síndrome de leigh e narp (neuropatia, ataxia e retinite)
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síndrome de leigh e narp (neuropatia, ataxia e retinite)
SÍNDROME DE LEIGH E NARP (NEUROPATIA, ATAXIA E RETINITE) INTRODUÇÃO À PATOLOGIA O síndrome NARP é uma doença mitocondrial neurodegenerativa de transmissão materna, de desenvolvimento progressivo, caracterizada por fraqueza muscular proximal de origem neurogénica, com neuropatia sensorial, ataxia e retinopatia pigmentar. Outros sintomas clínicos incluem convulsões, dificuldades de aprendizagem, demência, baixa estatura, perda de audição neurosensorial, oftalmoplegia progressiva, entre outros. O estabelecimento do quadro clínico, em particular da ataxia e da dificuldade de aprendizagem, ocorre geralmente no ínicio da infância. Os doentes com NARP podem manter o seu quadro clínico estável por um largo período de tempo, ocorrendo episódios de agravamento, em geral associados à ocorrência de infecção viral. O síndrome de Leigh associado ao ADN mitocondrial, ou encefalopatia necrotizante subaguda, é também uma doença mitocondrial neurodegenerativa e de desenvolvimento progressivo de transmissão materna, caracterizado pelo início dos sintomas entre os 3 e os 12 meses de idade, geralmente a seguir a uma infecção viral; cerca de 75% dos indivíduos morre aos 2-3 anos, geralmente como resultado de falha cardíaca ou respiratória. Os síndromes de Leigh e NARP são causados na sua maioria por mutações no gene MT-ATP6, que codifica a subunidade a da ATPase mitocondrial, sendo as alterações m.8993T>G e m.8993T>C as mais frequentes. Indicações para teste • Confirmação molecular do diagnóstico clínico do doente • Identificação de portadores em familiares em risco (teste pré-sintomático) com história familiar de síndrome de Leigh ou NARP e mutação conhecida Metodologia • Pesquisa das mutações m.8993T>G e m.8993T>C no ADN mitocondrial por PCR e sequenciação directa Performance/limitações A sequenciação de ADN permite a detecção de >95% das mutações - mutações pontuais, pequenas inserções e delecções e mutações envolvendo os locais de splicing. A sensibilidade do teste pode ser afectada pela ocorrência de mutações raras nas regiões dos primers. Não serão detectadas mutações em regiões de regulação ou outras regiões não traduzidas. Grandes delecções/inserções e eventos genéticos recombinatórios poderão não ser identificados por esta metodologia. Requisitos da amostra • 3-5 ml de sangue total em tubo com anticoagulante EDTA • ADN (>5 µg com concentração >20 ng/µl) Estabilidade/condições de transporte • Sangue total: Estável 48h à temperatura ambiente ou 72h refrigerado • ADN: Estável 48h à temperatura ambiente ou >48h refrigerado Razões para rejeição da amostra • Colheita num tubo com anticoagulante diferente de EDTA • Conservação de forma inadequada • Amostra mal identificada ou não identificada • Amostra derramada devido a acondicionamento incorrecto Tempo de resposta Caso índex: 10 a 20 dias Caso familiar: 5 a 10 dias Código(s) para emissão de Termo de Responsabilidade • SNS034900
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