uma nova oportunidade de ser referência para o setor ficann

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uma nova oportunidade de ser referência para o setor ficann
OUTUBRO 2013 | Nº 267 | ANO XXIII
INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS
FICANN GERA BONS CONTATOS,
MAS TERÁ DATAS REVISTAS PARA
MAIOR GERAÇÃO DE NEGÓCIOS
Feira calçadista, que aconteceu entre os dias 24 e 26 de setembro, contou com mais de 150 expositores de dez estados brasileiros. Pág 5
UMA NOVA OPORTUNIDADE DE SER
REFERÊNCIA PARA O SETOR
Abicalçados lança segunda edição do Prêmio Direções, que terá inscrições abertas a partir do dia 17 deste mês. Pág 3
CARRANO E
MELISSA BRILHAM
NO EMMY
MDIC E MEC
LANÇAM PRONATEC
BRASIL MAIOR
O Emmy é conhecido não somente por premiar
os melhores atores, atrizes e programas televisivos, mas também pelos maravilhosos eventos e
festas antes e depois da premiação. Por isso, a
Melissa e a Carrano participaram do Pre-Emmy
Style Lounge, nos dias 19 e 20 de setembro, em
West Hollywood. Eles presentearam alguns dos
mais famosos atores e atrizes de TV. A lista de
celebridades que receberam sapatos Melissa e
Carrano inclui Laura Prepon, Michelle Williams,
Rumer Willis, Matt LeBlanc, Audrina Patridge,
Whitney Port, Karina Smirnoff, Ali Landry, Laura
Bell Bundy, Lana Parrilla e muitos outros.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Ministério da Educação lançaram no dia 19 de setembro o Pronatec
Brasil Maior. Nessa nova fase, o programa de
qualificação vai oferecer cursos de acordo com
a demanda da indústria regional. Lançado pela
presidente Dilma Rousseff em 2011, o Pronatec
já atendeu 4,3 milhões de jovens e adultos que já
passaram ou estão matriculados em algum curso.
SEGUE IMPASSE
COM ARGENTINA
Conforme levantamento da Abicalçados, mais
de 616 mil pares de calçados brasileiros, que representam US$ 10 milhões, seguem impedidos
de entrar na Argentina por conta das Declarações Juramentadas Antecipadas de Importação
(DJAIs), mecanismo criado pelo governo Cristina
Kirchner através da política “uno por uno”, que
obriga o investimento de um dólar para cada dólar importado na Argentina.
Nas últimas semanas importantes atores políticos têm se juntado à Abicalçados no esforço para
uma saída no impasse criado. O Governo Federal,
através da Secretaria de Comércio Exterior, tem
negociado com o governo argentino uma solução
diplomática, por enquanto com avanços tímidos.
Na solenidade, foi assinado um acordo de cooperação técnica, cujo objetivo é a solução dos gargalos
de recursos humanos em setores estratégicos da
economia identificados pelo Plano Brasil Maior. O
Pronatec Brasil Maior, elaborado a partir da demanda da indústria, teve as vagas mapeadas pela
Secretaria de Inovação do MDIC junto a empresas
e associações representativas do setor produtivo.
Mais de oito mil vagas já foram ofertadas, atendendo a 7% da demanda total dos setores pesquisados. Somente no setor calçadista, a demanda
chega a 3.788 profissionais.
PICCADILLY
NO NORDESTE?
A Piccadilly está em tratativas para instalar uma
unidade no Nordeste, a sétima do grupo e a primeira fora do RS. A direção da empresa se reuniu
com representantes do governo do Ceará e da
Prefeitura de Aracati, município que pode receber a nova unidade. A planta no Nordeste deve
facilitar a distribuição de produtos na região, que
hoje é responsável por quase 20% das vendas.
editorial
OSCILAÇÃO CAMBIAL PREJUDICA
A INDÚSTRIA CALÇADISTA
Heitor Klein
Presidente-executivo da
Abicalçados
Com a crise que se abateu na maior economia
mundial, os Estados Unidos, iniciada há cinco anos
com a quebra do banco Lehman Brothers, o dólar
perdeu valor rapidamente frente às moedas internacionais, entre elas o Real. Como não poderia
deixar de ser, a desvalorização do dólar atingiu a
indústria calçadista brasileira, que sempre ocupou
espaço de destaque entre os países exportadores
de calçados. O resultado foi uma queda brusca de
quase 42% nas receitas geradas com os embarques
entre 2008 (US$ 1,88 bilhão) e 2012 (US$ 1,09 bilhão). Para minimizar os impactos, o Governo Federal criou programas de estímulo à exportação, entre
eles o Reintegra, que devolve 3% da receita gerada
com os embarques para a indústria exportadora.
dólar alto é bom para o setor exportador não é novidade, mas a volatilidade preocupa na medida em que
prejudica as negociações internacionais. Para se ter
uma ideia, nos últimos 100 dias, a cotação do dólar
variou nada menos do que 45 centavos de real. A notícia de que o Federal Reserve, banco central norteamericano, irá manter os estímulos monetários mensais da compra de US$ 85 bilhões em títulos, fez com
que o dólar chegasse a R$ 2,19, valor bem abaixo da
cotação de R$ 2,40, tida como ideal para o exportador.
Toda essa turbulência cria uma instabilidade que
não traz segurança para compradores e vendedores,
desestimulando a indústria calçadista exportadora,
tão otimista nos primeiros meses do ano.
A manutenção do veto presidencial ao fim da multa
adicional de 10% do FGTS impôs mais uma grande
derrota para a indústria brasileira, especialmente a
calçadista, por ser intensiva em mão de obra. Tratase de um revés injustificável, pois o tributo foi criado
de maneira provisória para saldar um rombo de mais
de R$ 42 bilhões no FGTS, fruto dos desastrosos planos Verão e Collor, o que já foi completamente saldado – conforme a própria Caixa Econômica Federal.
Porém, com a gradual recuperação na economia
norte-americana, de alguns meses para cá temos
experimentado uma turbulência sem precedentes no
mercado de capitais, o que tem prejudicado de sobremaneira o setor exportador na formação de preços. A
dúvida é a palavra da vez no mercado externo. Que o
Escrevo estas linhas preocupado, especialmente
porque a alta do dólar foi o argumento utilizado pelo
Governo Federal para vetar o Reintegra para 2014.
O programa de apoio, que desde o fim de 2011 já retornou mais de R$ 100 milhões para as indústrias de
calçados exportadoras, é fundamental para a com-
O mês não foi só de notícias negativas para o setor. Como o leitor poderá conferir neste informativo, entre outros eventos positivos, tivemos uma boa
participação nas principais feiras da Europa, através
do Brazilian Footwear, e foi lançado o Núcleo de Inteligência Competitiva, que abrigará o Siscompete.
CONSELHOR DIRETOR
PRESIDENTE:
PRESIDENTE-EXECUTIVO:
Paulo Schefer
Heitor Klein
VICE-PRESIDENTES
DIRETOR EXECUTIVO:
Caetano Bianco Neto; Caio Borges
Ferreira; Junior Cesar Silva; Leandro
Mosmann; Marco Lourenço Muller;
Milton Cardoso dos Santos Filho;
Renato Klein; Ricardo José Wirth;
Roberto Argenta; Rosnei Alfredo da
Silva; e Sérgio Gracia.
Rogério Dreyer
CONSULTORES
Adimar Schievelbein, Cristov Becker,
Edson Morais Garcez e Enio Klein
ABINFORMA é o informativo da
Associação Brasileira das
Indústrias de Calçados
Nº 267 Outubro | 2013 Ano XXIII
EDIÇÃO
Alice Rodrigues (Mtb. 12.832) e
Diego Rosinha (Mtb. 13.096)
petitividade e manutenção de mercados no exterior
neste momento de dificuldades. Estamos alertando
o poder público e demonstrando que o argumento
da valorização cambial não é plausível.
Veto injustificável
TEXTOS
CONTATO
Alice Rodrigues
Diego Rosinha
Roberta Ramos
Rua Júlio de Castilhos, 561
Novo Hamburgo/RS - Cep: 93510-130
Fone: 51 3594-7011
Fax: 51 3594-8011
FOTOS
Equipe Abicalçados e
divulgação
PRODUÇÃO GRÁFICA
Gabriel Dias
E-mail: [email protected]
[email protected]
www.abicalcados.com.br
@abicalcados
fb.com/abicalcados
abi na mídia
Jornal Valor --- Página 4 da edição "06/09/2013 1a CAD B" ---- Impressa por ivsilva às 05/09/2013@21:19:17
Jornal Valor Econômico - CAD B - EMPRESAS - 6/9/2013 (21:19) - Página 4- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW
Enxerto
B4
|
Valor
|
Sexta-feira e fim de semana, 6, 7 e 8 de setembro de 2013
Pesquisa Recuo de 0,8% é menor que o obtido por outros
bens de consumo; receita teve aumento real de 1,5%
No espelho
Números do mercado de produtos de higiene e beleza
Vendas no varejo
Fina estampa
No começo de 2012, o setor calçadista e têxtil tinha
motivos para preocupação.
O real valorizado ajudava as
importações a crescer. O faturamento das empresas da
área estava em queda e as
empresas demitiam. No entanto, desde que o governo
desonerou a folha de pagamento das companhias da
área, esse cenário faz parte do passado. Números do
primeiro bimestre de 2013,
comparados com o mesmo
período de 2012, mostram
que a produção se ampliou,
as contratações aumentaram
e a exportações cresceram.
2
abinforma - outubro 2013
Total de bens de consumo*
Produtos de higiene e beleza
Volume
2
Volume
Valor
4
12
2,5
Futebol
Guilherme Serodio
Do Rio
A Justiça Federal não autorizou o acordo entre o Vasco da Gama e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para o parcelamento de uma dívida do clube
no valor de R$ 87 milhões. Com a
2009, no qual os entrevistados indicaram em que setores pretendiam reduzir ou não os gastos na
crise: 86% pretendiam manter as
despesas com itens de beleza.
“Nesse contexto atual de desaceleração da economia, o comportamento do consumidor tende a ser
similar”, afirma. Apesar do PIB fraco e do maior endividamento da
população, Maia considera que o
cenário para o consumo continua
positivo, beneficiado pela diminuição do desemprego e o aumento da renda nos últimos anos.
A boa notícia para o varejo e a
indústria é que os consumidores
consideram a compra de produtos de beleza algo prazeroso, com
muitas opções e lançamentos. Porém, a alta fidelidade a um grupo
de marcas em que confiam desafia as fabricantes. Maia destaca a
importância da execução nas lojas, já que o principal contato dos
consumidores com as marcas
ocorre no ponto de venda.
Em pesquisa feita pela Nielsen a
pedido da organização da Beauty
Fair, as perfumarias foram eleitas o
melhor local para se comprar produtos de higiene e beleza. O canal
recebeu a maior nota média de
600 consumidoras de São Paulo,
Rio, Porto Alegre e Recife. Os outros canais avaliados foram internet, catálogos, farmácias, super-
mercados e hipermercados, lojas
de departamento, salão de beleza e
minimercado. As consumidoras
associam à perfumaria as qualidades de conveniência, atendimento
e novidades, atributos que também se relacionam com drogarias.
Em 2012, as perfumarias foram
destaque na venda de produtos de
beleza, com alta de 25% no primeiro semestre. Neste ano, porém, o
canal acumulou alta de apenas 3%
até junho. Para Maia, essa desaceleração é explicada pelo cenário
macroeconômico, mas também
pelo desempenho das farmácias —
que detém uma fatia maior no faturamento do setor e cresceram
10% até junho. Nos últimos dois
anos, 970 perfumarias foram abertas, totalizando 18,3 mil unidades,
e um milhão de novos lares passaram a comprar no local. “É um canal que está consolidado na percepção do consumidor, mas ainda
tem bastante potencial de crescimento”, diz Maia.
Dados da Nielsen mostram que
97% dos lares compram em mais
de um canal — o restante compra
apenas em supermercados e hipermercados. Cada canal se sobressai em determinada categoria.
A perfumaria é destaque em depilação e coloração; a farmácia, em
cutelaria e esmalte; e a venda direta, em maquiagem.
decisão, o clube não conseguirá
emitir a Certidão Negativa de Débito (CND), necessária para firmar contrato de patrocínio com
a Caixa Econômica Federal.
A juíza Fabíola Utzig Haselof,
da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro, negou o acordo argumentando que as garantias oferecidas pelo Vasco em imóveis e contratos são insuficientes.
Na decisão, a juíza afirma que
os contratos apresentados como
garantia pelo clube já foram penhorados em outras execuções
fiscais. Segundo a juíza, embora
houvesse autorização do próprio
Ministro da Fazenda e pelo Advogado-Geral da União para que o
acordo fosse firmando, a própria
PGFN considerou os contratos
insuficientes como garantia.
Perfumaria
Farmácia
Mercearia
Minimercado
Super/hiper
8
8,3
Jan-Jun
2012/2011
Jan-Jun
2013/2012
4
-2,6
-4
Jan-Jun
2012/2011
Jan-Jun
2012 x 2011
As vendas de produtos de higiene e beleza no varejo brasileiro tiveram crescimento nominal
de 8% (real de 1,5%) no primeiro
semestre deste ano em relação ao
mesmo período do ano passado,
de acordo com a Nielsen. O desempenho está abaixo do avanço
de 10% registrado em iguais meses de 2012, refletindo a piora do
cenário macroeconômico.
A expansão do faturamento
ocorre devido à entrada do consumidor em novas categorias de
produtos (caso da coloração para cabelos) e à compra de produtos mais sofisticados (como a opção pelos desodorantes em aerossol e por sabonetes líquidos e
antibacterianos).
Em volume, as vendas de higiene e beleza recuaram 0,8%, menos
que a queda média de 2,6% para
todos os bens de consumo. Com
exceção dos itens de limpeza, que
mostram alta no volume vendido,
todos os outros setores tiveram
uma queda mais acentuada. Os dados serão apresentados hoje na
Beauty Fair, feira do setor que ocorre até terça-feira em São Paulo.
O diretor de pesquisa com consumidor da Nielsen, Thiago Maia,
resgata um estudo da empresa de
8
0
0
-2
0
Jan-Jun
2013/2012
Jan-Jun
2013/2012
Crescimento das vendas por canal (em %)
Adriana Meyge
De São Paulo
12
2
8,1
4
-0,8
-4
Jan-Jun
2012/2011
Valor
4
10,2
8
0
-2
Jan-Jun
2013 x 2012
25,2
2,9
12,4
10
7,6
Jan-Jun
2013/2012
Participação dos canais
nas vendas (em %)
6%
Mercearia
10,4
9,7
5,5
97%
34%
Farmácia
8%
Perfumaria
13,2
6,5
0
Jan-Jun
2013/2012
31%
20%
Minimercado
Supermercado/
dos lares brasileiros
compram produtos
de beleza em mais
de um canal
55%
compram em
três canais
hipermercado
Fonte: Nielsen *Cesta Nielsen é formada por 131 produtos
O Brasil é o primeiro mercado
de salões de beleza na América Latina. São 342 mil estabelecimentos
formais que faturam R$ 40 bilhões.
No entanto, dos 1,5 milhão de profissionais que trabalham no setor,
1 milhão não possuem registro
formal e apenas 15% têm treinamento adequado. Os dados são de
um estudo feito pela L’Oréal, que
lança amanhã o kit Master Results,
de sua linha profissional Matrix,
com foco nas classes C e D.
“Temos salões muito bons, do
nível de Nova York ou Londres.
Mas também um número muito
maior de profissionais que atuam
sozinhas no morro do Alemão, na
Rocinha e em áreas espalhadas por
todo o país”, diz Mikael Henry, diretor-geral da divisão de produtos
profissionais da L’Oréal.
O kit Master Results virá com
DVDs de treinamento. Cada um
ensina uma técnica: corte, tratamento (nutrição e cauterização) e
coloração. A caixa mais simples,
que vem com os vídeos, tesoura,
pente fino, pincel, avental e bacia
para tintura, custa R$ 200. Os produtos da linha — xampu, condicionador e máscara, também chamados de Master Results —, devem ser
comprados separadamente.
Segundo o executivo da L’Oréal,
o Brasil é o primeiro mercado de
coloração e tratamento de cabelos
no mundo. Aqui, 80% das mulheres vão ao salão a cada quinze dias,
enquanto na Europa elas só frequentam quatro vezes por ano.
“Para a brasileira o cabelo é o cartão de visitas”, diz Henry. “E isto vale para todas as classes sociais”.
Hoje, a linha Matrix já representa metade das vendas da divisão profissional da L’Oréal. A
companhia francesa atende 60
mil cabeleireiros no Brasil tam-
bém com as marcas Redken, Kérastase e L’Oréal Professionnel.
A Matrix concorre não só com
linhas específicas para salões —
como Wella Professionals, da
Procter & Gamble, e Seda Professional, da Unilever —, mas também com os produtos do varejo.
“É comum a cliente passar no supermercado e comprar tintura
para o cabeleireiro aplicar”, diz
Henry. Além disso, ele comenta
que o mercado de salões voltados para as classes C e D é muito
pulverizado e não há uma marca
que seja referência. “Muitas vezes
eles [esses salões] optam por produtos de varejo, que são mais fáceis de usar, não requerem conhecimento técnico. Os cabeleireiros desses salões não são fiéis a
nenhuma marca.”
A linha de produtos será oferecida também pela internet. “Hoje,
46% dos consumidores virtuais estão na classe C”, afirma Henry.
Acerca dos dois imóveis também apresentados como garantia, a decisão aponta que uma
avaliação judicial negou os bens
como garantia”. O Vasco ofereceu dois imóveis na rua Alexandre Ferreira, 175; e avenida Epitácio Pessoa, 8.920, ambos na Lagoa, bairro nobre do Rio.
A juíza tampouco aceitou o pedido de segredo de justiça para o
processo solicitado pelo clube e
pela União. O acordo chegou a
ser publicado no Diário Oficial
da União no dia 26 de agosto. O
clube pagaria os R$ 87 milhões
em sessenta meses (cinco anos).
O Vasco pretendia obter a Certidão Negativa de Débito (CND) para firmar um contrato de patrocínio com a Caixa cujo valor pode
chegar a R$ 15 milhões anuais, se-
gundo a imprensa esportiva.
Procurado pelo Valor, o Vasco
informou que vai recorrer da decisão. O clube, porém, continua
negociando o patrocínio com a
Caixa. O Vasco é o segundo clube do Rio, ao lado do Fluminense, a enfrentar problemas para
quitar suas dívidas com a União.
Apenas o Flamengo obteve a
Certidão Negativa de Débito.
Paola de Moura
Do Rio
Argentina dificulta
entrada de mercadorias brasileiras
Calçados e alimentos estão
entre os produtos gaúchos
que sofrem restrições do
governo vizinho. No momento em que o volume
de negócios entre Brasil e
Argentina dá sinais claros
de recuperação, indústrias
gaúchas voltam a encontrar problemas para vender
para o país vizinho. Além de
sapatos, tênis e sandálias,
cargas de alimentos são
barradas na fronteira, causando prejuízo de mais de
R$ 7 milhões por mês.
LUIS USHIROBIRA/VALOR
Calçados
Do Rio
Ainda que a alta do dólar esteja ajudando as exportações da
indústria de calçados nos últimos meses, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados
(Abicalçados)
é
pessimista
quanto aos resultados que a indústria pode conseguir com o
mercado externo este ano.
Em entrevista ao Valor, o presidente da associação, Heitor
Klein, afirmou que não espera
um resultado superior ao obtido
com as exportações em 2012.
“Se o valor [das exportações]
conseguir se manter será uma
façanha”, afirmou Klein. “Estamos com um crescimento das
exportações em relação ao ano
passado em termos de volume,
mas com um empate no valor
no acumulado deste ano até julho”, disse o executivo.
Até julho, o Brasil exportou
69,5 milhões de pares de sapatos,
o que somou US$ 628,2 milhões
em vendas, segundo a associação. O número é alinhado com o
valor das exportações registradas no mesmo período de 2012:
US$ 628,3 milhões. O Brasil exporta cerca de 15% da produção
de calçados nacional.
Klein reconhece que a desvalorização do real frente ao dólar e a
política de desoneração de exportações guiada pelo governo,
com o Reintegra (que garante
crédito tributário de 3% do valor
exportado) favorecem o setor.
Para o empresário, no entanto, o
cenário para os próximos meses
ainda é incerto.
“O importante é que o dólar se
fixe no patamar que está ou um
pouco mais elevado e se consolide porque está muito volátil e os
agentes têm receio de firmar posições porque ainda não é seguro
que ele vá se fixar nesse patamar”, afirma. Segundo Klein, o
setor ainda não tem um número
fechado para a expectativa de exportação em 2013 por conta da
flutuação da moeda americana.
O número só deve ser divulgado
após setembro, mês em que ocorrem as feiras internacionais no
hemisfério norte. “É a partir delas
que a gente vai poder testar a reação do mercado a nossas ofertas
com o novo custo”, disse.
“Estamos estagnados em uma
coisa em torno de US$ 1,1 bilhão
por ano [no valor das exportações], mas a nossa performance
padrão é US$ 1,8 bilhão”, disse,
em referência ao ano de 2007. “A
desvalorização já é sentida, mas
não ainda em um volume que
nos permita retornar àquela performance tradicional do setor”.
O futuro do Reintegra é outro
fator de preocupação para o setor
no médio prazo. O Regime Especial de Reintegração de Valores
Tributários para as Empresas Exportadoras está garantido por
decreto da presidente Dilma até o
fim do ano, mas há duas semanas
Bebidas
Anne-Sylvaine Chassany e
Jonathan Soble
Financial Times, de Londres e Tóquio
Klein, da Abicalçados, diz que dólar ajuda, mas não a ponto de reverter quadro
o secretário da Receita Federal,
Carlos Alberto Barreto, afirmou
que não há espaço fiscal para o
prolongamento do incentivo.
O assunto está previsto para
ser discutido no Congresso no
dia 17. “Estamos trabalhando pa-
ra que [o Reintegra] possa vigorar no próximo ano”, afirmou,
durante uma discussão acerca de
barreiras técnicas a exportações
no Inmetro (Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) esta semana. (GS)
A GlaxoSmithKline (GSK) está
em negociações avançadas para
vender a Lucozade e a Ribena à
Suntory Beverages, do Japão. O negócio poderá avaliar as marcas de
produtos de consumo em mais de
1 bilhão de libras esterlinas, disseram três pessoas bem-informadas
sobre as negociações.
As conversações seguem-se à
decisão da GSK, tomada em abril,
de vender as marcas veteranas como parte de uma iniciativa maior
de se concentrar em medicamentos e produtos relacionados à saúde. Previa-se que poderia ser assinado um negócio ainda nesta semana com a Suntory, embora as
empresas, até ontem, ainda não tivessem chegado a um acordo, disse uma das pessoas. A GSK preferiu
não comentar, enquanto a Suntory
declarou: “Nada foi decidido”.
A GSK disse em abril que venderia a divisão das bebidas Lucozade
e Ribena até o fim do ano, devido à
sua concentração Reino Unido e
nos países da Comunidade Britânica, e porque seus perfis de bebidas saudáveis são mais fracos que
os de outros de seus produtos
Analistas previam inicialmente
que a venda geraria mais de 1,5 bilhão de libras esterlinas. A empresa também havia dito que reuniria
seus medicamentos genéricos nu-
ma nova divisão de negócios que
também poderia ser vendida.
A Ribena, uma marca de bebida
de fruta voltada para as crianças, e
o isotônico Lucozade geraram cerca de 600 milhões de libras esterlinas em receita no ano passado. Sir
Andrew Witty, principal executivo
da GSK, disse em abril: “Adoramos
essas marcas, achamos que fizemos um trabalho fabuloso, mas há
outros proprietários potenciais capazes de gerar valor maior com
uma base de distribuição melhor”.
A Suntory, mais conhecida fora
do Japão por sua divisão Orangina
Schweppes, tem sido encarada como uma das mais sólidas compradoras das bebidas.
Grupos como Blackstone, Lion
Capital e PAI Partners ainda estudam uma proposta de compra da
Ribena e do Lucozade caso seja
realizado um leilão. A AG Barr, a fabricante escocesa da bebida cafeinada Irn-Bru, estudava uma possível oferta de 1 bilhão de libras esterlinas, disseram fontes em julho.
As empresas japonesas de bebidas embarcaram numa farra de
compras nos últimos anos. Gastaram mais de 1 trilhão de ienes (US$
9,9 bilhões) em negócios no exterior desde 2006, na tentativa de
compensar a queda da demanda
doméstica. As vendas internas de
cerveja — uma viga-mestra dos negócios — encolheram mais de um
terço nos últimos dez anos, devido
ao envelhecimento da população e
a mudanças de hábitos. (Tradução
de Rachel Warszawski)
06/09/2013
Zero Hora
Pág. 16
13/09/2013
Jornal NH
Pág. 17
Dólar alto estimula
exportações de
calçados
A alta da cotação da moeda
norte-americana foi um estímulo para os exportadores de
calçados no mês de agosto,
mês em que se registrou um
incremento de 9,3% nas divisas
geradas com os embarques
com relação ao mesmo período do ano passado. Em agosto
deste ano foram embarcados
9,3 milhões de pares que geraram US$ 92,66 milhões, receita
que foi de US$ 84,76 milhões
no mesmo mês de 2012. Já
no acumulado, entre janeiro
e agosto deste ano, foram
embarcados 78,8 milhões de
pares que renderam mais de
US$ 720,87 milhões.
Dificuldade da Via
Uno é fato isolado,
avalia Klein
A Via Uno ter entrado em
processo de recuperação judicial é uma situação isolada
dentro do setor calçadista e
não representa sinais de que
uma crise possa impactar o
segmento. A manifestação é
do presidente executivo da
Abicalçados, Heitor Klein. “Infelizmente, a empresa teve
problemas no desenvolvimento do seu projeto de franquias”, argumenta o dirigente.
Essa questão, conforme Klein,
ocasionou as dificuldades financeiras da companhia, que
a fizeram promover um processo de reestruturação.
13
Quinta-feira
26 de setembro de 2013
Economia
INDÚSTRIA
Dificuldade da Via Uno é
fato isolado, avalia Klein
Indústria calçadista entrou com pedido de recuperação judicial
Jefferson Klein
[email protected]
A Via Uno ter entrado em
processo de recuperação judicial
é uma situação isolada dentro do
setor calçadista e não representa
sinais de que uma crise possa
impactar o segmento. A manifestação é do presidente executivo
da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein.
“Infelizmente, a empresa teve
problemas no desenvolvimento
do seu projeto de franquias”, argumenta o dirigente. Essa questão, conforme Klein, ocasionou as
dificuldades financeiras da companhia, que a fizeram promover
um processo de reestruturação.
Fontes de mercado acreditam que
o equívoco da Via Uno foi implementar uma estratégia “chique”
para concorrer com a Arezzo.
Klein discorda dessa visão. O presidente da Abicalçados comenta
que a Arezzo possui um forte e
exitoso processo de criação de
pontos de venda. A empresa, de
acordo com o dirigente, soube
acompanhar a expansão na área
de varejo, através de franquias,
com a capitalização do grupo. Já
MARCO QUINTANA/JC
04/09/2013
Isto É Especial
Pág. 284
‘Manter exportações
de 2012 será uma
façanha’
Ainda que a alta do dólar
esteja ajudando as exportações da indústria de calçados nos últimos meses, a
Abicalçados é pessimista
quanto aos resultados que
06/09/2013
a indústria pode conseguir
Zero Hora - Artigo
Pág. 13
com o mercado externo este
ano. Em entrevista ao Valor,
Indústria calçadista
Empresas | Tendências&Consumo
o presidente-executivo da
ameaçada
associação,
Klein,
Cai o volumeHeitor
de
Uma pauta exportadora cada
produtos
beleza
afirmou
quedenão
espera um
vendidos até junho
vez mais baseada em commoresultado superior ao obdities vem colocando em risco
tido com as exportações
L’Oréal mira cabeleireiros informais
décadas de desenvolvimento
em 2012. “Se o valor [das
da indústria de transformação
exportações] conseguir se
no Brasil, entre elas a calçamanter será uma façanha”,
dista. Recentemente a Fiesp
afirmou Klein.
divulgou estudo preocupante,
Justiça nega acordo entre Vasco e Fazenda Nacional
apontando que no ano passado a indústria de transfor‘Manter exportações de
Glaxo negocia a venda
2012 será uma façanha’
de ativos para amação
Suntory
representou apenas
13,25% do PIB, uma queda de
14 pontos percentuais com relação ao patamar de 1985. Na
indústria calçadista, a Abicalçados tem chamado a atenção das autoridades brasileiras
para a alta carga tributária e a
06/09/2013
falta de incentivos para exporValor Econômico
tações de manufaturados.
Pág. 4
Heitor Klein comentou a situação
quanto à Via Uno, Klein diz que,
embora não tenha a dimensão
interna dos fatos, no decorrer da
ampliação, houve alguns contratempos (que o dirigente não
sabe precisar como observador
externo). Esses obstáculos implicaram dificuldades e causaram o desfecho da recuperação
judicial.
Outro fator que complicou
o desempenho da Via Uno foi a
concorrência com os produtos
asiáticos, que apresentam um
preço mais barato. Klein admite que essa circunstância afeta
todas as companhias do setor
indistintamente e acrescenta que
as importações continuam crescendo. Sobre a questão cambial,
o dirigente indica que o atual
patamar do dólar está melhor do
que foi no passado recente para
o setor calçadista. No entanto,
ainda não pode ser considerado
como bom. Para Klein, a média
ideal para a competitividade da
indústria brasileira de calçados
seria um dólar a R$ 2,45. Apesar
desses elementos, o presidente
da Abicalçados enfatiza que o
setor, financeiramente, está bastante sólido. Particularmente sobre a Via Uno, o executivo aposta
na melhora da companhia.
A gaúcha Via Uno S. A. Calçados e Acessórios, com sede em
Novo Hamburgo, é a gestora das
marcas Via Uno e Naturezza. O
grupo tem atuação internacional,
com produtos vendidos em mais
de 100 países nos cinco continentes. A empresa foi procurada pela
reportagem do Jornal do Comércio, mas até o fechamento desta
edição não houve retorno.
Fabricantes de máquinas Intenção de investimentos
e equipamentos faturam do setor de material de
R$ 7,2 bilhões em agosto construção diminui
26/09/2013
Jornal do Comércio
Pág. 13
A indústria de máquinas e equipamentos fechou o mês de agosto com faturamento bruto real
de R$ 7,266 bilhões, número que representa alta de
6,8% sobre julho. Na comparação com agosto de
2012, o faturamento bruto real foi 2,1% menor. No
acumulado do ano até agosto, o setor faturou R$
52,156 bilhões, baixa de 6,7% ante igual período do
ano passado. Os números são da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
(Abimaq), divulgados ontem.
O consumo aparente de máquinas e equipamentos atingiu R$ 10,653 bilhões em agosto, recuo
de 0,6% ante julho. Em relação a agosto de 2012,
houve alta de 8,8%. No acumulado até agosto, o
consumo aparente totalizou R$ 80,277 bilhões,
avanço de 5,6% em relação a igual período de 2012.
As exportações somaram US$ 1,249 bilhão em
agosto, alta de 11,8% ante julho e queda de 3,2%
ante o mesmo mês do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 2,722 bilhões em agosto,
recuo de 4,6% ante julho e alta de 6,7% na comparação com agosto de 2012. No acumulado do ano
até agosto, as exportações totalizaram US$ 7,897
bilhões, baixa de 10,3% ante o mesmo período do
ano passado, enquanto as importações alcançaram
US$ 21,749 bilhões, avanço de 7% entre os períodos.
A intenção de investir ao longo dos próximos
12 meses diminuiu entre empresários da indústria
de materiais de construção. Em setembro, 67% manifestaram intenção de investir, patamar inferior
aos 74% de agosto deste ano e aos 81% de setembro
de 2012, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
O nível atual de utilização da capacidade instalada se manteve em 83% em setembro, mesmo nível
de agosto, mas abaixo dos 83% vistos no mesmo
mês de 2012. A sondagem apontou que 60% das
empresas estão indiferentes em relação à suas expectativas sobre as ações do governo para o desenvolvimento do setor a médio prazo. Outrs 21% das
empresas estão pessimistas e 19%, otimistas.
A Abramat atribuiu a queda nas intenções de
investimento à incerteza sobre a desoneração do IPI
para o setor de materiais de construção, após cinco
anos de contínua desoneração. Também há incerteza sobre a velocidade de recuperação das vendas
para o segmento da infraestrutura, que estiveram
fracas em 2012 e neste ano. “As empresas estão em
um momento importante de planejar seus investimentos e é um momento bom para o governo anunciar a desoneração para os próximos anos”, afirmou
o presidente da associação, Walter Cover.
especial
NOVA OPORTUNIDADE
PARA SER REFERÊNCIA
DO SETOR
C
om o objetivo de apontar os rumos para as práticas da indústria calçadista nacional, a Abicalçados lança a segunda edição
do Prêmio Direções, este ano com novidade: foi aberta a categoria
Direções Internacionais, que vai premiar a empresa com as melhores
práticas no comércio exterior. O Prêmio, que abre inscrições no próximo dia 17 de outubro, terá ainda as categorias Direções Comerciais,
Direções de Marketing, Direções Industriais, Direções de Design.
investimentos variam de R$ 300 a R$ 900 para associados da Abicalçados e R$ 600 a R$ 1.800 para não associados da entidade.
Assim como na edição anterior, a premiação irá destacar duas
empresas em cada categoria, uma de micro/pequeno e outra
de médio/grande porte. As categorias de Destaque Projeto de
Sustentabilidade, Jornalista, Personalidade do Setor e Sindicato
também foram mantidas.
Os ganhadores recebem Troféu 2º Prêmio Direções Abicalçados;
permissão para uso do selo da respectiva edição; divulgação nos
canais de comunicação do Prêmio e da Abicalçados; promoção
na Revista Direções, publicação especial do 2º Prêmio Direções
Abicalçados; promoção em universidades, escolas, congressos,
seminários ou outro evento pertinente organizado pela Abicalçados; duas inscrições para o Curso Direções Abicalçados/ESPM; e
participação em um anúncio institucional do Prêmio (com todos
os vencedores) em edição da Vogue Brazilian Footwear.
As inscrições serão realizadas até o dia 10 de janeiro através do site
www.premiodirecoes.com.br, onde a empresa deverá preencher
formulário eletrônico que irá gerar login e senha para acesso. Os
Categorias
Direções comerciais
Empresa calçadista brasileira que através de ações estruturadas teve incrementos significativos de venda no mercado brasileiro.
Direções de marketing
Empresa calçadista brasileira que através de ações estruturadas teve incrementos significativos do posicionamento de suas marcas no mercado brasileiro.
O coordenador da Unidade de Inteligência da Abicalçados, Cristian Schlindwein, ressalta a importância de se apontar referências positivas para o desenvolvimento do setor calçadista
brasileiro. Confira a entrevista:
Abinforma: Qual a importância da iniciativa para o setor calçadista brasileiro?
Cristian Schlindwein: O Prêmio Direções
entrega para as empresas do setor dois grandes
resultados: o reconhecimento e as referências em
práticas de sucesso. Se por um lado é importante
identificar e promover o sucesso de empresários
calçadistas em práticas concretas de suas empresas, para o setor em geral também é importante
olhar essas práticas como forma de aprendizado.
Isso reforça o próprio objetivo da iniciativa em mostrar os caminhos para o crescimento da indústria.
Abinforma: Como avalia a primeira edição do Prêmio, em 2012? Como foi a aceitação do mercado?
Schlindwein: Acredito que fomos muito felizes na construção
da primeira edição. Tivemos uma boa participação de empresas
dos principais polos calçadistas do Brasil e o retorno de todos os
participantes foi muito positivo em três quesitos: o material de
apoio para inscrição dos casos práticos; a qualidade dos especialistas que avaliaram os cases e a premiação em si, que além do
evento e troféu, contou com ações de divulgação dos vencedores
e um curso exclusivo.
Abinforma: A nova categoria, Direções Internacionais, é oportuna, já que aparece num momento de
turbulências, no qual somente as empresas realmente fortes em posicionamento de marca sobrevivem no mercado externo. O que levou à formulação desta categoria?
Schlindwein: A formulação da categoria foi devido ao próprio
A divulgação oficial do resultado será realizada no evento de premiação no dia 10 de abril de 2014, em Novo Hamburgo/RS. Os
finalistas de cada categoria receberão dois convites cada para participar do evento.
Direções industriais
Empresa calçadista brasileira que através de ações inovadoras e de gestão moderna desenvolveu sistemas/processos produtivos altamente eficientes e sustentáveis.
Direções de design
Empresa calçadista brasileira que desenvolve atividades
de design de forma integrada e que efetivamente adota
a cultura do projeto como uma estratégia empresarial.
Direções Internacionais novidade
Empresa calçadista brasileira que através de ações
estruturadas de posicionamento da marca própria no
mercado internacional teve incrementos significativos
em vendas no exterior.
feedback do mercado, além de estrategicamente criarmos essas
referências na gestão de marcas calçadistas no mercado internacional. Por mais que o setor tenha um histórico longo em exportação, esse fato nem sempre tem uma ligação com
a inteligência de criação de uma estratégia de
internacionalização e de posicionar essa marca
no exterior. São os bons exemplos do Prêmio que
também nortearão as empresas que ainda não
conseguiram ajustar essas estratégias.
Abinforma: Como serão feitas as avaliações?
Schlindwein: As análises dos casos práticos de
todos os participantes são feitas por comitês de
especialistas. A Abicalçados buscou estruturar uma
rede de renomados profissionais nos temas relacionados às categorias para que a avaliação seja séria, qualificada e isenta de participação da entidade. O formato de avaliação (critérios e pesos) fica à
disposição dos participantes já antes da inscrição, no próprio regulamento. Tivemos o cuidado com a transparência na metodologia para
realmente ter excelência nos vencedores.
Abinforma: Qual a sua expectativa para a segunda edição do Prêmio Direções?
Schlindwein: A melhor possível. Além de uma categoria nova,
percebemos que o Prêmio Direções já criou seu espaço e foi bem
recebido pelos empresários. Não há dúvidas que teremos excelentes cases para apresentarmos ao setor em abril de 2014.
Abinforma: Como apoiar a iniciativa?
Schlindwein: O lançamento e abertura das inscrições nessa
edição foram antecipados para dar ainda mais tempo das empresas realizarem a inscrição e concluir as etapas de diagnóstico
e envio do caso prático. Todo o processo é realizado através do
www.premiodirecoes.com.br e a partir do dia 17 de outubro será
possível conhecer em detalhes o regulamento e iniciar a inscrição.
OLHAR DE ESPECIALISTA
INOVAÇÃO E
BOAS PRÁTICAS
NO CALÇADO
BRASILEIRO
Genaro Galli*
A Abicalçados criou, em 2012, o 1º Prêmio Direções
Abicalçados, uma iniciativa nobre que tem como
objetivo reconhecer empresas e suas boas práticas
nas áreas de marketing, comercial, industrial, design e internacionalização.
Este prêmio representa para o setor calçadista mais
que uma premiação de reconhecimento, tem acima
de tudo a missão de promover a inovação do setor, fomentando as melhores práticas de gestão e o
compartilhamento de cases de sucesso.
Esta iniciativa da Abicalçados vai ao encontro da
visão contemporânea de gestão, onde a difusão do
conhecimento é a chave para o desenvolvimento
das empresas e de um setor. Segundo o guru Peter
Drucker, o recurso econômico básico não é mais o
capital, os recursos naturais nem a mão de obra,
mas o conhecimento.
O valor para as organizações é criado pela produtividade e pela inovação, que são aplicações do conhecimento ao trabalho. Diante deste contexto os
principais grupos sociais do conhecimento serão
os “trabalhadores do conhecimento”, ou seja, gestores que sabem como alocar conhecimento para
se adaptar às mudanças contínuas do ambiente.
Neste sentido o Prêmio Direções representa um
importante caminho para o compartilhamento de
conhecimentos e práticas do setor.
Visando estimular a competitividade do setor de
forma justa, as empresas que se inscreverem nas
diversas categorias do prêmio irão competir com
empresas do mesmo porte.
A organização do Prêmio teve o cuidado de considerar o porte empresarial como critério de avaliação, ou seja, empresas de grande e médio porte e
empresas de micro e pequeno porte competem em
categorias distintas. Além disso, o júri de avaliação
dos cases é formado por especialistas com grande
conhecimento prático e teórico na categoria que
julgam.
Acredito que o Prêmio Direções seja uma oportunidade ímpar para as empresas mostrarem suas
práticas inovadoras, independente do porte ou segmento de atuação.
As diversas categorias do Prêmio apresentam possibilidades de inovação e trocas de conhecimentos
entre as empresas do setor, o que beneficia não
somente os vencedores do prêmio, mas todo o setor calçadista brasileiro, revelando as direções e o
caminho de como a indústria calçadista brasileira
pode se tornar mais competitiva.
*Diretor de pós-graduação e extensão ESPM e membro
do comitê avaliador da 1ª edição do Prêmio Direções
outubro 2013 - abinforma
3
abinotícias
ABICALÇADOS E ESPM
LANÇAM CURSOS PARA O SETOR
A
Abicalçados e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) lançaram
uma novidade que promete movimentar o
setor calçadista. A escola e a entidade agora
contam com cursos de extensão em marketing
com foco no setor que serão ministrados na
sede da Abicalçados (Rua Júlio de Castilhos,
561, Novo Hamburgo).
O primeiro curso, com início no dia 4 de outubro, será ministrado por Rafael Terra. Professor
do MBA da ESPM e CEO da Fabulosa Ideia, o
profissional será responsável pelas aulas de Marketing Digital. Na metodologia, assuntos que
buscam fomentar a utilização adequada das
ferramentas de marketing, ampliando a visão do
aluno sobre os temas ligados ao estudo, como
planejamento, mídia digital, mobile search, ecommerce, redes sociais e web analytics.
Abordando Trade Marketing, o segundo curso
será ministrado por Rubens Sant’Anna, também professor de MBA da ESPM e sócio diretor da Sant’Anna Inamoto. Com início mar-
Para o diretor dos cursos de Pós-Graduação
e Extensão da ESPM, Genaro Galli, os cursos trazem temas contemporâneos ligados
ao varejo e indústria de calçados. “Existe um
entendimento de que marketing vai muito
além da comunicação, servindo para orientar
a indústria sobre os movimentos de mercado”,
explica. Para o professor, a indústria calçadista tem percebido a importância do marketing
nos seus diferentes aspectos, o que deve atrair
uma boa participação para a iniciativa. “A
nossa expectativa é desenvolver a competitividade do setor através de uma troca de alto
nível, pois também buscamos aprender com os
gestores”, projeta Galli.
Rafael Terra apresentou curso na sede da Abicalçados, no último dia 10 de setembro
cado para o dia 8 de novembro, o curso busca
aplicar a experiência do Trade Marketing na
estrutura de gestão das empresas dos ramos
industrial, de serviços e varejo.
O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, destaca que o setor calçadista, para
enfrentar os desafios impostos pela forte con-
corrência nacional e internacional, precisa estar
em constante atualização quanto às ferramentas de marketing. “E foi pensando nessa necessidade que a Abicalçados desenvolveu, em
parceria com a ESPM, os cursos de Marketing
Digital e Trade Marketing, que serão ministrados na sede da entidade a partir do próximo
mês”, afirma o executivo.
Ambos os cursos terão as aulas ministradas
nas sextas à noite (19h30min às 22h50min)
e sábados pela manhã (8h às 13h). O investimento é de R$ 1.496,25, sendo que associados
da Abicalçados recebem um desconto de 10%.
Informações e inscrições podem ser acessadas
no site espm.br/abicalcados.
SETOR CALÇADISTA GANHA NÚCLEO DE
INTELIGÊNCIA NO INTERIOR DE SP
A cadeia coureiro-calçadista brasileira comemora mais uma ferramenta de competitividade. No dia 16 de
setembro foi apresentado, em Jaú/
SP, o Núcleo de Inteligência Competitiva (NIC) Inova Paula Souza, que
irá funcionar no campus da Faculdade de Tecnologia de Jahu (Fatec).
O NIC, que tem o objetivo de gerar
informações estratégicas para inteligência competitiva do setor coureiro-calçadista, é uma iniciativa da
Fatec, Sebrae e Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e
Tecnologia do Estado de São Paulo.
Com uma estrutura própria de equipamentos e profissionais, o NIC abrigará o Siscompete, projeto desenvolvido pela Abicalçados com o apoio
Sebrae e que coleta e apresenta dados e informações de mercado no site
www.siscompete.com.br.
“O projeto para desenvolver um sistema de inteligência competitiva para a
cadeia produtiva do couro, calçados
e artefatos iniciou suas tratativas em
2008. Na pauta vinha a discussão do
uso da inteligência competitiva como
processo de monitorar e analisar informações relevantes no ambiente
em que se está inserido para verificar
tendências, desenvolver estratégias,
descobrir oportunidades, avaliar riscos e tomar decisões”, explica Igor
Hoelscher, da Unidade de Inteligência
da Abicalçados e um dos coordenadores do projeto.
Siscompete
A Abicalçados é a gestora do Siscompete, sistema que conta com o apoio
de outras entidades representativas
da cadeia produtiva: Associação Brasileira de Empresas de Componentes
para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos
para os Setores do Couro, Calçados e
Afins (Abrameq), Associação Brasileira
dos Lojistas de Artefatos e Calçados
(Ablac), Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e Associação
Brasileira das Indústrias de Artefatos
de Couro e Artigos de Viagem (Abiacav). “O sistema viabiliza que o público encontre num único ambiente um
conjunto de informações de cada um
dos elos da cadeia, facilitando a tomada de decisões”, destaca Hoelscher.
Para o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, o Siscompete entra na fase operacional plena
com a implantação efetiva do NIC
em Jaú. “É um passo relevante de
avanço na competitividade da ca-
deia, que tem um ponto forte nessa
demonstração de integração”, avalia o executivo. Além das entidades
nacionais, participam do sistema de
inteligência competitiva os sindicatos das indústrias de calçados de Jaú
(Sindicalçados), de Birigui (Sinbi) e
de Franca (Sindifranca), todos do
interior de São Paulo.
CRÉDITO PRESUMIDO É
MANTIDO NO RS
A indústria calçadista gaúcha recebeu com
alivio o anúncio da prorrogação do crédito presumido de 17% sobre o valor do ICMS
para vendas interestaduais. O benefício, que
venceu no dia 31 de agosto, foi prorrogado
por mais dois meses, terminando em 31 de
outubro de 2013.
Para o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, a medida é um alívio para
4
abinforma - outubro 2013
o setor calçadista gaúcho, que apesar das
previsões otimistas de prorrogação, ainda
aguardava a publicação no Diário Oficial
do Governo do Estado. “Desde que o crédito entrou em vigor, em fevereiro deste ano,
os calçadistas gaúchos experimentaram um
melhor desempenho nas vendas para outros
estados. O benefício reestabelece o equilíbrio
no nível da competitividade da indústria Rio
Grande do Sul”, avalia.
ficann
“OUVINDO O MERCADO”, FICANN
TERÁ NOVA DATA EM 2014
A
Feira Internacional de Calçados e Artefatos do Norte/
Nordeste (FICANN), que ocorreu
entre os dias 24 e 26 de setembro,
no Centro de Eventos do Ceará,
em Fortaleza, movimentou o setor calçadista das regiões Norte e
Nordeste do Brasil com negócios e,
especialmente, abertura de novos
contatos para os mais de 150 expositores de dez estados brasileiros.
Já as datas, que foram apontadas
com unanimidade pelos expositores ouvidos pela Abicalçados como
um obstáculo para o sucesso ainda
maior da feira, serão revistas. “Nós
ouvimos o mercado”, foi o recado do
presidente da mostra, Abdala Jamil
Abdala. Segundo o empresário, que
também preside a Francal Feiras, a
FICANN de setembro de 2014 será
antecipada em três semanas, acontecendo do dia 1º a 3 daquele mês,
enquanto que a edição de abril está
sendo repensada, já que não poderá
ser adiantada para março em vir-
tude da realização do encontro dos
BRICs, marcado para o mês três do
ano que vem.
Para Abdala, a primeira edição da
FICANN transcorreu dentro das
expectativas. “Mas a avaliação positiva fica por conta de que quem
está aqui quer e precisa da feira”,
destaca. Segundo ele, fatores como
as datas estão sendo repensados
para o aproveitamento ainda maior
do potencial do Norte e Nordeste,
regiões que juntas somam mais de
18 mil CNPJs do varejo de calçados. O diretor-superintendente do
Grupo Couromoda, que junto da
Francal Feiras promove o evento,
Jorge Alves de Souza, avalia que o
potencial do mercado da região somado aos investimentos realizados
tanto pelo Governo do Ceará como
pelas promotoras, é motivo de otimismo para o desenvolvimento da
FICANN. “A renda média do nordestino, apesar de ainda ser menor do
ABICALÇADOS
PROMOVE TALK SHOE
que em estados do Sul e Sudeste,
vem crescendo e este é um fator
que será refletido positivamente na
feira”, aposta o dirigente, ressaltando a profissionalização e qualificação dos compradores presentes
nos três dias de evento. “Também
tivemos importadores de países da
Europa e América Latina, o que foi
bastante positivo”, completa Souza.
O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, destaca que o
momento econômico vivido pelas
regiões Norte e Nordeste do Brasil, com crescimento do potencial
de consumo e o apoio dado pelo
Governo do Ceará, são fatores que
comprovam o acerto da iniciativa.
“A Abicalçados apoia a FICANN e
entende que é uma feira relevante
para um setor pujante na região,
que já responde por mais de 40%
da produção nacional de calçados e
tem na exportação um ponto muito forte, especialmente favorecido
pela localização geográfica privilegiada”, ressalta. Segundo o executivo, a primeira edição da feira foi
satisfatória e a atitude de revisão
de datas é uma demonstração de
que os promotores estão atentos
aos anseios do mercado
A FICANN foi realizada pelo Grupo Couromoda e Francal Feiras,
contando com o apoio do Governo
do Ceará, Abicalçados, Associação
Brasileira de Lojistas de Artefatos
e Calçados (Ablac) e Associação
Brasileira da Indústria de Artefatos de Couro e Artigos de Viagem
(Abiacav). Paralelamente à feira
de calçados, aconteceu a Nordeste
Prê-à-Porter, mostra de vestuário
promovida pelo Grupo Couromoda.
O palco para mais uma edição do
Talk Shoe, evento promovido pela
Abicalçados nas maiores feiras de
calçados do Brasil, desta vez, foi
a FICANN. Com grande público, o
evento ocorreu no segundo e terceiro dias da mostra com palestras
do diretor dos cursos de MBA da
ESPM-Sul, Genaro Galli, e da professora de Marketing da Decision/
FGV, Simone Simon.
A primeira palestra do dia 25
trouxe o tema “A Magia do Atendimento – Como se Diferenciar e
Encantar o Cliente”, onde Simone
Simon discorreu sobre a importância da experiência de compra
para o consumidor. Inspirando-se
nas ideias de Walt Disney, que
busca capturar a magia muito
além do produto, a professora
ressaltou que 90% do valor do
produto é experiência e somente 10% é custo. “Hoje o mercado
está com produtos muito parecidos, então é cada vez mais importante que as empresas busquem
os diferenciais, especialmente no
atendimento”, frisou. Segundo
ela, é preciso que o cliente seja
tratado como um convidado es-
pecial, como ensina a filosofia de
Walt Disney. Simone apontou que
a qualificação da equipe de vendas
é fundamental, devendo-se evitar
a alta rotatividade através de uma
melhor seleção, treinamento e reconhecimento
Marcas
Sob o tema “Construindo Marcas
em Mercados Competitivos”, o
professor, Genaro Galli, falou sobre o peso das marcas na escolha dos consumidores. Ilustrando
com diversos exemplos Galli ensinou como iniciar o “branding”. “É
preciso criar, em primeiro lugar,
um posicionamento de marca,
que deve estar ligado a todos os
pontos de contato com o cliente,
desde a vitrine até o layout do
ponto de venda e exposição do
produto”, explicou. O posicionamento, segundo ele, consiste nas
associações que a empresa deseja
que sejam feitas à marca, através
de um conceito claro que leve em
consideração relevância, legitimidade e distinção.
As palestras foram repetidas no último dia do evento, 26 de setembro.
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outubro 2013 - abinforma
5
brazilian footwear
PROGRAMA DE PROMOÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS,
DESENVOLVIDO PELA ABICALÇADOS EM PARCERIA COM A APEX- BRASIL
MUDANÇA DE DATAS E CONCEITOS AGITAM O
CALENDÁRIO DE FEIRAS INTERNACIONAIS
E
m um mês que teve GDS, theMicam e Coterie - Sole Commerce,
o que chamou a atenção não foram os
negócios, o câmbio ou a diversidade de
clientes. Este setembro foi marcado
pela comunicação de mudanças consideráveis em algumas das maiores feiras
de calçados do mundo. Mudanças que
alteram o cenário e, principalmente, o
calendário para o próximo ano.
A GDS se reposiciona para se transformar em uma feira de promoção das
marcas junto ao comprador e, tam-
bém, ao consumidor final. As mudanças, além da antecipação das datas,
mexem em localizações e consideram
eventos na cidade de Dusseldorf. A
theMicam reforça seu conceito de
evento comercial, mas também antecipa datas e deve apresentar novida-
A participação de 39 empresas brasileiras na
theMicam, que aconteceu entre 15 e 18 de setembro, em Milão, foi positiva, especialmente
impulsionada pelo posicionamento de marca
acertado e a valorização do dólar. A Democrata atendeu, sozinha, compradores de 36 diferentes países. “Os compradores estão voltando,
acredito que em função
da valorização do dólar.
Foram muitos novos contatos aqui”, comentou
Anderson Melo, gerente
de exportação da marca.
A última edição da GDS, que aconteceu de 11
a 13 de setembro em Düsseldorf, na Alemanha,
foi marcada por mudanças e bons contatos. Foram 17 empresas brasileiras expondo na mostra, que contou com a visita de mais de 20 mil
compradores dos cinco continentes. As marcas
verde-amarelas participaram através do Brazilian Footwear.
Empolgado com os resultados, João Conrado,
diretor de negócios internacionais da Anatomic
& Co, destaca o fato de ter tido a melhor feira dos últimos anos, com crescimento de 40%
em vendas. Porém, aponta receio quanto às
novas datas. “Como coincide com Ramadã (julho), acredito que teremos menos movimento de
carece de uma feira de cunho mais comercial, já que a Coterie se posiciona
fortemente como uma feira conceitual
e de moda.
Leia mais:
www.brazilianfootwear.com.br
BRASILEIROS SÃO
SUCESSO NA ITÁLIA
GDS ENCERRA
COM NOVIDADES E
BONS NEGÓCIOS
Entre as mudanças apresentadas para a próxima edição, um novo conceito que faz da feira
uma plataforma para a promoção das marcas,
que cada vez mais percebem a GDS como uma
oportunidade para divulgação e posicionamento. “Fazer feira é muito importante para nos posicionarmos no mercado”, explica Marli Schuh,
gerente de Exportação da Ortopé.
des em março de 2014, em um jantar
de gala para expositores e compradores. Outra novidade é a intenção da
theMicam em realizar uma feira em
Nova Iorque, nos Estados Unidos, que
hoje tem a Costa Oeste atendida pela
FN Platform, em Las Vegas, mas que
compradores do Oriente Médio”, prevê.
Juntos, os brasileiros realizaram aproximadamente 570 contatos com compradores de
mais de 40 países. A expectativa de negócios em decorrência da feira gira em torno de
US$ 14 milhões. Cristiano Körbes, coordenador
de projetos da Abicalçados, avalia os números e
credita os resultados ao trabalho pré-feira realizado pelas empresas. “O agendamento de visitas
e o mapeamento dos compradores chave para
cada empresa é fundamental para o sucesso na
mostra”, explica.
Além do câmbio, que impulsionou a competitividade dos calçados brasileiros na mostra, algumas
marcas percebem na
theMicam uma oportunidade de posicionamento
de marca. Esse é o caso da Raphaella Booz,
que expõe na seleta área de designers internacionais, o Visitors. “A participação na theMicam é importante para o posicionamento não
só na Europa, mas em diversos países, já que a
feira recebe compradores de várias partes do
mundo”, avaliou Marcos Vinícius Booz da Silva,
gerente de exportação da marca.
Juntos os expositores brasileiros realizaram
1.738 contatos, sendo 846 novos. O valor total de pedidos na feira foi de US$ 11,5 milhões,
que podem ser somados a
mais de US$ 51,3 milhões
em negócios decorrentes
da mostra nos próximos
12 meses. Para Cristiano
Körbes, coordenador de
projetos da Abicalçados,
esses números representam a consolidação de um
trabalho baseado em investimentos na conquista
de novos mercados e na
manutenção de clientes
internacionais. “O dólar
valorizado nos ajuda, mas
é preciso um plano de negócios de longo prazo, foco em serviços e parcerias para concretizar a inserção da marca no
mercado internacional”, concluiu o Körbes.
A participação brasileira foi apoiada pelo
Brazilian Footwear.
VAREJO NORTE-AMERICANO É
FOCO NA COTERIE/SOLE COMMERCE
Com a expectativa de bons dias na economia norteamericana, sete marcas nacionais mostraram seus
lançamentos na Coterie/ Sole Commerce, feira que
movimentou Nova Iorque, de 17 a 19 de setembro, na
sequência da badalada semana de moda da cidade.
Apoiadas pelo Brazilian Footwear, as empresas participam da mostra com o objetivo de construir e fortalecer
a imagem, reforçar o posicionamento junto ao mercado
e, é claro, fazer negócios.
“Estar nessa feira é importante para reforçar nosso conceito e estar entre marcas de moda. Durante os três dias,
percebemos o impacto positivo dos compradores junto
à marca”, avaliou John Linnehan, gerente de vendas da
Ipanema nos Estados Unidos. Para ele, a coincidência de
datas com a theMicam, em Milão, fez com que alguns
compradores não visitassem a feira. Opinião compartilhada pela designer Irá Salles. “Acredito que muitos compradores estavam na theMicam, em Milão, e acabaram
não visitando a feira”, frisou Irá.
Juntos, os brasileiros fizeram 280 contatos com importadores de 17 países e fecharam mais de cem pedidos
com Estados Unidos, Japão e Equador.
CHINA É O PRÓXIMO DESTINO DO BRAZILIAN FOOTWEAR
Onze empresas brasileiras levam a
tradição calçadista nacional para a
China. Apoiadas pelo Brazilian Footwear, as marcas participam da Micam Shanghai de 11 a 13 de outubro.
Stéphanie Classic, Democrata, Vizzano, Beira Rio, Moleca, Molekinha,
Modare, Cristófoli, Piccadilly, Piccadilly for girls, Amazonas Sandals, Radamés, Kontatto, Pampili, Sapato-
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abinforma - outubro 2013
terapia, Bibi, Dumond e Capodarte
apresentam suas criações voltadas
para o potente mercado consumidor
chinês, buscando entrar de vez no
“Tigre Asiático” e consolidar a imagem verde-amarela.
Esta será a segunda edição da mostra, que estreou em abril deste ano.
Na edição passada participaram dez
empresas do Brasil, que juntas realizaram 220 contatos com compradores de países como Japão, Rússia,
Cingapura, Coreia, Taiwan, Índia,
Portugal, além da China.
Durante a viagem à China, última
parada internacional do Brazilian
Footwear no ano, os calçadistas
aproveitam para visitar o merca-
do local e também participam do
Seminário Brazilian Footwear. No
encontro, Cesar Yu, do Centro de
Negócios Apex-Brasil em Beijing,
abordará temas econômicos; Andreas Grimberg, professor na IFA
Paris Shanghai e diretor da Intarsia
Holding, falará sobre o mercado, a
importância da marca e também
trará cases de sucesso; Paulina Val-
verde, do Gold Millennium Group,
consultoria contratada pelo Brazilian Footwear para promover match-makings durante a feira, trará
os modelos de negócios na China;
e Alessio Avancini, da Glimpse, empresa de relações públicas do Brazilian Footwear na China; vai falar
sobre a promoção de marcas de
moda naquele País.
PROGRAMA DE PROMOÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS,
DESENVOLVIDO PELA ABICALÇADOS EM PARCERIA COM A APEX- BRASIL
brazilian footwear
ÁFRICA DO SUL: UM
NOVO PAÍS NA MIRA DO
BRAZILIAN FOOTWEAR
C
om uma população de mais de 51 milhões de habitantes e uma renda per capita de US$ 11 mil, a
África do Sul tem chamado a atenção dos calçadistas
brasileiros. Atualmente a maior economia do continente africano é considerada mercado-alvo pelo Brazilian
Footwear, que entende o País como uma referência de
compras para outros países do continente.
Nesta direção, no próximo dia 1º de outubro, na sede
da Abicalçados, em Novo Hamburgo, será apresentado
o Workshop África do Sul, que tem o objetivo de iniciar
a discussão junto às empresas associadas ao Brazilian
Footwear para a elaboração de um Estudo Estratégico sobre aquele mercado. A apresentação do escopo do estudo
será realizada pela consultora Liz Whitehouse, diretora da
Whitehouse & Associates que possui mais de 20 anos de
experiência em pesquisas de negócios no país sul africano.
Potencial
A África do Sul, que registra um crescimento médio de
4% no PIB nos anos recentes, tem um consumo médio de
quatro pares per capita, volume não atendido pela pro-
dução industrial estimada em pouco mais de 51 milhões
de pares de calçados. Em 2011, o País foi o 13ª maior
importador de calçados do mundo, tendo como principal
fornecedor a China. Porém, dos 147 milhões de pares importados pelos sul africanos naquele ano, pouco mais de
600 mil eram verde-amarelos.
Embora crescente (as exportações para lá aumentaram
56% no acumulado de janeiro a agosto de 2013 no comparativo com igual período do ano passado – de 486 mil
para 757,8 mil pares), os embarques de calçados para
África do Sul podem ganhar ainda mais impulso através
da iniciativa do Brazilian Footwear. O coordenador da
Unidade de Inteligência da Abicalçados, Cristian Schlindwein, destaca que o setor percebe a África do Sul não
só como um mercado potencial consumidor, mas como
uma porta de entrada para o continente africano. “Buscaremos através deste estudo estratégico entender o
espaço que o calçado brasileiro pode ocupar, identificar
potenciais parceiros de negócios, e principalmente traçar um plano de prospecção para as empresas participantes do Brazilian Footwear”. explica.
Serviço
Evento: Workshop África do Sul
Promoção: Brazilian Footwear
Local: Abicalçados – Rua Julio de Castilhos, 561 - Novo Hamburgo/RS
Horário: 18h
Inscrições e informações: [email protected]
balança comercial
COM DÓLAR ALTO, EXPORTAÇÕES DA INDÚSTRIA CALÇADISTA AUMENTAM
Embora ainda muito longe da performance padrão, a alta da cotação da moeda norte-americana foi um estímulo para os exportadores de calçados no mês
de agosto, mês em que se registrou um incremento de 9,3% nas divisas geradas com os embarques com relação ao mesmo período do ano passado. Em
agosto deste ano foram embarcados 9,3 milhões de pares que geraram US$
92,66 milhões, receita que foi de US$ 84,76 milhões no mesmo mês de 2012.
O principal destino dos embarques no acumulado dos oito meses do ano foi
os Estados Unidos, para onde foram enviados 6,42 milhões de pares que
geraram US$ 121,42 milhões, valor 12,6% inferior ao registrado no mesmo
período de 2012.
Apesar dos problemas enfrentados com o protecionismo dos “hermanos”, que
já é responsável por mais de 616 mil pares verde-amarelos negociados e retidos na fronteira por questões burocráticas, as exportações para a Argentina
aumentaram 21,5% nos oito meses deste ano no comparativo com o mesmo
período do ano passado. Os argentinos compraram 5,9 milhões de pares pelos
quais pagaram US$ 87,3 milhões.
MESMO COM ANTIDUMPING, CHINA AUMENTA EMBARQUES PARA O BRASIL
A importação, especialmente a de produtos de baixo valor, segue em alta e
atrapalhando a vida do industrial no mercado doméstico. No mês passado entraram no Brasil 3,52 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 57,25 milhões, valor 12,6% maior do que agosto do ano de 2012. No acumulado do ano a
alta já é de 18,5%. Desde janeiro até agosto deste ano foram importados 27,56
milhões de pares, o que equivale a quase US$ 400 milhões.
As principais origens seguem sendo Vietnã e Indonésia, seguidos da China, que
apesar do antidumping aumentou em 41% seus embarques para o Brasil no
mês passado – comparando com o mesmo mês de 2012. Em agosto os chineses embarcaram o equivalente a US$ 4,87 milhões para terras tupiniquins. No
acumulado, o “tigre asiático” segue no terceiro posto entre os exportadores de
calçados para o Brasil, com US$ 43,9 milhões em vendas (aumento de 4,6%
frente a 2012).
Fonte: MDIC/Abicalçados
No mês passado, o destaque nas importações ficou com a Tailândia. O
novo agente do mercado brasileiro, que no mesmo mês de 2012 exportou
US$ 618,8 mil, aumentou suas exportações em mais de quatro vezes, fechando agosto com US$ 3,22 milhões em vendas para o Brasil.
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polos calçadistas
COM PRODUÇÃO DE DOIS MILHÕES DE PARES
MENSAIS, IGREJINHA SE DESTACA NO SUL DO BRASIL
N
ão é exagero dizer que Igrejinha, cidade do
interior gaúcho, respira calçado. Com pouco mais de 30 mil habitantes, o município tem
sua base na indústria calçadista, que emprega
mais de oito mil pessoas direta e indiretamente.
O destaque da produção de mais de dois
milhões de pares mensais é o segmento feminino (99% dos produtos desenvolvidos). O
representante da indústria local é o Sindicato
da Indústria de Calçados, Vestuário e Componentes de Igrejinha (Sindigrejinha), fundado
em 1977. São 75 empresas associadas, mais
de 70% delas de pequeno porte, que tem nas
feiras SICC e Zero Grau, que acontecem em
Gramado/RS, suas aliadas para o sucesso no
Brasil e no mundo.
O presidente do Sindigrejinha, Renato Klein,
destaca que a média dos calçados exportados
é de cerca de 15% da produção, uma vez que
muitas empresas não exportam mais devido às
dificuldades do mercado externo e a segurança
do mercado doméstico. “A indústria calçadista
é a principal atividade econômica do município.
A vocação do calçado está estampada em cada
rua da cidade”, afirma Klein, para quem o ano de
2012 foi bom, apesar da instabilidade econômica que assola o País. Para 2013, a expectativa
do dirigente é de estabilidade, já que o mercado
interno está recessivo e a valorização cambial
ainda não 26.1x19.5.pdf
resultou em pedidos.
“É necessário
1
7/30/13
4:33 PM
que o câmbio se estabilize no patamar atual por
mais alguns meses, para que haja algum reflexo
positivo no mercado internacional”, ressalta.
Atuação
Klein destaca que o Sindigrejinha vem buscando tornar-se uma entidade mais atuante,
mais parceira das empresas associadas, contribuindo para a melhoria da competitividade
das indústrias locais. Entre os projetos, uma
lista que vai de sustentabilidade à capacitação
de unidades de fornecimento, o último apoiado
pela Abicalçados e Sebrae.
O Caminho Sustentável é o carro-chefe do Sindicato. Trata-se de um programa que objetiva
introduzir os conceitos da sustentabilidade nas
empresas e comunidade local, desenvolvendo
ações ambientais, sociais e culturais. “Tem
atingido grande projeção no cenário calçadista
nacional e é considerado um dos melhores projetos nesta área no País, tanto que recebeu o
prêmio de melhor projeto de sustentabilidade
no setor calçadista nacional da Abicalçados”,
comenta Klein. Ainda no campo da sustentabilidade, a entidade promove o Projeto de Gestão dos Resíduos Industriais, que visa resolver
um dos maiores problemas das indústrias do
setor coureiro- calçadista, os resíduos industriais. Klein explica que os resíduos das empresas de Igrejinha agora não são mais enterrados
nas Centrais de Resíduos Industriais. “Eles, a
partir do projeto, são transformados em adubo, o qual é exportado, ou recebem tratamento
térmico e transformam-se em matéria prima
para cimento e também em energia”, explica.
A entidade mantém, ainda, o Programa de
Capacitação das Unidades de Fornecimento
da Indústria, que consiste num projeto que
envolve mais de 40 pequenas empresas que
fornecem serviços e produtos para as grandes
indústrias calçadistas. Através deste projeto o
Sindigrejinha está capacitando empresários e
gerentes destas pequenas empresas, para melhorar a qualidade dos seus serviços, sua competitividade e rentabilidade.
Pleitos
O Sindigrejinha está integrado na Agenda
2020 do Vale do Paranhana, contribuindo
com as suas ações para atingir os objetivos
propostos no programa. Além disso, a entidade trabalha em outros níveis, como a duplicação da RS 115, que trará desenvolvimento
para a comunidade da região. “Também pleiteamos junto ao Senai a construção de uma
nova Escola Técnica de Calçados na cidade,
para aumentar e qualificar a oferta de mão
de obra na região, um dos nossos principais
gargalos. O terreno foi doado pela prefeitura
e as obras estão iniciando”, relata.
Nas esferas do poder público, junto com a
Abicalçados, o sindicato trabalha pela redução da carga tributária e apoiando projetos
de tratamento térmico dos resíduos industriais junto à Fepam.
A MELHOR SOLUÇÃO DE
CORTE PARA INDÚSTRIA
DE CALÇADOS
ECONOMIA
DE MATERIAL
C
M
Y
VELOCIDADE E
ALTA PRECISÃO
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RÁPIDO RETORNO
DE INVESTIMENTO
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