Newsletter 89

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Newsletter 89
Agroindústria
Alimentos
Bebidas
Comércio
Farmacêuticos e Saúde
Madeira e Papel
Materiais de Construção
Energia
Química e Petroquímica
Mineração e Siderurgia
Bens de Capital
Autopeças
Eletroeletrônicos e Informática
Imobiliário
Transportes e Logística
Serviços Diversos
Financeiro
Diversos
Ambiente Macroeconômico e de Investimentos
A maior repercussão da baixa dos juros sobre a atividade produtiva
e, sobretudo, a confiança geral de que o País seja reconhecido como
investment grade pelas agências internacionais de risco marcaram o
ambiente macroeconômico destas últimas semanas. E a
consequência mais visível disso tem sido a valorização cambial que,
apesar de refletir o positivo ambiente para a continuidade dos fluxos
financeiros externos, traz alguma preocupação do ponto de vista dos
fluxos comerciais.
Com relação aos investimentos físicos, o cenário geral também segue
favorável. É verdade que poderia ser bem mais robusto, se contasse
com uma configuração tributária mais adequada ou com um ritmo de
crescimento econômico mais expressivo. Mas ainda assim percebe-se
a execução de vários projetos de envergadura, mesmo porque o
momento atual é de grande fartura nas fontes de financiamentos,
como se vê, por exemplo, nas capitalizações via bolsa de valores.
Mas é a expansão por meio de fusões e aquisições que tem tido
maior destaque no noticiário empresarial recente. Tal movimento há
tempos vem se fortalecendo e, cada vez mais, conta com a investida
de fundos e empresas com sede no exterior. Porém, também aqui se
vê reflexos do maciço volume de IPO´s e de outras operações em
mercado aberto recentemente executadas por empresas de capital
nacional.
CENÁRIO ECONÔMICO
2004
2005
2006
2007*
2008*
PIB (PM) - Var %
5.7
2.9
3.7
4.2
4.0
Inflação IPCA - Var %
7.6
5.7
3.1
3.5
4.0
2.654
2.341
2.138
2.00
2.05
Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano
16.2
19.0
15.1
11.8
10.4
Dívida Pública - % PIB
47.0
46.5
44.9
43.9
42.0
Saldo Comercial - US$ Bilhões
33.6
44.7
46.1
42.0
36.1
Trans. Corrente - US$ Bilhões
11.7
14.0
13.3
9.1
5.0
Investimentos Diretos - US$ Bilhões
18.1
15.1
18.8
20.0
20.0
Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano
* Fonte: Relatório de Mercado - Banco Central do Brasil - 25/05/2007
Agroindústria
| A Sucral, consultoria da área de açúcar e álcool, e a
Greentech, empresa dedicada a projetos de energia limpa, vão
investir R$ 450 m em duas usinas de álcool no MS. As unidades
serão construídas nas cidades de Selvíria e Inocência. O início
das operações está previsto para a safra 2010/11 e cada sócia
terá participação de 50% nas novas usinas, que produzirão álcool
anidro para o mercado externo.
| O grupo Bertin, segundo maior frigorífico de carne bovina do
País, anunciou investimentos de R$ 330 m em uma usina de
álcool em Dourados, MS. A unidade entrará em operação na safra
2009/10. O negócio reforça a posição do Bertin no setor de
energia, sendo que o frigorífico hoje possui uma pequena central
hidrelétrica (PCH) e duas em construção, além de uma planta de
biodiesel prestes a ser inaugurada. Dos R$ 330 m a serem
investidos na usina, R$ 130 m serão destinados à área agrícola.
| A norueguesa Yara, que no Brasil já incorporou a Adubos
Trevo e a Fertibrás, confirmou investimentos de US$ 50 m nos
próximos três anos para ampliar sua fábrica em Rio Grande (RS).
Com a Fertibrás, a Yara melhorou sua penetração regional e
tornou-se vice-líder na produção local de fertilizantes finais.
Além da expansão da unidade gaúcha, a Yara ainda deve
inaugurar outra misturadora em Paranaguá (PR) neste ano.
| O grupo Cosan, maior companhia de açúcar e álcool do País,
com 17 usinas, pretende investir US$ 1,7 bilhão nos próximos
quatro anos. Deste montante, US$ 650 m serão destinados à
construção de três usinas em GO. Na co-geração de energia
serão aportados US$ 448 m e outros US$ 501 m serão
destinados à ampliação das usinas já existentes. As três novas
unidades, as primeiras fora de SP, serão construídas nas cidades
de Jataí, Montividiu e Paraúna. Paralelamente, o grupo Cosan
também anunciou a aquisição da Usina Santa Luiza, em Motuca
(SP), em parceria com a São Martinho e com a Santa Cruz. A
compra foi por meio da Etanol Participações e seu valor foi de
R$ 179 m, além de dívidas de R$ 40 m.
| O Grupo Nova América, proprietário da marca União, líder no
mercado de açúcar do País, formalizou seu pedido para abertura
de capital. Com isso, a Nova América pode tornar-se a terceira
empresa de açúcar e álcool a emitir ações em bolsa, depois das
paulistas Cosan e São Martinho. A Nova América possui sede
em Tarumã (SP) e hoje conta com duas usinas em SP.
Recentemente anunciou investimentos de R$ 1 bilhão para
construir mais duas unidades no MS.
| A SLC Agrícola prevê captar R$ 292 m com sua oferta pública
primária de ações ordinárias. A operação será concluída em
meados de junho e os controladores da empresa também
realizarão uma oferta secundária no valor estimado de R$ 113
m. Após as colocações, a participação dos atuais acionistas
controladores da empresa deve se reduzir de 100% para 66%.
Atualmente a SCL possui nove fazendas em seis Estados em com
os novos recursos pretende adquirir terras e maquinário.
| A Brazil Renewable Energy Company (Brenco), empresa
formado por investidores locais e estrangeiros, tem planos de
investir US$ 2 bilhões para instalar dez destilarias de álcool no
Brasil. Diferentemente das demais usinas do setor, que
trabalham com açúcar e álcool, a Brenco atuará exclusivamente
na produção de álcool. Já foram anunciadas quatro unidades com
início de produção em 2009, sendo duas em Mineiros (GO), uma
em Perolândia (GO) e outra em Alto Taquari (MT).
| A Bunge Fertilizantes anunciou a criação de uma joint
venture no Marrocos com a estatal local Office Cherifien des
Phosphates (OCP). A nova empresa foi batizada de Bunge
Maroc Phosphore e irá contar com uma fábrica já a partir de
meados de 2008. Os investimentos na unidade chegarão a US$
350 m, sendo que ela começou a ser erguida pela OCP antes da
sociedade. O plano internacional da Bunge Fertilizantes
também contempla um aporte de US$ 30 m em uma unidade de
superfosfato na Argentina.
| A Vetbrands do Brasil, empresa formada a partir da divisão
de saúde animal da Agribrands Purina, está construindo sua
segunda fábrica em Paulínia (SP) com investimentos de R$ 13 m
e já estuda aplicar mais R$ 20 m. O objetivo é entrar no
segmento de vacinas, principalmente para o mercado de animais
de estimação. A produção das vacinas será feita por uma
empresa terceirizada. A Vetbrands possui sede em Jacareí (SP).
Alimentos
| O Marfrig confirmou a aquisição de seu terceiro frigorífico no
Uruguai, o La Caballada, tornando-se com isso o maior
frigorífico e exportador de carne bovina daquele País. Lá o
Marfrig já controla o Tacuarembó e o Elbio Perez Rodriguez,
sendo que a nova aquisição tem valor estimado de US$ 26 m. No
Brasil o Marfrig conta com nove plantas de abate e é o terceiro
maior do mercado, atrás do JBS/Friboi e do Bertin. Também
possui unidade na Argentina, o ABP, e joint venture com a
chilena Quinto Cuarto. Atualmente o Marfrig aguarda
autorização para sua abertura de capital em bolsa.
| A J&F Participações, empresa controladora da JBS-Friboi,
anunciou a aquisição da norte-americana Swift Foods Company
por US$ 1,4 bilhão. A Swift pertencia à HM Capital Partners e,
com ela, a J&F torna-se a maior empresa de carne bovina do
mundo, com receitas estimadas de US$ 11,5 bilhões e à frente de
gigantes como Tyson e Cargill. Nos EUA a aquisição abrange
quatro abatedouros de bovinos e três de suínos, uma unidade de
pratos prontos e um curtume, além dos ativos que possui na
Austrália. No Brasil a JBS-Friboi é líder do setor bovino e nos
EUA a Swift é a terceira maior em carnes bovina e suína.
Internamente a JBS também adquiriu a unidade de abate bovino
do frigorífico Garantia em Maringá (PR). O Garantia pertencia
ao Grupo Torlim e deverá ser ampliado e modernizado. Com
esta unidade, a JBS-Friboi passa a contar com 20 plantas de
abate no Brasil.
| O frigorífico paulista Independência anunciou a aquisição da
Goiás Carne, empresa do grupo goiano Otávio Lage. O valor da
operação não foi divulgado, mas é estimado pelo mercado em
aproximadamente US$ 45 m. A Goiás Carne está sediada em
Senador Canedo (GO) e com a incorporação o Independência
visa diversificar sua atuação territorial. O Independência é o
quinto maior exportador brasileiro de carne bovina.
| A Cooperativa Central de Laticínios de São Paulo (CCL),
que já foi uma das maiores empresas de lácteos do País, está
arrendando suas unidades industriais de Itumbiara (GO) e São
Paulo (SP) para a gaúcha Avipal, que atua com a marca Elegê.
A CCL, conhecida pela marca Paulista, enfrenta dificuldades
financeiras desde meados de 2005 e vem buscando atuar por
meio de parcerias. Com as novas unidades e a maior produção de
leite longa vida, leite em pó e manteiga, a Elegê deve subir para
o segundo lugar no ranking da captação leiteira.
| A cearense Ducoco, fabricante de água de coco, está
inaugurando uma nova unidade em Linhares (ES), na qual foram
feitos investimentos de R$ 25 m. A fábrica substitui a produção
realizada em São Paulo até o ano passado e irá utilizar coco
produzido nas fazendas de Itapipoca, CE. A Ducoco atualmente
detém cerca de 20% do mercado de águas de coco e 40% do
segmento de derivados.
| A Perdigão está finalizando a aquisição da Plusfood,
processadora holandesa de carne com forte presença no mercado
europeu de refeições coletivas (food service). A transação é
estimada em € 30 m. A Plusfood pertence à Cebeco Group,
holding de cooperativas da Holanda que conta com mais de 200
subsidiárias em cerca de cem países. A Plusfood possui fábricas
na Holanda, Reino Unido e Romênia.
Bebidas
| A Inab, empresa de bebidas criada em 2005 a partir da
Cervejaria Sul Brasileira, estuda construir duas novas unidades
industriais, sendo uma em Joinville (SC) e outra em Piripiri (PI).
A Inab tem sede em Toledo (PR) e hoje conta com quatro
plantas: Santa Maria (RS), Toledo (PR), Recife (PE) e Goiânia
(GO). As novas unidades terão médio porte e cada uma deverá
receber investimentos entre R$ 60 m e R$ 80 m. Elas visam
reduzir custos logísticos e a planta piauiensa já possui
cronograma de obras, estando sua inauguração prevista para
2008.
| A Coca-Cola Company e seus 17 franqueados no Brasil estão
organizando uma nova empresa na forma de joint venture para
atuar na área de não-carbonatados. Cada parte terá metade da
nova companhia, que cuidará das marcas Mais, Kapo, Nestea,
Burn e, no futuro, também da Del Valle e da Matte Leão,
últimas aquisições feitas pela Coca-Cola. Pelo acordo a
Coca-Cola fará o marketing, desenvolvimento de marcas e
controle de qualidade, enquanto seus franqueados atuarão
independentemente na produção e distribuição dos produtos. Os
ativos incorporados pela Coca-Cola no País serão todos
repassados aos franqueados.
| O Grupo Schincariol comprou a Indústria de Bebidas
Igarassu (IBI), que fica em Recife (PE). O valor do negócio não
foi divulgado, mas foi o maior do grupo em 2007. A IBI atua com
a marca Nobel e permitirá à Schincariol avançar no mercado
premium da Região Nordeste, em especial nos mercados de PE e
BA, onde a empresa paulista já possui forte presença.
Comércio
| A Investidor Profissional (IP) adquiriu 10,5% de
participação no capital total da Globex e agora passa a deter
14,2% da controladora da rede varejista Ponto Frio. A aquisição
foi por meio do fundo de investimentos Gibraltar, que tem como
co-investidor a Farallon Capital Management. O valor da
transação não foi divulgado. A rede Ponto Frio é a segunda
maior no varejo de eletroeletrônicos e móveis do País, ficando
atrás apenas da Casas Bahia.
| A rede norte-americana de fast food McDonald’s anunciou a
venda de 1,6 mil restaurantes na América Latina para um de
seus franqueados na Argentina, a Restco Iberoamericana, que
passará a se chamar Arcos Dorados. O negócio de US$ 700 m
envolve acordo de licenciamento por 20 anos. A intenção do
McDonald's é passar a operar apenas com licenças, recebendo
royalties. Das 1,6 mil lojas envolvidas, 544 ficam no Brasil. A
compra conta com a participação da Gávea Investimentos, da
Capital International e da DLJ South American Partners,
sendo que estão previstos investimentos de US$ 300 m na rede
ao longo dos próximos três anos, com foco em Brasil, México,
Colômbia e Venezuela.
| O grupo francês Carrefour anunciou a compra da rede
brasileira de supermercados Atacadão por € 825 m (US$ 1,121
bilhão). O Atacadão é a maior rede de desconto de varejo do
Brasil, operando 34 lojas em todo o País, das quais 17 em São
Paulo. Com a transação, o Carrefour Brasil recupera a liderança
no ranking de supermercados no País, perdido em 2000 para o
Pão de Açúcar, além de consolidar sua posição no mercado
paulista. O pagamento será em dinheiro e a marca Atacadão
deverá ser mantida pelo Carrefour. O Carrefour também
anunciou investimentos de R$ 100 m para construir três novos
hipermercados no RS. Um ficará em Gravataí e outro em Santa
Maria, sendo que a terceira unidade ainda não teve seu local
definido.
| O Wal-Mart vai ampliar seus investimentos no RS, onde
pretende inaugurar quatro novas lojas neste ano. Com isso, os
investimentos inicialmente previstos em R$ 155 m passarão a R$
200 m, o que inclui a reforma de 20 dos 91 pontos de vendas
locais. Na Região Sul a intenção do Wal-Mart também é
estender a atuação de seu bandeira de atacado Sam's Club e de
suas lojas de vizinhança Todo Dia. Das novas unidades previstas
no RS, duas terão a bandeira BIG, uma será da rede Nacional e
uma da rede de atacado Maxxi. Em todo o País os investimentos
da rede norte-americana devem chegar a R$ 1 bilhão neste ano,
o que inclui a abertura de 28 novas unidades.
| A rede Magazine Luiza vai realizar neste ano o maior plano de
expansão orgânica de sua história, com a abertura de 60 novas
unidades. O crescimento não prevê a entrada da empresa em
novos Estados, sendo que hoje ela atua em SP, MG, PR, MS, GO,
RS e SC. Um dos principais focos do investimento será Belo
Horizonte (MG), cuja região metropolitana receberá dez
unidades. O Estado de São Paulo ficará com outras 15 lojas.
| A varejista fluminense Leader pretende estender suas
atividades para a Região Nordeste. Até 2010 está prevista a
abertura de 30 lojas, das quais 18 no Nordeste, 5 em MG e 7 no
RJ. Com isso a rede deverá atingir 61 unidades no País.
Especificamente em 2007 serão dez novas lojas, com
investimento de R$ 40 m. A Leader não descarta a aquisição de
redes locais.
| A francesa Leroy Merlin está investindo cerca de R$ 70 m na
expansão de sua rede no Brasil. A empresa acaba de inaugurar
uma loja em São Paulo e no segundo semestre deverá inaugurar
outra no Rio de Janeiro. Com estas, sobe para 15 lojas a rede
local da revenda de materiais de construção. Até hoje o
crescimento da Leroy Merlin no País tem sido orgânico, mas a
empresa não descarta futuras aquisições de concorrentes.
Farmacêuticos e Saúde
| A dinamarquesa Novo Nordisk, líder mundial em
medicamentos para diabetes, inaugurou sua maior fábrica de
insulinas na América Latina, a unidade de Montes Claros (MG).
Nela foram investidos US$ 200 m. De sua produção total, cerca
de 95% deverá ser exportada para mercados como Alemanha,
Austrália, Inglaterra, Irlanda do Norte, Austrália, Nova Zelândia
e Canadá. Além da unidade recém-inaugurada, a Novo Nordisk
também vai investir outros US$ 50 m para produzir canetas
aplicadoras de insulina, linha que deverá ser inaugurada em
2009.
| O laboratório EMS concluiu a expansão de sua fábrica de
medicamentos sólidos em Hortolândia (SP), onde foram
investidos US$ 50 m. A unidade teve sua capacidade produtiva
triplicada no prazo de dois anos. Além dela, o EMS também conta
com uma planta em São Bernardo do Campo (SP), onde produz
antibióticos.
| O Laboratórios Fleury procedeu uma reestruturação
operacional e está incorporando a subsidiária NKB, criada em
2001 para absorver laboratórios menores nos mercados em que o
grupo não atuava. Até 2006 foram 101 unidades de 15 diferentes
marcas diferentes. O Fleury é o principal acionista da NKB, com
66,6% de seu capital. Paralelamente, foram instituídas três
unidades de negócios: medicina diagnóstica, hospital-dia e gestão
de saúde. A intenção do Fleury é incrementar suas atividades
nas duas últimas áreas.
| A Diagnósticos da América (Dasa), maior empresa de
diagnósticos médicos do país, anunciou a aquisição do laboratório
de análises clínicas Exame, de Brasília (DF). O valor da
transação foi de R$ 56 m. O Exame possui 13 unidades e é o
segundo maior de Brasília. Esta foi a nona aquisição da Dasa
desde que a empresa abriu seu capital em 2004.
| A Cremer, distribuidora de produtos médico-hospitalares,
efetivou sua oferta primária e secundária de ações na bolsa. Ao
todo, a operação movimentou R$ 551,6 m, sendo que os recursos
entrantes na empresa serão direcionados a sua expansão e
quitação de dívidas. Os investidores estrangeiros ficaram com
cerca de 75% da colocação.
| A Tempo Participações, proprietária da operadora de planos
Gama Odonto, adquiriu a carteira de clientes da Associl. Com
isso, a Gama sobe da oitava para a quinta posição no ranking do
setor de planos odontológicos. O valor do negócio não foi
divulgado. A Tempo é uma holding de seguros e serviços
médicos que conta com a GP Investimentos entre seus
acionistas.
Madeira e Papel
| A Sepac, empresa de papel higiênico, guardanapos e papel
toalha com sede em Mallet (PR), tem planos de investir R$ 100 m
para duplicar sua capacidade produtiva e instalar uma unidade
geradora de energia por biomassa. A expansão fabril ficará com
R$ 60 m e tem conclusão prevista para o primeiro semestre de
2008. A unidade energética exigirá R$ 40 m e utilizará resíduos
da produção florestal da empresa.
| A Votorantim Celulose e Papel (VCP) vai aumentar seus
investimentos em 2007, os quais chegarão a R$ 785 m. O
objetivo é ampliar sua base florestal, principalmente em Três
Lagoas (MS), onde, até 2009, irá erguer uma nova fábrica de
celulose. Dos R$ 785 m, a base florestal ficará com R$ 459 m,
sendo R$ 236 m para Três Lagoas.
| A paranaense Sudati irá investir R$ 70 m em Otacílio Costa
(SC) para produzir MDF, placa de madeira utilizada na fabricação
de móveis. Esta será sua primeira investida naquele Estado e
também será a primeira planta de MDF em Santa Catarina. A
também paranaense Guararapes tem planos semelhantes e
pretendendo investir R$ 60 m em uma fábrica do produto no
município de Caçador. A Guararapes já possui uma fábrica de
compensados de pinus no município de Santa Cecília. Ambas as
empresas têm sede em Palmas (PR), sendo que a Sudati hoje
opera com seis unidades e a Guararapes com duas.
Materiais de Construção
| A Amanco, uma das líderes mundiais no setor de tubos e
conexões, anunciou a aquisição da Tinabras, fabricante de
caixas d'água de polietileno que possui unidades fabris em SP e
GO. A empresa também anunciou que outras aquisições
relacionadas ao controle hidráulico deverão ser efetivadas neste
ano. Desde fevereiro a Amanco está sob controle da mexicana
Mexichem.
| A Medabil está construindo uma fábrica em Angola em parceria
com a empresa local Gema Iogo. Os investimentos somam US$
20 m e a Medabil terá participação de 51%. A unidade, a
primeira do grupo gaúcho fora do Brasil, irá fabricar coberturas
metálicas para a construção civil. A Medabil prepara-se para
abrir capital ainda neste ano e seu plano de investimentos chega
a US$ 100 m em três anos, o que contempla uma unidade
também na Argentina, além de expansões da matriz de Nova
Bassano (RS) e de novas unidades no Sudeste e em Recife (PE).
Energia
| A australiana Pacific Hydro, que em fevereiro incorporou um
projeto eólico da alemã Renergys na PB, tem planos de investir
US$ 600 m no Brasil num prazo de três a cinco anos. O
empreendimento incorporado chama-se Millennium e será
inaugurado em outubro com investimentos de R$ 54 m. A
Pacific Hydro também possui 80% de um outro projeto eólico
na Paraíba, investimento de R$ 175 m em parceria com a
brasileira Bioenergy. A Pacific Hydro é controlada pelo fundo
de pensão australiano IFM.
| A Energias do Brasil, controlada pela portuguesa EDP,
incorporou a Diferencial Energia, que possui direitos para a
implantação de uma usina térmica a carvão mineral em São Luís
(MA). O projeto vai demanda investimentos de US$ 450 m. Para
ficar com a Diferencial, a Energias do Brasil irá desembolsar
R$ 20 m. A previsão é de que a nova unidade leve quatro anos
para ser construída.
| A hispano-brasileira Naturoil Combustíveis Renováveis está
construindo uma unidade de biodiesel em Ourinhos, SP. Os
aportes são de R$ 110 m e a planta começará a operar em
meados de 2008. Numa segunda fase, a Naturoil tem planos de
investir mais R$ 400 m para elevar sua produção de biodiesel, o
que também envolve plantio e esmagamento de soja. A empresa
é controlada pela Enercon (20%) e pela espanhola Bionor
(80%).
| O grupo Brasilinvest e a Caramuru fecharam acordo para
instalar duas usinas de biodiesel em Maracaju, MS. O
investimento será de R$ 410 m e a construção da primeira
unidade será iniciada em junho. Ela deverá ser concluída em
2008, sendo que a segunda unidade está prevista para entrar em
operação em 2010. As duas empresas terão igual participação e
controle nas operações.
| Em sua quarta aquisição no período de um ano, a CPFL
incorporou os ativos da norte-americana CMS Energy no Brasil
por US$ 211 m. A holding CPFL Energia controla atividades de
distribuição, geração e comercialização de energia. A operação
marca a entrada da empresa no Estado de MG e envolve
atividades de comercialização de energia, nove PCHs e
participação na Hidrelétrica de Lajeado. A CPFL Energia é
controlada pelos grupos Votorantim e Camargo Corrêa.
| A maior parte da dívida da Light com o BNDES foi convertida
em ações e, com isso, o banco passou a deter 31,4% do capital
da distribuidora de energia. O valor convertido foi de R$ 713 m,
sendo que a operação melhora a estrutura de capital e a geração
de caixa da Light. Com a entrada do BNDES diminui a
participação do controlador da Light, o consórcio Rio Minas, de
79% para 54,2%. E com menor endividamento, a Light já
anunciou um aumento em seu plano de investimentos até 2010,
que antes era de R$ 1,8 bilhão e passou a R$ 2,6 bilhão,
contemplando a construção de mais duas hidrelétricas, a de
Paracambi e a de Itaocara.
Química e Petroquímica
| A Petrobras fechou acordo com o governo boliviano e vai
receber US$ 112 m por suas ações nas duas refinarias que
controla no País vizinho. Os ativos das unidades e suas dívidas de
US$ 30 m serão absorvidos pela estatal YPFB. Os pagamentos
previstos serão realizados em dinheiro e não em gás, como
inicialmente cogitado.
| A Unipar deu mais um passo na reorganização societária da
Petroquímica União (PQU) e adquiriu as ações da SEP
Empreendimentos Produtivos na empresa. A transação
envolveu pagamento de R$ 35,5 m e participação de 7% no
controle da PQU. A SEP é a holding dos funcionários da PQU e
sua participação não faz parte do bloco de controle da empresa,
que é comandada pela própria Unipar, pela Dow Química,
Suzano, Ultra e Unigel.
| E A Unipar também aprovou investimentos de R$ 93 m para
ampliar sua produção de cumeno, matéria-prima para a
fabricação de fenol. O produto terá como destino a Rhodia,
sendo que a ampliação está prevista para se efetivar no início de
2009. Já a Rhodia irá ampliar sua capacidade produtiva de
produtos químicos intermediários até 2008 com investimentos de
€ 30 m em seu complexo industrial de Paulínia (SP). Serão
beneficiadas linhas da cadeia de poliamida utilizados na
fabricação de plásticos de engenharia, têxteis e medicamentos,
destinadas tanto ao mercado local quanto às exportações.
| A Artecola, empresa de Campo Bom (RS), adquiriu as
fabricantes de adesivos industriais Artiquim (Chile),
Pegamentos Sintéticos (Peru) e Asequim (Argentina). O valor
das operações não foi divulgado, mas as novas controladas
reforçam as linhas de adesivos para construção civil e
consumidor final do grupo gaúcho. A Artecola hoje conta com
dez unidades industriais no Brasil e três no exterior (Argentina,
Colômbia e México).
Mineração e Siderurgia
| A Votorantim Metais (VM) anunciou investimento de R$ 385
m para produzir chumbo metálico em Juiz de Fora (MG). O
produto é formado por uma liga de prata com ouro e
polipropileno e é totalmente importado pelo País. As operações
da nova unidade deverão ser inauguradas em 2009. Em Juiz de
Fora a VM já está investindo R$ 285 m para produzir índio e
ampliar sua produção de zinco. A unidade será a primeira de
polimetálicos do Brasil, sendo que a VM atualmente conta com
outras unidades em SP, RJ, MG e GO.
| E na área siderúrgica, a Votorantim Metais oficializou os
planos para a construção de sua segunda unidade de aços longos,
que ficará em Resende (RJ). A siderúrgica receberá
investimentos de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 850 m numa primeira
etapa e R$ 150 m na conclusão. A Votorantim já atua no setor
siderúrgico, com uma usina em Barra Mansa (RJ), e
recentemente adquiriu 52% da Acerías Paz de Rio, segunda
maior siderúrgica da Colômbia. A previsão é de que a nova planta
seja inaugurada em 2009.
| A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) vai investir US$
150 m em sua nova mineração de bauxita, no município de Miraí
(MG). A expectativa é iniciar a produção no final de outubro. A
CBA hoje explora minas em Poços de Caldas e Itamarati de
Minas, ambas em MG. Com a nova planta, estas duas unidades
que já são exploradas há 50 anos deverão sofrer uma redução de
produção. A CBA também conta com projetos para futura
exploração de bauxita em Barro Alto (GO) e Paragominas (PA).
| A Anglo American, terceira maior mineradora do mundo,
adquiriu 49% da Minas-Rio, maior projeto de minério de ferro
da MMX. A aquisição vai custar US$ 1,15 bilhão ao grupo
sul-africano com sede em Londres. Desse montante, US$ 704 m
ficarão com a acionista Centennial Asset Mining Fund e US$
446 m serão subscritos em ações. O projeto Minas-Rio da MMX
envolve um parque integrado (mina-mineroduto-porto) com
investimento inicial previsto de R$ 2,35 bilhões. A Anglo
American está se reposicionando no mercado mundial e a área
de ferro é uma de suas prioridades. O Projeto Minas-Rio deve
entrar em operação no final de 2009 e a MMX ainda detém 51%
de seu controle. Em uma segunda fase, está previsto que a
Anglo American ficará com 50% de seu controle e seus
investimentos subirão para US$ 1,9 bilhão.
| Depois de incorporar a Caemi em 2006, a Vale do Rio Doce
agora também está absorvendo a Minerações Brasileiras
Reunidas (MBR) em seus ativos. A incorporação de 100% da
empresa se dará com a compra das participações de grupos
japoneses em duas operações paralelas. Numa, a CVRD
desembolsará US$ 231 m para absorver as participações da
Mitsui, SMI e Sumitomo na holding EBM. Ao mesmo tempo,
assinou acordo para usufruto por 30 anos das ações da EBM de
propriedade das também japonesas NSC, JFE, Itochu,
Marubeni, Mitsubishi, Kobe e Nissin. Neste segundo acordo
haverá pagamento imediato de US$ 60,5 m e parcelas anuais
US$ 48,1 m.
| No âmbito de sua reestruturação societária, a Usiminas
realizou uma colocação secundária de ações, cujo valor atingiu
R$ 1,8 bilhão. Com ela, tem sequência o acordo firmado entre os
acionistas para adequação do bloco de controle da empresa. Os
vendedores dos papéis foram a Vale do Rio Doce
(aproximadamente três quarto do total) e a Previ. Com a
transação, a participação da CVRD na Usiminas reduz-se de
18,2% para 7,5% e a da Previ de 14,9% para 11%.
Bens de Capital
| A gaúcha Lupatech entrou no segmento de equipamentos e
ferramentas para petróleo e gás com a compra da Petroíma, de
Simões Filho (BA), e das linhas de usinagem de precisão da
Zmach Tecnologia, em Caxias do Sul (RS). O negócio foi
fechado por R$ 20 m e, com ele, a Lupatech inaugura sua
divisão Oil Tools. Na sequência, a Lupatech também firmou
acordo para adquirir a Gasoil por R$ 87 m mais dívidas de R$ 4
m. A Gasoil fabrica equipamentos para a exploração de gás e
petróleo e tem sede Macaé (RJ), principal pólo petrolífero do País.
Paralelamente, a Lupatech ainda concluiu transação com a
Cordoaria São Leopoldo (CSL) envolvendo negócios de cabos
para ancoragem de plataformas em águas profundas. Pelo
acordo, a Lupatech irá investir R$ 140 m, dos quais R$ 60 m por
meio da emissão de novas ações.
| A PPE Fios Esmaltados, empresa remanescente da Pirelli
Cabos, anunciou sua oferta inicial de ações na bolsa paulista. A
empresa foi vendida pela italiana Invex em outubro passado,
numa operação de management buy-out, por R$ 95 m. Os então
administradores ficaram com 53%, complementados por um
grupo de outros investidores. Na operação está prevista uma
oferta primária e outra secundária. A PPE Fios Esmaltados
produz fios esmaltados, utilizados na indústria automobilística, de
utilidades domésticas, de compressores, geradores e
transformadores.
| A administradora de investimentos NSG Capital, do RJ,
anunciou a compra do controle acionário da gaúcha Zamprogna,
fabricante de tubos de aço. O valor da transação e o percentual
adquirido não foram divulgados. A sede da Zamprogna
permanecerá em Porto Alegre, sendo que a empresa hoje possui
unidades produtivas em Guarulhos e Campo Limpo Paulista (SP),
além de um centro de distribuição em SC. Os principais mercados
da empresa são o automotivo, construção civil e indústria
moveleira.
| A alemã Siemens finalizou investimentos de R$ 200 m para
ampliar a capacidade produtiva de sua unidade em Jundiaí (SP).
Lá a empresa fabrica transformadores e também irá passar a
produzir turbinas a vapor, voltada aos setores de siderurgia,
papel e celulose, açúcar e outras. Com a expansão, a fábrica
passa a ser a maior planta de transformadores da Siemens na
América Latina.
| A Indústrias Romi, fabricante de máquinas e equipamentos,
captou R$ 482,5 m com sua oferta primária e secundária de
ações ordinárias em bolsa. Os investidores estrangeiros ficaram
com 44% da colocação total e, com ela, a empresa passa a ter
62% de seus papéis pulverizados no mercado. Os recursos
obtidos com a emissão primária (R$ 243 m) serão 70%
direcionados a investimentos na divisão de fundidos e usinados,
ficando os 30% restantes na área de máquinas-ferramenta. A
Romi hoje conta com nove fábricas e sua sede fica em Santa
Bárbara D´Oeste (SP).
Autopeças
| A brasileira Sabó, fabricante de juntas e retentores
automotivos, prepara-se para inaugurar uma fábrica nos EUA em
julho. Lá estão sendo investidos US$ 10 m para atender a
demanda de montadoras. Outros US$ 6 m serão investidos pela
empresa para dobrar suas operações na Argentina. Ainda no
plano internacional, a Sabó pretende ampliar sua fábrica na
Áustria com vistas ao crescimento do mercado alemão e também
instalar uma unidade na Hungria, visando a demanda do Leste
Europeu. No Brasil a Sabó possui unidades em São Paulo e Mogi
Mirim (SP).
| A francesa Michelin pretende investir US$ 200 m até o final de
2008 para ampliar sua participação no mercado brasileiro de
pneus de carga especial. Neste segmento, além das linhas
agrícola e de uso misto, a empresa também pretende
desenvolver linhas para o transporte de carga viva, minério de
ferro, madeira e cimento. O investimento será na unidade de
Campo Grande (RJ).
Eletroeletrônicos e Informática
| A Metalfrio Solutions, maior fabricante de freezers e
refrigeradores da América Latina, adquiriu a mexicana
Refrigeración Nieto por US$ 13,5 m, sendo esta sua primeira
investida no México. A Refrigeración Nieto possui uma unidade
produtiva, atua com as marcas Nieto e Silverfox, e sua
incorporação visa atender o mercado local. No Brasil a Metalfrio
conta com duas fábricas. A empresa acabou de realizar uma
oferta em mercado, na qual foram distribuídos 55% de seu
capital. A colocação atingiu valor total de R$ 393,9 m, dos quais
cerca de R$ 243 m referentes a emissão primária de ações,
recursos estes que serão dirigidos prioritariamente à expansão
internacional da empresa.
| A taiwanesa BenQ firmou acordo para a venda de sua fábrica
de aparelhos celulares no Brasil. O contrato envolve a
transferência de ações e o uso da marca, sendo que o seu valor
não foi divulgado. A BenQ possui fábrica e centro de pesquisas
em Manaus (AM), os quais pertenciam à alemã Siemens até
meados de 2006. Na ocasião, a BenQ recebeu € 350 m da
Siemens para ficar com sua deficitária divisão mundial de
celulares, abrangendo ainda o uso da marca Siemens por cinco
anos.
| A norte-americana Dell Computadores inaugurou sua nova
fábrica em Hortolândia (SP), a qual será responsável pelo
abastecimento dos mercados interno e externo. A cidade já
abriga as instalações da IBM, possui vantagens logísticas e está
próxima do maior mercado consumidor do País. A Dell atua no
Brasil desde 1999 e concentrava sua fabricação no RS, onde
ainda ficarão o centro administrativo e de atendimento da
empresa. O valor do investimento não foi divulgado, mas é
estimado em R$ 130 m.
| A fornecedora de softwares Datasul comprou a desenvolvedora
Próxima por R$ 8 m. A Próxima é especializada no
agronegócio, principalmente no setor sucroalcooleiro, e, com ela,
a Datasul estabelece uma nova divisão de operações. A Datasul
também incorporou a Ilog Tecnologia, empresa focada em
educação corporativa e ensino à distância. O negócio foi
pequeno, custou R$ 2,5 m, mas é estratégico para a Datasul,
que passa a aplicar sua própria plataforma tecnológica na área de
ensino à distância. E em uma ação mais agressiva, a empresa de
softwares ainda assumiu o controle da paulista YMF Arquitetura
Financeira de Negócios. Esta foi a maior aquisição da Datasul
desde sua abertura de capital, sendo efetivada por R$ 43,7 m e
envolvendo participação de 80% na YMF. Ela marca a entrada
efetiva da Datasul no setor de serviços financeiros e gestão de
investimentos, sendo que a YMF ficará como subsidiária da
Datasul e preservará sua marca própria.
Imobiliário
| A construtora WTorre e a Iguatemi Empresa de Shopping
Centers (IESC) irão construir um novo shopping center vizinho
à loja de luxo Daslu. O empreendimento está avaliado em R$
200 m. O terreno foi adquirido no final de 2006 pela WTorre por
R$ 385 m. O próprio prédio da Daslu pertence à WTorre e pode
vir a ser incorporado ao novo shopping, cuja inauguração está
prevista para 2008. E a IESC também anunciou a aquisição, por
R$ 25 m, de 50% do Galleria Shopping, seu concorrente em
Campinas (SP). A IESC já possui um Shopping Iguatemi na
cidade, que ainda conta com o Shopping D. Pedro do grupo
português Sonae Sierra. O Galleria Shopping possui 145 lojas
e atende principalmente o público das classes A e B.
| A Multiplan retomou seu projeto de abertura de capital e
formalizou pedido para uma oferta primária e outra secundária. A
empresa esteve próxima de efetivar sua oferta secundária de
ações no ano passado, mas turbulências a fizeram substituir a
operação pela entrada do fundo Cadillac Fairview em seu
capital (30%). A Multiplan possui ampla atuação no setor
imobiliário, em especial na área de shopping center, onde
administra o Shopping Ibirapuera e o Morumbi Shopping
(SP), o BarraShopping (RJ) e o BH Shopping (MG). Suas
aquisições mais recentes foram as participações da Líder
Aviação (65,19%) e da Gilpar (18%) no Pátio Savassi,
shopping center de Belo Horizonte (MG), por valor não foi
divulgado. O Pátio Savassi conta com 130 lojas e concorre com
o Diamond Mall, outro shopping centers da Multiplan em BH.
| O fundo Gávea Investiments assumiu uma participação de
23,5% na administradora de shopping centers Aliansce. A
Aliansce nasceu da associação entre o Nacional Iguatemi e a
norte-americana General Growth Properties (GGP). O valor da
transação não foi divulgado, mas ela consiste em aumento de
capital e venda de ações. Com a operação, a GGP ficará com
50% da Aliansce, a Gávea 23,5% e a Nacional Iguatemi os
26,5% restantes. A Aliansce hoje administra 15 shoppings, com
participação direta em oito, além de outros dois em construção. A
empresa aguarda autorização para abrir seu capital e realizar
uma oferta primária de ações.
| A BR Malls, empresa do setor de shopping center controlada
pela GP Investimentos, anunciou a compra da Patrimonial
Industrial IV, que possui participações acionárias em quatro
shopping centers no País. Com a operação, a BR Malls torna-se a
maior companhia do setor no Brasil, ultrapassando a Multiplan e
a Iguatemi. Agora ela detém participação em 16 shopping
centers. A Patrimonial possui 8,5% do Shopping Piracicaba
(SP), 12,2% do Iguatemi de Belém (PA), 11,1% do Amazonas
Shopping (AM) e 16,6% do Iguatemi de Maceió (AL). E depois
da Patrimóvel, a BR Malls ainda assumiu 17,6% do Iguatemi
de Maceió (AL). As ações pertenciam ao Fundo Petros
(Petrobras) e custaram R$ 14,6 m. E em SP assumiu o
Shopping Tamboré, de Barueri, o que consolidou sua posição
de líder do setor. O Tamboré possui 160 lojas, sendo dez
âncoras, e o valor de sua aquisição não foi divulgado.
| A JHSF Participações captou R$ 376 m com sua abertura de
capital na Bovespa. A oferta baseou-se apenas na emissão
primária de ações e pode ser acrescida de mais R$ 56 m com o
lote suplementar. A colocação representa 11,9% do capital da
JHSF e, do montante arrecadado, R$ 220,5 m serão utilizados no
abatimento de dívidas da empresa. A empresa possui atuação
focada no mercado residencial de alto padrão em São Paulo e
controla o mega-empreendimento Cidade Jardim.
| A PDG Realty, controlada pelo Banco Pactual, ampliou de
40% para 50% sua participação na construtora carioca CHL. A
participação inicial foi comprada em fevereiro por R$ 48 m e a
parcela adicional custou mais R$ 28,8 m, pagos com ações da
PDG. A CHL atua no mercado de alta renda, mas seus novos
projetos têm sido destinados ao público de menor poder
aquisitivo. A PDG Realty também ampliou sua participação na
incorporadora paulista Goldfarb, especializada em imóveis de
baixa renda. A PDG já detinha 49% das ações da empresa desde
o início de 2006 e agora ficou com 70% de seu controle. O
negócio visa capitalizar a Goldfarb, que recentemente desistiu
de abrir seu capital em bolsa. A transação teve valor de R$ 150
m, sendo metade em ações. Além das participações na CHL e na
Goldfarb, a PDG também conta com 17% da Cindencorp e
100% da Cepisa.
Transportes e Logística
| A norte-americana Penske e a belga ABX firmaram joint
venture no Brasil para prestar serviços logísticos. As duas sócias
já atuam conjuntamente neste segmento no resto do mundo,
mas a criação de uma empresa própria é inédita. A nova
ABX-Penske Air & Sea irá oferecer fretes marítimo, aéreo e
rodoviário internacional, sendo que a Penske fará a logística
interna e a ABX fará o frete aéreo e marítimo internacional.
| O fundo Logística Brasil, administrado pela GP
Investimentos, adquiriu uma participação de 40% na
Portinvest, holding controladora do Porto de Itapoá, em SC. O
porto é uma parceria entre o grupo Battistella (70%) e a
Aliança Navegação/Hamburg Süd (30%). Ele receberá
investimentos de R$ 320 m e será inaugurado em 2008. A
participação no projeto foi vendida pela Battistella e o valor da
transação com a Logística Brasil não foi divulgado.
| A Log-In Logística Intermodal, subsidiária da Companhia
Vale do Rio Doce, iniciou sua oferta primária e secundária de
ações ordinárias. A operação envolve 60% do capital da empresa,
sendo que a Vale ainda pretende manter participação de 40%. O
valor da operação pode atingir R$ 1 bilhão. Na Log-In Logística
a Vale concentrou suas operações intermodais de cargas
conteinerizadas em todo o Mercosul. Além de navios, a empresa
conta com um terminal de contêineres em Vila Velha (ES) e três
terminais multimodais (Casa Branca-SP, Uberlândia-MG e
Camaçari-BA).
| A MRS Logística tem planos de investir US$ 1 bilhão até
2010, dos quais US$ 350 somente neste ano de 2007. O aporte
visa ampliar sua frota com cerca de 1000 novos vagões e 20
novas locomotivas por ano. Também contempla melhorias na
malha permanente, como no acesso ao Porto de Santos, assim
como investimentos em tecnologia.
| A Triunfo Participações e Investimentos (TPI), empresa do
setor de concessões rodoviárias, portos e geração energética, vai
realizar uma oferta primária e secundária de ações. A TPI é a
quarta maior concessionária de rodovias do País, sendo que hoje
ela detém participações na Concepa, Concer, Ecosul e
Econorte. Parte dos recursos esperados de sua oferta primária
será utilizada no pagamento de dívidas e parte destinada à
Portonave, operadora que atua no Porto de Navegantes (SC).
Serviços Diversos
| A Anhangüera Educacional anunciou a incorporação da
Faculdade Integração Zona Oeste (Fizo), de Osasco (SP). A
operação foi fechada por R$ 35,6 m. Esta é a terceira aquisição
da Anhangüera neste ano, em sequência à compra do Centro
Universitário Ibero-Americano (São Paulo) e da Faculdade
Fênix (Bauru). Do montante pago, R$ 18,2 m referem-se à
compra da Fizo e R$ 17,4 m à aquisição de imóveis. A
Anhangüera abriu seu capital em março e captou R$ 360 m com
sua oferta primária de ações.
| O UBS Pactual adquiriu uma participação de 30% na
Faculdades Nordeste (Fanor), de Fortaleza (CE). A compra foi
realizada por meio de dois fundos de investimento e, com o
aporte obtido, a Fanor pretende incorporar outras escolas na
Região Nordeste e formar uma rede de faculdades naquela
região. O valor da transação não foi divulgado.
| A mexicana CIE está vendendo seus negócios no Brasil,
Argentina e Chile para um grupo de investidores, dentre os quais
a Gávea Investimentos e administradores da própria empresa
de entretenimento. A transação abrange a participação de
majoritária da CIE nos negócios e seu valor é de
aproximadamente US$ 150 m. Ao seu final, a CIE ainda ficará
com 24% das atividades. O objetivo da empresa é concentrar-se
no México, onde pretende reduzir seu nível de endividamento. No
Brasil a CIE controlava as casas de show Credicard Hall,
Citibank Hall e Teatro Abril.
Financeiro
| O grupo Itaú adquiriu a carteira de private banking do ABN
Amro em Miami (EUA) e em Montevidéu (Uruguai), tornando-se
o terceiro maior do segmento na América Latina. A operação foi
realizada por meio da holding Itaúsa, que pagou US$ 150 m
pelos ativos de private banking internacional de clientes latinoamericanos nas duas unidades.
| A oferta pública de ações do Banco Sofisa, segundo banco
médio a chegar na Bovespa, movimentou R$ 504,5 m. Foram
realizadas uma emissão primária e uma distribuição secundária
de papéis preferenciais. A captação do banco na oferta primária
foi de aproximadamente R$ 490 m, que serão destinados à
expansão da carteira de crédito para pessoas jurídicas. O Sofisa
passa a ter 72% de suas ações preferenciais no mercado, mas
seu free float geral é de 25%.
| O banco ABC Brasil planeja abrir seu capital em bolsa e é o
primeiro banco estrangeiro de médio porte a anunciar seu IPO no
País. O ABC é controlado pelo Arab Banking Corporation com
84% de participação por meio da Marsau Uruguay. Sua
operação prevê uma emissão primária e uma oferta secundária.
O ABC Brasil possui ativos de R$ 3,8 bilhões e patrimônio
líquido de R$ 438,7 m.
| O Banco Patagônia, de capital argentino, formalizou seu
pedido de abertura de capital na Bovespa. É a primeira vez que
uma instituição sem operações no País decide oferecer ações e
negociar seus papéis no mercado local. O Patagônia é o sexto
maior banco da Argentina e sua oferta prevê uma colocação
primária e outra secundária. A operação também ocorrerá no
mercado argentino.
| O Daycoval anunciou a intenção de abrir capital em bolsa e já
protocolou seu pedido. Sua atuação prioriza o crédito para
pequenas e médias empresas e a instituição possui patrimônio
líquido de R$ 497 m. E o Banco Indusval Multistock (BIM)
também entrou com pedido de abertura de capital e pretende
realizar uma oferta pública de ações. A intenção do BIM é fazer
uma emissão primária e vender papéis também no mercado
secundário. Seu patrimônio líquido atual é de R$ 158 m e ele
atua focado no middle market.
| A Porto Seguro, terceira maior seguradora do país, anunciou
investimentos de R$ 120 m até 2010 para ampliar suas
operações. Dentre os projetos destaca-se a construção de um
novo centro de processamento de dados (CPD) em São Paulo e
sua expansão para outras regiões. Atualmente a Porto Seguro
possui 130 sucursais e escritórios.
Diversos
| A Hypermarcas está adquirindo a DM Farmacêutica,
detentora de conhecidos produtos de consumo como Doril,
Monange, Cenoura & Bronze, Vitasay, Engov e Zero-Cal. O
valor da operação é estimado em US$ 650 m e parte do
pagamento deverá ser à vista, com recursos oriundos da venda
de 25% do seu próprio capital para investidores mexicanos. Esta
operação ocorreu paralelamente à incorporação da DM e foi
fechada por US$ 250 m. A DM possui fábrica em Barueri (SP),
mas o imóvel não entrou na transação. A Hypermarcas foi
formalizada em fevereiro e conta com cinco unidades de negócio:
Alimentos (Etti, Salsaretti e PuroPurê); Higiene e Limpeza
(Assolan, Assim e Sim); Higiene Pessoal (Xampus Éh!);
Produtos Químicos (Mat Inset); e Produtos de Saúde (Finn). A
intenção da empresa é abrir seu capital em bolsa até setembro
deste ano.
| A têxtil francesa Vivalin vai investir R$ 70 m para construir
uma fábrica de tecidos de linho e poliéster em PE. A Vivalin é a
segunda maior fabricante mundial de tecidos de linho. No Brasil,
em 2004 ela adquiriu a Braspérola e em outubro de 2006
iniciou a produção de fios e tecidos de linho e algodão da
Vivabrás, com investimentos de R$ 100 m também em PE.
| A espanhola Telefónica e diversos bancos italianos uniram-se
para comprar por € 4,1 bilhões a Olímpia, detentora de 18% do
capital votante da Telecom Italia (TI), que, por sua vez,
controla 81,2% das ações ordinárias da TIM Brasil. A Olímpia
pertencia à Pirelli e sua participação na TI integrará uma nova
holding, a Telco, que, com 23,6% de participação controlará a
TI. A Telefónica terá 42,3% da Telco e não participará da
gerência operacional da TI. Mas poderá interferir em questões
societárias, o que dificulta uma eventual venda da TIM Brasil
para a Claro, da mexicana América Móvil. A TIM é a segunda
maior empresa de telefonia celular no Brasil. Vale lembrar que a
Telefónica também negocia a aquisição dos 50% que a
Portugal Telecom detém na Vivo, empresa líder no setor, o
que, se concretizado, deixará 54% do mercado de telefonia
móvel no País sob controle da operadora espanhola.
A BRASILPAR possui mais de 25 anos de experiência em
assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios
e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam
mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam:
assessoria em compra, venda e associações entre empresas;
atração de sócios e levantamento de capital para projetos e
empresas; desenvolvimento de planos de negócios e assessoria
estratégica; assessoria em investimentos em novos negócios;
aconselhamento financeiro e estratégico em geral.
Alberto Ortenblad Filho
[email protected]
Daniel Chama Baldin
[email protected]
Jorge Troyko
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O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do
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