cebola depende de vários
fatores, a começar pela escolha da variedade, do local e
da época de plantio, passando pela correção e aduba‑
ção do solo, pelo manejo cultural (adubações comple‑
mentares, controle de plantas infestantes, irrigação) e
controle de pragas e doenças, chegando a questões re‑
lacionadas à colheita e pós-colheita e à comercialização.
Entretanto, o estabelecimento de um bom estande, ou
seja, uma população de plantas por área adequada é,
provavelmente, o fator mais importante para o sucesso
no empreendimento como um todo. Em outras pala‑
vras, se uma lavoura de cebola está com estande pleno
aos 30 dias, é bem provável que ela renderá uma boa
produtividade, inclusive conseguindo‑se estimar a pro‑
dução com relativo grau de precisão, diferentemente
do que ocorre, por exemplo, com tomate ou batata.
Nuno Rodrigo Madeira
Valter Rodrigues Oliveira
Embrapa Hortaliças Brasília-DF
O cultivo de cebola pode ser feito por diferentes métodos, com des‑
taque para o transplante de mudas produzidas em canteiros ou em
bandejas e o semeio diretamente no local definitivo. Este último tem
aumentado nos últimos anos em todas as regiões produtoras. No Cer‑
rado mineiro e goiano, toda cebola é cultivada por esse método, salvo
raras exceções como produção orgânica e produção para autoconsumo
em quintais. No Estado de São Paulo, a semeadura direta representa
cerca de 60 a 70% da área, cerca de 30% no Nordeste e no Sul do país,
onde não era comum até poucos anos, a semeadura direta já ocupa
Agosto de 2014 | NossoAlho | 63
Artigo
uns 25% da área, com destaque para as regiões de
Ituporanga, SC, e Irati, PR.
Como as falhas ocorrem predominantemente na
fase inicial de estabelecimento da cultura, pelo mé‑
todo do transplante de mudas, o estande fica auto‑
maticamente definido no momento do transplante.
Entretanto, esse método vem perdendo espaço pela
grande exigência em mão-de-obra e pela dificul‑
dade de estabelecer estandes maiores que 600.000
plantas por hectare, o que limita o atingimento
de maiores níveis produtivos e melhor padroniza‑
ção na distribuição de bulbos em classes de tama‑
nho. Assim, o que se observa é o avanço do cultivo
de cebola pelo método de semeadura diretamente
no local definitivo. Entretanto, esse método exi‑
ge maior investimento em máquinas e, na grande
maioria dos casos, em irrigação e maior tecnifica‑
ção da lavoura, com maiores cuidados com relação
ao controle de plantas infestantes na fase inicial.
Por esse método, tem‑se o desafio de distribuir as
sementes na quantidade e uniformidade desejadas
para que se obtenha o máximo do potencial produ‑
tivo da cultura, considerando as particularidades de
clima e época de plantio e as características genéti‑
cas da cultivar escolhida.
Pode-se realizar a semeadura direta de cebola
pelo sistema de plantio convencional com preparo
de solo por meio de subsolagem e/ou aração, gra‑
dagem e passada de enxada rotativa. A depender
da área, inúmeras passadas de máquinas podem
ser necessárias, havendo relatos de até 10 passadas
de máquina até a semeadura. A adubação costuma
64 | NossoAlho | Agosto de 2014
ser realizada em área total entre duas passadas de enxada
rotativa e o encanteiramento é simultâneo à passada da
rotativa. Há iniciativas de semeadura direta sem encan‑
teiramento ou em canteiros baixos de base larga, o que
pode ser realizada em solos bem drenados e em épocas
com baixo índice de chuvas.
Pelo sistema de plantio direto (SPD), tem-se o plantio
da cebola sobre a palhada de resíduos culturais de plan‑
tas de cobertura previamente cultivadas para esse fim,
efetuando-se o revolvimento localizado do solo, restrito
às linhas de plantio e sem encanteiramento. Na semea‑
dura direta pelo SPD, a adubação é feita concomitante‑
mente à semeadura.
Para a semeadura direta pelo plantio convencional
com o solo encanteirado, utilizam-se semeadoras pneu‑
máticas que, em geral, dispõem as sementes em quatro,
cinco ou seis linhas duplas, espaçadas de 8cm entre as
linhas simples e 12cm entre o conjunto de linhas duplas.
No SPD, a disposição das sementes é geralmente em
linhas simples para facilitar o corte da palhada, havendo
máquinas com 5, 7, 9 ou até 15 linhas espaçadas entre
30 e 45cm.
Em geral, trabalha-se com a mesma população de
plantas, seja em SPD com semeadura em linhas sim‑
ples, seja em sistema convencional com semeadura em
linhas duplas, de modo que, em linha simples, apesar
de não se perder espaço entre canteiros, a quantidade de
sementes a distribuir por metro linear é maior do que
em linhas duplas. O adensamento na linha é viável em
cebola em função da capacidade de arranjo espacial dos
bulbos mesmo quando muito próximos, observando-se
que eles se arranjam para um lado e outro sem compro‑
metimento de seu formato final.
Na semeadura, cuidados especiais devem
ser considerados. O solo deve estar bem nivelado e as
condições climáticas propícias à operação de máquinas.
Deve-se atentar para a velocidade de semeadura, reco‑
mendando-se que seja de no máximo de 3km/h. A pro‑
fundidade de semeadura deve ser de 1 a 2 cm. A regu‑
lagem da máquina deve ser criteriosa na distribuição de
sementes e de adubo, no caso do SPD. Um operador,
além do tratorista, deve acompanhar a semeadura em
solo ou sobre a máquina, para monitorar a distribuição
de sementes e adubos e a ocorrência de possíveis pro‑
blemas com o corte da palhada, paralisação dos discos
de sementes ou falhas na sucção de sementes nos discos,
além, claro, da observação do momento certo de reabas‑
tecimento com sementes e adubos.
Com relação à quantidade de sementes a distribuir,
deve-se atentar para dois aspectos principais: variedade
e condições de clima. Basicamente, as variedades híbri‑
das suportam maior adensamento em função da maior
uniformidade genética que as variedades de polinização
aberta (não híbridas), que apresentam geralmente maior
desuniformidade na germinação e emergência e no de‑
senvolvimento. Na Região do Cerrado, por exemplo,
têm-se cultivado cebola na época seca do ano (março
a setembro) com mais de 1 milhão de plantas por hec‑
tare com a obtenção de altos rendimentos de bulbos de
ótimo padrão comercial. Cultivos nesse mesmo local,
quando coincidem com períodos de muita chuva, de‑
vem ter um estande mais baixo, em torno de 600 a 800
mil plantas por hectare.
Artigo
No Sul do Brasil, deve-se trabalhar com estandes
mais baixos que no Cerrado, mesmo quando se utili‑
zam híbridos, em função das chuvas frequentes e pe‑
ríodos prolongados de alta umidade relativa ao longo
de todo o ano. Tem-se por base um limite em torno
de 550 a 600 mil plantas por hectare em SC e PR.
Para se ter uma comparação, tradicionalmente o cul‑
tivo de cultivares O.P. (não‑híbridas) pelo método de
transplante de mudas e em áreas não irrigadas da Re‑
gião Sul é feito com 250 a 350 mil plantas por hec‑
tare. O potencial produtivo fica restrito a 30 t/ha,
talvez um pouco mais, porém o custo de produção
é muito baixo e esse modelo ainda se ajusta às uni‑
dades familiares de pequena escala. São Paulo fica
em uma situação intermediária entre o Cerrado e o
Sul, com regiões e épocas variáveis, o que exige uma
análise mais localizada.
Tem sido pouco comum o emprego de semeadura
direta de cultivares não híbridas, possivelmente em
vista do investimento realizado com a semeadura di‑
reta exigir que se obtenha maiores produtividades. As‑
sim, em geral a semeadura direta é casada com a ado‑
ção da irrigação e do adensamento de plantas, o que
leva a escolha de híbridos. Entretanto, variedades
não híbridas com base genética mais estreita toleram
o adensamento até determinados níveis, em torno
de 650 mil plantas por hectare, a exemplo da ‘BRS
367 (Riva)’ e ‘Bola Precoce’ no Cerrado em culti‑
vos tardios (semeio em julho), o que proporciona
níveis produtivos interessantes, entre 45 e 60 t/ha.
Apesar de abaixo do potencial produtivo dos híbri‑
dos, deve-se considerar que o custo de produção das
66 | NossoAlho | Agosto de 2014
não híbridas é em geral menor, em função da semente
mais barata, do menor gasto de sementes por área e da
maior tolerância a doenças.
A irrigação assume papel fundamental quando
se adota a semeadura direta. Nas Regiões Sudeste,
Nordeste e Centro-Oeste é imprescindível a irrigação.
O sistema mais utilizado é o de pivô central, mas tam‑
bém se trabalha em menores áreas em SP com asper‑
são convencional. É recomendável irrigar logo após a
semeadura e, em alguns casos, quando a evapotranspi‑
ração está intensa, até duas vezes por dia nos primei‑
ros cinco dias. Há experiências exitosas de semeadura
direta no local definitivo em SC sem irrigação, porém
o risco é grande no caso de não haver chuvas nos pri‑
meiros dias. Sem irrigação, as chances de sucesso são
maiores em SPD pela maior retenção de umidade do
solo e menor evaporação proporcionada pela palhada.
Em vista do que foi discutido, o principal desafio
na semeadura direta, mesmo no sistema convencional
de plantio com preparo de solo e mais ainda no SPD,
continua sendo a distribuição uniforme de sementes e
o estabelecimento de um estande ideal. Novas varieda‑
des, novas máquinas, novas técnicas de tratamento de
sementes como o encrustamento ou peliculização, e
os ajustes no sistema de rotação de culturas no caso do
SPD têm possibilitado o aumento gradativo da área
de plantio de cebola por semeadura direta. Melhorias
ainda precisam ser feitas. Assim, os produtores e as
empresas que estiverem antenadas para essas oportu‑
nidades estarão à frente no mercado.
Agosto de 2014 | NossoAlho | 67
Artigo
Artigo
Cooperativa agrícola na
Espanha – Coopamán
No 1º Congresso Internacional de Alho realizado
em Madri no mês de Fevereiro, trocamos diversas in‑
formações com profissionais, técnicos, pesquisadores
de outros países. Visitamos a região de Las Pedrone‑
ras, principal região produtora de Alho, que tem ins‑
talados grandes cooperativas, empresas, laboratórios
voltados para a produção de Alho. No intuito de mos‑
trar como é a atividade dessas cooperativas, os proce‑
dimentos e práticas adotados por eles, segue abaixo
um texto com algumas informações.
COOPAMÁN SCL, fundada em 1986, é uma cooperativa agrí‑
cola localizada de segundo grau localizada em Pedroñeras (Cuenca),
na Espanha. Sua atividade se concentra na comercialização de alho,
dispondo de uma moderna fábrica de engarrafamento e um labora‑
tório de saneamento de alho plantio e R & D. Formam parte da Co‑
opamán seis cooperativas de primeiro grau na província de Cuenca
localizado na Pedroñeras, Mota del Cuervo, El Provencio, La Alberca,
San Clemente e Santa Maria del Campo Rus.
Puri Castillo
Responsable de Laboratorio e I+D
Coopamán, SCL
Las Pedroñeras (Cuenca) ESPAÑA
Desde a sua criação, Coopamán- SCL, tem mantido uma trajetória
ascendente em hectares cultivados e toneladas produzidas. Somos lí‑
deres europeus na produção e comercialização de alho, tanto a gra‑
nel e ensacado, oferecemos aos nossos clientes os mais altos níveis de
qualidade e serviço para atender as mais exigentes necessidades deles
e poder vender alhos frescos todo o ano, graças à nossa capacidade de
preservar armazenamento a frio existente em todos os armazéns.
Os valores que impulsionam Coopamán, S.C.L são: A comerciali‑
zação de produtos seguros, foco no cliente, inovação, melhoria contí‑
nua, trabalho em equipe e responsabilidade. A satisfação do cliente é a
68 | NossoAlho | Agosto de 2014
nossa prioridade e a garantia que o produto chegue
ao cliente em ótimas condições de conservação e
excelentes características. A integração de nossos
clientes com os nossos sócios cooperados são o fun‑
damento da nossa missão e nossa gestão é baseada
na confiança mútua com eles.
dois anos e posteriormente dois ou três anos mais
em uma fazenda, controlada e supervisionada por
nossos técnicos para entregar o plantio do alho em
ótimas condições aos sócios da Cooperativa e aos
clientes que nos demandam.
Com uma área de cultivo de aproximadamen‑
te 2.500 a 3.000 ha, a produção gira em torno de
15.000 a 20.000 toneladas, distribuídos em 83%
de alho roxo, 8% de alho branco e 8% em alho
temprano, com tamanhos diferentes. Desses, 35%
direcionados para o mercado interno e 65% para o
mercado externo.
Coopamán cumpre através de seu departamento
técnico, um trabalho muito importante de mo‑
nitoramento, controle, capacitação e assistência
técnica aos seus membros, tendo sido responsável
pela introdução de técnicas de produção integra‑
da em sistemas rigorosos de qualidade, garantindo
a completa rastreabilidade, segurança e homoge‑
neidade no produto. O controle do departamen‑
to técnico sobre o processo de produção inclui as
seguintes fases:
• Entrega de bulbos higienizados
como início do plantio
• Assessoria técnica durante o cultivo
• Entrada em Cooperativas
• Manipulação: descascado e embalado
• Distribuição
Esse controle garante a qualidade do produto
até chegar ao cliente em condições de armazena‑
mento ideal e qualidade sob três marcas principais:
A melhoria da qualidade sanitária e do rendimen‑
“Coopaman”, “Pedroñete” e “Ajomán”. Este serviço
de controle de qualidade é responsável por trilhar a to do cultivo são os objetivos estratégicos da Gestão
rastreabilidade do produto, bem como verificar as da Cooperativa. Principalmente higienizar a varie‑
dade do alho roxo de La Cuenca, que representa
mercadorias antes da expedição para os clientes.
a denominação “Ajo Morado de las Pedroñeras”,
O Laboratório Coopamán conta com instala‑ que é comercializado sob o rótulo IGP (Indica‑
ções e tecnologias necessárias para saneamento do ção Geográfica Protegida), garantia de qualidade
plantio de alho com produção de alho livre de vírus e de origem. Coopaman foi a primeira empresa
que é entregue aos sócios, assim como uma pessoa registrada sob este rótulo. Somos os guardiões da
qualificada e treinada para o mesmo. Este pro‑ variedade roxo em La Cuenca e estamos autoriza‑
cesso é realizado através de técnicas de cultivo in dos pelo Ministério da Agricultura da Espanha.
vitro, realizando sua posterior multiplicação em (www.magrama.gob.es/)
Agosto de 2014 | NossoAlho | 69
Artigo
O departamento de P & D também realiza sa‑
neamento de diferentes variedades de outras co‑
operativas e empresas conforme a demanda dos
clientes com diferentes características e variedades
e condições de cultivo. Nosso laboratório partici‑
pa e colcabora com vários projetos de investigação
junto a equipe de pesquisadores de universidades e
centros tecnológicos em diferentes aspectos de cul‑
tivo de alho: adubação, doenças fúngicas, Vírus e
pós-colheita. Um dos projetos resultou na obtenção
de uma patente em análise de vírus mediante hibri‑
dização molecular: “Um método para a detecção de
infecção em plantas Aliáceas pelo vírus Allexiviruses,
LYSV, OYDV, GCLV, SLV e IYSV”. Também
têm participado em várias publicações científicas
e Congresso.
do de Frutas e Hortaliças a nível mundial. Traba‑
lhamos com três tipos de produtos: alho temprano,
alho branco e alho roxo com tamanhos diferentes
na sua classificação, que serão embalados e rotu‑
lados de acordo com as normas vigentes. De um
modo geral, os formatos são dois tipos: a granel e
na embalagem
Não podemos esquecer as novas tecnologias.
Temos um serviço de vendas on-line em nosso site
onde comercializamos alhos nas embalagens e bul‑
bos de alho para o plantio. Além disso, também es‑
tamos nas redes sociais Facebook, cuja manutenção
e atualização é realizada por nosso departamento
de TI.
Há 16 anos, o nosso departamento de qualidade
desenvolveu e implementou regulamentos e certi‑
A nossa organização comercial visa atender todos
ficações de qualidade rigorosos, com filosofia pró‑
os tipos de clientes.
pria de trabalho e tornou-se a mais competitiva no
Para este fim, esta estrutura é apoiada pelo depar‑ mercado. Dentre estes, cabe destacar: Leaf Marque,
tamento de vendas, que é responsável pela gestão BRC, GlobalGAP e Tesco NURTURE. Além disso,
dos aspectos relacionados com o comércio. Também somos membros do Departamento Nacional de
está presente nas mais importantes Feiras do Merca‑ alho desde 1993.
70 | NossoAlho | Agosto de 2014
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Serenade é o fungicida e bactericida biológico da Bayer. Com
formulação diferenciada, pronta para o uso e de fácil manejo,
além de controlar efetivamente as doenças, Serenade ativa
a defesa das plantas, melhorando o desenvolvimento e a sanidade
e produzindo frutas e hortaliças sem resíduos, com alta qualidade
e mais saudáveis. Serenade possui carência zero, permitindo
maior flexibilidade entre a aplicação e a colheita. Adicionar
Serenade ao seu manejo é ter carência zero e qualidade máxima.
Serenade.
Eficiência sem carência.
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Artigo
VOCÊ SABIA QUE:
O alho contém a aliina e a alicina, compostos res‑
ponsáveis pelas características do seu odor e sabor,
bem como por suas propriedades biológicas. Den‑
tre essas propriedades, ajuda a controlar o nível de
colesterol, a hipertensão, a diabetes, a asma e também
colabora com o funcionamento vascular, além de ter
ação antimicrobiana, antioxidante, anticancerígena e
colaborar com o sistema imunológico.
Como otimizar seus benefícios
Para obter os efeitos benéficos do alho é importante que ocorra uma
quebra celular, por meio da mastigação ou do cozimento, para liberar
os compostos.
A cisteína (aminoácido) presente no alho favorece uma desintoxica‑
ção do fígado. A alicina é a substância mais importante. É um líqui‑
do amarelo, com odor acentuado, que se forma quando os dentes de
alho são macerados ou mastigados, ou seja, a alicina está potencial‑
mente presente no alho in natura.
Para consumo, é recomendado o alho cru. A fritura diminui signifi‑
cativamente as propriedades do alho.
Faz bem ao coração e reduz o colesterol
Dra. Lucyanna Kalluf
Graduada em Nutrição e Farmácia
e Bioquímica (PUC –PR). Mestre
em Medicina Interna – Depto. de
Clínica Médica Universidade Federal
do Paraná (UFPR). Especialista
em Farmacognosia - Ciências
Farmacêuticas/UFPR. Especialização
em Nutrição Clínica Funcional.
Formação em Antroposofia na
Saúde - ABMA-SP. Autora do livro
“Fitoterapia Funcional: dos princípios
ativos à prescrição dos fitoterápicos”.
O alho inibe uma enzima que estimula a produção de LDL para
as artérias, retirando o excesso. Assim o LDL circulante tem menos
chance de oxidar e formar a placa que, com o passar dos anos, entope
totalmente as artérias.
Alimento contra o câncer
O alho é um potente agente desintoxicante do fígado e ajuda na
eliminação de substâncias químicas que trazem a modificação das
células e consequentemente o câncer. Com relação à sua atividade
anticancerígena, as evidências mais fortes são resultado dos estudos
epidemiológicos mostrando a relação inversa entre mortalidade por
câncer gástrico.
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Anti-séptico e anti-bacteriano
Consumo
Um dos aspectos mais estudados sobre o alho é
sua atividade antimicrobiana, por causa da alicina,
que atua no combate a bactérias (principalmente as
causadoras de infecções urinárias, diarreias
e amidalites) e a vários fungos, como o responsá‑
vel pelos “sapinhos”. Combate ainda, com sucesso,
as infecções virais, incluindo o vírus da gripe.
O alho também diminui a infestação fúngica,
como a candidíase, muito comum nas mulheres.
É recomendado consumir um dente de alho
amassado ao dia junto com a comida.
Também existem outras formas, como óleo
de alho (extraído a frio). Em média, 2 cáp‑
sulas de 250mg por dia (como geralmente é
comercializado). O mercado também disponibili‑
za cápsulas sem odor.
Receita:
Compota de alho
Ingredientes
Modo de Preparo
• 1/2 kg de alho descascado
1. Juntar tudo, menos o alho, e levar ao fogo
• 1/2 litro de vinagre de maçã
2. Quando ferver, juntar o alho
• 1 xicara de vinho branco seco
3. Abaixe o fogo e deixe mais 2 minutos
• 4 colheres de sopa de açúcar
4. Coloque em vidro esterilizado
• 1 colher de sobremesa de sal
5. Tampe e coloque o vidro de
boca para baixo até esfriar
• 2 folhas de louro
• 20 grãos de pimenta do reino
• 20 grãos de pimenta da Jamaica
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