Agroindústria Alimentos Bebidas Farmacêuticos Papel e
Transcrição
Agroindústria Alimentos Bebidas Farmacêuticos Papel e Celulose Energia Plásticos e Petroquímica Mineração Siderurgia Bens de Capital Materiais de Transporte Informática Telecom Comunicação Transportes e Logística Imobiliário Financeiro Diversos Ambiente Macroeconômico e de Investimentos As incertezas quanto à dinâmica econômica dos EUA e da China deixaram os mercados mais voláteis desde fevereiro. Isso prejudicou a oferta de ações em bolsa e frustrou as expectativas de algumas empresas. Mas apesar dos riscos, a economia local ainda segue uma trajetória positiva, como atestam a recente evolução da taxa de câmbio e a renovada expectativa de o Brasil atingir o investment grade perante as agências internacionais de risco. Claro que não chega a ser um cenário tranquilo, pois as tendências externas ainda têm armadilhas e a própria valorização cambial representa um dilema para o futuro. Também na atividade produtiva, a controversa reestimativa do PIB dos últimos anos não deixou ninguém mais otimista. Mas do lado da inflação persiste uma trajetória comportada, o que, afinal de contas, já é suficiente para favorecer um consistente cenário de juros em queda. Quanto aos negócios e investimentos, o ritmo geral tem sido bastante intenso, apesar dos recentes reveses no mercado de capitais. A quantidade de ofertas em bolsa ainda segue alta, os investimentos produtivos em franca recuperação e as fusões e aquisições tiveram seu melhor trimestre em muitos anos. Destaca-se, ainda, que tais movimentos não são setorialmente concentrados, mas bem distribuídos na economia, o que denota a vitalidade do processo. CENÁRIO ECONÔMICO 2004 2005 2006 2007* 2008* PIB (PM) - Var % 5.7 2.9 3.7 3.5 3.6 Inflação IPCA - Var % 7.6 5.7 3.1 3.9 4.0 2.654 2.341 2.138 2.11 2.20 Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano 16.2 19.0 15.1 12.2 11.0 Dívida Pública - % PIB 51.7 51.5 49.3 48.4 45.4 Saldo Comercial - US$ Bilhões 33.7 44.7 46.1 39.5 36.0 Trans. Corrente - US$ Bilhões 11.7 14.0 13.5 8.0 4.3 Investimentos Diretos - US$ Bilhões 18.2 15.1 18.8 18.0 18.0 Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano * Fonte: Relatório de Mercado - Banco Central do Brasil - 30/03/2007 Agroindústria | O Grupo Albertina, de Sertãozinho (SP), associou-se a 29 investidores noruegueses visando expandir seus negócios com açúcar e álcool. Dentre os investidores, constam a petrolífera Norse Energy e as empresas de transporte marítimo Umoe, Eitzen e Farstad. A joint venture vai chamar-se Biofuel e investirá US$ 170 m na expansão da Destilaria Paranapanema, de Presidente Prudente (SP), que pertencia ao Grupo Albertina e que agora é 100% da Biofuel. Outro investimento de US$ 170 m será feito na construção da Paranapanema 2, com operações previstas para 2010. A Biofuel pretende abrir seu capital nos próximos dois anos e o processo de reposicionamento estratégico do Grupo Albertina está sendo acompanhado pela Brasilpar. | O Noble Group anunciou a aquisição da Usina Petribu Paulista, instalada em Sebastianópolis do Sul (SP). A operação custou US$ 70 m e abrange a incorporação da Meridiano, empresa que detém terras naquela região. Ela marca a entrada do grupo de Hong Kong na produção de açúcar e álcool do Brasil. A usina adquirida pertencia ao grupo pernambucano Petribu e deverá receber investimentos de US$ 200 m em ampliação. | O Grupo São Martinho, de Pradópolis (SP), arrecadou R$ 424 m com sua oferta pública de ações ordinárias, que envolveu uma emissão primária (cerca de R$ 260 m) e outra secundária (cerca de R$ 164 m). O valor representa 18,75% do capital da empresa e a participação de investidores estrangeiros na colocação chegou a 53%. A São Martinho é a segunda representante do setor sucro-alcooleiro no mercado, depois da Cosan. Parte dos recursos obtidos será investida em sua terceira unidade, a Usina Boavista de Quirinópolis (GO). Ela está recebendo aplicação de R$ 343 m numa primeira fase, sendo que a japonesa Mitsubishi Corporation recentemente assumiu 10% do empreendimento. | O Grupo Farias, de Pernambuco, assinou carta de intenções com investidores chineses para a construção de novas usinas de álcool. O montante de investimentos é estimado em R$ 1,2 bilhão. Duas unidades estão previstas para o Maranhão, que dispõe de fácil escoamento da produção. Uma terceira usina será erguida em Pernambuco. O Grupo Farias atualmente opera 10 usinas em cinco Estados e toda a produção prevista na nova parceria seguirá para o mercado chinês. Já em parceria com a Maubisa, o Grupo Farias e um grupo de produtores pretendem instalar uma destilaria em Tangará da Serra (MT). Os investimentos serão de R$ 250 m, dos quais R$ 150 m na área industrial e R$ 100 m na produção agrícola. | O grupo francês Louis Dreyfus anunciou a aquisição dos negócios de açúcar e álcool do grupo pernambucano Tavares de Melo. A transação envolve quatro usinas em operação (duas no MS, uma em RN e outra na PB) e uma em construção (MS), o que coloca o Louis Dreyfus como segunda maior empresa sucroalcooleira do País, atrás apenas da Cosan. O valor do negócio não foi divulgado, mas é estimado pelo mercado em R$ 1 bilhão. No Brasil a Louis Dreyfus também atua com esmagamento de soja, algodão e suco de laranja. | A Usina Vale do Rosário, de Morro Agudo (SP), está fundindo suas atividades com a Cia. Energética Santa Elisa, de Sertãozinho (SP). A união poderá ainda envolver outras oito usinas, que compõem a trading Crystalsev. Recentemente a Vale do Rosário frustrou as expectativas da Cosan, que fez uma oferta de compra para 50,2% de seus acionistas. A Vale do Rosário foi avaliada em cerca de US$ 775 m e ela própria exerceu o direito de preferência na compra das participações. A empresa resultante da fusão entre a Vale do Rosário e a Santa Elisa deverá abrir seu capital em bolsa até o final do ano. | E paralelamente à sua fusão com a Vale do Rosário, a Santa Elisa está se associando aos fundos Global Foods e Carlyle and Riverstone para financiar sua expansão em MG (três unidades previstas) e GO (uma unidade). Os investimentos serão de R$ 2 bilhões e o aporte dos dois fundos (US$ 300 m) será por meio de uma nova empresa, a Companhia Nacional de Açúcar e Álcool (CNAA). | A Equipav vai investir US$ 250 m em duas novas usinas de álcool. A empresa possui atuação centrada nas áreas de saneamento básico e pavimentação de rodovias, mas já conta com uma usina em operação em Promissão (SP) e outra em construção em Brejo Alegre (SP). Uma das novas unidades ficará em Chapadão do Sul (MS), com inauguração em 2009, e a outra em Chapadão do Céu (GO), devendo ser inaugurada em 2010. | A Clean Energy Brazil (CEB), empresa britânica focada em investimentos no setor de açúcar e álcool do Brasil, adquiriu uma participação de 49% no Grupo Usaciga, de Cidade Gaúcha (PR). O valor da transação foi de US$ 130 m. Ela abrange uma usina produtora de açúcar e etanol, novos projetos greenfield, um terminal de açúcar e uma trading de etanol. | A paulista Heringer, terceira maior fabricante de fertilizantes do País (atrás da Bunge e da Cargill), iniciou seu processo de abertura de capital. A oferta é de ações ordinárias e pode ficar acima de R$ 440 m, considerando-se a emissão primária (58% do total) e a distribuição secundária (42%). Dentre os acionistas vendedores, destaca-se a BSSF Fertilizer do grupo AIG Capital. Já com a emissão primária, a Heringer pretende construir novas unidades produtivas até 2010. O free float da companhia após a oferta deverá atingir 38%. Alimentos | A Nestlé do Brasil inaugurou sua vigésima-sétima fábrica, no município de Feira de Santana (BA). Nela foram investidos R$ 100 m. Esta é a primeira tentativa da multinacional suíça de regionalizar sua produção de alimentos conforme o perfil consumidor. A unidade irá atender o Norte e Nordeste do País produzindo macarrão instantâneo e embalando café solúvel, achocolatados e cereais. | A Parmalat irá investir R$ 20 m em sua unidade de Garanhuns (PE), a fim de expandir as atividades de processamento de leite, leite em pó e iogurtes. A empresa controlada pelo fundo Latin America Equity Partners (Laep) chegou a cogitar a venda da unidade há tempos atrás. Do montante a ser investido, R$ 10 m seguirão para o tratamento do leite, R$ 2 m para a produção de iogurtes e o restante para a linha de leite em pó. | A Perdigão inaugurou seu Complexo Agroindustrial de Mineiros (GO), projeto de R$ 510 m voltado para produtos à base de carne de aves pesadas, como peru e chester. A expectativa da empresa é de que 80% da produção seja remetida ao mercado externo. Do montante de investimentos, R$ 240 m são por parte da Perdigão e R$ 270 m por produtores integrados ao longo dos próximos dois anos. | A International Food Company (IFC) firmou aliança estratégica com o Vision Agro Fundo e está adquirindo uma unidade de abate de bovinos em Nova Xavantina (MT). Também negocia a aquisição de uma planta em Inhumas (GO) e de duas fábricas em SP. A IFC é uma das maiores exportadoras de beef jerky para os EUA e os movimentos visam a verticalização de suas atividades. O investimento nas unidades está orçado em US$ 135 m. | Com investimentos de R$ 126 m, a Bunge Alimentos iniciou a construção de um moinho de trigo em Ipojuca, PE. A unidade ficará junto ao Porto de Suape, onde a empresa já produz margarinas, óleo e gorduras vegetais. Ela deverá abastecer as regiões Norte e Nordeste do País. Atualmente a Bunge já possui uma unidade em Recife (PE), que será gradativamente desativada. A inauguração da nova planta está prevista para dezembro deste ano. | O maior frigorífico de carne bovina do Brasil, o JBS Friboi, abriu seu capital em bolsa e levantou R$ 1,6 bilhão com ações ordinárias. Este foi o maior IPO registrado na Bovespa neste ano. A oferta consistiu em 75% de emissão primária e 25% de papéis em poder do fundo ZMF. A intenção da JBS com a captação é acelerar seu plano de expansão, ampliando a capacidade operacional de suas atuais unidades e realizando novas aquisições, as quais, nesse ano já envolveram a norte-americana SB Holdings e um abatedouro na Argentina. Bebidas | A Molson Coors vendeu os 15% de participação que ainda detinha na Cervejaria Kaiser para a mexicana Femsa. A operação teve valor de US$ 15 m e encerra a atuação do grupo canadense no Brasil. No início de 2006 a Molson já havia vendido o controle (68%) da Kaiser para a Femsa por US$ 68 m. A Kaiser foi comprada pela Molson em 2002 por US$ 765 m, depois de esta empresa canadense também pagar US$ 190 m para ficar com a Bavária. | A Schincariol investirá US$ 30 m para ampliar a capacidade de produção de sua fábrica de Alagoinhas (BA). As obras estão previstas para se estenderem até outubro. A unidade de Alagoinhas, a segunda maior da empresa de Itu (SP), vai atender os mercados da BA, AL, SE e parte de PE e CE. A Schincariol já possui três unidades na Região Nordeste e com investimentos de R$ 135 m está construindo mais uma em Horizonte (CE), a qual será sua décima fábrica. | A Coca-Cola ampliou sua presença no mercado de bebidas não-alcoólicas adquirindo a paranaense Leão Junior, dona da marca Matte Leão. O valor da transação não foi confirmado, mas é estimado em R$ 230 m. A operação agrega mais de 60 produtos ao portfólio da empresa norte-americana, que já atua com refrigerantes, chás gelados, mate, sucos, águas, isotônicos, lácteos e energéticos. A Leão Junior possui fábricas em Curitiba (PR), Fernandes Pinheiro (PR) e Rio de Janeiro (RJ). | A AmBev está assumindo as unidades da Goldensand em Piraí (RJ) e Mogi Mirim (SP), negócio que envolve pagamento de US$ 150 m. A transação, porém, não abrange a marca de cerveja Cintra e nem os ativos de distribuição, que poderão ser vendidos pela ex-controladora. A Cintra tem 1,1% do mercado de cerveja e vai continuar operando de forma independente com produto fabricado nas unidades pela AmBev. A AmBev é líder no mercado de cerveja com 67,2% de participação e enfrentaria problemas regulatórios se assumisse a marca Cintra. Com a aquisição das unidades, o objetivo da AmBev é amparar o crescimento demanda de refrigerantes, acirrada pelo sucesso da marca H2OH!. Saúde | A Daiichi-Sankyo, segundo maior grupo farmacêutico do Japão, prevê investimentos de R$ 25 m para dobrar sua capacidade produtiva no Brasil. Aqui, a empresa possui unidade em São Paulo (SP), onde fabrica comprimidos e pomadas. A ampliação deve estar concluída em meados de 2008. A DaiichiSankyo é o único fabricante japonês de medicamentos com produção no Brasil. | A Segmenta, empresa do grupo Glicolabor, vai investir R$ 50 m em uma fábrica de embalagens farmacêuticas. A unidade ficará em Ribeirão Preto (SP), onde já se localiza a outra unidade do grupo, que fabrica soluções parenterais e saneantes hospitalares. Por questões regulatórias, a partir de 2008 as embalagens farmacêuticas passarão a ser fabricadas à base de polipropileno. Cerca de R$ 20 m dos investimentos da Segmenta será na compra de máquinas. | A Medial Saúde está incorporando o grupo Amesp Saúde, o que envolve a operadora de plano de saúde, hospitais, centros médicos e o laboratório de análises Novolab. O valor do negócio foi de R$ 253 m. Em setembro passado a empresa captou R$ 387 m com sua abertura de capital e em outubro vendeu um lote suplementar de R$ 87 m. Paralelamente, a Medial também anunciou a aquisição de 100% da rede de laboratórios Endomed por R$ 5,3 m. Com as duas transações, a Medial salta da quinta para a terceira posição entre as maiores operadoras de saúde do País. Papel e Celulose | A Celulose Irani, empresa integrada de madeira, celulose e papel, vai otimizar e ampliar sua capacidade produtiva até 2008. Estão programados investimentos na divisão de embalagens e modernização das máquinas de papel. Será construída uma nova fábrica de papel ondulado em Indaiatuba (SP) e ampliada a unidade de Vargem Bonita (SC). Os aportes totais serão de US$ 60 m. | Depois de fechar uma fábrica na BA em 2006, a norteamericana Kimberly-Clark está anunciando o encerramento de mais uma planta, em Cruzeiro (SP). Toda a produção de papel higiênico da unidade será transferida. A Kimberly-Clark ficará agora com duas fábricas no Sudeste e duas no Sul do país, destacando-se a unidade de Mogi das Cruzes (SP), que recebeu investimentos de US$ 30 m em modernização. Junto a ela, a empresa também está investindo US$ 22 m em um centro de distribuição, que começará a operar em agosto. | A Bahia Pulp, subsidiária da Satori Internacional (Grupo RGM), fechou um empréstimo externo sindicalizado no valor total de US$ 320 m. Os recursos serão utilizados para a ampliação de sua fábrica de celulose solúvel em Camaçari, BA. O investimento total será de US$ 425 m, sendo que US$ 105 m virão como capital da RGM. O financiamento será por intermédio da DP Marketing, trading da Bahia Pulp no exterior. | A Suzano Papel e Celulose obteve um empréstimo internacional de US$ 250 m para pagamento em 12 anos. Os recursos serão utilizados na importação de máquinas e equipamentos para a expansão da unidade de Mucuri, BA. No total, a segunda linha de produção de celulose da unidade receberá investimentos de US$ 1,3 bilhão. No mercado de capitais, a Suzano realizou uma oferta secundária de ações preferenciais, pertencentes à BNDESPar e à Suzano Holding. A operação atingiu o valor de R$ 543,5 m. A maior parte dos papéis (88,9%) ficou com investidores institucionais, sendo 33,6% com fundos de investimentos. Com a operação, a BNDESPar reduziu sua participação na Suzano de 11,1% para 5,6%. Outros 5,9% de participação foram vendidos pela Suzano Holding. | A Votorantim Celulose e Papel (VCP) vendeu sua unidade produtiva de Mogi das Cruzes (SP) para o grupo Multiformas por R$ 57 m. A planta estava à venda desde setembro de 2006 e é focada em papéis especiais para decoração, embalagens e impressão. O grupo Multiformas é especializado em materiais promocionais. A VCP está centrando sua atuação na produção de celulose e de papéis para imprimir e escrever. Tanto que a empresa também vendeu para a Suzano a unidade de papel cartão da Ripasa em Embu (SP). Esta operação teve valor de US$ 20 m. Por outro lado, a VCP e a finlandesa Ahlstrom Corporation anunciaram estudos para uma joint venture na área de papéis especiais, destinados a auto-adesivos e embalagens. A Ahlstrom é líder global no segmento e a expectativa é de que o acordo envolva a planta de papéis não-revestidos da VCP em Jacareí (SP). A empresa finlandesa deve ficar com participação majoritária na parceria. Energia | O grupo gaúcho Bolognesi tem planos de investir R$ 1,22 bilhão na construção de doze Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Serão nove unidades no RS e três em MG até 2012. O grupo Bolognesi tem origem na construção civil e sua entrada no setor de energia se dará com dois projetos no RS (em Veranópolis e em Antônio Prado) ao custo de R$ 227 m. | A ISA Capital do Brasil, empresa controlada pela estatal colombiana Interconexión Eléctrica (ISA), emitiu US$ 554 m em títulos no mercado internacional. Com isso, ela pretende financiar a compra da Cteep, descartando a busca de um sócio para a empresa. Para assumir o controle da Cteep, a ISA pagou US$ 550 m ao Estado de São Paulo. Outros US$ 352 m foram pagos a acionistas minoritários. Com a compra da Cteep, a ISA tornou-se a maior empresa de transmissão de energia elétrica da América Latina. | A franco-brasileira Agrenco e a japonesa Marubeni, que possuem acordo para distribuição de soja, também irão atuar com biodiesel e geração de energia no Brasil. Pela transação, a Marubeni pagou US$ 40 m para ficar com 33% da Agrenco Bioenergia, empresa que tem investimentos previstos de US$ 190 m em três usinas de biodiesel, duas usinas de co-geração energética e duas esmagadoras de soja, distribuídas em Alto Araguaia (MT), Caarapó (MS) e Céu Azul (PR). As duas sócias ainda avaliam a construção de quatro usinas de etanol no País em parceria com investidores coreanos. | Com investimentos de R$ 35 m, a SP Bio vai instalar uma usina de biodiesel em Sumaré, SP. A previsão é de que ela seja inaugurada em maio, utilizando óleo da soja. A ampliação da usina, com a instalação de uma esmagadora própria, já está prevista para iniciar neste ano e a expectativa é de que ela se torne uma das maiores da América Latina. Cerca de 80% da produção terá como destino o mercado externo. | A holding Energisa estuda investimentos acima de R$ 500 m em suas operações nos próximos anos. Boa parte dos recursos, algo em torno de R$ 380 m, serão aplicados nas distribuidoras nordestinas Celb e Saelpa, principalmente para reduzir níveis de perda. O restante será destinado à extensão dos serviços de energia para atendimento de metas. Além das duas empresas, a Energisa também controla a Energipe (Sergipe), a Cenf (RJ) e a CFL Cataguazes-Leopoldina. | A norte-americana AES, controladora da holding Brasiliana, anunciou investimentos de R$ 651 m ao longo de 2007, valor que pode aumentar para R$ 876 m se confirmada a aquisição de três PCHs da espanhola Guascor. As três unidades ficam no Estado do RJ e a expectativa é que o acordo se confirme no primeiro semestre. A Brasiliana é controladora da AES Eletropaulo, da AES Tietê, da AES Uruguaiana e da Infoenergy. A Eletropaulo ficará com uma fatia de R$ 366 m dos investimentos previstos e a Tietê com outros R$ 75 m. A AES Sul, que é diretamente controlada pela AES, receberá R$ 145 m de investimentos. | A Petrobras arrendou por 17 anos a Termoelétrica Piratininga, que pertence à estatal paulista Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). A unidade fica na capital paulista e o contrato prevê pagamentos anuais de R$ 60 m nos primeiros cinco anos e R$ 45 m nos demais. Com ela, a Petrobras passa a somar 13 termoelétricas em operação. Plásticos e Petroquímica | A Goodyear vendeu a Vitafilm, sua divisão fabricante de filmes de PVC para o setor de alimentos e com fábrica em Americana (SP). O ativo era o último da fabricante mundial de pneus no setor de plásticos. A compradora foi a CPN Resinas Plásticas, empresa de Jundiaí (SP) que irá operar a fábrica no próprio terreno da Goodyear. O valor da transação não foi divulgado. Além de pneus, a Goodyear ainda produz no Brasil correias, mangueiras e mangote para a indústria de petróleo. | A Providência, maior fabricante de não-tecidos da América Latina, entrou com pedido de abertura de capital. A decisão já era esperada desde o final de 2006 quando a empresa passou ao controle da AIG Capital, do fundo Asas, da Governança Investimentos e do Espírito Santo Capital. A Providência fabrica insumos para fraldas descartáveis e material médico, além de tubos e conexões de PVC e embalagens plásticas. Recentemente ela anunciou investimentos de R$ 120 m em uma nona linha de não-tecidos em São José dos Pinhais, PR. | Mesmo sem acordo para a participação da italiana Mossi&Ghisolfi (M&G), a Petrobras e a Companhia Têxtil Integrada do Nordeste (Citene) estão iniciando a construção do Pólo Petroquímico de Suape, em Ipojuca (PE). O pólo contará com uma unidade de PTA (ácido tereftálico purificado) e uma de filamentos de polyester (POY). O investimento total passa dos US$ 800 m. A Petrobras terá 50% da unidade de PTA e 40% da planta de POY, ficando o restante do controle com a Citene, empresa controlada pelos grupos Vicunha, Polyenka e Filament Technology (FIT). | E o grupo Mossi&Ghisolfi concluiu as obras de sua unidade produtora de embalagens PET no Complexo Portuário de Suape, PE. A empresa pretende abastecer todo o mercado latinoamericano de refrigerantes, cerveja, sucos, água e óleo comestível. A fábrica recebeu aporte de R$ 700 m ao longo dos últimos dois anos e constitui a maior unidade mundial do grupo. A M&G é a principal compradora potencial do PTA a ser fabricado pela Petrobras e pela Citene em PE. | A Petrobras, a Braskem (Odebrecht) e o Grupo Ultra estão incorporando os ativos do Grupo Ipiranga, do RS. A transação foi dividida nas três principais áreas de negócio da Ipiranga: petroquímica, distribuição de combustível e refinaria. No total, considerando-se as participações minoritárias, seu valor deve superar os US$ 3 bilhões. Na petroquímica, a Petroquisa (40%) e a Braskem (60%) ficarão com a Ipiranga Petroquímica (IPQ), controladora da central de matérias-primas Copesul, que ainda receberá investimentos de R$ 780 m. Vale lembrar que a Braskem já é a atual controladora da Copene, na Bahia. Na distribuição de combustíveis, o Grupo Ultra ficará com a marca e os ativos da Ipiranga no Sul/Sudeste, enquanto a líder BR Distribuidora (Petrobras) assumirá as demais unidades. Na área de refino os três grupos dividirão igualmente a unidade da Ipiranga em Rio Grande (RS). Atualmente o Grupo Ipiranga possui faturamento de R$ 31 bilhões e toda a transação será efetuada por troca de ações. Mineração | A canadense Yamana Gold pretende investir US$ 195 m até 2009 para desenvolver três novas minas na América do Sul. Atualmente a empresa opera no Brasil com unidades na BA, MT e GO. Os novos empreendimento serão a mina de Gualcamayo (Argentina), que receberá US$ 90 m; a de Jacobina (na Bahia), que ficará com US$ 60 m; e a de São Vicente, no Mato Grosso, que receberá os US$ 45 m restantes. A Yamana ainda prevê mais US$ 32 m para prospecção mineral na BA e no MT. | A Vale do Rio Doce está vendendo seus ativos de cálcio silício da Rio Doce Manganês (RDM) e duas unidades de cored wire para o fundo de investimento Wallgate International. Uma unidade fica em São João Del Rey (MG) e o outro negócio na França. Os produtos são utilizados na fabricação de aço e a transação faz parte da reestruturação dos negócios de manganês da CVRD, que irá focar a produção do minério e de ferro-ligas. A RDM ainda conta com quatro usinas (Santa Rita, Barbacena, Rancharia, em MG; e Simões Filho, na BA), sendo que a Vale também controla a mina de Urucum (MS), a francesa RDME, e a norueguesa RDMN. | Por outro lado, a CVRD anunciou a compra da australiana AMCI Holdings por US$ 660 m mais dívidas de US$ 100 m. A AMCI controla minas de carvão por meio de joint ventures na Austrália. Com ela, a Vale cria uma nova plataforma de crescimento no setor de carvão, onde já atua com participações minoritárias em duas empresas chinesas, além de dois grandes projetos em Moçambique e na Austrália. A AMCI possui 61% da Integra Coal, 80% da Carborough Downs, 50% da Isaac Plains e 100% da Broadlea. | A canadense Kinross pretende investir US$ 470 m para triplicar a produção de ouro da Rio Paracatu Mineração (RPM), em Paractau (MG). O plano inicial previa investimentos de US$ 154 m, mas os preços do metal alteraram a dinâmica do projeto. A expansão será concluída em agosto de 2008 e a mina passará a ter exaustão em 2036. | A canadense Goldcorp vendeu as jazidas de ouro de Amapari (no Amapá) e The Peak (na Austrália) para a também canadense GPJ Venture, que assumirá o nome Peak Gold. A transação efetivou-se por US$ 240 m. Com a transferência da Amapari, a Goldcorp retira-se do mercado brasileiro. A mina brasileira já pertenceu à AngloGold e à EBX. | A Bahia Mineração (BML) pretende concluir em 2010 a primeira etapa de seus investimentos em minério de ferro na região de Caetité, BA. O aporte da companhia é de US$ 1,6 bilhão, mas fases futuras do projeto podem ampliar o montante para até US$ 4 bilhões. A primeira etapa do investimento contempla mineração, beneficiamento e mineroduto/porto. A BML é controlada pela trading indiana Prevar Limited. Siderurgia | A Vale do Rio Doce, que agora participa do bloco de controle da Usiminas, anunciou a venda do excedente de ações ordinárias da siderúrgica mineira em sua carteira. O objetivo da Vale é reforçar seu caixa depois da incorporação da Inco e se preparar para novas aquisições estratégicas. Está prevista uma oferta global de 12,3% dos papéis ordinários da Usiminas, operação que poderá gerar receitas de R$ 1,2 bilhão. | Enquanto isso, a Usiminas divulgou seu novo plano de investimentos de longo prazo, até 2015, que contempla investimentos totais da ordem de US$ 8,4 bilhões. O valor divide-se em US$ 4,3 bilhões para a usina de Ipatinga (MG), US$ 1,4 bilhão para a usina de Cubatão (SP) e uma terceira usina, que está orçada em US$ 2,7 bilhões mas ainda sem data e local definidos. O foco da empresa será, portanto, sua expansão orgânica e não abrange a aquisição de ativos fora do país, como têm feito outros grupos do setor. | O Grupo Gerdau está ampliando de US$ 3 bilhões para US$ 4 bilhões sua previsão de investimentos entre 2007 e 2009, valor este que não contempla possíveis aquisições. Do montante, 60% deverá ser investido no próprio Brasil. Especificamente em 2007 serão aplicados US$ 1,4 bilhão, dos quais US$ 800 m em território nacional. Uma das principais metas do grupo é expandir-se no segmento de aços planos, no qual controla a Açominas. O Grupo Gerdau também anunciou a compra da mexicana Siderúrgica Tultitlán, produtora de vergalhões e perfis do grupo local Feld. O valor do negócio foi de US$ 259 m, sendo que ele marca a entrada do grupo gaúcho naquele País. Toda a produção da Tultitlán hoje é direcionada ao próprio mercado mexicano. Atualmente a Gerdau possui operações nos EUA, Canadá, Colômbia, Chile, Argentina e Uruguai, além do Brasil. | O Grupo Votorantim, por meio da VM, pagou US$ 491 m para ficar com 52% do capital da siderúrgica Acerías Paz del Rio, única fabricante integrada de aço da Colômbia. A incorporação foi feita em leilão, no qual a empresa brasileira pagou um ágio de 157% sobre o preço mínimo estipulado pelos vendedores (trabalhadores, governo e investidores privados). O principal produtor colombiano de aço é o Grupo Gerdau, controlador da Diaco e da Sidelpa, e que também concorreu no leilão da Paz del Rio. | A siderúrgica espanhola Añón anunciou planos para investir US$ 150 m em uma fábrica no Brasil. O projeto foca a produção de vergalhões e fios de aço junto ao Porto de Suape, em Ipojuca (PE). O grupo Añón responde por 30% do aço longo produzido na Espanha e irá concorrer diretamente com a brasileira Gerdau, que hoje detém 40% da também espanhola Sidenor. Bens de Capital | A fábrica da Cummins em Guarulhos (SP) vai receber aportes de R$ 55 m em 2007 para dobrar sua produção de cabeçotes e blocos para motores eletrônicos. O objetivo é atender a demanda internacional de componentes, inclusive de mercados abastecidos por outras unidades mundiais do grupo. O investimento abrange a modernização do centro técnico de pesquisa e desenvolvimento. | A Villares Metals, empresa de Sumaré (SP) controlada pela líder mundial em aços especiais Böhler Uddeholm, vai receber aportes de R$ 110 m ao longo deste ano. Serão R$ 40 m para a compra de uma prensa, R$ 15 m em processos de despoeiramento e R$ 20 m para a finalização de um novo laminador. O Brasil já é uma das principais plataformas de exportação da austríaca Böhler Uddeholm. | Com investimentos de R$ 160 m está surgindo a Tubos Soldados Atlântico (TSA), joint venture entre a V&M do Brasil (70%), a produtora de tubos alemã Europipe (21%) e a trading Interoil (9%). A nova indústria vai atuar no segmento de tubos de aço com costura (para as indústrias de petróleo, saneamento e construções industriais) e espera deter 25% deste mercado até 2009. A TSA foi instalada em Serra (ES), próxima de sua fornecedora de bobinas a quente, a Cia. Siderúrgica de Tubarão (CST). | E no segmento de tubos de aço sem costura, a Vallourec (controladora da V&M do Brasil) firmou joint venture com a japonesa Sumitomo Metal Industries para atuarem no Brasil. O objetivo também é atender a demanda da indústria de petróleo e gás natural. Pelos termos da proposta assinada, as duas sócias deverão investir US$ 1,695 bilhão. A unidade conjunta está prevista para 2010, ficará em Jeceaba (MG) e irá contar com um alto-forno e produção de aço bruto. O grupo Vallourec terá 55% de seu capital e a Sumitomo o restante. | A catarinense Weg finalizou a aquisição do controle da Trafo, fabricante de transformadores e subestações elétricas do RS. O bloco de controle da empresa soma 91,93% das ações ordinárias (48,65% do capital total) e foi vendido, juntamente com um lote de debêntures conversíveis, por R$ 57,5 m. A Weg deve agora realizar uma oferta pública de aquisição das ações ordinárias restantes visando fechar o capital da Trafo. A Trafo conta com uma fábrica em Gravataí (RS) e outra em Hortolândia (SP). Já em suas operações próprias, a previsão da Weg é de investir R$ 260 m em 2007, dos quais R$ 217 m na área de motores e transformadores em Jaraguá do Sul e em Blumenau (SC). Materiais de Transporte | A Bridgestone Firestone inaugurou sua segunda fábrica no Brasil, em Camaçari (BA). Nela foram investidos US$ 160 m e a meta agora é retomar a liderança no mercado local de pneus, hoje controlado por Pirelli e Goodyear. Ao final de 2008, a Bridgestone Firestone estará concluindo um ciclo de investimentos de sete anos e US$ 460 m, o qual, além da nova unidade baiana, também envolveu a modernização da fábrica de Santo André (SP). | A Honda do Brasil decidiu investir na produção de motor e transmissão (powertrain) de veículos. O montante dos investimentos ainda não foi dimensionado, mas ele será efetivado após a ampliação de capacidade da empresa japonesa na planta de Sumaré (SP), quando a montadora terá escala para justificar a linha de componentes. Atualmente a Honda possui linha powertrain apenas nos Japão e nos EUA. | A Marcopolo adquiriu 39,59% de participação no capital da San Marino, fabricante das carrocerias de ônibus Neobus e que também tem sede em Caxias do Sul, RS. As duas empresas manterão atividades independentes, sendo que o negócio visa sinergias logísticas, tendo em vista a proximidade de suas instalações industriais. Além das unidades Marcopolo, MVC e Ciferal no Brasil, a empresa gaúcha ainda conta com subsidiárias na Colômbia, México, Portugal, África do Sul, China, Rússia e Índia. | A Embraer realizou uma oferta secundária de ações ordinárias de aproximadamente 10% de seu capital e no valor total de R$ 1,78 bilhão. Os vendedores foram as francesas Dassault Aviation (1,2%) e EADS (2,1%), além da BNDESPar (1,1%), Previ (2,1%) e Sistel (3,7%). A operação foi realizada no Brasil e no exterior e, com ela, as duas empresas francesa saíram do capital da fabricante brasileira de aviões. Atualmente, os principais acionistas da Embraer são a Previ, o Grupo Bozano e a BNDESPar, que somam cerca de 30% de seu capital. Informática | A paranaense Bematech, desenvolvedora de sistemas de automação comercial, está na fila para oferecer papéis em bolsa. Seu objetivo é levantar entre US$ 150 m e US$ 200 m, dos quais dois terços deverão vir com aumento de capital e o restante com uma distribuição secundária. Da oferta primária, cerca de três quartos dos recursos serão utilizados no programa de aquisições da empresa, sendo o restante utilizado na liquidação de empréstimos e expansão de infra-estrutura. | A Infosmart, de Hong Kong, está inaugurando sua unidade em Camaçari (BA), onde produzirá CDRs e DVDRs. Nela foram aplicados US$ 25 m, mas o investimento total da empresa ao longo de dois anos está previsto em US$ 145 m. A unidade inaugurada é a primeira do Brasil no segmento fora da Zona Franca de Manaus. A Infosmart tem outras quatro fábricas previstas no País, onde atua por meio da subsidiária Discobrás. Telecom | A Unicel do Brasil será a quarta operadora de telefonia móvel na região metropolitana de São Paulo, onde já operam a Vivo, a Claro e a TIM. Pela licença, a Unicel irá pagar R$ 93,8 m, sem ágio sobre o valor mínimo estabelecido na licitação da Anatel. Num primeiro momento estão previstos investimentos de US$ 150 m e a operadora terá apenas serviços pré-pagos. | Com a colocação do lote adicional, a operadora de telefonia GVT Holding estreou na Bovespa e captou um total de R$ 936 m com a emissão de ações ordinárias. Foram colocados em circulação 39,7% do capital da empresa, além de convertida em ações parte de suas dívidas bancárias. Ao final, os antigos controladores, que antes tinham 100% da empresa, ficaram com 25,8%. A GVT atua na prestação de soluções em comunicação (telefonia fixa convencional, longa distância, banda larga e provimento de internet). | A Claro, a Telemig Celular e a Oi venceram o leilão de três lotes para universalização da telefonia móvel em MG, levando o serviço a 412 municípios ainda sem cobertura. Atualmente, apenas 52% dos municípios mineiros possuem cobertura, sendo que a média nacional é de 59%. A Claro irá operar em 154 novas cidades; a Oi vai atender 151 novos municípios; e a Telemig Celular outras 134 cidades. Comunicação | O Grupo Opportunity ingressou no setor de mídia com a compra de 51% da Editora Três, que publica as revistas IstoÉ, IstoÉ Dinheiro, Dinheiro Rural, IstoÉ Gente e Motor Show. A editora enfrenta problemas financeiros e tem dívidas avaliadas em R$ 600 m. O valor do negócio não foi divulgado, sendo que ele envolve basicamente o licenciamento das marcas e a estruturação de uma nova editora. | A Ediouro, um dos maiores grupos editoriais do Brasil, está incorporando a editora Nova Fronteira. A Nova Fronteira vem de uma reestruturação financeira e em meados de 2005 já havia vendido metade de seus ativos para a própria Ediouro, de forma que a compra agora refere-se aos 50% restantes. O valor da transação não foi divulgado pelas empresas, mas é estimado em R$ 10 m. | O grupo argentino Producciones Peniel assumiu o controle da Editora Vida, a maior do Brasil no segmento de livros evangélicos e antes controlada pela Zondervan. A Zondervan é uma das líderes em publicações cristãs-evangélicas nos EUA. O valor do negócio não foi divulgado. A principal concorrente da Editora Vida no mercado evangélico é a Mundo Cristão, que no ano passado terceirizou toda sua área de logística. Transportes e Logística | A Vale do Rio Doce pretende pulverizar em mercado o capital de sua recém-criada subsidiária logística, a Log-In Logística Intermodal. De início, a operação envolverá 60% das ações da empresa, ficando os 40% restantes com a mineradora, que deverão ser futuramente também vendidos em mercado. A expectativa é de que a oferta inicial alcance o valor de R$ 1 bilhão, numa operação primária e outra secundária. A Log-In foca o fornecimento de serviços intermodais, com soluções integradas para movimentação portuária, ferroviária e rodoviária. | A Estrada de Ferro de Carajás (EFC), corredor de escoamento do minério de ferro extraído na Região Norte do País, vai receber aportes de R$ 860 m em 2007. A companhia é controlada pela Vale do Rio Doce e o investimento abrange aumento de capacidade operacional dos pátios, frota e novas tecnologias. Ao todo, a EFC possui 56 pátios distribuídos no PA e MA. | A Indústrias Verolme Ishibrás (IVI) vendeu a Companhia Brasileira de Diques (CBD), proprietária das instalações hoje ocupadas pelo estaleiro Sermetal no Rio de Janeiro (RJ). A compradora é a GFS Premium Administração e Participações, que tem a Inepar (33%) e a Fator Empreendimentos (33%) como controladores. A aquisição foi efetivada por US$ 140 m, a serem pagos em 20 anos. A área adquirida continuará sendo alugada para a Sermetal e ainda receberá a Iesa (Inepar) e o consórcio Rio Naval (Iesa, Sermetal e MPE), que é fornecedor da Transpetro. | A operadora portuária Wilson Sons Limited protocolou pedido de análise para uma oferta mista de certificados de depósitos de ações (units). A empresa é controlada por capital inglês e seus papéis serão listados na Bolsa de Luxemburgo. Apesar do controle inglês, as operações da Wilson Sons concentram-se no Brasil, com terminais de contêineres no RS e na Bahia, e com uma frota de rebocadores e estaleiro no Guarujá (SP). A oferta terá uma parcela primária e outra secundária. | A Gol está incorporando a VRG Linhas Aéreas, conhecida como "Nova Varig", por US$ 275 m. Deste montante, US$ 98 m serão pagos com caixa e o restante em ações preferenciais da Gol equivalentes a 3% de seu capital. A Gol ainda assumirá a emissão de R$ 100 m de debêntures da VRG, elevando o valor da operação para US$ 320 m. A VRG pertencia ao fundo americano Matlin Patterson. Operacionalmente, ela será incorporada pela GTI, subsidiária da Gol Linhas Aéreas Inteligentes. A Gol deverá manter a marca Varig com serviços diferenciados e também o programa de milhagem Smiles. A VRG atualmente opera com 17 aeronaves, frota esta que deverá ser duplicada. Imobiliário | O Shopping Iguatemi levantou cerca de R$ 477 m com sua oferta inicial de ações ordinárias. A empresa foi a primeira grande construtora de shoppings a abrir capital, apesar do boom do setor de construção na bolsa. O Shopping Iguatemi é controlado pela cearense La Fonte Participações, que também atua em telecomunicações, siderurgia e alimentos. O grupo conta com participação em nove shopping centers, sendo oito em operação e um em construção. A La Fonte teve sua participação no Iguatemi reduzida para 71,6%. | A BR Malls concluiu a aquisição do Shopping Estação, de Curitiba (PR), que pertencia ao Grupo Boticário, fabricante de produtos de beleza. O Shopping Estação foi inaugurado em 1997 e possui 214 lojas. O valor da transação não foi divulgado. A BR Malls é a maior administradora e segunda maior investidora em shopping centers do País. Detém participação em 11 shopping centers, sendo dez em operação e um em construção. Dentre eles destacam-se o Villa Lobos (SP), o Norte Shopping (RJ), o Shopping Center Recife (PE) e o Iguatemi Caxias do Sul (RS). A empresa está em pleno processo de abertura de capital, com a venda de ações ordinárias. Tem como controlares a GP Investiments e a Equity International e o valor da emissão está estimado em até R$ 600 m. | A Even Construtora e Incorporadora cancelou sua distribuição secundária de ações, mas realizou a abertura de seu capital, vendendo 20,5% dele em bolsa. A operação inicial seria duas vezes maior e o volume arrecadado foi de aproximadamente R$ 400 m. A Even atua com empreendimentos residenciais de média e alta renda e prédios comerciais na região de São Paulo. Os recursos obtidos serão empregados no lançamento de novos projetos e aquisição de terrenos. Recentemente, a Even emitiu R$ 50 m em debêntures conversíveis para redução de passivo. Os papéis foram adquiridos pela Genoa, fundo de participações com sede no Uruguai e que participa do controle da Even. | A oferta pública de ações ordinárias da incorporadora Tecnisa, uma das maiores no segmento residencial do País, movimentou R$ 791 m. Os investidores estrangeiros ficaram com aproximadamente 68% das ações ofertadas e os fundos de investimento cerca de 17%. Do montante ofertado, R$ 590 m referem-se à emissão primária, recursos que serão destinados à aquisição de terrenos, novos projetos e liquidação de dívidas. A controladora da empresa, a Jar Participações, detinha 80% de seu capital e agora segue com 55%. O free float da companhia hoje é de 41,85%. | A incorporadora JHSF Participações assumiu a totalidade do empreendimento Parque Cidade Jardim, em São Paulo, no qual já detinha 55%. A transação teve valor de aproximadamente R$ 300 m e ocorreu às vésperas da abertura de capital da empresa em bolsa. Parte do pagamento será feito com ações da própria JHSF, que possui uma carteira de R$ 13,1 bilhões em valor geral de vendas (VGV) e atuação concentrada no segmento residencial e comercial de alto padrão, embora também atue no segmento de shopping centers. | A Gafisa e a Odebrecht formaram uma joint venture para atuar exclusivamente no segmento de imóveis voltados para o público de baixa renda. Trata-se de uma reação à concorrente Cyrela, que anunciou a criação da Living para atuar no segmento. A nova parceria ainda não tem nome definido, mas atuará com grande empreendimentos habitacionais em áreas afastadas e com pouca infra-estrutura. Mas mesmo com a parceria, Gafisa ainda criou a Fit Residencial para também atuar no segmento. A diferença é que a parceria será voltada para grandes áreas de desenvolvimento urbano, enquanto a Fit atuará em outras frentes. A Fit Residencial será uma subsidiária integral da Gafisa, porém, com atuação independente da incorporadora. No mercado de capitais, a Gafisa promoveu mais uma emissão de ações ordinárias. Com uma operação primária e outra secundária, o valor colocado atingiu R$ 1,171 bilhão. Esta foi a segunda incursão da Gafisa ao mercado em pouco mais de um ano. Do montante captado, aproximadamente R$ 554 m ficarão com a empresa. | A incorporadora Cyrela está prestes a iniciar seu processo de cisão, do qual deve resultar uma nova empresa voltada para a administração de imóveis comerciais e industriais. A unidade já foi denominada Cyrela Commercial Properties, terá capital aberto e em breve realizará uma oferta pública de ações. A Cyrela hoje conta com uma participação significativa no segmento não residencial, com novos empreendimentos, participações em shopping centers e carteira de escritórios para locação. | A espanhola Qualta Real Estate pretende coordenar investimentos de € 50 m na construção do The Reef Club, empreendimento hoteleiro e residencial em Barreiros, PE. O complexo está previsto para ser inaugurado em 2009 e contará com um hotel, 500 casas, centro comercial e campo de golfe. Está prevista uma segunda etapa até 2014 e o objetivo da Qualta é atrair clientes da Irlanda, Inglaterra e Escandinávia. | O grupo francês Accor Hotels tem planos de investir R$ 600 m no Brasil até 2010 para construir 45 novos hotéis. Com isso, sua rede seria ampliada das atuais 133 unidades para 178 unidades. Dos novos projetos, 31 terão a bandeira Ibis, 8 Mercure, 3 Formule 1, 2 Novotel e 1 Sofitel. Apenas neste ano serão inaugurados dez hotéis. | A incorporadora norte-americana Hines, juntamente com o fundo de pensão canadense Calpers, anunciou a aquisição de um terreno na Rodovia Régis Bittencourt (SP), onde pretende erguer um complexo de centros de distribuição. O empreendimento vai consumir cerca de US$ 100 m, dos US$ 550 m que a Hines Calpers Brazil (HCB) pretende investir no País. A modelagem do complexo ainda está em estudos, mas o início das obras deverá ocorrer ainda neste ano. Financeiro | O Banco Pine procedeu sua abertura de capital em bolsa e realizou duas ofertas de ações preferenciais, sendo uma primária (69%) e outra secundária (31%). O montante captado na operação foi de R$ 517 m. Atualmente o setor bancário na Bovespa é representado apenas por bancos de grande porte. O Banco Pine, que é uma instituição de porte médio, possui ativos totais de R$ 3,2 bilhões e carteira de crédito de R$ 1,2 bilhão. Sua atuação é focada em crédito a empresas de médio porte e empréstimos consignados. | O Banco Sofisa também decidiu abrir seu capital e anunciou duas ofertas, sendo uma primária e outra secundária. Os papéis serão preferenciais, mas com garantia de tag along na troca de controlador. Os recursos a serem captados no IPO serão utilizados para ampliar as operações de crédito do banco. O Sofisa hoje foca seus negócios em empréstimos para médias empresas, mas pretende entrar no segmento de crédito consignado e crédito imobiliário. | Com R$ 7,3 bilhões em ativos, o BicBanco, maior entre os bancos brasileiros de porte médio, também anunciou a abertura de seu capital em bolsa. Mas ao contrário dos outros bancos que anunciaram decisão semelhante neste ano, o BicBanco possui atuação menos concentrada no crédito consignado e maior presença no trade finance. | O grupo francês Société Générale incorporou o Banco Cacique, uma operação no valor de R$ 850 m. O Cacique possui patrimônio de R$ 300 m e ativos de R$ 910 m. Atua principalmente com crédito consignado para pensionistas do INSS, funcionários públicos e CDC. Atualmente conta com 150 pontos de venda e afiliados em quase todos os Estados brasileiros. O Société Générale é o quarto maior banco em ativos da zona do Euro. | O Experian Group, da Inglaterra, está negociando a aquisição da Serasa, líder brasileira em análises de crédito. A Serasa é controlada pelos bancos Itaú (32,54%), Bradesco (26,5%), Unibanco (19,17%), Santander (7%), dentre outros. A empresa interrompeu seu processo de abertura de capital, anunciado em fevereiro. A Experian é especializada em serviços analíticos e de informação para empresas e consumidores. Diversos | A indiana Hindalco Industries firmou acordo para incorporar a canadense Novelis, uma das maiores produtoras de alumínio do mundo. A operação tem valor de US$ 6 bilhões, sendo US$ 3,6 bilhões em dinheiro e US$ 2,4 bilhões em dívidas da Novelis. Com ela, o grupo indiano se transformará no maior produtor do mundo de laminados de alumínio. No Brasil a Novelis possui unidades de alumínio primário em Aratu (BA) e Ouro Preto (MG) e fábricas de laminados de alumínio em Pindamonhangaba e Santo André, SP. | Está nascendo a Hypermarcas, empresa de bens de consumo com atuação em diferentes áreas de negócios: higiene pessoal, limpeza doméstica, alimentos e inseticidas. Seus ativos reúnem as incorporações da Química Amparo e da Etti, além da marca Assolan. Mas também há ativos recentemente adquiridos, como o adoçante Finn, comprado da alemã Boehringer Ingelheim, e a Sul Química, empresa do setor de inseticidas. O Finn é líder no segmento de adoçantes em pó e terceiro no segmento líquido. Nos dois negócios foram desembolsados R$ 70 m. A Hypermarcas será a empresa operacional da holding Monte Cristalina. | A Souza Cruz mal concluiu a transferência de seu centro de pesquisa e desenvolvimento (CPD) do Rio de Janeiro para Cachoeirinha (RS), onde investiu R$ 150 m, e já anunciou que também deslocará seu parque gráfico para aquele município. A unidade gráfica responde pela produção das embalagens da empresa no País. A nova construção custará R$ 120 m e será iniciada em julho, devendo ser inaugurada em 2009. Ela irá abastecer a Souza Cruz e outras empresas latino-americanas da controladora British American Tobaccos (BAT). | A mexicana Mexichem (ex-Camesa) anunciou a compra da Amanco, fabricante de tubos e conexões de PVC, por US$ 500 m. Com essa operação, e mais a compra por US$ 250 m da colombiana Petco, fabricante de resina de PVC, a Mexichem passa a atuar em toda a cadeia produtiva do setor e torna-se líder no mercado latino-americano. A compra da Amanco envolve 100% das ações, que pertenciam à suíça GrupoNueva. A empresa ocupa a segunda posição nos dois maiores mercados da América Latina (Brasil e México), mas lidera nos outros 11 em que produz tubos e conexões de PVC. | A francesa Air Liquide e a norte-americana Praxair, por meio da White Martins, estão se unindo para investir US$ 150 m na unidade de gases industriais do complexo industrial da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em Santa Cruz (RJ). O consórcio venceu licitação para o fornecimento de gases do ar durante 20 anos. O valor do acordo não foi divulgado. A CSA é uma usina de placas da ThyssenKrupp e da CVRD, que ficará pronta em 2009 e exigirá investimentos de US$ 3,4 bilhões. | A Anhanguera Educacional estreou na bolsa com o lançamento de units, representando uma ação ordinária e seis preferenciais. A oferta atingiu o valor de R$ 445,5 m, sendo 80% na forma de emissão primária e 20% em colocação secundária. A empresa atua no ensino superior para média e baixa renda e tem sede em Valinhos, SP. Os recursos obtidos serão investidos em expansão de atividades, sendo que hoje a Anhanguera conta com 13 unidades operacionais e seis em implantação. A BRASILPAR possui mais de 25 anos de experiência em assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria em compra, venda e associações entre empresas; atração de sócios e levantamento de capital para projetos e empresas; desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica; assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento financeiro e estratégico em geral. Alberto Ortenblad Filho [email protected] Daniel Chama Baldin [email protected] Daniel Dumas Nascimbeni [email protected] Luiz Eduardo Costa [email protected] Luis Fernando Amatti Salem [email protected] Luiz Roberto Carvalho Pereira [email protected] Marco Antonio dos Reis Serra [email protected] Natália Soares de Matos Almeida [email protected] Paulo Vasquez Varela [email protected] Tom Waslander [email protected] Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar 04543-000 - São Paulo - SP Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288 www.brasilpar.com.br O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar Serviços Financeiros. Diretores Responsáveis: Marco Antonio Serra e Alberto Ortenblad Filho. O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas previsões. Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se responsabiliza pela veracidade das informações. Não é permitida a reprodução sem autorização da Brasilpar. A Brasilpar respeita a sua privacidade e é contra o SPAM.
Documentos relacionados
Agroindústria Alimentos Bebidas Calçados e Têxtil
| A francesa Air Liquide pretende investir R$ 320 m ao longo
dos próximos três anos para construir duas novas unidades de
gases do ar e para atualizar sua planta em São Paulo (SP).
Também está prev...
Newsletter 50
GO. A fábrica, a terceira da empresa, vai receber R$ 60 m de investimentos até 2004, quando está
previsto o início de suas atividades. O investimento inclui uma unidade de recebimento e a fábrica
a...
Newsletter 89
2009/10. O negócio reforça a posição do Bertin no setor de
energia, sendo que o frigorífico hoje possui uma pequena central
hidrelétrica (PCH) e duas em construção, além de uma planta de
biodiesel ...
Newsletter 97
obras estão programadas para iniciar em novembro e a previsão é
de que ela esteja operacional na safra 2009/10. Já a unidade
mato-grossense ficará em Rondonópolis e receberá quase R$ 300
m de inves...
Newsletter 107
havendo a conversão de R$ 380 m de dívidas. Metade do aporte
foi realizado pelos três principais acionistas da Brenco : o
BNDESPar, que terá 16,6% da nova empresa; o Tarpon, que
ficará com 15%; e o...
Newsletter 90
Têxtil e Vestuários
| A Textília, empresa controladora da Vicunha Têxtil, vai
investir aproximadamente US$ 30 m na incorporação da
fabricante equatoriana de índigo La Internacional. O valor
abrange...
Newsletter 98
participação. A decisão de entrar no capital da Riggamonti, que
possui 40% do mercado italiano de bresaola (fabricada com cortes
de coxão mole), visa agregar valor aos produtos da Bertin.
| O BNDES...
Negócios e Investimentos
A Minerva Foods, terceira maior empresa de carne bovina no Brasil, está recebendo
um aporte de R$ 750 m da Saudi Agricultural and Livestock Investment (Salic),
investidora de origem saudita. A tran...