nutrição de cães atletas e em serviço

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nutrição de cães atletas e em serviço
IV Simpósio de Ciências da UNESP – Dracena
V Encontro de Zootecnia – Unesp Dracena
Dracena, 09 a 11 de setembro de 2008.
UTRIÇÃO DE CÃES ATLETAS E EM SERVIÇO
Adriana Moraes de Oliveira Tribucci1; Mariana Rodrigues Jacomino1; Janaina
Carolina de Sá1; Flavia Maria de Borges Saad3, Carlos Eduardo do Prado Saad3;
Roberta Ariboni Brandi2
1
Graduando do curso de Zootecnia- Unesp Dracena, [email protected] 2-Zootecnista, Prof. Dra. Universidade
Federal Paulista “Julio de Mesquita”- Unesp campus Dracena ,CEP 17900-000, Dracena- SP, Brasil, 3 Dr. Universidade
Federal de Lavras.
RESUMO
Para maximizar o desempenho dos cães atletas, é fundamental conhecer a fisiologia do
exercício verificando as adaptações fisiológicas ao treinamento e a nutrição, levando-se em
consideração as exigências nutricionais do animal, fornecendo energia em quantidade
adequada e da melhor forma para otimizar o desempenho, minimizar o volume e o peso do
bolo alimentar, manter as condições fisiológicas de hidratação do animal, manter a capacidade
tamponante em caso de acidose atribuída ao trabalho, inibir ou atenuar as modificações
induzidas pelo estresse que pode influenciar na atividade física. Estas atividades podem ser
divididas em duas categorias: atividades de força e potência (metabolismo anaeróbio) e
atividades de resistência (metabolismo aeróbico). Os fatores que influenciam a produção de
energia durante o exercício incluem: a velocidade e duração do exercício, a composição do
músculo, a propriedade das fibras recrutadas, a vascularização, capacidades oxidativas e
glicolíticas, disponibilidade de oxigênio e de substratos para produção de ATP. A interação da
dieta e do treinamento é de fundamental importância para o animal, assim ele poderá
desempenhar sua atividade física com saúde e longevidade no exercício, diminuindo
problemas metabólicos.
Palavras-Chaves: cães atletas, nutrição exercício, metabolismo.
ABSTRACT
About to maximize the performance from the athletes dogs , is important to know the
physiology of the exercise verifies the adaptations physiological the training and the nutrition
, taking - if into consideration the nutritional requirements of the animal providing energy by
adequate heaps and from best she forms to optimize the performance , minimize the volume
and the weight of the cake alimentary , maintain the terms physiological of hydration of the
animal , maintain the buffer capacity in cases of acidosis allocated the work , curb or
attenuate the mutations induced at stress which can influence on physics activity. These
activities can be divided into two categories: forces and power activities (anaerobic
metabolism) and resistance activities (aerobic metabolism). The factors what influence the
production of energy during the exercise include: the velocity and duration of the exercise ,
the composition of the muscle, the real estate from the fibers recruit , the vascularization,
oxidative and glicolítico capacities, availability of oxygen and of substrates about ATP
production. The interaction from diet and of the training is very important about to the animal,
such him may acquit sweats physics activities well and long life into the exercise, decreasing
metabolic problems.
IV Simpósio de Ciências da UNESP – Dracena
V Encontro de Zootecnia – Unesp Dracena
Dracena, 09 a 11 de setembro de 2008.
Key Words: athletes dog, nutrition, exercise, metabolism.
ITRODUÇÃO
Os cães trabalham com as pessoas em diversas atividades, como guia para cegos e
deficientes físicos, arrastando trenós em expedições no Ártico e em corridas, protegendo e
organizando rebanhos, na caça e em tarefas de proteção e detecção de drogas para a polícia e
as forças armadas. O tipo de adestramento, nível de exercício e rotina diária de um cão varia
segundo seu tipo de trabalho. Em geral, estes cães que trabalham têm exigências energéticas
maiores do que os cães adultos em manutenção, sendo necessário introduzir modificações na
composição nutritiva de sua dieta e mudanças no regime alimentar diário (CASE et al., 1998).
Para se maximizar o desempenho dos cães atletas, é de fundamental importância
conhecer a fisiologia do exercício permitindo assim verificar as adaptações fisiológicas ao
treinamento e a nutrição, levando-se em consideração as exigências nutricionais do animal. O
treinamento esportivo implica em modificações fisiológicas de vários aparatos orgânicos,
dando ênfase à fisiologia muscular. Existe uma série de adaptações enzimáticas e histológicas
atribuídas à interação nutrição e exercício. Segundo Mariani et al. (1997), cães em
treinamento inadequado ou em excesso leva ao acúmulo excessivo de produtos do
catabolismo (acido lático, amônia), dificuldade na termorregulação, exaustão das reservas
energéticas, manifestação de estresse, com liberação de glicocorticóides.
A nutrição deve então objetivar o fornecimento de dietas balanceadas visando a
manutenção das reservas energéticas para o período do exercício e recuperação, garantido que
o animal desempenhe todo o seu potencial.
DESEVOLVIMETO
A nutrição dos animais atletas
Segundo Preziuso (2001), as exigências básicas de uma alimentação de cães são:
fornecer energia em quantidade adequada e da melhor forma para ótimo desempenho,
minimizar o volume e o peso do bolo alimentar, manter as condições fisiológicas de
hidratação do animal, manter a capacidade tamponante em caso de acidose atribuída ao
trabalho, inibir ou atenuar as modificações induzidas pelo estresse que pode influenciar na
atividade física.
Exigências energéticas dos cães atletas
A nutrição dos atletas deve partir da nutrição de cães sedentários (que apresentam
apenas a exigência de mantença), e apresentam exigência superior para obter a energia
necessária.
Quando o corpo age em um nível maior que sua rotina diária normal, há um gasto
maior de energia. Segundo Gillette (1999), atividades físicas podem ser divididas em duas
categorias: atividades de força e potência e atividades de resistência. Com isso, o corpo utiliza
três sistemas básicos de obtenção de energia e o tipo de atividade determina qual será usado.
Vários fatores influenciam a produção de energia durante o exercício, incluindo: a velocidade
e duração do exercício, a composição do músculo, a propriedade das fibras recrutadas, a
vascularização, capacidades oxidativas e glicolíticas, disponibilidade de oxigênio e de
substratos para produção de adenosina trifosfato (ATP).
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V Encontro de Zootecnia – Unesp Dracena
Dracena, 09 a 11 de setembro de 2008.
Segundo Saad (2004), no cão, cerca de 70% a 90% de energia necessária para manter
sua atividade deriva do metabolismo das gorduras, e apenas uma pequena proporção de
energia deriva do metabolismo dos hidratos de carbono. A densidade energética e a
digestibilidade da dieta têm-se revelado como os dois fatores nutricionais mais importantes
que influem sobre a atividade do cão que trabalha. Acredita-se que uma dieta muito digerível
e rica em gorduras pode garantir a energia extra necessária ao cão que realiza uma atividade e
contribui positivamente para a sua resistência.
Preparação Física dos Cães
Valberg (1997) e Erickson (1996) observaram uma melhora na capacidade oxidativa
após treinamento aeróbico, com um aumento no número de mitocôndrias e atividade
enzimática, acarretando em um aumento do potencial aeróbico e anaeróbico. O principal
efeito do treinamento é a maior utilização da gordura com economia concomitante do
glicogênio muscular e um acúmulo reduzido de lactato sanguíneo, e um aumento da
capacidade de trabalho durante exercício submáximo prolongado.
Exercício aeróbico: exercícios de resistência e longa duração
Com o início da atividade física, a creatina fosfato e o ATP servem como fonte
imediata de energia para a contração muscular até que se inicie a produção de ATP a partir da
glicogenólise e glicólise. Na presença de oxigênio, a nicotinamida adenina dinucleotídeo
reduzido (NADH) que é gerada pela glicólise é oxidada a nicotinamida adenina dinucleotídeo
oxidado (NAD) na mitocôndria, para permitir que a glicólise continue. O piruvato é
transferido para dentro da mitocôndria, convertido em acetilCoA e completamente oxidado no
ciclo de Krebs e na cadeia respiratória para prover ATP (VALBERG et al., 1997).
Durante o exercício prolongado, a glicose sangüínea é um substrato importante que
contribui com mais de 25% do total de energia produzida, especialmente quando as
concentrações de glicogênio muscular estiverem baixas (LINDHOLM et al., 1974).
De acordo com Erickson (1996), existe uma adaptação na musculatura do atleta.
Durante o exercício todos os tipos de fibras são recrutados (tipo 1, tipo 2A e 2B), porém o
metabolismo predominante é o das fibras do tipo 1, que apresentam contração lenta, são
especializadas em manter a contração muscular sem fadiga por longos períodos, ideal para
animais de resistência. Esta resistência à fadiga é atribuída à maior densidade de mitocôndrias
do tecido, o que confere uma maior capacidade aeróbica ou oxidativa. Este tipo de fibra
apresenta também uma maior reserva lipídica, maior irrigação capilar, menor reserva de
glicogênio, e a menor atividade de enzimas glicolíticas.
Exercício anaeróbico: as corridas rápidas de curta duração
Sabe-se que o exercício breve e intenso impede a liberação e mobilização de ácidos
graxos e a oxigenação adequada dos tecidos, necessária ao metabolismo aeróbio. Desta forma,
a principal fonte de energia para esse tipo de exercício, são os carboidratos. Tanto o
glicogênio muscular como a glicose sanguínea que circulam levam energia aos músculos
durante os breves momentos de trabalho intenso (VALBERG et al., 1997).
As fibras musculares predominantes neste tipo de atividade são fibras do tipo 2B, que
apresentam contração mais rápida, maior reserva de glicogênio, maior capacidade glicolítica e
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menor capacidade oxidativa. É predominante em animais de exercício curto e de explosão,
como corridas curtas. (VALBERG et al., 1997).
COCLUSÃO
O emprego da fonte correta de energia suplementar para o exercício influencia
diretamente no desempenho do animal. A interação da dieta e do treinamento é de
fundamental importância para o animal, assim ele poderá desempenhar sua atividade física
com saúde e longevidade no exercício, diminuindo problemas metabólicos do excesso de
treinamento aliado a uma nutrição não adequada para cada tipo de atividade.
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