`sucesso` p social e fin assim o fu seguindo ap
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`sucesso` p social e fin assim o fu seguindo ap
E EVASÃO ESCOLAR UMA QUE ESTÃO DE E CULTUR RA Possíveis causas e fatores que influenciam m no abando ono. VIILLAS BÔA AS, Márciaa Martins PontifíciaU Universidadee Católica do d Rio Grannde do Sul-B BRASIL e-mail: mvvbvillas@gm mail.com Resumo.O O ensino médio m é carracterizado pela prepaaração paraa entrada em m uma Un niversidade.. Milhões dee pessoas ennvolvidas nesse processso: são paiss orgulhosos, professorres preocupados com o se equilibraar entre suaas expectatiivas, as doss preparo dee seus alunoos e os adoolescentes procurando p pais e as dos d professoores engajaddos nos resuultados obtiidos no vesstibular. Noo entanto, a preparaçãoo para a escoolha de umaa profissão muitas vezzes começa quando os adolescentees ainda são o crianças e os pais faantasiam o futuro dos filhos segguindo suass carreiras ou imaginaando uma carreira dee ‘sucesso’ para p eles. Em m contraparrtida os adoolescentes so onham com m carreiras qque lhes deeem projeçãoo social e finnanceira o mais rápidoo possível. Alguns preetendendo embarcar e naa onda dos pais tendoo assim o fuuturo garanntido, pois já que os pais tiveram m sucesso eles não pprecisam prrovar nada,, seguindo a mesma profissão. p O Outros preccisam modiificar sua situação s soocial, escolh hendo umaa profissão que q atenda as expectatiivas de todaa a família.. A entrada na Universsidade é um m marco em m que as fanntasias e exxpectativas sonhadas até a então se tornam palpáveis. p A realidadee se mostraa perversa para p aquelees que não se preparaaram para conhecer mais m profunndamente a profissãoo escolhida. Os adolescentes sabem m pouco sobbre a carreirra. As frustrrações nos pprimeiros seemestres daa Universidaade são eviddentes. Boaa parte dos estudantes que são paatrocinados pelos pais migra paraa outros curssos, estandoo eles na faase das expperimentaçõ ões. Aqueless que não ssão patrocin nados peloss pais nem pelo p Goverrno acabam por abandonar a Universidade, pois p não poodem perdeer dinheiro.. Ainda exisste a má forrmação básiica daqueles oriundos de d escolas públicas p quue mesmo co onseguindoo o aluno inngressar na universidadde por meioo de cotas ou o por bolssas financiaadas pelo Governo, G noo decorrer doos semestrees, esse alunno não conssegue, muittas vezes, acompanhar a r as aulas po or conta doo conhecimeento básico exigido paara um bom m desempen nho acadêm mico. A eduucação oferecida pelass famílias asssim como pela escolaa privilegiaa o imediatiismo a faltaa de interessse pela peesquisa, porr conhecer, por se aproofundar, pella falta de criticidade referente ao a mundo qque os cercaa a falta dee atitude em m relação aoo seu próprrio futuro. Nesse N sentido este artiigo pretendde elencar as a possíveiss causas a reespeito da evasão univeersitária e reefletir a resp peito da culltura do povvo brasileiro o que aindaa não elegeuu a educaçãoo como prepponderante para p o sucesso de uma Nação. Palavras Chaves:Fam C mília, Univeersidade, Caarreira, Evasão. 1 Introduçção O conhecimento é a mola prropulsora do d mundo e ninguém n duuvida disto, aja visto que da metadde do sécculo XX para cá o conhecimeento tem nos levado a um u desenvolviimento basttante rápidoo em que as novas tecnnologias noos oportunizzam o acessso ao o conhecim mento de fo forma instan ntânea. Noo caampo das tecnologiaas com o acesso a in nternet pode-se comunnicar com o resto doo mundo m com apenas um m clik, bem m como o av vanço das ciências e da med dicina, em m esspecial, quee passou a ddar maior qu ualidade dee viida as pesssoas e coonsequentem mente umaa maior m expecttativa de vidda. Porém, nem m tudo evolluiu como se s esperava, a educação continua sendo um m entrave, a população no mundoo todo carrece de um ma educação que q oportunnize a todoss capacidaddes para comppetir igualm mente no mercado do d trabalho. Na décadaa de 90, naa Conferênccia Mundial sobre Laa Educacióón Superiior (1998)– LaasExigenciaasdel Munddo delTrabaajo - muitos especialisstas pensavvam que a educação em e nível suuperior estavva avançanddo rapidamentte e que os jovens grraduados não teriam conndições dignnas de trabaalho por connta de um meercado aindaa incipientee. Iniciou um u novo sécullo e ainda se necessitaa de mão-ddeobra especcializada e com conheecimento paara que se poossa investirr ainda maais em novvas tecnologiass e melhorres qualidaades de vida para a popuulação. No entantto, mesmo com polítiicas publiccas oportunizaando acessoo à educaação superiior ainda é muuito tímido esse ingressso, sendo quue os jovenss por divversos fatoores acabaam trocando de cuurso, evaadindo d das universidaddes ou dem morando tem mpo de maais para a concclusão. Muiitos podem ser os fatorres que determ minam essee cenário: a família e a falta de innteresse em incentivar seus filhoss a estudar, a educação básica deeficiente não oferecendoo condiçõess de o aluuno compeetir de para uma vaga v na univversidade, dificuldade d se decidir por p uma carrreira e messmo o próprrio e universo adolescentee que é imediatista i c r rápidas. carece de conquistas Nesse senntido, este artigo pretende discuutir estas quesstões a luz de tentar compreendder como e por p que, o ensino suuperior ainda necessita de d estudos e pesquisass na intenção de tentar trazer e manter o aluno nas n universidaddes até a coonclusão do curso. 2 Família “Voccê não pode ennsinar a criannça a cuiidar de si meesma a não ser s que a deixe tenttar por si. Ela E comeeterá erros e a partir dessses erross brotará suua sabedoriaa”. (Heenry Ward Béccher) Entende-se por p família um grupo de pessoass un nidas pelo afeto a e que vivem sob um mesmoo teeto. Essas famílias f possuem regrras própriass dee convivênncia e de cuultura que podem serr co ompartilhaddas com ouutros gruposs familiaress ou u vivenciaddas somentee dentro do o grupo em m qu uestão. Hoje H em diaa com as grrandes tran nsformaçõess do o mundo moderno m ass famílias também t see modernizaram m m e segueem padrõees bastantee diiversificadoos em relaação há 40 anos. É co omum famíílias de paiis separado os, chefiadaa so omente por mulheres, chefiadas somente porr ho omens sem umaa compan nheira, a ho omossexuall, a extenssa que corrresponde a no ovos casam mentos com filhos de ambos a com m ou utras pessooas e seus próprios filhos, todoss viivendo harrmoniosameente ou nãão, com oss filhos tendo casa dos paais, das mãees, convívioo co om seus irm mãos e seus meio irmão os, famíliass nu ucleares coom pai, mããe, filhos vivendo v em m um ma mesma casa e com m funções dee igualdadee em m que amboos são proveedores e edu ucadores. No N entanto, mesmo m com m a moderniização, com m ass novas tecnologiaas, com a mulherr co onquistandoo mais e m melhores co ondições dee trrabalho, as questões trransgeracion nais podem m seer um entraave no que concerne às à escolhass fu uturas d dos filhoos. As relaçõess trransgeracionnais tem a função dee manter a cu ultura, rituaais passadoss de pais para filhos dee geeração em m geração, pois são elas quee mantêm m a história de um grupo g nãoo peermitindo que ela sse perca. Porém, oss mandatos m em m nome dde uma peermanênciaa cu ultural nem m sempre sãão saudáveiis, pois sãoo mensagens m enviadas por seus pais ouu cu uidadores de d forma vvelada, quee os filhoss ob bedecem poor não terem m capacidaade de irem m co ontra elas.. Freud (1913) já falava daa trransmissão de uma geração a outra dee “cculpas” e “tabus” “ ondde a culturaa familiar é gaarantida atrravés de pproibições e mandatoss qu ue vão ao longo do tempo se fixando noo su ubconscientte do sujeitoo. É claro que os mandaatos não sãão passadoss peelos pais coom a intençção de oprim mirem seuss filhos, mass uma form ma de superrproteção quue paralisa, nãão permitinndo que o fillho se lancee e consequentemente nãoo aprenda. frrio ou sujo. A mãe aoss poucos vaai liberandoo a criança e a autorizzando a explorar e oss esspaços. A temática da transmisssão transgeracional coloca-se c com mo uma de possibiilidade comppreensão do sujeito com mo herdeeiro de múltipplas experiências ancesstrais, que tannto o enriqueceem comoo podem tornná-lo prisioneiro de um ma história que q não é a suua. (PIVA, 20006). Com C a aquiisição da fa fala, a crian nça fará ass prrimeiras peerguntas e ddependendo o da formaa co omo a mãee ou os cuiidadores reespondem a esssas pergunntas ela se ttornará autô ônoma com m caapacidade de d fazer escoolhas e de se s aventurarr em m novas deescobertas. Já uma mããe que nãoo co onsegue fazzer a diferennciação enttre o filho e su uas questõees subjetivaas, levará a criança a um m quadro de total desinnteresse pello aprender,, po ois não se sentirá autoorizado a perguntar, p a saaber, a connhecer. Proovavelmentee esta mãee trraz em suua bagagem m transgeracional a in ncapacidadee de se indiividualizar e de deixarr o outro cresccer, mantenndo assim o status quoo faamiliar. Nesse senntido, os pais p sonham m para seeus filhos, futuuros que nãoo tiveram, ou o futuros que pretendem que seus fiilhos mantenham, pois já conquistaraam um esppaço de reconhecimentto. Os pais proocuram coloocar em seuus filhos toddas as expectattivas e espeeranças de que q irão suprir uma quantidade de caarências nãoo reveladas no n percurso de d suas vidaas, mas eviidenciadas na forma com mo falam de d seus herdeiros. Dessta forma, ficaa claro com mo as relaçções parentaais carregam entre e elas questões q nunnca ditas quue são transm mitidas de gerações para p geraçõões sem nuncaa serem quesstionadas. De acordoo com o exposto e aciima pode se pensar na forma com mo muitos dos d estudanttes chegam àss universidades, procuurando suprir as carênciaas e sonhos de seus pais, procuranddo manter um ma herançaa familiar de d profissõões que vem estado e na faamília a muuitos e muittos anos e quue naturalm mente seus pais e avvós pensam serr natural o filho f e neto continuarem m, manter e passar parra seus fillhos e assiim sucessivam mente. 3 Educaçãão e Culturra “O pensamento p é a ponte quee o corpoo constrói a fim fi de chegar ao objetto do seu desejo.” d Rubeem Alvess. Para se apprender é neecessário quue um ensinne para que o outro aprennda desta foorma, a mãee é a primeira ensinante de seu filhoo e é ela quue vai apresennta-lo ao mundo, m messmo que essse mundo sejaa somente o entorno deela. Uma mãe m suficientem mente boaa saberá traduzir as diversas linguagens que q seu filhho utiliza nos n primeiros meses de vida, v se esttá com fom me, Feernandez (1991) fala que aquelas famíliass qu ue se basseiam na indiferencciação nãoo co onseguem entender e que apesar de o outro terr um ma visão diiferente delaa não signiffica que um m essteja certo e outro erraado, pois as a vivenciass qu ue cada um u tem soofrem transsformações,, po oisdependem m dos signnificados qu ue terá paraa caada indivíduuo, que meesmo que see viva umaa mesma m experriência ela sserá única. Paara que se aprenda a é nnecessário qu ue cada um m teenha o direiito de expeerimentar e sentir suass reeações para assim moddificar ou am mpliar suass prróprias exxperiências, desta forma é neecessário quue o indivííduo seja mediado m porr allguém que possa fazerr a diferencciação entree ass suas e as experiência e as do outro, acatando o ollhar do outrro para assiim a aprend dizagem serr siignificativa.. Paarente (2000) relata quue: A apreendizagem é um processoo que se ddesenvolve naa relação com m o outro e por in ntermédio doo mecanissmo de identiificação. Mass para quue haja apreendizagem, é preciso que exista um sujeitoo diferencciado de um objeto. o Assim,, a base do processo dee aprendiizagem é a discriminação ( p.31). A modaliddade de aprrendizagem m, ou a form ma como o sujjeito aprendde determina como ele se relaciona com o am mbiente e o objeto de conhecimeento. Para taanto, Piagett já referia de uma formaa biológica sobre a assimilação e a acomodaçãão. Assimilaçãão como processo p coognitivo peelo qual uma pessoa inntegra um novo daddo segundo a sua perceppção transfformando-o e acomodanddo-o comoo em um ma pasta de computadoor. Fernanndez (2001)) diz que a assimilaçãoo e acomoddação são muito m mais do d que issoo, pensanndo nas instânciias psicológicaas. Dependdendo da foorma como o sujeito asssimila um novo n conheecimento e o acomoda determinará d á a forma coomo ele agiirá frente ao conhecimen c nto podendoo afetá-lo por p toda uma vida. v Cadaa um de nós se relaciona coom o ouutro como enssinante, consiigo mesm mo como apreendente e com mo conhecimento com mo um terceiro de um m modo singuular. Analisanndo com cuidado o modo m como um ma pessooa relacionaa-se com o encontrarem conhecimento, mos algo que se repeete e algo que q mudaa ao longo de toda a sua viida nas diferentes áreas. Cham mo modaalidade de aprendizagem a a esse molde ou esqquema de operar que vai sendo utilizado nas n difereentes de sittuações aprenndizagem. (p.778) O processoo de aprendizagem é mediado por p alguém quue ensina. Geralmente G os primeirros conhecimeentos são passados pelas mãees, mulheres que q foram educadas e paara servir e os homens edducados parra mandar. Dessa form ma acabam trransferindo para seus filhos essses mesmos mandatos. m Desde muuito pequeenas as crianças c são ensinadas a serem m cordatass, educadaas, mimosas enquanto meninas, m e briguentoos, desafiadorees e responsáveiss enquannto meninos. Fernandez F (1994) escreeve que: O beebê constrói um corpo, mas m não um u corpo asseexuado. Consttrói um corpo c feminino ou masculinno. Apreende a ser “sser humana” ou “ser huumano”, apreende a falarr como m mulher ou como c homem m (segunddo o que se espera e de um m homem m ou de uma mulher) e a partir dde sua condição de mulherr ou hom mem (a paartir de um m organism mo de mulherr ou homem);; e asssim todas as demaiss aprendiizagens (p.38)). Paara que o ensinar não seja paaralisante é neecessário que q quem ensine entteja abertoo aaaprender coom quem apprende, poiss se colocarr naa posição de d ensinantee/aprendentee/ ensinantee e dialogar com c sua prrópria subjeetividade o co olocará num ma posição confortáveel frente aoo ob bjeto de coonhecimentto de ondee nunca see saabe tudo, poorém na trocca com o ou utro sempree see aprende um m pouco maais. Dessa D formaa, fica claara a impo ortância doo prrocesso de crescimentoo do indivíd duo em seuu meio m familiiar, pois é lá que a criançaa deeterminará o que poderá ou nãoo ap prender/connhecer e aassim levaará para a esscola, seu primeiro meio so ocial, suass caaracterísticaas individuuais de aprrendizagem m qu ue, mesmoo com os mandatos familiares,, so ofrerá moodificações na sua trajetóriaa ed ducacional. No entantto, a cultu ura familiarr in nterfere na aprendizageem do indiv víduo, paraa o bem ou paara o mal, dependendo o da formaa co omo a educcação formaal e culturall é vista noo seeio familiar. O individuo que nascee em uma família dee peessoas letrradas tem maior faccilidade dee ap prendizagem m, pois dessde muito pequenos p jáá co onvivem com a forma escrita e dee co onhecimentto. Essas crianças com a po ossibilidadee de accesso a todas ass manifestaçõe m es de culttura, que assistem a peeças de teaatro, filmes,, passeiam em centross hiistóricos e museus, m podem viajar e conhecerr ou utros lugarees, bem como acesso irrestrito a liv vros, reviistas e jjornais po ossui umaa faamiliaridadee com a nnorma escrrita que é so omente umaa questão dde sistematiização paraa qu ue progridaam naturalm mente. Em contrapaartida, as crianças naascidas em m faamílias ecconomicam mente desfavorecidass paassam a teer acesso a cultura formal noo momento em e que inggressam na escola básiica o que faz com c que tennham uma defasagem d de informaçõees em relaçção às criannças de maiior poder aquuisitivo. Esssas criançaas, por outtro lado, aprenndem questtões de ordeem prática de forma maiss rápida, poois desde muuito pequennos tem de apprender a sobreviver s praticamennte sozinhas, já j que na maioria m dass vezes ficaam por sua coonta e riscco ou com seus irmããos menores ou o maiores em casa enquanto seeus pais trabalhham. Nessee sentido see tornam maais ágeis que seus coleggas de podeer econômico mais elevaado por tereem de se manter m semppre alerta em relação ao perigo ou na forma de transitar no n meio de adultos deesconhecidoos. Aprendem mais ceddo a organnizarem um ma casa, cuidaarem de seuus irmãos menores, m liddar no fogão, fazer comppras, pegar ônibus enttre outras ativiidades. Assim, podde se conclluir que a aprendizage a em acontece a todo instante, desde o nascimennto do indivvíduo, de forma democrátiica independennte do níveel econômiico e que de acordo com m sua form mação familliar e culturral esses indivvíduos deseenvolvem habilidades h de forma a suprir s suas necessidaddes. Aquelles mais favorrecidos ecoonomicamennte enquannto são profunndamente protegidos e tem um ma diversidadee de atividades cullturais desde muito ceddo demoraam mais tempo paara poderem saair sozinhoss e os menoos favoreciddos economicaamente na mesma prroporção quue não possueem proteçãoo, aprendem m desde muiito cedo as cooisas práticaas da vida. Sendo pouco cultos, porrém, sabenddo transitar por todos os espaços coom certa trannquilidade. “A escola e acaboou se tornanndo uma das instituiçções sociais de maioor importânciaa em mediar esta e indivíduo relação entre a socieedade, caraacterizando transmissão cultuural, de valorres mportamento e moraais, de com sociaalização, é uma u instituiçção que trabalha a serviço da socieedade, ocupanndo grande paarte da viida de seus alunos e cada vez v mais substituindo as famílias em e ensinnamentos com mo: orientaçção sexuaal, profissionnal, valores e ideais, ou seja, a viida como um m todo” (S SILVA, 2008,,), O papel da escola, e neste contexto, tem de serr mediadora m d dessas duass realidadess para quee un ns aprendam com os outros. Teendo comoo ob bjetivo a innterdisciplinnaridade enttre culturas,, aq quisição dee conhecimeento formall e prático,, po ois é nessa conjunção de diversidaades que see fo orma um ciddadão crítico e respeito oso. É na escola pública p quee estas duass realidadess mais m se encoontram e fiicam eviden ntes. Dessaa fo orma, os professores e admiinistradoress deessas escolaas têm que de forma deemocrática,, ellencar meioos de fazer com que as a crianças,, deesde quanddo ingressam m na escolla em seuss prrimeiros anos, tenhaam uma convivência c a paacífica e de d transform mação sociaal. Existem m po oliticas públicas p qque deterrminam a diiversidade cultural c nass escolas e seus meioss dee subsistirr, porém, cabe ao os adultoss prrofessores e diretoores se despir dee prreconceitos pessoais e acreditaar que see po ossam edducar os alunos para p umaa co onvivência social mais harmoniosa. Po ortanto é noo ensino básico que oss alunos sãoo prreparados para o coonvívio so ocial comoo ciidadãos e asssim devem m ser preparaados para o in ngresso naa universiddade assesssorando-oss taanto nas escolhas dos cursos bem m como oss prreparando para que possam co ompetir dee ig gual com seus colegass oriundos de escolass paarticulares ou o federais. 4 Universidaade X Carrreira “O connhecimento dos do limites doo conheciimentofoi a maiorcoontribuição que q o séculoo XX deuuaoconhecimeento.” “É a indestruutibilidade dass incertezzas”. (MORIN N,2000 p.55) O ensino médio é caracterizzado pelaa prreparação eentrada em umaa para Universidade U e. Milhões de pessoas envolvidass neesse proccesso: sãoo pais orgulhosos, o , prrofessores preocupadoos com o preparo dee seeus alunos e os adolesscentes pro ocurando see eq quilibrar enntre suas exppectativas, as dos paiss e as dos proffessores enggajados noss resultadoss ob btidos no veestibular. No entantoo, a preparração para a escolha de uma profisssão muitass vezes com meça quanddo os adolesccentes aindaa são criançças e os paais fantasiam o futuro dos d filhos seguindo suuas carreiras ou o imaginando uma carreira de ‘sucesso’ para eles. Em conttrapartida os adolescentes sonham com carreeiras que lhhes deem projjeção sociaal e financceira o maais rápido p possível. Alguns pretendenddo embarcar na onda dos d pais tendo assim o futuro garaantido, poiss já que os pais tiveraam sucesso eles e não precisam p p provar nadda, seguindo a mesma proofissão. Ouutros precisaam modificar sua s situaçãoo social, esccolhendo um ma profissão que q atenda as a expectatiivas de todaa a família. Aqueles inndivíduos que q tiveram m a chance de fazer suass próprias escolhas desde muiito cedo, em que q os paiss respeitaraam a natureeza de seus filhos f e tivveram a humildade h de entender as escolhaas deles, com certeeza maior em seeus tiveram sucesso empreendimentos acaadêmicos, e mesmo quue ao longoo dos prrimeiros semestres se decepcionaaram ou vieram a connhecer curssos que tinham m mais a ver v com suuas vocaçõões migraram e seguirram firmees em suuas escolhas. e A entrada na Univerrsidade é um marco em que as fanntasias e exxpectativas sonhadas até a então se tornam t pallpáveis. A realidade se mostra peerversa parra aqueles que não se prepararam m para maais conheecer profundam mente a prrofissão esscolhida. Os O adolescentes sabem poouco sobre a carreira. As A frustraçõess nos primeiros seemestres da Universidaade são evvidentes. Booa parte dos d estudantes que são patrocinado p os pelos paais migra paraa outros currsos, estandoo eles na faase das experiimentações.. Aqueles que não são patrocinados pelos pais p nem pelo p Governno acabam poor abandonnar a Univeersidade, poois não podem m perder dinheiro. Esses E alunnos terminam por retornnarem as universidad u des muitos annos depoiss quando estão maais maduros e sentindo a necessidadde de ter maais conhecimeento em reelação ao trabalho quue fazem. Senndo assim, neste mom mento o quue deetermina a escolha ddo curso universitário u o nãão são os sonhos e sim a realidadee prrofissional. O sucesso na n entrada da universsidade estáá in ntimamente ligado à formação básica. Oss allunos oriunndos de esccolas públiccas, em suaa maioria m - exccluindo aquueles que in ndependentee daas escolas que estuudarem, sãão sempree ex xcelentes alunos - possuem uma máá fo ormação e que q mesmo conseguind do ingressarr naa universiddade por m meio de cotas ou porr bo olsas financciadas pelo Governo, no n decorrerr do os semestrees, não connsegue, mu uitas vezes,, accompanhar as aulaas por conta doo co onhecimentto básico eexigido parra um bom m deesempenho acadêm mico. A educaçãoo offerecida peelas famílias assim como pelaa esscola privillegia o im mediatismo a falta dee in nteresse pella pesquisa,, por conheecer, por see ap profundar, pela p falta dde criticidad de referentee ao o mundo quue os cerca, a falta de atitude em m reelação ao seeu próprio fuuturo. O aluno que consegue eentrar na un niversidadee e segue sua formação f atté o final en ncontra pelaa frrente mais um entravve que é a falta dee siintonia entrre o que a universidad de ensina e aq quilo que o mercado de trabalho o exige. Ass faaculdades teem em seu ccurrículo um ma gama dee diisciplinas que são ffundamentaais para o en ntendimentoo da profi fissão escolhida, mass peeca no queesito práticaa em que o aluno quee prrecisa trabaalhar para ppagar seus estudos e faráá seeu trabalhoo de concluusão de currso ou suaa prrática no últtimo semesstre da faculldade o quee nãão o qualiffica para o mercado de d trabalho.. Aqueles A que podem ao longo do cursoo esstagiar em m empressas que realmentee in ncentivam o aprendizaado dos inicciantes seráá no o final do curso c um prrofissional qualificadoo e o empregaador também m terá um profissional p l qu ualificado para p exercerr uma posiçção em seuu qu uadro de funcionárioos, mas isso i poucoo accontece. O que realm mente ocorree é que aoo final do cursso milharess de diplom mados saem m paara o merccado de traabalho sem m nenhumaa prrática profissional o qque eleva o número dee fo ormados seem empreggo em sua área dee attuação. O mercadoo de trabalhoo por sua veez exige aléém de toda a fundam mentação teórica t e o conhecimeento a resspeito da história da formação escolhida, habilidaddes que são indispensáveis como atributos de um boom profissionaal. Essas habilidades h exigidas são segundo Navarro N (20006, p.12) pró-atividad p de, assertividaade, criaatividade, inteligênccia interpessoaal, comuniccabilidade, capacidade c de reflexão, adaptabiliddade, resiliiência, enttre outras caraacterísticas. Essas características não n se apreendem em um u banco de faculdade f e sim se apreendem com ma prática e o autoconheccimento, beem como coom a maturiddade e a responsabil r lidade. Esssas característiicas poddem facillmente s ser aprendidass, se enquannto estudanttes, os alunnos paralelameente foreem atuanndo com mo aprendizess em suas prrofissões. Nesse seentido caabe às universidad u des remodelar seus currículos c para quue paralelameente às questões teóriccas os alunnos sigam fazeendo praticaas e elaboranndo reflexõões sobre suuas atuaçções e assim se autoconheccendo paraa poder serr agentes de transformaações e assiim suprir coom eficiênccia as demanddas do mercaado de trabaalho. 5 Evasão O sonho de entrar em uma universidade inicia-se muito m antess de terminnar o ensinno médio, são s planoss feitos pelos paais, educadoress e os próprios jovens, atores desste cenário. No entanto, para p muitos ele se desffaz ou é prorroogado deviddo a enorm me dificuldade de se entraar em uma universidaade brasileirra. Apesar de d o núm mero de vagas v tereem aumentadoo nos últimoos anos, no ano de 20001 existiam no Brasil 1391 Insstituições de Ensino Supperior (IES)), e em 20110 passaram ma ser 2.378 IES, seguundo dados do Instituuto Brasileiro de Geograffia e Estatísstica (IBGE E), são muitas as dificulddades para see ingressar na n u des tão sonhaada faculdade. As universidad públicas sãão em menoor número 278 2 em todoo o país, e nelas n acabaam ingresssando alunnos oriundos de d escolas particulares com maiior aprovação no vestibbular. As universidad u des paarticulares apesar a de teerem quase dobrado dee nu umero nos últimos ú anoos em 2010 chegaram a 2100 Instituuições de E Ensino Sup perioracabaa seendo a oppção dos alunos oriiundos dass esscolas púbblicas, noo entanto o fatorr ecconômicodiificulta a enntrada desses jovens. O governo, através a de P Programas de d incentivoo a educação facilitou o acesso dos d jovenss orriundos dass classes baixa com o PROUNII (P Programa Universiddade parra todos)) su ubsidiando vagas em uuniversidades privadass attravés de boolsas de auxxilio, sendo o oferecidass bo olsas integgrais e m meias bolsaas. Porém,, mesmo m assim m o jovem estudante procedentee dee escolas públicas p acaaba tendo dificuldades d s dee acompanhhar as aulaas no ensin no superiorr po or conta da defasagem m de ensino que possui.. As A maiores universidad u des possuem m grupos dee ap poio a essees estudanttes oferecen ndo tutoriaa paara o acom mpanhamennto bem co omo apoioo pssicológico e psicopedagógico. As A universidades Fedderais, que tem umaa en norme procura por vvagas, porr todos oss jo ovens com m idade para freq quentar a Universidade U e,ainda nãoo se adeq quaram aoss no ovos temppos ofereecendo cu ursos com m diisciplinas e turnos ddiversificad dos o quee taambém nãoo facilita aaqueles quee precisam m trrabalhar enquanto e fazem um u cursoo un niversitário. Dessa D formaa fica claro que as Un niversidadess Feederais acaabam privilegiando oss alunos dee cllasse alta, não só pela facillidade quee po ossuem de tirar os pprimeiros lu ugares noss veestibulares bem com mo porque podem see deedicar excluusivamente a faculdadee escolhida,, po ois não preccisam trabaalhar para se sustentar.. Esses alunoos são os que geraalmente see deedicam a pesquisaa, justamente pelaa diisponibilidaade de temppo que posssuem paraa deedicar-se soomente aos eestudos. 6 Consideraações Finaiss O Brasil é um país ccom 190 milhões m dee haabitantes, com c 8,5 miilhões de km², k é o 5̊ maior m país em e área e em populaação é a 6ᵃᵃ maior econnomia munndial com um Pib de 2,5 2 trilhões, daados do cennso 2011. Porém, P som mos uma das nações n maiis desiguaiss do munddo, somos deesiguais em termos de rendda, educação e saúde,apeesar de nos últimos 10 anos vir-see modificanndo ocupanndo o 8̊ luggar no Índicee de Desenvolvimennto Humanno (IDH) da América A Laatina, mas mesmo m assiim ainda estam mos em 88̊8̊ no rankingg mundial de educação, segundo o Pisa. P Refletindo a respeito do quanto complexo c éo ato de aprender, quantas variáveis v se apresentam m ao longgo da trajetória até a Universidaade, acreditta-se que ainda a terem mos um extennso caminhho a percorrer. Nesssa corrida de obstáculos em que oss atores desssa empreitadaa precisam contar com m o apoio de coadjuvanttes importaantes e neceessários, mas m que nem seempre sabem m como poortar-se, acabba por influennciar em deemasia as escolha dessses indivíduos e que porr dificuldadde de diáloggo fazem escoolhas erradaas para suass vidas, tenddo que lá adiaante ter de reecomeçar. A família é o elo prrimeiro quee desencadeeia uma série de d sonhos e fantasias que q vão senddo acalentadoos ao longo da vida. Coom o ingressso na escola e a convivvência sociaal com outrras m do indivíduo se culturas a visão de mundo amplia e ele começaa a percebber as muittas faces de um u mesmo objeto. Desssa forma, se tudo correer bem, farrá conexõess com outrros conhecimeentos e poderá através da aquisição de novas habilidades h i desenhanndo seu futuuro ir de acordoo com suaa percepçãão.Estando a Escola e a Família unidas pooderão junttas encontrar caminhoss que facilitem f ao indivíduo fazer suuas própriaas escolhaas, permitindoo que ele possa prrocurar suuas próprias reespostas, quue pesquise,, que reflitaa e que entendda por si sóqqual o melhhor caminhoo a seguir. Quanto ass Universiddades cabe a elas nuum futuro próóximo ser mais dem mocráticas e heterogêneeas, com um longo percurso a percorrer. Para ENRIICONE (20002) a Univversidade teem um importtante papel a cumprir em e relação às in novações que preciisa prograamar paraa accompanhar as muudanças que vem m accontecendo e se addequar a essa novaa geeração: As insstituições edu ucativas – a Universsidade de form ma especial – não podderão dar todaas as respostass inovadooras, mas, prrincipalmente,, não podderão perder de d vista que a inovaçãão é um deesafio a serr enfrentaado para que realizem seuu principaal fim: educar para umaa sociedaade que aindaa não existe.. (p.51) Prrecisam apprender a llidar com essa novaa cllientela quee está aí, quue necessitam m trabalharr e estudar, as universidaddesprecisam m modificarr seeus currícuulos não prriorizando somente s ass teeorias, mas incentivanndo a práticca desde o in nício do cuurso, precissam facilitaar o acessoo deessa nova geração deeixando-as aptas paraa co ompetir no mercado m dee trabalho. Agradecime A entos Agradeço A a CAPES ppela oportu unidade dee esstar fazendomesstrado trocandoo co onhecimenttocom os coolegas da Universidad U d dee La Repúblicaa del Uruguay,, em mMonteviddéoatravés programaa do CAPES/UDE C ELAR, onde fuii muitobemrec m cebida. Referencias R s Allves, Rubem. A arte de ensinarr e a arte de aprrender. Beeecher, Hennry Ward. acessoem 21/09/2012.. http://w www.preciosaasemente.com m.br/artigo.ph Co onferência Munndial sobre La Educación Sup perior (1998) – LasExigenciasdel Mundo delTrabajo.. http://w www.unesco.oorg/education n/educprog/wcc he/prinncipal/wwork--s.html . acessoem m 21/09//2012. En nricone, Délciaa (Org.). Ser P Professor.3ᵃ Ed d. EDIPUCRS.. Porto Alegre, A 2002. Fernandez, Alícia. A Inteligênciaa Aprisionaada: aborrdahgempsicopeedagógica clínnica da criançaa e sua família. f Artmedd. Porto Alegre, 1991. A Mulher Escondida n na Professoraa: uma leituura psicoopedagógica doo ser mulher, da d corporalidadde e da aprendizagem. a Artmed. 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