11 - Distrito 4480
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11 - Distrito 4480
Jornal do Projeto Lighthouse nº 11 janeiro - Fevereiro - Março - 2007 Rotary Club de Ouro Preto Distrito 4580 Um programa de alfabetização para países em desenvolvimento Richard Walker e Saowalak Rattanavich* O programa ideal de alfabetização para escolas em regiões com dificuldades educacionais em países em desenvolvimento deve ter as seguintes características: 1. Deve ser econômico. Com a ajuda de órgãos internacionais, pode ser possível conseguir fundos a curtíssimo prazo para construir e equipar escolas. Porém o custo recorrente de livros e outros materiais, por aluno, deve ser baixo o suficiente para ser mantido, uma vez que poucos pais podem contribuir. 2. A metodologia de ensino deve ser adequada para o número mais amplo possível de crianças e o programa deve poder ser modificado com facilidade para ser adequado a regiões diferentes e a minorias. 3. A metodologia de ensino deve ser descomplicada. Em países em desenvolvimento, um número considerável dos professores alocados a novas escolas durante uma campanha de alfabetização de grande escala costuma ter a formação mínima, mas a metodologia deve ter características que permitam ser dominada por todos. 4. O programa de leitura deve estar fortemente ligado à vida cotidiana. Em lugares onde a pobreza é geral, a sobrevivência adquire prioridade mais alta do que a educação e nem as autoridades nem os pais estão dispostos a gastar uma parte considerável dos recursos escassos com alfabetização, a menos que ajude a suprir necessidades básicas. Mesmo nos países em desenvolvimento, os educadores não costumam perceber o quanto esse aspecto afeta as atitudes em relação à aprendizagem e ao ensino. Além disso, quando aprender a ler e a escrever fazem pouca ou nenhuma diferença imediata para o padrão ou as perspectivas de vida , a escola e a comunidade aceitam, facilmente, o fracasso no ensino e na aprendizagem. Por outro lado, se a alfabetização traz benefícios imediatos e visíveis, poucos se contentarão com um baixo índice de sucesso, uma vez que o ambiente social apóia a melhoria na educação. 5. O programa de alfabetização deve apresentar resultados rápidos. Os professores que presenciaram o fracasso de repetidas tentativas para melhorar o índice de sucesso passam a acreditar que o que estão fazendo é o que pode ser feito. Tal aceitação do fracasso tem de ser, rapidamente, substituída pela expectativa de sucesso e, para tanto, é necessária a prova de que o novo programa é, sem dúvida, melhor do que o antigo. Fatores a serem considerados O planejamento do programa em países em desenvolvimento deve ir além das fronteiras habituais. Deve, certamente, abranger treinamento de professores e disseminação do programa. Nos sites http://www.geroi.org.br/pensadores/jorio ou http:// www.rotary4480.com.br/noticias.php?id=370 você poderá baixar o livro CLE completo, bem como todos os números do Jornal da Educação. Isso foi conseguido pelo trabalho dos companheiros Farão e Roberto Watanabe. Qualquer distrito (ou clube) que tenha um site poderá colocar esse link, e imprimir o livro. É proibido a venda, sob quaisquer condições. Além das proporções gigantescas da tarefa de melhorar a competência dos professores, os administradores de escolas em países em desenvolvimento enfrentam outras dificuldades que pareceriam insuperáveis para administradores de países mais ricos. O número de vagas em instituições de ensino superior pode ser muito pequeno e nem os professores nem o governo podem pagar as mensalidades. E, provavelmente, será impossível liberar os professores para treinamentos porque há falta de profissionais. Treinamentos, seminários e oficinas podem ser oferecidos em centros locais durante as férias, mas costumam ser caros e difíceis de organizar por causa da distância e da falta de transporte. O máximo que os professores podem esperar é orientação durante o trabalho, sendo que a responsabilidade pelos treinamentos recai sobre os ombros dos diretores e supervisores. As informações fornecidas por essas pessoas tendem a ser específicas de um programa ou de um projeto e, geralmente, são de cunho administrativo, ao invés de educacional. Desta forma, contribuem muito pouco para o aprofundamento da compreensão do que seja ensinar ou para incentivar iniciativas. Quando um programa de alfabetização novo e bem diferente vai ser adotado, tais fatores restringem o que pode ser feito durante o plano de implementação. A natureza dos programas existentes, o nível de orientação em relação a ensino e avaliação, a disponibilidade de colaboração das autoridades locais e as soluções que podem ser encontradas, juntamente com elas, para o treinamento de professores têm de ser analisados e os sistemas de apoio e de supervisão precisam ser totalmente aproveitados. Para que haja o nível necessário de apoio e supervisão sistemáticos, o novo programa e a metodologia têm de ser disseminados em todos os níveis da estrutura educacional: desde as autoridades da Secretaria de Educação até os professores que estão em sala de aula. E, quando um programa vai ser ampliado de uma região para outra, devese fazer uma escolha entre iniciar o trabalho com os professores e subir na hierarquia até atingir os administradores ou o contrário ou até trabalhar de cima para baixo e de baixo para cima ao mesmo tempo. Como na Tailândia o processo foi tão amplo e diversificado, atendendo a regiões tão díspares de um país grande, vale a pena pensar no que funcionou lá, pelo menos para alguns países em desenvolvimento. Por esse motivo, apresentamos aqui um relato do desenvolvimento do programa, do treinamento de professores e da disseminação de programas CLE de leitura naquele país. * Capítulo 7 do Livro CLE - Educação para todos, traduzido pela Professora Glória Guiné. Agenda 2007 Cursos realizados sob a coordenação do Governador Jório Coelho e pela professora Glória Guiné do Departamento de Letras/ICHS da Universidade Federal de Ouro Preto Março 2007 20 a 23 - Curso em Sorocaba - SP 30 a 31 - Palestra no Distrito 4420 - Santos - SP Abril 2007 17 a 20 - Curso em Cotia (SP) Maio 2007 30 de abril a 4 de maio - Curso em Blumenau (ou Joinvile) 4 e 5 de maio - Conferência Distrital - D. 4650 18-19 de maio - Conferência Distrital D. 4480 1 Rotary promove palestra e faz alerta Focalizando Marília Márcio Medeiros Gov. Assistente do D. 44510 Rotarianos, educadores e demais interessados na área de ensino, estiveram reunidos na sede do Rotary Club Marília e Rotary Club Marília Alto Cafezal, no Distrito 4510, do Rotary International, na região centro-oeste do Estado de São Paulo, para uma palestra sobre a metodologia de ensino pelo sistema Lighthouse, desenvolvido pelo Rotary International, através de Jório Coelho e Glória Guiné, que percorrem o Brasil transmitindo essa nova forma de ensino, que foi utilizada pela Tailândia, um dos principais destaques na área de ensino no Mundo, atualmente. “É uma nova forma de discutir modelos de ensino, com resultados reconhecidamente comprovados”, falou Jório Coelho que durante quase duas horas, apresentou dados estatísticos, depoimentos, conceitos e principalmente a eficácia do Projeto Lighthouse. “A Tailândia em 84 tinha 93% da população analfabeta”, afirmou. “Em 1997 esse índice chegou a 7%”, comemorou. Para o rotariano Jório Coelho, sócio do RC de Ouro Preto e que já foi Governador do Distrito 4580 do Rotary International, alfabetizar é tornar-se capaz de ler e escrever diversos textos e utiliza-lo de maneira eficaz. Segundo ele, no Brasil quatro jovens largam a escola a cada uma hora, o que demonstra uma necessidade de ações efetivas por parte da sociedade. “São 15 milhões de brasileiros, aproximadamente, com mais de 15 anos de idade que são analfabetos absolutos”, disse ao mostrar gráficos estatísticos e comparativos. “Uma das causas principais do fracasso escolar é a maneira como os alunos são tratados na escola”, falou ao apontar como o Projeto Lighthouse pode ajudar neste sentido. Segundo o rotariano estudioso, 4,3% do PIB no Brasil é gasto com educação, sendo um índice maior do que o da Alemanha e Japão, comparativamente. “Investimento em educação básica não se resume em merenda escolar, uniformes ou coisas do gênero”, criticou ao apontar que somente 12,68 dos jovens no Brasil tem acesso ao ensino superior. “Todas as regiões do Brasil estão abaixo da média de ensino no Mundo”, apontou ao identificar que uma criança brasileira passa quase cinco anos em média na escola, de forma generalizada, o que é bem pouco. “A autoestima do aluno precisa ser trabalhada”, ressaltou por diversas vezes, ao apontar o Projeto Lighthouse como sendo uma alternativa. Ao finalizar a apresentação, Jório Coelho disse que o Rotary International precisa fazer algo neste sentido, principalmente os clubes, pois a Alfabetização deve ser uma ação mundial, para que não existam pessoas excluídas de fato e de direito. “O objetivo do Projeto Lighthouse é investir na alfabetização básica, depois a funcional e por fim a digital”, anunciou ao convocar todos os rotarianos para que se envolvam com este tema, pois se a idéia é ter um Mundo de Paz e união entre os povos, o caminho é a Alfabetização, disse ele em encontro realizado na cidade de Marília. Projeto Lighthouse Informações Úteis Distrito 4580 - Gov. Jório Coelho - E-mail: [email protected] Distrito 4730 - Gov. Francisco Bordari Netto E-mail: [email protected] Fotos realizadas em Marília (SP), durante o curso de CLE. Participaram professores da rede municipal de algumas cidades do distrito 4510. Marília foi a primeira cidade a receber o Livro “CLE - Educação para Todos”. Distritos 4520 - 4560 - 4760 - Gov. Carlos Alberto Peçanha E-mail [email protected] Gov. Eduardo Krafetuski E_mail: [email protected] Distrito 4710 - Gov. 98/99 Antonio Celso Costa – E-mail: [email protected] Distrito 4590 - Companeiro Paulo Consoni – E-mail: [email protected] 2 Será que o Rotary brasileiro está preparado para assumir um grande Programa de Alfabetização?
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