Newsletter 89
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Newsletter 89
Agroindústria Alimentos Bebidas Comércio Farmacêuticos e Saúde Madeira e Papel Materiais de Construção Energia Química e Petroquímica Mineração e Siderurgia Bens de Capital Autopeças Eletroeletrônicos e Informática Imobiliário Transportes e Logística Serviços Diversos Financeiro Diversos Ambiente Macroeconômico e de Investimentos A maior repercussão da baixa dos juros sobre a atividade produtiva e, sobretudo, a confiança geral de que o País seja reconhecido como investment grade pelas agências internacionais de risco marcaram o ambiente macroeconômico destas últimas semanas. E a consequência mais visível disso tem sido a valorização cambial que, apesar de refletir o positivo ambiente para a continuidade dos fluxos financeiros externos, traz alguma preocupação do ponto de vista dos fluxos comerciais. Com relação aos investimentos físicos, o cenário geral também segue favorável. É verdade que poderia ser bem mais robusto, se contasse com uma configuração tributária mais adequada ou com um ritmo de crescimento econômico mais expressivo. Mas ainda assim percebe-se a execução de vários projetos de envergadura, mesmo porque o momento atual é de grande fartura nas fontes de financiamentos, como se vê, por exemplo, nas capitalizações via bolsa de valores. Mas é a expansão por meio de fusões e aquisições que tem tido maior destaque no noticiário empresarial recente. Tal movimento há tempos vem se fortalecendo e, cada vez mais, conta com a investida de fundos e empresas com sede no exterior. Porém, também aqui se vê reflexos do maciço volume de IPO´s e de outras operações em mercado aberto recentemente executadas por empresas de capital nacional. CENÁRIO ECONÔMICO 2004 2005 2006 2007* 2008* PIB (PM) - Var % 5.7 2.9 3.7 4.2 4.0 Inflação IPCA - Var % 7.6 5.7 3.1 3.5 4.0 2.654 2.341 2.138 2.00 2.05 Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano 16.2 19.0 15.1 11.8 10.4 Dívida Pública - % PIB 47.0 46.5 44.9 43.9 42.0 Saldo Comercial - US$ Bilhões 33.6 44.7 46.1 42.0 36.1 Trans. Corrente - US$ Bilhões 11.7 14.0 13.3 9.1 5.0 Investimentos Diretos - US$ Bilhões 18.1 15.1 18.8 20.0 20.0 Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano * Fonte: Relatório de Mercado - Banco Central do Brasil - 25/05/2007 Agroindústria | A Sucral, consultoria da área de açúcar e álcool, e a Greentech, empresa dedicada a projetos de energia limpa, vão investir R$ 450 m em duas usinas de álcool no MS. As unidades serão construídas nas cidades de Selvíria e Inocência. O início das operações está previsto para a safra 2010/11 e cada sócia terá participação de 50% nas novas usinas, que produzirão álcool anidro para o mercado externo. | O grupo Bertin, segundo maior frigorífico de carne bovina do País, anunciou investimentos de R$ 330 m em uma usina de álcool em Dourados, MS. A unidade entrará em operação na safra 2009/10. O negócio reforça a posição do Bertin no setor de energia, sendo que o frigorífico hoje possui uma pequena central hidrelétrica (PCH) e duas em construção, além de uma planta de biodiesel prestes a ser inaugurada. Dos R$ 330 m a serem investidos na usina, R$ 130 m serão destinados à área agrícola. | A norueguesa Yara, que no Brasil já incorporou a Adubos Trevo e a Fertibrás, confirmou investimentos de US$ 50 m nos próximos três anos para ampliar sua fábrica em Rio Grande (RS). Com a Fertibrás, a Yara melhorou sua penetração regional e tornou-se vice-líder na produção local de fertilizantes finais. Além da expansão da unidade gaúcha, a Yara ainda deve inaugurar outra misturadora em Paranaguá (PR) neste ano. | O grupo Cosan, maior companhia de açúcar e álcool do País, com 17 usinas, pretende investir US$ 1,7 bilhão nos próximos quatro anos. Deste montante, US$ 650 m serão destinados à construção de três usinas em GO. Na co-geração de energia serão aportados US$ 448 m e outros US$ 501 m serão destinados à ampliação das usinas já existentes. As três novas unidades, as primeiras fora de SP, serão construídas nas cidades de Jataí, Montividiu e Paraúna. Paralelamente, o grupo Cosan também anunciou a aquisição da Usina Santa Luiza, em Motuca (SP), em parceria com a São Martinho e com a Santa Cruz. A compra foi por meio da Etanol Participações e seu valor foi de R$ 179 m, além de dívidas de R$ 40 m. | O Grupo Nova América, proprietário da marca União, líder no mercado de açúcar do País, formalizou seu pedido para abertura de capital. Com isso, a Nova América pode tornar-se a terceira empresa de açúcar e álcool a emitir ações em bolsa, depois das paulistas Cosan e São Martinho. A Nova América possui sede em Tarumã (SP) e hoje conta com duas usinas em SP. Recentemente anunciou investimentos de R$ 1 bilhão para construir mais duas unidades no MS. | A SLC Agrícola prevê captar R$ 292 m com sua oferta pública primária de ações ordinárias. A operação será concluída em meados de junho e os controladores da empresa também realizarão uma oferta secundária no valor estimado de R$ 113 m. Após as colocações, a participação dos atuais acionistas controladores da empresa deve se reduzir de 100% para 66%. Atualmente a SCL possui nove fazendas em seis Estados em com os novos recursos pretende adquirir terras e maquinário. | A Brazil Renewable Energy Company (Brenco), empresa formado por investidores locais e estrangeiros, tem planos de investir US$ 2 bilhões para instalar dez destilarias de álcool no Brasil. Diferentemente das demais usinas do setor, que trabalham com açúcar e álcool, a Brenco atuará exclusivamente na produção de álcool. Já foram anunciadas quatro unidades com início de produção em 2009, sendo duas em Mineiros (GO), uma em Perolândia (GO) e outra em Alto Taquari (MT). | A Bunge Fertilizantes anunciou a criação de uma joint venture no Marrocos com a estatal local Office Cherifien des Phosphates (OCP). A nova empresa foi batizada de Bunge Maroc Phosphore e irá contar com uma fábrica já a partir de meados de 2008. Os investimentos na unidade chegarão a US$ 350 m, sendo que ela começou a ser erguida pela OCP antes da sociedade. O plano internacional da Bunge Fertilizantes também contempla um aporte de US$ 30 m em uma unidade de superfosfato na Argentina. | A Vetbrands do Brasil, empresa formada a partir da divisão de saúde animal da Agribrands Purina, está construindo sua segunda fábrica em Paulínia (SP) com investimentos de R$ 13 m e já estuda aplicar mais R$ 20 m. O objetivo é entrar no segmento de vacinas, principalmente para o mercado de animais de estimação. A produção das vacinas será feita por uma empresa terceirizada. A Vetbrands possui sede em Jacareí (SP). Alimentos | O Marfrig confirmou a aquisição de seu terceiro frigorífico no Uruguai, o La Caballada, tornando-se com isso o maior frigorífico e exportador de carne bovina daquele País. Lá o Marfrig já controla o Tacuarembó e o Elbio Perez Rodriguez, sendo que a nova aquisição tem valor estimado de US$ 26 m. No Brasil o Marfrig conta com nove plantas de abate e é o terceiro maior do mercado, atrás do JBS/Friboi e do Bertin. Também possui unidade na Argentina, o ABP, e joint venture com a chilena Quinto Cuarto. Atualmente o Marfrig aguarda autorização para sua abertura de capital em bolsa. | A J&F Participações, empresa controladora da JBS-Friboi, anunciou a aquisição da norte-americana Swift Foods Company por US$ 1,4 bilhão. A Swift pertencia à HM Capital Partners e, com ela, a J&F torna-se a maior empresa de carne bovina do mundo, com receitas estimadas de US$ 11,5 bilhões e à frente de gigantes como Tyson e Cargill. Nos EUA a aquisição abrange quatro abatedouros de bovinos e três de suínos, uma unidade de pratos prontos e um curtume, além dos ativos que possui na Austrália. No Brasil a JBS-Friboi é líder do setor bovino e nos EUA a Swift é a terceira maior em carnes bovina e suína. Internamente a JBS também adquiriu a unidade de abate bovino do frigorífico Garantia em Maringá (PR). O Garantia pertencia ao Grupo Torlim e deverá ser ampliado e modernizado. Com esta unidade, a JBS-Friboi passa a contar com 20 plantas de abate no Brasil. | O frigorífico paulista Independência anunciou a aquisição da Goiás Carne, empresa do grupo goiano Otávio Lage. O valor da operação não foi divulgado, mas é estimado pelo mercado em aproximadamente US$ 45 m. A Goiás Carne está sediada em Senador Canedo (GO) e com a incorporação o Independência visa diversificar sua atuação territorial. O Independência é o quinto maior exportador brasileiro de carne bovina. | A Cooperativa Central de Laticínios de São Paulo (CCL), que já foi uma das maiores empresas de lácteos do País, está arrendando suas unidades industriais de Itumbiara (GO) e São Paulo (SP) para a gaúcha Avipal, que atua com a marca Elegê. A CCL, conhecida pela marca Paulista, enfrenta dificuldades financeiras desde meados de 2005 e vem buscando atuar por meio de parcerias. Com as novas unidades e a maior produção de leite longa vida, leite em pó e manteiga, a Elegê deve subir para o segundo lugar no ranking da captação leiteira. | A cearense Ducoco, fabricante de água de coco, está inaugurando uma nova unidade em Linhares (ES), na qual foram feitos investimentos de R$ 25 m. A fábrica substitui a produção realizada em São Paulo até o ano passado e irá utilizar coco produzido nas fazendas de Itapipoca, CE. A Ducoco atualmente detém cerca de 20% do mercado de águas de coco e 40% do segmento de derivados. | A Perdigão está finalizando a aquisição da Plusfood, processadora holandesa de carne com forte presença no mercado europeu de refeições coletivas (food service). A transação é estimada em € 30 m. A Plusfood pertence à Cebeco Group, holding de cooperativas da Holanda que conta com mais de 200 subsidiárias em cerca de cem países. A Plusfood possui fábricas na Holanda, Reino Unido e Romênia. Bebidas | A Inab, empresa de bebidas criada em 2005 a partir da Cervejaria Sul Brasileira, estuda construir duas novas unidades industriais, sendo uma em Joinville (SC) e outra em Piripiri (PI). A Inab tem sede em Toledo (PR) e hoje conta com quatro plantas: Santa Maria (RS), Toledo (PR), Recife (PE) e Goiânia (GO). As novas unidades terão médio porte e cada uma deverá receber investimentos entre R$ 60 m e R$ 80 m. Elas visam reduzir custos logísticos e a planta piauiensa já possui cronograma de obras, estando sua inauguração prevista para 2008. | A Coca-Cola Company e seus 17 franqueados no Brasil estão organizando uma nova empresa na forma de joint venture para atuar na área de não-carbonatados. Cada parte terá metade da nova companhia, que cuidará das marcas Mais, Kapo, Nestea, Burn e, no futuro, também da Del Valle e da Matte Leão, últimas aquisições feitas pela Coca-Cola. Pelo acordo a Coca-Cola fará o marketing, desenvolvimento de marcas e controle de qualidade, enquanto seus franqueados atuarão independentemente na produção e distribuição dos produtos. Os ativos incorporados pela Coca-Cola no País serão todos repassados aos franqueados. | O Grupo Schincariol comprou a Indústria de Bebidas Igarassu (IBI), que fica em Recife (PE). O valor do negócio não foi divulgado, mas foi o maior do grupo em 2007. A IBI atua com a marca Nobel e permitirá à Schincariol avançar no mercado premium da Região Nordeste, em especial nos mercados de PE e BA, onde a empresa paulista já possui forte presença. Comércio | A Investidor Profissional (IP) adquiriu 10,5% de participação no capital total da Globex e agora passa a deter 14,2% da controladora da rede varejista Ponto Frio. A aquisição foi por meio do fundo de investimentos Gibraltar, que tem como co-investidor a Farallon Capital Management. O valor da transação não foi divulgado. A rede Ponto Frio é a segunda maior no varejo de eletroeletrônicos e móveis do País, ficando atrás apenas da Casas Bahia. | A rede norte-americana de fast food McDonald’s anunciou a venda de 1,6 mil restaurantes na América Latina para um de seus franqueados na Argentina, a Restco Iberoamericana, que passará a se chamar Arcos Dorados. O negócio de US$ 700 m envolve acordo de licenciamento por 20 anos. A intenção do McDonald's é passar a operar apenas com licenças, recebendo royalties. Das 1,6 mil lojas envolvidas, 544 ficam no Brasil. A compra conta com a participação da Gávea Investimentos, da Capital International e da DLJ South American Partners, sendo que estão previstos investimentos de US$ 300 m na rede ao longo dos próximos três anos, com foco em Brasil, México, Colômbia e Venezuela. | O grupo francês Carrefour anunciou a compra da rede brasileira de supermercados Atacadão por € 825 m (US$ 1,121 bilhão). O Atacadão é a maior rede de desconto de varejo do Brasil, operando 34 lojas em todo o País, das quais 17 em São Paulo. Com a transação, o Carrefour Brasil recupera a liderança no ranking de supermercados no País, perdido em 2000 para o Pão de Açúcar, além de consolidar sua posição no mercado paulista. O pagamento será em dinheiro e a marca Atacadão deverá ser mantida pelo Carrefour. O Carrefour também anunciou investimentos de R$ 100 m para construir três novos hipermercados no RS. Um ficará em Gravataí e outro em Santa Maria, sendo que a terceira unidade ainda não teve seu local definido. | O Wal-Mart vai ampliar seus investimentos no RS, onde pretende inaugurar quatro novas lojas neste ano. Com isso, os investimentos inicialmente previstos em R$ 155 m passarão a R$ 200 m, o que inclui a reforma de 20 dos 91 pontos de vendas locais. Na Região Sul a intenção do Wal-Mart também é estender a atuação de seu bandeira de atacado Sam's Club e de suas lojas de vizinhança Todo Dia. Das novas unidades previstas no RS, duas terão a bandeira BIG, uma será da rede Nacional e uma da rede de atacado Maxxi. Em todo o País os investimentos da rede norte-americana devem chegar a R$ 1 bilhão neste ano, o que inclui a abertura de 28 novas unidades. | A rede Magazine Luiza vai realizar neste ano o maior plano de expansão orgânica de sua história, com a abertura de 60 novas unidades. O crescimento não prevê a entrada da empresa em novos Estados, sendo que hoje ela atua em SP, MG, PR, MS, GO, RS e SC. Um dos principais focos do investimento será Belo Horizonte (MG), cuja região metropolitana receberá dez unidades. O Estado de São Paulo ficará com outras 15 lojas. | A varejista fluminense Leader pretende estender suas atividades para a Região Nordeste. Até 2010 está prevista a abertura de 30 lojas, das quais 18 no Nordeste, 5 em MG e 7 no RJ. Com isso a rede deverá atingir 61 unidades no País. Especificamente em 2007 serão dez novas lojas, com investimento de R$ 40 m. A Leader não descarta a aquisição de redes locais. | A francesa Leroy Merlin está investindo cerca de R$ 70 m na expansão de sua rede no Brasil. A empresa acaba de inaugurar uma loja em São Paulo e no segundo semestre deverá inaugurar outra no Rio de Janeiro. Com estas, sobe para 15 lojas a rede local da revenda de materiais de construção. Até hoje o crescimento da Leroy Merlin no País tem sido orgânico, mas a empresa não descarta futuras aquisições de concorrentes. Farmacêuticos e Saúde | A dinamarquesa Novo Nordisk, líder mundial em medicamentos para diabetes, inaugurou sua maior fábrica de insulinas na América Latina, a unidade de Montes Claros (MG). Nela foram investidos US$ 200 m. De sua produção total, cerca de 95% deverá ser exportada para mercados como Alemanha, Austrália, Inglaterra, Irlanda do Norte, Austrália, Nova Zelândia e Canadá. Além da unidade recém-inaugurada, a Novo Nordisk também vai investir outros US$ 50 m para produzir canetas aplicadoras de insulina, linha que deverá ser inaugurada em 2009. | O laboratório EMS concluiu a expansão de sua fábrica de medicamentos sólidos em Hortolândia (SP), onde foram investidos US$ 50 m. A unidade teve sua capacidade produtiva triplicada no prazo de dois anos. Além dela, o EMS também conta com uma planta em São Bernardo do Campo (SP), onde produz antibióticos. | O Laboratórios Fleury procedeu uma reestruturação operacional e está incorporando a subsidiária NKB, criada em 2001 para absorver laboratórios menores nos mercados em que o grupo não atuava. Até 2006 foram 101 unidades de 15 diferentes marcas diferentes. O Fleury é o principal acionista da NKB, com 66,6% de seu capital. Paralelamente, foram instituídas três unidades de negócios: medicina diagnóstica, hospital-dia e gestão de saúde. A intenção do Fleury é incrementar suas atividades nas duas últimas áreas. | A Diagnósticos da América (Dasa), maior empresa de diagnósticos médicos do país, anunciou a aquisição do laboratório de análises clínicas Exame, de Brasília (DF). O valor da transação foi de R$ 56 m. O Exame possui 13 unidades e é o segundo maior de Brasília. Esta foi a nona aquisição da Dasa desde que a empresa abriu seu capital em 2004. | A Cremer, distribuidora de produtos médico-hospitalares, efetivou sua oferta primária e secundária de ações na bolsa. Ao todo, a operação movimentou R$ 551,6 m, sendo que os recursos entrantes na empresa serão direcionados a sua expansão e quitação de dívidas. Os investidores estrangeiros ficaram com cerca de 75% da colocação. | A Tempo Participações, proprietária da operadora de planos Gama Odonto, adquiriu a carteira de clientes da Associl. Com isso, a Gama sobe da oitava para a quinta posição no ranking do setor de planos odontológicos. O valor do negócio não foi divulgado. A Tempo é uma holding de seguros e serviços médicos que conta com a GP Investimentos entre seus acionistas. Madeira e Papel | A Sepac, empresa de papel higiênico, guardanapos e papel toalha com sede em Mallet (PR), tem planos de investir R$ 100 m para duplicar sua capacidade produtiva e instalar uma unidade geradora de energia por biomassa. A expansão fabril ficará com R$ 60 m e tem conclusão prevista para o primeiro semestre de 2008. A unidade energética exigirá R$ 40 m e utilizará resíduos da produção florestal da empresa. | A Votorantim Celulose e Papel (VCP) vai aumentar seus investimentos em 2007, os quais chegarão a R$ 785 m. O objetivo é ampliar sua base florestal, principalmente em Três Lagoas (MS), onde, até 2009, irá erguer uma nova fábrica de celulose. Dos R$ 785 m, a base florestal ficará com R$ 459 m, sendo R$ 236 m para Três Lagoas. | A paranaense Sudati irá investir R$ 70 m em Otacílio Costa (SC) para produzir MDF, placa de madeira utilizada na fabricação de móveis. Esta será sua primeira investida naquele Estado e também será a primeira planta de MDF em Santa Catarina. A também paranaense Guararapes tem planos semelhantes e pretendendo investir R$ 60 m em uma fábrica do produto no município de Caçador. A Guararapes já possui uma fábrica de compensados de pinus no município de Santa Cecília. Ambas as empresas têm sede em Palmas (PR), sendo que a Sudati hoje opera com seis unidades e a Guararapes com duas. Materiais de Construção | A Amanco, uma das líderes mundiais no setor de tubos e conexões, anunciou a aquisição da Tinabras, fabricante de caixas d'água de polietileno que possui unidades fabris em SP e GO. A empresa também anunciou que outras aquisições relacionadas ao controle hidráulico deverão ser efetivadas neste ano. Desde fevereiro a Amanco está sob controle da mexicana Mexichem. | A Medabil está construindo uma fábrica em Angola em parceria com a empresa local Gema Iogo. Os investimentos somam US$ 20 m e a Medabil terá participação de 51%. A unidade, a primeira do grupo gaúcho fora do Brasil, irá fabricar coberturas metálicas para a construção civil. A Medabil prepara-se para abrir capital ainda neste ano e seu plano de investimentos chega a US$ 100 m em três anos, o que contempla uma unidade também na Argentina, além de expansões da matriz de Nova Bassano (RS) e de novas unidades no Sudeste e em Recife (PE). Energia | A australiana Pacific Hydro, que em fevereiro incorporou um projeto eólico da alemã Renergys na PB, tem planos de investir US$ 600 m no Brasil num prazo de três a cinco anos. O empreendimento incorporado chama-se Millennium e será inaugurado em outubro com investimentos de R$ 54 m. A Pacific Hydro também possui 80% de um outro projeto eólico na Paraíba, investimento de R$ 175 m em parceria com a brasileira Bioenergy. A Pacific Hydro é controlada pelo fundo de pensão australiano IFM. | A Energias do Brasil, controlada pela portuguesa EDP, incorporou a Diferencial Energia, que possui direitos para a implantação de uma usina térmica a carvão mineral em São Luís (MA). O projeto vai demanda investimentos de US$ 450 m. Para ficar com a Diferencial, a Energias do Brasil irá desembolsar R$ 20 m. A previsão é de que a nova unidade leve quatro anos para ser construída. | A hispano-brasileira Naturoil Combustíveis Renováveis está construindo uma unidade de biodiesel em Ourinhos, SP. Os aportes são de R$ 110 m e a planta começará a operar em meados de 2008. Numa segunda fase, a Naturoil tem planos de investir mais R$ 400 m para elevar sua produção de biodiesel, o que também envolve plantio e esmagamento de soja. A empresa é controlada pela Enercon (20%) e pela espanhola Bionor (80%). | O grupo Brasilinvest e a Caramuru fecharam acordo para instalar duas usinas de biodiesel em Maracaju, MS. O investimento será de R$ 410 m e a construção da primeira unidade será iniciada em junho. Ela deverá ser concluída em 2008, sendo que a segunda unidade está prevista para entrar em operação em 2010. As duas empresas terão igual participação e controle nas operações. | Em sua quarta aquisição no período de um ano, a CPFL incorporou os ativos da norte-americana CMS Energy no Brasil por US$ 211 m. A holding CPFL Energia controla atividades de distribuição, geração e comercialização de energia. A operação marca a entrada da empresa no Estado de MG e envolve atividades de comercialização de energia, nove PCHs e participação na Hidrelétrica de Lajeado. A CPFL Energia é controlada pelos grupos Votorantim e Camargo Corrêa. | A maior parte da dívida da Light com o BNDES foi convertida em ações e, com isso, o banco passou a deter 31,4% do capital da distribuidora de energia. O valor convertido foi de R$ 713 m, sendo que a operação melhora a estrutura de capital e a geração de caixa da Light. Com a entrada do BNDES diminui a participação do controlador da Light, o consórcio Rio Minas, de 79% para 54,2%. E com menor endividamento, a Light já anunciou um aumento em seu plano de investimentos até 2010, que antes era de R$ 1,8 bilhão e passou a R$ 2,6 bilhão, contemplando a construção de mais duas hidrelétricas, a de Paracambi e a de Itaocara. Química e Petroquímica | A Petrobras fechou acordo com o governo boliviano e vai receber US$ 112 m por suas ações nas duas refinarias que controla no País vizinho. Os ativos das unidades e suas dívidas de US$ 30 m serão absorvidos pela estatal YPFB. Os pagamentos previstos serão realizados em dinheiro e não em gás, como inicialmente cogitado. | A Unipar deu mais um passo na reorganização societária da Petroquímica União (PQU) e adquiriu as ações da SEP Empreendimentos Produtivos na empresa. A transação envolveu pagamento de R$ 35,5 m e participação de 7% no controle da PQU. A SEP é a holding dos funcionários da PQU e sua participação não faz parte do bloco de controle da empresa, que é comandada pela própria Unipar, pela Dow Química, Suzano, Ultra e Unigel. | E A Unipar também aprovou investimentos de R$ 93 m para ampliar sua produção de cumeno, matéria-prima para a fabricação de fenol. O produto terá como destino a Rhodia, sendo que a ampliação está prevista para se efetivar no início de 2009. Já a Rhodia irá ampliar sua capacidade produtiva de produtos químicos intermediários até 2008 com investimentos de € 30 m em seu complexo industrial de Paulínia (SP). Serão beneficiadas linhas da cadeia de poliamida utilizados na fabricação de plásticos de engenharia, têxteis e medicamentos, destinadas tanto ao mercado local quanto às exportações. | A Artecola, empresa de Campo Bom (RS), adquiriu as fabricantes de adesivos industriais Artiquim (Chile), Pegamentos Sintéticos (Peru) e Asequim (Argentina). O valor das operações não foi divulgado, mas as novas controladas reforçam as linhas de adesivos para construção civil e consumidor final do grupo gaúcho. A Artecola hoje conta com dez unidades industriais no Brasil e três no exterior (Argentina, Colômbia e México). Mineração e Siderurgia | A Votorantim Metais (VM) anunciou investimento de R$ 385 m para produzir chumbo metálico em Juiz de Fora (MG). O produto é formado por uma liga de prata com ouro e polipropileno e é totalmente importado pelo País. As operações da nova unidade deverão ser inauguradas em 2009. Em Juiz de Fora a VM já está investindo R$ 285 m para produzir índio e ampliar sua produção de zinco. A unidade será a primeira de polimetálicos do Brasil, sendo que a VM atualmente conta com outras unidades em SP, RJ, MG e GO. | E na área siderúrgica, a Votorantim Metais oficializou os planos para a construção de sua segunda unidade de aços longos, que ficará em Resende (RJ). A siderúrgica receberá investimentos de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 850 m numa primeira etapa e R$ 150 m na conclusão. A Votorantim já atua no setor siderúrgico, com uma usina em Barra Mansa (RJ), e recentemente adquiriu 52% da Acerías Paz de Rio, segunda maior siderúrgica da Colômbia. A previsão é de que a nova planta seja inaugurada em 2009. | A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) vai investir US$ 150 m em sua nova mineração de bauxita, no município de Miraí (MG). A expectativa é iniciar a produção no final de outubro. A CBA hoje explora minas em Poços de Caldas e Itamarati de Minas, ambas em MG. Com a nova planta, estas duas unidades que já são exploradas há 50 anos deverão sofrer uma redução de produção. A CBA também conta com projetos para futura exploração de bauxita em Barro Alto (GO) e Paragominas (PA). | A Anglo American, terceira maior mineradora do mundo, adquiriu 49% da Minas-Rio, maior projeto de minério de ferro da MMX. A aquisição vai custar US$ 1,15 bilhão ao grupo sul-africano com sede em Londres. Desse montante, US$ 704 m ficarão com a acionista Centennial Asset Mining Fund e US$ 446 m serão subscritos em ações. O projeto Minas-Rio da MMX envolve um parque integrado (mina-mineroduto-porto) com investimento inicial previsto de R$ 2,35 bilhões. A Anglo American está se reposicionando no mercado mundial e a área de ferro é uma de suas prioridades. O Projeto Minas-Rio deve entrar em operação no final de 2009 e a MMX ainda detém 51% de seu controle. Em uma segunda fase, está previsto que a Anglo American ficará com 50% de seu controle e seus investimentos subirão para US$ 1,9 bilhão. | Depois de incorporar a Caemi em 2006, a Vale do Rio Doce agora também está absorvendo a Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) em seus ativos. A incorporação de 100% da empresa se dará com a compra das participações de grupos japoneses em duas operações paralelas. Numa, a CVRD desembolsará US$ 231 m para absorver as participações da Mitsui, SMI e Sumitomo na holding EBM. Ao mesmo tempo, assinou acordo para usufruto por 30 anos das ações da EBM de propriedade das também japonesas NSC, JFE, Itochu, Marubeni, Mitsubishi, Kobe e Nissin. Neste segundo acordo haverá pagamento imediato de US$ 60,5 m e parcelas anuais US$ 48,1 m. | No âmbito de sua reestruturação societária, a Usiminas realizou uma colocação secundária de ações, cujo valor atingiu R$ 1,8 bilhão. Com ela, tem sequência o acordo firmado entre os acionistas para adequação do bloco de controle da empresa. Os vendedores dos papéis foram a Vale do Rio Doce (aproximadamente três quarto do total) e a Previ. Com a transação, a participação da CVRD na Usiminas reduz-se de 18,2% para 7,5% e a da Previ de 14,9% para 11%. Bens de Capital | A gaúcha Lupatech entrou no segmento de equipamentos e ferramentas para petróleo e gás com a compra da Petroíma, de Simões Filho (BA), e das linhas de usinagem de precisão da Zmach Tecnologia, em Caxias do Sul (RS). O negócio foi fechado por R$ 20 m e, com ele, a Lupatech inaugura sua divisão Oil Tools. Na sequência, a Lupatech também firmou acordo para adquirir a Gasoil por R$ 87 m mais dívidas de R$ 4 m. A Gasoil fabrica equipamentos para a exploração de gás e petróleo e tem sede Macaé (RJ), principal pólo petrolífero do País. Paralelamente, a Lupatech ainda concluiu transação com a Cordoaria São Leopoldo (CSL) envolvendo negócios de cabos para ancoragem de plataformas em águas profundas. Pelo acordo, a Lupatech irá investir R$ 140 m, dos quais R$ 60 m por meio da emissão de novas ações. | A PPE Fios Esmaltados, empresa remanescente da Pirelli Cabos, anunciou sua oferta inicial de ações na bolsa paulista. A empresa foi vendida pela italiana Invex em outubro passado, numa operação de management buy-out, por R$ 95 m. Os então administradores ficaram com 53%, complementados por um grupo de outros investidores. Na operação está prevista uma oferta primária e outra secundária. A PPE Fios Esmaltados produz fios esmaltados, utilizados na indústria automobilística, de utilidades domésticas, de compressores, geradores e transformadores. | A administradora de investimentos NSG Capital, do RJ, anunciou a compra do controle acionário da gaúcha Zamprogna, fabricante de tubos de aço. O valor da transação e o percentual adquirido não foram divulgados. A sede da Zamprogna permanecerá em Porto Alegre, sendo que a empresa hoje possui unidades produtivas em Guarulhos e Campo Limpo Paulista (SP), além de um centro de distribuição em SC. Os principais mercados da empresa são o automotivo, construção civil e indústria moveleira. | A alemã Siemens finalizou investimentos de R$ 200 m para ampliar a capacidade produtiva de sua unidade em Jundiaí (SP). Lá a empresa fabrica transformadores e também irá passar a produzir turbinas a vapor, voltada aos setores de siderurgia, papel e celulose, açúcar e outras. Com a expansão, a fábrica passa a ser a maior planta de transformadores da Siemens na América Latina. | A Indústrias Romi, fabricante de máquinas e equipamentos, captou R$ 482,5 m com sua oferta primária e secundária de ações ordinárias em bolsa. Os investidores estrangeiros ficaram com 44% da colocação total e, com ela, a empresa passa a ter 62% de seus papéis pulverizados no mercado. Os recursos obtidos com a emissão primária (R$ 243 m) serão 70% direcionados a investimentos na divisão de fundidos e usinados, ficando os 30% restantes na área de máquinas-ferramenta. A Romi hoje conta com nove fábricas e sua sede fica em Santa Bárbara D´Oeste (SP). Autopeças | A brasileira Sabó, fabricante de juntas e retentores automotivos, prepara-se para inaugurar uma fábrica nos EUA em julho. Lá estão sendo investidos US$ 10 m para atender a demanda de montadoras. Outros US$ 6 m serão investidos pela empresa para dobrar suas operações na Argentina. Ainda no plano internacional, a Sabó pretende ampliar sua fábrica na Áustria com vistas ao crescimento do mercado alemão e também instalar uma unidade na Hungria, visando a demanda do Leste Europeu. No Brasil a Sabó possui unidades em São Paulo e Mogi Mirim (SP). | A francesa Michelin pretende investir US$ 200 m até o final de 2008 para ampliar sua participação no mercado brasileiro de pneus de carga especial. Neste segmento, além das linhas agrícola e de uso misto, a empresa também pretende desenvolver linhas para o transporte de carga viva, minério de ferro, madeira e cimento. O investimento será na unidade de Campo Grande (RJ). Eletroeletrônicos e Informática | A Metalfrio Solutions, maior fabricante de freezers e refrigeradores da América Latina, adquiriu a mexicana Refrigeración Nieto por US$ 13,5 m, sendo esta sua primeira investida no México. A Refrigeración Nieto possui uma unidade produtiva, atua com as marcas Nieto e Silverfox, e sua incorporação visa atender o mercado local. No Brasil a Metalfrio conta com duas fábricas. A empresa acabou de realizar uma oferta em mercado, na qual foram distribuídos 55% de seu capital. A colocação atingiu valor total de R$ 393,9 m, dos quais cerca de R$ 243 m referentes a emissão primária de ações, recursos estes que serão dirigidos prioritariamente à expansão internacional da empresa. | A taiwanesa BenQ firmou acordo para a venda de sua fábrica de aparelhos celulares no Brasil. O contrato envolve a transferência de ações e o uso da marca, sendo que o seu valor não foi divulgado. A BenQ possui fábrica e centro de pesquisas em Manaus (AM), os quais pertenciam à alemã Siemens até meados de 2006. Na ocasião, a BenQ recebeu € 350 m da Siemens para ficar com sua deficitária divisão mundial de celulares, abrangendo ainda o uso da marca Siemens por cinco anos. | A norte-americana Dell Computadores inaugurou sua nova fábrica em Hortolândia (SP), a qual será responsável pelo abastecimento dos mercados interno e externo. A cidade já abriga as instalações da IBM, possui vantagens logísticas e está próxima do maior mercado consumidor do País. A Dell atua no Brasil desde 1999 e concentrava sua fabricação no RS, onde ainda ficarão o centro administrativo e de atendimento da empresa. O valor do investimento não foi divulgado, mas é estimado em R$ 130 m. | A fornecedora de softwares Datasul comprou a desenvolvedora Próxima por R$ 8 m. A Próxima é especializada no agronegócio, principalmente no setor sucroalcooleiro, e, com ela, a Datasul estabelece uma nova divisão de operações. A Datasul também incorporou a Ilog Tecnologia, empresa focada em educação corporativa e ensino à distância. O negócio foi pequeno, custou R$ 2,5 m, mas é estratégico para a Datasul, que passa a aplicar sua própria plataforma tecnológica na área de ensino à distância. E em uma ação mais agressiva, a empresa de softwares ainda assumiu o controle da paulista YMF Arquitetura Financeira de Negócios. Esta foi a maior aquisição da Datasul desde sua abertura de capital, sendo efetivada por R$ 43,7 m e envolvendo participação de 80% na YMF. Ela marca a entrada efetiva da Datasul no setor de serviços financeiros e gestão de investimentos, sendo que a YMF ficará como subsidiária da Datasul e preservará sua marca própria. Imobiliário | A construtora WTorre e a Iguatemi Empresa de Shopping Centers (IESC) irão construir um novo shopping center vizinho à loja de luxo Daslu. O empreendimento está avaliado em R$ 200 m. O terreno foi adquirido no final de 2006 pela WTorre por R$ 385 m. O próprio prédio da Daslu pertence à WTorre e pode vir a ser incorporado ao novo shopping, cuja inauguração está prevista para 2008. E a IESC também anunciou a aquisição, por R$ 25 m, de 50% do Galleria Shopping, seu concorrente em Campinas (SP). A IESC já possui um Shopping Iguatemi na cidade, que ainda conta com o Shopping D. Pedro do grupo português Sonae Sierra. O Galleria Shopping possui 145 lojas e atende principalmente o público das classes A e B. | A Multiplan retomou seu projeto de abertura de capital e formalizou pedido para uma oferta primária e outra secundária. A empresa esteve próxima de efetivar sua oferta secundária de ações no ano passado, mas turbulências a fizeram substituir a operação pela entrada do fundo Cadillac Fairview em seu capital (30%). A Multiplan possui ampla atuação no setor imobiliário, em especial na área de shopping center, onde administra o Shopping Ibirapuera e o Morumbi Shopping (SP), o BarraShopping (RJ) e o BH Shopping (MG). Suas aquisições mais recentes foram as participações da Líder Aviação (65,19%) e da Gilpar (18%) no Pátio Savassi, shopping center de Belo Horizonte (MG), por valor não foi divulgado. O Pátio Savassi conta com 130 lojas e concorre com o Diamond Mall, outro shopping centers da Multiplan em BH. | O fundo Gávea Investiments assumiu uma participação de 23,5% na administradora de shopping centers Aliansce. A Aliansce nasceu da associação entre o Nacional Iguatemi e a norte-americana General Growth Properties (GGP). O valor da transação não foi divulgado, mas ela consiste em aumento de capital e venda de ações. Com a operação, a GGP ficará com 50% da Aliansce, a Gávea 23,5% e a Nacional Iguatemi os 26,5% restantes. A Aliansce hoje administra 15 shoppings, com participação direta em oito, além de outros dois em construção. A empresa aguarda autorização para abrir seu capital e realizar uma oferta primária de ações. | A BR Malls, empresa do setor de shopping center controlada pela GP Investimentos, anunciou a compra da Patrimonial Industrial IV, que possui participações acionárias em quatro shopping centers no País. Com a operação, a BR Malls torna-se a maior companhia do setor no Brasil, ultrapassando a Multiplan e a Iguatemi. Agora ela detém participação em 16 shopping centers. A Patrimonial possui 8,5% do Shopping Piracicaba (SP), 12,2% do Iguatemi de Belém (PA), 11,1% do Amazonas Shopping (AM) e 16,6% do Iguatemi de Maceió (AL). E depois da Patrimóvel, a BR Malls ainda assumiu 17,6% do Iguatemi de Maceió (AL). As ações pertenciam ao Fundo Petros (Petrobras) e custaram R$ 14,6 m. E em SP assumiu o Shopping Tamboré, de Barueri, o que consolidou sua posição de líder do setor. O Tamboré possui 160 lojas, sendo dez âncoras, e o valor de sua aquisição não foi divulgado. | A JHSF Participações captou R$ 376 m com sua abertura de capital na Bovespa. A oferta baseou-se apenas na emissão primária de ações e pode ser acrescida de mais R$ 56 m com o lote suplementar. A colocação representa 11,9% do capital da JHSF e, do montante arrecadado, R$ 220,5 m serão utilizados no abatimento de dívidas da empresa. A empresa possui atuação focada no mercado residencial de alto padrão em São Paulo e controla o mega-empreendimento Cidade Jardim. | A PDG Realty, controlada pelo Banco Pactual, ampliou de 40% para 50% sua participação na construtora carioca CHL. A participação inicial foi comprada em fevereiro por R$ 48 m e a parcela adicional custou mais R$ 28,8 m, pagos com ações da PDG. A CHL atua no mercado de alta renda, mas seus novos projetos têm sido destinados ao público de menor poder aquisitivo. A PDG Realty também ampliou sua participação na incorporadora paulista Goldfarb, especializada em imóveis de baixa renda. A PDG já detinha 49% das ações da empresa desde o início de 2006 e agora ficou com 70% de seu controle. O negócio visa capitalizar a Goldfarb, que recentemente desistiu de abrir seu capital em bolsa. A transação teve valor de R$ 150 m, sendo metade em ações. Além das participações na CHL e na Goldfarb, a PDG também conta com 17% da Cindencorp e 100% da Cepisa. Transportes e Logística | A norte-americana Penske e a belga ABX firmaram joint venture no Brasil para prestar serviços logísticos. As duas sócias já atuam conjuntamente neste segmento no resto do mundo, mas a criação de uma empresa própria é inédita. A nova ABX-Penske Air & Sea irá oferecer fretes marítimo, aéreo e rodoviário internacional, sendo que a Penske fará a logística interna e a ABX fará o frete aéreo e marítimo internacional. | O fundo Logística Brasil, administrado pela GP Investimentos, adquiriu uma participação de 40% na Portinvest, holding controladora do Porto de Itapoá, em SC. O porto é uma parceria entre o grupo Battistella (70%) e a Aliança Navegação/Hamburg Süd (30%). Ele receberá investimentos de R$ 320 m e será inaugurado em 2008. A participação no projeto foi vendida pela Battistella e o valor da transação com a Logística Brasil não foi divulgado. | A Log-In Logística Intermodal, subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce, iniciou sua oferta primária e secundária de ações ordinárias. A operação envolve 60% do capital da empresa, sendo que a Vale ainda pretende manter participação de 40%. O valor da operação pode atingir R$ 1 bilhão. Na Log-In Logística a Vale concentrou suas operações intermodais de cargas conteinerizadas em todo o Mercosul. Além de navios, a empresa conta com um terminal de contêineres em Vila Velha (ES) e três terminais multimodais (Casa Branca-SP, Uberlândia-MG e Camaçari-BA). | A MRS Logística tem planos de investir US$ 1 bilhão até 2010, dos quais US$ 350 somente neste ano de 2007. O aporte visa ampliar sua frota com cerca de 1000 novos vagões e 20 novas locomotivas por ano. Também contempla melhorias na malha permanente, como no acesso ao Porto de Santos, assim como investimentos em tecnologia. | A Triunfo Participações e Investimentos (TPI), empresa do setor de concessões rodoviárias, portos e geração energética, vai realizar uma oferta primária e secundária de ações. A TPI é a quarta maior concessionária de rodovias do País, sendo que hoje ela detém participações na Concepa, Concer, Ecosul e Econorte. Parte dos recursos esperados de sua oferta primária será utilizada no pagamento de dívidas e parte destinada à Portonave, operadora que atua no Porto de Navegantes (SC). Serviços Diversos | A Anhangüera Educacional anunciou a incorporação da Faculdade Integração Zona Oeste (Fizo), de Osasco (SP). A operação foi fechada por R$ 35,6 m. Esta é a terceira aquisição da Anhangüera neste ano, em sequência à compra do Centro Universitário Ibero-Americano (São Paulo) e da Faculdade Fênix (Bauru). Do montante pago, R$ 18,2 m referem-se à compra da Fizo e R$ 17,4 m à aquisição de imóveis. A Anhangüera abriu seu capital em março e captou R$ 360 m com sua oferta primária de ações. | O UBS Pactual adquiriu uma participação de 30% na Faculdades Nordeste (Fanor), de Fortaleza (CE). A compra foi realizada por meio de dois fundos de investimento e, com o aporte obtido, a Fanor pretende incorporar outras escolas na Região Nordeste e formar uma rede de faculdades naquela região. O valor da transação não foi divulgado. | A mexicana CIE está vendendo seus negócios no Brasil, Argentina e Chile para um grupo de investidores, dentre os quais a Gávea Investimentos e administradores da própria empresa de entretenimento. A transação abrange a participação de majoritária da CIE nos negócios e seu valor é de aproximadamente US$ 150 m. Ao seu final, a CIE ainda ficará com 24% das atividades. O objetivo da empresa é concentrar-se no México, onde pretende reduzir seu nível de endividamento. No Brasil a CIE controlava as casas de show Credicard Hall, Citibank Hall e Teatro Abril. Financeiro | O grupo Itaú adquiriu a carteira de private banking do ABN Amro em Miami (EUA) e em Montevidéu (Uruguai), tornando-se o terceiro maior do segmento na América Latina. A operação foi realizada por meio da holding Itaúsa, que pagou US$ 150 m pelos ativos de private banking internacional de clientes latinoamericanos nas duas unidades. | A oferta pública de ações do Banco Sofisa, segundo banco médio a chegar na Bovespa, movimentou R$ 504,5 m. Foram realizadas uma emissão primária e uma distribuição secundária de papéis preferenciais. A captação do banco na oferta primária foi de aproximadamente R$ 490 m, que serão destinados à expansão da carteira de crédito para pessoas jurídicas. O Sofisa passa a ter 72% de suas ações preferenciais no mercado, mas seu free float geral é de 25%. | O banco ABC Brasil planeja abrir seu capital em bolsa e é o primeiro banco estrangeiro de médio porte a anunciar seu IPO no País. O ABC é controlado pelo Arab Banking Corporation com 84% de participação por meio da Marsau Uruguay. Sua operação prevê uma emissão primária e uma oferta secundária. O ABC Brasil possui ativos de R$ 3,8 bilhões e patrimônio líquido de R$ 438,7 m. | O Banco Patagônia, de capital argentino, formalizou seu pedido de abertura de capital na Bovespa. É a primeira vez que uma instituição sem operações no País decide oferecer ações e negociar seus papéis no mercado local. O Patagônia é o sexto maior banco da Argentina e sua oferta prevê uma colocação primária e outra secundária. A operação também ocorrerá no mercado argentino. | O Daycoval anunciou a intenção de abrir capital em bolsa e já protocolou seu pedido. Sua atuação prioriza o crédito para pequenas e médias empresas e a instituição possui patrimônio líquido de R$ 497 m. E o Banco Indusval Multistock (BIM) também entrou com pedido de abertura de capital e pretende realizar uma oferta pública de ações. A intenção do BIM é fazer uma emissão primária e vender papéis também no mercado secundário. Seu patrimônio líquido atual é de R$ 158 m e ele atua focado no middle market. | A Porto Seguro, terceira maior seguradora do país, anunciou investimentos de R$ 120 m até 2010 para ampliar suas operações. Dentre os projetos destaca-se a construção de um novo centro de processamento de dados (CPD) em São Paulo e sua expansão para outras regiões. Atualmente a Porto Seguro possui 130 sucursais e escritórios. Diversos | A Hypermarcas está adquirindo a DM Farmacêutica, detentora de conhecidos produtos de consumo como Doril, Monange, Cenoura & Bronze, Vitasay, Engov e Zero-Cal. O valor da operação é estimado em US$ 650 m e parte do pagamento deverá ser à vista, com recursos oriundos da venda de 25% do seu próprio capital para investidores mexicanos. Esta operação ocorreu paralelamente à incorporação da DM e foi fechada por US$ 250 m. A DM possui fábrica em Barueri (SP), mas o imóvel não entrou na transação. A Hypermarcas foi formalizada em fevereiro e conta com cinco unidades de negócio: Alimentos (Etti, Salsaretti e PuroPurê); Higiene e Limpeza (Assolan, Assim e Sim); Higiene Pessoal (Xampus Éh!); Produtos Químicos (Mat Inset); e Produtos de Saúde (Finn). A intenção da empresa é abrir seu capital em bolsa até setembro deste ano. | A têxtil francesa Vivalin vai investir R$ 70 m para construir uma fábrica de tecidos de linho e poliéster em PE. A Vivalin é a segunda maior fabricante mundial de tecidos de linho. No Brasil, em 2004 ela adquiriu a Braspérola e em outubro de 2006 iniciou a produção de fios e tecidos de linho e algodão da Vivabrás, com investimentos de R$ 100 m também em PE. | A espanhola Telefónica e diversos bancos italianos uniram-se para comprar por € 4,1 bilhões a Olímpia, detentora de 18% do capital votante da Telecom Italia (TI), que, por sua vez, controla 81,2% das ações ordinárias da TIM Brasil. A Olímpia pertencia à Pirelli e sua participação na TI integrará uma nova holding, a Telco, que, com 23,6% de participação controlará a TI. A Telefónica terá 42,3% da Telco e não participará da gerência operacional da TI. Mas poderá interferir em questões societárias, o que dificulta uma eventual venda da TIM Brasil para a Claro, da mexicana América Móvil. A TIM é a segunda maior empresa de telefonia celular no Brasil. Vale lembrar que a Telefónica também negocia a aquisição dos 50% que a Portugal Telecom detém na Vivo, empresa líder no setor, o que, se concretizado, deixará 54% do mercado de telefonia móvel no País sob controle da operadora espanhola. A BRASILPAR possui mais de 25 anos de experiência em assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria em compra, venda e associações entre empresas; atração de sócios e levantamento de capital para projetos e empresas; desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica; assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento financeiro e estratégico em geral. Alberto Ortenblad Filho [email protected] Daniel Chama Baldin [email protected] Jorge Troyko [email protected] Luis Fernando Amatti Salem [email protected] Luiz Eduardo do Amaral Costa [email protected] Luiz Guerreiro [email protected] Luiz Roberto Carvalho Pereira [email protected] Marco Antonio dos Reis Serra [email protected] Maurício Salton Daniel [email protected] Paulo Vasquez Varela [email protected] Tom Waslander [email protected] Urgel Esteves [email protected] Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar 04543-000 - São Paulo - SP Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288 www.brasilpar.com.br O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar Serviços Financeiros. Diretores Responsáveis: Marco Antonio Serra e Alberto Ortenblad Filho. O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas previsões. Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se responsabiliza pela veracidade das informações. Não é permitida a reprodução sem autorização da Brasilpar. A Brasilpar respeita a sua privacidade e é contra o SPAM.
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