Global Macro Shifts: Japan: The Quest for Growth and Inflation
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Global Macro Shifts: Japan: The Quest for Growth and Inflation
JULHO DE NOVEMBRO 2015 DE 2015 GLOBAL MACRO SHIFT JAPÃO: A BUSCA POR CRESCIMENTO E INFLAÇÃO com Michael Hasenstab, Ph.D. Esta edição o Global Macro Shift é focada no Japão, a terceira maior economia do mundo. O Japão embarcou em uma mudança de política econômica sem precedentes, para finalmente se libertar de quase duas décadas de baixo crescimento e deflação. O sucesso ou não dessa nova estratégia terá implicações substanciais para o cenário econômico global. Entender por que essa mudança de política foi necessária requer uma compreensão de como o Japão chegou à condição econômica atual, da origem, da natureza e da magnitude dos desafios que o Japão enfrenta atualmente. Os primeiros estágios da perda de impulso econômico do Japão começaram nos anos 70, à medida que a economia se arrefecia após um período prolongado de crescimento extremamente forte, que foi sustentado pela rápida e bem sucedida adaptação das tecnologias importadas. Depois disso, no final dos anos 80, e graças em parte a uma política monetária flexível, o Japão mais uma vez desfrutou de um período de forte crescimento: O PIB real se expandiu uma média de 5,5% entre 1987 e 1990. O novo crescimento rápido do final dos anos 80 gerou expectativas irreais de uma forte e sustentável expansão econômica. Juntamente com as condições monetárias flexíveis, isso ajudou a preparar o cenário para uma grande bolha nos preços dos ativos, em ações e imóveis. A bolha então estourou, e os valores das ações e das terras entraram em colapso. O Japão entrou em um período que atualmente é comumente chamado de sua(s) década(s) perdida(s). A chegada da Abenomics Há aproximadamente três anos, no final de 2012, o recém eleito Primeiro Ministro do Japão, Shinzo Abe, lançou uma mudança no regime econômico chamada de “Abenomics,” para tentar resolver as décadas de baixo crescimento e persistente deflação do país. A política foi articulada em três "pilares" políticos. O primeiro pilar visa uma flexibilização monetária muito mais extensa e agressiva do que as expansões monetárias anteriores. Com esse programa de flexibilização quantitativa e qualitativa (QQE - quantitative and qualitative easing), o Banco do Japão (BOJ - Bank of Japan) mais do que dobrou a base monetária desde o início de 2013, prolongou significativamente o vencimento residual dos títulos do governo japonês (JGBs Japanese government bonds) em seu portfólio, e iniciou importantes aquisições diretas de ativos de mais alto risco. Essa estratégia causou importantes realocações de portfólios em instituições financeiras japonesas e enviou um sinal inequívoco da determinação do BOJ em manter um poderoso estímulo monetário até a inflação crescer para aproximadamente 2%, de forma sustentável. OS TRÊS PILARES DA ABENOMICS • Uma nova flexibilização monetária agressiva: O BOJ trocou o alvo de sua política monetária, das taxas de juros para a base monetária, visando dobrála até 2014. Ele também decidiu aumentar o vencimento residual de suas aquisições de JGB para 40 anos, e aumentar a aquisição direta de ativos de mais alto risco, dobrando o ritmo de aquisição de fundos negociados em bolsa. • Política fiscal prudente: O governo visa obter o equilíbrio certo entre apoiar uma recuperação do crescimento e ajudar a levar o endividamento público a um caminho sustentável. A estratégia foca em um caminho confiável de médio prazo, reduzindo a pressão sobre o ajuste de curto prazo. • Reformas estruturais amplas: As reformas planejadas pelo governo abrangem mercado de trabalho, política energética, saúde e agricultura, entre outros. Global Macro Shift é um estudo baseado em pesquisa sobre as economias globais que inclui as análises e as opiniões do Dr. Michael Hasenstab e dos membros seniores da Templeton Global Macro. A meta de 2% de inflação ainda não foi atingida, em parte porque a forte queda nos preços das commodities proporcionou obstáculos formidáveis, e em parte porque romper a inércia das persistentes expectativas de inflação quase zero e mudar o comportamento de ajuste salarial se mostraram mais difíceis do que o esperado. O QQE, entretanto, teve sucesso em estabelecer o núcleo da inflação em território positivo, após permanecer quase sempre abaixo de zero por mais de 15 anos. O QQE também teve um grande impacto nos preços dos ativos, levando o iene a se depreciar quase 40% frente ao dólar dos EUA (USD) e as avaliações das ações a mais que dobrar desde que o QQE começou, em 2013. O segundo pilar consiste de uma política fiscal prudente que se mantém na estreita linha entre apoiar metas de crescimento e inflação maiores e garantir a sustentabilidade da dívida. Após um corajoso aumento nos impostos sobre o consumo em abril de 2014 interromper o crescimento, a política fiscal tem focado em oferecer uma estrutura confiável de consolidação no médio prazo, enquanto apoia o crescimento de curto prazo com reduções no imposto de renda corporativo entre 2015 e 2016. A dívida pública bruta do Japão está em espantosos 245% do produto interno bruto (PIB) e é insustentável considerando as políticas atuais. Até agora, condições extremamente favoráveis impediram qualquer impacto adverso na estabilidade financeira. A dívida do Japão lastreada por uma alta poupança doméstica, com menos de 10% em poder de investidores estrangeiros. O QQE fornece apoio adicional para a demanda e ajudou a manter as taxas de juros próximas a zero. Não se pode, porém, considerar que essas condições favoráveis permanecerão indefinidamente. Apesar de uma inflação mais alta ser uma condição necessária, o Japão também precisa reforçar o crescimento real do PIB. O terceiro pilar abrange diversas reformas estruturais. Apesar de o crescimento potencial do PIB ter decaído ao longo do tempo, estando atualmente em uma taxa de meros 0,5%, o crescimento da produtividade do Japão permanece saudável, ao nível de outras economias avançadas como os EUA e a Alemanha. As reformas estruturais podem dar um impulso extra ao crescimento de produtividade, mas também precisam aumentar os níveis tanto de capital como de mão de obra, para ter impacto suficiente na taxa de crescimento global do PIB. Em especial, reformas adicionais serão necessárias para compensar o impacto da demografia japonesa. O rápido ritmo de envelhecimento deverá encolher a força de trabalho em vários milhões de trabalhadores, até 2030. O governo precisará tomar medidas adicionais para obter um crescimento adicional na participação feminina, incentivar os trabalhadores mais velhos a permanecer na força de trabalho, aumentar algumas imigrações e fortalecer a flexibilidade do mercado de trabalho. “A Abenomics consiste em uma verdadeira mudança de regime e já teve um impacto significativo, mas ainda há um longo caminho até um crescimento e uma inflação sustentavelmente mais altos.” Michael Hasenstab, CIO Templeton Global Macro A Abenomics consiste em uma verdadeira mudança de regime e já teve um impacto significativo, mas ainda há um longo caminho até um crescimento e uma inflação sustentavelmente mais altos. O Primeiro Ministro Abe ganhou de maneira convincente um segundo mandato nas eleições de dezembro de 2014, indicando que o apoio à reforma em andamento permanece sólido. O governo, entretanto, precisará reforçar seus esforços em área importantes da reforma estrutural, principalmente o mercado de trabalho. Enquanto isso, esperamos que o BOJ não tenha alternativa senão manter uma posição monetária extremamente flexível, possivelmente reforçando o QQE ainda mais, resultando em um longo período com um iene (mais) fraco e baixas taxas de juros. Algumas reformas estruturais avançaram mais do que outras Relatório das reformas estruturais (Escala de 1 a 4) Desde o princípio da Abenomics, em dezembro de 2012 (até julho de 2015) 4 3 2 1 0 Agricultural Agricultura Corporate Trade Gov. Comércio Governance Corporativa Wage Policy Female Labor Special Política Partic. Zona Econ Participation Economic Zone Salarial Feminina Especial Electricity Reforma Reform Elétrica Corporate I.R Income Tax Corp Financial Immigration Labor Market Setor Finan Imigração Dualidade Sector Duality Fonte: Avaliação qualitativa das reformas pelo Templeton Global Macro, onde 1 indica o menor progresso e 4 indica o maior progresso. Dados obtidos do Fundo Monetário Internacional, “Japan 2015 Article IV Consultation – Staff Report.” G L O B A L M A C R O S H I F T | Japão: a busca por crescimento e inflação 2 AMBIENTE GLOBAL O crescimento global enfraqueceu em 2015, com relação a 2014, mas devemos tentar separar o ruído da realidade. No momento em que escrevemos este texto, o Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de encerrar suas reuniões anuais em Lima, com manchetes alarmantes avisando sobre a extrema fragilidade da economia global. O FMI revisou para baixo sua previsão de crescimento global para 2015, para 3,1%.1 Gostaríamos de lembrar que o consenso de mercado tem estado temeroso de uma catástrofe global nos últimos cinco anos, uma catástrofe que curiosamente nunca ocorreu. Recuando alguns passos, ou anos, lembramo-nos de quando fomos alertados sobre uma iminente recaída na recessão nos EUA. Só que não aconteceu, Como base para nossa análise do Japão, gostaríamos de analisar a atual situação da economia global. já que estamos em recuperação há 24 trimestres e continuamos contando. Depois, lembramos do colapso da zona do euro, com a desintegração da maior zona de moeda única do mundo. Só que, novamente, não aconteceu. Na verdade, o bloco do euro expandiu seus membros no período de intervenção. A deflação global, por conta da queda dos preços das commodities, também não ocorreu. Alguns dizem que ainda é cedo para se afirmar, mas poderíamos dizer que mais uma vez é muito improvável que aconteça. Os alarmistas não desistiram, entretanto, e suas mais recentes palavras de ordem são estagnação secular e um colapso econômico nos mercados emergentes (ME). Consideramos tais generalizações muito simplistas. Sem dúvida alguma, alguns ME estão passando por um doloroso processo de ajuste a preços mais baixos das commodities. Sem dúvida alguma, nem todos os ME tem sido igualmente prudentes nos últimos sete anos de dinheiro fácil. Entretanto, é forçado generalizar disso para uma crise ampla nos ME. Em resumo, o pessimismo que vemos por toda parte não está de acordo com os dados concretos. A maioria dos proponentes da crise não parece reconhecer que os cinco anos anteriores à crise financeira global representaram uma bolha de crescimento insustentável, impulsionada pelo crédito. A aberração no crescimento global aconteceu naquela época, não agora. Achamos que o gráfico abaixo diz tudo. O crescimento global era insustentável antes da crise financeira e agora está mais em linha com a tendência Crescimento do PIB global (% Paridade do poder de compra) 1983–2020E 5,5% 5,1% 5,0% 4,5% 4,0% 4,0% 3,7% 3,5% 3,3% 3,4% 3,3% 1988–1992 1993–1997 1998–2002 3,7% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% 1983–1987 2003–2007 2010–2014 2015–2020 (Estimate) Fonte: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook Database, outubro de 2015. G L O B A L M A C R O S H I F T | Japão: a busca por crescimento e inflação 3 AMBIENTE GLOBAL cont. ESTADOS UNIDOS Permanecemos construtivos quanto ao crescimento econômico dos EUA. Um setor familiar saudável continua a gastar com bens de consumo a um ritmo robusto, e os investimentos corporativos não ligados à energia continuam a apoiar a atividade subjacente. A construção residencial apresenta tendência de crescimento, e os investimentos corporativos em estruturas também têm sido saudáveis. Ainda existe uma demanda reprimida por investimentos residenciais e bens de consumo domésticos duráveis, suficiente para suportar um crescimento acima da tendência por vários trimestres. O mais importante, a maior parte do impacto negativo dos baixos preços do petróleo na atividade de perfuração parece ter ficado para trás. O crescimento do PIB no segundo trimestre (2ºT) expandiu para 3,9% trimestre-a-trimestre anualizado, enquanto que os dados mais recentes também indicam que o 1ºT teve uma expansão de 0,6% no PIB, ao invés da pequena contração inicialmente estimada. Embora a primeira estimativa para o PIB do 3ºT tenha desacelerado para 1,5%, a manchete esconde fundamentos sólidos. Em especial, a demanda final subjacente permanece muito sólida, liderada por um aumento de 3,3% nos gastos dos consumidores. Apesar de o relatório do mercado de trabalho de setembro ter trazido alguma decepção quanto ao ritmo da criação de empregos, a tendência continua a melhorar. A economia já quase eliminou a folga gerada durante a crise financeira global, com a taxa de desemprego praticamente em pleno emprego,2 conforme estimativa do Congressional Budget Office. Além disso, outros indícios de saúde do mercado de trabalho, como o aumento da rotatividade (contratação, demissão e pedidos de demissão), também demonstram que as condições estão melhorando bastante. De modo geral, a pressão pelo crescimento dos salários e da renda é consistente com uma melhora nos fundamentos do mercado de trabalho e redução da folga, e esperamos que a pressão salarial aumente à medida que os mercados de trabalho continuem a melhorar. As manchetes de inflação caíram no início do ano devido a uma queda nos preços do petróleo e à valorização do dólar dos EUA (USD). A valorização do USD também arrefeceu um pouco o núcleo da inflação. Entretanto, o efeito básico da queda nos preços do petróleo rapidamente desaparecerá, dando suporte a um aumento da inflação em direção à meta de 2% do US Federal Reserve durante a primeira metade de 2016. De modo geral, permanecemos confiantes no cenário econômico dos EUA e continuamos a esperar que o Fed inicie o processo de normalização das taxas até o final do ano. ZONA DO EURO A zona do euro continua a desfrutar de uma ampla retomada na atividade, e está atualmente crescendo acima do potencial, mesmo que com diferenças entre os países. A expansão é apoiada pelo contínuo programa de flexibilização quantitativa do Banco Central Europeu (BCE), que trouxe um alívio às condições financeiras da região bem como uma melhora nos empréstimos bancários. Uma política monetária frouxa também ajuda o crescimento, ao manter a taxa de câmbio do euro em um nível competitivo. A inflação também permanece baixa na zona do euro, em parte como reflexo dos baixos preços das commodities, especialmente de energia, cujo impacto estimamos em 0,4 pontos percentuais. O BCE ainda espera que a inflação caminhe para sua meta de 2% no médio prazo, mas declarou claramente que está pronto para tomar medidas de flexibilização monetária se forem necessárias. Esperamos uma nova rodada de flexibilização quantitativa nos próximos meses. A crise grega, que ainda pesava por ocasião de nosso último Deslocamentos Macro Globais, foi evitada. Após prolongadas atitudes arriscadas, o Primeiro Ministro grego Alexis Tsipras cedeu às exigências da União Europeia (UE) e do FMI, e assinou um novo programa de resgate financeiro que incluiu medidas substanciais de ajuste e nenhum perdão de dívida. Esse último ponto foi extremamente controverso e causou uma forte discórdia entre o FMI, que insistia que uma reestruturação da dívida era essencial para garantir a sustentabilidade da dívida, e a UE, G L O B A L M A C R O S H I F T | Japão: a busca por crescimento e inflação especialmente a Alemanha, que permaneceu fortemente contrária. O Primeiro Ministro Tsipras e sua coalizão de centro-esquerda permanecem empossados após uma eleição extemporânea em setembro. Ainda persistem preocupações quanto à implementação do programa, e a questão da sustentabilidade da dívida deve eventualmente retornar à pauta. Por enquanto, porém, o risco de a Grécia sair da zona do euro e as preocupações dos membros com o possível contágio foram afastados. Para o futuro, esperamos a continuidade da acomodação monetária do BCE, apoiando o crescimento e enfraquecendo o euro ainda mais em 2016. 4 AMBIENTE GLOBAL cont. CHINA Quando o Fed preferiu não elevar as taxas em setembro, focou suas preocupações na China, onde o ritmo da atividade econômica parece ter desacelerado a um nível um pouco abaixo do que os mercados financeiros esperavam e que os legisladores visavam. O mercado de ações da China sofreu uma correção, após as avaliações de valor empresarial terem mais do que dobrado nos 12 meses anteriores, um risco para o qual havíamos alertado em nossa edição anterior do Deslocamentos Macro Globais. O governo adotou várias medidas administrativas para conter a queda dos preços das ações. As medidas tiveram sucesso apenas limitado e levou os céticos com relação à China a argumentarem que o governo estava voltando às políticas intervencionistas, ao invés de se ater às reformas. Posteriormente, em meados de agosto, a China implementou uma desvalorização da paridade do renmibi com o USD de aproximadamente 3%, e anunciou que no futuro as forças do mercado terão um papel maior na determinação da taxa de câmbio. Em um regime cambial flutuante, uma mudança dessa magnitude não seria digna de nota, mas dada a quase atrelação da China ao dólar dos EUA, isso foi considerado grande. Muitos observadores interpretaram a desvalorização como um sinal de que os legisladores estavam profundamente preocupados com a desaceleração do crescimento, e pretendiam criar uma depreciação substancial para impulsionar o crescimento por meio das exportações. Eles avisaram que isso provavelmente desencadearia uma rodada de guerras cambiais, com consequências prejudiciais ao crescimento global e ao sistema financeiro global. Nós discordamos. Em linha com a análise em nosso Deslocamentos Macro Globais anterior, acreditamos que os legisladores da China provavelmente manterão seu rumo. Com relação à depreciação do renmibi, gostaríamos de lembrar que a moeda da China valorizou mais de 12% em termos reais efetivos nos 12 meses anteriores.3 Além disso, a China teve uma saída de capital especulativo durante a primeira metade do ano, o que também influenciou claramente as ações dos legisladores. Após uma modesta depreciação de 3%, o renmibi permaneceu estável nos últimos dois meses, e não acreditamos que o movimento tenha sido um precursor de um enfraquecimento grande e descontrolado, como temido pelos mercados. "V", com aceleração do crescimento acima do potencial. Desde 2011, a maioria dos ME tem desacelerado em direção a taxas de crescimento mais sustentáveis. Isso é parte de um ajuste cíclico saudável. Mais recentemente, alguns ME também estão lidando com problemas específicos. Os exportadores de commodities estão se ajustando aos preços mais baixos, bem como ao excesso de capacidade criado durante o período de crescimento. Em alguns países, como a Turquia, a volatilidade política teve um impacto adverso. Alguns ME estão pagando o preço de erros do passado, seja em políticas macroeconômicas (como a Rússia, até certo ponto) ou em políticas estruturais (como a África do Sul). Em alguns casos, entretanto, as políticas começaram a mudar. A Índia se destaca como o mais rápido crescimento entre as grandes economias, e o México ise beneficiará de seus fortes laços com a economia dos EUA. As commodities são um importante insumo do crescimento global, e a economia global tem mais importadores de commodities do que exportadores. Preços mais baixos de commodities são, portanto, um benefício líquido para o crescimento global. Além disso, a análise do próprio FMI indica que os exportadores de commodities administraram o mais recente aumento de preços melhor do que em ocasiões anteriores (por exemplo, com menores aumentos em gastos fiscais) e estão, portanto, em média mais bem situados para lidar com a queda. Ao todo, as condições subjacentes da economia chinesa estão fundamentalmente mais estáveis do que os mercados indicaram recentemente. Ainda acreditamos que os legisladores da China possuam tanto as ferramentas quanto o poder financeiro para combater a desaceleração recente e manter o crescimento no nível de 6%–7%. DEMAIS PAÍSES A desaceleração da China e a persistente fraqueza nos preços das commodities geraram uma nova rodada de preocupações de que a economia global possua riscos de queda significativos e que o ritmo da atividade econômica global possa se enfraquecer substancialmente. A fraqueza nos preços das commodities atraiu especial atenção e está sendo ligada por alguns ao risco de uma crise sistêmica nos ME. Apesar de os riscos de queda existirem, achamos que as preocupações com uma estagnação global secular, ou com uma crise sistêmica nos ME devido à fraqueza dos preços das commodities, são exageradas. Como salientamos acima, o crescimento nos EUA e na Europa está acima do potencial, ainda apoiado por uma política monetária flexível. É verdade que o ritmo geral de crescimento nos ME reduziu. Isso, entretanto, deve ser contextualizado. Após a crise financeira global, os ME protagonizaram uma forte e sincronizada expansão em políticas macroeconômicas. Isso gerou uma recuperação em forma de Muitos dos ME que sofreram este ano parecem estar chegando ao fundo do poço, e devem desfrutar de um ritmo de atividades mais forte em 2016. Porem, outros ME estão melhorando suas políticas e colhendo os benefícios. A despeito das revisões para baixo do crescimento global pelo FMI, as condições estão longes de uma recessão global ou de uma deflação global. O crescimento global permanece amplamente em linha, ao mesmo tempo que as projeções nas economias mais importantes permanecem saudáveis. Para ler a análise detalhada do Japão e de outros mercados ao redor do mundo, do Dr. Michael Hasenstab e de membros seniores do Templeton Global Macro, visite a página Global Macro Shifts. G L O B A L M A C R O S H I F T | Japão: a busca por crescimento e inflação 5 Sobre o Deslocamentos Macro Globais Deslocamentos Macro Globais é um estudo baseado em pesquisa sobre as economias globais que inclui as análises e as opiniões do Dr. Michael Hasenstab e dos membros seniores da Templeton Global Macro. O Dr. Hasenstab e sua equipe gerenciam as estratégias de títulos de renda fixa globais da Templeton, incluindo estratégias macro globais, de moedas estrangeiras e de renda fixa irrestritas. Essa equipe econômica, treinada em algumas das melhores universidades do mundo, integra análise macroeconômica global com pesquisa aprofundada de países para ajudar na identificação de desequilíbrios de longo prazo, que resultam em oportunidades de investimento. Michael Hasenstab, Ph.D. Vice-presidente executivo/Gestor de portfólio Chief Investment Officer Templeton Global Macro Sonal Desai, PhD Vice presidente sênior, Gestor de portfólio, Diretor de pesquisa Templeton Global Macro Calvin Ho, Ph.D. Vice presidente, Analista sênior macro global e de pesquisa da Templeton Global Macro Hyung C. Shin, Ph.D. Vice-presidente, Analista sênior macro global e de pesquisa Templeton Global Macro Kang Tan, Ph.D. Diego Valderrama, Ph.D. Attila Korpos, Ph.D. Analista sênior macro global eAnalista sênior macro global eAnalista de pesquisa de pesquisa de pesquisa Templeton Global Macro Templeton Global Macro Templeton Global Macro 1. Fonte: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook Database, outubro de 2015. 2. Baseado na taxa de desemprego que não gera pressões inflacionárias (NAIRU - non-accelerating inflation rate of unemployment). 3. Fonte: Bloomberg, Bank of International Settlements, China REER Broad, agosto de 2014 a agosto de 2015 (ano a ano). Visite www.franklintempletondatasources.com para obter informações adicionais sobre fornecedores de dados. G L O B A L M A C R O S H I F T | Japão: a busca por crescimento e inflação 6 QUAIS SÃO OS RISCOS? Todos os investimentos envolvem riscos, inclusive uma possível perda de principal. Os preços dos títulos de renda fixa geralmente se movem em direção oposta à das taxas de juros. Portanto, conforme os preços dos títulos de renda fixa em um portfólio de investimentos se ajustam a um aumento nas taxas de juros, o valor do portfólio pode baixar. Há riscos específicos associados ao investimento estrangeiro, incluindo flutuações de câmbio, instabilidade econômica e acontecimentos relacionados à política. 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